Capital da Notícia
ZONALESTE Edição 02 – 17 de março de 2008
Jornal laboratório do curso de Jornalismo da UniBrasil
BAIRROALTOCAJURUCAPÃODAIMBUIATARUMÃPINHAIS BAIRROALTOCAJURUCAPÃODAIMBUIATARUMÃPINHAIS
Rua rio abaixo
Foto: Yuri Michel Ste
A avenida Augusto Garret desbarranca para dentro do córrego Tarumã e conturba a passagem de carros e pedestres no trecho em frente ao Colégio Estadual Paulo Leminski. O mato domina as margens da via, a passagem é estreita e não há calçada suficiente. O congestionamento de carros é freqüente. Funcionários do colégio informam que já entraram em contato com a Prefeitura para que sejam feitas melhorias, sem sucesso
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Foto: Luana Carvalho
Hospital atende somente emergências em Pinhais O Hospital Nossa Senhora da Luz foi inaugurado em 1999, com estrutura para suprir as necessidades de saúde da população de Pinhais. No entanto, o hospital foi transformado em pronto atendimento e agora atende apenas casos de emergência. Diversas salas ficam inutilizadas e caso um morador necessite atendimento específico, é enviado para Colombo ou Curitiba • Pág. 05
FALTA DE CICLOVIAS COLOCA CICLISTAS EM RISCO NO CAJURU
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escada no terminal do capão impede acesso de deficientes físicos
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Bairro alto
Especial
O uso de sacolas oxibiodegradáveis no lugar das de plástico comum demorou mas chegou aos supermercados do Bairro Alto. Os consumidores já pedem outra mudança – querem a volta do pacote de papelão
Moradores podem ir à Acrópole, ao Sacre Coeur e também dar uma passada pelo Maracanã - nomes de famosos pontos turísticos mundiais - mas o que realmente querem é uma linha de ônibus que integre toda a região
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02 | CAPITAL DA NOTÍCIA - ZONA LESTE
Afinal de contas, o que é o Capital da Notícia – Zona Leste? A pergunta só pode ser respondida se lembrarmos que existem vários tipos de jornais que fazem cobertura em bairros. Dentre eles, se destacam dois tipos: os “dependentes” e os “independentes”. Os primeiros, normalmente, contêm fotos coloridas e jornalistas contratados. Mas devemos considerar que os “dependentes” recebem dinheiro público, o que compromete a credibilidade das informações. É óbvio: um jornal que recebe verba da Prefeitura ou do Governo, dificilmente vai questionar atitudes vindas de tais instâncias. Não é à toa que as fotos dos governantes aparecem a cada duas páginas, justamente para que sejam ressaltados e bonificados perante a população, o que não deixa de ser propaganda política (fora da época de eleições) ilícita. Nesses tablóides, há a predominância de “boas notícias” (geralmente aquelas em que o político sorri, após um discurso demagógico). E há a ausência das “más notícias”, (as dificuldades do povo em relação à saúde, educação, saneamento e outros serviços públicos de direito do eleitor/morador), com o receio de que essas informações prejudiquem a imagem dos governantes. O Capital da Notícia tem características bem diferentes e pertence aos jornais “independentes”. As fotos não são coloridas e todas as matérias e textos de opinião (exceto o do Ombudsman) são produzidos por alunos do 4º período de Jornalismo da UniBrasil, que por sinal, não recebem nem vale transporte da instituição para a realização desse árduo trabalho. Aqui não há dinheiro público, tampouco salários. Este é um jornal que se preocupa com os fatos e não com a imagem dos políticos. Se o poder púbico agir corretamente ou erroneamente, é dessa forma que será noticiado, sem “politicagens”. Os alunos se esforçam ao máximo para que as informações sejam aprofundadas e fidedignas, como um espelho dos fatos. Tudo isso por respeito aos leitores do Capital. Portanto, se você, leitor, se deparar com um jornal “dependente”, contraste com o exercício aqui praticado de se fazer jornalismo ao lado do cidadão.
Artigo Ecologicamente urbanizado
Devemos pensar a questão do meio ambiente como algo que possui inter venção humana. É comum acharmos que é um assunto de soluções rápidas, mesmo com o aquecimento global em evidência, mas não fazemos muita coisa para mudar a situação. E isso começa a se perceber no próprio bairro em que vivemos. Em Curitiba tem-se a impressão de que falta um grande ‘acontecimento ecológico’ para gerar maior mobilização em torno da causa ambiental. Pois no senso comum figuram como questões ambientais apenas fatos ligados ao desmatamento, poluição de rios, animais, etc. E nem sempre são lembrados fatores urbanos ‘menores’ e cotidianos que contribuem diretamente na definição de nosso meio ambiente e de forma eficaz para o problema. O próprio trânsito é um desses fatores. Tem-se percebido grandes ocorrências de engarrafamento, ainda mais em dias chuvosos, que se estendem por longos períodos de tempo e deixam as principais avenidas da capital numa situação caótica em certos dias nos horários de pico. Isso com certeza contribui para o prejuízo ambiental, aumentando o barulho e a emissão de gases poluentes (no caso o CO2, uma das principais questões analisadas pelo Protocolo de Kyoto). A qualidade dos ser viços que nos permitem circular pela cidade também é uma questão ambiental a ser exigida. O que acontece muitas vezes nos bairros centrais e em outros bairros da cidade reflete em alguns da Zona Leste também. O problema passa de interesse individual para o coletivo. Cabe às pessoas terem conhecimento do que acontece e ajudar quando possível. Os problemas dos bairros da Zona Leste não são gerados exclusivamente nos bairros, mas estão associados às demais localidades da cidade. O crescimento populacional e urbano também é fator preocupante, caso o Governo não se responsabilize pelo inchaço na população. Vale ressaltar que o Cajuru ocupa o terceiro lugar no ranking dos bairros mais populosos e certamente representa problemas ambientais significativos. É necessária maior atenção aos problemas ambientais na cidade, não apenas àqueles relacionados às ár vores e aos animais. E sim aos problemas urbanos crescentes a cada dia, marcando presença na vida de pessoas, em sua maioria, despreparadas e sem o apoio devido para combatê-los ou atenuá-los. Douglas Luz
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Editorial
17 de MARÇO de 2008
Paisagem diferente Um dos ava nços do Capit a l da Not ícia Z ona L este é a qua ntidade de entrev ist ados presente nas matér ias. É possível perceber que a ma ior ia dos textos cont a com fontes, a lgo pr imordia l pa ra um jor na l, e que nas últimas edições hav ia sido dei xado um pouco de lado. Mas mesmo assim a i nda é necessár io toma r a lguns cuidados. É preciso ouv i r pontos de v ist a di ferentes sobre o mesmo assunto. Cla ro que a rea lidade é complexa e plura l. Mas da r espaço pelo menos pa ra dois lados é o m ín imo. Por exemplo, no texto “Motor ist as não respeit a m leis de trâ nsito” fa ltou ouv ir a prefeitura. “Habi lit ação não ficou ma is ca ra” t a mbém dá ma is espaço pa ra um dos lados. Dessa vez é a v isão instituciona l do Detra n que preva lece. A própr ia imagem i lustrativa reforça o logotipo da instituição. Mas o pr incipa l problema é o er ro de i n for mação. É dito que o va lor pa ra a habi lit ação não sof reu acréscimo. Mas já no começo apa rece “aumentou em apenas R$5,29 em ja neiro deste a no”. Isso mostra que houve aumento sim. Por que coloca r como “apenas” R$5,29? O repór ter poder ia foca r a abordagem mostra ndo ca m in hos pa ra uma redução concret a da t a r i fa, por exemplo. Já a matér ia de c apa “Cajur u sof re com fa lt a de água” est á em uma pág i na pa r (04). Os ma nua is de redação ma is clássicos aconsel ha r ia m que o pr incipa l texto do jor na l deve fic a r em uma pág ina ímpa r, assim ter ia ma ior dest aque. Mas outro det a l he que cha ma atenção nesse texto é a fa lt a de atenção com a dat a de veicu lação da edição. Apa rece “mês que vem (ma rço) tende a mel hora r um pouco”. Mas o jor na l ci rcu lou no própr io mês de ma rço, a pa r tir do dia 10. Um er ro pa recido aconteceu na not a sobre fa lt a de segura nça, da pág i na 8. “Next a sext a-fei ra, dia 29 de feverei ro”. A lguns problemas de texto chega m a a fet a r a compreensão do fato. Na pág ina 06, a not a sobre educação é impossível de se entender. É dito que a “Escola Mun icipa l Enéas Ma rques dos Sa ntos ser ve de ponto de encontro diár io, das 18 às 22h, pa ra 18 a lunos de di ferentes idades e n íveis de con hecimento”. Na próx ima f rase já apa rece “as matr ículas são g ratuit as e podem ser feit as em qua lquer época do a no”. Mas matr ícu las pa ra quê? Pa ra o ponto de encontro? Ou ex iste a lgum curso que é oferecido e a matér ia não deu cont a de ex plic a r? Em a lguns momentos t a mbém fa lt a ao Capit a l da Not ícia se aprof unda r na quest ão da repor t agem. “Sepa rados... e un idos pela mor te” poder ia ter uma propost a di ferente. O ga ncho ma is i nteressa nte, a v ida a dois do casa l, foi neg ligenciado. O autor poder ia ter aprof undado em histór ias de v ida deles, junto com os fi l hos, etc. Sem cont a r que a matér ia começa descrevendo o loca l em que o casa l morava. Mas disso a foto dá cont a. O texto é uma repetição do que a imagem já mostra (a fachada da casa). Um ca m in ho interessa nte t a lvez fosse relat a r como é o inter ior da casa. Ou mel hor, descrever det a l hes f ísicos do casa l, suas r ugas, c a lv ície, c abelos bra ncos, etc. Por sina l, a foto poder ia ser do própr io c asa l. A lgum a rquivo da fa m ília, mostra ndo momentos juntos. Mas o ponto ma is pitoresco da edição é a not a “Rev it a li zação”, da pág i na 08. O texto fa la que os moradores do centro de P i n ha is “vão se def ront a r com uma pa isagem diferente. A secret ár ia Rosa ne Gom ide Cr u z va i poder, en fim, começa r a pratic a r as prometidas ca m in hadas do fim de sema na”. Do jeito que foi redig ido, pa rece que a própr ia secret ár ia é a pa isagem di ferente. Só a lgumas f rases depois que é possível compreender que o autor est á se refer indo à coloc ação de c a lçadas na reg ião. Felipe Harmata Marinho Jornalista e professor da Unibrasil
Previsão do tempo para a semana Seg 17/03
Ter 18/03
Quar 19/03
Quin 20/03
Sex 21/03
Sab 22/030
Dom 23/03
16/23º 16/23º 16/27º 17/28º 17/27º 17/26º 17/24º Pancadas
Trovoadas esparsas
Trovoadas esparsas
Trovoadas esparsas
Panacadas esparsas
Trovoadas esparsas
Pancadas
• Fonte: canaldotempo.com
EXPEDIENTE: O jornal Capital da Notícia Zona Leste é uma produção semanal dos estudantes do 4° período noturno do curso de Jornalismo da UniBrasil. O jornal circula nos bairros Tarumã, Capão da Imbuia, Cajuru, Bairro Alto e no município de Pinhais. A coordenação é do professor Msc. Rafael Schoenherr. O projeto gráfico foi criado por Adriano Valenga Carneiro. Contamos com um Conselho Editorial fixo, formado pelos professores Felipe Harmata Marinho, Paulo Camargo, Ana Melech, Thayz Poletto, Sandro Juarez e Luiz Alberto Kuchenbecker. A partir desta edição, lembraremos que também participam como conselheiros os professores Victor Folquening e Maura Martins, sempre atentos e dispostos a conversar sobre o que produzimos. Também nos auxiliam gentilmente os jornalistas convidados Gladson Angeli (Gazeta do Povo Online) e Joelma Ambrózio (Ciranda). A coordenação do curso é da professora Msc. Maura Martins. Contatos podem ser feitos pelo telefone 3361-4259 ou pelo email capitalzonaleste@unibrasil.com.br. Nossa circulação é direcionada e, por isso, imprimimos semanalmente 600 exemplares.
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17 de março de 2008
bairro alto
Supermercados adotam sacolas ambientalmente corretas Projeto de lei obriga todos os estabelecimentos comerciais a substituirem as sacolas comuns, utilizadas para embalar as compras, pelas oxi-biodegradáveis A utilização de sacolas ox ibiodegradaveis já pode ser considerada uma rea lidade nos mercados do Ba ir ro A lto. O super mercado Cilla in for ma que está dentro da lei e que utiliza as novas sacolas no luga r das comuns, de plástico. O supermercado Benato in for mou que fez a substituição somente no mês passado. O motivo de não ader ir à muda nça logo que a lei foi aprovada, em junho de 2007, é de que hav ia estoque da sacola a ntiga. A estimativa é de que a muda nça aumentou os gastos em 15%. O hiper mercado Condor fez a muda nça em agosto de 2007 e utiliza a sacola ox i-biodegrádavel. A preocupação ambiental também pode ser percebida no comportamento do consumidor ex istem pessoas que levam a sua própria sacola de compras. É o caso da profissional em relações internacionais Priscila Garcia: “Sou contra o uso de sacolas plásticas, pois elas agridem ao meio ambiente. Independente do mercado ter aderido a esta mudança, eu levo a minha própria sacola”. Mesmo com a substituição da sacola plástica comum prev ista em lei, a assistente social Lucia Za hdi pede a volta de uma antiga companheira de compras, a sacola de papelão. “Concordo com a mudança, porque os plásticos demoram muito para se decompor. Faço compras no hipermercado porque eles usam sacolas ox i-biodegrádaveis, mas mesmo assim acho que
OVOS DE PÁSCOA MAIS CAROS
Projeto elaborado pela Fundação Verde , de Maringá, tem por objetivo banir as sacolas de compra de uso único.
O coelhinho chegou bem cedo neste ano. Em comparação com o ano passado, os ovos da Páscoa estão 4,7% mais caros, conforme os dados da Associação Brasileira da Indústria de chocolates, cacau, amendoim, balas e derivados (Abicab). Porém, uma boa dica é procurar os ovos de chocolate de marca própria. Eles chegam até 40% mais baratos que os de marcas conhecidas. De acordo com proprietária de supermercado no Bairro Alto, Cristiane Witaski, chocolates ‘de marca’ como Garoto, Lacta e Nestlé são muito procurados. “Estamos felizes porque os clientes estão gostando do preço e há muita procura por ovos de chocolate com brindes”, comemora.
deve haver a troca definitiva pela sacola de papelão”. A lgumas alternativas adotadas na Europa e nos Estados Unidos são sacolas de pano e caixa de papel. O Brasil adotou as sacolas de plástico ox i-biodegradáveis. Elas vêm com aditivo químico que acelera a decomposição em contato com a luz, terra ou água. São absor v idas pelo meio ambiente em até 18 meses, transformam-se em biomassa e diminuiriam, assim, o prejuízo à natureza. O vereador Luizão Stellfed teve a idéia do projeto da sacola ox i – biodegradável através do contato com a Fundação Verde, localizada em Maringá. A entidade elaborou o projeto, negociou com fornecedores e fez contato com o poder público para tornar possível a mudança. No dia 25 de junho de 2007 foi aprovado por unanimidade o projeto de lei que obriga os estabelecimentos comerciais a usarem sacolas plásticas ox i-biodegradáveis no lugar das sacolas comuns. A Fundação Verde tem ainda como objetivo banir as sacolas de compra de uso único. Uma sacola de plástico comum leva 300 anos para se decompor. Há divergências ambientais, culturais e políticas de como eliminar o problema. No mundo inteiro são produzidas 500 bilhões de unidades a cada ano, equivalente a 1,4 bilhões por dia. No Brasil são distribuídas 1 bilhão de sacolas nos supermercados anualmente. Fernanda Leyser
Alagamentos trazem prejuízo a moradores A chuva da última terça-feira (11) à noite trouxe transtorno às 70 famílias da rua Travessa Brasílio de Lara, localizada na Vila Joanita. Segundo a moradora Jane Furtado, ruas e casas que ficam na beira do Rio Atuba ficaram totalmente alagadas. “Perdemos praticamente quase tudo e além de muito trabalho para limpar as nossas casas”, conta a moradora. Há oito anos as famílias reivindicam a regularização da área.
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17 de março de 2008
CAJURU
Limitações da única ciclovia Boa parte dos moradores do bairro Cajuru utiliza a bicicleta como meio de transporte. As estatísticas apontam para 3,2 % dos usuários de Curitiba. E basta circular pelas ruas Ferroviários e Luiz França, ou sentar na esquina das ruas Eng. Costa Barros com a Teófilo Otoni para contar uma média de dois a três ciclistas por minuto. No entanto, o bairro não possui uma rede de ciclovias adequada. A única pista, com cinco quilômetros de extensão, que margeia a Avenida Maurício Fruet, é dividida com os pedestres, pois também ser ve de calçada. Para os ciclistas restam poucas opções, entre elas a canaleta do expresso ou as movimentadas ruas. Uma equipe do Capital Zona Leste percorreu a única ciclovia que corta o bairro e conversou com alguns pedaladores sobre a situação. “A bicicleta é uma opção barata, ecológica, saudável e muitas vezes mais rápida do que um ônibus”, essa é a opinião do desenhista e tatuador, Rodrigo de Souza, 33, que há quatro anos escolheu a bicicleta como meio de transporte. O seu capacete o destaca entre os ciclistas do bairro, poucos usam. “O problema maior é que além de não ter ciclovia, a única que tem não faz conexão e te obriga a encarar o fluxo dos automóveis ou da canaleta.”. “Outro problema é que temos
Foto: Dennis Julian Chyla
Disputada pelos pedestres e ciclistas, o curto trecho de ciclovia transformou-se numa das principais reclamações devido ao número de acidentes
Má conservação e utilização da ciclovia faz com que ciclistas usem a canaleta dos ônibus, colocando em risco sua própria segurança.
que cuidar para não atropelar os pedestres que também utilizam a ciclovia, também não dá para culpá-los, pois faltam calçadas”, conclui o tatuador. Vários casos de acidentes registrados comprovam o problema como o que matou o ciclista Paulo Cesar Marchiori, na quinta-feira (06), desse mês. Ele foi atropelado por um Passat na Avenida Maurício Fruet. O zelador Cláudio Mosson, 46, utiliza o trecho da ciclovia diariamente para ir ao seu trabalho. “Não há preocupação com
o ciclista”, resume o trabalhador. “Bicicleta não é transporte de bacana”, diz Eduardo Guiz, 23, estudante. Ele comenta o problema e sugere uma solução. “Os urbanistas não ouvem os ciclistas. Nós não precisamos de ciclov ias, elas são caras e por isso quase não há. Dev ia-se pensar na elaboração de ciclofaixas. Bastaria uma faixa na lateral das ruas, sinalização e o respeito dos motoristas através de leis”. Dennis Julian Chyla
Ciclovia
Dados do Cajuru Área: 11.552 Km2 População: 89. 784 (IBGE 2000) Ciclistas: aproximadamente 10.000 (que utilizam bicicleta como meio de transporte)
Somente 5 Km de ciclovia
“Quatro Elementos” foi o primeiro espetáculo do ano de 2008 encenado pelo grupo formado por 39 crianças com idades entre sete e 14 anos que compõem o Projeto ABC das artes. A peça musical apresentada no teatro do HSBC na noite do dia 13 teve como coreógrafo o professor João Carlos Pires de Oliveira, como compositora da letra musical Maria de Lourdes R. Oliveira e a co-autora do texto, A na Cristina Rosik. O evento começou às 19h e terminou às 21h35, e contou com a presença de um público de 150 pessoas. De acordo com João Carlos, os Quatro Elementos, que são representados respectivamente pela água, terra, luz e ser humano, funcionam como “um pedido para que as pessoas tomem consciência e façam algo para evitar o agravamento da situação do aquecimento global, uma realidade que vem sendo debatida em todo o planeta e um problema um tanto preocupante para as futuras gerações”. O projeto ABC das artes existe há quatro
Foto: Thiago Luiz Lapa
ABC das artes leva cultura para teatro do HSBC
A Creche São José e o Projeto ABC das artes dividem o mesmo local em prol da comunidade do Cajuru.
anos e tem como parceiro o Instituto HSBC Solidariedade. A iniciativa foi desenvolvida pela Ação Social do Paraná e a principal beneficiária é a Creche Comunitária Casa da Criança de São José, que é anexada ao Projeto ABC das artes, localizados na rua Raul de Oliveira, nº 40, no bairro Cajuru.
A presidente da creche Maria de Lourdes R. Oliveira explica que “se trata de um projeto de contra-turno, visando preencher o tempo livre destas crianças com atividades culturais e sócio educativas, nós preferimos que eles aproveitem o tempo em que não estiverem na escola vindo para cá e aprendendo coisas que
irão enriquecer suas vidas”. Segundo a coordenadora da creche Cristina Felipe, “algumas crianças que fazem parte do projeto são ex-alunos da creche São José e acredito que alguns dos pequeninos virão a fazer parte do ABC também”. Thiago Luiz Lapa
política Em pesquisa realizada com 200 pessoas no Bairro Cajuru, aproximadamente 86% não lembram em quem votaram nas últimas eleições. “Hoje em dia não é importante lembrar em quem votou” diz o advogado Bruno Fernandes, 27. Mais surpreendente é que daqueles que recordam, cerca de 62% não sabem se o seu candidato foi eleito, “Não tenho tempo e nem paciência para acompanhar política” diz Verônica Mathias de Araújo, 29, caixa de mercado. Daqueles que responderam a pesquisa, 82%, desconhecem que haverá eleição esse ano. Mas o maior percentual, 96%, diz que não votaria se não fosse obrigado por não acreditar que o ato resolva alguma coisa. “O mais complicado é passar algo positivo em relação às eleições nas aulas e não acreditar no que falo, desde que o Fernando Collor de Melo foi eleito eu justifico e não voto. Resumindo, não participo do que não acredito”, indignase Marta Veiga da Silveira, 33, professora.
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17 de março de 2008
Especial
Seria o paraíso uma linha chamada Zona Leste? Viagem de quase uma hora
TERMINAIS E LINHAS
revela alguns pensamentos, necessidades e esperanças
Bairro Alto: O Terminal do Bairro Alto foi inaugurado em setembro de 1992. Ele disponibiliza as seguintes linhas de ônibus: Interbairros III; Linha Direta (Ligeirinho): Bairro Alto/Santa Felicidade; Alimentador: Bairro Alto/Santa Cândida, Bairro Alto/Boa Vista, araíso, Maracanã/Bairro Alto, Bairro Alto/V.E. Perneta, Pinhais/ Bairro Alto; Troncais: Higienópolis, Tarumã, Alto Tarumã, Sacre Coeur e Hugo Lange.
Depois de um fina l de semana repleto de sol no Autódromo Internacional de Curitiba, partimos para mais uma tentativa de reportagem, dessa vez com um clima mais ameno, ideal para dar um descanso às queimaduras. Continuamos a falar de veículos motorizados, porém agora maiores, mas nem por isso mais espaçosos. Enquanto os carros da W TCC comportam apenas o piloto, nesse outro veículo cabe uma média de 40 a 60 pessoas, a lgumas sentadas e outras em pé. Os carros de corrida facilmente chegam à velocidade de 200 K m/h. Nosso “carro” tem tacógrafo, como diriam os antigos. Sua função não é entreter a platéia, mas ser prático e, principalmente, facilitar a v ida dos seus usuários. Ao embarcar na linha Tarumã, no centro da cidade, mais precisamente na Praça Carlos Gomes, começa nossa v iagem que terminará com a chegada ao terminal do Bairro A lto. Sento–me confortavelmente em um dos bancos e começo a obser var a paisagem e, claro, meus companheiros de corrida. A viagem começa Entra o último passageiro, uma senhora que foi almoçar na casa do filho para v isitar os netos, como revela mais tarde a um senhor. Dou uma rápida olhada e percebo mais ou menos 25 pessoas. A primeira rua é estreita e de difícil circulação de segunda a sexta. Seguimos e logo vemos um grupo de moradores de rua, animados, rindo entre eles, o que de certa forma causa comentários no ônibus, a fina l todos se perguntam naquele momento como aquelas pessoas podiam ser felizes sem ter onde morar. Fa zemos a primeira cur va e a rua continua liv re, com poucos carros circulando nas prox imidades da Mariano Torres. Ao passar pela Diretran, um rapa z a lto, boné, camiseta de time, comenta com o amigo: “Toda semana tenho que v ir aqui protocolar multas e é sempre a mesma enrolação”. O amigo simplesmente ri e na seqüência diz: “Então se prepara que essa semana tem mais”. Em seguida, quando o ônibus
Foto: Erick Costa
dos moradores da Zona Leste
Mesmo com os diversos ônibus que ligam os bairros, ainda falta uma linha que ligue a região leste.
passa por uma loja de aluguel de vestido de noivas e festas, corro os olhos para um casal sentado do outro lado. Ela obser va cada detalhe cuidadosamente e lança um olhar um tanto enigmático para o namorado, ele olha para a loja rapidamente, volta seu olhar para frente e resmunga alguma coisa. Ela sente o impacto daquelas palav ras, abaixa a cabeça e permanece assim por pelo menos uns 30 segundos. Ao passarmos por certa pizzaria, uma família sentada no fundo do ônibus discute se haverá ou não pizza para o jantar. A essa altura obser vo uma garota sentada dois bancos a minha frente do outro lado. Bela, nova, deve ter uma idade entre 19 e 21 anos. Sua roupa é a mesma que a maioria das meninas usa, o básico calça jeans e blusinha. Percebo que não somente eu como os dois amigos que conversavam sobre a Diretran também a obser vam. Ela nem parece dar bola para os olhares. Sua atenção está voltada para seu aparelho de mp3. Ao olhar pela janela e av istar uma grande área em construção levanta-se, aperta a campainha e caminha para a porta, olha no v idro seu ref lexo e dá um último
ajuste na blusinha para finalmente descer e sumir da v isão daqueles três rapa zes. Essa área em constr ução promove nova mente comentár ios gera is. Nesse ter reno será constr uído um super mercado que todos aqueles passageiros agua rda m a nsiosa mente. Uns en xerga m como ma is uma opção pa ra suas compras, outros uma opor tunidade de emprego e melhora de renda. Volto meu olhar para a família da pizzaria e obser vo que a mãe agora conversa com outra mulher sentada a sua frente, loira aparentando entre 30 e 35 anos trajando vestido comprido a zul. A mãe, já um pouco cansada do passeio com os filhos e procurando algum objeto em sua enorme bolsa branca, comenta que somente aos domingos pode sair com a família toda graças à passagem no valor de R$ 1,00. A outra concorda e diz ainda que deveria ser assim todos os dias. Nossa v iagem segue, pessoas descem e sobem, riem, conversam, ouvem música, namoram e apreciam a paisagem através de suas janelas. E agora, próx imos do fim, cada um começa a definir
seu rumo. E aprox imadamente 30 minutos depois, última parada: Terminal do Bairro A lto. Todos descem, e mais uma vez percebo que os passageiros falam sobre o mesmo assunto, a demora dos ônibus nos finais de semana. Passeio pelo terminal e observo os nomes das outras linhas, algumas até bastante curiosas. Próx imo ao cobrador na entrada do terminal, encontro um grupo de cobradores e motoristas. Eles conversam sobre a falta de uma linha que abrigue toda a região leste de Curitiba, como ocorre na zona sul. Para eles, a criação dessa linha ligando os quatro terminais da região - Bairro A lto, Capão da Imbuia, Centenário, Vila Oficinas - seria ideal. Os moradores têm sim opções que liguem um bairro ao outro, até mesmo itinerários que saem do centro e passam por dois bairros. Mas sentem falta de uma linha que ligue todos. Em compensação, somente aqui você pode ir para Mercúrio ou Paraíso. Passear por Acrópole, ir ao Sacre Couer (Sagrado Coração) e por fim dar um pulo no Maracanã. Lucas Rufino Erick Costa
Capão da Imbuia: O Terminal do Capão da Imbuia foi inaugurado em setembro de 1982. Ele disponibiliza as seguintes linhas de ônibus: Biarticulado Pinhais/Rui Barbosa, Centenário/Rui Barbosa, Centenário/Campo Comprido e Terminal Capão da Imbuia/ Terminal Pinhais; Interbairros II (sentido horário e anti-horário); Linha Direta (Ligeirinho) Inter 2 (sentido horário e anti-hórário e Pinhais/Campo Comprido; Alimentadores Araguaia, Avenida Irai/Capão da Imbuia, Maracanã/ Capão da Imbuia; Madrugueiros Centenário/Rui Barbosa e Centenário. Centenário: O Terminal do Centenário foi inaugurado em setembro de 1982. Ele disponibiliza as seguintes linhas de ônibus: Biarticulado: Centenário/Campo Comprido e Centenário/Rui Barbosa; Linha Direta (Ligeirinho): Centenário; Alimentadores: Camargo, Mercúrio, Acrópole, Marumbi, Agrícola, Vila Reno e Centenário/Boqueirão; Madrugueiros Centenário/ Rui Barbosa e Centenário. Vila Oficinas: O Terminal da Vila Oficinas foi inaugurado em setembro de 1982. Ele disponibiliza as seguintes linhas de ônibus: Interbairros III e Interbairros V; Biarticulado: Centenário/Campo Comprido e Centenário/Rui Barbosa; Alimentadores: Trindade, Camargo e Autódromo; Madrugueiros Centenário e Centenário/Rui Barbosa.
• Fonte: http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br
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17 de março de 2008
CAPÃO DA IMBUIA
O triste fim de uma história de rancor Mãe presencia o desfecho fúnebre da briga entre os filhos. O caçula morreu com uma facada Mesmo as tantas rugas no já fatigado rosto não conseguiam esconder a tristeza e o espanto que Iolanda Cabral, uma senhora de 82 anos, moradora do Capão da Imbuia, sentia naquele momento. Domingo, 09 de março de 2008, 19h. Dona Iolanda, incrédula, havia acabado de presenciar o brutal assassinato de seu filho mais novo, Odair Cabral, 56. A profunda angústia em seu semblante era retrato não apenas de uma mãe que perdera seu caçula. Era, também, a face da inconformidade de uma mãe que, aos poucos, se dava conta de que, durante 62 anos, havia criado um monstro: seu filho mais velho, A níbal Cabral Junior, foi o responsável pela facada que tirou a vida de Odair. Um desfecho sinistro e cruel, digno das mais clássicas tragédias gregas. Depois de muitos atos de um conturbado enredo, chegou ao fim a perpétua relação de rancor e inimizade entre os irmãos Cabral. Odair, naquela tarde domini-
cal, estava em visita à casa de sua mãe. Na residência, localizada na Rua Humberto Mattana, além de Dona Iolanda, viviam também A níbal e a esposa, já há 26 anos. No entanto, apesar do longo tempo de convívio compartilhado, a relação entre mãe, filho e nora não era das mais saudáveis. De acordo com moradores da região, em muitas ocasiões era possível ouvir gritos de hostilidade do casal para com a senhora octogenária. Odair não suportava saber que a mãe era submetida a maus-tratos constantes por parte do próprio filho, A níbal. Por essa razão, as brigas entre os irmãos, ambos exbancários aposentados, eram freqüentes. Depois de um domingo inteiro de provocações e mal-estares, às 18h, deu-se início ao último embate entre Odair - em defesa da mãe - e A níbal – em defesa da esposa. Dessa vez, porém, as palavras não foram suficientes. A discussão verbal transformou-se em luta homem
a homem. E, no calor dos ânimos furiosos, A níbal foi até a cozinha, apanhou uma faca e, com um golpe certeiro, atingiu a a xila do irmão. Dali em diante, os minutos não seriam longos o bastante para conter o sangue e amenizar a dor de Odair. Ele chegou a correr até a frente da casa, onde encontrou Dona Iolanda, a quem disse, num último apelo: “mãe, eu vou morrer”. Depois da agonia vivida por quase meia-hora e das tantas tentativas do sobrinho, Enilson, 40, em estancar o ferimento, Odair, já esvaído em sangue, não resistiu, e faleceu, sob o desacreditado olhar de sua mãe. Os socorristas do Siate chegaram instantes depois, mas já não havia mais o que ser feito. A inda em estado de choque, Dona Iolanda chorava a morte de seu filho preferido. A níbal não reagiu e foi preso em f lagrante. “Tenho ódio dele. Quero que apodreça na cadeia”, desaba fou a triste senhora. A nna Carolina A zevedo
O terminal do Capão da Imbuia não tem acesso a deficientes físicos na linha do ônibus Inter 2. Isso porque no tubo de embarque desta linha ex iste apenas uma escada muito alta que não permite pessoas com cadeiras de rodas ou com outras necessidades terem o acesso necessário. O para o desportista Osmar Santos Dias reclama ser um descaso das autoridades que fa zem um discurso de grandes obras realizadas para a acessibilidade de deficientes físicos, mas não cumprem com o verdadeiro dever . “Isto mostra a deficiência no melhor transporte do país como dizem os nossos governantes”-reclama Osmar que perdeu umas de suas pernas em um acidente automobilístico e enfrenta grandes dificuldades no seu dia-a-dia. Não são todos os veículos de transporte coletivo da cidade que são adaptados a deficientes. A linha Detran/Vicente Machado, por exemplo, tem disponível apenas um carro adaptado. Sendo assim um deficiente tem de esperar horas para poder conseguir sair do
Foto: Thomas Felipe Lopes
Deficientes têm dificuldades para pegar o Inter 2 no Terminal do Capão
Moradores se arriscam dividindo a rua com os carros devido à falta de calçadas.
bairro. Em outubro do ano passado a prefeitura de Curitiba entregou 135 novos ônibus, incluindo netes as de-
vidas adaptações. Mas mesmo com esta remessa, os ônibus adaptados quase não são vistos pelas ruas. Thomas Felipe Lopes
Binário deve ligar Capão ao Cristo Rei Em Audiência Pública realizada na Igreja do Evangelho Quadrangular, no dia 10, o prefeito Beto Richa anunciou a criação de um binário para ligar o bairro Capão da Imbuia ao Cristo Rei. A Prefeitura deve também iniciar trabalhos de revitalização das ruas da região. A Audiência reuniu aproximadamente 800 pessoas, entre comerciantes, moradores e representates dos bairros Capão da Imbuia e Tarumã. O binário será feito pela Avenida Agamenon Magalhães, sentido Capão-Cristo Rei, e na rua Roberto Cichon, com sentido inverso. O empreendimento dará continuidade às obras da Linha Verde, a avenida que está sendo construía no trecho da antiga BR 116. Além disso, a Prefeitura irá revitalizar as ruas General Polli Coelho, Suécia e João Bientinez, no Capão da Imbuia. O comerciante do Capão, Wanderley Gomes da Silva, diz que a obra só trará benefícios. Não só aos moradores, mas principalmente ao comércio regional, que cresce cada vez mais. “Minha única preocupação é o período de obras, porque obra é sempre um caos”. A região ainda terá obras de iluminação e drenagem, a pedido dos próprios moradores durante a Audiência, principalmente nas ruas por onde passam os ônibus. Segundo a assessoria do Prefeito, a obra ainda não foi licitada, processo que dura 100 dias em média, mas a licitação poderá sair no segundo semestre deste ano. As obras têm previsão de início para fins de 2008 ou começo de 2009.
Mais espaço de lazer no museu
Os moradores do Capão da Imbuia aproveitaram a Audiência Pública da última segunda-feira (10) para pedir mais espaço para lazer e caminhadas no Museu de História Natural. Freqüentadores do Centro de Exposição afirmam que preferem caminhar no local da que nas ruas, pois é mais seguro. “Como o lugar aqui é fechado, venho pra cá fazer minhas caminhadas. Hoje em dia, os bairros estão muito perigosos para se caminhar na rua”, afirma a dona de casa Nerci Shier. A babá Katiane de Oliveira, moradora do bairro, disse que começou a freqüentar o museu há poucos dias, pois não o conhecia devido à falta de divulgação. A funcionária do local, Sueli Sasaoka, rebate a declaração e diz: “O museu não é divulgado porque não possui espaço físico suficiente para comportar um grande número de pessoas”. Apesar da distância ser curta, escolas do Capão da Imbuia não utilizam o Centro de Exposições como atividade complementar. “A maioria das escolas que freqüentam o museu são do município de Pinhais. Duas escolas do Capão já marcaram visita e não compareceram”, afirma Sueli. O Museu de História Natural comporta um centro de pesquisas ao ar livre e exposição de espécies brasileiras empalhadas por especialistas e expostas ao público. Os animais estão disponíveis a escolas e universidades para empréstimo, pesquisa e exposição. Localizado na Rua Professor Benedito Conceição, próximo ao terminal do Capão da Imbuia, o museu é aberto para visitação de terça a domingo, das 9 às 17h e a entrada é gratuita.
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17 de março de 2008
tarumã
Córrego alargou e avenida diminuiu para carros e pedestres A avenida Cel Augusto de A lmeida Garret incomoda quem passa de segunda a sexta-feira no trecho em frente ao Colégio Estadual Paulo Leminski. A via desbarranca no córrego Tarumã (onde o mato domina, pelo tamanho que se encontra) e também está esburacada. A passagem é estreita e não há calçada suficiente para os pedestres passarem, o que gera o congestionamento de carros. Funcionários do colégio informam que já entraram em contato com a Prefeitura para que sejam feitas melhorias no trecho, sem sucesso. O problema atinge o auge nos horários de entrada e saída do colégio e das Faculdades Integradas do Brasil (Unibrasil), nos períodos da manhã, das 7h às 9h e das 11h30 às 12h, e da noite, das 18h30 às 19h20 e das 22h30 às 23h. “É sempre na entrada e na saída dos alunos, mas à noite é bem pior porque passam mais carros e até já chegou a cair um carro aí nesse barranco”, informa a zeladora do colégio Paulo Leminski, Carmen Lúcia Santos. Como a calçada não é suficiente para a circulação das pessoas, pelo fato de apenas existir em um lado da via, os alunos são obrigados a dividir a avenida com os carros. “É perigoso. Tem muito carro. Faz oito
anos que estudo aqui. A ntes era bom, porque o rio era estreito e a rua mais larga, mas agora é ao contrário, o rio alargou e a rua diminuiu. Tinha que ter uma calçada maior”, pede a aluna Érica A lves. O Batalhão de Polícia de Trânsito do Paraná (BP Tran/PR), faz o policiamento com um agente de moto no cruzamento da avenida Cel Augusto de A lmeida Garret com a Victor Ferreira do Amaral. Mas a vigilância é feita só no turno da manhã e em dois períodos, das 7h às 8h e das 11h30 às 13h. “O intuito é que o motorista veja a presença da moto e sinta que está sendo vigiado. A presença da moto no local faz os motorista respeitarem mais os pedestres”, acredita o Soldado Gerson, do BP Tran/PR. Os moradores da região reivindicam obras no trecho como a melhoria do asfalto, tornar a via em mão única e a canalização e/ ou corte do mato do córrego. A equipe de reportagem entrou em contato com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), a Secretaria Municipal de Obras Públicas e com a Regional do Boa Vista e todos os órgãos informaram que ainda não existe um projeto de melhoria para o trecho. Yuri Michel Stelle
Aumento de premiação Na última sexta-feira, dia 14, entrou em vigor o reajuste da premiação dos páreos comuns do Jockey Club, no Tarumã. Segundo decisão da diretoria, o aumento será de 24%, ou seja, mais de R$ 1,2 mil ao primeiro colocado, informou a assessora de imprensa Mariana Rosa. O destaque da programação desse fim de semana foi a realização do G.P. Alô Ticolat Guimarães, válido pela segunda prova da Tríplice Coroa. Mais dez provas completaram as atrações do Turfe paranaense. As corridas tiveram início às 16h30 dessa sexta-feira, com entrada e estacionamento grátis.
Chuva e transtornos Na última segunda-feira, dia 10, em decorrência das fortes chuvas que castigaram Curitiba, o trânsito na Zona Leste da capital foi seriamente afetado. No fim da tarde, um caminhoneiro perdeu o controle do veículo e colidiu com uma árvore na Victor Ferreira do Amaral na altura do Círculo Militar, deixando apenas uma pista para os veículos. Somado com a chuva e o horário de pico, o engarrafamento foi inevitável, trazendo transtornos e impaciência aos motoristas e usuários do transporte público.
Fotos: Yuri Michel Stelle
A avenida Augusto Garret desbarranca e gera problemas
O córrego Tarumã já levou parte do asfalto em um dos lados da avenida. Estudantes do Colégio Paulo Leminski são maiores prejudicados.
Só há calçada em um dos lados da avenida. Na outra margem, o mato toma conta. Pedestres caminham entre os carros.
08 | CAPITAL DA NOTÍCIA - ZONA LESTE
17 de março de 2008
PINHAIS
Hospital ou posto de saúde? O Hospital Nossa Senhora da Luz foi inaugurado no dia oito de maio de 1999. O empreendimento foi doação de uma organização norte-americana, a World Family Organization. A estrutura tinha como objetivo suprir as necessidades de saúde da população de Pinhais, a intenção era que o hospital funcionasse até como maternidade. No entanto, o Nossa Senhora da Luz funcionou corretamente até 2002 durante a administração do prefeito que recebeu a doação. O hospital atendia a população de acordo com suas necessidades, sem que os moradores precisassem ser encaminhados para outras unidades de saúde fora do município. Atualmente o hospital funciona como pronto atendimento de Pinhais, e atende apenas casos de emergência. Enquanto diversas salas equipadas ficam inutilizadas, caso um morador necessite de exames ou atendimento específico é encaminhado para o hospital do Maracanã, em Colombo. “Já pensei em pendurar faixas, nós devemos protestar. O hospital possui uma boa estrutura e está largado, além de não utilizarmos toda essa estrutura, temos que conviver com a sujeira, afinal nem a limpeza do 'hospital' é feita corretamente”, disse o morador de Pinhais Adílson da Silva Cruz, que estava no posto de saúde e não conseguiu vaga para ser atendido. Segundo a funcionária do hos-
pital Giselle Mara Dums, o movimento atual é grande, e as pessoas são atendidas de acordo com as condições de funcionamento do local. Caso não seja possível atender adequadamente o paciente, as diversas ambulâncias que estão no pátio são utilizadas para transportar os pacientes que precisam de um atendimento especializado. “O pronto atendimento disponibiliza as ambulâncias, é necessário apenas ligar e reser var. Muitos pacientes são levados a Curitiba para fazer tratamentos de fisioterapia, quimioterapia, entre outros”, explicou Giselle. A lém do abandono de várias salas que não são utilizadas, os pacientes reclamam das condições higiênicas, já que a limpeza do local deixa a desejar. É presente o descaso com os moradores, segundo os próprios usuários do pronto atendimento. Outra reclamção é de que os pacientes são atendidos com má vontade, já que as atendentes dizem não possuir vaga e encaminham para um posto de bairro do município. “O meu cunhado estava passando muito mal e não queriam atendê-lo, minha irmã teve de invadir a sala da médica para que ele fosse atendido. E ela (a médica) dizia que meu cunhado estava drogado, quando na verdade estava tendo um derrame”, disse Juliana Regina Nascimento, que esperava para ser atendida. Luana Car valho
Foto: Luana Carvalho
Estrutura montada por orgazinação norte-americana pretendia atender as necessidades de saúde do município. Atualmente atende apenas a emergências
Hospital funcionou corretamente até 2002. Pacientes que precisam de atendimento especializado são encaminhados a Colombo ou Curitiba.
FILAS E FALTA DE VAGAS PARA CONSULTA Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Pinhais possui nove postos de saúde distribuídos pelas vilas da cidade. Porém em todos eles o grande problema são as extensas filas para atendimento. Para conseguir uma consulta é necessário chegar ainda de madrugada, antes das 4 horas da manhã. Além disso, outra frequente reclamação dos moradores está relacionada à falta de vagas para consultas odontológicas. Há um único dentista, que atende no posto da Vila Tebas. São apenas três vagas por dia, uma de manhã e as outras no período da tarde. “São muitas pessoas que precisam de atendimento, a maioria da população não pode pagar. A Prefeitura deveria disponibilizar mais vagas”, reivindica a moradora do Jardim Claudia, Edimara Rodrigues.
A divulgação do resultado final do concurso público da Prefeitura Municipal de Pinhais está prevista para o dia 06 de maio. Os candidatos podem conferir o gabarito oficial das provas desde segunda-feira (10) no site www.aocp.com.br. São 126 vagas a serem preenchidas e de acordo com a Secretaria de Administração de Pinhais, 34.905 pessoas se inscreveram. Os salários variam de R$ 433,89 a R$ 2.267,81. A taxa de inscrição para nível fundamental e médio foi R$ 17,00 e para nível superior R$ 22,00. Os demais classificados ficarão em cadastro reserva para o suprimento de novas vagas. As provas foram realizadas no domingo (9). O cargo mais solicitado foi para Assistente Administrativo, com 38,81% das inscrições (9.371 pessoas). “As provas objetivas
Foto: Pamella Mazon
Concurso público da Prefeitura reúne cerca 35 mil candidatos
Estacionamento da Unibrasil em domingo de concurso.
para Assistente exigiam conhecimentos gerais de administração, empreendedorismo, marketing e liderança, português, informática, matemática e atualidade. Considero de grande importância as questões atuais e as voltadas ao setor administrativo, entretanto algumas das demais questões tinham
sentidos ambíguos, o que confundiu as pessoas e fez com que muitos saíssem das salas nos primeiros 45 minutos”, relata Maressa Elise, estudante do curso de Administração da UniBrasil, uma das instituições onde os exames objetivos foram realizados. Pamella Mazon
Trânsito com novos semáforos e sinalização Motoristas e pedestres devem ficar atentos para os quatro novos conjuntos de semáforos que começaram a ser instalados na semana passada em diferentes lugares da cidade. Os locais foram escolhidos pelo Departamento Industrial e de Manutenção, da Secretaria Municipal de Infra Estrutura Urbana e Ambiental. Levou-se em conta o fluxo de veículos e o risco apresentado aos pedestres. Um dos trechos escolhidos para a instalação dos novos equipamentos de controle de tráfego foi a trincheira do Atuba. A Prefeitura informa que será feita, ainda, a pintura de faixas de pedestres e sinalização horizontal em todos os pontos escolhidos.
SUSPEITOS DE ROUBOs A CAIXAS ELETRÔNICOS são presos Um grupo formado por cinco homens e duas mulheres foi preso na manhã da última terça-feira (11). As sete pessoas pessoas são suspeitas de integrar uma quadrilha especializada no roubo a caixas eletrônicos. Junto deles foram apreendidas diversas armas, munição, coletes a prova de bala e o veículo que provavelmente era utilizado nas incursões. Segundo informações da polícia, o grupo planejava realizar assaltos a caixas eletrônicos também em Curitiba. Acredita-se que a quadrilha possua outros integrantes, porém estes ainda não foram encontrados.