Ecletismo e a renovação da cidade

ECLETISMO E A CIDADE RENOVADA

Professora

Anne Camila Cesar Silva

O Ecletismo, enquanto atitude, comportamento ou estilo começou a se manifestar na Europa ainda na primeira metade do século XIX. Cronologicamente substituía o neoclassicismo, mas, em muitos casos coexistiu com ele.

A Revolução industrial fez emergir o problema da forma compatível com a nova sociedade. A busca pelo novo vocabulário formal foi a tônica de todos os movimentos do século XIX. O neoclassicismo não parecia atender à sociedade que surgia em busca de identidade =>>> burguesia.

No século XIX havia as referências anteriores, o contato com o oriental e a descobertas dos novos materiais.

O Ecletismo parte então de: generalização da estética pitoresca, o renascimento gótico, o rejuvenescimento clássico e a utilização dos materiais industrializados.

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Professora: Anne Camila Cesar Silva

Entende-se por Ecletismo na arquitetura como uma corrente cultural caracterizada pela reutilização mais ou menos livre do vocabulário formal de estilos do passado. Esses estilos teriam sido reinterpretados nos edifícios de acordo com a suposta analogia entre eles e sua tipologia funcional.

Houve a coexistência Ecletismo e Neoclássico.

Qual a diferença entre eles? Ambos podem ter a influência greco-romana (clássica)? * Neoclássico: obedece com fidelidade de composição as regras ditadas pelos tratadistas no Renascimento. * Ecletismo: As regras de composição seriam reconsideradas à luz da intenção decorativa, sem rigor e com liberdade, visando também atender o gosto do cliente.

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Arquitetura eclética é o nome atribuído à prática acadêmica do mundo ocidental, ocorrida entre as últimas décadas dos século XIX e primeiras do século XX, orientada para questões estilísticas, segundo a qual todos os estilos e tendências históricas da tradição ocidental – grego, romano, gótico, renascentista, barroco, juntamente com arquiteturas exóticas – chinesa, japonesa, indiana, islâmica – são considerados, isoladamente ou conjugados entre si, como tipos ou modelos para edifícios a serem projetados.

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NEOCLÁSSICO - Panteão de Paris

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ECLÉTICO – Ópera de Paris http://www.learn.columbia.edu/360/paris_opera_360/

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EDIFÍCIO ÓPERA DE PARÍS Arquiteto – Charles Garnier, 35 anos, concorreu com outros 170 arquitetos no concurso de 1860. O projeto perdurou em construção por 14 anos, só sendo concluído e inaugurado em 1875.

É um edifício típico de arquitetura do Séc. XIX, escondendo uma cortina de ferro debaixo da decoração flamejante.

O exterior é ornamentado com magníficas colunas, figuras de anjos e outras estátuas. O interior é decorado de veludo, folha delgada de ouro, figuras de ninfas e querubins.

Ocupa uma área total de 11.000 metros quadrados, com um enorme espaço de bastidores do palco, que pode albergar 450 artistas.

O Auditório central tem capacidade para 2.200 lugares sentados, e o seu teto principal foi pintado por Marc Chagall em 1964.

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Teto pintado por Marc Chagall

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Sala Vermelha

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Sala Vermelha

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Sala Vermelha

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ECLETISMO O Ecletismo era a cultura arquitetônica própria de uma classe burguesa que dava primazia ao conforto, amava o progresso, amava as novidades, mas rebaixava a produção artística e arquitetônica ao nível da moda e do gosto.

3 correntes estilísticas: 1º Composição Estilística: imita corretamente as formas do passado (neogregos, neoegípcio e neogótico) 2° Historicismo Tipológico: relação estilo-função 3° Pastiches Compositivos: libertos inventavam soluções estilísticas.

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Ecletismo (2ª metade Séc. XIX) Os engenheiros/técnicos dominavam as construções.

Os projetos e as edificações seguiam uma linha funcionalista: privilegiava-se a função acima da beleza Arquitetos eram chamados para decorar os edifícios (fachadas e interiores)

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Na lógica tipológica-estilística havia a seguinte divisão: 1) Estufas, armazéns, mercados, pavilhões de exposição: Estilo metalúrgico moderno 2) Igrejas: Românico ou gótico 3) Edifícios públicos: Clássico A modernidade do século XIX repousa de fato em um movimento duplamente retrospectivo e prospectivo; explorando sem preconceitos, os recursos dos novos materiais e enfrentando os problemas colocados pelos novos programas da sociedade industrial.

Os arquitetos tiraram partido do caráter arquitetural e adaptaram com liberdade soluções, partidos de organização e de planta, equilíbrio de massas e interpretação de espaços dos edifícios do passado às necessidades contemporâneas.

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EXEMPLO: Parlamento britânico - Palácio de Westminster Arquiteto Charles Barry concebeu o edifício em linguagem clássica: disposição de espaços internos, massas e volumes da edificação foram organizados em função de eixos de simetria, mantendo as proporções do classicismo.

Exigências estéticas impostas pelo governo acrescentaram elementos neogóticos.

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Observações sobre o Ecletismo As ideias, os programas, as finalidades eram sempre melhores do que os produtos que pretendiam executar.

O pudor dos costumes burgueses impedem a “rude e vergonhosa” nudez estrutural que deveria está completamente escondidas e revestidas por motivo de decoro.

A produção industrial vai interferir duramente no estilo e subverter a ordem utilidade e beleza com a imposição de elementos construtivos metálicos completamente estranhos às formas e às proporções características dos estilos e das ordens arquitetônicas. Dualidade Engenheiros e Arquitetos.

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A CASA ECLÉTICA Destaca-se três princípios de projeto: 1) Predominância de planta sobre a elevação 2) Livre disposição na fachada de janelas e varandas 3) Prioridade do interior sobre o exterior e a unidade da casa com sua decoração.

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Professora: Anne Camila Cesar Silva

Referências: BENÉVOLO, Leonardo. História da cidade. 4 ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.

BENÉVOLO, Leonardo. Introdução à Arquitetura. São Paulo: Mestre Jou. 1972.

CARVALHO, Benjamim de. A História da Arquitetura. Rio de Janeiro: Ed. Tecnoprint, 1964.

Edições de Ouro.

HAROUEL, Jean Louis. História do Urbanismo. 2. ed. Campinas: Papirus, 1998.

MORRIS, A. E. J. Historia de la forma urbana: desde sus orígenes hasta la Revolución Industrial. 6 ed. Barcelona: Gustavo Gili, 1998.

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