ARQUITETURA GÓTICA
Professora
Anne Camila Cesar Silva
Contexto O continente europeu se reorganiza socialmente e nasce o sistema feudal. O poder do rei estava enfraquecido. A França, como outras regiões, via-se na iminência de ser invadida; neste contexto, a população se escondeu nas suas raras e frágeis fortalezas. Ao longo desta foram produzidas esculturas, pinturas e outras expressões artísticas que retratavam o pavor das pessoas, que intuíam as guerras, a fome, e outras tantas catástrofes previstas pela Igreja. Neste período surge um novo estilo artístico, arquitetônico e cultural, baseado nos estilos romanos mas que eram combinados com as novas tendências e necessidades: o Opus Francigenum (Estilo francês).
Etimologicamente, o termo gótico faz alusão aos povos godos e foi empregada por Renascentistas em tom pejorativo, pois, para estes, o Gótico destoava dos padrões da arte Clássica, retomados na Renascença. Com o retorno da monarquia a população adquire mais influência e para comemorar a série de fatos e acontecimentos, buscavam cada vez mais as igrejas e catedrais para cumprir com suas responsabilidades religiosas e agradecerem. Como o estilo arquitetônico românico era formado por pouca iluminação, os europeus buscaram o estilo francês (que é uma evolução arquitetônica da romana) para construir as novas catedrais e igrejas.
ARQUITETURA GÓTICA
Professora: Anne Camila Cesar Silva
Características Teocentrismo – Deus no centro do universo. Arte Gótica: Apoiava-se nos princípios de um forte simbolismo teológico, fruto do mais puro pensamento escolástico: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o caminho para Deus. Além disso, nos vitrais pintados e decorados se ensinava ao povo, por meio da mágica luminosidade de suas cores, as histórias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras. Estava inaugurada a época das catedrais cuja arquitetura podia ser definida segundo três elementos: o arco botante, a abóbada nervurada e a pedra.
ARQUITETURA GÓTICA
Professora: Anne Camila Cesar Silva
Características Os arcos ogivais eram capazes de deixar as colunas mais esbeltas sem colocar em perigo a estabilidade da estrutura. As abóbadas ogivais de arestas descarregavam o seu peso através de cordões, nervuras e feixes, descarregando em pontos internos e definidos. O arco ogival era a maior característica da arquitetura gótica e possuía a vantagem de poder cobrir áreas retangulares. A vantagem da ogiva é que, por se alongar e projetar para o alto, dava a ilusão de alcançar maior altura que o arco pleno.
Arco ogival
Abobada de aresta
ARQUITETURA GÓTICA
Arco Botante
Professora: Anne Camila Cesar Silva
Características Essa linha de produção artística busca expressar a crença em um Deus que habita num plano superior, o que justifica a altura exorbitante de suas catedrais. Ainda caracterizam-se como elementos originais típicos são os vitrais, as gárgulas e os pináculos. Com o avanço da técnica de utilização das abóbadas de arestas, as paredes já não exercem função estrutural e são substituídas pelos panos de vitrais multicoloridos. Filtrada pelos vitrais, a luz se difundia pelo interior das catedrais e transmitia ao fiel a sensação do sobrenatural. Além disso, tinham a função de transmitir as Escrituras sagradas aos leigos.
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Vitral da Capela Sainte-Chapelle de Paris
ARQUITETURA GÓTICA
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Vitral da Capela Sainte-Chapelle de Paris
ARQUITETURA GÓTICA
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Vitral da Capela Sainte-Chapelle de Paris
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Características
Jesus Cristo na ultima Ceia, vitral gótico da Catedral de Chartres, França.
Vitral da Capela Sainte-Chapelle de Paris
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Características
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Características
Clerestório
Trifório
Arcada com arco ogival
Catedral de Burgos
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Exemplo A arte gótica surgiu pela primeira vez na França, na edificação da “Abadia Saint-Denis”, por volta de 1140.
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Características Arquitetura Gótica A partir de então o estilo se difunde por toda a Europa e pode ser classificado segundo três períodos de produção: *PRIMITIVO (séc. XII) - onde ainda se observam características remanescentes do período românico; o arco ogival é usado juntamente com o pleno; o verticalismo ainda é tímido e a decoração é bastante sóbria. Ex: Igreja de São Francisco (Assis, Itália); Catedral de Canterbury (Inglaterra); *CLÁSSICO (séc. XIII) - quando o estilo atinge sua plenitude e apresenta integridade em seu repertório formal (essa fase torna-se conhecida como Gótico Radiante); o arco ogival é elevado; acentua-se o verticalismo; o uso da abóbada de arestas e dos vitrais tornam-se constantes; a decoração torna-se mais refinada e suntuosa. Ex: Catedral de Chartres, Catedral de Amiens, Catedral de Reims (França); Catedral de Westminster (Inglaterra); *TARDIO (séc. XIV-XV) - quando o estilo adquire características próprias de acordo com a região onde é implantado: atenua-se ligeiramente o verticalismo do arco ogival e das abóbadas; as nervuras são largamente utilizadas. O gótico tardio pode ainda ser subdividido da seguinte forma:
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PRIMITIVO
Catedral de Canterbury (Inglaterra)
Igreja de São Francisco (Assis, Itália)
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CLÁSSICO
Catedral de Canterbury (Inglaterra);
Catedral de Reims (França)
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TARDIO
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TARDIO PERPENDICULAR (INGLATERRA): Capela de King’s College, Cambridge.
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TARDIO PERPENDICULAR (INGLATERRA): Capela de King’s College, Cambridge.
ARQUITETURA GÓTICA
Professora: Anne Camila Cesar Silva
TARDIO FLAMEJANTE (ALEMANHA): Catedral de Colônia, Alemanha.
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Professora: Anne Camila Cesar Silva
TARDIO FLAMEJANTE (ALEMANHA): Catedral de Colônia, Alemanha.
ARQUITETURA GÓTICA
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TARDIO MANUELINO (PORTUGAL): Mosteiro de Batalha, Portugal.
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Professora: Anne Camila Cesar Silva
TARDIO MANUELINO (PORTUGAL): Mosteiro de Batalha, Portugal.
ARQUITETURA GÓTICA
Professora: Anne Camila Cesar Silva
Exemplo Catedral de Notre Dame: é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora). Este projeto é abençoado financeiramente por todas as classes sociais com interesse na criação do símbolo do seu novo poder. Obs. É pela força da nova burguesia que o feudalismo entra em crise e o poder do rei se consolida. Gratos a Deus, investem na gratidão pela fé incentivando financeiramente às construções religiosas.
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Professora: Anne Camila Cesar Silva
Catedral Notre Dame – Paris, França.
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Catedral Notre Dame – Paris, França.
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Catedral Notre Dame – Paris, França.
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Referências Bibliográficas: . CARVALHO, Benjamin . A História da Arquitetura. Edições de Ouro. s/d . HISTÓRIA GERAL DA ARTE - ARQUITETURA I,II,III,IV,V,VI . ediciones del Prado. tradução: LETRAS, S, 1995 . MUMFORD, Lewis. A Cidade na História. Ed. Martin Fontes. . SHAVER-CRANDELL, Anne. História da arte da Universidade de Cambridge. A idade Média. Trad: Álvaro Cabral. Ed Círculo do livro, São Paulo 1982.
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