BRASIL COLÔNIA
SÉCULO XVI E XVII
Professora
Anne Camila Cesar Silva
Contextualização -
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Na noite de 3 de agosto de 1492, Colombo partiu da Espanha: destino final Índias (nova rota). Nau Santa Maria (maior), duas caravelas (menores) Pinta e Santa Clara (Niña em homenagem ao seu proprietário Juan Niño). Às duas horas da manhã de 12 de outubro de 1492: América (central) à vista. 7 de junho de 1494: TRATADO DE TORDESILHAS (Portugal e Espanha) - para dividir as terras "descobertas e por descobrir" por ambas as Coroas fora da Europa. - 370 légua à leste da Ilha de Cabo Verde (450 km do continente africano ao qual pertencia) pertenceria à Portugal, aquilo que se encontrasse à oeste seria da Espanha. - Entende-se hoje que a linha cortara o Pará (norte) e Santa Catarina (sul).
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Contextualização -
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SÉCULO XV: Portugal é uma grande potência marítima. Em 21 de abril de 1500: Pedro Alvares Cabral “descobre” o Brasil. Em 1527 começa de fato e por direito a colonização do Brasil por Portugal: - Porto de São Vicente (1532, Vila de São Vicente, união da Seção Sul e Norte) – RJ, SP, PR. - Governador Martim Afonso. - Criação das Capitanias Hereditárias por Dom João III - 1534. - Evitar as invasões estrangeiras. Eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária). - Administradas pelos donatários: Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios). Apenas as capitanias de São Vicente e Pernambuco deram certo. Vigorou até o ano de 1759 e foi extinto pelo Marquês de Pombal.
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Contextualização DESTACAM-SE: - São Vicente em 1532 por Martim Afonso de Sousa - Olinda em 1535 por Duarte Coelho - Salvador em 1549 por Tomé de Sousa como sede do GovernoGeral.
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Contextualização Causas do Fracasso das Capitanias Hereditárias: - A falta de recursos e também o desinteresse por parte da maioria dos capitães-donatários. - A violência dos indígenas. - A falta de apoio da Coroa portuguesa. - A grande distância entre o governo português e os capitães-donatários, que se sentiam abandonados.
CRIAÇÃO DO GOVERNO-GERAL -
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Monte Pascoal (Porto Seguro, BA) Governador-Geral, possuía autoridade superior à dos capitães-donatários e deveria ajudá-los naquilo que necessitassem. Criação, ainda dos cargos de Ouvidor-Mor (justiça), Provedor-Mor (finanças), Capitão-Mor (defesa), AlcaideMor (escrivão), entre outros. Constituição de Salvador da Bahia como primeira sede do Governo Geral, por está localizada mais ao centro da colônia.
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Contextualização TOMÉ DE SOUSA – 1º Governador Geral (1549 -1553) - Construção da cidade de Salvador, na Bahia, primeira capital do Brasil. - Chegada dos primeiros jesuítas, liderados pelo padre Manuel da Nóbrega. - Instalação do primeiro bispado do Brasil, em Salvador, sendo nomeado Dom Pero Fernandes Sardinha. - Introdução da criação de gado bovino, trazido da ilhas africanas. DUARTE DA COSTA (1553 – 1558) - Chegada do padre jesuíta José de Anchieta, que fundou o Colégio de São Paulo (1554), que deu origem à Vila de São Paulo. - Invasão francesa na Baía de Guanabara, na região do Rio de Janeiro, em 1554.
MEM DE SÁ (1558 – 1572) - Franceses expulsos. - Fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (1565) por Estácio de Sá.
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ESTRUTURA DA COLÔNIA - BRASIL -
A arquitetura era bastante simples, sempre com estruturas retangulares e cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada.
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Erguer os primeiros abrigos: TEJUPARES (choupanas feitas de galhos de árvore e folhas de palmeira) – palavra tupi: teyy (povo/gente); upad (sítio/lugar).
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A seguir, os primeiros construtores levantam paredes de barro (casas de taipa), misturando-o com madeira, pedras e cascalhos. Sistema de construção rudimentar, simples e econômico (falta de mão de obra especializada).
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ESTRUTURA DA COLÔNIA - BRASIL CASA DE TAIPA: Construção feita de varas, galhos, cipós entrelaçados e cobertos com barro. Para que o barro tivesse maior consistência a melhor resistência à chuva, ele era misturado com sangue de boi e óleo de peixe. -
TAIPA DE PILÃO:
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ESTRUTURA DA COLÔNIA - BRASIL -
TAIPA DE MÃO OU PAU-A-PIQUE:
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ESTRUTURA DA COLÔNIA - BRASIL EDIFICAÇÕES CONSTRUÍDAS EM TAIPA (hoje inexistentes em sua configuração original em taipa): - Muralha ao redor de Salvador, construída por Tomé de Sousa; - Igreja Matriz de Cananéia; - Vila inteira de São Vicente, destruída por um maremoto e reconstruída entre 1542 e 1545; - Engenhos de cana-de-açúcar; - Casa da Companhia de Jesus, que deu origem à cidade de São Paulo. O EXEMPLO DE SALVADOR NA BAHIA -
Dom João III manda realizar algumas instalações na colônia para fixa a posse de terra, além de prover a vinda de pedreiros, carpinteiros e oleiros: - Uma muralha para proteção; - Casa de Câmara; - Um armazém de madeira e barro, coberto com folhas de palmeira.
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NOVOS MATERIAIS, PARA UMA ESTRUTURA URBANA MAIS CONSISTENTE Crescimento Populacional e fixação no território -
Com a evolução dos materiais construtivos começam a aparecer as capelas, os centros das vilas, dirigidas por missionários jesuítas. Busca de materiais mais sólidos e resistentes. Torre de Olinda, PE, construída pelo donatário Duarte Coelho Pereira. Utilização da cal e argamassa, extraída de conchas e sambaquis.
- FASES DA PRODUÇÃO: 1) Preparação: limpeza e trituração. (água doce para retirada de todo sal) 2) Calcinação: queima em alta temperatura. 3) Hidratação: adição de água.
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OUTRA TÉCNICA CONSTRUTIVA: Cantaria. A cantaria era utilizada nos edifícios mais nobres, em geral como reforço nos cunhais (cantos) de edifícios grandes e nas vergas de portais e janelas.
Esta pedra talhada utilizada na construção de edifícios ou de muros. Destaque para edificação de muralhas.
Pouquíssimos edifícios foram construídos exclusivamente em cantaria, um exemplo preservado é a Casa-Forte de Garcia d`Ávila na Bahia.
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CASA DA TORRE – arquitetura de forte/fortaleza -
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Compreende o maior latifúndio da colônia; Primeira parte construída, paredes de tijolos (ADOBE): Capela sextavada abobadada em estilo medieval canônico; Seguida: salas contíguas recobertas por cúpula e abóbada de aresta com arcos diagonais, iguais às do Paço de Sintra, em Portugal. O Castelo, segunda etapa da construção, foi construído em alvenaria de pedra e se desenvolve simetricamente em torno de um pátio de honra, em estilo renascentista, onde uma escadaria dupla conduzia ao primeiro pavimento.
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A CIDADE COLONIAL PORTUGUESA Tipos básicos de edificações: - Administração: o palácio do governador; - Religiosidade: igrejas; - Habitação e comércio: as primeiras ruas, largos e casas; - Defesa: fortificação ao redor do povoamento. Configuração: Cidade Alta e Cidade Baixa -
construídas próximas ao mar ou em outeiros (elevações no terreno).
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Originando as denominadas: - cidade alta com habitação e administração. - cidade baixa com comércio e porto.
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Configuração que privilegiava a defesa com: - muros, paliçadas, baluartes e portas para o controle do acesso.
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A CIDADE COLONIAL PORTUGUESA -
Referências para construção das principais cidades coloniais: Lisboa, Porto e Coimbra (medievais).
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A CIDADE COLONIAL PORTUGUESA Configuração: Cidade Alta e Cidade Baixa -
Inspiraram: Cidades como Salvador, Olinda, Rio de Janeiro e João Pessoa.
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O URBANISMO COLONIAL -
O traçado das ruas, largos e muralhas, acompanhava a topografia acidentada do terreno (CIDADE ALTA E CIDADE BAIXA)
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Edifícios mais importantes, como as casas dos mais ricos, conventos e igrejas, tinham localização privilegiada (CIDADE ALTA).
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As casas determinavam o traçado da ruas.
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As superfícies contínuas formadas pelas fachadas das edificações conjugadas definem a arquitetura.
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Não havia passeios e vegetação no entorno das Residências.
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Existiam duas ruas básicas que norteavam o crescimento urbano da cidade portuguesa: Rua Direita e a Rua Nova; normalmente paralelas à linha fluvial ou marítima, às demais ruas seriam perpendiculares a estas.
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O traçado português era pouco retilíneo mas seguia ortogonal, enquanto o espanhol era quadriculado e retilíneo. Ainda assim o arruamento tende a de adaptar à topografia do lugar.
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Rua Direita, Lisboa, Portugal; atual Rua Frederico Arouca.
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Rua Direita, João Pessoa, Paraíba, Brasil; atual Rua Duque de Caxias.
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RESIDÊNCIAS URBANAS As casas ocupavam todo o terreno, caracterizadas por: - telhados de duas ou mais águas, escoando para a rua e para o quintal. - Utilizava-se telhas nas paredes laterais, para evitar problemas de infiltração. - Apresentavam eira, beira e tribeira nos telhados (indicador de riqueza).
- Incialmente eram térreas, de porta e janela, não se encontravam porões ou preocupações formais (praticidade fundamental), mas, praticamente, todas eram geminadas. - Eram comuns sobrados com dois ou três pavimentos de uso misto: - no nível da rua o comércio - acima a residência - As casas simples utilizavam pau-a-pique ou taipa de pilão. - As mais ricas pedra e barro ou tijolo.
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RESIDÊNCIAS COLONIAL Outra tipologia deste período eram as chácaras, que ficavam distantes da cidade, e com fácil abastecimento de água, devido rios e nascentes. A cobertura era com quatro águas, existia um alpendre, e eram de dois pavimentos e as quatro fachadas eram recuadas, devido o tamanho do terreno. Final do século XVI surgem os engenhos como ícone da “civilização açucareira” que surgia. Setorização do Engenho: - a casa-grande (moradia do senhor e de sua família); - a senzala (habitação dos escravos); - a capela; - Casa do engenho (maquinário: moenda, fornalhas, casa de purgar, e as vezes, destilarias.
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Referências Bibliográficas MONTEZUMA, Roberto. “Arquitetura Brasil 500 anos”. Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2002. REIS FILHO, Nestor Goulart. “Quadro da Arquitetura no Brasil”. São Paulo: Perspectiva, 1987. BRESCIANI, Stella. (org.). Imagens da Cidade: séculos XIX e XX. São Paulo: ANPUH: Marco Zero: FAPESP, 1994. AZEVEDO, Aroldo de. Vilas e cidades do Brasil colonial. São Paulo: USP /Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, 1956.
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