Capital da Notícia - Zona Leste #1

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Capital

da

Jornal laboratório do curso de Jornalismo do UniBrasil - Centro Universitário

Notícia Informativo que faz jornalismo comunitário em Curitiba.

Curitiba | Outubro de 2017

Edição I

Zona Leste

JOCKEY PLAZA

SHOPPING CENTER Novo empreendimento no bairro Tarumã irá provocar impactos em vários bairros da região. PÁG. 3.

ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA ACOLHE PESSOAS CARENTES HÁ MAIS DE 20 ANOS

ACÚMULO DE LIXO EM TERRENOS BALDIOS PREOCUPA MORADORES DO CAJURU

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EDITORIAL

OPINIÃO

Nós queremos você!

Por Rafael Leite

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O curso de Jornalismo do UniBrasil Centro Universitário está com uma nova missão: buscar o que é notícia onde não vemos as notícias, onde a cobertura jornalística “tradicional” dificilmente consegue chegar. A Zona Leste, criada para localizar um conjunto de bairros, está no foco dos “focas”. Dentro disto, Bairro Alto, Cajuru, Capão da Imbuia, Jardim das Américas e Tarumã contam com uma equipe disposta a ouvir o cidadão, saber os problemas, ouvir o contraditório, dar voz. Notícias não são apenas ruins. Não precisamos de tragédias para retratar as necessidades e coisas que funcionam, precisamos sim de participação. E é aí que a figura do nosso público alvo — moradores desta região e, porque não, das demais da cidade — é fundamental.

A missão do Capital da Notícia Zona Leste é ter o morador como foco, como ator principal dentro do seu contexto, da sua realidade. Mesmo ele sendo um morador de Curitiba e, com isso, suprido com as informações que chegam até ele, ainda assim existe um cenário mais complexo, mais próximo, a realidade de onde se vive, e é nessa que estamos interessados. Nesta edição, buscamos trazer as necessidades, as histórias desconhecidas e prestação de serviço. Esta é uma grande via de mão dupla: de um lado a população, que busca alguém que ouça aquilo que ela acha essencial para virar notícia, e do outro o estudante, que busca ter uma formação profissional mais sólida e a empatia necessária para lidar com o público.

Um ponto fraco no Capão da imbuia é a falta de mobilização política. Estamos há mais de 20 anos sem um vereador do bairro. Acredito que com representatividade e com dedicação de colocar no orçamento do município projetos que atendam toda a extensão do bairro iria ajudar muito. Só teremos um investimento adequado, como por exemplo infraestruturas viárias, se a gente pedir e cobrar. Fica difícil cobrar de vereadores que nem moram aqui. Infelizmente hoje muita gente vêm de outros bairros fazer o “nome” no Capão, mas não são moradores daqui, só estão de passagem. Acredito que novas pessoas vão surgir, com maior consciência política, e vão mudar esta história. O projeto [Capital da Notícia Zona Leste] de vocês pode ajudar bastante. Existe uma diferença muito grande entre o Capão de cima [região central e próxima ao terminal Capão da Imbuia] e o de baixo [região da divisa com o município de Pinhais]. A estrutura poderia ser melhor,

as ruas, calçadas. Nasci perto do Conjunto Malibu e hoje moro aqui perto do Mercado Bandeirantes. Antigamente tínhamos um posto de saúde lá embaixo [próximo a rua Ayrton Senna, no caminho para Pinhais]. Hoje só o Iracema [na região central]. Não mudou quase nada em 30 anos. Mas a culpa é nossa. Cada um ficou na sua e faltou mobilização. A própria associação [de moradores] ficou anos abandonada. Estamos tentando revitalizar mas está difícil. Estamos com problema na documentação da sede. Pelo menos estamos tentando retomar algum trabalho. Pelo Facebook estamos respondendo a população, as demandas de infraestrutura estamos repassando para a regional. Buscamos agora criar uma logística para atender a população. Estamos aí para ajudar. Rafael Leite é professor de curso profissionalizante e secretário da associação de moradores do Capão da Imbuia. Foi candidato a vereador em 2014 pelo Partido Verde.

EXPEDIENTE UniBrasil Centro Universitário Rua Konrad Adenauer, 442, Tarumã, Curitiba – PR - 82821-020 Telefone: (41) 3361-4200

Presidente: Clèmerson Merlin Clève

Reitor: Sergio Ferraz de Lima

Pró-Reitora de Graduação: Lilian Ferrari Coordenadora do curso de Jornalismo: Elaine Javorski (interina).

Capital da Notícia Zona Leste: produto laboratorial do curso de jornalismo do UniBrasil Centro Universitário.

Editores desta edição: Felippe Salles, Nycole Soares e Thaís Vieira.

Repórteres: Anderson Meotti, Gabrielle Sversut, Leonardo Gomes, Nycole Soares, Yasmin da Silva Professor responsável: Rodolfo Stancki.

Site: capitalzonaleste. wordpress.com/

Facebook:/jornalcapitaldanoticia Instagram:/Zonalestecuritiba Dúvidas e sugestões: jornalismo@unibrasil. com.br

Material integrante da disciplina de Redação Jornalística IV.


MOBILIDADE

Novo empreendimento comercial no Tarumã Jockey Plaza trará mudanças no tráfego Mesmo com as modificações já estabelecidas no trânsito local, o velho problema de congestionamento na Avenida Victor Ferreira do Amaral ainda não tem prazo para ser solucionado.

Com previsão de entrega para abril de 2018, o Jockey Plaza Shopping Center será a maior estrutura comercial do bairro Tarumã, região leste de Curitiba. A novidade trará não só um novo local para os moradores frequentarem como algumas alterações em torno das ruas que darão acesso ao shopping. Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), todas as alterações já previstas são de responsabilidade do grupo de empreendedores que estão construindo o prédio e ainda não tem data para o início das obras que dependem exclusivamente dos prazos da edificação. Para atender a demanda do local as principais alterações serão a duplicação e pavimentação das Ruas Konrad Adenauer e a Dante do Amaral (entre a Linha Verde e a ponte do Rio Bacacheri), para facilitar o escoamento dos veículos ao redor do Jockey Plaza que terá a entrada e saída pela Avenida Victor Ferreira do Amaral. Outra mudança que deverá acontecer é a instalação de um semáforo na Rua Fúlvio José Alice, que será ligado à trincheira que está em construção no cruzamento da rua com a Linha Verde que tem como prazo de conclusão dezembro de 2017. Com essa alteração será possível ter acesso ao shopping pelo bairro Bacacheri. A Setran informou ainda que o projeto se encontra em processo de aprovação e que algumas mudanças podem e devem acontecer.

Polêmica

As mudanças que fazem parte do

Estabelecimento tem conclusão prevista para abril de 2018 e será o maior shopping do sul do Brasil.

projeto de readequação do trânsito com a construção do Jockey Plaza no Tarumã estão gerando inúmeras discussões em torno de questionamentos de moradores do Bairro Alto e do Capão da Imbuia que dizem estarem preocupados com essas alterações. O morador do Bairro Alto, Celso Casagrande, 58, relata que a preocupação maior dos moradores é que terão que fazer uma volta maior para acessarem o bairro e a Victor Ferreira do Amaral. “Querem nos obrigar a tomar um rumo diferente para acessar a Victor, indo sentido norte e isso não é certo”. A solução segundo o comerciante Afonso Koval, 52, seria a construção de um viaduto na Rua Konrad Adenauer cruzando a Av. Victor Ferreira do Amaral. “Até mesmo uma trincheira ajudaria a criar menos problemas para nós que moramos há anos aqui”.

Sem previsão

O trecho que cruza a Av. Victor Ferreira do Amaral e a Rua Konrad Adenauer é o ponto que gera mais reclamações dos moradores dessa

região. O grande fluxo de veículos principalmente em horários de pico se dá por essas vias serem acesso para as cidades de Pinhais e Piraquara e também ao UniBrasil - Centro Universitário. O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) informou por meio da assessoria de imprensa que existia um projeto para a construção de um viaduto entre essas ruas, mas que a ideia não avançou por se tratar de uma obra de alto custo. Ainda segundo o IPPUC o local é monitorado constantemente e o órgão está buscando meios para solucionar as demandas da região e principalmente dos moradores que utilizam o trecho todos os dias.

Estrutura

420 Lojas 18 Âncoras 21 Mega-lojas 2 Pisos 14 Escadas rolantes 11 Elevadores 4200 Vagas no estacionamento

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Foto: Reprodução/Tacla

Por Anderson Meotti


SEGURANÇA

Roubos e furtos de carros deixam moradores do Tarumã preocupados Furtos de carros têm aumentado nos bairros da zona leste de Curitiba. No Tarumã, hospital e supermercado estão entre os alvos dos assaltantes

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Região do supermecado tem sido alvo de ladrões. Foram dois roubos dentro do estacionamento em um mês.

seguranças dentro dos estacionamentos. “Infelizmente, o furto de carros nessa região tem tomando uma grande proporção. Nós até temos tentado controlar ao máximo, mas em um mês acabaram levando dois carros de dentro do nosso estacionamento”, comentou o gerente. Recentemente também ocorreu um roubo

na rua Raul Joaquim Quadros Gomes, em uma Igreja Presbiteriana, onde são realizadas as reuniões mensais do Conseg. Os membros da igreja também estão assustados com os assaltos no bairro como comenta o Pastor Francisco Creti Neto: “Toda manhã, as senhoras que congregam na nossa igreja vêm até aqui para

Foto: Felippe Salles

O roubo frequente de carros tem preocupado os moradores do bairro Tarumã. Essa onda de violência tem assustado os moradores da região. A população relata que a região costumava ser tranquila até um ano atrás, mas o aumento de furtos e roubos vem causando medo nos cidadãos. Nas ruas Madre Leone esquina com a Monte Castelo, próximo ao Hospital das Nações, já ocorreram vários roubos de carros. Enquanto alguns pacientes deixam os veículos estacionados na rua para realizarem consultas ou até mesmo por conta de emergências, já que o estacionamento privado possui um valor alto, os ladrões aproveitam e realizam os roubos. No novo supermercado Rio Verde, localizado na Avenida Victor Ferreira do Amaral, também já foram registrados dois roubos de carros dentro do estacionamento superior do estabelecimento. Segundo o gerente do supermercado, Alexandre Gomes, não tem como o mercado controlar isso, sendo que já conta com

Foto: Felippe Salles

Por Yasmin da Silva

No Hospital das Nações, preço de estacionamento privado pesa na decisão de deixar carro na rua

fazer alongamentos e ginástica, e em duas vezes elas já foram assaltadas no caminho. Isso tem causado um certo pânico nelas e na gente também, nosso bairro não era tão violento até um tempo atrás”. A Policia Militar informou que, segundo um levantamento da corporação, foram registrados 24 roubos e 15 furtos de carros nos dois primeiros meses de 2017. “O roubo de carros subiu em todo o estado do Paraná. Não existe nenhuma região que tenha diminuído. Quando aumenta o nível de criminalidade, também aumenta os roubos de veículos. Muitas vezes porque as quadrilhas tentam ganhar recursos para combater os rivais”, explicou o major da PM Geraldo Luis. O major também afirma que as vítimas devem denunciar os atos, que muitas vezes são deixados em segundo plano, pois o índice de queixas registradas ainda é muito menor do que os crimes de fato ocorridos.


SAÚDE

Acúmulo de lixo em terrenos baldios preocupa moradores do Cajuru Departamento de Limpeza de Curitiba diz que manutenção de espaços é responsabilidade do dono e não da Prefeitura.

Na maior parte dos bairros de Curitiba, a coleta de lixo normalmente é realizada de duas a três vezes na semana – sem contar os dias de recolhimento de resíduos recicláveis. Apesar de integrar esse cronograma, o Cajuru tem enfrentado um sério problema de acúmulo de lixos em terrenos baldios. Esses espaços se tornam antros para a proliferação de ratos e insetos, que colocam em risco a saúde dos moradores. De acordo com a plataforma Dados Abertos, da Prefeitura de Curitiba, entre junho e julho deste ano foram registradas 42 reclamações de problemas em terrenos baldios no Cajuru. A maior parte das solicitações pede limpeza nos locais por questões de higiene. Segundo o morador José Ribeiro, o problema é frequente na região porque muitas pessoas jogam entulhos, móveis velhos e até lixo doméstico em terrenos baldios. Os efeitos desse comportamento fazem parte da sua rotina. “Na Rua Sonia Wasilewski, em plena luz do dia, eu vejo ratos passando por ali. Isso pode trazer problemas de saúde para quem mora aqui perto, assim como eu”. Um terreno que é propriedade da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (COHAB) tem servido como um lixão a céu aberto. Localizado na Rua José Demeterco, no Cajuru, o local tem um visual descuidado. A grama está há muito tempo sem cuidados. Pedaços de plásticos, madeiras e dejetos de concreto estão espalhados. Carcaças de carros enferrujados aparentam estar lá há muito tempo. O espaço é um dos alvos de reclamação dos moradores do bairro. A

Descaso com os terrenos pode acarretar em doenças como a dengue

reportagem procurou a COHAB para discutir o problema por telefone e por e-mail, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. O problema maior parece ser comportamental. A dona de casa Nelma Belastro, de 52 anos, enfrentou uma experiência desagradável pelo acúmulo de lixo indevido em seu terreno no bairro. “Tive que me ausentar da cidade por motivos de saúde por uns meses e, quando voltei, meu terreno estava irreconhecível de tanto lixo que tinham jogado nesse meio tempo”. A Secretaria de Meio Ambiente pede que a população denuncie quem jogar entulho em locais irregulares. O ato pode render uma multa que pode variar de R$ 200 até R$ 50 mil. Segundo a assessoria do Departamento de Limpeza Pública de Curitiba, o ponto de lixo está em um terreno particular. Logo, a obrigação de manter o local limpo e murado é do próprio proprietário.

Serviço

A Prefeitura de Curitiba pede para os moradores entrarem em contato pelo telefone 156 para reclamações.

Paranaenses podem fazer doações para APACN através do CPF na Nota Por Redação

A Associação Paranaense de Apoio a Crianças com Neoplasia (APACN), localizada no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba, recebe doações por meio do projeto “Nota Paraná”. Para doar, as pessoas devem recusar inserir o “CPF na nota” e depositar os cupons fiscais nas urnas espalhadas em estabelecimentos da cidade. A iniciativa não tem custo e contribui para melhorar a vida de várias crianças. Pessoas jurídicas também podem contribuir, pedindo para seus estabelecimentos receberem as urnas. Para mais informações, entre no site da entidade apacn.com.br/notaparana.

Pedal Cajuru reune moradores e ciclistas Por Redação

Todas as quintas-feiras moradores e ciclistas se reunem na rua Pedro Bocchino, número 134, para fazer um passeio noturno pelas ruas do Vila Oficinas e Cajuru. A cada semana é feito um percurso diferente pelo bairro.

A iniciativa é da Prefeitura de Curitiba, que iniciou o projeto em 2012. O Pedal Cajuru tem cerca de 130 ciclistas fiés. Nas terças-feiras existe também um “pedal médio”, para aqueles que já possuem familiaridade com o ciclismo, e nos sábados são os que já tem mais experiência. O percurso tem em média 17 km.

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Foto: Bruna Gazabin

Por Bruna Gazabin

SOCIAL


SEGURANÇA

Iluminação precária no Capão da Imbuia provoca insegurança aos moradores Postes apagados há meses são um problema para quem circula pelo bairro à noite.

O medo e a falta de segurança têm incomodado os moradores do Capão da Imbuia durante a noite. A principal reclamação é a falta de iluminação nas ruas do bairro, o que deixa a população à mercê de assaltos e violência. Em 2016, por falta de gestão, Curitiba chegou a ter mais de 1,5 mil solicitações pendentes de troca de iluminação. De acordo com o atual contrato vigente, a iluminação pública de Curitiba é dividida em três lotes por regionais: o lote 1 tem Matriz e Boa Vista com 270 pontos apagados; o lote 2, Santa Felicidade, Portão e CIC com 185 pontos apagados; e o lote 3, Cajuru, Boqueirão Bairro Novo, Pinheirinho e Tatuquara com 223 pontos apagados. O lote 1 é administrado pela empresa Empoel e os lotes 2 e 3 pela empresa Lumi. Alguns até deixam de andar à noite com medo de passar pelas vias escuras. “Evito sair à noite e meu marido tem que buscar minha filha na

Foto: Yasmin Ferreira

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Por Nycole Soares

Na divisa com o bairro Tarumã, Avenida Victor Ferreira também possui iluminação precária.

faculdade, que é aqui bem perto, por medo do que pode acontecer. Se na luz do dia os bandidos já atacam, imagina à noite”, diz a vendedora Eva Moraes, de 46 anos. A moradora também afirma já ter contatado a Prefeitura para que o problema fosse resolvido na Rua Professora Antonia Reginato Vianna. “Já liguei no 156 e nada até agora, eles sempre dão um prazo, dizem que estão trocando as lâmpadas de vários pontos de Curitiba, mas até o momento não tive um retorno”. Entre as ruas consideradas mais perigosas pela população está a Delegado Leopoldo Belczak, parale-

la ao terminal do Capão da Imbuia, que possui postes apagados há meses. Um comerciante da região, que não quis ser identificado, afirma que o local não é seguro para o seu negócio. “Fecho antes de acabar a luz do dia e acabo perdendo os clientes que passam na loja mais tarde. Fui obrigado a tomar essa atitude após ter minha loja roubada duas vezes”. No início do ano, um mutirão foi organizado pela Prefeitura para revitalização dos pontos apagados nos lotes. Até mesmo rondas noturnas foram feitas para que esse tipo de problema fosse fiscalizado sem que a população tivesse

que solicitar a manutenção. No bairro Capão da Imbuia, no entanto, essa verificação não está ocorrendo. A prefeitura informou por nota que o setor de urbanismo vem realizando um levantamento para mapear a real situação da iluminação pública do bairro. De acordo com a assessoria, o órgão não deve efetivar reparos ou instalações isoladas para não privilegiar determinada comunidade e evitar polêmicas. Quanto à segurança, a orientação é de que a população acione a Polícia Militar, já que considera a segurança como incumbência do governo do Estado. É recomendado aos moradores que se sentirem lesados pela falta de iluminação que reportem os casos ao 156 para que o serviço de manutenção seja requisitado e realizado nas vias. O atendimento pode ser acompanhado pelo chat Central 156 disponível no site da Prefeitura.


SOCIAL

Associação comunitária no Bairro Alto acolhe pessoas carentes há mais de 20 anos Fundada por Dona Niuza, espaço é dedicado para atividades de costura e artesanato. Quem pede ajuda não sai de lá desamparado. Por Leonardo Gomes

Em uma rua estreita do Bairro Alto, em Curitiba, o local é tão tranquilo que poderia ser confundido com outras regiões da cidade. Mas é este o lugar que abriga a Associação das Mulheres do Bairro Alto, criada há mais de 20 anos, com a missão de ajudar e transformar a vida de pessoas carentes. No espaço são realizados trabalhos como costura e artesanato, além de atividades temáticas em grupo. Os objetos produzidos pelas mais de 40 integrantes podem ser vendidos e com isso ajudar a complementar a renda famíliar dos envolvidos. São oferecidas ainda três refeições por dia para todos da comunidade. Niuza de Jesus Oliveira Simei, a Dona Niuza, fundadora da associação ajuda também qualquer pessoa que precise de roupas, comida, móveis ou até mesmo moradia. Quem bate à porta de sua casa buscando ajuda, não sai de lá desamparado. “Cada pessoa que está comigo é como uma família, você passa a ser mais amigo da pessoa do que da própria família, então tudo que a pessoa precisa, tem necessidade a gente compra”, explica. Dona Niuza conta que a sua intenção vai além de apenas ajudar, ela incentiva as boas

ações também por parte das outras pessoas. “Eu ensino elas a ajudar os mais carentes lá fora, por exemplo os haitianos, pessoas do Mato Grosso e de várias outras partes do país que muitas vezes vem sem nada e precisam de ajuda. Aqui a gente consegue fogão, colchão, comida, casa, arrumamos tudo que eles precisam”. Integrante da associação há mais de dez anos, Maria da Silva destaca o trabalho feito por Dona Niuza. “Ela ajuda bastante gente que precisa, ela não sabe dizer não para ninguém, quem chega aqui e está precisando ela tira do armário e entrega. Tudo que ela faz aqui é em função de ajudar os outros”.

Cada pessoa que está comigo é como uma família

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Foto: Leonardo Gomes

Niuza há mais de 20 anos cumpre promessa e ajuda de forma voluntária quem precisa.

Essa vontade de ajudar e acolher as pessoas surgiu depois da morte de umas das filhas em um acidente de carro. Deixando duas crianças, Dona Niuza começou a tomar conta delas, mas naquele momento ela passava por um momento debilitado de saúde, o que a prejudicava e tornava difícil o cuidado das crianças e ao mesmo tempo o trabalho de diarista, com isso ela recorreu a orações. “Pedi a Deus saúde para cuidar dos meus netos e prometi que se ele me atendesse trabalharia o resto dos meus dias tanto para pobres quanto para ricos, sem pedir nada em troca”. A associação se mantém através de doações de parceiros, ou como Dona Niuza prefere chamar, os amigos. Além disso boa parte da renda vem da venda de estopas, produzidas pelas mulheres associadas. São promovidas ainda durante todo o ano algumas festas em comemoração à Pascoa, Dia das Crianças e Natal. Para colaborar com doações de roupas, alimentos, móveis ou qualquer outro tipo de ajuda é possível entrar em contato pelo telefone (41) 30535492 A associação fica localizada na Rua Rio Amazonas, 391, Bairro Alto, Curitiba.


ECONOMIA

Caem os preços de locação e compra de imóveis no Cajuru

Estudo de aplicativo imobiliário aponta uma queda de 4% nos últimos 12 meses no bairro.

Foto: Gabrielle Sversut

Por Gabrielle Sversut

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O Cajuru está entre os bairros que tiveram queda mais significativas de preços dos imóveis. Segundo um estudo realizado pela plataforna virtual Imovelweb, em junho de 2017, nos últimos 12 meses houve uma queda de 4%, contemplando a inflação. O preço médio do aluguel de um apartamento na localidade, com dois dormitórios, 65m² e uma vaga, ficou em R$ 950,00, enquanto o de três dormitórios, com 95 m² e uma vaga, ficou em R$ 1.450,00. Além do Cajuru, bairros como Boa Vista, Bairro Novo e Cidade Industrial foram outros que tiveram quedas de preço no mesmo período. Os valores para locação e compra de imóveis possuem variações entre os bairros da capital paranaense. Segundo o estudo o bairro Barigui apresenta o metro quadrado mais caro da cidade, enquanto que o Campo de Santana é o mais em conta. De acordo Joyce Ribeiro, corretora na empresa Apolar Imóveis, os principais motivos da queda de preços são a quantidade de imóveis vazios e a crise econômica, que juntos, estimulam imobiliárias e proprietários a negociarem preços mais baixos. “Imóveis que demoravam cerca de três meses para serem alugados passaram a levar até o dobro desse tempo. Os donos preferem negociar e dar algumas vantagens aos inquilinos do que ficar com os bens fechados gerando despesas. ” Foi o que aconteceu com o estudante Matheus Souza, 24 anos, que morava na região central de Curitiba quando, em julho deste ano, decidiu que era hora de procurar um lugar mais barato para morar. Encontrou um apartamen-

Momento é oportuno para aqueles que pretendem investir em um imóvel no Cajuru.

to que, além de corresponder as suas necessidades, tinha um preço que cabia em seu orçamento. “Quando decidi que precisava me mudar, busquei bairros que tivessem preços mais em conta e que fossem de fácil acesso. Entre as opções que tinha, escolhi um apartamento no Cajuru”, conta. Na hora de fechar contrato, a negociação foi essencial. Depois de fazer algumas propostas ao proprietário acabou ganhou desconto no primeiro aluguel. Investimento

Além dos baixos preços de aluguel, o cenário no setor de compras tam-

Quando decidi que precisava me mudar, busquei bairros que tivessem preços mais em conta

bém é oportuno para aqueles que pretendem investir em um imóvel na região. “Devido ao número de ofertas, os preços por metro quadrado tem diminuído em algumas regiões de Curitiba. O bairro Cajuru tem sido um dos mais procurados da zona leste da capital. Esse é um bom momento para quem pretende comprar uma casa ou um apartamento”, explica Joyce. Roberta Freitas, 29, mora no Cajuru há 18 anos e passou a maior parte da sua vida no bairro. Com data marcada para o casamento, está a procura de uma residência para morar com o futuro marido. “Gosto da região. O meu plano é comprar um apartamento no bairro e continuar morando pelas redondezas. Vamos aproveitar que os preços, que estão mais em conta, e comprar um apartamento”, diz. Com a recuperação da economia, a expectativa é de que o setor imobiliário de Curitiba aumente a movimentação até o fim de 2017.


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