Arquitetura Bizantina

Page 1

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora

Anne Camila Cesar Silva


Desde o fim do século III d.C. Roma deixa de ser capital única do império. Durante a migração dos povos bárbaros, o Oriente grego não sofreu uma depressão cultural como o Ocidente. O comércio, pelo contrário, florescia e até mais vigorosamente do que antes. Bizâncio ocupava uma região estratégica para o comércio com o Oriente, dominando o estreito de Bósforo, na entrada para o Mar Negro.

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


CONTEXTUALIZANDO O IMPÉRIO BIZANTINO Constantino, o Imperador - Século III d.C.: queda do Império Romano. - 313 a 337 d.C.: governo de Constantino >>> Liberdade de Culto Cristão. - 330 d.C.: transferiu a capital principal de Roma para Bizâncio, conhecida mais tarde como Constantinopla ("Cidade de Constantino"), atual Istambul. - modo de produção e da cultura feudal. - fase de transição do período clássico para o medieval, em que se desenvolvem os valores da cristandade, em convívio com a arte pagã dos templos e edificações romanas. Teodósio I, 379 a 395 d.C. - 380 d.C.: Cristianismo torna-se a religião oficial do Império (Édito de Tessalónica). - com sua morte, o Estado romano dividiu-se definitivamente em duas metades, cada qual controlada por um de seus filhos. - Ocidental, tendo como capital Ravena, e Oriental ConstantinopIa. - Arcádio foi o seu herdeiro no Oriente e Honório no Ocidente. - 410 d.C.: Invasão bárbara no Império Romano do Ocidente. -Foi justamente em virtude do crescimento do poder do catolicismo que ocorreu a sobrevida ao Império Romano do Oriente, já que o do Ocidente passaria a ser dirigido a partir do ano de 476 d.C. por povos então chamados de bárbaros. Justiniano, 527 a 565 d.C. -Auge do Império Bizantino. - Expansão do império. - sucede um período de crise denominado Iconoclastia e que consiste na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito político entre os imperadores e o clero.

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


CARACTERÍSTICAS GERAIS - Teocracia (do grego Teo: Deus + kratos: governo) é o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de alguma religião. O poder teocrático pode ser exercido direta ou indiretamente pelos clérigos de uma religião: os governantes, juízes e demais autoridades podem ser os próprios líderes religiosos (tal como foi Justiniano). "Um Estado, uma Lei, uma Igreja“ – fórmula política de Justiniano. -Tornou-se imprescindível dotar essa cidadesede do império romano de equipamentos como fóruns, basílicas, circos, teatros, igrejas etc. - A arquitetura bizantina destacou-se pela singeleza no tratamento do exterior das Interiormente eram decorados edificações e pela exuberância de seus com mosaicos, pinturas a fresco, azulejos e colunas interiores (simbologia do cristianismo), de inspiração grega e romana, embora um pouco ricamente ornados com mosaicos coloridos modificadas. de influência oriental (destaque para o azul e o dourado) e metais (ouro e prata).

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


Na Basílica de San Vitale, em Ravena: mosaico com Cristo, São Vital recebendo uma coroa de mártir, dois anjos e o bispo Eclesius que começou a construir a igreja. Nas laterais. mosaico com Justiniano I (à esquerda) e com a Imperatriz Teodora (à direita).

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


CARACTERÍSTICAS ARTE E ARQUITETURA - O mosaico é a expressão máxima da arte bizantina e, não se destinando somente a decorar as paredes e abóbadas, serve também de fonte de instrução e guia espiritual aos fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas,e dos vários imperadores. - as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é utilizado em abundância, pela sua associação a um dos maiores bens materiais: ouro.

O mais célebre dos mosaicos Bizantinos intactos da Basílica de Santa Sofia em Constantinopla – a imagem do Cristo Pantocrator.

- Os principais materiais utilizados nas edificações bizantinas foram a argila (na confecção de tijolos, telhas e cerâmicas), a pedra (para erguer paredes, muros, coberturas e na decoração), a madeira (para cimbramento), a argamassa (cal, areia e restos de cerâmica) e o chumbo, em lâminas de +/- 3mm, entre os blocos de pedra para melhorar a distribuição das cargas;

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


CARACTERÍSTICAS ARTE E ARQUITETURA - O grande marco da arquitetura bizantina foi a construção da igreja de Santa Sofia, entre 532 e 537, cuja cúpula (diâmetro = 30-31m; altura = 55.60m) é assentada sobre pendentes. Basílica Santa Sofia. Igreja >>> Mesquita >>> Museu Recebeu minaretes após invasão turca no século XV.

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


CÚPULA SEMIESFÉRICA

TAMBOR ESTRUTURA DE PENDENTE

CÚPULA SEMI-ESFÉRICA

A cúpula não possui seu sentido em si mesma, mas sim naquilo que representa: a abóbada celeste. A cúpula representa o céu e sua base a terra, assim, o edifício completo representa uma imagem do cosmos.

ESTRUTURA DE PENDENTE

ARQUITETURA BIZANTINA

DETALHE DE PENDENTE

Professora: Anne Camila Cesar Silva


PRINCIPAIS EDIFICAÇÕES BIZANTINAS: Igrejas

IGREJAS DE PLANTA CENTRAL

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


CARACTERÍSTICAS ARTE E ARQUITETURA

EXEMPLO: IGREJA SANTA IRENE (Istambul) - é de tipologia basilical, com cúpula (1) e Clerestório no Tambor (2) ou Arcos Cegos (3); - já apresenta tribunas nas duas naves laterais (4) sobre fileiras de colunas com arcos Arcadas (5); -possui um pequeno abside – parede voltada para o leste/ Altar; (6) e sua nave central (7) apresenta três tramos com abóbadas de berço (8).

(1 ) (2 )

(8 )

(8 )

(3 )

(5 (4 ) )

ARQUITETURA BIZANTINA

(6 ) (7 )

(8 )

(5 ) (4 )

Professora: Anne Camila Cesar Silva


CARACTERÍSTICAS ARTE E ARQUITETURA

EXEMPLO:

(1 )

NARTE X

(2 )

Representa um particular desenvolvimento das formas arquitetônicas bizantinas, combinando a planta basilical com a central, a cúpula e a trichora (1) (espécie de abside tripla na parte posterior da catedral). Possui arcos cegos na trichora (2).

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


CARACTERÍSTICAS ARTE E ARQUITETURA EXEMPLO:

- possui planta em cruz grega (baseada nos exemplos de Santa Sofia e da Basílica dos Apóstolos, ambas em Constantinopla) e cinco cúpulas quase do mesmo tamanho (1); identifica-se a presença de arco rebaixado (2) e arco pleno (3). - sua planta consiste em três naves longitudinais e três transversais; todo o seu interior é coberto por decorações de mármore e mosaico; - apresenta um baldaquino sobre o altar principal (4), com colunas decoradas com relevos do século XI; - seu retábulo (parede de fundo do altar) é um trabalho em metal bizantino de 1105.

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


RETÁBULO

BALDAQUINO

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


CARACTERÍSTICAS ARTE E ARQUITETURA Na história da arquitetura religiosa desta época dois progressos se assinalam: O CAMPANÁRIO, O BATISTÉRIO e os MAUSOLÉUS. O Campanário deu origem às torres das igrejas medievais. O Batistério foi de começo uma construção à parte, ligada a igreja principal da cidade e era apenas usado para o Batismo. Planta Circular ou octogonal, era construído como os templos menores ou os túmulos romanos. Mausoléus eram túmulos erguidos para guardar os restos mortais de cidadãos ilustres; possuíam planta central ou em cruz grega e eram cobertos por cúpulas e/ou abóbadas.

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


Referências: BENÉVOLO, Leonardo. História da cidade. 4 ed. São Paulo: Perspectiva, 2005. CARVALHO, Benjamim de. A História da Arquitetura. Rio de Janeiro: Ed. Tecnoprint, 1964. Edições de Ouro. DUBY, Georges. História da vida privada 2: da Europa feudal à renascença. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. HAROUEL, Jean Louis. História do Urbanismo. 2. ed. Campinas: Papirus, 1998. LAMAS, José Garcia. Morfologia urbana e desenho da cidade. 3ed. Porto: Fundação Calouste Gulbenkian / Fundação para a ciência e tecnologia, 2004. MORRIS, A. E. J. Historia de la forma urbana: desde sus orígenes hasta la Revolución Industrial. 6 ed. Barcelona: Gustavo Gili, 1998. MAHFUZ, Edson. O clássico, o poético e o erótico e outros ensaios. Porto Alegre: Ritter dos Reis, 2001. MUNFORD, Lewis. A cidade na História: suas origens, transformações e perspectivas. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. PEVSNER, Nicolaus. Panorama da Arquitetura Ocidental. São Paulo: Martins Fontes, 2002. ROBERTSON, D. S. Arquitetura Grega e Romana. São Paulo: Martins Fontes, 1997. SUMMERSON, John. A Linguagem Clássica da Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

ARQUITETURA BIZANTINA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.