Capital da Notícia
ZONALESTE Edição 04 – 31 de março de 2008
Jornal laboratório do curso de Jornalismo da UniBrasil
BAIRROALTOCAJURUCAPÃODAIMBUIATARUMÃPINHAIS BAIRROALTOCAJURUCAPÃODAIMBUIATARUMÃPINHAIS
TAXA ANTI-
ROUBO
Foto: Dennis Julian Chyla
Comerciantes pagam a ladrões para não ter o estabelecimento roubado
Dono de estabelecimento comercial da Vila Trindade, no Cajuru, revela que o preço cobrado é de aproximadamente R$ 800 mensais. Outro comerciante que tentou denunciar a chantagem teve o filho agredido. Os moradores reclamam que além de pagar impostos têm que desembolsar “uma grana a mais” para ter segurança. O bairro é um dos mais violentos da capital. O número de homicídios desde o início do ano equivale ao de Pinhais.
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Foto: Lucas Rufino
Sorte e azar sob os refletores do Jockey Club O Sol da Toscana iluminou as apostas na noite da última sexta-feira, no Tarumã. Foram dez provas em pista seca, que contaram com as ilustres corridas de Spider Man, Rock River, Emma Bovary, entre outros competidores. Na platéia, sempre há espaço para sorte de principiante, palpites infundados e um pouco de encanto - que justifica o dinheiro, os gritos de incentivo e a presença modesta do público. • Pág. 05
Depredação de prédio do DER custa R$ 3,6 mil aos contribuintes Pág. 07
Pinhais
Capão da Imbuia
O novo templo da Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança está em obras há quase uma década. A previsão da conclusão da reforma é apenas para 2010. Construída em 1927, tem grande importância entre os fiéis do município. Em 2002, um abaixo-assinado feito pelos moradores considerou a igreja como patrimônio histórico e cultural da cidade. • Pág. 08
O comércio de acesso à internet anda mais concorrido, existem pelo menos cinco casas do ramo no bairro. A média é de 30 usuários por dia e os preços ficam em R$ 1,50 ou R$ 2,00 a hora. Tem lan house que fica aberta até no domingo. Outra opção é o Farol do Saber, que oferece acesso grauito à rede mundial de computadores. • Pág. 07
Estado pode destinar verba de publicidade para jornais de bairro Pág. 03
02 | CAPITAL DA NOTÍCIA - ZONA LESTE
Nesta edição do Capital da Notícia Zona Leste (CNZL), os estudantes do quarto período do curso de Jornalismo da UniBrasil pautam em diferentes aspectos temas de interesse público. Ultrapassada a fase inicial do jornal, de adaptação às rotinas de produção, o material entregue semanalmente começa a ganhar o perfil de abordar em maior escala fatos que fazem diferença à vida coletiva. Entram aí o necessário e urgente debate sobre segurança pública, o conhecimento de quanto nos custa a depredação do patrimônio público, a transparência na destinação do dinheiro do (e)leitor, e as condições de acesso ao mundo da informação – que passam, em grande medida, pela concretização das repetidas promessas de uma cidadania eletrônica. Não por acaso, a sugestão do Especial é uma opção cultural gratuita. Uma boa e plural leitura!
erramos
Caros leitores
Informamos que há dois erros na edição passada do Capital da Notícia Zona Leste. A coluna ombudsman foi escrita pelo professor de Ética no Jornalismo, Luiz Alberto Kuchenbecker Pena. A foto inferior da capa é de José Rodrigues Silva Neto. A todos, nosso sincero pedido de desculpas pelos equívocos.
Crônica Bom dia, Curitiba Parabéns! Parabéns! Acordo de manhãzinha e ao abrir o jornal diário me deparo com uma das principais manchetes que dizia assim: “Comemorações dos 315 anos de Curitiba estão por começar”. Olho no calendário (aqueles com imagens de Jesus) que ganhamos de padarias ou açougues e percebo que o dia 29 de março (aniversário da cidade) está perto. Que coisa boa, já fico imaginando quantas atividades diferentes estão sendo programadas para um dia tão especial. Tamanha é a curiosidade sobre tal manchete que resolvo pesquisar um pouco mais a história desses 315 anos, dos quais partilho quase dois apenas. Sites e mais sites repletos de informações, resolvo parar em um que contava a história bem no começo. Falava das terras onde a famosa araucária predominava e era habitada pelos tupis-guaranis, responsáveis pelo nome Curitiba (Curii Tiba, que pode ser traduzido como pinheiral). Perco boa parte da minha manhã lendo sobre a interessante história e tudo o que contribuiu para o crescimento da cidade, desde as minas de ouro nos primórdios da colonização portuguesa até a instituição da pequena vila à categoria de cidade, em 1842. Convém aqui fazer uma ressalva que me deixou muito feliz ao saber. No dia 26 de julho de 1854, a então cidade de Curitiba se torna capital do Paraná. No mesmo dia, 132 anos depois, seu Ricardo e dona Alice, respectivamente meu pai e minha mãe, lá em Itajubá no estado de Minas Gerais, a 670 quilômetros de Curitiba, vêem o nascimento do seu segundo filho: eu! Senti-me fazendo parte da história, e de certa forma, contribuindo com ela. Meus pensamentos são interrompidos por um cuco rouco que insisto em manter na cozinha, acho que porque é presente de casamento dado pela minha falecida avó. Confesso que já poderia ter dado fim àquela cantoria rouca pela manhã, mas algo me diz que ainda não é hora! Superstição? Não sei. Enfim, já são quase dez da manhã e eu preciso ir para o trabalho porque já estou atrasado. No caminho começo a prestar atenção nas pessoas, nos monumentos históricos, nas praças, e em tudo mais. O dia era de reconhecimento das particularidades de cada coisa que contribui para a história da cidade. Mas na verdade meu pensamento se direciona à apenas uma indagação. E aquele bolo de 314 metros distribuído no dia do aniversário? Será que esse ano eu consigo um pedaço? Douglas Luz
OMBUDSMANOMBUDSMANOMBUDSMAN
Editorial
31 de MARÇO de 2008
Jornalismo no caminho e na tentativa da experimentação Pa ra abr ir a discussão, é essencia l louva r a presença da coluna do ombudsma n no Capita l Zona L este: trata-se, acima de tudo, de um exercício de prática de leitura jor na lística, que oferece fer ra mentas pa ra que os leitores possa m efetivamente cobra r ma is de seu jor na l. Pa ra inicia r a discussão, cabe aqui ressa lta r a perspica z obser vação (não creditada!) do professor Luiz A lber to Kuchenbecker, ombudsma n da edição passada, ao dizer que “um jor na l democrático não pode simplesmente abr ir mão do contraditór io”. Ta l prem issa é válida não apenas pa ra os fatos relatados, mas ta mbém pa ra o retrato das pessoas consultadas. Na repor tagem e entrev ista com “Dona Nilza, a mãe de todos”, o tom pr iv ilegiado na na r rativa aprox ima-se da coluna socia l, ao descrever a presidente da Associação das Mulheres do Ba ir ro A lto pelas ca racter ísticas “per feccionismo, ca r isma, disciplina e pura simpatia”. A constr ução da personagem é t ão rasa que chega mos a duv ida r que ela ex ista. Cabe ao jor na lismo traba lha r com a complex idade das personagens que aborda – mesmo que sua rea lidade seja (e sempre é) contraditór ia e multi facetada. Da mesma for ma, a entrev ista assume tom de assessor ia de imprensa da citada associação, dei xa ndo de funciona r como diálogo, o que resulta r ia em perguntas ma is incisivas, elucidativas, capa zes de gera r – por que não? – o con fronto com a fonte. Na repor tagem “População ava lia impacto do binár io”, há um esforço ex plícito na busca da plura lidade de vozes (essencia l ao jor na lismo), e o repór ter ev idencia o contato com vár ias fontes popula res que se dispõem a ava lia r os resultados de uma obra no Cajur u. A matér ia tem como inusitada quest ão a quebra da máx ima “good news is bad news” – ou seja, uma notícia nem sempre se preocupa com os ‘maus acontecimentos’, e o sentido pr iv ilegiado pela fa la das fontes (a inda que haja dissenso) é positivo em reação às obras do gover no. Cur iosa mente, ta lvez fosse proveitoso ta mbém consulta r as fontes oficia is, que costuma m ser ex ploradas de for ma exaustiva no jor na lismo diár io. Causa estra n ha mento a forma lidade com que apenas uma das fontes é tratada, o sen hor Ma rcos (os outros não merecem esse trata mento?). Por fim, há uma pista interessa nte na fa la do comercia nte A ir to: ta lvez o Capita l Zona L este pudesse, daqui a um a no, rea liza r suíte da repor tagem pa ra ver i fica r de for ma ma is completa os impactos desse processo. Já a dupla de repór teres especia is segue brava mente seu “passeio” pela Zona L este, tra zendo retratos dos ba ir ros enfocados pelo Capita l. A repor tagem da sema na, “Plasma pa ra aguenta r a espera”, apresenta interessa nte ex per iência de obser vação e redação jor na lística (comprova ndo que jor na l tradiciona l ta mbém a r r isca em estilo na r rativo). Há um ava nço em relação ao texto da sema na a nter ior, que não contin ha qua lquer entrev ista. Ser ia opor tuno pa r tir do exercício de obser vação pa ra tor na r-se, efetiva mente, repor tagem jor na lística (que é como, a liás, o texto se a nuncia). Va le lembra r que a presença de fontes em um texto se ex plicita mesmo que não haja rem issão direta às suas fa las. Uma incongr uência ev idente na edição ta lvez seja a estrondosa cha mada de capa, que não condiz com o ta ma nho – e aprofunda mento – da repor tagem sobre o Pinheirão. De modo gera l, os repór teres poder ia m ser ma is cr iativos e ev ita r o abuso das ‘muletas’ que são os verbos decla rativos ta ntas vezes (ab)usados no jor na lismo convenciona l. São pessoas e ma is pessoas que não pa ra m de ‘comenta r’, ‘a fir ma r’ e ‘conta r’ coisas. Maura Ma r tins Professora e Coordenadora do curso de Jor na lismo Previsão do tempo para a semana
Seg 31/03
Ter 01/04
Quar 02/04
Quin 03/04
Sex 04/04
Sab 05/04
Dom 06/04
15/22º 16/24º 16/21º 14/22º 14/22º 14/23º 15/24º Encoberto
Pancadas
Pancadas
Pancadas
Pancadas esparsas
Parcialmente nublado
Pancadas
• Fonte: canaldotempo.com
EXPEDIENTE: O jornal Capital da Notícia Zona Leste é uma produção semanal dos estudantes do 4° período noturno do curso de Jornalismo da UniBrasil. O jornal circula nos bairros Tarumã, Capão da Imbuia, Cajuru, Bairro Alto e no município de Pinhais. A coordenação é do professor Msc. Rafael Schoenherr. O projeto gráfico foi criado por Adriano Valenga Carneiro. Contamos com um Conselho Editorial fixo, formado pelos professores Felipe Harmata Marinho, Paulo Camargo, Ana Melech, Thayz Poletto, Sandro Juarez e Luiz Alberto Kuchenbecker. A partir desta edição, lembraremos que também participam como conselheiros os professores Victor Folquening e Maura Martins, sempre atentos e dispostos a conversar sobre o que produzimos. Também nos auxiliam gentilmente os jornalistas convidados Gladson Angeli (Gazeta do Povo Online) e Joelma Ambrózio (Ciranda). A coordenação do curso é da professora Msc. Maura Martins. Contatos podem ser feitos pelo telefone 3361-4259 ou pelo email capitalzonaleste@unibrasil.com.br. Nossa circulação é direcionada e, por isso, imprimimos semanalmente 600 exemplares.
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31 de março de 2008
bairro alto
Projeto de lei beneficia jornais de bairro O projeto de lei que dispõe sobre a divulgação de publicidade oficial em jornais de bairros e alternativos foi aprovado, no dia 19, pela Assembléia Legislativa do Paraná. A proposta do deputado estadual Edson Strapasson (PMDB) tem como objetivo dar condições aos pequenos jornais de continuar circulando, e assim, levar informações relevantes a um grande número de leitores, quase sempre distribuídos por regiões, bairros ou segmentos sociais dos mais variados. A iniciativa defende que, a rigor, a democratização dos meios de comunicação requer o fortalecimento dos veículos independentes e de circulação mais restrita, promovendo assim o legítimo, justo e saudável contraponto à grande imprensa e aos monopólios de linhas editoriais, o que, em suma, significa fundamentalmente a essência da liberdade de opinião e de comunicação. A determinação do projeto é de que no mínimo 10% do total da verba de publicidade oficial do Estado seja destinada para a divulgação na imprensa escrita regional. Segundo a assessoria de imprensa do deputado, o projeto recebeu uma emenda, apresentada pelo deputado Marcelo Rangel (PPS), determinando que os jornais interessados em veicular a publicidade do Estado sejam cadastrados junto ao órgão competente, com no mínimo um ano de credenciamento e mediante a comprovação de circulação ininterrupta por dois anos. Para que os
Foto: Daiane Strapasson
Verba de publicidade oficial do Estado pode ser destinada a pequenos periódicos
Proposta do deputado Edson Strapasson (PMDB) foi aprovada em Assembléia no dia 19 e agora aguarda sanção do governador.
proprietários dos jornais possam receber as publicidades é preciso comprovar que os periódicos possuem circulação dirigida a regiões, municípios e bairros, ou ainda segmentos específicos da sociedade, bem como uma tiragem de no mínimo 5 mil exemplares. Divulgação do Governo? Segundo o responsável pelo Jornal do Bairro A lto, Ângelo Garbossa, se o projeto for realmente levado a sério pelos parlamentares é uma forma do Governo do Estado estar presente nos bairros e a população tem o dever de fiscalizar as
ações dos políticos. “Dessa forma, a população vai poder reclamar, protestar e dar sugestões sobre os problemas do bairro e o político vai ficar sabendo através do nosso jornal”, explica. Outra preocupação de Garbossa são os vários jornais que entram em circulação nos bairros na época de eleições e sobre o destino da verba que muitas vezes fica nas mãos de veículos impressos produzidos pelas próprias prefeituras. Ele diz que o Jornal do Bairro A lto não está ligado a nenhum partido político e que o periódico está aberto a quem quiser trazer benefícios ao
bairro. Possui uma tiragem de 13 mil exemplares por mês que são entregues nas casas - em 130 meses nunca houve interrupção, destaca. De acordo com a assessoria de imprensa do deputado Strapasson, essa iniciativa tem como principal interesse levar informação ao cidadão em suas regiões e ainda mostrar para a população as ações do Estado nestas regiões. “E assim, os moradores vão poder acompanhar e cobrar se alguma coisa estiver errada”, explica o assessor. O projeto de lei será encaminhado para apreciação do governador Roberto Requião. Daiane Strapasson
Inaugurada Unidade de Saúde do Higienópolis anos de Curitiba, no sábado (29) o prefeito inaugurou o Bosque Irmã Clementina. O evento foi precedido por uma série de solenidades e atrações artísticas para toda a comunidade. Para festejar o aniversário da cidade, também houve festa na Regional do Boa Vistas, assim como nas regionais Matriz, Portão, Pinheirinho, e Boqueirão. Foram realizadas apresentações artísticas, exposições de artesanato, ativ idades de prevenção e educação em saúde, educação ambiental, teatros e brincadeiras. Daiane Strapasson
O Bairro Alto foi uma das áreas castigadas pelos temporais que ocorreram no verão curitibano. Desde o começo do ano já foram acumulados 428,1 mm (138,8 mm em janeiro; 131,3 mm em fevereiro e 158 mm até o último dia 25). A chuva acumulada anualmente é de 1.407,9 mm. As chuvas de janeiro a março estão dentro do volume esperado para a época, conforme o Simepar. O meteorologista Marcelo Brauer explica que não há estudo conhecido que possa identificar quais bairros de Curitiba possuem maior precipitação. Por isso não há como saber se no Bairro Alto chove mais do que em outros bairros. No verão as chuvas tendem a ser regulares e fortes, o que gerou vários alagamentos na cidade. Para o outono, que começou no dia 21 de março, pode-se esperar que as chuvas acompanhem o regime típico. As precipitações vão diminuir gradativamente de valor à medida que as estações transcorrem. Há possibilidade de pancadas mais fortes de chuva, podendo acontecer como no verão, de forma irregular, até o inicio de maio. Fernanda Leyser
CARNE BOVINA MAIS BARATA NOS MERCADOS As donas de casa já devem ter percebido que o preço da carne bovina baixou desde o começo do ano. Isso se deve a uma suspensão por tempo indeterminado da União Européia em importar a carne bovina brasileira. Em dois açougues do Bairro Alto, constatamos que a queda atingiu o comércio local. “Eu, como outros comerciantes, segui o preço da tabela, e teve uma baixa de aproximadamente 25%”, conta o proprietário de um açougue, Rubens Vanela. Para outro comerciante, Pedro dos Santos, também houve queda, principalmente no valor de uma das carnes mais procuradas pelas donas de casa, a carne de panela.
CINCO PRESOS EM DEZ DIAS
Foto: Glenio Semprebom
A Unidade de Saúde Higienópolis foi entregue na última quartafeira (25) pelo prefeito Beto R icha. A unidade fica localizada na rua Madalena Sofia Barat, onde funcionava a Associação Sa za Lattes. A casa foi reformada e adaptada para receber os pacientes e funcionários. Segundo a dona de casa Joana do Rocio Ferreira, o novo ser v iço vai tra zer comodidade para os moradores. “Muitas vezes tínhamos que ir para outros bairros atrás de médicos para mim e para meus filhos”, conta. Como parte das comemorações pelos 315
O Outono chegou
A Unidade de Saúde Higienópolis fica na rua Madalena Sofia Barat.
Na terça feira (18), policiais do 20º Batalhão do Policia Militar prenderam Marcos Aurélio Machado, 30 anos, acusado de tráfico. Com ele foram encontradas 70 pedras de crack. Machado foi levado ao 5º Distrito policial. Segundo o delegado Emerson Fortunato, em apenas dez dias foram presas outras cinco pessoas. “Todos os acusados foram presos quase no mesmo lugar, estamos investigando para tentar descobrir quem é o ‘cabeça’”.
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31 de março de 2008
CAJURU
Segurança custa caro para os comerciantes da Vila Trindade Donos de estabelecimentos chegam a pagar R$ 200,00 semanais a ladrões para não serem roubados ou terem seu comércio destruído rança ele foi morar com o avô no interior do R io Grande do Sul, porque se continuasse aqui seria morto”. O repórter do Capital da Notícia Zona Leste foi aconselhado pelos moradores da região a não procurar mais ninguém, porque sua situação no local poderia se complicar.
Foto: Dennis Julian Chyla
Comerciantes não permitiram tirar fotos com medo de represálias. O repórter do CNZL (foto) foi aconselhado a parar de fazer perguntas.
O novo Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) fica na rua Wilson Dacheux Pereira.
Um dos bairros mais violentos Em coletiva realizada no dia 19, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, afirmou que foi constatado em pesquisa que 60% dos homicídios da capital acontecem nos bairros da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), Cajuru, Uberaba, Tatuquara e Sítio Cercado. Bairros que somados concentram 30% da população da cidade. O secretário estimou, ainda, que 80% das mortes estariam diretamente ligadas ao tráfico de drogas. A Delegacia de Homicídios registrou 142 assassinatos em Curitiba do início do ano até 12 de março. Levantamento feito pelo jornal Gazeta do Povo junto ao Instituto Médico Legal (IML) aponta, no entanto, para uma estatística, no mesmo período, de 197 mortes. A diferença entre os dados gerou discussão entre a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e o jornal. Conforme o “mapa das mortes” publicado pelo jornal no dia 16, foram 197 mortes na capital e 107 na Região Metropolitana de Curitiba (R MC) entre os dias 3 de janeiro e 10 de março. Na Zona Leste, as estatísticas confirmam 14 homicídios no Cajuru (o mesmo número do município de Pinhais), um no Capão da Imbuia, um no Tarumã e um no Bairro A lto. Sergio Gabriel colaboração de A lethea Corrêa
Mais um centro de assistência social
Foto: Dennis Julian Chyla
“Eu pago para não ser roubado”, afirmou dono de um estabelecimento comercial na Vila Trindade, localizada no Cajuru, que pediu para não ser identificado. O comerciante não se refere aos impostos que deveriam reverter em segurança pública. se o governo não cumpre suas obrigações”. Quando diz que paga para não ser roubado, refere-se a ladrões que cobram uma ta xa para não roubarem e destruírem seu comércio. Fato que já aconteceu a quem se negou a pagar nas redondezas. Apesar de não saber quem são os autores, o ritual ele já conhece.“Eles sempre chegam em três, com motos diferentes (supostamente roubadas), um entra para pegar o dinheiro e dois cuidam da porta, eles têm até um valor tabelado, R$ 200 semanais de cada comerciante”. O dono do estabelecimento e outros dois comerciantes que convivem com o mesmo problema afirmam que, apesar de todos saberem da cobrança, ninguém pode fazer nada. Se o comerciante ter que cumprir o que a quadrilha determina, obrigatoriamente terá que fechar as portas. “Nenhum comércio sobrevive tendo além dos impostos, luz, água, empregados, e ainda ter que pagar R$ 800 mensais por algo que já é seu”. Em tom indignado disse ainda que a polícia tem muito que aprender com o crime organizado.“Aqui na Trindade, eles têm esquema de um não invadir a área do outro, tenho amigos que têm comércio em outras ruas que são cobrados por pessoas diferentes”. O pior aconteceu com um outro comerciante da Vila Trindade, que já denunciou a quadrilha e seu filho apanhou na mesma noite e foi parar no hospital. “Agora por segu-
Foi inaugurada, na última terça-feira (25), às 17h30, uma nova sede do Centro de Referência da Assistência Social (Cras), na Regional do Cajuru. Esse é o 25º equipamento entregue pela Prefeitura, representada pela Fundação de Ação Social (FAS). A sede está na rua Wilson Dacheux Pereira, s/nº. “O Cras é um espaço físico localizado estrategicamente em áreas de maior risco e vulnerabilidade social e prestam atendimento sócio-assis-
tencial, articulam e potencializam a Rede de Proteção Social Básica, disponível em cada localidade, e as ações de outras políticas públicas para romper o ciclo de reprodução da pobreza”, explica Alexandre Gardolinski, assessor da FAS. O atendimento nos Cras é feito de forma descentralizada, com a rede de assistência social mais próxima da população carente. “Os Cras estão localizados nas áreas onde há maior concentração
de exclusão social, permitindo o acompanhamento das famílias”, conclui A lexandre. A lém disso, o estabelecimento oferece 84 cursos (como corte e costura, manicure, pedicure e informática), atendimento social, psicólogos, pedagogos e assistência do Conselho Tutelar. O bairro Cajuru já possui uma sede que está localizada na Rua Roraima, 545. O telefone é 3266-8031. Dennis Julian Chyla
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Especial
Repórter azarão no Jockey Club Nem Homem-Aranha conseguiu tirar de nossos ambiciosos repórteres a magia e a decepção de conferir os páreos na agradável noite da última sexta-feira
Sorte de principiante Ao chegarmos ao Jockey e estacionarmos a unidade móvel do CNZL, percebe-se já um grande mov imento no loca l. Estacionamento mov imentado, expectativa das arquibancadas lotadas. Bem, ao chegarmos aos nossos lugares, constatamos que não é bem isso o que acontece. Há um público muito restrito formado na sua maioria pelos apostadores. São poucas as famílias, já que o local não oferece muitas atrações para crianças. O parquinho é em um gramado com pouquíssimos brinquedos - muito comuns em praças públicas. Para o senhor José de Oliveira, morador do bairro Guabirotuba, e freqüentador do Jockey há vários anos, esse é um dos motivos para um público tão pequeno. Segundo “seu José”, falta também maior divulgação do local. Após esse bate-papo, ele retira-se rapidamente para apostar no próximo páreo, o 6º da noite. Nosso colega Yuri também aposta, afinal estar lá e não apostar em pelo menos uma das corridas, além de não ter graça, parece não fazer o menor sentido. São nove os tipos de aposta oferecidos ao público, com valores a partir de R$ 1,00. As mais populares são: Vencedor: onde se escolhe o número do cavalo; Placê: o cavalo pode chegar em primeiro ou segundo; Exata: o número de chegada exato na ordem de chegada dos dois primeiros; e
Foto: Lucas Rufino
Não importa por qua l sentido você corra pela Avenida Victor Ferreira do A maral, centro – bairro ou v ice versa, basta olhar para o lado e ver um ponto muito curioso. Ele ocupa a quadra inteira e fica entre as ruas Dino Bertoldi e Konrad Adenauer. Tem como v izinhos o estádio do Pinheirão, a sua frente, e o Ginásio de Esportes do Tarumã, ao seu lado. Trata-se de um loca l da prática de esporte assim os outros dois acima citados. Sua pista mede aprox imadamente 2000 mil metros e é toda em areia, mas ali, a principal atração do esporte não reside nas pessoas que praticam, mas sim nos animais. Mais precisamente cava los, com nomes bastante curiosos como: Emma Bovar y - Gustave Flaubert - com certeza apostaria nela - ou Spider Man. Se houver a lgum fã de Ramones - Spider-man, Spider-man, does whatever a spider can... Estamos no Jockey Club do Paraná, para acompanharmos uma noite de corridas. E para essa matéria, decidimos convocar dois colegas repórteres: José Rodrigues Silva Neto (Zé) e Yuri Michel Stelle.
No Tarumã na noite da última sexta-feira, Sol da Toscana ganhou a sétima prova. Uruguayo di Punta ficou na segunda colocação e Las Vegas Boy em terceiro.
Quadrifeta: os quatros primeiros pela ordem de chegada. Número 5, esse será nosso primeiro cavalo da sorte. Yuri aposta R$ 5,00 e aguarda ansiosamente a corrida, um pouco atrasada. Enquanto isso, vendedores de pipoca e espetinhos fa zem uma renda extra nos dias de corrida. É dada a largada e em todos os pontos do Jockey - arquibancadas, restaurantes e camarotes - as atenções se voltam para a pista. São 1400 metros que separam Yuri da perda de seu dinheiro ou do aumento do “investimento”. Os cavalos estão na reta final e a cada metro percorrido em direção à linha de chegada Yuri fica mais concentrado. Sentimento esse que dá lugar à euforia ao ver o número 5 na liderança. Yuri só consegue dizer: “Vai, vai vai!”.
Termina a corrida, v itória do número 5. Em meio à alegria de Yuri, os risos e comentário dos outros repórteres: “Sorte de principiante”, “Que largo esse piá”... R$ 13,00, esse é o prêmio retirado. Para o próx imo páreo todos querem tentar a mesma sorte. Mas, em qual cavalo apostar? Essa era a nossa dúv ida. Cavalo derrota Home-Aranha O sétimo páreo começaria às 20h25. O relógio marcava 20h10 e os cavalos já se apresentavam ao público em um último aquecimento para a corrida. Devo admitir que simpatizei logo com o primeiro a aparecer, ou melhor, a primeira. Emma Bovar y, ou Madame Bovar y. Seu pêlo era o mais brilhante e o modo de trotar, dotado de extrema elegância. Resisti ao impulso e
não apostei deixando Yuri tentar a sorte sozinho. Mais uma vez a escolha é pelo cavalo número 5 (Sol da Toscana). Mais uma v itória, R$ 8,60. Esse era o sinal que eu precisava; era hora de apostar. São 21h, começa o oitavo páreo da noite e, com o bilhete no bolso pela primeira vez. Aposto em Rock River, número 2. A sorte está lançada. Por alguns instantes abandono o jornalismo para me juntar aos outros apostadores. A decepção vem à galope: Rock River perde. Ao contrário de mim, Zé era só alegria - seu cavalo ganhou a corrida. O lucro: R$ 0,90, com a aposta de R$ 1,00. Yuri não aposta. Nono páreo, a última chance para sair v itorioso - e com um dinheiro a mais no bolso para o final de semana. Spider Man, é este o cavalo certo, a final ele nunca falhou
nas histórias em quadrinhos e nos cinemas, por que falharia agora? Apesar de toda confiança, faço uma modesta aposta - R$ 2,00. Caso ganhe, talvez compense as perdas da corrida anterior. Spider Man perde a corrida, e com ele vão meus R$ 2,00, juntamente com toda a magia e fantasia que os super-heróis tinham para mim. Penso na razão por ter falhado justamente comigo. No momento em que mais precisei, me decepcionou. Agora não nos resta mais nada, já que eu e Erick apenas perdemos. Zé, comprometeu todo o lucro da corrida passada - seu cavalo perdeu. Yuri, esse sim, deixou o Jockey com dinheiro no bolso e pronto para poder comemorar, no dia seguinte, o seu aniversário. Lucas Rufino Erick Nelson
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Capão da imbuia e tarumã
Concorrência marca acesso à internet no bairro Cresce o número de casas de acesso à rede e fica mais fácil manter-se contectado mesmo sem ter internet em casa. É possível navegar gratuitamente no Farol do Saber
5% de busca de emprego. “Uma característica interessante foi saber que os encontros via Internet replicam e estendem os encontros físicos entre usuários. De fato, 85% dos contatos via Internet estendem contatos pessoais dos entrevistados, sendo 54% são de pessoas encontradas sempre, 33% às vezes e 13% raramente. De todos os contatos mantidos pelos entrevistados, apenas 11% foram conhecidos pela Internet”, relata o estudo (que pode ser acessado em http://www.ip.pbh.gov.br).
História As primeiras lans surgiram para substituir as antigas locadoras de vídeo games, onde você podia se sentar em frente a uma TV e pagar para jogar por algum tempo. Na lan house os jogos funcionam em rede, ou seja, vários jogadores participando ao mesmo tempo de um jogo.
Foto: Thiago Lapa
Acesso gratuito, aos domingos e a concorrência de cinco lan houses dão o tom do avanço da internet no Capão da Imbuia. A maior procura é pelos sites de comunidades e relacionamentos, como o Orkut. Fabrício Cardoso trabalha há dois anos em uma lan situada em frente ao BPTran. Ele registra que recebe em média 30 pessoas por dia e a hora por acesso custa R$ 2,00. Em outra casa de acesso à rede mundial de computadores, na rua Del. Leopoldo Belzak, o custo da hora é de R$ 1,50. José Carlos do Nascimento, proprietário há quatro meses, afirma que a lan é freqüentada por 30 ou 35 pessoas por dia, e fica aberta das 9h às 22h, de segunda-feira a sábado. A loja abre também aos domingos, das 13h às 20h. Os sites mais acessados por ali são o You Tube, MSN e, é claro, o Orkut. Nascimento acredita que do ano passado em diante houve uma pequena queda no movimento, causada, talvez, pelo aumento do poder aquisitivo das pessoas e pelas facilidades em adquirir seus próprios computadores residenciais. O Capão da Imbuia possui um local de acesso à internet gratuito, o Farol do Saber Pablo Nerruda, situado à rua Claudio Molinari, s/nº. O Farol funciona de segunda a sexta, das 9h às 21h e aos sábados das 9h às 13h. O funcionário Lincoln Luiz Conduta trabalha das 17h às 21h e afirma que aproximadamente 30 pessoas passam pelo Farol diariamente. Cada um tem direito a uma hora nos com
José Carlos do Nascimento, proprietário de lan house há quatro meses, afirma que Orkut, MSN e You Tube são os sites mais acessados.
putadores, sendo proibido o acesso a sites pornográficos e Orkut para menores de dezesseis anos. Todo o resto é permitido, inclusive jogos. O Farol possui uma média de 639 acessos mensais, sendo que metade é realizada por moradores do
bairro, com população estimada em 20.976 pessoas, aponta a pesquisa “Acesso Público à Internet em Curitiba: Quem São e Como se Comportam os Usuários?”, de Fábio Duarte e Bárbara Espínola. Com a aplicação de 1.500 questio-
nários com usuários de 43 unidades das unidades do Farol do Saber em Curitiba, chegou-se à conclusão de que os sites mais acessados são de pesquisa (28%) e de entretenimento (28%), 24% são de e-mail, 8% de notícias, 8% de informações específicas e
América Latina Apesar do avanço da internet no continente, ainda são grandes os desequilíbrios entre os países. Brasil e México são responsáveis por 60% de todos os usuários da América Latina e Caribe. Outros 25% estão na Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Venezuela, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Em conjunto, a penetração da rede na região (número de usuários por 100 habitantes) é de 15,5%, próxima à média mundial, calculada em 15,6%. Thiago Lapa
Tarumã
O prédio do Depa r ta mento de Estradas de Rodagem (DER) do estado do Pa ra ná, loca lizado na Rua José Ver íssimo, sofre consta ntemente com problemas de depredação. A ma ior ev idência pode ser encontrada nas prox imidades da Gerência de Maquinár ios, com sina is cla ros de pichação de muros e v idraças estilhaçadas. Segundo o gerente administrativo do DER, Ca rlos A lber to Ca ma rgo, os segura nças noturnos fica m dentro do prédio, não tendo como inibir as ações no meio da noite. O suposto motivo dado por Ca ma rgo “é a minifavela que há depois da ponte, na div isa com o Ba ir ro A lto, pois é o único ponto de per igo na região”.
Foto: José Rodrigues Silva Neto
Depredações no prédio do DER dão prejuízo aos contribuintes
Alguns setores do DER encontram-se em estado de abandono.
Mesmo traba lha ndo 24 horas por dia, a v igilância não cobre toda a extensão do prédio, o que gera ma ior dificuldade pa ra cuida r do patr imônio público. De acordo com Ca ma rgo, “são gastos apro-
x imada mente R$ 300 por mês em ma nutenção de pinturas e na colocação de v idros” - o que equivale a um custo a nua l de R$ 3,6 mil aos cofres públicos. A lém da v iolência, em passeio
pelo ter reno do DER fica ev idente o aba ndono de setores do prédio. As estr uturas estão cada vez ma is da nificadas e sem perspectivas de rev ita lização, o que de cer to modo é ma is um cha ma r iz pa ra a destr uição do loca l. Os moradores não concorda m que a prox imidade com a favela seja o motivo pr incipa l. O motor ista Dav id Machado presenciou e escutou “vár ias tentativas de invasão e pessoas com intenção de da nifica r o loca l”. Questionado sobre os rea is motivos, Machado desaba fa: “é incompreensível que as pessoas destr ua m o que lhes per tence, e a inda somos nós que paga mos pela rev ita lização”. José Rodr igues Silva Neto
R$ 300,00 ao mês ou
R$ 3,6 mil
ao ano são gastos com a manutenção do prédio do Departamente de Estradas de Rodagem (DER) de Curitiba ou aproximadamente
7,5 salários mínimos
(mínimo regional paranaense válido desde maio/2007 - R$ 475,25)
na colocação de vidros e renovação da pintura
08 | CAPITAL DA NOTÍCIA - ZONA LESTE
31 de março de 2008
PINHAIS
Obra da Paróquia prevista para acabar apenas em 2010 Quem passa pela avenida Camilo di Lellis, no centro de Pinhais, já se acostumou a ver uma enorme igreja em construção. Na verdade, a execução do projeto para a construção do novo templo da Paróquia Nossa Senhora da Boa Esperança iniciou no ano de 1999. As obras ainda permanecem em andamento com previsão de término para 2010. A Prefeitura de Pinhais enviou a licença do alvará e permissão para o planejamento, entretanto, o templo, de responsabilidade da Fundação Weiss Scarpa, depende de mais verba para ser finalizado. A Paróquia foi construída em 1927, por ocasião do casamento da filha de Guilherme e Adelaide Weiss, duas personalidades da cidade, com o Comendador Umberto Scarpa. Logo após a cerimônia, a Paróquia foi doada à comunidade. A escolha do nome está relacionada à história de José João Sordo, imigrante de origem italiana que, no ano de 1900, encomendou uma imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança. A imagem, vinda da Itália, foi abrigada numa escola existente em Pinhais, mas na década de 1930 ocupou um altar nesta igreja. Com a emancipação de Pinhais, a santa Nossa Senhora da Boa Esperança passou a ser a padroeira da cidade, cuja comemoração realizase no dia 13 de maio. Inovação A Paróquia passou a ser tão importante para a comunidade católica de Pinhais que a Prefeitura, em 2002, após um abaixo-assinado realizado pelos moradores contra a demolição da matriz, considerou-a Patrimônio Histórico e Cultural do município. Após dois anos, a igreja foi restaurada e reinaugurada no
dia 24 de julho. Dev ido ao crescimento da cidade e do número de fiéis, tornouse necessária a construção do novo templo. O edifício atualmente em obras fica ao lado da matriz, e comporta 2.500 pessoas, sendo a metade sentada, além de um estacionamento para 130 carros. As verbas para realização da obra estão orçadas em aprox imadamente R$ 1,5 milhão, quantia adquirida por meio de doações da comunidade, de alguns empresários da região e também com a arrecadação da festa da padroeira, realizada todos os anos. “Recebemos pessoas de Curitiba e Região Metropolitana, entre outros. A igreja antiga está sendo utilizada somente para casamentos, batizados e pequenas missas. No novo templo as demais missas e novenas estão ocorrendo normalmente, mesmo com as obras não acabadas. A comunidade tem elogiado as obras e o conforto que o templo disponibiliza, e continuam estarrecidos para deslumbrar o resultado final”, diz o padre A ntônio Carlos Zago, pároco da Paróquia e presidente da Fundação Weiss Scarpa. Na formação do núcleo populacional de Pinhais, a maioria dos habitantes professava a fé católica. Hoje, o número de moradores no perímetro paroquial é de aproximadamente 40 mil pessoas, não sendo possível, entretanto, precisar a quantidade exata de fiéis que freqüentam efetivamente a igreja. Outras comunidades religiosas que aglutinam grande número de fiéis são as igrejas protestantes, como a Igreja Batista, a Luterana e a Assembléia de Deus. Pamella Mazon
Foto: Pamella Mazon
Novo templo da Paróquia de Nossa Senhora da Boa Esperança depende de mais verba para ser finalizado. Obras estão em execução há quase dez anos
As verbas para finalização da nova igreja, que fica ao lado da matriz, estão orçadas em R$ 1,5 milhão.
Mesmo com obras inacabadas, atividades ocorrem normalmente nas novas instalações. A capacidade é para 2,5 mil pessoas.
Autódromo na mira do cinema Nos dias 28, 29 e 30 de março, foi realizada a primeira etapa do Show Cars – Racing Team (Copa Turismo GNV), no Autódromo Internacional de Curitiba. Os treinos aconteceram na sexta-feira e no sábado e, a largada foi no domingo. Durante o evento, profissionais das áreas de Cinema e TV (atores, figurantes, produtores e profissionais liberais), pilotos de várias modalidades, professores e alunos de ginástica e artes marciais, participaram de um workshop com o objetivo de encontrar cerca de 25 atores para atuar em cenas de ação no filme “O Carro”, produção brasileira prevista para estrear nas telas de cinemas em 2009. As inscrições para o workshop iniciaram às 8h da manhã de sextafeira. Cada participante teve de desembolsar R$ 650,00 para garantir a participação. Já os parceiros do do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Automobilístico (IBDA) e Comunicação Filmes pagaram valor promocional de R$ 350,00.