17 minute read
ORDENS
O QUE É UM ECONOMISTA? O QUE FAZ UM ECONOMISTA?
Por Rui Leão Martinho, Bastonário da Ordem dos Economistas
Advertisement
Aeconomia é uma ciência social dedicada ao estudo da produção, do consumo e da distribuição de recursos, de bens e de serviços numa determinada sociedade.
Para muitos, a economia não passa de algo complexo e de inacessível compreensão, parecendo algo restrito ao mundo da alta finança, dos governos ou relativo às grandes empresas. Porém, muito dificilmente qualquer cidadão poderá viver alheado de tomar decisões de cariz económico sobre riqueza ou bem-estar ou de sentir os impactos da conjuntura, nacional e mundial, no custo de vida, ao nível dos impostos e contribuições ou no que se refere à despesa pública, entre muitas outras variáveis.
Acresce que a teoria económica está assente no princípio da racionalidade, procurando explicar a interação entre os seres humanos, as suas tomadas de decisão, a quantificação do conceito de valor e as interações com o mercado. A economia, a nível micro, é o estudo das escolhas dos indivíduos, as quais agrupadas resultam, a nível macro, na coordenação e compatibilidade das escolhas de todos os indivíduos ao nível da sociedade. Em termos macro, a economia é analisada em diversas ópticas e dividida em diferentes componentes, tais como o consumo, o investimento ou a despesa, determinando a adequação dos factores do rendimento (por exemplo, o capital ou o trabalho) e permitindo explicar variáveis como a inflação, o crescimento económico ou o impacto das políticas públicas.
Em épocas de radical mudança, como aquela que atravessamos, é fundamental perícia económica. Quem melhor para auxiliar a moldar e a explicar o nosso futuro económico do que os economistas? Foram as suas ideias que muito determinaram a transformação da economia moderna numa prosperidade sem precedente, incluindo os países mais pobres. Atravessámos a crise financeira global de 2008, debatemo-nos agora com esta crise sanitária devido à pandemia causada pelo vírus covid-19 e após anos de forte crescimento, este tem vindo a abrandar e com a rápida mudança tecnológica e energética, há que contar com os economistas e com as suas ideias para vencermos os desafios actuais.
As funções dos economistas são, pois, muito diversificadas, podendo estes optar pela profissão liberal ou trabalhar para os mais diversos tipos de organizações, tais como empresas privadas, mistas ou públicas, universidades ou institutos politécnicos, instituições financeiras (bancos, seguradoras, sociedades gestoras de fundos, etc.), supervisores e reguladores, auditoras e consultoras ou para a administração pública central ou local. As funções específicas que os economistas podem desempenhar dependem da área de especialização, do sector e do tipo de organizações. Adicionalmente, existem várias áreas de especialização em que os economistas podem desempenhar as suas funções, nomeadamente macroeconomia, microeconomia, finanças, organizações industriais, economia internacional, econometria, entre tantas outras ao dispor destes profissionais.
A profissão de economista tem ganho destaque ao longo dos últimos decénios em Portugal, quer pela constante exposição através das notícias veiculadas pelos “media”, quer pelo mérito que muitos economistas têm alcançado nas empresas, nos centros de decisão ou na governação do país. Para tal, muito tem contribuído a evolução do ensino académico na área das ciências económicas em Portugal, alcançando prestígio e reconhecimento mundial a
qualidade e o rigor do ensino nessas universidades. Alguns destes economistas do passado defenderam vias que poderiam ter evitado vários problemas actuais. Assim tivessem sido ouvidos e seguidos.
Em Portugal e à semelhança de outros países no mundo, os possuidores de um grau académico na área das ciências económicas poderão ter acesso a ser membros da Ordem dos Economistas, associação profissional de direito público que tem como missão representar e defender os interesses desta classe profissional, contribuir para uma sociedade mais informada (nomeadamente para o enriquecimento da literária financeira) e promover activamente o debate em torno do desenvolvimento de políticas públicas adequadas que reforcem a competitividade, de forma a gerar crescimento e sustentabilidade económica a longo prazo. Os associados da Ordem garantem actuar com ética, respeitando a deontologia profissional e são supervisionados por uma Comissão de Disciplina e Ética daquela associação pública profissional.
A Ordem dos Economistas foi aprovada há 21 anos e é herdeira da Associação Portuguesa de Economistas (APEC). Os seus membros estão agrupados em Colégios de Especialidades, consoante a sua preparação académica e experiência profissional. Os Colégios mais numerosos são os relativos à área de Gestão de Empresas, que reúnem cerca de 2/3 dos mais de dez mil associados. Estão em funcionamento Colégios da Especialidade de Gestão, Análise Financeira, Gestão de Insolvências e Recuperação de Empresas, Fiscalidade, Auditoria Interna e Economia Política.
Resumindo, numa sociedade multidisciplinar como é aquela em que vivemos, todos os saberes são aproveitáveis e devem ser valorizados devidamente. O saber dos economistas (nome genérico que tanto respeita aos macroeconomistas, como aos gestores e microeconomistas) deverá ser valorizado sempre que se tratem questões centrais, tais como o crescimento, a inovação e a natureza dos mercados, isto é, os problemas económicos que a todos afectam e que estes profissionais podem ajudar a resolver e a orientar com o seu discernimento, trabalho e experiência. : :
Este artigo foi escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico.
AOrdem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE) recebeu, no dia 08 de outubro, a visita de Gil Botero, SecretárioGeral da Conferência de Ministros da Justiça dos Países Ibero-americanos (COMJIB) e ex-Ministro da Justiça da Colômbia.
Durante este encontro, José Carlos Resende, Bastonário da OSAE, Jacinto Neto, Presidente do Conselho Profissional do Colégio dos Agentes de Execução da OSAE, e Edite Gaspar, Vice-presidente do Conselho Geral da OSAE, deram conta do funcionamento do processo executivo em Portugal e falaram, ainda, de algumas das principais plataformas criadas pela Ordem: e-Leilões e GeoPredial.
No final, Gil Botero classificou esta visita como “uma experiência interessantíssima”. Para o Secretário-Geral, “a troca de conhecimentos é sempre uma mais-valia. Saio daqui bastante impressionado com o exemplo português”. : :
A liberdade religiosa é fundamental num estado democrático. Mas o que acontece quando a lei civil e a doutrina apontam caminhos diferentes? Neste espaço, vamos revelar-lhe, ao longo de várias edições, os credos com maior representatividade em Portugal. Saiba o que defendem, no que acreditam, como vivem e qual o seu conceito de Justiça.
TESTEMUNHANDO
JEOVÁ
“SOMOS PESSOAS DE DIFERENTES PAÍSES, CULTURAS E LÍNGUAS, MAS TEMOS OS MESMOS OBJETIVOS. ACIMA DE TUDO, QUEREMOS DAR LOUVOR E HONRA A JEOVÁ, O AUTOR DA BÍBLIA E O CRIADOR DE TODAS AS COISAS. ESFORÇAMO-NOS POR IMITAR JESUS CRISTO E SENTIMOS ORGULHO EM SER CRISTÃOS. CADA UM DE NÓS DEDICA TEMPO PARA AJUDAR OUTRAS PESSOAS A APRENDER SOBRE A BÍBLIA E SOBRE O REINO DE DEUS. VISTO QUE DAMOS TESTEMUNHO – OU FALAMOS – SOBRE JEOVÁ DEUS E O SEU REINO, SOMOS CONHECIDOS COMO TESTEMUNHAS DE JEOVÁ.” É ASSIM QUE SE DESCREVEM. É ASSIM QUE SE CONTEXTUALIZAM. REPRESENTAM 1,5 POR CENTO DOS PORTUGUESES QUE SE DIZEM RELIGIOSOS, MAS PARA MUITOS AINDA SÃO DESCONHECIDOS. VIAJE CONNOSCO AO MUNDO DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ.
Texto Joana Gonçalves / Fotografia Associação das Testemunhas de Jeová
Àsua igreja chamam Salão do Reino e lá não se veneram nem santos, nem símbolos religiosos. Em épocas ditas normais, quando a palavra pandemia não fazia parte do nosso vocabulário, reuniam-se nesses espaços, simples e modestos, uma vez durante a semana e ao sábado ou ao domingo estudavam, diretamente e através de publicações, a Bíblia e cantavam ao seu Deus: Jeová. Mas Deus tem nome? A explicação não é difícil. Segundo José Alberto Catarino, porta-voz da Associação das Testemunhas de Jeová para a região de Lisboa e Vale do Tejo, a Bíblia revela que Jeová é o nome pessoal de Deus – um nome que só lhe pertence a Ele.
A Bíblia é, de facto, o eixo central que guia uma Testemunha de Jeová: “Aceitamos a Bíblia Sagrada como a Palavra inspirada de Deus. Adoramos o Deus da Bíblia, cujo nome é Jeová, como o único Deus verdadeiro. Endossamos plenamente o testemunho do apóstolo Pedro a respeito de Jesus Cristo, o filho de Deus, nosso redentor e salvador. A fé cristã das Testemunhas de Jeová é uma fé adquirida em resultado de um abrangente exame da Bíblia.”
E aqui começam as diferenças com outras religiões. Embora as Testemunhas de Jeová se denominem como cristãs, nesta religião os membros só são batizados quando exprimem esse desejo. Não há, portanto, batismos em bebés. “Uma criança não nasce Testemunha de Jeová. Se, um dia, um filho deseja aceitar a fé dos seus pais, terá de fazer a sua própria escolha pessoal esclarecida e, então, ser batizado”, clarifica José Alberto Catarino. De qualquer modo, de acordo com o nosso entrevistado, as Testemunhas de Jeová são, “em muitos aspetos, pessoas iguais a todas as outras”. Apenas escolhem orientar as suas vidas “pelos princípios da Bíblia Sagrada, de modo a desfrutar o melhor bem-estar espiritual, moral e físico”. Iremos, ao longo desta reportagem, conhecer esses princípios, mas, antes de mais, importa perceber a história deste grupo religioso.
Sede Nacional
Da perseguição à liberdade
A implantação das Testemunhas de Jeová em Portugal aproxima-se, celeremente, dos 100 anos de existência, remontando aos princípios da segunda década do século passado. O percurso foi atribulado: em 1952 foi submetido, junto do Governo de Salazar, um primeiro pedido de registo de uma Associação religiosa para representar legalmente as Testemunhas de Jeová no país. O pedido foi indeferido pelo Ministro do Interior. Novamente, em 1960 e 1961, foram feitas outras tentativas de registo legal, mas o silêncio total da parte do Governo tornou-se a norma. O ano de 1962 trouxe a resposta governamental indesejada – a expulsão do país de seis missionários, a proibição de circulação de toda a literatura bíblica das Testemunhas de Jeová e a ordem de vigilância às suas atividades – e a atividade das Testemunhas de Jeová foi, de facto, proscrita, obrigando a que a adoração formal fosse realizada clandestinamente. Nos anos seguintes, os agentes da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (P.I.D.E.), polícia política do regime, iniciaram uma acérrima campanha para fechar os seus locais de reuniões públicas e, na década de 60, os registos mostram que estes cidadãos foram proibidos de exercer os mais elementares direitos, como o direito a falar, a ler, a cantar e a orar de acordo com as suas convicções cristãs. No Portugal de então, milhares de Testemunhas de Jeová foram detidas ou presas.
Finalmente, a revolução de 25 de Abril de 1974 deu um contributo, importante, mas parcial, para o exercício da liberdade prevista na legislação anterior, através da Lei da Liberdade de Associação (Dec. Lei n.º 594/74, de 7 de novembro). Em 18 de dezembro de 1974, a Associação das Testemunhas de Jeová, associação religiosa não-lucrativa, foi legalmente registada em Portugal.
Só muitas décadas mais tarde, ao abrigo da Lei da Liberdade Religiosa (Lei n.º 16/2001, de 22 de junho), é que a Associação das Testemunhas de Jeová foi reconhecida oficialmente como Pessoa Coletiva Religiosa e, em 22 de junho de 2009, como comunidade religiosa radicada em Portugal.
Atualmente existem mais de 52.500 Testemunhas de Jeová em Portugal, agrupadas em 686 congregações (comunidades de fiéis que localmente vivem o cristianismo conforme o compreendem do estudo da Bíblia). “A maior parte das congregações das Testemunhas de Jeová realiza as suas reuniões religiosas em locais e edifícios chamados Salões do Reino. Adicionalmente, três vezes por ano, centenas ou até milhares de Testemunhas de Jeová reúnem-se em eventos de maiores dimensões que costumam ser realizados em estádios ou pavilhões públicos, ou nos Salões de Assembleias pertencentes às Testemunhas de Jeová, em Valongo e Carnaxide. Desde 13 de março de 2020, devido à pandemia, as Testemunhas de Jeová passaram a realizar todas as reuniões e assembleias e congressos por videoconferência”, contextualiza José Alberto Catarino.
Alcabideche, em Cascais, é o local da sede nacional das
Mateus 24:14
Salão de Assembleias em Valongo
Salão do Reino em Chaves e Salão de Assembleias em Carnaxide. Em baixo e ao lado: Salão do Reino em Colares. “As Testemunhas de Jeová acreditam que o Reino de Deus vai solucionar todos os problemas que afligem a sociedade humana. Motivadas pelo seu amor pelo próximo, partilham as suas crenças com outras pessoas, de forma voluntária.”
JOSÉ ALBERTO CATARINO
Testemunhas de Jeová desde abril de 1988. Ali, “vivem cerca de 90 voluntários envolvidos no atendimento de correspondência, organização de assembleias e congressos, desenho dos projetos de Salões do Reino e atendimento de pedidos — quer do público quer das congregações — de Bíblias e de outras publicações religiosas. As instalações incorporam também um Salão do Reino, utilizado por duas congregações da zona, onde se realizam reuniões públicas”.
Mas como se estruturam? As Testemunhas de Jeová seguem o padrão bíblico dos primeiros cristãos, ou seja, não há cargos eclesiásticos ou um sacerdócio assalariado. Por sua vez, existe a figura do ancião, que organiza “voluntária e gratuitamente a realização de reuniões, o apoio espiritual necessário e a pregação de casa em casa e em lugares públicos, para partilha do conhecimento bíblico”. Numa congregação existe, normalmente, mais do que um ancião.
Realizam-se, de forma igualmente gratuita, os serviços fúnebres, os casamentos e a assistência espiritual e religiosa
nos hospitais e estabelecimentos prisionais, bem como gratuitas são todas as revistas, livros e folhetos que disponibilizam e distribuem de porta em porta. Sabemos que o leitor terá a mesma pergunta que nós: de onde provém o financiamento? “Os locais de adoração contêm caixas de donativos disponíveis para quem deseja contribuir anonimamente. Os donativos também podem ser feitos online”.
A vida depois da morte
A esperança da ressurreição é uma doutrina fundamental do cristianismo e, por isso, “as Testemunhas de Jeová acreditam que o Reino de Deus vai solucionar todos os problemas que afligem a sociedade humana. Motivadas pelo seu amor pelo próximo, partilham as suas crenças com outras pessoas, de forma voluntária”, refere José Alberto Catarino. Isto significa que, de acordo com as Testemunhas de Jeová, Deus pode ressuscitar o falecido, dependendo do que a pessoa fez enquanto viva: “Para conseguir a salvação, não basta ter fé em Jesus. Também é preciso mostrar essa fé por se obedecer às ordens de Jesus”.
Já a morte, ao contrário do que acontece com outras religiões, é encarada simplesmente como um deixar de existir. De acordo com a página oficial das Testemunhas de Jeová, “os mortos estão inconscientes, ou seja, não sabem nada do que se passa. Não praticamos nenhum costume que se baseie na crença de que os mortos estão conscientes e podem influenciar-nos. Isto inclui celebrações para homenagear a pessoa que morreu, sacrifícios pelos mortos, conversar com eles ou fazer-lhes pedidos”. No entanto, “a Bíblia ensina que Deus é capaz de acordar os mortos desse sono e fazer com que vivam novamente. Para aqueles a quem Deus ressuscitar, a morte não será o fim de tudo”, considera o porta-voz.
Crenças e práticas
Mais uma vez, a Bíblia é a referência. Com base no seu estudo e exercício da sua consciência, cada Testemunha de Jeová sabe o que agrada ou não agrada a Deus. “Por exemplo, as Testemunhas de Jeová são rigorosamente neutras em assuntos políticos, seguindo o exemplo que Jesus deu de não participar em assuntos governamentais. Se repararmos, nenhuma Testemunha de Jeová pegou em armas em nenhum dos confrontos e massacres que têm acontecido nas últimas décadas – da Bósnia ao Ruanda, do Vietname ao Médio Oriente”, explica o nosso entrevistado, acrescentado que “as Testemunhas de Jeová consideram que a vida é um presente precioso que deve ser apreciado e estimado. Elas fazem tudo o que está ao seu alcance para manter e melhorar a saúde. Por esta razão, as Testemunhas de Jeová não fumam, não consomem drogas, não bebem álcool em excesso nem fazem interrupção voluntária da gravidez. Também evitam envolver-se em situações de alto risco em desportos e recreação”.
Aqui chegados, é hora de abordar um dos temas que mais polémica desenlaça: a não aceitação, por parte das Testemunhas de Jeová, de transfusões de sangue. “Esta é uma questão mais religiosa do que médica. Tanto o Velho como o Novo Testamento ordenam-nos claramente a abstermo-nos de sangue. Além disso, para Deus, o sangue representa a vida. Então, evitamos tomar sangue por qualquer via, não só em obediência a Deus, mas também para lhe mostrar respeito como o Dador da vida”.
Qualquer cidadão que o deseje, tem acesso a uma Diretiva Antecipada de Vontade, também conhecida como Testamento Vital. Assim, a maioria das Testemunhas assina uma declaração que fica associada ao seu processo eletrónico no Registo Nacional de Testamento Vital (RENTEV) – acessível
Lobby e Biblioteca na Sede Nacional
a profissionais de saúde e utentes através da Plataforma de Dados de Saúde (PDS) – do Serviço Nacional de Saúde, e que traduz a manifestação antecipada da vontade consciente, livre e esclarecida, no que concerne aos cuidados de saúde que desejam receber, caso se encontrem incapazes de expressar essa mesma vontade pessoal e autonomamente. Para além desse registo oficial, praticamente todas as Testemunhas fazem-se acompanhar, no seu dia a dia, de uma declaração antecipada de vontade – em formato de cartão – sobre o tratamento médico-cirúrgico que desejam, datada e assinada para uso médico.
Outra das especificidades da doutrina praticada pelas Testemunhas de Jeová é o facto de não comemorarem aniversários natalícios (nem mesmo o de Jesus), porque concluíram que Deus considera errado festejá-los. “A única coisa que a Bíblia diz que os cristãos têm a obrigação de comemorar não está relacionada com um nascimento, mas com uma morte redentora: a de Jesus”.
É, então, hora das nossas últimas questões, talvez as mais sensíveis como a perceção que têm da homossexualidade e do divórcio. As respostas são claras e diretas: “as Testemunhas de Jeová têm a mesma posição que Deus tem neste assunto. Entendem que Deus criou o homem e a mulher para terem relações sexuais apenas se forem casados. Além disso, a Bíblia não apoia a homofobia ou o ódio aos homossexuais. O amor ao próximo faz com que partilhem o conhecimento bíblico com todas as pessoas, sem restrição e sempre respeitando as escolhas de cada um”.
Já quanto ao divórcio, embora digam que em certas circunstâncias possa ser biblicamente aceite, o nosso interlocutor afirma que “As Testemunhas de Jeová prezam muito os valores da família e fazem tudo para a preservação dos mesmos”.
E muito mais haveria para contar que não tem espaço nestas linhas. Nas nossas mãos saímos, sem darmos conta, com exemplares de “A Sentinela” e “Despertai!”, algumas das publicações mais distribuídas por essas portas fora. E assim continuará a ser, quando a pandemia deixar. Levar a mensagem de Jeová porta a porta. : :