Equipe J - 2014

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Patrocínio

Incentivo

Nº13 . AII JUNHO /14 O EQUIPE J - ANO II é distribuído gratuitamente a todos os alunos dos 7 aos 12 anos das escolas das redes municipal, estadual e particular do município de Vespasiano. A venda do EQUIPE J - ANO II está restrita aos agentes autorizados. Valor de venda 1 REAL. Toda a receita da venda do EQUIPE J - ANO II é revertida para a Escola de Artes “Capitão Carambola”, Vespasiano.

CONSIDERAMOS JUSTA TODA FORMA DE AMOR... Lulu Santos

SEMPRE ATENTO

NÚMEROS

FINAL VERDE

Caso de amor Novidades são sempre bem-vindas.

Os números da adoção.

Enfim, uma lei de verdade!

Novidades sobre o amor? Melhor ainda!

Há muita criança e adolescente esperando um espaço para o amor.

Você sabe o que é crime ambiental? E quais são???

HORA DO CONTO

Págs. 2-3

Ele era aluno. Ela, professora. Ele era uma criança. Ela, uma jovem. Ele, apaixonado... Págs. 4-5

Págs. 7

Págs. 12


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SEU VALTÉRIO MARISOL

Queridos leitores. O assunto desta edição é AMAR. O amor é o sentimento mais falado, mais cantado, mais presente nos versos, nas prosas, nas linhas e entrelinhas da vida. E mais importante, o homem não vive sem amor. AMAR se aprende amando, diz o poeta. E onde começa o aprendizado do amor? Logicamente que na família. Amar a mãe, amar o pai, amar os irmãos. Em casa, acontece o nosso primeiro contato com o amor. AMAR se aprende na escola. Aprende-se na convivência com os amigos. No contato com a natureza. O amor torna a convivência mais harmoniosa, mais pacífica, mais bonita. AMAR a si mesmo. Saber que a pessoa mais importante para você é você mesmo. Você com suas características próprias, suas habilidades, suas virtudes e defeitos. Quem disse que precisamos ser perfeitos para merecer o nosso amor? Só se amando é que se aprende a amar os outros. AMAR faz rir, faz chorar. Faz ser solidário. O caso da Júlia Macedo, nossa entrevistada desta edição, é um caso de solidariedade, de amor ao próximo. AMAR faz casar? Nem sempre. Alguns confundem entusiasmo, atração física, amizade, com amor. Como diriam os mais entendidos no assunto “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Mas uma coisa é certa: é preciso amar. Por isso, enquanto você lê o seu jornal, vá pensando o que você pode fazer pelo amor. Uma dica: comece amando. Outra dica: continue amando. A terceira dica? Viva amando.

Ficha Técnica Concepção do Projeto: Buummdesign.com Direção Editorial: Tânia Colares (colares.tania@gmail.com) Direção de arte e Ilustrações: Frederico Rocha (frocha@buummdesign.com) Paginação: Buummdesign Revisão: Heloisa Ferreira Rosa Venda Direta: Maria Angélica Esteves Distribuição: Cristiano Alves Impressão: Gráfica 101 Tiragem: 13.000 exemplares

Seu Valtério amou quando soube que teria de enviar anotações sobre AMOR. Nas palavras dele “Adoro conversar sobre amor, ouvir histórias às vezes alegres, às vezes tristes. Leio muitos livros sobre amor e eles preenchem meu tempo nas longas viagens que faço”. Pois é, aqui vão algumas anotações de Seu Valtério sobre amor.

O AMOR NA MITOLOGIA I Conta a mitologia grega que havia uma deusa muito pobre, sedenta e faminta, chamada Penúria. Um dia houve uma festa no Olimpo – a morada dos deuses gregos – e Penúria não foi convidada. No fim da festa, ela apareceu por lá para comer as migalhas que os convidados deixaram. Comeu até ficar satisfeita. Depois, dormiu com Poros, um deus muito sedutor. Dessa noite de amor, nasceu Eros, mais conhecido como Cupido. Eros, também conhecido como Cupido, é o deus do amor. Um deus brincalhão, mas, às vezes, cruel e impiedoso. Eros espalha sobre a Terra a vida, a alegria e a fecundidade. Ele é retratado pelos artistas como uma figura de asas e de arco e flecha, com a qual ele atinge o coração dos homens fazendo-os reféns do amor.

O MITO DA ALMA GÊMEA Quem nunca ouviu falar a expressão alma gêmea? Pois é, a origem dessa expressão está na mitologia grega. Conta a lenda que, no princípio dos tempos, os homens eram completos, tinham duas cabeças, quatro pernas e quatro braços. Como se julgavam muito evoluídos, eles subiram aos céus para tentar tomar o lugar dos deuses. Porém, perderam a batalha e, para castigá-los, o deus Zeus pegou a espada e partiu cada homem em dois. Desesperados, eles caíram de novo na terra e saíram à procura da sua outra metade, sem a qual não viveriam. *Sabemos que a mitologia traz histórias de deuses que, na verdade, não existiram. Era um meio que os gregos antigos – e depois também os romanos - tentavam explicar a existência da vida, dos sentimentos e das coisas.


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GRANDES AMORES Pedro e Inês de Castro. Ele era filho do rei de Portugal D. Afonso IV. Ela era dama de companhia de D. Constança, a mulher de Pedro. Pedro apaixonou-se por Inês, mas esse amor não era bem visto pelo rei. Aconselhado por dois conselheiros da corte, D. Afonso mandou matar Inês. Quando o pai morreu, Pedro tornou-se rei. Então, ele ele-vou Inês à condição de rainha e obrigou toda a corte a beijar-lhe as mãos. E olhe que já havia passado dois anos da morte de Inês.

Romeu e Julieta. Ela, da família Capuleto. Ele, da família Montecchio. As duas famílias tinham uma inimizade mortal. Romeu conhece Julieta e se apaixona por ela. E ela por ele. Por causa do ódio entre as famílias, Romeu e Julieta casam-se às escondidas. A história termina tragicamente, com a morte dos dois amantes. Achando que a amada estava morta, Romeu toma um veneno e morre. Quando Julieta vê o corpo de Romeu, ela pega um punhal e se mata.

A primeira história é verdadeira. Os amantes existiram mesmo. A segunda foi uma criação do escritor William Shakespeare. Ficção ou realidade, a verdade é que as histórias de amor sempre nos emocionam. Concordam?

O CASAMENTO E SEUS SÍMBOLOS De onde vem o costume de se usar vestido branco, véu, buquê e arroz nos casamentos? Pois bem, todos esses símbolos têm uma origem. Confiram: - na Roma antiga, era tradição as noivas usarem um véu branco para espantar os maus espíritos ou o olho gordo das solteironas.

- nem sempre foi costume as noivas usarem branco para se casarem. Todas as cores eram usadas até que, em 1840, a rainha Victória, da Inglaterra, usou um vestido branco para se casar. E o que não era, virou tradição e chegou até os nossos tempos.

- lua-de-mel: conta a história que a origem mais antiga da lua-de-mel aconteceu há mais de 2.000 anos, na Babilônia, onde era costume o sogro oferecer ao noivo, litros de hidromel, que os noivos bebiam depois do casamento, durante um certo tempo, marcado pelo calendário lunar.

- o buquê de flores era, na verdade, um buquê de ervas que as noivas da Roma Antiga usavam para afastar o mau agouro.

- arroz: os chineses e os hindus usavam para simbolizar a fertilidade e a boa fortuna. E nós copiamos.

QUEM É O AUTOR DA FRASE? O autor da frase chama-se Luiz Maurício Pragana dos Santos. Você já ouviu falar dele? Não? E de Lulu Santos, você já ouviu falar? Pois é, os dois são a mesma pessoa. Lulu Santos é um dos músicos, compositores e guitarristas, mais conhecidos do Brasil. E é conhecido no exterior também. Lulu Santos nasceu no Rio de janeiro, em 4 de maio de 1953. Ele está na música desde 1983. No ano de 1960, Lulu Santos conheceu os Beatles, que o levaram a pegar numa guitarra e formar sua

primeira banda. Aliás, a guitarra é sua eterna companheira. A música de Lulu Santos pode ser chamada de MPB (música popular brasileira), rock, funck, eletrônica, samba, enfim, uma música pop. Lulu Santos já vendeu mais de 7 milhões de discos. A sua banda é uma mistura de raças. Dela fazem parte três negros, um oriental, um português, e ele, que se define como mulato. Segundo o próprio Lulu, a música dele é a mistura que todo brasileiro traz no sangue.


CASO DE AMOR

Ele tinha 8 anos. Ela tinha o triplo da idade dele. O problema é que ele ainda não tinha ideia do que era dobro, triplo, quádruplo. Tinha acabado de entrar no terceiro ano. Já sabia ler, mas ainda tinha dificuldades para escrever algumas palavras. Achava o Português uma língua muito difícil de aprender. Ela dizia que não era difícil. Apesar de confiar muito nela, ele tinha uma pontinha de dúvida, achava que ela estava apenas querendo animá-lo. Passava as aulas a admirá-la. Os cabelos loiros ficavam mais loiros e brilhantes quando o sol entrava pela janela e deixava cair alguns raios neles. Nessas horas, ele tinha uma inveja danada do sol, queria poder ser um raiozinho daqueles para ficar para sempre escondidinho nos fios perfumados do cabelo dela. Era finalzinho do verão e ela sempre aparecia com roupas coloridas. Ele gostava muito quando ela vestia uma saia de flores e uma blusa combinando. Ela tinha as pernas bonitas. Por causa do contraste das cores, a pele ficava mais clara. Nessas horas, ela parecia um anjo caído do céu. Ele era ótimo em Matemática, fazia as operações rapidinho, conseguia resolver os problemas mais problemáticos, era um dos primeiros a dar a resposta correta. As aulas de Ciências não eram tão boas assim, ele só gostava quando iam para o laboratório ou quando percorriam o parque da escola à cata de folhas diferentes. Ele adorava a natureza. Mas o problema era mesmo o Português. Ele conseguia ler os textos, entendia as palavras, mas, quando elas se juntavam, o sentido delas escapava da compreensão dele. E, por mais que ele lesse uma por uma, quando chegava no ponto final, ele se embaralhava todo. Também as palavras ficavam mudando de sentido, como ele mudava de roupa. Todo dia tinha aula de Português. E em toda aula, ele se esforçava para fazer bonito, às vezes conseguia, outras vezes não. Tinha dia que ele pagava o maior mico, errava tudo. Mas o sorriso dela não deixava dúvidas de que ela tinha percebido o esforço dele. Era o sorriso dela que não deixava a tristeza e o desânimo tomarem conta dele. O ano foi passando, o verão acabou, o outono passou e o inverno já tinha dado o ar da graça. Os dias estavam frios e ela já não vestia mais as roupas leves e coloridas. Mas, mesmo com os casacos, ela ficava bonita. E os cabelos continuavam loiros e brilhantes. Agora, era ela que procurava o sol.


Como já tinham passado três estações, ele achou que já tinha aprendido o bastante para escrever uma carta. Resolveu que escreveria à noite, quando todos em casa estivessem dormindo. Queria pensar sozinho, na solidão do seu quarto. A noite chegou, as luzes da casa se apagaram e ele acendeu o abajur do quarto. E começou: querida professora. Queria colocar o nome dela no lugar de professora, mas ficou em dúvida. E essa não foi a primeira dúvida dele enquanto escrevia a carta. Foram muitas. Foram tantas que ele resolveu desistir, tentaria numa outra noite. Chegou a primavera e a carta ainda não havia sido escrita. Ele não conseguia resolver as suas dúvidas. A primavera trouxe as últimas provas do ano. Ele foi bem em todas; em Português, ele foi mais ou menos. Estava aflito porque a carta ainda não havia saído da sua cabeça para o papel. As férias estavam chegando, a escola estava que era uma festa, todo mundo fazendo festinhas de despedida, escrevendo cartões. Era isso, um cartão. Ele resolveu, no lugar da carta mandaria um cartão. Mandaria, não, entregaria em mãos. Nas mãos dela. Assim decidido, ele foi à papelaria, ficou um tempão escolhendo um cartão, não achava nenhum que combinava com a beleza dela. Enfim, achou um escondidinho, bem lá no fundo da caixinha. Combinadinho com os sentimentos dele, escondidinhos bem lá no fundo do seu coração. Pegou, pagou, levou. À noite, depois que todas as luzes da casa se apagaram, ele acendeu o abajur do quarto. Pegou o cartão, abriu a folha em branco e escreveu: EU TE AMO.


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DICIONÁRIO

A AMAR

A palavra desta edição é AMAR. Para a gramática, amar é um verbo regular. Para o dicionário, amar é ter amor a. E de onde vem a palavra amor? Vem do latim amore. AMAR tem também o significado de praticar o amor. E o poeta Drummond tem uma receita de como praticar o amor. Para ele, “amar se aprende amando”.

O aprendizado do amor é uma lição para a vida inteira. Primeiro, aprendese a amar a mãe. Ela é o leite, o colo, o aconchego. Depois, aprende-se a amar o pai. Seu cheiro, seus braços fortes. Os irmãos vêm depois, ao longo das brincadeiras, das brigas, dos segredos compartilhados. Aos poucos, o mundo vai crescendo. E torna-se o mundo dos avós, dos tios, dos primos, dos vizinhos, dos filhos dos vizinhos. Depois vem a escola, os colegas, os professores. Aprendemos, então, a ir alargando os nossos corações para caber todo mundo.

Onde não existe amor, existe DESAMOR. Podemos não amar uma pessoa, porque não a conhecemos. Esse tipo de desamor não é um sentimento negativo.

Há vários tipos de amor. O AMOR PRÓPRIO é um dos mais importantes para que sejamos uma pessoa feliz. E o que é amor próprio? O nome já diz, é amar a sua própria pessoa. Se você não ama a si mesmo, como vai amar outra pessoa?

Existem outros tipos de amor que a gente só vai descobrir com o tempo. Mas, uma coisa é certa: amar é preciso. E aprender a amar começa desde cedo. Portanto, não perca tempo. Ame!


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NÚMEROS ADOÇÃO: UM ATO DE AMOR. A adoção é um ato de amor. Por exemplo, quando alguém adota uma criança, é porque esse alguém abriu um espaço de amor em seu coração, para ser ocupado pela criança adotada.

E COMO ANDAM OS NÚMEROS DA ADOÇÃO NO BRASIL? No Brasil, o CNPJ – Conselho Nacional de Justiça – criou o Cadastro Nacional de Adoção, onde são registrados os casos de crianças e adolescentes que estão aptos à adoção. E também os candidatos a adotarem uma criança ou adolescente. O Cadastro Nacional de Adoção mostra que, em

- existem cerca de adotados;

2014 :

5.446 crianças e adolescentes aptos a serem

- desses 5.446 : 1.763 são brancos; 1.033 são negros; são pardos; 25 amarelos e 31 são indígenas. - existem cerca de ou adolescente;

2.594

30.424 pessoas candidatas a adotarem uma criança

- Algumas pessoas têm preferências por idades. Assim:

0 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos

4.335 5.530 6.124 5.950 3.501 3.287 1.284 617 305

9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos

121 228 49 79 26 20 24 11 4

Muitas crianças e adolescentes aptos à adoção têm irmãos. Das pessoas que querem adotar: -

5.928 aceitam adotar irmãos; 24.496 não aceitam adotar irmãos.

No Brasil, ainda há muitas crianças e adolescentes querendo encontrar um espaço de AMOR. E você, que já tem, AME muito quem abriu esse espaço para você.


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Susaninha na conversa com

JÚLIA MACEDO A nossa entrevistada desta edição é Júlia Fernandes Rodrigues Macedo. Ela tem nove anos e está no quarto ano. Júlia estuda no Colégio Santa Maria, unidade Coração Eucarístico. Júlia ganhou o Prêmio Bom Exemplo – Cidadania, 2014. Mas o maior mérito da Júlia é a lição de amor ao próximo que ela nos dá. Susaninha: Júlia, como surgiu a ideia de juntar os lacres para trocar por cadeiras de rodas? Júlia: Surgiu durante uma viagem com meus pais. Vi um cartaz em São Paulo, nos postos de pedágio. Lá tem a campanha, só que eles doam para qual instituição eles escolhem. Vi que poderia também fazer na minha escola, porque os meus colegas iam me ajudar. Susaninha: Como você ainda é uma criança, precisaria de ajuda, principalmente, dos pais. Como eles reagiram a essa sua ideia? Júlia: No primeiro mês, quase desanimaram porque só tínhamos conseguido meia garrafa de lacres. Mas eu mostrei para eles, que conseguimos muito, e mostrei a parte cheia da garrafa. Para eles foi uma lição, e me ajudaram muito, recolhemos em restaurantes, lanchonetes. Susaninha: E na escola, como foi? Júlia: A escola me apoiou muito, agradeço muito a diretora Mônica, que não pensou duas vezes em me ajudar, abraçou a campanha, e todos os funcionários, colegas, professores, pais. Espalhamos cartazes em toda a escola, e as doações chegaram, e não param de chegar, graças a Deus. Susaninha: O que você sentiu quando doou a primeira cadeira de rodas? Júlia: Senti muita felicidade, e aprendi que todos nós podemos ajudar o próximo e com a união de todos fica bem mais fácil. Vou doar a quinta cadeira de rodas na próxima semana. Susaninha: Júlia, você acha que atitudes como essas podem se multiplicar, partindo de inciativas de outras crianças?

SUSANINHA

Júlia: Claro, adultos e crianças já estão iniciando a campanha em outras cidades e estados com o meu apoio. Que o bem se multiplique sempre. Susaninha: E como as pessoas podem ajudar na sua campanha? Júlia: Temos vários postos de coletas. As pessoas que querem ajudar podem entrar no grupo Lacre Solidário, no facebook, ou pelos telefones: 3471-6169-25513643/9608-8314 Susaninha: Como foi que a televisão soube da sua campanha? Júlia: Minha primeira entrevista foi para o Estado de Minas, fui indicada aos Mineiros de Ouro, fiz entrevistas para a TV Alterosa, a TV Record e a TV Globo. Fui indicada ao Prêmio Bom Exemplo. Susaninha: Entre tantos outros exemplos de solidariedade e amor ao próximo, você foi a vencedora do Prêmio Bom Exemplo – Cidadania. O que você sentiu quando recebeu a notícia? Júlia: Senti muita alegria e felicidade, meu coração disparou. Todos os finalistas são excelentes exemplos. Já me senti vitoriosa pela indicação, fico muito feliz de estar entre eles, vou apoiar todos os projetos dos finalistas. Susaninha: Você gostaria de dizer mais alguma coisa para os nossos leitores? Júlia: Que os bons exemplos se multipliquem, e que façamos sempre o bem ao próximo com amor, como se fosse para nós, que vocês serão muito felizes. Júlia, dizer muito obrigado é pouco. Mas é o que podemos fazer hoje. Com o seu exemplo, podemos fazer muito mais amanhã.


AMOR E PRECONCEITO Queridos leitores. Nesta edição, vou falar de amor na internet. Oba! Pensou você. Oba! Foi o que eu disse quando li duas notícias veiculadas na internet. E vou repassá-las para vocês.

PRIMEIRA NOTÍCIA: uma equipe norte-americana realizou um estudo que foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Nesse estudo, foram analisados 126.134 contatos feitos entre internautas de um site de encontros amorosos. O que foi pesquisado? A quem as pessoas enviavam suas mensagens. O resultado da pesquisa: a maioria das pessoas enviava as mensagens para pessoas da mesma cor. Porém, se alguém de um outro grupo racial entrava em contato, as pessoas ficavam mais abertas a interagir com esses grupos. Conclusão dos pesquisadores: pequenas atitudes, como a de entrar em contato com alguém de um outro grupo racial, podem ajudar a combater o racismo.

SEGUNDA NOTÍCIA: no começo de março, uma marca de cereal veiculou um anúncio utilizando pessoas de várias raças. Muitos internautas se manifestaram sobre o anúncio: uns elogiaram, outros criticaram e alguns colocaram comentários depreciativos. O que a empresa fez? Contratou duas artistas para transformar os comentários maldosos num vídeo superbacana. As artistas imprimiram os comentários, enrolaram em forma de tubos e, com eles, montaram a palavra AMOR. E depois gravaram um vídeo onde a palavra AMOR ia se espalhando como água. Legal, não?

Pois é, leitores. Aí está minha pequena ação para difundir o AMOR. Você já pensou na sua?

Caros leitores, sinto-me muito à vontade para indicar os livros desta edição. Quem não gosta de falar de amor? Melhor ainda é sentir o amor. Então, aqui vão minhas indicações. Boa leitura! MARISOL

O PRIMEIRO AMOR DE LAURINHA

O MENINO QUE GOSTAVA DE PÁSSAROS (E DE MUITAS OUTRAS COISAS)

Autor: Pedro Bandeira Ilustrador: Osnei Editora: Moderna

Autor: Isabel Minhós Martins Ilustrador: Bernardo de Carvalho Editora: Ática

Laurinha é uma quase adolescente. E o que acontece com todos os quase adolescentes acontece com ela também. Inclusive o primeiro amor. Uma história meio confusa como são todas as histórias dos quase adolescentes. Mas, muito bacana. Vale a pena conferir.

Quem disse que gente só gosta de gente? Gente pode gostar, por exemplo, de pássaros. E de muitas outras coisas. Pois não é este o nome do livro?


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PASSA O TEMPO A CAMINHO DA CONQUISTA Para se conseguir alcançar um grande amor, é preciso fazer muito esforço. Qual desses candidatos chegará primeiro à torre da amada?

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CARTAS DE AMOR! Ah, as cartas de amor! Quanta poesia elas contêm! E, para que a poesia fique em segredo, a carta foi escrita em códigos. Tente decifrá-la.

A B C D E F G

H I

J

O

P

U

V

L

Q

X

M N

R

S

W

T

Y

Z

HISTÓRIAS DE AMOR As histórias de amor estão nos livros, nas novelas, nos filmes. Mas estão também na nossa vida. Vejamos: Você nasceu de uma história de amor. Você conhece essa história? Onde ela começou, como começou. Que tal ouvir dos próprios personagens - seus pais - essa história? Quando bebê, você foi cuidado e amado. Quem cuidou de você? Como foi esse caso de amor dessa pessoa por você? Alguém ainda cuida de você. E ama você. Como é esse caso de amor e de cuidados? Que tal ouvir os personagens das histórias de amor que envolvem você? Pergunte a eles. E ouça com amor.


Enfim, uma lei de verdade! Causar danos ao meio-ambiente é crime. E como todo crime, quem o comete está sujeito a penalidades. A lei de crimes ambientais define o que é crime ambiental e quais as penalidades para cada um.

O meio-ambiente é um bem fundamental à existência humana. E, como todo bem, deve ser resguardado por quem se utiliza dele. Porém, antes da Lei número 9.605, de 13 de fevereiro de1998, os atos contra o meio-ambiente não eram considerados crimes. Agora, todo dano ou prejuízo causados aos elementos que compõem o meio-ambiente, como a flora, a fauna, os recursos naturais ou o patrimônio cultural, são considerados crimes e a pessoa que os comete pode até ir para a prisão. As penas aplicadas variam de acordo com a gravidade do dano ou do prejuízo causados. Os crimes ambientais são de cinco tipos. - Contra a fauna: caçar, transportar e comercializar animais silvestres; pescar fora da época própria; maltratar ou fazer experiências cruéis com animais; agredir o habitat dos animais. - Contra a flora: causar danos à vegetação de Áreas de Preservação Permanente; provocar incêndios; destruir ou maltratar plantas de ornamentação em lugares públicos ou em propriedade alheia; extrair, cortar, adquirir, vender madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal sem a devida autorização. - Lixo e poluição: o lixo e a poluição são consequências do crescimento das cidades. Assim, é inevitável que eles aconteçam. O que constitui crime ambiental é quando o lixo e os resíduos são descartados de forma irregular ou acima dos limites autorizados e quando a poluição causa danos à saúde humana, causa mortandade de animais e destruição da fauna. - Balões: fabricar, vender, transportar e soltar balões que possam provocar incêndios ou outros danos. Com certeza, você nunca cometeu algumas dessas ações acima. Nunca usou motosserra, nunca comercializou madeira, nunca provocou incêndios, nunca fabricou um balão. Mas, pensemos um pouco: se você passa numa rua arborizada e arranca um galho de uma árvore, se usa um bodoque para capturar um passarinho, se joga sal num sapo, se vai a um parque ecológico e arranca uma muda de planta, você também está cometendo um crime ambiental. Já pensou nisso?


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