“Campeão das Províncias” - 15/2/2023

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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com QUARTA-FEIRA, 15 DE FEVEREIRO 2023 | N.º 705 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS EDIÇÃO DIGITAL FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Joana Alvim, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias PAGINAÇÃO Grupo Media Centro De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.campeaoprovincias.pt www.facebook.com/campeaodasprovincias 20 PÁGINAS MOSTRA DE DOÇARIA DE COIMBRA VAI TER 37 EXPOSITORES PÁGINA 2 DECORRERÁ A 4 E 5 DE MARÇO

Mostra de Doçaria Conventual de Coimbra renova-se e regressa a 4 e 5 de Março

Após três anos sem possibilidade de realização (motivada pela pandemia), a XII Mostra de Doçaria Conventual e Contemporânea de Coimbra está de volta, num formato e programação renovados e inovadores que cruzam a tradição com a contemporaneidade.

No fim de semana de 4 e 5 de Março, a XII edição do evento marca presença no Convento São Francisco (CSF) e na Capela da Ordem Terceira, promovendo as dinâmicas entre o património imaterial e o material, bem como o diálogo com diversas formas de arte, conhecimento e entretenimento.

A iniciativa da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, em parceria com a Associação de Doceiros de Coimbra (ADOC) e com a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra (EHTC), vai estar de portas abertas no sábado (4 de Março), das 14h00 às 22h00, e no domingo (5 de Março), das 10h00 às 19h00, com entrada livre.

O programa da Mostra foi apresentado esta quarta-feira no Café-Concerto do CSF, com a presença do presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, do chefe da Divisão de Cultura da Câmara de Coimbra, Rafael Nascimento, do presidente da Associação de Doceiros de Coimbra, Gabriel Faneca, e ainda com a participação especial do embaixador da Mostra, o icónico defensor de Coimbra e da região, Bruno Aleixo.

A XII edição da Mostra de Doçaria Conventual e Contemporânea de Coimbra conta com a participação de 37 expositores doceiros, com destaque para a presença de um expositor internacional, de Santiago de Compostela, cidade geminada com Coimbra.

O mote do certame é a herança doceira, legado de congregações religiosas dos três conventos de Coimbra – Celas, Santa Clara e Sant’Anna –, de que são exemplos o pastel de Santa Clara, a arrufada de Coimbra ou o pudim das Clarissas. Além dos doces e licores conventuais de Coimbra e da região Centro, disponibilizados por expositores oriundos de Alcobaça, Alfeizerão, Ançã, Aveiro, Figueira da Foz, Lamego, Leiria, Lorvão, Ovar, Pereira, Tentúgal

e Tomar, vai ser possível, ainda, ser degustados doces típicos da região norte (Amarante, Caldas de Vizela, Felgueiras, Régua e Santa Maria da Feira) e do sul do país (Évora, Reguengos de Monsaraz e Silves).

No sábado, dia 4, a ADOC e a EHTC lançam o convite para se dirigir “Do convento para o Bar” para uma “Harmonização de doces conventuais com cocktails” e para testar de que forma “Os Doces Também se Bebem”, actividades dinamizadas pelos chefs Eduardo Vicente, Luis Gomes e Paulo Queirós, apresentados por Catarina Camacho.

Também no sábado, numa incursão pelo património doceiro coimbrão, em “Doces da Casa”, a ADOC leva a cabo o workshop dedicado ao tema “Coimbra, Pátria das Arrufadas”. A fechar o programa deste dia, António Ataíde apresenta um espectáculo inédito de Canção de Coimbra, na Capela da Venerável Ordem Terceira.

Na programação de domingo, para além dos workshops “Uma Rosa para a Rainha” (ADOC) e de “Os Doces Também se Bebem” (EHTC), salienta-se a tertúlia com degustação “Comer com os Olhos”, uma conversa entre Guida Cândido (autora de livros, artigos científicos e publicações nas áreas da gastronomia, culinária e história da alimentação) e Paulo Queirós (gerente e chef do Cordel Maneirista), apresentados por Catarina Camacho. Destaque ainda para a voz inconfundível de Pedro Lamares, que será o protagonista do recital de poesia “A Poesia é para Comer”.

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APCC explica na UC como podem fazer voluntariado na Europa

OGabinete de Voluntariado da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC) vai realizar, amanhã (16), pelas 17h00, no Auditório 2 do Student Hub (Edifício da Faculdade de Medicina), uma sessão informativa sobre as possibilidades que o Corpo Europeu de Solidariedade proporciona aos jovens que pretendem participar em projectos comunitários, particularmente noutros países europeus.

Estarão presentes três jovens, originários da Alemanha, França e Turquia, actualmente a realizar um período de voluntariado na APCC e um voluntário português que já participou em projectos europeus.

No âmbito do voluntariado internacional, a Associação acolheu até hoje cerca de 60 vo-

luntários de diversas origens e enviou mais de uma dezena de jovens portugueses para projectos noutros países europeus.

Através do Corpo Europeu de Solidariedade (uma iniciativa da Comissão Europeia), organizações de envio acreditadas – como é o caso da APCC – apoiam pessoas entre os 18 e os 30 anos que procuram uma oportunidade para ter uma experiência no estrangeiro e para ajudar os outros, além de desenvolverem as suas aptidões e competências.

Na APCC, o voluntariado europeu é desenvolvido simultaneamente com um programa de voluntariado nacional, que tem como objectivo, entre outros, potenciar o desenvolvimento das competências sociais necessárias a uma cidadania activa.

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Estudo da FCTUC revela que ervas marinhas de estuários expostas a efluentes são mais saudáveis

As ervas marinhas dos estuários do Tejo e do Sado expostas a efluentes de uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e de uma fábrica de alimentos são mais saudáveis, concluiu um estudo hoje divulgado.

Este estudo, que conta com a participação do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), envolveu mais de uma dezena de investigadores de nove instituições diferentes, espalhadas pelo mundo.

O objectivo foi o de “analisar a saúde das manchas de ervas marinhas sujeitas a concentrações variáveis de nitrogénio e fósforo como consequência de adições antropogénicas em espaços naturais”, explicou o investigador da FCTUC Arthur Veronez, acrescentando que foram também feitas “reanálises e comparações entre estudos realizados anteriormente em diferentes localidades do mundo para diferentes espécies com habitats e influências antropogénicas parecidas”.

Em Portugal, a investigação teve como foco os prados de uma espécie de erva marinha (‘Zostera noltei’) do Centro e Sul do país.

“Os prados monitorizados nos estuários do Tejo e do Sado e na Ria Formosa apresentam ervas menores, indicação de que são mais saudáveis, sob concentrações moderadas de nutrientes na água”, avançou o coautor do estudo.

Segundo Arthur Veronez, no estuário do Tejo “os prados mais saudáveis estavam localizados exatamente ao lado de uma ETAR e de uma fábrica, onde as concentrações

de amoníaco eram semelhantes às observadas para os prados da Ria Formosa, quando comparado com estações de amostragem com distâncias intermediárias da ETAR local”.

“Sob descargas menores de nutrientes, a erva dos prados de ‘Zostera noltei’ aumentou, sugerindo que estavam sob privação de nutrientes. Essas descargas mais baixas ocorreram nos prados da Ria Formosa, do Tejo e do Sado mais distantes das ETAR”, explicou.

Foi também possível perceber que “os prados do Sado eram menos saudáveis do que os do Tejo e da Ria Formosa sob descargas igualmente baixas de amoníaco, sugerindo que a falta de fosfato piorou o seu estado”.

A investigação sugeriu ainda que, sob uma carga mais alta de nutrientes, se verifica um aumento da erva dos prados de ‘Zostera noltei’, indicando que estas estavam a sofrer de toxicidade (verificado em prados da Ria Formosa localizada mais próxi-

mo ETAR local).

No entanto, de acordo com o investigador da FCTUC, “em comparação com os prados de ‘Zostera noltei’ dos outros locais de amostragem e relatos de outros estudos, evidenciou-se que os prados da Ria Formosa e do estuário do Tejo, sob adições moderadas de nutrientes antropogénicos, estavam entre os mais saudáveis já relatados”.

Arthur Veronez referiu que a monitorização da ‘Zostera noltei’ em Portugal “foi uma experiência inédita, realizada durante o verão de 2021”, que incluiu nove estações no Tejo e seis estações no estuário do Sado.

“É relevante salientar que este estudo representa um trabalho de alto impacto para melhor entendimento científico de como as ervas marinhas se beneficiam através de adições de nutrientes por vias antropogénicas, bem como demonstra o uso de uma metodologia de estudo cosmopolita, ativa e robusta”, sublinhou.

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Teatrão de Coimbra com concurso para estimular escrita dramatúrgica na lusofonia

OTeatrão está a receber candidaturas para um concurso que visa estimular a escrita dramatúrgica na lusofonia e que a companhia de Coimbra desenhou para alinhar com as comemorações dos 50 anos da revolução de Abril.

De acordo com o Teatrão, as candidaturas para a Fantasia Futurista, “iniciativa que pretende incentivar, estimular e valorizar a criação de textos teatrais inéditos em Língua Portuguesa, envolvendo todos os países lusófonos”, devem ser entregues até ao dia 10 de Março.

Os autores deverão ter idade igual ou superior a 21 anos no momento da candidatura e residência nos países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Guiné Equatorial.

O projecto terá várias fases de implementação e “alguma dose de imprevisibilidade”, já que “a sua segunda parte depende da qualidade dos textos produzidos, mas é também um projecto de edição teatral”.

“Será ainda, se possível, o projecto de montagem e apresentação destes textos em palco”, acrescentou.

O escritor Valério Romão é o curador convidado para o desenvolvimento da fase de escrita, tendo desenvolvido, a convite do Teatrão, “uma sinopse que parte da ideia inicial e que serve de mote e provocação para a escrita”.

Os dramaturgos que se inscreverem desenvolverão uma sinopse e serão escolhidas as cinco melhores, que

“auferirão de uma pequena bolsa de criação”, no valor de 250 euros por mês, durante os seis meses seguintes, no fim dos quais entregam os textos completos.

O Teatrão espera que os resultados permitam a edição e encenação destes textos nos próximos anos, pela própria companhia ou por estruturas associadas.

Segundo o regulamento, tal “poderá acontecer ou não”, dependendo “das condições e circunstâncias reunidas”.

Ainda de acordo com o documento, a selecção e divulgação das cinco melhores candidaturas terá lugar até 9 de Junho, enquanto a avaliação e ‘feedback’ das sinopses para desenvolvimento das respectivas dramaturgias ocorrerá até 21 de Julho.

“O prazo máximo de entrega dos textos escritos é até 10 de Novembro e a divulgação dos resultados terá lugar até 19 de Janeiro de 2024”, informou.

Já o lançamento do livro com as dramaturgias seleccionadas e possível estreia de um ou mais criações deverá ocorrer “durante o primeiro semestre do ano de 2024”.

A Fantasia Futurista foi concebida pelo Teatrão e conta com a parceria do Instituto Camões.

O júri do concurso é constituído pelos dramaturgos Valério Romão e Jorge Louraço Figueira, pelos directores artísticos do projecto, Isabel Craveiro e Marco António Rodrigues, e por um representante do Instituto Camões.

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Lousã: José Moreira toma posse como Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade

José Fernandes Moreira tomou posse como novo Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade do Município da Lousã, numa cerimónia realizada, ontem (14), no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho.

José Moreira realçou “o importante histórico de trabalho que a Provedoria tem e a vontade de manter esse trabalho em prol da comunidade e destacou o relevante papel que a ARCIL teve na criação da Provedoria”. Já Ana Ferreira, presidente da Assembleia Municipal, apontou “o bom trabalho que tem sido feito” destacando “a formação cívica como uma valência onde se pode melhorar”.

O presidente da Câmara Municipal da Lousã, Luís Antunes, reconheceu “o importante papel dos anteriores Provedores, bem como o papel da ARCIL em todas as temáticas relacionadas com a inclusão”. Apontando uma “saudável indiferença à diferença que felizmente se regista no Concelho”, o presidente da Câmara Municipal destacou, mais uma vez “o importante trabalho da Provedoria, não só na representação das pessoas com incapacidade, mas na emissão de pareceres, acompanhamento de projectos e obras, sensibilização e formação, bem como apresentando contributos para a melhoria das respostas à comunidade”. Luís Antunes realçou ainda “o papel da Câmara Municipal – ao longo de muitos anos – com vários ciclos e abordagens às temáticas da inclusão, concretizadas em projectos como a integração dos cidadãos com incapacidade no sistema de ensino público, a eliminação de barreiras físicas e qualificação do

espaço e equipamentos públicos, a criação da própria Provedoria e o projecto Lousã, Destino de Turismo Acessível”, concluindo com a referência a investimentos mais recentes que contribuem para a inclusão, como “o apoio – logístico e de transportes - ao ensino para todos, a acessibilização do Castelo da Lousã, a remusealização do Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques, as várias intervenções de Regeneração Urbana e as obras em execução de Mobilidade Suave”.

A Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade da Lousã foi criada em 2004, tendo iniciado a sua actividade em 2005 e funcionado desde então, ininterruptamente, até 2020, ano em que faleceu o Provedor em funções, João Henriques, e que coincidiu com o período de pandemia.

Destacam-se das funções de Provedor Municipal das Pessoas com Incapacidade, velar pelo cumprimento das leis e das boas práticas em matéria integrada na área social da deficiência, dar parecer sobre assuntos relacionados com a área da deficiência quando lhe forem solicitados por órgãos autárquicos e promover acções de formação, sensibilização e esclarecimento em matérias relacionadas com a mobilidade e acessibilidade das pessoas com mobilidade reduzida, entre outras.

Foi, também, designada a Equipa Técnica da Provedoria Municipal das Pessoas com Incapacidade que integra Paulo Carvalhinho, Edite Veríssimo, Rui Alves, Fátima Gracinda, Zélia Duarte, João Cruz, Aurélio Gonçalves, Marta Correia, Mónica Martins e Paulo Lopes.

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OPríncipe Otto von Bismarck-Schönhausen, a propósito do modo como se concebem e, o que é mais, se “produzem as leis”, ofereceu ao mundo “uma tirada singular”:

“Os cidadãos jamais dormiriam tranquilos se soubessem como são feitas as salsichas e as leis.”

Imaginamos…

Para as salsichas haverá, nos tempos que correm e, no limite, uma entidade reguladora que decerto afeiçoará, nas suas actuações inspectivas, as directrizes ínsitas nos regulamentos emanados de Bruxelas em tema de ‘segurança alimentar’.

Para as leis é que não há de todo quem obrigue os ‘aprendizes de legislador’ que por aí pululam a afeiçoarem-nas à gramática, à simplicidade, à clareza…

Miríades de leis regem o sensível domínio das relações de consumo: numa pluralidade incomensurável, prolíferas, prolixas… patéticas!

Em meio à “diarreia legislativa” com que nos confrontamos, nada se aclara, tudo se confunde, nada nos tranquiliza, tudo nos perturba.

A propósito dos contactos telefónicos com os estabelecimentos dos fornecedores, o artigo da Lei-Quadro de Defesa do Consumidor que de tal se ocupava foi revogado e, em seu lugar, surgiu um diploma legal com 11 (onze) artigos. Dele retiram uns que não é obrigatório ter telefone de contacto, a menos que se trate de serviços públicos essenciais; outros afiançam que em qualquer das situações é obrigatório: o Regulador do mercado instaurou autos de contra-ordenação ‘a torto e a direito’ por não haver tais indicações nas “comunicações comerciais, nas páginas principais dos sítios na Internet, nas facturas, nas comunicações escritas com o consumidor e nos contratos [de consumo] celebrados”.

De momento, pende no Parlamento, da lavra da IL, um projecto para alteração do diploma…

A Lei das Comunicações Electrónicas diz num dos seus artigos (o 137) que em dadas circunstâncias os contratos são suspensos:

“1 — Sem prejuízo de outras alterações extraordinárias das circunstâncias que determinaram a celebração do contrato por parte do consumidor, o contrato fica suspenso, designadamente, nas seguintes situações:

a) Perda do local onde os serviços são prestados;

b) Alteração de residência para fora do território nacional;

c) Ausência da residência motivada por cumprimento de pena de prisão;

d) Ausência da residência por incapacidade, doença prolongada ou estado de dependência de cuidados prestados ou a prestar por terceira pessoa;

e) Situação de desemprego ou baixa médica

2 — A suspensão mantém-se durante o período de tem-

po em que durar o motivo justificativo da mesma. …”

O que quer significar que o contrato se mantém.

E, noutro (o artigo 133), estabelece que em tais circunstâncias (com diferenças de formulação ínfimas…) o contrato se resolve, isto é, se extingue por alteração das circunstâncias…

Em que ficamos?

Suspende-se ou extingue-se?

Os artigos têm uma extensão inenarrável. Por vezes, quando se chega ao fim do primeiro dos incisos já se perdeu o fio à meada no palavreado extenso por que se espraia a previsão normativa…

O predicado não concorda, quantas vezes, com o sujeito, exactamente porque também eles (os ‘legisladores’) se perdem na floresta de frases que vão implantando em cada um dos dispositivos.

E se, em vez de um Código de Direitos do Consumidor, como de há muito se vem reivindicando, prosseguir esta acelerada “motorização” legislativa, imposta por Bruxelas como de forma desconcertada por São Bento, ainda menos nos entenderemos neste emaranhado de leis que ninguém domina, mal se interpretam e raras vezes se aplicam.

Além do mais, a omissão legislativa cresce, como sucede, entre outros, com a Comissão das Cláusulas Abusivas e a eficácia dos caso julgado nas acções inibitórias a tal propósito instauradas…

Mas em meio à sandice geral não há quem se apreste a pôr ordem no caos?

Custa assim tanto esboçar um Código de Direitos do Consumidor ou de Direito do Consumo?

Custa, com efeito, se tomarmos como exemplo o péssimo serviço prestado pela Comissão Pinto Monteiro que desperdiçou 14 anos da nossa paciência e dinheiro para ir tudo, por imprestável, para o caixote do lixo…

A lei, meus senhores, não é para amadores!

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DIREITO DO CONSUMO - Portugal
“Os cidadãos jamais dormiriam tranquilos…”
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Estudo pioneiro analisou a microbiota da boca dos provadores de vinho

investigadora Sofia Duarte-Coimbra, então estudante da FCUP no mestrado em Ciências do Consumo e da Nutrição, partilhado com a Faculdade de Ciências da Alimentação e da Nutrição da U.Porto.

A jovem contactou com enólogos, provadores de vinho e sommeliers e a amostra do estudo centrou-se no Norte e Centro do país. Foi recolhida uma amostra através de raspagem do dorso da língua antes e após uma prova de vinho.

Que efeito tem o vinho na boca de um provador? O que o torna tão especial e sensível aos diferentes tipos de vinho? Um estudo pioneiro liderado por investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) procurou dar resposta a estas questões e concluiu que há um efeito de limpeza do álcool com uma consequência: os provadores estão mais expostos a microrganismos oportunistas e patogénicos.

“As diferenças na diversidade microbiana entre provadores de vinho e não provadores mostraram um possível efeito de lavagem do álcool, devido à diminuição de microorganismos em amostras recolhidas após uma prova de vinho”, começa por explicar Albano Beja-Pereira, docente da FCUP e um dos autores do estudo. Os investigadores concluíram que o consumo de determinado tipo de alimentos, por exemplo amargos

e adstringentes, altera a comunidade microbiana do dorso da língua e o pH da boca e modifica as condições a favor de algumas espécies de bactérias.

E quanto mais anos de carreira menor será o número de bactérias da boca. “No nosso estudo observamos que o número de provas e a extensão da carreira de provador estão correlacionados com a baixa diversidade do microbioma”, concretiza o também investigador da Associação BIOPOLIS/CIBIO-InBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, InBIO Laboratório Associado da Universidade do Porto).

Para além disso, verificaram ainda que o microbioma é diferente consoante o tipo de vinho. “Os provadores de vinhos espumantes são ainda mais afetados porque perdem mais rápido esta diversidade”, acrescenta.

Este trabalho foi dinamizado pela

Perceberam também, no estudo, que existe uma bactéria que pode explicar uma maior sensibilidade ao sabor. A bactéria Actinomyces é mais abundante na boca de provadores de vinho.

O paper publicado em janeiro deste ano na revista Food Research Internacional dá, assim, os primeiros passos para um trabalho mais alargado para perceber se este efeito de limpeza está apenas relacionado com o álcool ou se se aplica a outro tipo de bebidas. Estes estudos inserem-se num trabalho mais alargado. A equipa está a investigar o papel dos microbiota (conjunto de microrganismos específicos de um determinado órgão o local do corpo humano) na sensibilidade e percepção sensorial (sabor e olfato), a sua interligação com a atividade profissional (provadores, chefes de cozinha, perfume testers), influência da dieta alimentar e na saúde (oral, nasal).

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Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Pampilhosa da Serra preocupada com Carta de Perigosidade de Incêndio Rural

Opresidente da Câmara de Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, mostrou-se preocupado com a Carta de Perigosidade de Incêndio Rural, por considerar que irá condicionar a actividade nos concelhos do interior do país.

“Estou muito apreensivo, porque alguns organismos intermédios acham que o problema dos incêndios só fica resolvido se tirarmos estas pessoas todas do interior e eu tenho que dizer que é precisamente o contrário”, considerou aquele autarca.

Segundo Jorge Custódio, a partir de 31 de Março, o documento, elaborado com critérios definidos pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), poderá limitar 94% do território a vários níveis.

Há um ano, após “uma grande pressão por parte de vários autarcas”, o Governo suspendeu o documento, lembrou. No entanto, acrescentou, “apesar de estar a haver algum contacto com a Associação Nacional de Municípios, percebe-se que o intuito da Carta de Perigosidade vai manter-se”.

Se assim for, isso “irá limitar claramente todos estes concelhos do interior na sua actividade”, avisou o autarca, explicando que, quando o risco de incêndio rural for considerado alto ou muito alto, será impossível realizar acções de iniciativa pública ou privada ou “receber investidores que possam querer instalar qualquer tipo de negócio”.

Até o “acesso e utilização de parques de merendas, praias fluviais e espaços dentro da floresta” fica “altamente condicionado”, afirmou.

No entender de Jorge Custódio, a metodologia usada pelo ICNF na construção da Carta de Perigosidade de Incêndio Rural é de base estatística e não tem em conta a realidade ou a necessidade dos territórios.

Neste âmbito, garantiu que o Executivo que lidera “não vai desistir” e tentará sensibilizar o poder central. “A Câmara Municipal terá que tomar alguma atitude rapidamente, sob pena de deixarmos este território deserto e isso não permitiremos que aconteça”, frisou.

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Oliveira do Hospital abre novo período de votação do Orçamento Participativo Jovem

Vai decorrer um novo período de votação online das propostas apresentadas ao Orçamento Participativo Jovem, uma iniciativa da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital em parceria com o Conselho Municipal da Juventude. Com esta iniciativa, o Município procura alicerçar um modelo de gestão autárquica mais participada e informada com vista à definição de prioridades no investimento municipal. Nesta edição, a votação decorreu de forma mista, presencial nas escolas do concelho e online, em site próprio como vem sendo habitual. Contudo, finalizado o período de votação online e após análise da Comissão de Análise Técnica, que reuniu para proceder à contagem e validação dos votos, foram detectadas várias anomalias que suscitaram dúvidas sobre o método de votação e a livre intenção de voto.

Na sequência deste processo, a votação no Orçamento Participativo Jovem – que conta com oito propostas – decorrerá em “Participa. gov”, uma plataforma de suporte aos processos participativos da Administração Pública, permitindo a participação dos cidadãos e cidadãs através de tecnologias simples, seguras e confiáveis.

Os cidadãos que reúnam as condições enquanto votantes devem aceder à plataforma - https://participa.gov.pt/base/home – e efetuar o seu pré-registo até 22 de Fevereiro. Após o período de campanha e apelo à votação nas propostas, seguir-se-á o período concreto da votação, na referida plataforma, entre 2 e 12 de Março.

Recorde-se que podem participar na votação os cidadãos que tenham

idades compreendidas entre os 16 e os 35 anos de idade que sejam trabalhadores, estudantes, residentes ou naturais do concelho de Oliveira do Hospital.

O Orçamento Participativo Jovem é um processo de consulta directa aos cidadãos mais jovens conferin-

do-lhes a oportunidade de identificar e propor projectos que considerem de interesse para o concelho.

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital afectou ao Orçamento Participativo Jovem o valor de 10 mil euros, de acordo com o Orçamento Municipal.

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Município de Anadia realiza campanha de esterilização de animais de companhia

OMunicípio de Anadia está a promover uma campanha de esterilização e de identificação de animais de companhia que decorre até ao próximo dia 30 de Abril. Para o efeito, a autarquia celebrou protocolos de colaboração com as clínicas veterinárias do concelho, designadamente Centro Veterinário de Vilarinho do Bairro Unipessoal Lda, Rita Soraia Campos Serviços Veterinários Lda (Vetanadia – Centro Veterinário de Anadia), José Rafael Correia Pires (Clínica Veterinária de Sangalhos), CuriVet – Serviços e Produtos Veterinários, Unipessoal Lda (Curia) e o médico Veterinário Carlos Gonçalves (Vilarinho do Bairro). A campanha é dirigida aos titulares de animais de companhia, cães e gatos, que residam no concelho de Anadia. A comparticipação municipal aplica-se a actos cirúrgicos até três canídeos e três gatídeos, não podendo no total ser excedido o número de seis animais por agregado familiar. O valor do apoio será pago à clínica veterinária onde for realizada a esterilização. O restante valor será pago pelo titular do animal directamente à clínica.

De sublinhar que os agregados familiares carenciados terão um apoio de 100%.

Os candidatos que pretendam beneficiar desta campanha devem submeter o formulário, até ao dia 30 de Abril, juntamente com o comprovativo da identificação electrónica e registo actualizado no sistema de informação de animais de companhia, caso exista. Os agregados familiares carenciados deverão ainda, apresentar a declaração de IRS para que possam usufruir da compartici-

pação a 100%.

Os formulários podem ser descarregados da página electrónica do Município em www. cm-anadia.pt ou ser levantados, pessoalmente, no edifício da Câmara Municipal ou nas instalações do CROAC de Anadia.

De sublinhar que a campanha se insere numa estratégia municipal de sensibilização e incentivo, junto dos munícipes, destinada a promover o controlo da população de animais de companhia e do combate ao abandono.

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Cavaco questiona gasto de milhões em projectos sociais de rentabilidade “muito discutível”

Intervindo durante um almoço comemorativo do 183.º aniversário da Misericórdia – Obra da Figueira, o antigo chefe de Estado e ex-primeiro ministro de três governos do PSD, Aníbal Cavaco Silva, questionou o gasto de “milhares de milhões” de euros em Portugal em projectos de rentabilidade social “muito discutível”, quando são necessários noutros domínios “para minorar o sofrimento” da população mais carenciada.

“Porque é que milhares de milhões de euros são, no nosso país, encaminhados para projectos e decisões de rentabilidade so-

cial muito baixa, muito discutível, quando esses milhares de milhões faltam noutros domínios para minorar o sofrimento de muitos portugueses”, perguntou Cavaco Silva, na Figueira da Foz.

Os fundos são aplicados “sem que tão pouco nos apresentem alguns estudos sobre se não seria melhor, em termos de bem-estar social, que eles fossem encaminhados para aplicações alternativas”, disse.

No final do almoço, Cavaco Silva escusou-se a enumerá-los e prestar mais declarações, justificando a sua posição com a “muito perigo-

sa” situação política do país.

“Eu tenho sido muito solicitado para falar sobre a situação política do nosso país. Mas considero que, da minha parte, não é tempo de falar, porque considero que a nossa situação política é, neste momento, muito perigosa e eu não quero atirar achas para a fogueira”, frisou Cavaco Silva.

Ainda durante o discurso, Cavaco Silva destacou o papel das Misericórdias, Câmaras Municipais, instituições de solidariedade e voluntários no combate à pobreza e ajuda aos mais desfavorecidos.

“Num país como o nosso em que mais de dois milhões de portugueses se encontram em situação de pobreza, ou de exclusão social, nós podemos imaginar o que seria a gravidade da situação social sem o trabalho das Misericórdias e de outras instituições de solidariedade social”, disse o ex-Presidente da Republica.

Um trabalho que classificou de “discreto, muitas vezes silencioso, que nem sempre é devidamente reconhecido pelo Governo”, enfatizou.

“O Governo devia, de facto, prestar uma atenção muito particular àqueles que dedicando muito do seu tempo, da sua generosidade, de tempo que deveria ser dedicado à família, muitos voluntários, contribuem para minorar a situação de sofrimento, de pobreza, e, às vezes, de carência alimentar”, alegou.

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Porto recebe 16.ª ediçãodo OPOMUN de 16 a 18 de Fevereiro

Entre os dias 16 e 18 de Fevereiro o CLIPOporto International School vai receber a 16.ª edição do OPOMUN - Oporto Model United Nations. A iniciativa vai reunir cerca de 180 alunos do ensino básico e secundário, recriando a Organização das Nações Unidas (ONU).

“A iniciativa decorre no CLIP e no Hotel Porto Palácio, onde os jovens, distribuídos por diversos comités, como o Conselho de Segurança, Assembleia Geral e até o Tribunal Penal Internacional, representam delegados de diferentes países que irão trabalhar em conjunto com vista a encontrar soluções para os diversos problemas da agenda, como a dependência europeia do petróleo russo ou a crise no mercado da habitação”, explica a organização do evento, em comunicado.

A cerimónia de abertura contará com a presença de Carlos Coelho, que partilhará com os presentes o seu percurso enquanto deputado do Parlamento Europeu ao longo de 21 anos e enquanto fundador e presidente do Conselho de Administração da Nossa Europa.

A secretária-geral do OPOMUN 2023, Constança Ferreira, sublinha que “depois de dois

anos em que foram forçados a participar apenas em conferências online, sente-se privilegiada em poder ajudar a organizar o regresso do OPOMUN”. “O CLIP sempre nos ensinou a olhar para o mundo de forma crítica”, referiu, acrescentando: “Hoje, tenho a certeza de quem são eventos como o OPOMUN que me fazem crescer e ficar muito mais bem preparada para a vida adulta”.

Palavras que vão ao encontro da perspectiva da vice-secretária-geral do evento, Maria Leal, que admite que “há vários meses que estão a organizar o OPOMUN e tem sido um prazer imenso planear uma conferência tão significativa, cujo impacto que terá na vida dos seus participantes será extremamente enriquecedor”. Confessa, ainda, que a sua motivação para trabalhar neste projecto passa por “ver os nossos delegados a partilharem os seus conhecimentos internacionais e vê-los mergulhar num mundo de política global e argumentação”.

A 16.ª edição do OPOMUN conta a participação de alunos de várias escolas internacionais de Portugal, Espanha e Itália, potenciando o relacionamento entre jovens de diferentes culturas. O programa completo do evento pode ser consultado em https://opomun.com/schedule-2/.

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Cátia Barbosa (Jornalista do “Campeão” no Porto)

Notícias do Judo da ACM Coimbra

O Judo da ACM Coimbra teve um domingo (12) de viva actividade desportiva. Na Lousã, no Vll Torneio Raposinho Montanha, organizado pelo Montanha Clube, 17 Benjamins, infantis e Iniciados acemistas, acompanhados pelos técnicos, António Morais e Tiago Correia, com a colaboração dos pais, puderam mostrar as suas habilidades, demonstrando a sua evolução na execução das técnicas do Judo e a sua alegria e vivacidade nos momentos competitivos. O Judo ACM Coimbra conseguiu cinco primeiros lugares, 5 Anos:

Em Coimbra, Cernache, no Open de Coimbra de Juvenis e de Juniores, organizado pela Associação Distrital de Judo de Coimbra, de Bryan Lima, 38kg, alcançou a final, onde foi ao ponto de ouro, numa disputa muito equilibrada que poderia pender para qualquer um dos competidores.

António Soares, 55kg, em que, o primeiro embate foi a verdadeira final, cedeu pela pontuação mínima com o Campeão. Vencedor da repescagem, venceu pela pontuação máxima, Ippon, a disputa do terceiro lugar que conquistou. Nuno Noronha, também 55kg que, nos dois combates realizados não foi feliz. Em Juniores, Maria Francisca, no seu primeiro ano de Cadete, fez frente a atletas juniores muito mais experientes, mostrando bom es-

Martim Castro, 7 Anos: Hugo Costa, 8 Anos: Vicente Carvalho, 9 Anos: Bernardo Lima, 10 Anos: José Maria Marta, 11 Anos: Lara Costa.

pírito competitivo, mas não se classificando. João Amaro, em dia de boa concentração, foi vencedor, pela pontuação máxima, dos encontros que disputou, mostrando muita confiança durante a prova, alcançando o lugar de Campeão dos 60kg. Bernardo Tralhão que disputou a prova na

categoria de 73kg, uma categoria acima da que, normalmente, compete, esteve sempre seguro nos combates disputados que venceu pela pontuação máxima, Ippon, sagrando-se Campeão da categoria. Os Juvenis e Juniores tiveram o acompanhamento técnico de Fausto Carvalho.

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Lampreia de Penacova contribui para afirmar o território e a gastronomia local

OFestival da Lampreia de Penacova, que o Município promove com apoio de outras entidades, tem contribuído para afirmar o território e a gastronomia local, refere o presidente da Câmara, Álvaro Coimbra.

Em Travanca do Mondego, Álvaro Coimbra adiantou que os 11 restaurantes envolvidos na iniciativa, nos dias 25 e 26 de Feveriro, “entenderam que continua a ser fundamental” realizar o festival, “apesar do preço muito alto” da lampreia, devido à sua escassez no rio Mondego.

O autarca falava aos jornalistas, esta quarta-feira, na sessão de apresentação do Festival da Lampreia, um programa a que se associa também a Confraria da Lampreia de Penacova, liderada por Fábio Nogueira e cujo

XVIII Capítulo vai decorrer no dia 1 de Abril, com a entronização de novos confrades.

“A época da laampreia prolonga-se até Abril”, disse Álvaro Coimbra, destacando ainda a organização de eventos desportivos e culturais que “complementam o programa”.

Com diversos incentivos aos comensais da parte do Município, o objectivo é o de que a época da lampreia leve ao aumento das visitas das pessoas que apreciam o arroz de lampreia e, em geral, a gastronomia e a doçaria tradicional, a paisagem das zonas montanhosas e a proximidade do rio Mondego, além da arquitectura popular, designadamente os moinhos de vento de Penacova.

O reduzido número de lampreias que actualmente sobem

o Mondego e afluentes, a partir do oceano, na Figueira da Foz, foi associado à pesca excessiva, às alterações climáticas e eventuais mudanças no ciclo de vida do ciclóstomo, que há milhões de anos sobreviveu à extinção em massa dos dinossauros.

“As pessoas vão pagar pelos seus erros”, afirmou o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, Emílio Torrão. Em 2022, as lampreias “começaram a entrar no rio no início de Março”, o que permitiu baixar o preço da iguaria nos restaurantes de Montemor-o-Velho, município ribeirinho a jusante de Penacova, ao qual preside Emílio Torrão.

“Temos de nos adaptar à realidade”, acentuou, para sugerir que os concelhos junto ao Mondego diversifiquem os programas ligados à lampreia, incluindo com a introdução nas ementas do chamado “peixe do rio” (barbos, bogas e outras espécies fluviais fritas), por exemplo, uma ideia que foi bem acolhida por Álvaro Coimbra.

O presidente da Câmara de Penacova testemunhou que, há poucos dias, o preço de uma lampreia inteira, com arroz, ascendia a 140 euros numa casa especializada do concelho.

Álvaro Coimbra admitiu que os programas gastronómicos locais, “a manter-se o actual cenário” de falta de lampreias, venham a ser ajustados no futuro, como defendeu Emílio Torrão.

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