Equipe J - 2014

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Incentivo

Nº18 . AII NOVEMBRO /14 O EQUIPE J - ANO II é distribuído gratuitamente a todos os alunos dos 7 aos 12 anos das escolas das redes municipal, estadual e particular do município de Vespasiano. A venda do EQUIPE J - ANO II está restrita aos agentes autorizados. Valor de venda 1 REAL. Toda a receita da venda do EQUIPE J - ANO II é revertida para a Escola de Artes “Capitão Carambola”, Vespasiano.

QUANDO OS VENTOS DE MUDANÇA SOPRAM, UMAS PESSOAS LEVANTAM BARREIRAS, OUTRAS CONSTROEM MOINHOS DE VENTO. Érico Veríssimo

SEMPRE ATENTO

HORA DO CONTO

NÚMEROS

FINAL VERDE

Mundo sem dinheiro?

Uma mudança necessária

Os números da mudança

Um novo continente?

Superbactérias? Telefone fixo? O que anda acontecendo com o mundo?

Para conquistar o seu amor, era preciso mudar. Ele tentou. Se deu certo? Leia o conto “Uma mudança necessária”.

Crescer e aparecer? Nada disso. Primeiro, o Brasil apareceu; depois, cresceu. Confira os números da mudança

O homem está mudando tudo. Até a Geografia!

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SEU VALTÉRIO MARISOL

Quem já não mudou, pelo menos, uma vez na vida? Mudou de casa, de cidade, de país. Mudou de roupa, de cabelo, de sapato. Mudou de escola. Mudou o jeito de ser, de se comportar. Mudou de namorado, de namorada. O certo é que as pessoas estão sempre mudando. E, com elas, o mundo. Será que o homem das cavernas imaginaria que um dia seus descendentes iriam dormir num colchão, cozinhar no fogão, viajar de avião? Acredito que não. Mudar serve até para rimar. E serve também para a evolução das pessoas e da sociedade. As pessoas deste século convivem com situações que as pessoas do século passado não conheciam. Imagine o que nossos avós diriam se um filho adolescente aparecesse dizendo que queria usar brinco. Seria um Deus nos acuda. Hoje é comum os homens usarem brincos, colares, fazerem as unhas e se cuidarem. Mudar é evoluir. E evoluir é caminhar para um novo mundo. E, para ser novo, o mundo precisa de gente que pensa. E quem pensa sabe diferenciar uma mudança que vem para contribuir com a harmonia e a boa convivência entre as pessoas. Quem pensa sabe, principalmente, que nem tudo deve mudar. Valores como respeito, ética, educação, gentileza, tudo isso é imutável, ou seja, não deve mudar nunca. Sabe também que há mudanças que nem sempre fazem bem. Por exemplo, hoje os pais dão mais liberdade aos filhos. Mas, liberdade não pode ser confundida com falta de limites. E é assim, pensando, que o homem vai mudando. Que o mundo vai mudando. E que venham sempre muito boas mudanças para todos.

Ficha Técnica Concepção do Projeto: Buummdesign.com Direção Editorial: Tânia Colares (taniacm2@gmail.com) Direção de arte e Ilustrações: Frederico Rocha (frocha@buummdesign.com) Paginação: Buummdesign Revisão: Heloisa Ferreira Rosa Venda Direta: Maria Angélica Esteves Distribuição: Cristiano Alves Impressão: Gráfica 101 Tiragem: 13.000 exemplares

Mudanças são inevitáveis. e o mundo muda cada vez mais rápido. Há mudanças que nem chegamos a perceber. Só nos damos conta delas quando elas já chegaram. Algumas difíceis de entender, outras difíceis de acreditar. Seu Valtério selecionou algumas mudanças que ele achou interessante. Confiram.

MUNDO SEM DINHEIRO? Será que veremos um mundo sem dinheiro? Algumas pessoas apostam nisso. Parece que as velhas cédulas estão com os dias contados. A mudança já começou. Hoje as pessoas pagam contas pela internet e pelo celular. O cartão de crédito está a pleno vapor. Por um lado é bom, menos assaltos, menos gastos com a confecção das cédulas, menos micróbios rondando. Mas, por exemplo, como ficam os mendigos? Vão pedir esmolas de maquininha na mão?

IMPRESSORA QUE FABRICA ALIMENTO? Imagine a situação. Você compra uma impressora e, com ela, você cria um casulo cheio de furinhos. Nesses furinhos, você coloca alguns grãos. Espera cinco dias. Ao final dos cinco dias, eis um alimento pronto para você devorar. Isso é possível? Pelo menos, é o que dizem os estudantes da uma Universidade em Eindhoven, uma cidade holandesa. Eles criaram o “snack”, nome usado para se referir a petiscos e lanches. O “snack” é o casulo; já a impressora que vai fabricá-lo foi chamada de “Edible Growth”. Se o lanche é gostoso não dá pra falar. Mas que, se der certo, vai ser uma mudança e tanto para a alimentação humana, isso vai!


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ATÉ OS ANTIBIÓTICOS? Até os antibióticos! As mudanças no mundo são tão fortes que acabam fortificando também as bactérias. Quem já não ouviu falar nas superbactérias que resistem até a um superantibiótico? Os pesquisadores já estão tentando encontrar uma solução para acabar com elas. Uma equipe de pesquisadores, de Israel, já conseguiu isolar uma proteína a partir de um bacteriófago – vírus que atacam as bactérias. Essa proteína introduzida no corpo vai despedaçar as bactérias. E há outros e outros grupos pesquisando uma arma capaz de matar as superbactérias.

E O FIXO, ONDE FOI PARAR? Uma mesinha de canto com um catálogo telefônico e o telefone apoiado no catálogo. Essa cena hoje é quase um retrato na parede. O que aconteceu? Não aconteceu, mas está acontecendo. O uso do telefone fixo está cada vez mais raro. Só nos Estados Unidos, 700 mil telefones deixam de ser usados, a cada ano. E, no mundo todo, são milhões. É uma mudança que acontece sem que a gente perceba, até que, não mais que de repente, a gente se pergunta: gente, onde foi parar o telefone fixo?

PLANETA OU NÃO? Sim, Plutão continua sendo um planeta. Mas foi rebaixado de posto. Na verdade, ele sempre foi um solitário. Menor de todos, mais frio, mais distante do Sol. Assim, os astrônomos mudaram sua classificação, ele não é mais “planeta verdadeiro” e sim um planeta anão.

EXCESSO DE PREGUIÇA? Uma vez, um rapaz americano chamado Roice Hailey, ouviu de seu chefe a seguinte frase: “As pessoas que têm carro são tão preguiçosas que não querem sair dele nem para comer”. Foi o suficiente para o rapaz mudar a sua vida. Ele colocou ao lado da lanchonete uma placa que dizia: Drive True. Isso quer dizer mais ou menos “através do carro”. Pois não é isso que acontece? Num drive true, os sanduíches é que vão até os carros. Uma mudança de sucesso.

QUEM É O AUTOR DA FRASE? O autor da frase é Érico Veríssimo. Ele nasceu em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, em 1905, e faleceu em Porto Alegre, em 1975. Entre as suas obras estão “Olhai os lírios do Campo”, “O tempo e o vento” e muitas outras. É como diz esse famoso autor gaúcho: quando as mudanças chegam, muita gente coloca barreiras; mas, outras não só aceitam, como as espalham como os moinhos espalham o vento.


UMA MUDANÇA NECESSÁRIA Na tentativa de criar coragem, eu acabei foi criando uma baita confusão. Já explico. Há alguns meses, ando tentando me aproximar da garota mais linda da escola. Linda pra mim, alguns dos meus colegas dizem que ela não é feia, mas também não é essa beleza toda que eu vejo nela. Não importa, pra mim ela é a garota mais bonita, mais cheirosa, mais elegante, mais...Mais tudo. E foi por causa dessa paixão toda que eu quase me estrepei todo. Eu estudava numa escola, ela em outra. Mas, eu tinha amigos na escola pública onde ela estudava e eu sempre ia me encontrar com eles, e foi assim que eu conheci minha deusa. Meu amigo Rafael, amigão mesmo, me apresentou a menina. Quando eu falei “Oi”, ela me deu um olhar daqueles de derreter qualquer pedaço de gelo. Mesmo um iceberg como eu. Iceberg. Agora dei pra falar bonito, tudo para impressionar a menina. É que ela é ótima aluna, estudiosa, responsável. Já eu não sou tanto assim, pra dizer a verdade, não sou nada assim. Sempre estudei em escolas particulares, meus pais investem mesmo no sonho de ter um filho doutor. Mal sabem eles que eu sonho outros sonhos. Continuando a minha história e da minha deusa, esqueci de dizer que, no primeiro dia, ficamos apenas no oi e no olhar fulminante. Ela me cumprimentou, deu dois beijinhos no Rafael e pronto, sumiu do mapa. Mas não da minha cabeça. Fiquei ali parado, hipnotizado, olhar no caminho por onde ela tinha desaparecido, queixo caído, meio decepcionado. Ela sequer me notou, nem se deu conta do garoto bonito que eu era. E continuo sendo!. Às vezes, fico pensando se não foi o orgulho ferido que me levou a querer ter aquela menina pra mim, custasse o que custasse. E olhe que custou caro! Todos os dias eu chegava da escola, almoçava e corria para a porta da escola pública. Com a desculpa de ver meus


amigos, eu via a menina dos meus sonhos. Ela passava, me dava um oi, e sumia no meio das colegas. Acho até que ela estava fazendo isso para me provocar, ela tinha percebido a minha queda por ela. O problema é que, para meus estudos, foi mais que uma queda, foi um tombo daqueles! Quando o boletim chegou, meus pais não acreditaram, sabiam que eu nunca seria um aluno exemplar, mas também não esperavam que o filho fosse o campeão de notas vermelhas da escola. Sermão vai, sermão vem, eles decidiram que seria melhor eu mudar de escola. E em outra cidade. E aí, como eu faria para ver minha menina? Não veria. Foi então que eu decidi que faria a coisa certa. E a coisa certa a fazer era provar para meus pais que eu merecia outra chance. E, para provar que eu merecia outra chance, era preciso recuperar as notas perdidas e tentar passar de ano. Criei coragem, chamei meus pais e conversei. Falei que eles tinham razão, que eu tinha pisado na bola, que não tinha dado valor ao sacrifício deles, mas que, daquele momento em diante, eu ia provar para eles que eu era capaz de mudar. Não sei o que os levaram a confiar em mim, mas confiaram. Daquele dia em diante, ou melhor, do dia seguinte à conversa em diante, eu não fui mais esperar meus amigos na porta da escola. Porque no dia da conversa eu fui e conversei com eles, disse que eles não me veriam mais na porta da escola, que nos encontraríamos nos finais de semana. Disse que estava disposto a passar de ano. Se eles entenderam não sei, não falaram nada. Já a minha menina passou, como sempre passava, sem dar bola pra mim. E, foi num fim de semana, que Rafael me disse que minha menina tinha sentido a minha falta. Tinha perguntado por que eu não estava mais na porta da escola. E aí, cara, você explicou para ela? Rafael disse que sim, que ela tinha ficado impressionada com minha atitude. Opa!, pensei, acho que desta vez vou mesmo criar coragem. Esperei um tempo. Apenas o tempo de recuperar minhas notas e sentir que eu conseguiria passar de ano. E, num belo dia, voltei à porta da escola pública. Quando ela me viu, seus olhos se iluminaram. Bom, pelo menos eu notei uma luz diferente. E não foi só isso, não, ela foi se chegando, disse oi, e ficou. Cara, ela ficou lá no meio da minha turma de amigos. Perto de mim. Conversamos. E, quando ela quis seguir seu caminho, eu perguntei se podia ir junto. Ela sorriu e disse que sim. E fomos. Hoje estamos namorando. Ela, uma ótima aluna. Eu, um aluno regular. Mudei muito, estudei mais ainda, aprendi a dar valor ao que tenho e ao que ainda posso ter.


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DICIONÁRIO

M MUDAR

A palavra desta edição é MUDAR. São inúmeros os significados para o verbo mudar. Entre eles: remover, deslocar; transferir para outro local; alterar, modificar; trocar, variar; transformar, converter. Ou ainda, mudar de lugar. Tornar-se diferente do que era. Como se vê, mudar é um verbo de significação bem ampla, bem diversa.

Para muitas pessoas, mudar é algo muito difícil. Talvez seja porque mudar significa se desfazer de alguma coisa. Pode ser de um objeto, de uma ideia, de uma opinião, de um conceito. Ou até, de um estilo de vida. Por exemplo, se um móvel fica carunchado e não dá para restaurar, o jeito é trocá-lo por outro. Se não trocar, corre-se o risco dos outros móveis ficarem carunchados. E aí o prejuízo vai ser maior. Assim como acontece com os móveis, também as ideias, as opiniões, os conceitos podem ficar “carunchados”. A pessoa pode ter uma opinião sobre um fato e, depois de conhecer e se informar direitinho sobre esse fato, perceber que sua opinião a respeito dele não estava certa. E aí? Vale continuar com a opinião “carunchada”, só pra não dar o braço a torcer?

O mundo está em constante mudança. Por isso, é tão importante as pessoas estarem com a mente aberta para aceitar e conviver bem com essas mudanças. Claro, existe aquilo que é imutável, isto é, não muda nunca. E nem deve mudar. Por exemplo, valores como respeito, ética, honestidade, e outros, devem ser permanentes.

O que não pode ser permanente é a ideia de que o mundo e as pessoas já estão prontos e acabados. Porque, quem pensa assim, desperdiça uma bela oportunidade de crescer como pessoa, de estar em sintonia com novas ideias, novos conceitos. E, quem sabe, desperdiça uma bela chance de mudar de vida. E mudar para melhor!

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NÚMEROS MUDANÇAS EM SÉRIE Os portugueses chegaram em terras brasileiras, no ano de 1500. Da chegada deles até hoje, houve muitas mudanças. E os números atestam essas mudanças. Confiram!

2010: o número já era de ,apenas, 896.917 (oitocentos e noventa

1500

Estima-se que havia cerca de 4.000.000 a 5.000.000 (4 a 5 milhões) de indígenas.

e seis mil e novecentos e dezessete) índios, segundo dados do IBGE.

1800: o Brasil tinha cerca de 3.500.000 (três 1940: 16% dos brasileiros moravam nas cidades; 84% estavam no campo.

1980: 51% dos brasileiros morando nas cidades; 49%,

milhões e quinhentos mil) habitantes.

1900: a população pulou para 17.000.000 (dezessete milhões) de habitantes.

no campo

2010: 160.900.000 (cento e sessenta milhões e novecentos mil) brasileiros morando nas cidades. Hoje? Hoje é cada vez maior o número de pessoas que deixam as grandes cidades, em busca de uma melhor qualidade de vida no campo.

2010: 190.732.694 (cento e noventa milhões, setecentos e trinta e dois mil e seiscentos e noventa e quatro) habitantes. Hoje? Hoje, o Brasil ultrapassou os 200.000.000 (duzentos milhões) de habitantes.

MUDOU, MAS AINDA PRECISA MUDAR O número de crianças e adolescentes trabalhadoras caiu. Mas precisa cair mais ainda, pois até 2012 ainda existiam, no trabalho:

- 81.000 (oitenta e uma mil) crianças de 5 a 9 anos. - 473.000 (quatrocentos e setenta e três mil) pré-adolescentes de 10 a 13 anos. - 2.960.000 (dois milhões, novecentos e sessenta mil) adolescentes de 14 a 17 anos. No total, segundo dados do IBGE/PNAD, eram 3.510.000 (três milhões, quinhentos e dez mil) cidadãos que deviam estar, apenas, estudando.


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Susaninha na conversa com

JONAS O nome dele é Jonas. Eu o encontrei nas páginas de uma reportagem, onde se lia um pouco de sua história. Resolvi que Jonas seria o entrevistado deste mês. E é esse Jonas, sensível e surpreendente, que o Equipe J apresenta para os seus leitores.

Susaninha: Você tem mãe, tinha amigos, namorada e escola. Ou seja, tinha tudo para ter uma vida sem muitos problemas. Por que essa mudança brusca de vida? Jonas: Porque eu gostava de ter coisas que minha mãe não podia me dar. Eu fui criado na comunidade e via que os outros ganhavam as coisas fácil. Susaninha: Você disse que estava na sétima série, mas não sabia ler nem escrever. Como você explica isso? Jonas: Eu ia para a escola e eles me passavam de ano, eles me falavam para ficar quieto e frequentar a escola que me passariam de ano. Susaninha: Prestes a terminar o ensino fundamental, você abandonou a escola. Por que tomou essa atitude? Jonas: Os professores não tinham tempo para me ensinar porque a sala tinha muitos alunos. Eu saí da escola, porque não aprendia nada, eles não tinham tempo para me ensinar, passavam muita lição na lousa para eu copiar. Eu não aprendia nada mesmo, era um copista. Susaninha: Na reportagem consta que você mesmo se entregou às autoridades. O que o levou a tomar essa atitude? Jonas: Eu estava sendo procurado pela polícia e me sentia um fugitivo. Estava me sentindo mal por tudo que eu havia feito, então Deus tocou meu coração e eu decidi me entregar. Foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida. Eu fiz muita coisa errada e tive que pagar.

SUSANINHA

Susaninha: Fale um pouco sobre a sua vida na Fundação Casa: como foi recebido, como foram – ou são - as aulas, enfim, seu cotidiano na Casa. Jonas: Eu fui bem recebido na Fundação Casa, no outro dia já comecei a ir para a escola. Falei das minhas dificuldades para os professores e eles começaram a me ajudar. O setor pedagógico me ajudou com reforço escolar e a equipe toda me apoiou. Eu estudo, faço cursos, oficinas culturais, esportes e até fui campeão no campeonato de basquete 3x3 regional, da Fundação. Também fui campeão de futebol de campo. Susaninha: Você acha que sua vida mudou para melhor, na Fundação? Jonas: A minha vida mudou muito na Fundação Casa, aprendi coisas boas que posso usar lá fora. Susaninha: Que mudanças podem acontecer na sua vida, após sua saída da Fundação? Jonas: Eu posso arrumar um emprego com todos os cursos que aprendi, para ter nova chance e mostrar para a sociedade que eu mudei. Queridos leitores. Este é Jonas, um jovem sem rosto. Mas, só por enquanto. Um novo Jonas vem aí. Com cara e coragem. Uma mudança e tanto. Obrigada, Jonas, você nos mostrou que mudar é sempre possível. Pois é, leitores. Jonas é a prova viva de que mudar é sempre possível. E nós agradecemos por ele ter nos mostrado isso.


A “TERRA DE NINGUÉM” COMEÇA A MUDAR. Queridos leitores, numa das edições eu disse que a internet é “terra de ninguém”. Mas, parece que as coisas estão mudando. Hoje, o Brasil já tem instrumentos para encontrar e punir os autores de crimes internáuticos. Confira: - Lei de Crimes Digitais: pune, com prisão, quem comete crimes digitais; foi sancionada em dezembro de 2012; - Marco Civil da Internet: traz a regulamentação dos direitos e deveres do internauta; foi sancionado em abril de 2014. O órgão encarregado de investigar crimes virtuais é a Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos (DRCI). É preciso que o usuário da internet compreenda que a vida em sociedade é regida por direitos e deveres. E que a internet, como um segmento da sociedade, está sujeita aos mesmos direitos e deveres. Liberdade de expressão é um direito de todo cidadão e vale para a internet também. Mas, publicar ofensas, inverdades e opiniões discriminatórias é crime e o autor pode – e deve – ser punido. Já era mais que hora de uma mudança na “terra de ninguém”.

MARISOL

Prezados leitores. As pessoas mudam e, com ela, a sociedade em que vivem. Por exemplo, as pessoas de hoje pensam e agem diferente das pessoas do século passado. E a Literatura reflete essas mudanças. Nesta edição, eu os convido a ler um livro que aborda um assunto bem atual nos dias de hoje. E eu os convido a ler sem preconceitos, sem julgamentos. Apenas, ler. Depois, se acharem necessário, discutam com seus pais, seus professores, seus amigos.

MEUS DOIS PAIS Autor: Walcyr Carrasco Ilustrador: Laurent Cardon Editora: Ática


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PASSA O TEMPO MUDANÇA DE VISUAL!

Às vezes, temos vontade de mudar de visual. No provador esta menina experimenta um novo vestido e sapatos. Você consegue adivinhar qual foi a escolha dela?

MUDAR DOS PÉS À CABEÇA Todo muda gosta de mudar o penteado. Só que no salão só existe um tipo de penteado. Crie mais alguns penteados para os clientes escolherem.

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MUDAR O RASCUNHO Escolher bem um modelo é o primeiro passo para se desenhar uma figura. Escolha dois de seus colegas e faça o desenho deles, um em cada tela.

MUDANDO AS LETRAS, DESCOBREM-SE AS PALAVRAS: Forme palavras colocando cada letra no seu devido lugar.

Mude as letras e forme novas palavras.

GATO BOLA MALA LOTO MOTO

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UM NOVO CONTINENTE? Ilhas de plástico expõem a falta de educação para com o meio ambiente e ameaçam a vida marinha. E a do próprio homem.

Nas aulas de Geografia, aprendemos que continentes são grandes extensões de terras emersas, limitadas pelas águas dos mares e oceanos. O mundo é composto por seis continentes: África, América, Ásia, Europa e Oceania. Certo? Certo. Mas, parece que o homem está mudando a Geografia. É que um sétimo continente anda aparecendo. E crescendo. Nele, são encontrados desde cones de trânsito a móveis, brinquedos, tênis e malas. Esses verdadeiros continentes de lixo são criados pelo homem. Os objetos são descartados dos navios e das plataformas de petróleo e lançados ao mar. A esses objetos juntam-se outros que nós descartamos indevidamente, e que vão parar nos rios. Dos rios para os mares. Dos mares, as correntes marinhas levam para os oceanos. Esses objetos ficam presos pelos redemoinhos formados nos oceanos criando-se, assim, imensos continentes de lixo.

O problema é ainda maior quando se sabe que esse lixo vai se decompondo em partículas tão pequenininhas que formam uma verdadeira “sopa”. Mas, uma sopa mortal. Quando os animais marinhos ingerem essa sopa, a dieta deles sofre uma mudança radical. Os estudiosos já descobriram que houve queda no nascimento de fêmeas, por causa da ingestão do lixo. E o lixo vai para o estômago do peixe e o peixe vai para a mesa do homem. Logo, o lixo vai para o estômago do homem. Há solução? Os estudiosos acham que sim, que o lixo da superfície pode ser retirado. O problema maior é a sopa, porque as partículas são tão pequenas que retirá-las significa retirar também água do mar. E, com a água, vários organismos vivos. Nesse caso, o prejuízo ao meio ambiente seria maior. Enquanto a solução não chega, que tal, nós, os agentes do dia a dia do planeta, não fazermos a nossa parte? Ela é tão fácil que pode ser resumida numa frase: Jogue o lixo no lixo. E as ruas, as calçadas, as bocas de lobo, os rios, definitivamente, não são depósitos de lixo.


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