Editorial Vamos começar 2015 de um jeito diferente. Planejamos um novo layout para que o nosso conteúdo seja apresentado de forma mais leve e completo. Nesta edição, vamos tratar de assuntos importantes para a administração do condomínio. Na matéria de capa, você Carla Brayner
irá saber quando a tubulação rompe no apartamento e
Editora
termina prejudicando as áreas comuns do condomínio, de quem é a responsabilidade? Especialistas vão explicar como se proteger e evitar o problema.
Edição
Você também irá aprender a calcular a fração ideal e colocar as contas do condomínio em ordem. E não para por aí, a Prefeitura de Salvador tem realizado algumas ações im-
Março-Abril/15
#52
portantes para os bairros e os grandes geradores de resíduos sólidos estão isentos do pagamento da Taxa do Lixo. No dia 25 de abril, você não pode perder a Assembleia Show, que será realizada no Wall Street Empresarial (Paralela) e irá abordar o tema “Questões Trabalhistas em Condomínio”. A inscrição custa R$150,00, e as vagas são limitadas, faça logo a sua. Telefones para contato (71) 32421084/3491-0710.
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Revista Cadê o Síndico • 5
Sumário 8 Valores de referência
Índices com novos valores não homologados
9 Perfil
Linda Carvalho, síndica e gerente de atendimento
12 PISCINA
Quem fiscaliza o trabalho do piscineiro?
14 GESTÃO
Como organizar as contas do condomínio
19 MEIO AMBIENTE Isenção da taxa de lixo
27 CIDADE
12
13
LEGISLAÇÃO
Programa “Ouvindo Nosso Bairro”
Cálculo da fração Ideal
31 Classificados
9
6 • Revista Cadê o Síndico
Colunas Dúvidas Jurídicas
14
Drª Kátia Gerlin Comarella responde Kátia Gerlin Comarella Advogada
10
Auditoria Contábil Por que contratar uma empresa especializada? Michele Lordêlo Contadora
Capa #22 Vazamento
Como prevenir problemas nas tubulações
16
Sr. Síndico Convenção e ausência de quorum Ionara Ribeiro Advogada
18
Dia-a-dia do Síndico Alteração de fachada Rosemar Smera Advogada
20
Elevadores De quem são os elevadores do seu prédio? Adriana Novaes Advogada
26
Direito Imobiliário Acordo do inadimplente e voto em assembleia Livia Freire Advogada
28
Design de Interiores Decoração das áreas externas Ricardo Ferreira Designer
30
Valores de Referência 01
Contribuição do INSS Tabela a ser aplicada para recolhimento
04
a partir de 01.01.2011.
Registro de Condomínio Passos necessários na regularização do condomínio
Salário de
Alíquota para fins de
1. Registro do condomínio no cartório de imóveis, junta-
Contribuição
recolhimento do INSS
mente com a convenção. 2. Elaboração da convenção, com assinatura de proprietá-
Até R$ 1.317,07............................................................................... 8%
rios de no mínimo 2/3 das frações ideais do condomínio.
De R$ 1.317,08 até R$ 2.195,12................................................ 9%
3. Inscrição das escrituras definitivas das unidades no
De R$ 2.195,13 até R$ 4.390,24............................................. 11%
Cartório de Registro de Imóveis.
Teto máximo, contribuição.....................................R$ 482,92
4. Expedição do habite-se (pela construtora/incorporadora).
Pagamento até o dia 20 do mês subsequente ao de compe-
5. Solicitar o desmembramento do IPTU por unidade.
tência. Não havendo expediente bancário antecipa para o
6. Convocação da primeira assembleia para eleição de
1º dia útil anterior.
síndico e conselho consultivo.
02
GRPS (INSS)
7. Inscrição do condomínio no CNPJ, que torna automática a inscrição no INSS (esta é necessária para o condo-
Guia de Recolhimento
mínio ser empregador).
para Previdência Social
OBS: CNPJ: É o cadastro de pessoa jurídica. O condomínio precisa desse registro porque, apesar de não pagar im-
20% sobre a folha, como parcela do condomínio.
posto de renda (associação sem fins lucrativos), vai reter
2% sobre a folha, como contribuição de acidente de
imposto de renda dos funcionários na fonte.
trabalho. 4,5% sobre a folha, como contribuição de terceiros (SESC, SENAI, etc...) Salário Família:
05
Piso Salarial Válido até (31/12/2014) Data base: Janeiro de cada ano.
Até R$ 682,50.................................................................... R$ 35,00
• Gerente Senior.........................................................R$ 3.818,00
De R$ 682,51 a R$ 1.025,81.......................................... R$ 24,60
• Gerente.....................................................................R$ 1.857,00
03
Obrigações
• Administrador Senior........................................R$ 2.728,00 • Administrador Júnior..........................................R$ 1.052,00 • Supervisor...............................................................R$ 1.052,00 • Zelador, porteiro ou agente de portaria, piscineiro, jardineiro, folguista, vigia, ascensorista..............................R$ 840,00
Admissão/Demissão (CAGED) – Comunicar ao Ministé-
• Garagista, faxineiro, manobrista, mensageiro, auxiliar
rio do Trabalho até o dia 05 do mês subsequente.
de serviços gerais, demais trabalhadores em serviços
Recolhimento do INSS até o dia 20 do mês subsequente.
gerais...............................................................................R$ 788,00
Recolhimento do FGTS, 8% sobre a folha de pagamento,
Adicional Noturno: ............................................................. 2 5%
até o 5º dia útil do mês subsequente.
Horas Extras: .........................................................................75%
Recolhimento do Pis, 1% sobre a folha de pagamento, até
VALE ALIMENTAÇÃO:
o dia 24 do mês subsequente.
Cond. Residencial.......................................................... R$ 205,00
Recolhimento do ISS, (Sobre serviços prestados) paga-
Cond. Comercial............................................................. R$ 215,00
mento no dia 5 do mês subsequente.
VALORES DE 2015 NÃO HOMOLOGADOS
8 • Revista Cadê o Síndico
Perfil
Fazendo a diferença LINDA CARVALHO REALIZOU MELHORIAS COM SUA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Por: CARLA BRAYNER
Exercendo o segundo mandato como síndica profissional de condomínios residenciais de grande e médio porte, na cidade de Salvador e Região Metropolitana (Ilhota Village, Valle do Iguape e Laura Costa), Linda Carvalho ainda atua como gerente de atendimento há seis anos na ACS Administração de Condomínios, prestando assessoria permanente aos síndicos e moradores. Profissional com formação em secretário executivo e turismo, atuou em organizações de grande porte, assessorando diretores e executivos em geral e gerenciando eventos corporativos, canalizando atualmente seus co-
Linda Carvalho, síndica e gerente de atendimento
nhecimentos e experiência acumulada a favor da atuação no segmento de administração de condomínios, sen-
situação emergencial; abertura de conta salário para os
do referência nessa área.
funcionários do condomínio; a proibição de funcionários
De acordo com Linda, através de sua experiência foi pos-
recebendo qualquer tipo de pagamento de taxa de condo-
sível conduzir a implantação de diversos condomínios,
mínio em espécie; uniformização da equipe e investimen-
gerenciando os processos de emissão de convenção cole-
to em equipamentos de segurança”, diz Linda.
tiva e regimento interno e gerindo assembleias de implan-
Linda garante que não toma decisões pessoais. “Aprendi a
tação, ordinárias e extraordinárias. “Além disso, implantei
ter sempre uma conduta ética. Mantenho a linha de comu-
diversas ações que proporcionaram melhorias aos condo-
nicação aberta com condôminos e funcionários do con-
mínios, como a recuperação financeira através de redu-
domínio e não abro mão de um conselho fiscal atuante”,
ção de custo e criação de fundo de reserva para atender
finaliza Linda.
•
Revista Cadê o Síndico • 9
Dúvidas Jurídicas
Dra. Kátia Gerlin Comarella Kátia Gerlin Comarella
responde
Advogada
1. Os condôminos junto com a síndica do nosso con-
entregador dos Correios em verificar o nome certo do
domínio, querem alterar o nome do nosso condomí-
logradouro e o bairro. Recomendo que procure a agên-
nio alegando ser feio, isso é legal, eles podem fazer
cia central dos Correios e leve o problema para que eles
isso?
possam lhe ajudar.
Sim. O nome do condomínio pode ser alterado, desde que seja deliberado em assembleia geral, que estejam presen-
3. No meu condomínio estão instalando um gerador
tes todos os condôminos para a votação e, esta seja unâni-
de energia elétrica, e a síndica afirma que como in-
me. Havendo a votação, dentro da legalidade e do quorum
quilino, tenho que pagar a taxa que vem todo mês no
devido, escolhido o novo nome, todos os documentos deve-
boleto, por ser beneficiário do serviço, isso é legal?
rão ser alterados, especialmente a convenção do condomí-
Não é verdadeiro o que sua síndica argumenta, uma vez
nio, que deverá contemplar toda a mudança.
que, tal instalação é considerada como uma despesa extraordinária na Lei do Inquilinato. Assim, tal obrigação
2. Quero tirar esta dúvida há muito tempo, necessi-
cabe aos proprietários tão somente, salvo se o contrato
to saber pois moro em um condomínio em Salvador,
de locação dispuser o contrário.
que sempre ocorre problemas com as correspondências, ou seja, sempre o correio entrega as mes-
4. Os condôminos ausentes em uma assembleia tem o
mas, em condomínios distintos, cujo os nomes são
direito de serem informados sobre o que foi decidido
iguais, pode ter condomínios com o mesmo nome?
pelos presentes?
E é legal?
Sim, os condôminos que não compareceram a reunião
Sim, pode haver condomínios distintos com o mesmo
condominial tem o direito de receber cópia da ata redigi-
nome, pois o condomínio é um ente despersonalizado
da da assembleia, com todas as deliberações tomadas, so-
e não uma pessoa jurídica, e, portanto, não está sujeito
bretudo, quando for assembleia ordinária, pois nesta es-
ao controle da denominação junto aos cartórios de re-
tará a previsão orçamentária, principalmente a nova taxa
gistro. O que está ocorrendo é uma falta de atenção do
condominial tem que ser imediatamente informada.
10 • Revista Cadê o Síndico
•
Piscina
Quem fiscaliza o trabalho do
piscineiro? Por: ANTONIO CORADINHO
que ser redobrado. Mas, será que a água está bem tratada, livre de qualquer contaminante químico ou de bactérias e vírus? A maior parte das vezes não sabemos porque o trabalho do piscineiro não é fiscalizado. Há alguns anos atrás, em visita a um grande clube da cidade, oferecendo produtos para piscina, encaminharam-me ao piscineiro que decidia tudo para a piscina, desde a compra, quantidades, análises, etc. No primeiro pedido verifiquei que tinha feito uma compra exagerada de algicida a base de cobre. Curioso, dei uma olhada na piscina e verifiquei que a água estava num azul excepcionalmente bonito e cristalino. Notei também que as paredes da piscina estavam manchadas de azul. O piscineiro informou-me que o gasto de algicida era aquele mesmo. Ao voltar ao escritório e analisar o consumo de algicida constatei que a quantidade estava dez vezes acima do recomendado. O cobre é um produto tóxico e cumulativo no organismo. O piscineiro estava intoxicando os usuários. Frequentemente recebo informações de usuários que se queixam que a sunga ou o biquíni ficaram brancos, que os olhos estão ardendo ou que a pele está coçando. Todas estas situações são sintomas de uma água mal tratada. E quem controla o trabalho do piscineiro? Quem utiliza o serviço de empresas especializadas, existem os supervisores destas empresas, mas quando a mão de obra é avulsa? O responsável para fiscalizar o trabalho do piscineiro de-
A qualidade da água da piscina é garantida pelo encarregado de fiscalização munido de kit de teste
veria ser o administrador ou o encarregado de manutenção do condomínio, com conhecimentos básicos e kit teste em mãos para analisar cloro, ph e alcalinidade, os três
Estamos em plena temporada de verão, temperaturas al-
parâmetros que garantem a balneabilidade da piscina.
tas, férias, e um dos principais lazeres é o banho de pisci-
A alegria e o prazer de um banho de piscina não podem
na. Manhã e tarde, e muitas vezes à noite, as piscinas estão
ser ofuscados por uma água mal tratada e potencialmente
sendo usadas. Aí o cuidado com a qualidade da água tem
perigosa para o usuário.
12 • Revista Cadê o Síndico
•
Fração ideal SAIBA O QUE DETERMINA O CÓDIGO CIVIL E NORMAS TÉCNICAS
Legislação do condomínio, além do memorial de incorporação e do respectivo quadro de frações ideais, conforme previsão da Lei 4591/64. “Cada unidade condominial, por lei, recebe uma designação única no empreendimento, compondo um total, proporcional a “fração ideal” que ocupa e a que tem direito, isso é fundamental para efeito do rateio de despesas e contabilização do voto em assembleia, sendo certo que, somente poderá ser feito o rateio de forma diversa de princípio geral, se a convenção do condomínio assim trouxer previsão”, finaliza o especialista.
O Código Civil conceitua da seguinte forma:
ALEXANDRE MARQUES
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são
Advogado
propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos.
As despesas condominiais, direitos e proporcionalidade
§ 3º A cada unidade imobiliária caberá, como parte in-
de votos são definidos de acordo com o que estipula a
separável, uma fração ideal no solo e nas outras partes
convenção do condomínio. Se esta não dispuser sobre
comuns, que será identificada em forma decimal ou ordi-
o assunto, o critério de proporcionalidade e divisão de
nária no instrumento de instituição do condomínio. (Re-
despesas e votos é o da fração ideal, que é a parte divisí-
dação dada pela Lei nº 10.931, de 2004).
vel e determinável das áreas comuns e de terreno, cor-
Já as regras para o cálculo estão contidas na norma da
respondente à unidade autônoma de cada condômino.
ABNT de nº 12.721/2005, intitulada: “Critérios para avalia-
De acordo com Alexandre Marques, advogado paulista,
ção de custos de construção para incorporação imobiliá-
especialista em direito condominial, a contribuição con-
ria e outras disposições para condomínios edilícios”.
dominial está pautada no conceito de fração ideal, salvo se a convenção trouxer previsão expressa em sentido contrário. “A fração ideal está prevista na Lei 4.591/64 (Lei Especial de Condomínios e Incorporações), nos artigos 32 (letra “i”) e 53”, informa Alexandre. “Como regra geral, a fração ideal é composta de uma parte comum e de uma parte privativa”, informa Alexandre, que ainda completa “a fração ideal de cada imóvel, em
E qual a fórmula para cálculo da fração ideal?
FI =
•
A ter x A und At und
FI = Fração Ideal da unidade A ter = Área total do terreno A und = Área da Unidade Residencial em questão At und = Área total construída das unidades
relação ao todo do terreno, deve constar na convenção
Revista Cadê o Síndico • 13
Gestão
Tudo em ordem
COMO ORGANIZAR AS CONTAS DO CONDOMÍNIO?
Por: CARLA BRAYNER
Desde o início do ano, o síndico deve planejar as contas do
va errado receber dinheiro,
condomínio para dar sustentação necessária para a exe-
pois facilitava desvios e tudo
cução do planejamento de curto e longo prazo. As contas
mais”, diz o síndico.
devem ser organizadas através do orçamento e prestação
Com isso, foi necessário au-
de contas, para que o condomínio funcione corretamente.
mentar em R$100,00 a cota
Em 2010, Tamar Eduardo Vieira, assumiu o cargo de síndi-
condominial. “Ela estava há
co do Condomínio Golden Plaza, e encontrou o condomí-
quatro anos sem aumento,
nio sem organização e planejamento. Assim, foi inevitável
era R$195,00, e teve que ir para R$295,00, para que o
aumentar a taxa de condomínio para que os problemas
condomínio voltasse a funcionar, e claro, teve apoio da
não aumentassem. “As cotas condominiais eram pagas em
assembleia”, conclui o síndico.
dinheiro e os condôminos não tinham recibos. O primei-
De acordo com o economista Alexandre Rodrigues, espe-
ro passo foi organizar o caixa do condomínio. Inserimos
cialista em finanças corporativas, é de suma importância
a cobrança através de boleto, pois assim se o condômino
para o maior controle e gestão dos recursos do condomí-
deixasse de pagar, já entra o juros e multa. Antes, o condô-
nio que se realize a previsão orçamentária (todo início de
mino chegava lá com atraso de um mês e liberava a multa
ano) e a prestação de contas mensalmente. “Com essas
e o juros”, diz Tamar.
ferramentas, o administrador terá mais tempo para ou-
“Cobramos aos inadimplentes e, infelizmente, quem não
tras demandas, realizando uma gestão mais participati-
tinha recibo para comprovar o pagamento, teve que pa-
va”, conclui Alexandre.
gar novamente. Nos balancetes da época tem, inclusive,
Mensalmente deve ter o controle das quotas em atraso
anotações de conselheiros alertando para isso, que esta-
(inadimplentes), multas recebidas, saldos bancários, sal-
14 • Revista Cadê o Síndico
transparência, possibilitando o acesso do condômino às informações de sua administração. Há necessidade de ficar atento aos prazos de documentações como a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), que apresenta todos os funcionários que trabalham e trabalharam no condomínio durante o ano, que começa 20 de janeiro e vai até 20 de março do mesmo ano”, diz o economista. Cabe ressaltar, que a documentação relativa ao condomínio deverá ser mantido guardada por um prazo de cinco anos para eventuais necessidades de verificação contábil.
dos em poupança, posição do fundo de reserva, da conta, benfeitorias, valores dos acordos
•
Organize as contas do condomínio
judiciais e extrajudiciais, entre outros. “Para
Orçamento: A administradora do condomínio (ou síndico), ao as-
melhor visualização dos itens da prestação de
sumir um condomínio, deve planejar o orçamento para obtenção
contas, aconselha-se a fazer gráficos do con-
da receita e previsão de despesas, apresentando-as para discus-
sumo de água e energia, saldo bancário, saldo
são e aprovação em Assembleia Geral. Com base na previsão orça-
de inadimplentes e o que mais interessar ao
mentária, é feito o rateio das quotas do condomínio.
condomínio”, alerta Alexandre. “Caso sobre espaço na folha de prestação
Prestação de contas: Ao término do mês deve-se apresentar um
de contas, transcreva algum item do regu-
balancete de contas detalhado, referente ao mês anterior. Todos
lamento ou da convenção ou envie alguma
os documentos comprobatórios deverão ter o visto síndico e a
mensagem de utilidade para o condômino. O
pasta deverá ser analisada pelos membros do conselho.
responsável pela prestação deverá zelar pela
Revista Cadê o Síndico • 15
Auditoria Contábil
Michele Lordêlo
Por que contratar uma empresa especializada?
Contadora
Estimados gestores, pedimos licença aos senhores para
No Grupo Lordêlo essa premissas são cumpridas bem
falarmos do Grupo Lordêlo de Contabilidade, especialmen-
como não são entregues relatórios padrões, como ocorre
te da empresa Lordêlo Audit visando a comemoração dos
com a auditoria empresarial já que as contas do condomí-
seus dez anos de dedicação ao
nio apresentam particularida-
mercado de auditoria condomi-
des e especificidades.
nial, no Wall Street Empresarial,
Na reportagem que concedi ao
com a transmissão ao vivo, no
Jornal A Tarde no dia 20 de de-
Programa Cadê o Síndico, no úl-
zembro de 2014, cito que Salva-
timo dia 17 de janeiro deste ano.
dor vem aderindo cada vez mais
Lembramos aos senhores que
aos serviços de auditoria, assim
dois pontos diferem a contrata-
como já ocorre há décadas, no
ção de uma empresa que reali-
Sudeste e Sul, o que é muito po-
za auditoria da contratação de
sitivo inclusive para o mercado
uma empresa especializada em
imobiliário do nosso estado.
auditorias para condomínios:
Isto porque, os serviços de audi-
i) as auditorias em condomínio
toria condominial interpretam,
devem ser realizadas por quem
além de todos os controles, cons-
estudou ou estuda ciências contábeis, já que a atualização
tatações e contribuem para a valorização dos imóveis, uma
da legislação fiscal, contábil e das normas de auditoria é
vez que com a contratação da auditoria por profissional
constante; e ii) os relatórios devem ser personalizados
capacitado, os condomínios passam por revisões orçamen-
por condomínio identificando seu rol de constatações e
tárias e análises de contingências futuras que são desco-
por tipo de auditoria, o que acarreta maior facilidade de
bertas em tempo de ocorrerem autuações fiscais, deman-
interpretação pelo condômino, principal interessado nos
dando melhor aplicabilidade dos recursos do condomínio
resultados da auditoria.
para investimento, por exemplo, em benfeitorias.
16 • Revista Cadê o Síndico
•
Revista Cadê o Síndico • 17
Sr. Síndico
Ionara Ribeiro
Convenção e ausência de quorum
Advogada
Uma grande preocupação para os condomínios é a au-
nios que contam com participação pequena dos condô-
sência de quórum para aprovação da convenção, em vir-
minos nas assembleias para votarem qualquer matéria,
tude do desinteresse dos condôminos de participarem
a jurisprudência atual admite que sejam colhidas as as-
das assembleias.
sinaturas dos condôminos na convenção de condomínio,
O Código Civil Brasileiro determina em seu art. 1333 que
posteriormente à realização da assembleia, para atingir
a convenção que constitui o condomínio edilício deve ser
o quórum legal, ficando desse modo aberta a assembleia
subscrita pelos titulares de, no mínimo, dois terços das
até que se consiga obter a quantidade de assinaturas cor-
frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os
respondentes.
titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos
Após a anuência de dois terços dos condôminos, impor-
sobre eles tenham posse ou detenção.
tante que seja convocada uma nova assembleia para ra-
O referido diploma legal estabelece ainda que para ser
tificar a aprovação da convenção e comunicar aos con-
oponível contra terceiros, a convenção do condomínio
dôminos que o instrumento normativo do condomínio já
deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
está em vigor.
A súmula 260 do Superior Tribunal de Justiça determi-
Destarte, caso não seja possível colher a assinatura de 2/3
na que a convenção do condomínio aprovada, ainda que
dos condôminos para aprovar a convenção e/ou regimen-
sem registro é eficaz para regular as relações entre os
to interno, o condomínio poderá propor uma Ação Decla-
condôminos.
ratória, para que o juíz reconheça por sentença, a validade
Qualquer alteração no texto da convenção e/ou do regi-
do instrumento normativo do condomínio, suprindo desse
mento interno do condomínio também deve ser aprova-
modo o quórum exigido pelo Código Civil.
da por 2/3 dos condôminos. Importante que a minuta da
Um dos fundamentos desta ação é que o condomínio
convenção que se pretende aprovar seja prévia e am-
não pode ficar sem uma convenção em razão da inér-
plamente divulgada entre os condôminos, para que to-
cia e negligência de alguns condôminos que não parti-
dos possam ter ciência do seu conteúdo.
cipam da vida condominial, prejudicando assim os de-
Levando em consideração a atual realidade dos condomí-
mais moradores.
18 • Revista Cadê o Síndico
•
Meio Ambiente
Isenção da taxa de lixo NORMA MUNICIPAL INOVA NA GESTÃO DE RESÍDUOS Por: CARLA BRAYNER
do boleto e do CNPJ do requerente, em seguida, clicar na opção “Sou grande gerador de resíduos sólidos”. Será gera-
Desde o dia 1º de janeiro de 2015, de acordo com o De-
do um novo DAM (Documento de Arrecadação) sem a co-
creto nº 25.316, os grandes geradores de resíduos sólidos
brança da taxa. Não é necessário enviar a documentação
em Salvador deverão assumir as responsabilidades pelo
comprobatória. A Sefaz ficará responsável por confirmar
gerenciamento dos seus resíduos (coleta, transporte,
a informação com base nos dados dos grandes gerado-
tratamento, destinação dos resíduos sólidos e disposição
res enviados pela Limpurb.
final dos rejeitos). São considerados grandes geradores,
A ação é parte integrante do processo de implementa-
os proprietários, possuidores ou titulares de estabele-
ção da nova lei municipal (Decreto 25.316), que atende
cimentos públicos, institucionais, de prestação de ser-
à determinação do Plano Nacional de Gerenciamento
viços, comerciais e industriais, terminais rodoviários e
de Resíduos Sólidos, do governo federal, que determi-
aeroportuários, entre outros, exceto residenciais, cujo
na que os municípios são responsáveis exclusivamente
volume de resíduos sólidos gerados é superior a 300
pela coleta domiciliar.
(trezentos) litros/dia As empresas ou instituições consideradas grande ge-
Fiscalização
radores de resíduos sólidos estão isentas do pagamento da taxa do lixo (TRSD), presente no Imposto Predial e
A Limpurb realizará o acompanhamento da prestação
Territorial Urbano (IPTU). Quem realizou o cadastro na
dos serviços aos estabelecimentos cadastrados por
Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) já
meio de conferência de documentos de coleta e dispo-
receberá o carnê sem o valor. Caso alguma empresa re-
sição final, visitas, auditorias, comunicações escritas e
ceba o boleto 2015 com a cobrança da taxa, deverá entrar
outras atividades correlatas, sob responsabilidade da
no site da Sefaz (www.sefaz.salvador.ba.gov.br) e na
Diretoria de Operações. Até o momento, oito empresas
seção “Impugnação”, informar os números de inscrição
realizaram o cadastro.
•
Revista Cadê o Síndico • 19
Dia-a-dia do Síndico
Alteração Rosemar Smera
de fachada
Advogada
O Artigo 1336 do Código Civil dispõe que: “São deveres do condômino: III – não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e
varandas, como cor interna das paredes, forro de gesso, instalação de toldos, fechamento com vidros ou grades, instalação de ar condicionados em locais não autorizados, troca de janelas, fechamento de áreas de serviços, instalação
esquadrias externas”. Segundo o Código Civil, qualquer tipo de altera-
de antenas, troca das portas de entrada
ção na fachada ou nas áreas comuns é proibida. Para
dos apartamentos, pintura do hall de en-
legitimar uma alteração, esta deve constar na convenção.
trada dos apartamentos com cor diferente
Entretanto, no dia a dia do condomínio, frequentemente
da original, etc.
muitos condomínios aprovam modificações em assem-
A pintura total do edifício pela mesma cor não é proibida,
bleias, valendo ressaltar que isso não isenta totalmente o
mas precisa ser aprovada em assembleia. Pode ser enca-
condomínio no caso de uma possível ação judicial da par-
rada como uma melhoria no prédio e não precisa constar
te que se sentir prejudicada.
na convenção.
Por fachada, entende-se toda área externa que compõe o
Caso algum morador faça alguma alteração proibida pela
visual do condomínio, como as paredes externas, saca-
convenção do condomínio, o síndico ou administradora
das, janelas e esquadrias, portas e portões de entrada e
deve, o quanto antes, enviar uma notificação da infração e
saída do edifício entre outros elementos que compõem a
solicitar que o morador restabeleça os padrões do condo-
harmonia estética.
mínio com prazo determinado.
A área comum inclui toda a região do condomínio que
Se a notificação não for cumprida, o morador deve ser
pode ser usada pelos moradores sem restrições ou com
multado de acordo com as disposições do Código Civil
o uso de chaves disponíveis, como hall, porta de entrada
(art. 1336 e 1337).
e saída das unidades, corredores, escadas, garagens, sa-
É possível também, em casos extremos, recorrer às ações
lões e academias.
judiciais. Nesse caso, a medida deve ser discutida e votada
Nestas alterações proibidas, estão incluídas toda área das
em assembleia com aprovação da maioria dos presentes.
20 • Revista Cadê o Síndico
•
Seu condomínio vai fazer reforma? Consulte a multiplos
Informe Publicitário
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para realização dos serviços de pintura,
empresa que oferece a seus colaboradores cursos, pa-
Impermeabilização, Recuperação Estrutural,
lestras e seguros de vida. Tudo isso para que o cliente
Aplicação do Rejuntamento Super flexível
sinta-se satisfeito e seguro em seu projeto de reforma.
e pintura predial externa e interna. a mesma nos prestou todos os serviços com grande qualidade, pontualidade e profissionalismo” Sr. Marcos Lima Administrador do condomínio Centro Médico Iguatemi
“Atestamos para todos os fins a capacidade profissional da Múltiplos Serviços, Referente aos serviços realizados em nosso condomínio” Sr. Fernando Cardoso Síndico do edifício Mansão “Foram-nos apresentados a Empresa
Alto do Cidade Jardim
Múltiplos Serviços para execução de serviços de reforma predial em nosso condomínio, E a mesma cumpriu com todos os requisitos contratados por nosso condomínio” Sra. Gicelia ventura
Site: www.multiploservico.com
Síndica do condomínio
Email: multiploservico@gmail.com
Espaço Atlântico
Tel.: (71) 3492-3694 / 9928-8923 Revista Cadê o Síndico • 21
Capa
De olho no vazamento
SAIBA COMO PREVENIR PROBLEMAS EM TUBULAÇÕES DE ÁGUA NO CONDOMÍNIO
Por: CARLA BRAYNER A água potável é indispensável à vida humana e deve
tirar o acúmulo de rejeitos domésticos, gorduras e sujei-
sempre ser utilizada com consciência. Por isso, é preciso
ras que podem provocar entupimento com o retorno de
evitar o desperdício de água em atividades simples do
água, rompimento das tubulações e infiltrações. Os re-
dia a dia, mas, também, é importante prestar atenção na
síduos devem ser retirados na rede de esgoto”, diz Giesi.
manutenção dos locais em que percorre a água, princi-
Outro equipamento que necessita de manutenção men-
palmente nas tubulações.
sal é a descarga. “Válvulas embutidas nas paredes ou
De acordo com o Engenheiro Civil e Arquiteto Giesi
em caixas acopladas precisam passar por ajustes e
Nascimento Filho, analista técnico do Conse-
lubrificações periodicamente, pois seu uso é intenso.
lho Regional de Engenharia e Agronomia
Também no sanitário, crivos e arejadores dos chuvei-
da Bahia (Crea-BA), a melhor maneira
ros precisam ser checados constantemente para se ter
de evitar problemas como vazamen-
certeza de que os furos por onde as águas passam não
tos de água, entupimentos e reflu-
estão entupidos”, alerta Giesi.
xos de esgoto é realizando vis-
O funcionamento de registros de pressão, que contro-
torias e limpezas preventivas
lam a vazão da água em chuveiros e banheiras, assim
na tubulação e na rede hi-
como bombas de recalque devem ser verificados anu-
dráulica das residências. “A
almente, bem como as tubulações de captação de água
rede hidráulica deve passar
do jardim, pois a presença de raízes podem destruir ou
por manutenção perió-
entupir os canos.
dica. Ralos, sifões e pias devem ser vistoriados todos
Tubulação Interna
os meses para reDanilo Alvim foi passar um feriado prolongado com a família na casa de praia. O apartamento ficou fechado, sem morador. De repente, o vizinho liga e informa que havia estourado uma tubulação em seu apartamento e que a água já estava inundando o poço do elevador e o apartamento dele. Por sorte de Danilo, seu vizinho agiu rápido, fechando as transmissões e retirando a água com um rodo. “O prejuízo poderia ter sido maior se eu não tivesse um bom relacionamento com meu vizinho”, diz Danilo. Além disso, ele contava com um seguro residencial
22 • Revista Cadê o Síndico
que com a assistência 24 horas o
de grandes prejuízos os quais não
apoiou no chaveiro para abrir a
estamos preparados para assumir”,
residência e no fornecimento de
aconselha Danilo.
mão de obra de encanador para o
Nelson Uzeda, da empresa Excel-
reparo na tubulação. “De prejuízo
sior Seguros, explica que o con-
ficou alguns armários danificados,
domínio deverá solicitar ao seu
quase todo o rodapé, pés dos sofás
corretor que inclua no ato da con-
e componentes eletrônicos do ele-
tratação do seguro as garantias de
vador social. O gasto passou de R$
Assistência Emergencial (Assistên-
28.000,00, que foram pagos pelo
cia 24 horas ). A maioria dos pro-
meu seguro. Os danos do aparta-
dutos voltados para residências e
mento foram ressarcidos pela co-
condomínios comercializados no
bertura de ruptura de tubulações e
Brasil já contam com essa garantia
o dano ao elevador, pela cobertura
adicional, esclarecendo que o custo
de Responsabilidade Civil Familiar,
dessa garantia é relativamente bai-
as duas do meu seguro residencial.
xo face seus benefícios.
O seguro do condomínio não foi
“As coberturas variam entre os pro-
acionado pelo fato de não ter ampa-
dutos comercializados, geralmente
ro de cobertura, uma vez que a tu-
abrangendo os serviços de chavei-
bulação era do apartamento e não
ro 24 horas, segurança e vigilância,
da área comum”, informa Danilo.
limpeza, zelador substituto, bombei-
“Quando alguém for sair por um
ros hidráulico, eletricista e outros
período mais longo, deve fechar to-
que envolvam ações imediatas para
das as transmissões, tirar os equi-
problemas emergenciais. Observa-
pamentos das tomadas que possam
ção neste sentido para as trocas das
ficar desligados, e principalmente,
peças defeituosas que são de res-
contratar um seguro residencial,
ponsabilidade do condomínio segu-
pois é muito barato e pode nos livrar
rado”, alerta Uzeda.
Rede Geral Para a apuração da responsabilidade pelo conserto em caso de vazamento, primeiramente precisa perquirir se o cano pertence à rede geral de distribuição de água ou esgoto, ou de tubulação interna da unidade. “Se o cano que gerar o incidente pertencer à rede geral de abastecimento, é dever do condomínio, representado pelo síndico, proceder ao conserto da tubulação, podendo o condomínio responder pela extensão dos danos decorrentes da demora no cumprimento do dever de conservação. O condomínio terá direito de regresso contra o causador do dano, caso se possa identificar a responsabilidade de alguma unidade no dano à tubulação central”, completa a Dra. Lívia Freire, advogada especialista em direito condominial, do escritório Freire e Queiroz Advocacia e Consultoria. É comum nesses casos a construtora alegar perda de prazo de garantia ou por intervenções no local. “Tal alegação não encontra respaldo legal. O art. 618 do Código Civil determina ser de cinco anos o prazo de garantia da solidez e segurança da edificação, ai abarcados os vícios como rachaduras, vazamento e infiltrações, tendo o consumidor 180 dias do aparecimento do vício para pleitear o reparo”, explica Dra. Lívia Freire. A referida garantia estaria afastada caso a construtora comprovasse se tra-
Capa
de autorização da assembleia,
tar de culpa do morador da unidade onde foi constatado
em razão de
o incidente, ou qualquer outra pessoa, que interferiu na
ser uma benfei-
estrutura do edifício de modo a causar o dano. Todavia, é
toria necessá-
de responsabilidade do construtor provar essa culpa, de-
ria, conforme regra
vendo uma perícia constatar a responsabilidade do con-
do art. 1341 parágrafo
dômino. “Caso a construtora comprove que o vício se deu
primeiro do Código Civil, devendo ser
por ingerência do condômino ou terceiros estará isenta
observado se há limite pecuniário esta-
de responsabilidade. Neste caso, o condomínio terá di-
belecido na convenção para obras neces-
reito de requerer do condômino que causou o dano o res-
sárias, sem prévia autorização da assembleia.
sarcimento dos custos com o reparo”, ressalta Dra. Lívia.
“Caso a obra importe em uma despesa excessiva, ou
Dessa forma, em sendo a tubulação que apresenta o vício
que ultrapasse o valor autorizado pela convenção, deverá
pertencente ao sistema geral de abastecimento, é dever
ser convocada uma Assembleia Extraordinária para deli-
do condomínio executar o serviço de reparo. “A obra deve
berar sobre a forma de pagamento, haja vista que o dever
ocorrer o mais brevemente possível, evitando assim uma
de reparar não poderá ser afastado pela assembleia em
demanda judicial, no que poderá haver pedido de dano
razão da norma legal que o impõe”, completa a Dra. Lívia.
moral, também, tendo em vista que o direito à moradia
“Cumpre esclarecer que em caso de negativa da constru-
digna está albergado pelo espectro da Garantia Constitu-
tora o condomínio deverá executar a obra, por ser urgente
cional da Dignidade da Pessoa Humana”, diz a advogada.
e depois buscar o ressarcimento, assim evitando maiores
O referido reparo pode ser executado independentemente
danos”, conclui a Dra. Lívia Freire.
Dica do Crea-Ba Qual o material indicado para não haver vazamentos e outros problemas?
•
série de fatores, tais como: • Natureza do material dos tubos e conexões (PVC, PPT, cobre, aço galvanizado ou ferro fundido). • Tipo de junta: solda, rosca com vedante, fusão pelo calor, fusão por adesivo solvente, anel de borracha elástico. • Condições de exposição: embutido em alvenaria, dentro de argamassa de contrapiso de laje, instalação aparente com e
O mercado oferece diversos produtos apropriados, po-
sem incidência de radiação solar, sujeição a variações tér-
rém recomenda-se a avaliação por profissional habilita-
micas, sujeição a movimentações e acomodações estrutu-
do para a melhor escolha.
rais, sujeição a oscilações cíclicas de pressão interna.
As tubulações têm uma vida útil que pode ser maior
• Natureza química e temperatura do líquido transpor-
ou menor dependendo da qualidade e do tipo de ma-
tado pela tubulação - água potável clorada, água quente,
terial e das condições de utilização. A durabilidade
esgoto doméstico, águas pluviais e outros.
das tubulações em uso nos edifícios depende de uma
• Tubulação sujeita a atritos ou pancadas.
24 • Revista Cadê o Síndico
Revista Cadê o Síndico • 25
Elevadores
Adriana Novaes
De quem são os elevadores do seu prédio?
Advogada
É de fundamental importância salientar que os eleva-
conseguem realizar a vistoria dos equipamentos, geran-
dores instalados no edifício são de propriedade do con-
do laudos não esclarecedores e pouco conclusivos, que
domínio e não da empresa que os montou e/ou os con-
apontam em geral os seguintes pontos questionáveis:
serva. Quando adquirimos um automóvel, a montadora
• Não existe critério técnico;
nos passa as orientações para o bom funcionamento do
• Fotos panorâmicas que comentam um defeito, sem apon-
veículo, ficando ao nosso critério a realização da manu-
tar o detalhe;
tenção, no local que melhor nos atender.
• Apontam faltas de dispositivos relacionados à Norma,
Com os elevadores acontece situação semelhante. O
que deveriam ter sido observados desde a montagem do
condomínio, através dos seus representantes, deve
equipamento;
procurar empresas de sua confiança, mas que tenham
• Apontam falhas de segurança, sem ter sido testado o
registro no Conselho Regional de Engenharia e Agrono-
equipamento.
mia (Crea) e sejam habilitadas a prestar um serviço de
Tais laudos induzem os síndicos à insegurança quanto
qualidade.
aos serviços prestados pela atual conservadora dos equi-
Certamente, nos últimos tempos, você tem se deparado
pamentos, com o intuito de promover sua substituição
com incansáveis folhetos, e/ou representantes de em-
por outra - possivelmente aquela que fez o laudo.
presas “batendo a sua porta”, insistindo em realizar uma
Caso o condomínio queira, de livre e espontânea vonta-
vistoria gratuita nos seus elevadores. Os argumentos
de, fazer tal vistoria, solicite sempre a presença da atual
utilizados por estas empresas são que o elevador pode
empresa responsável pela conservação dos elevadores e,
“cair” se não for vistoriado ou ainda que no passado eram
de posse do laudo, analise com ela os itens apontados.
elas que conservavam e/ou montaram os equipamentos e, portanto, têm toda a autoridade para efetuar a dita vis-
Lembre-se
toria. Tal fato acaba deixando os clientes inseguros e na
A manutenção ou a reforma do seu elevador não é uma
dúvida de como proceder. Estas empresas muitas vezes
exclusividade da montadora.
26 • Revista Cadê o Síndico
•
Cidade
“Ouvindo Nosso Bairro” PREFEITURA LANÇOU PROGRAMA PARA OUVIR OS MORADORES E REALIZAR AÇÕES MAIS CORRETAS NOS BAIRROS
Uma equipe da Prefeitura formada por 130 pessoas, divididas em 13 grupos, trabalhou nesses encontros e levantou as demandas sempre levando em conta o que quer a população. Primeiro, os mediadores apresentaram o
Por: CARLA BRAYNER
programa e, em seguida, os participantes preencheram um formulário sobre as solicitações. Em seguida, se dividiram em grupos para definir os dez pontos mais impor-
Em janeiro, o prefeito ACM Neto lançou o programa
tantes, de maneira ordenada.
Ouvindo Nosso Bairro. Numa ação conjunta coorde-
Com isso, a prefeitura pode ter um diagnóstico das de-
nada pela Ouvidoria Geral do Município, Prefeituras
mandas através do que a própria população entende
-Bairro e Gabinete do Prefeito, o programa levantou
como prioritário. “Com essas informações vamos ter
as demandas dos 163 bairros da cidade através de um
o investimento total do programa. Queremos iniciar
diagnóstico feito por quem vive e convive nas comu-
as obras ainda no primeiro semestre deste ano. Vamos
nidades. Foram 39 reuniões por semana, sempre às
anunciar, após esse período de reuniões, as intervenções
quartas-feiras, das 18h às 22h, e nos sábados, das 8h
que iremos fazer”, disse o prefeito.
às 12h e das 14h às 18h. Os encontros começaram dia 10
De acordo com o ouvidor-geral da prefeitura, Humber-
de janeiro e seguiram até 4 de fevereiro, divididos nas
to Viana, o programa foi pensado para aproximar ainda
regiões administrativas da cidade.
mais a gestão pública das comunidades. “Vamos ouvir
A partir desses encontros, a prefeitura levantou as prio-
a população sobre as principais demandas dos bairros,
ridades apontadas pelos moradores para determinar as
seja na área de infraestrutura ou serviços públicos mu-
intervenções que serão realizadas em todos os bairros da
nicipais, e é uma forma de a Prefeitura estar mais próxi-
cidade. “Nesse primeiro momento vamos ouvir. Depois,
ma, com o envolvimento direto de todos no levantamento
vamos lançar as intervenções que foram escolhidas pela
dessas prioridades. E apesar de ser um programa coor-
própria comunidade. A média é de dez intervenções por
denado pela Ouvidoria, Prefeituras-Bairro e Gabinete do
bairro, mas esse número pode aumentar ou diminuir a
Prefeito, terá o envolvimento direto de todos os órgãos.
depender do volume e do valor das demandas apresenta-
Estamos compartilhando com os cidadãos a gestão da ci-
das pelas comunidades”, explicou ACM Neto.
dade”, afirmou.
•
Revista Cadê o Síndico • 27
Direito Imobiliário
Lívia Freire
Acordo do inadimplente X voto em assembleia
Advogada
A redação do artigo 1.335, III, do Código Civil é clara quan-
Contudo, tal posiciona-
do dispõe que somente o condômino que está quite com o
mento
pagamento das despesas do condomínio pode votar. Em
ge de ser um
que pese tal disposição, surge comumente a indagação se
consenso en-
o condômino inadimplente que efetuou acordo e está em
tre os opera-
dia com suas obrigações poderá votar em assembleia.
dores do direi-
Sem dúvida esta é uma questão controvertida que gera
to, gerando uma
dúvidas para a administração do condomínio quanto à
grande inquieta-
possibilidade desses condôminos votarem em assembleia.
ção do síndico dian-
Primeiramente, é importante salientar que um dos efei-
te dessa divergência
tos jurídicos do acordo extrajudicial do parcelamento do
de opiniões. Ainda que, a apontada divergência possa ser
débito é a novação, instituto previsto no artigo 360, I do
um entrave na administração condominial, a convenção
Código Civil, que assim dispõe: Art. 360: Dá-se a novação: I
do condomínio poderá solucionar tal impasse, devendo
- quando o devedor contrai com o credor nova dívida para
esta definir se o condômino que cumpre acordo de pa-
está
lon-
extinguir e substituir a anterior.
gamento de dívida poderá votar em assembleia, evitando
Nesta senda, se o condômino está em dia com os paga-
assim conflitos sobre o tema.
mentos do acordo e das despesas condominiais, não po-
Pelo exposto, nunca é demais refletir sobre a importância
derá ser impedido de votar, sob pena, inclusive, de anu-
da convenção do condomínio, que deverá ser ampla e atu-
lação da assembleia que eventualmente se realizar com o
alizada na qual se aborde temas importantes, devendo o
ilegal impedimento do seu voto.
síndico sempre que possível promover a revisão e altera-
Seguindo o mesmo raciocínio, se o acordo estabelece no-
ção desse instrumento, adequando-o à realidade do con-
vas condições de forma, tempo e lugar de pagamento, e
domínio, bem como incluindo previsões que preencham
sendo essas observadas, não há o que se falar em mora, e
as lacunas deixadas pela lei levando em consideração sua
consequentemente em inadimplemento.
essencialidade no trato das relações condominiais.
28 • Revista Cadê o Síndico
•
Revista Cadê o Síndico • 29
Design de Interiores
Ricardo Ferreira
Decoração das áreas externas
Designer
No clima de verão, as áreas externas também devem ser
com a aplicação de cera ou verniz.
decoradas com bom gosto e praticidade. Jardins bem cui-
Buscar soluções práticas também é recomendado. Por
dados, móveis resistentes e adequados, cores vivas e ma-
exemplo, móveis para a churrasqueira que possam ser
teriais de fácil manutenção, transformam o ambiente.
utilizados no salão de festas e vice-versa. Por isso, é bom
Vários condomínios optam por mobiliário de plástico
optar por cadeiras empilháveis, que ocupam menos es-
pelo valor, porém é necessário verificar se os produ-
paço e são fáceis de transportar.
tos são resistentes e duráveis, devendo ser analisado o
Colocar cópia resumida do regulamento e uso dos mó-
custo/benefício, já que estas áreas serão utilizadas por
veis nas áreas de lazer auxiliam bastante no bom uso e
várias pessoas.
conservação dos mesmos pelos moradores.
Uma excelente sugestão é o uso de móveis com estrutu-
Oferecendo recursos agradáveis, como móveis confor-
ras de alumínio, com assentos e encostos com fibras sin-
táveis, entre eles espreguiçadeiras, carrinhos com ro-
téticas, que facilitam a limpeza e manutenção.
dízios, mesas e ombrelones para o sol, além de um belo
As fibras sintéticas imitam com perfeição as naturais.
paisagismo, maior será o uso das áreas comuns.
Prefira os materiais de aparência fosca aos brilhantes,
É importante considerar que esse tipo de obra tem re-
pois são de melhor qualidade. Há variedade de cores
flexos na valorização do patrimônio, permanecendo no
para as fibras, como branco, azul marinho e café, mas o
condomínio por um longo período.
tom natural ainda é o mais indicado.
Portanto, não se recomenda que seja realizada por pes-
Evitem móveis com almofadas soltas, pois os moradores
soas que possuam apenas boas intenções e se preocu-
retiram do local e nos dias de chuva não é possível reti-
pem unicamente com a redução de custos. A contratação
rá-los, aumentando a sujeira e danificando mais rápido.
de um profissional especializado possibilitará ao síndico
Alguns condomínios, especialmente os mais clássicos,
dividir responsabilidades e obter maior satisfação da co-
gostam de utilizar móveis em madeira. Estes móveis
munidade interna. A aprovação do projeto e do mobiliá-
possuem custo menor e combinam com áreas com
rio a ser adquirido deve ser previamente na assembleia
vegetação, mas necessitam de manutenção periódica
do condomínio.
30 • Revista Cadê o Síndico
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