Arquitetura Romana

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ARQUITETURA ROMANA

Professora

Anne Camila Cesar Silva


Roma – Origem Histórica: Povos arianos; gregos; etruscos. >>> Solos férteis às margens do Tibre. Roma – Origem Mitológica: Rômulo e Remo.

ARQUITETURA ROMANA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


Roma – Origem Histórica: Povos arianos; gregos; etruscos. >>> Solos férteis às margens do Tibre. Roma – Origem Mitológica: Rômulo e Remo. (estátua de bronze dos Museus Capitolinos de Roma)

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Professora: Anne Camila Cesar Silva


Períodos MONARQUIA (756 a 509 a.C.): Fundação baseada na Pólis Grega. Deu-se às margens (férteis) do Rio Tibre, com a formação de uma fortificação militar para defesa contra os etruscos.

REPÚBLICA (509 a.C. até 31 d.C.): Desenvolvimento do Direito Romano e expansão territorial. IMPÉRIO (31 a 353 d.C.): Centralização do poder nas mãos de um só governante. O longo período das guerras civis. PAX ROMANA e o Pão e Circo.

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Características Monarquia: • Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris.

• Sociedade: Patrícios: Originados de famílias antigas, eram grandes proprietários de terras e rebanhos. Clientes: Homens livres, de famílias pobres, que viviam sob a proteção dos patrícios. Plebeus: Estrangeiros, pequenos proprietários, artesãos e comerciantes. • Política: Cidade Romana era governada por um rei de origem patrícia. Senado (Conselho dos Anciãos) – limitava o poder do rei. Assembleia Curiata, formada por todos os cidadãos das famílias aristocráticas, aprovava as decisões, votava em leis e aprovava (ou não) as guerras. • A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Ex. Poseidon (deus dos mares – grego) = Netuno (deus dos mares romanos).

• Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.

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“Cícero denuncia Catilina”, afresco que representa o senado romano reunido na Cúria Hostília. Palazzo Madama, Roma.

Afresco etrusco localizado naTumba François, Vulci. Nele estão representados Célio Vibena, nobre etrusco, Macstarna e Sérvio Túlio.

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Estela encontrada no Fórum Romano, perto do Lago Cúrcio, representando um cavaleiro romano do século IV a.C.

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Características República: • Instaurada pelos patrícios com a expulsão do rei Tarqüinio: Os patrícios instauraram a República evitando a concentração do poder nas mãos de uma só pessoa e colocando a plebe à margem das decisões políticas. • O Senado romano (em latim Senatus) é a mais remota assembleia política da Roma antiga, com origem nos Conselhos de Anciãos, daí a origem de seu nome, senex = velho, idoso. • República se democratiza – proximidade com a forma de governar de Atenas: mistura de elementos monárquicos (magistraturas), aristocráticos (senado) e democráticos (assembléias). • Desenvolvimento do Direito: Lei Canuléia (445 a.C.) – permitia o casamento entre plebeus e os patrícios. Leis Licínias (367 a.C.) – permitia aos plebeus partilhar as terras conquistadas e estabeleceu que um dos Cônsules seria um plebeu.

Lei Poetélia (326 a.C.) – abolia a escravidão por dividas. Lei Ogúlia – dava acesso a religião aos plebeus.

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Escravos servindo em um banquete romano. Mosaico provenie nte de Cartago. Século III d.C.

Características República: • Sociedade: Patrícios – cidadãos de Roma, possuidores de terra e gado, que constituíam a aristocracia.

Plebeus – população dominada pelos romanos nas primeiras conquistas; eram livres, mas não participavam do Senado. Clientes – indivíduos subordinados a alguma família patrícia, cumpridores de diversas obrigações econômicas, morais e religiosas. Escravos – população recrutada entre os derrotados de guerra ou comprados em comércios de escravos, considerados instrumentos de trabalho, sem nenhum direito político. • Expansão Romana: conquista de território e anexação de outras culturas. “Todos os caminhos levam a Roma” Roma preocupou-se em construir estradas para facilitar o deslocamento de suas tropas e a mobilização de recursos necessários para as suas conquistas.

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Professora: Anne Camila Cesar Silva


Características Império: • O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. • Busca pela unificação da língua falada: o latim. • Patrícios perdem posses e passam a viver dos cargos políticos. • Soldados bem treinados = forma de sobrevivência, eram bem remunerados. • Cultura dos diversos povos sendo agregadas à romana. • Excesso de escravos e impostos pagos aos romanos – crise nas colônias conquistadas, êxodo para Roma. • PAX ROMANA: buscando manter a paz, instaura-se o Pão e Circo. • Pão e Circo Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.

• Escravos – domésticos, trabalho agrícola, mineração e gladiadores – lutador (compondo a política Pão e Circo)

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Professora: Anne Camila Cesar Silva


Características Império: • Caio Júlio César Otávio Augusto, primeiro Imperador Romano.

• Crise no Império Romano: Alto custo para manutenção do exército; Povo conquistado/território fora de controle – grande demais; Altos impostos = êxodo urbano; Invasões bárbaras; difusão do Cristianismo.

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ENGENHARIA E ARQUITETURA ROMANA As edificações eram projetadas como um conjunto de formas e superfícies (termas, fóruns e alguns templos); a fusão desses volumes gerava um todo, um sistema arquitetural; merecem destaque os reservatórios de água, aquedutos, edifícios com patamares, estradas, pontes, termas, basílicas, entre outras obras; também produziram esculturas na forma de bustos e baixos relevos que enalteciam os feitos militares; suas pinturas abordavam temas da vida cotidiana.

1. Fórum Romano; 2. Fórum de César; 3. Fórum de Augusto; 4. Fórum de Nerva; 5. Fórum de Vespasiano; 6. Fórum de Trajano: 6a. Praça porticada; 6b. Basílica; 6c. Coluna de Trajano; 6d. Templo de Trajano;

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ENGENHARIA E ARQUITETURA ROMANA TÉCNICAS: desenvolveram novos sistemas construtivos, que tiveram como base o arco e suas derivações: as abóbadas, as cúpulas e as arcadas(conjunto de colunas unidas superiormente por arcos). Estas estruturas não foram inventadas pelos Romanos, porém, sua utilização, aliada aos novos materiais, permitiu aos Romanos criar variadas tipologias arquitetônicas. Desenvolveram as técnicas e os instrumentos de engenharia aperfeiçoando os conhecimentos de topografia, o uso da terraplanagem (ato de nivelar os terrenos de modo a prepará-los para a execução da obra), o desenvolvimento de processos de embasamento e de suporte, a invenção de cofragens (espécie de molde para a massa) e os cimbres (armação de madeira que suporta e/ou molda os arcos ou abóbadas), a utilização dos grampos de metal para fortalecer as juntas entre os blocos de pedra.

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Professora: Anne Camila Cesar Silva


PANTEÃO ROMANO

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Professora: Anne Camila Cesar Silva


PANTEÃO ROMANO

ARQUITETURA ROMANA

Professora: Anne Camila Cesar Silva


PRINCIPAIS EDIFICAÇÕES ROMANAS TEMPLOS:

- Também se assemelhavam aos templos gregos, porém eram construídos sobre pódios de até 3m de altura; esses pódios possuíam uma escadaria monumental na sua parte frontal; - Não eram edificados em acrópoles e sim nas proximidades dos fóruns romanos; - Nos templos romanos, o pronaos era conhecido por nártex e a naos por cela; em alguns casos, a fachada posterior não era trabalhada; - Eram utilizadas quatro ordens: • Toscana (dórica com base) • Jônica • Coríntia • Compósita (junção das três ordens gregas)

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Professora: Anne Camila Cesar Silva


ENGENHARIA E ARQUITETURA ROMANA ARCOS TRIUNFAIS E COLUNAS COMEMORATIVAS: monumentos (função comemorativa e estética) edificados em homenagem às vitórias de imperadores em suas grandes conquistas; utilizavam para sua construção tijolos e argamassa e eram revestidos em mármore.

Arco do Triunfo (Constantino), ao lado do Coliseu de Roma.

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PRINCIPAIS EDIFICAÇÕES ROMANAS ANFITEATRO: concebidos arquitetonicamente a partir do rebatimento da forma semicircular dos teatros; eram destinados aos grandes combates entre gladiadores, feras etc; esse tipo de apresentação, assim como a grande maioria das atividades culturais realizadas nas cidades do Império Romano, era aberta ao público em geral. *Arcadas

Anfiteatro Flávio, COLISEUM (Roma)

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PRINCIPAIS EDIFICAÇÕES ROMANAS BASÍLICAS: grandes espaços organizados em três naves cobertas por abóbadas; eram destinadas às atividades administrativas, às trocas financeiras e à justiça; TERMAS – espaços destinados à cultura física e ao lazer; eram compostas por salas de massagem e relaxamento, piscinas, bibliotecas, salas de banhos: de água morna (tepidarium), de água fria (frigidarium) e de água quente (caldarium).

Termas de Caracalla (Roma)

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Basílica de Maxênico (Roma) Professora: Anne Camila Cesar Silva


PRINCIPAIS EDIFICAÇÕES ROMANAS AQUEDUTOS – grandes estruturas arqueadas (arcadas) destinadas ao transporte de água de fontes naturais às cidades. ESTRADAS – devido à abrangência da área incorporada pelo Império Romano, surgiu a necessidade de vias de comunicação terrestre. O exemplar mais conservado é a Via Apia, que ligava Roma a Brindisi num percurso de cerca de 700 km. CIRCOS ROMANOS – espaços destinados às corridas de bigas (carro romano puxado por dois cavalos), quadrigas (4 cavalos) e outras competições do gênero.

Aqueduto Cláudio/ Anio Novus (Roma)

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Circo Maximus (Roma) Professora: Anne Camila Cesar Silva


A CASA ROMANA as cidades do império romano apresentavam dois tipos de edificação residencial: as domus (casas individuais de um ou dois pavimentos, fechadas na parte externa e abertas para espaços internos – átrios ou peristilos, reservadas às famílias mais ricas) e as insulae (construções coletivas de muitos andares – até 7 andares - com cômodos que tem vista para o exterior através de janelas e balcões, os andares térreos eram destinados às lojas ou às habitações mais nobres, os andares superiores eram divididos em apartamentos de vários tamanhos para as classes médias e inferiores, os andares superiores não possuíam água corrente, latrinas, chaminés etc);

Domus

Insulae

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Professora: Anne Camila Cesar Silva


A CIDADE ROMANA geralmente composta por ruas tortuosas, estreitas e desordenadas, não possuía um serviço público de limpeza e iluminação; a água chegava à cidade através dos aquedutos; Por volta do século VI a.C. foram iniciados os serviços da rede de esgotos de Roma; a densa cidade se desenvolvia em torno dos fóruns romanos – praça aberta com funções administrativas, cívicas, comerciais e religiosas - e nas suas proximidades eram construídos os principais edifícios da cidade (basílica, templos, circos, anfiteatros etc); as ‘cidades novas’ eram abertas e se desenvolviam segundo dois eixos perpendiculares entre si – o cardo maximus (eixos verticais) e o decumanus maximus (eixos horizontais à estrada principal) – os quais se cortavam na altura do fórum; A cidade era fortificada e tinha portões de acesso em seus eixos principais; existiam ainda, para além dos limites das fortificações, as centuriatio - divisões racionais do território cultivável que seguiam a prática hipodâmica (Hipódamo de Mileto) difundida no mundo helenístico.

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A CIDADE ROMANA

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Referências: BENÉVOLO, Leonardo. História da cidade. 4 ed. São Paulo: Perspectiva, 2005. CARVALHO, Benjamim de. A História da Arquitetura. Rio de Janeiro: Ed. Tecnoprint, 1964. Edições de Ouro. DUBY, Georges. História da vida privada 2: da Europa feudal à renascença. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. HAROUEL, Jean Louis. História do Urbanismo. 2. ed. Campinas: Papirus, 1998. LAMAS, José Garcia. Morfologia urbana e desenho da cidade. 3ed. Porto: Fundação Calouste Gulbenkian / Fundação para a ciência e tecnologia, 2004. MORRIS, A. E. J. Historia de la forma urbana: desde sus orígenes hasta la Revolución Industrial. 6 ed. Barcelona: Gustavo Gili, 1998. MAHFUZ, Edson. O clássico, o poético e o erótico e outros ensaios. Porto Alegre: Ritter dos Reis, 2001. MUNFORD, Lewis. A cidade na História: suas origens, transformações e perspectivas. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. PEVSNER, Nicolaus. Panorama da Arquitetura Ocidental. São Paulo: Martins Fontes, 2002. ROBERTSON, D. S. Arquitetura Grega e Romana. São Paulo: Martins Fontes, 1997. SUMMERSON, John. A Linguagem Clássica da Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

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