Capital
da
Jornal laboratório do curso de Jornalismo do UniBrasil - Centro Universitário
Notícia Curitiba Segunda quinzena de novembro de 2017 Edição IV Foto: Joao Oton.
Zona Leste
FALTA de
SEGURANÇA NO CAJURU
Posto de polícia instalado no bairro deveria ter resolvido o problema dos assaltos, mas número de ocorrências só aumentou. p.5
Foto: Felippe Salles.
Capão da Imbuia é o bairro com menos área verde por habitante p.4
Esta quarta edição do Capital da Notícia Zona Leste, jornal laboratório do curso de Jornalismo do UniBrasil – Centro Universitário, produzido pelos alunos do quarto período, tem como a b o rd a g e m mais uma vez matérias locais envolvendo os bairros Capão da Imbuia, Bairro Alto, Tarumã, Cajuru e Jardim das Américas. Os problemas de segurança e infraestrutura são alguns dos temas expostos nas repórtagens. Fazendo sentido aos nossos objetivos, todos os envolvidos são ouvidos, tanto os moradores, quanto as empresas e instituições têm seu devido espaço, contribuindo para o bom jornalismo. Nossa intenção é informar, discutir e dar voz para a comunidade de cada um dos bairros. Tudo isso com base em um trabalho ético, independente, ágil e de qualidade. Enxergamos que é importante produzir um conteúdo local e de qualidade. Em que ao mesmo tempo seja próximo do leitor. Aquilo que acontece todos os dias e muitas vezes passa despercebido é abordado e destacado pelo Capital da Notícia Zona Leste. Aqui o espaço é totalmente dedicado para as comunidades. Nosso trabalho é amparado pelo desejo de ajudar, buscando ser um aliado para o progresso de cada um dos bairros. Capital da Notícia Zona Leste, informativo que faz jornalismo comunitário
SEGURANÇA
Drogas viram rotina em escolas estaduais no Bairro Alto
Para evitar o problema, diretores de diferentes colégios são obrigados a tomar medidas que controlam a entrada e a saída dos alunos Por Joao Otoni
Foto: Joao Otoni
CAPITAL DA NOTÍCIA 02
EDITORIAL
Alunos deixam de participar das aulas para usar drogas.
Longe dos professores, adolescentes consomem maconha no horário de aula, sem se preocupar com os colegas ou com o resto da sociedade. A cena passou a ser comum em diversas escolas estaduais do Bairro Alto e tem provocado apreensão em pais, alunos, docentes e dirigentes escolares. O estudante J, 17, diz em anonimato que é exatamente isso o que acontece em no Colégio Estadual Pilar Maturana, onde estuda. A ausência de uma ronda escolar mais frequente por parte da Polícia Militar contribuiu para o problema. “A gente se sente inseguro de ir para a escola. Todos os dias eu me deparo com colegas de turma usando drogas em frente ao colégio, sem qualquer preocupação’’. Com o aumento do uso de drogas em frente a várias escolas da região, foram ado-
tadas medidas de precaução e segurança para os alunos. No caso do Colégio Estadual Professor Algacyr Munhoz Maeder, a diretoria passou a regular a entrada e saída dos alunos, a �im de evitar atrasos não justi�icados. “O aluno que chegar 15 minutos atrasado deverá preencher um livro de ocorrência na secretaria. Após isso, seu responsável será informado e questionado sobre o atraso’’, comenta o diretor da escola, Marcos Alves Mello, 51. Um ex-aluno do Algacyr Munhoz, que também não quis se identi�icar, diz que os jovens estão cada vez mais expostos às drogas. Ele foi usuário de maconha por dois anos e diz que teria evitado a substância caso a escola tivesse ações mais incisivas para combater o uso de narcóticos. “A gente vê uma ou outra iniciativa debatendo o assunto, mas o combate nunca é su�i-
ciente e efetivo.” O professor Saulo Costa Silva, 33, mora na esquina do Colégio Cecília Meireles e conta que por muitas vezes se deparou com jovens no lado de fora da escola em horário de aula. “Ao invés de estarem em suas salas de aula, esses jovens pulam o muro e trocam seus estudos por práticas ilícitas, sem nenhuma preocupação com viaturas policiais’’. O Sargento da Polícia Militar Marion Marold, 36, é morador do Bairro Alto há mais de 15 anos. Ele revela que a falta de segurança em escolas da região está sendo controlada através de sistemas de controle e segurança, priorizando colégios mais afetados. “Nós não conseguimos atender todas as escolas, mas temos priorizado as que tem mais reclamação por parte da população”.
Moradores do Cajuru têm di�iculdades para regularizar situação de terrenos
Existem hoje aproximadamente 53 áreas consideradas irregulares no bairro, o que envolve em torno de três mil famílias Por Marieli Prestes Foto: Marieli Prestes.
Os habitantes do Conjunto de Moradias do bairro Cajuru enfrentam há anos problemas com a demora na regularização de seus terrenos e obtenção de escrituras. Em 2016 existiam mais de 200 mil imóveis em situação irregular em Curitiba. Aproximadamente 107 mil não possuíam alvará de construção. Um imóvel pode ser con�igurado como irregular por diversas situações, como construções em propriedades irregulares, invasão de propriedades particulares ou até mesmo com a invasão da construção no asfaltamento. No Cajuru, existem aproximadamente 53 áreas consideradas irregulares, o que envolve cerca de três mil famílias. Vilma dos Santos, dona de casa e também presidente da associação de moradores, reside na região há 39 anos e conta que sofre com a demora para a regularização de seu terreno. “Segundo informações da COHAB, os moradores daqui construíram suas residências em terrenos que ‘invadem’ as ruas. Cada família tem um caso diferente, o que provoca a demora na regularização e traz muitos transtornos para as famílias”. Para resolver o problema
No Cajuru existem em torno de três mil famílias em áreas irregulares.
de casas como a de Vilma, que “invadem” a rua, seria necessário ocorrer uma desafetação, ou seja, uma redução do tamanho do terreno invadido para que as ruas estivessem com suas medidas consideradas dentro dos padrões. Segundo a moradora, órgãos como a Copel e a Sanepar também não estão dentro dos parâmetros nessas residências. “Estamos tentando resolver isso há muito tempo. Em nossa gestão na associação de moradores, estamos levando várias demandas em reuniões na Regional do Cajuru, trabal-
hando em conjunto com eles para tentarmos uma solução”. Há quatro anos, escrituras foram entregues apenas para uma parte dos moradores da região. Porém, muitos moradores que já haviam quitado as suas dívidas com a COHAB ainda aguardam pela entrega de suas escrituras. A reportagem entrou em contato com a COHAB e a assessoria de comunicação e marketing informou que o primeiro trabalho da instituição nos processos de regularização fundiária é levantar a documentação da área ocupada para saber se é pública ou privada. Em seguida real-
izam-se serviços topográ�icos para de�inir a con�iguração da ocupação e, com base nos levantamentos, são elaboradas as plantas dos loteamentos. A continuidade do processo se dá com a identi�icação das famílias, cadastramento dos moradores e numeração das casas. Após aprovada e registrada a planta junto ao município, as famílias assinam um contrato para receberem as escrituras de propriedade, registradas em cartório. Esse documento comprova a posse do morador sobre o lote. Sem o processo de regularização, essas famílias não possuem garantia de permanência em seus imóveis.
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CAPITAL DA NOTÍCIA 03
SOCIAL
Capão da Imbuia é o bairro com menos área verde por habitante
Bairro conta com poucos espaços para atender a população. Moradores reclamam do abandono pela administração em alguns locais. Por Felippe Salles O bairro Capão da Imbuia, que conta com uma população de cerca de 20 mil pessoas, possui apenas uma praça e três jardinetes — locais de área verde semelhantes à praças — além do Bosque, que abriga o Museu de História Natural. As poucas áreas verdes concentram-se na região central do bairro, nas proximidades da Unidade de Saúde Iracema, e uma delas na região leste do bairro, próximo a divisa com a cidade de Pinhais, o Jardinete Professor Rosário Farani, no �inal da Avenida Affonso Camargo. A empresária Leonice Batista, 35, já fez solicitações a prefeitura para que o jardinete passasse por manutenções. “Fiz um monte [de protocolos]. Se você vir em dia de chuva parece uma lagoa”, conta. Nos dias de chuva, há o acúmulo de água parada, que pode propiciar casos de dengue, lembra ela. Entre os pedidos de Leonice está também uma academia ao ar livre. A mais próxima dentro do bairro �ica na Secretaria de Esportes, na rua Pastor Manoel Virgínio de Souza, quase 2 quilômetros de distância. Entretanto, na divisa com Pinhais há uma praça que conta com mais recursos, o que dá a entender que a administração da capital passou a tarefa para o município vizinho. Já a única praça do bairro, a
Foto: Felippe Salles.
CAPITAL DA NOTÍCIA 04
LAZER
Número de lojas com anúncios de venda do ponto aumentou em Curitiba.
Jardinete Rosário Farani Mansur sofre com áreas de lazer deterioradas
Mansueden dos Santos Prudente, ao lado do Bosque do Capão da Imbuia, conta com aparelhos ao ar livre, além de parquinho para as crianças e uma cancha de areia para futebol. Entretanto, a região não é tão tranquila. Enquanto crianças e adultos têm seus momentos de lazer, usuários de drogas compartilham o espaço, que conta ainda com uma escola municipal ao lado. Os outros dois jardinetes, o Guilherme Donatti e Francisca Toni Mathias, que são vizinhos e ficam na rua Nivaldo Braga, possuem parquinhos para as crianças, ou melhor, o que sobrou deles. Em alguns locais, a areia já foi ocupada pela grama. A Organização Mundial da Saúde recomenda que
áreas verdes estejam espalhadas pela cidade, e, consequentemente, pelos bairros. O Capão da Imbuia é o bairro com menor área verde por habitante, 6 m², quando o recomendado é 12 m². A prefeitura através da assessoria de imprensa a�irmou que R$4 milhões já foram gastos neste ano com reparos em praças de toda a cidade, e que não há estudos para implantação de novas áreas no bairro. A Polícia Militar não respondeu a solicitação de informação.
Saúde
Com uma população na faixa dos 35 anos, o Capão da Imbuia segue na tendência de Curitiba em tornarse um dos bairros idosos da cidade. Locais de lazer e
prática de exercícios são importantes para se chegar bem na terceira idade. “A atividade física promove a melhora da composição corporal, a diminuição de dores articulares, aumento da densidade óssea, melhora da utilização da glicose”, a�irma a professora de educação física Isabel Martins, do portal CTEA (Centro de Traumatologia Esportiva e Artroscopia), em um artigo publicado em 2012. Em 2016, a pasta de meio ambiente da cidade contou com um orçamento de R$382 milhões, já em 2017 houve uma queda de R$20 mil. Já os recursos destinados à saúde em Curitiba não sofreram alterações, e conta com cerca de R$1,6 bilhão. A reportagem não conseguiu identificar como o orçamento do ano passado foi utilizado nas duas áreas.
Falta de segurança preocupa moradores do Cajuru Posto de polícia instalado no bairro em 2012 deveria ter resolvido o problema dos assaltos, mas número de ocorrências só aumentou Por Bruna Gazabin Foto: Joao Otoni
O Cajuru é o terceiro bairro mais perigoso de Curitiba, só perde para Sítio Cercado e Cidade Industrial. A cidade tem cerca de 65 homicídios a cada 100 mil habitantes, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Paraná e do IPPUC. No Cajuru, são 22% a mais de assassinatos do que em toda a capital. A realidade do bairro é algo que preocupa os moradores. O comerciante João Tavares, de 41 anos, é proprietário de uma loja de material de construção na região e diz que a situação é muito preocupante. “Tive minha loja roubada duas vezes durante a noite, enquanto estava fechada. Mesmo colocando câmeras e deixando os cachorros soltos, ainda tenho medo que aconteça novamente”, diz. O dono de uma pani�icadora do Cajuru Rogério Cardoso de Oliveira, 63 anos, passou pela mesma situação e reclama que um dos problemas é a falta de investimento dos governantes em áreas que
A Polícia Militar começou um nova operação para inibir crimes na capital
precisam de mais atenção, como a segurança pública. “Já fomos assaltados a luz do dia, com armas. O dinheiro, eu recuperei com meu trabalho, mas o trauma nunca vou esquecer”. Em 2012 foi instalada a décima Unidade Paraná Seguro (UPS), na Vila Trindade, no bairro Cajuru. A iniciativa deveria ter contido a onda de crimes na Rua Trindade, considerada uma das mais perigosas da região. Cinco anos depois, o local continua conhecido por ser perigoso. “O grande problema do
Por dentro dos
BAIRROS
Tarumã e Capão da Imbuia
bairro são as subdrogas, que impulsionam a outros crimes. É feito um policiamento preventivo para que isso não aumente”, a�irma o policial da Rone Moacir Correa. Segundo ele, os assaltos ocorrem mais nas ruas, com atenção especial para os comércios. A Polícia Militar tem o seu serviço de inteligência, através da narcodenúncia (pelo telefone do 181).
Curitiba
Em Curitiba, a média é um roubo a cada 15 minutos, segundo a Secretaria de Se-
gurança da cidade. Dos 9.494 casos de assaltos registrados na capital ano passado, 464 aconteceram no Cajuru. Para tentar aliviar o problema, a PM iniciou a Operação Sinergia, que teve início em agosto e tem o objetivo de inibir crimes na cidade. Por nota, o 20º Batalhão da Policia Militar, localizada no Cajuru, destaca que a população pode contribuir com a polícia repassando informações no momento do crime. Assim, uma equipe pode ir até o local, e levantar imagens, características, placas de veículos ou qualquer outro indício que identi�ique suspeitos. Atualmente, a proteção da população não depende somente de policiais e órgãos de segurança, porque a violência vem crescendo cada vez mais e se tornado um desa�io geral. Os moradores têm de fazer o possível para se ajudar, criando grupos de alerta para enviarem mensagens quando avistarem atitudes suspeitas e também pressionando os governantes para cumprirem devidamente o seu papel.
Projeto Vizinho de Olho
O objetivo deste projeto é promover a integração dos moradores vizinhos para que possam entre si formar um vínculo de cooperação. Informar a equipe sobre qualquer evento suspeito, tais como carros estacionados por muito tempo. Pessoas paradas em frente à residência, pessoas estranhas e assim por diante. Se qualquer ocorrência desagradável ocorrer, o membro deverá informar aos demais para todos estarem em alerta.
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CAPITAL DA NOTÍCIA 05
SEGURANÇA
Feira de Hortifrútis do Capão da Imbuia bene�icia moradores e produtores Preço e qualidade dos produtos são o ponto alto da feira que movimenta os bairros da região leste Por Nycole Soares
A população do bairro Capão da Imbuia está sendo favorecida pelo programa Nossa Feira, da Prefeitura de Curitiba. O projeto tem como objetivo comercializar frutas, legumes e verduras ao preço �ixo de R$2,29 o quilo. Criado em 2014 pela Secretaria Municipal do Abastecimento, o programa visa permitir o acesso da população dos bairros da cidade a produtos de qualidade e com preço baixo. Além disso, o Nossa Feira estimula a agricultura familiar, incentivando a organização de pequenas cooperativas familiares da Região Metropolitana de Curitiba. Os produtos são cultivados por agricultores familiares da Cooperativa Agrícola de Colombo (Cooacol), responsável por dez feiras, e da Cooperativa de Processamento e Agricultura Solidária de São José dos Pinhais (Copasol), que atende cinco feiras. A ação circula por 15 bairros da capital, alternando os dias da semana para cada região. No Capão da Imbuia, a feira
EXPEDIENTE UniBrasil Centro Universitário
Rua Konrad Adenauer, 442, Tarumã, Curitiba – PR - 82821-020 Telefone: (41) 3361-4200
Presidente: Clèmerson Merlin Clève Reitor: Sergio Ferraz de Lima
Foto: Nycole Soares Foto: Nycole Soares
CAPITAL DA NOTÍCIA 06
ECONOMIA
Os produtos são vendidos a preço único de R$2,29 o quilo
acontece às segundas-feiras, das 16h às 21h, na Rua Dra. Juracy Riquelme entre a Rua Frederico Stadler Junior e Rua Clávio Molinari. A Prefeitura de Curitiba fez um trabalho de seleção
Pró-Reitora de Graduação: Lilian Ferrari Coordenadora do curso de Jornalismo: Elaine Javorski (interina) Capital da Notícia - Zona Leste: produto laboratorial do curso de jornalismo do UniBrasil Centro Universitário. Edição de imagens: Repórteres: Amanda Ramos,
das áreas onde o Programa Nossa Feira acontece. É o que diz o assessor de imprensa da Secretaria de Abastecimento, Roberto Couto: “Nós priorizamos regiões que tenham pouco comér-
cio, pouca oferta e que são mais simples, onde a população precisa de acesso a esses alimentos”. O vice-presidente da Associação de Moradores do Capão da Imbuia, Rafael Leitte, a�irma que o projeto é uma das iniciativas mais importantes para o bairro e atinge principalmente o bem estar da comunidade menos favorecida. “O local onde a feira é realizada foi muito bem escolhido, �ica situado na região mais carente do bairro e possibilita que o morador tenha acesso semanalmente”. Os moradores do bairro sentem-se privilegiados pelo suprimento das demandas e entendem a iniciativa como um avanço da região. A relações-públicas Giane Dias, que é moradora do bairro e freqüenta o Nossa Feira desde que foi criado, aponta a repercussão do serviço: “Os produtos são excelentes, tem bastante variedade e é tudo fresquinho, por isso a �ila é bem grande mesmo sem muita divulgação, apenas um vizinho que conta pro outro e assim �icam sabendo da feira”. A feira hortifrúti do Capão da Imbuia mobiliza moradores de diversos bairros vizinhos e a Prefeitura visa a implantação de mais sedes espalhadas por Curitiba.
Capital da Notícia Zona Leste Bruna Gazabin, Felippe Salles, Gabrielle Sversut, Joao Emanoel, Leonardo Gomes, Marcela Detoni, Nycole Soares, Thais Mendes, Yasmim da Silva, Yasmim Ferreira. Diagramação: Amanda Ramos, Joao Otoni e Loenardo Gomes Professor responsável: Rodolfo Stancki. Site: www.capitalzonaleste.wordpress.com
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Novembro | 2017