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Conselho Regional de Lisboa
João Aleixo Cândido, Presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução
Como é que o Conselho Regional de Lisboa reagiu, em termos de funcionamento, às alterações provocadas pelo confinamento?
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A situação pandémica que atingiu a humanidade obrigou-nos a alterar substancialmente e de forma drástica os nossos hábitos de relacionamento, quer a nível familiar, quer a nível profissional.
Perante o aparecimento deste vírus, rapidamente foi necessário tomar medidas de prevenção para a salvaguarda da saúde e da segurança de todos, de forma a mitigar o contágio e a propagação do vírus SarsCov-2 e da doença Covid-19. Estas medidas ajudaram-nos, também, a continuar com o exercício das nossas atividades profissionais com alguma normalidade.
No Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE), procurámos seguir atentamente as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Governo, adotando um conjunto de medidas e procedimentos que nos permitiram — e continuam a permitir —, sempre com a segurança devida, manter os serviços deste CRL a funcionar e à disposição dos associados, levando por diante o cumprimento do nosso encargo.
Internamente, os nossos serviços encontram-se apetrechados com os produtos essenciais de proteção. O gel desinfetante cutâneo passou a ser presença assídua nas nossas secretárias e foi colocado um separador de vidro acrílico na receção de atendimento, para proteção quer da nossa colaboradora, quer de todos aqueles que se deslocam ao CRL.
O teletrabalho foi outra das medidas adotadas, assim como o trabalho em espelho e em escala de rotatividade, com horários diferenciados de entrada e saída. Reduziu-se, assim, ao menor número possível de presenças nos nossos serviços, mantendo-se o distanciamento recomendado pela DGS.
As nossas instalações estão também providas de uma sala para isolamento profilático, a utilizar no caso de alguém apresentar sintomas compatíveis com a Covid-19.
Podemos concluir que, apesar da situação de crise pandémica, a mesma não afetou o exercício e a produtividade dos nossos serviços.
Como se têm adaptado os associados da sua região às mudanças decorrentes da pandemia?
Efetuados os contactos com os associados, obtivemos o relato de situações de dificuldades no agendamento para atendimento em algumas instituições e serviços públicos, devido à sobrecarga do atendimento telefónico, e também de dificuldades na adaptação a esta nova realidade por parte de algumas repartições.
Alguns dos colegas optaram pelo encerramento dos seus escritórios, passando a exercer a sua atividade a partir de casa, regressando ao escritório apenas para algum atendimento presencial com agendamento prévio.
Como em todas as profissões, se para alguns Solicitadores e Agentes de Execução este é um momento difícil, com graves consequência a nível dos seus rendimentos, para outros, com o encerramento dos Cartórios Notariais e das Conservatórias, verificou-se uma dinamização dos seus escritórios.
O que pode o associado esperar do Conselho Regional de Lisboa?
Enquanto Presidente do CRL da OSAE, quero deixar a todos meus ilustres colegas uma mensagem de esperança e dizer-lhes que este Conselho Regional, com o espírito de total colaboração com os demais órgãos e serviços da OSAE, está e estará sempre de portas abertas para os ajudar a resolver as suas questões, sejam elas da competência deste CRL, sejam da competência de outros serviços que por qualquer motivo não consigam dar a resposta pretendida.
Mesmo desconhecendo o que o futuro nos reserva, não podemos nunca desistir. Vencer é nunca desistir.
Despeço-me com a esperança de em breve podermos usufruir da presença física de todos, voltando à normalidade das nossas vidas. : :