Capital da Notícia - Zona Leste #17

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EDIÇÃO ESPECIAL IMPRESSA

CAPITAL DA NOTÍCIA ZONA LESTE

Ciclistas reclamam da falta de ciclovias no Capão da Imbuia

Jornal laboratório do curso de Jornalismo do UniBrasil - Centro Universitário

Curitiba - Janeiro de 2018


EDITORIAL

Capão da Imbuia: Ajude seu bairro

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Cuidar do bairro é tarefa de todos, e é fundamental para uma boa condição de vida em comunidade. Se a população zela pelo lugar em que vive em conjunto, os resultados, mesmo que mínimos, serão percebidos de forma ampla. Um ponto a ser ressaltado é que para esse tipo de participação ocorrer, os moradores do bairro devem manter uma boa relação com o próximo. É importante valorizar a convivência entre vizinhos, pois juntos são mais eficazes na manutenção da comunidade. E a fim de fomentar este discurso, há algumas possibilidades de como ampliar a convivência no bairro. Um exemplo é o Conselho Comunitário de Segurança, o Conseg, que acontece no Capão da Imbuia uma vez ao mês, com o objetivo de estreitar os laços entre os moradores da região e os órgãos de segurança pública. Nas reuniões, a população pode fazer sugestões, críticas, denúncias e propor estratégias para alcançar medidas que melhorem a segurança do bairro. Ainda, existem grupos no Facebook e Whatsapp que incentivam a comunicação de todos os membros do bairro. Dentro deles, os moradores podem informar aos vizinhos quando é visto algum suspeito

pelo bairro, quando aconteceu algum furto ou acidente, divulgação do seu negócio local e até mesmo avisar quando animais foram perdidos ou encontrados. Tais grupos servem para fomentar a união e interação da comunidade, fazendo com que todos possam publicar e ler informações sobre o local e tenham contatos com pessoas que podem morar do outro lado do bairro. Desta forma, qualquer morador pode acessar as informações. Além de todo esse benefício, essa interação pode influenciar e movimentar o comércio local. Com a divulgação em redes sociais, fica mais fácil de encontrar lojas e conveniências de toda a região, podendo até divulgar estabelecimentos desconhecidos por moradores, e estimular a compra no próprio bairro ao invés de se deslocarem para outros lugares para conseguir um determinado produto. Cuidar do bairro é também ajudar no comércio local, pequenas atitudes podem valorizar o trabalho e fazer com que se cresça à procura por mercadorias e girar a economia regional. A qualidade de vida dos moradores do Capão da Imbuia não depende apenas dos representantes legislativos, mas sim da boa convivência dos moradores, liga-

dos ao bem social, como por exemplo o bem estar do bairro,o plantio de árvores, criação de recreação, paisagismo, afinal, o bairro Capão da Imbuia não contém muita área verde. Por esta razão, o incentivo de hábitos mais saudáveis para o bairro é algo que necessita relevância. É necessário investir em projetos que vão ao encontro de entretenimento e qualidade de vida. É comum vermos bairros com pouca área verde, sem recriações, porém, por meio de infraestrutura e de novas ações conjuntas dos moradores, é possível mudar esse cenário para melhor.

EXPEDIENTE UniBrasil Centro Universitário

Rua Konrad Adenauer, 442, Tarumã, Curitiba – PR - 82821020 Telefone: (41) 3361-4200 Presidente: Clèmerson Merlin Clève Reitor: Sergio Ferraz de Lima Pró-Reitora de Graduação: Lilian Ferrari

Coordenadora do curso de Jornalismo: Maura Oliveira Martins. Capital da Notícia - Zona Leste: produto laboratorial do curso de jornalismo do UniBrasil Centro Universitário.

Editores e repórteres: Anna França, Beatriz Jarzinski, Carolini Déa, Fernanda Facchini, Gabriela Carsten, Letícia Pereira, Matheus Ribeiro, Maria Coelho, Vittoria Catarina. Professor responsável: Rodolfo Stancki.

Site: capitalzonaleste. wordpress.com/ Facebook:/jornalcapitaldanoticia Instagram:/Zonalestecuritiba Dúvidas e sugestões: jornalismo@unibrasil.com.br Material integrante da disciplina de Redação Jornalística IV.


CIDADANIA Foto: Maria Coelho

03 Roberto Moreira, líder do grupo Pedal Cajuru.

Ciclistas reclamam da falta de ciclovias no Capão da Imbuia Região tem apenas uma ciclovia que passa no entorno do bairro Por Maria Coelho O Capão da Imbuia possui três quilômetros de ciclovias nas principais rotas viárias nos limites com os bairros vizinhos Cajuru, Cristo Rei, Tarumã e Bairro Alto. Segundo o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), a estrutura atual atende à demanda do bairro. Mas essa não é a opinião dos ciclistas da região. Para Roberto Moreira, do Pedal Cajuru, faltam ciclovias. Segundo ele, as existentes foram feitas há mais de 20 anos. O ciclista sugere: “poderia ter ciclovia na Rua Leopoldo Belzack, na Paulo Kissula próximo à divisa com Pinhais e Vilas Oficinas, e também seria muito impor-

tante a manutenção das atuais, pois estão com buracos e muitas raízes”. Além da questão estrutural, Moreira afirma que não se sente seguro pedalando no bairro e diz que o problema é a “falta de respeito dos motoristas pelos ciclistas, principalmente dos motoristas de ônibus.” Márcia Andrade, doutora em Engenharia de Transportes, afirma: “o uso da bicicleta melhoraria o fluxo do bairro pois diminui a demanda de veículos particulares que usam pequenos deslocamentos, incentivando o uso do modal que é sustentável e saudável”. Além disso, Márcia ressalta que é preciso adequar o bairro an-

tes de incentivar o uso das bicicletas. “Para isso é preciso infraestrutura adequada e segura”. O IPPUC aponta que a construção de novas estruturas cicloviárias na cidade tem como prioridade a intermodalidade, de forma que favoreça a integração do transporte público aos demais modais. A região do bairro Capão da Imbuia conta com projetos para a melhoria da eficiência do transporte público. Entre eles, há um estudo para o terminal Capão da Imbuia, que deverá receber a futura linha do Ligeirão LesteOeste. Desta forma, o IPPUC ainda ressalta que os estudos e a

definição sobre a implantação de novas estruturas cicloviárias deverão acompanhar o desenvolvimento da infraestrutura de transporte, tanto na região quanto na cidade como um todo. O instituto apenas tem previsão de um aumento da malha cicloviária em outras regiões mais centrais da cidade. Roberto Moreira cobra mais envolvimento da segurança pública e finaliza: “se pedestres, ciclistas e motoristas tivessem mais consciência, respeito e educação uns pelos outros, as coisas seriam melhores”.


CIDADANIA

Foto: Fernanda Facchini

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Capão da Imbuia é um dos bairros menos arborizados da cidade

Organização Mundial da Saúde sugere que existam no mínimo 12 metros quadrados de área verde por habitante Por Fernanda Facchini No Capão da Imbuia, a quantidade de áreas verdes, conforme dados do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), é de aproximadamente 11,55 metros quadrados por morador, ou seja, menos que o mínimo sugerido para a população da região. Apesar de Curitiba ser a quinta cidade mais arborizada do país, um terço dos bairros ainda está abaixo do recomendado. Isso pode acarretar em problemas no solo, no ar e doenças pulmonares nas pessoas que moram na região. A moradora Marília Scorsin tem netos e se preocupa com a poluição a qual as crianças estão suscetíveis. “As

crianças e também os adultos precisam de espaços verdes tanto para lazer quanto para a saúde para poder praticar atividades físicas, por exemplo”. E complementa: “sinceramente, aqui não existem muitos lugares com árvores e os que existem são pequenos. A única exceção é o Museu Nacional que tem horários exclusivos de funcionamento”. Em contato com a assessoria da Prefeitura, foi alegado que a cidade, de uma forma geral, é arborizada e não foi nos notificado qualquer possível projeto de plantio ou arborização no bairro ou região próxima. O engenheiro ambiental Alexandre Franco Tetto, professor

da UFPR, explicou a importância da conscientização sobre o tema. “Os espaços verdes, áreas naturais protegidas no ambiente urbano, são importantes na manutenção da qualidade do ar, da biodiversidade, do microclima, da paisagem, dos serviços ecossistêmicos em geral. Além de serem muito utilizados para a recreação”. Para o professor, deveria haver projetos do município para o aumento das áreas verdes nesses bairros, criando condições para a melhoria do clima: “paralelamente à criação de áreas naturais protegidas, há a necessidade de se atuar nas áreas de preservação permanente urbanas (margens

de rios) e na arborização de ruas, criando uma malha verde urbana. Outro ponto que Tetto discute é a reabertura de rios canalizados no passado, o que proporcionaria uma melhoria do clima da região, com redução da amplitude térmica, por ser a água um regulador do clima, em função do seu calor específico. Essa malha poderia beneficiar o Capão da Imbuia de várias maneiras, como proteger a erosão do solo, a vegetação,e reduzir a amplitude térmica, que é a diferença entre a temperatura máxima e a mínima do dia, atuar na umidade relativa do ar e reduzir a poluição sonora.


Foto: Carolini Déa

ECONOMIA

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Comerciantes cobram maior apoio e menos burocracia por parte da Prefeitura Segundo eles, existem muitas taxas a serem pagas pelos comerciantes e produtores Por Carolini Déa Desde 2010 a Prefeitura de Curitiba busca trazer alimentos mais saudáveis e baratos para a mesa dos moradores. Iniciativas como o Nossa Feira, Sacolão da Família e a Feira de Orgânicos trazem mercadorias mais baratas e produzidas por pequenos agricultores da Região Metropolitana. O agricultor Edvino Fila mora na cidade de Araucária e trabalha no Mercadão Cajuru aos sábados e domingos há 19 anos. Segundo ele, apesar do aluguel ser caro, o comércio ainda é lucrativo por ser venda direta ao cliente, não passando por um atravessador. Fila vende produtos da estação a preços de mercado, mas lem-

bra que o valor tende a aumentar em épocas chuvosas o que dificulta a concorrência com os mercados normais e diminui o lucro. Para ele, a maior dificuldade é a falta de um agrônomo disponibilizado pela Prefeitura “às vezes temos problemas com doenças nas verduras e precisamos pagar um agrônomo para ver o que está acontecendo. Se a Prefeitura ofertasse um gratuitamente, facilitaria muito para nós”. Já o agricultor Elias Gurski trabalha em quatro locais diferentes vendendo produtos orgânicos. Segundo ele, as verduras feitas sem agrotóxicos são mais caras por causa do

investimento de produção, o grande risco de perda e a mãode-obra totalmente artesanal. Além disso, ele alega ter muita burocracia no processo feito pela Prefeitura, já que para conseguir fazer parte da feira, o comerciante precisa passar por licitação. “Dependendo do local acaba sendo muito caro para que a gente consiga um ponto, pagamos um imposto para poder usar o local. Nesses aspectos a Prefeitura poderia ajudar e cobrar menos de nós.” reclama. Luis Mikosz, Chefe da Unidade de Abastecimento, diz que a oferta de alimentos orgânicos no Mercado aumentou devido a procura da população, se-

gundo ele muitos clientes vêm de fora do bairro para comprar, o que acaba movimentando a economia local. Sobre as reivindicações dos agricultores ele esclarece que a Secretaria oferece um agrônomo gratuitamente para produtores da cidade de Curitiba. “Se ele for da região metropolitana, não é com a gente, e sim na Emater do município que vai fornecer o serviço.” Já sobre as taxas, ele comenta que o preço de contas básicas é pago pela Prefeitura e depois repassado aos agricultores. “Não tem como a Prefeitura arcar com tudo, já que eles também estão lucrando. Não podemos privilegiar alguns munícipes”, finaliza.


CIDADANIA

Foto: Anna França

06 Apesar dos problemas, o bosque possui natureza exuberante é uma boa opção de entretenimento para as famílias do bairro.

Bosque Irmã Clementina segue abandonado por órgãos públicos Criado em 2008, o bosque sofre com problemas de infraestrutura, vandalismo e sujeira Por Anna França O bosque Irmã Clementina foi criado pela Prefeitura de Curitiba em 2008 com o propósito de melhorar a qualidade de vida dos moradores do Bairro Alto. Mas logo após sua criação, foi negligenciado pelos órgãos públicos. E 10 anos depois, segundo frequentadores, pouca coisa mudou. O bosque poderia ser fonte de entretenimento para a comunidade e para as famílias que residem em localizações vizinhas ao bairro, visto que é a única área verde nesta região. Mas o lugar se tornou uma fonte de problemas. Com mais de 24.200 metros quadrados, o espaço conta com pista para caminhada, academia ao ar livre, parque para crianças, além de murais que homenageiam escri-

tores paranaenses. Mas constantemente esse patrimônio é depredado. O bosque sofre com problemas de sujeira, infraestrutura, além da ação de vândalos. No último mês de setembro, murais foram pichados, bancos quebrados e até roubados. A aposentada Luiza Maria, 70, é frequentadora assídua do parque e aponta que falta atenção por parte dos responsáveis pelo espaço. “Atualmente, a Prefeitura tem estado mais presente. Mas mesmo assim os responsáveis por reparos ficam mais de duas semanas sem aparecer por aqui. Nesse meio tempo, lâmpadas queimam, sujeira se acumula e isso prejudica o bosque. E também existe um problema sério de segurança.” Luiza ainda diz que

o bosque precisa ser mais valorizado pelos próprios moradores. Para o presidente da Associação Amigos do Bosque Irmã Clementina, Maurício César Cruz, outro fator que prejudica o bosque é a falta de conscientização dos frequentadores. “Junto à associação, conseguimos algumas melhorias. Mas ainda assim, temos outras reivindicações, por exemplo, que placas educativas sejam implantadas no bosque. Essa conscientização é importante, pois muitas crianças e adolescentes frequentam o espaço”, pontuou. Maurício ainda explicou que atualmente é o único responsável pela associação. “Gostaria de fazer mais pelo bosque, mas como não sou o responsável

legal não posso fazer muita coisa. Há cinco anos estou tentando adotar o bosque na justiça”, concluiu. A Prefeitura de Curitiba disse, por meio de nota, que o bosque Irmã Clementina não está abandonado e que recebe reparos menais dentro da programação de manuntenção de espaços públicos. Em 2017, o bosque passou por revitalização, feito em conjunto pelas secretarias do Meio Ambiente e de Obras Públicas. Porém a área é alvo de constante vandalismo. Os frequentadores em caso de urgência podem acionar o serviço de patrulha da Guarda Municipal através do número 153.


ESPORTE Foto: Amanda Koiv

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Preparação física e concentração: patinar é um hobbie saudável Ginásio Tarumã está com uma ação gratuita para incentivar a prática do esporte Por Amanda Koiv A patinação, além de ser um hobbie dos mais antigos, tornou-se uma ótima opção para adultos e crianças que buscam sair do sedentarismo, reduzir o risco de morte prematura e prevenir doenças cardíacas, diabetes, pressão alta, ansiedade e sentimentos de depressão. A prática pode ser considerada um exercício aeróbico, pois usa oxigênio na geração de energia dos músculos. Esse exercício engloba vários grupos musculares e por ser trabalhado de forma rítmica, é também um aliado eficaz na queima de gorduras, quando associado a uma boa alimentação. Em Curitiba, existe uma série de locais apropriados para a prática do esporte: RaceRoller, Par-

que Barigui, Pista do Gaúcho, Bondie’sroller, entre outros. No entanto, todos são fora da zona leste. Recentemente, o Ginásio Tarumã propôs uma iniciativa, cedendo espaço gratuito e a presença de um instrutor para auxiliar os praticantes. O grupo “Bora Patinar CWB” realiza os encontros nas noites de terças e quintas feiras, das 19h às 22h, e reúne pessoas de todas as idades. A única ressalva é que é preciso ter o seu próprio equipamento para participar. Para os moradores do Tarumã e praticantes da patinação, o espaço disponibilizado pelo ginásio junto à presença de um professor é uma ótima oportunidade de incentivo ao esporte na região, que carece de locais apropriados para andar

de patins. Emerson Lima, 36, integrante do grupo “Bora Patinar CWB”, define os encontros como “uma boa diversão ao lado de bons amigos”. Além disso, Lima fala sobre a importância da iniciativa para o local, que passou a ser mais movimentado não apenas por atletas, mas pela comunidade. “Algumas pessoas que frequentam os encontros nunca tinham conhecido o espaço e nem sabiam que era público”, comenta. Quem curte patins ou quer fazer uma atividade recreativa casual, não precisa mais se deslocar para outros lugares. Curitiba conta ainda com grupos como o “Roller Night”, criado em 2011 pelo patinador profissional Djeison Ristow, 33, com o intuito de reunir os

amantes de patinação urbana e fazer um “rolê” pela cidade. “O evento é de todos e feito para proporcionar uma experiência única sobre rodas”, declara. Ricardo Purccino, 27, professor de Educação Física, reforça que “de acordo com a área médica, a patinação está em terceiro lugar no ranking de atividades físicas que mais melhoram ou mantêm o condicionamento físico e o bem-estar geral”, e sugere a prática como um esporte democrático, pois pode ser praticado ao ar livre, sozinho ou em grupo e é ótimo para todas as idades.


NOTAS

Rede Esperança no bairro Capão da Imbuia 08

A Rede Esperança foi inaugurada em 22 de agosto de 1993. A instituição trabalha sem fins lucrativos. E tem como objetivo formar profissionais e cidadãos com valores para construir um mundo melhor, mais solidário e unido através dos programas gratuitos de formação profissional e humana. O programa que foi fundado há 25 anos atrás por algumas famílias italianas, com o intuito de oferecer condições de vida mais digna aos adolescentes e jovens de baixa renda do Brasil, desta forma formando a Rede Speranza. As ações no Brasil contam com quase 13.000 pessoas capacitadas profissionalmente, com aproximadamente 200 empreendimentos construídos e milhares de famílias que se beneficiaram e se beneficiam com o atendimento psicossocial do programa e da formação que é ensinada. ​A Rede Esperança conta com projetos de Jovem Aprendiz que acompanha jovens para o mercado de trabalho, cursos profissionalizantes e ações para a comunidade. O programa Rede Esperança atende também no bairro Capão da Imbuia, na Rua Nicácio Riquelme, 192.

Foto: Reprodução do Facebook.

Uma figura importante para o Capão da Imbuia

Foto: Reprodução do Facebook.

Rafael Leite, 37, morador do bairro Capão da Imbuia é casado e tem dois filhos. Funcionário da Sanepar desde 2002, atua no bairro por meio de manutenções de sistemas da região. Além de servidor público, Rafael é formado em Engenharia Elétrica e atua como educador em cursos técnicos no Centro Estadual de Educação Profissional de Curitiba (CEEP). O engenheiro atua no bairro a fim de atender as demandas da população, principalmente solicitando obras de infraestrutura para o bairro. Além disso, tem como objetivo ser um representante do bairro na Câmara Municipal, a fim de obter recursos para o bairro e região, atuando em conjunto com a Secretária de Obras e a Regional. Seu foco seria fiscalizar as obras do executivos junto a assessores qualificados. Além disso, Rafael também é um participante ativo do Conselho Comunitário de Segurança do bairro, o Conseg, levando as demandas da população. Atualmente tem quatro pedidos registrados na prefeitura para melhorias na infraestrutura do bairro. Também já atuou na diretoria da associação de moradores.


Foto: Giovanna Sperotto

ESPORTE

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Museu memorial esportivo do Paraná ocupa Ginásio do Tarumã O espaço recém-inaugurado reúne documentos, fotos e objetos de atletas Por Giovanna Sperotto A patinação, além de ser um hobbie dos mais antigos, tornou-se uma ótima opção para adultos e crianças que buscam sair do sedentarismo, reduzir o risco de morte prematura e prevenir doenças cardíacas, diabetes, pressão alta, ansiedade e sentimentos de depressão. A prática pode ser considerada um exercício aeróbico, pois usa oxigênio na geração de energia dos músculos. Esse exercício engloba vários grupos musculares e por ser trabalhado de forma rítmica, é também um aliado eficaz na queima de gorduras, quando associado a uma boa alimentação. Em Curitiba, existe uma série de locais apropriados para a práti-

ca do esporte: RaceRoller, Parque Barigui, Pista do Gaúcho, Bondie’sroller, entre outros. No entanto, todos são fora da zona leste. Recentemente, o Ginásio Tarumã propôs uma iniciativa, cedendo espaço gratuito e a presença de um instrutor para auxiliar os praticantes. O grupo “Bora Patinar CWB” realiza os encontros nas noites de terças e quintas feiras, das 19h às 22h, e reúne pessoas de todas as idades. A única ressalva é que é preciso ter o seu próprio equipamento para participar. Para os moradores do Tarumã e praticantes da patinação, o espaço disponibilizado pelo ginásio junto à presença de um professor é uma ótima oportunidade de incentivo ao es-

porte na região, que carece de locais apropriados para andar de patins. Emerson Lima, 36, integrante do grupo “Bora Patinar CWB”, define os encontros como “uma boa diversão ao lado de bons amigos”. Além disso, Lima fala sobre a importância da iniciativa para o local, que passou a ser mais movimentado não apenas por atletas, mas pela comunidade. “Algumas pessoas que frequentam os encontros nunca tinham conhecido o espaço e nem sabiam que era público”, comenta. Quem curte patins ou quer fazer uma atividade recreativa casual, não precisa mais se deslocar para outros lugares. Curitiba conta ainda com grupos como o “Roller Night”, cria-

do em 2011 pelo patinador profissional Djeison Ristow, 33, com o intuito de reunir os amantes de patinação urbana e fazer um “rolê” pela cidade. “O evento é de todos e feito para proporcionar uma experiência única sobre rodas”, declara. Ricardo Purccino, 27, professor de Educação Física, reforça que “de acordo com a área médica, a patinação está em terceiro lugar no ranking de atividades físicas que mais melhoram ou mantêm o condicionamento físico e o bem-estar geral”, e sugere a prática como um esporte democrático, pois pode ser praticado ao ar livre, sozinho ou em grupo e é ótimo para todas as idades.


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