Capital Jornal laboratório do curso de Jornalismo do UniBrasil - Centro Universitário
da
Notícia Informativo que faz jornalismo comunitário em Curitiba.
Curitiba Novmbro de 2018
Edição Especial Impressa
Zona Leste
ALERTA
MORCEGO INFECTADO Caso aconteceu no bairro Cajuru e chama atenção para cuidados com animais domésticos. Pg 6.
ENCHENTES CAUSAM PROBLEMAS NO BAIRRO ALTO
Pág. 4
VIA MUDA DE SENTIDO AUMENTA SEgURANÇA NO CAPÃO DA IMBUIA
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EDITORIAL
CONHEÇA A HISTÓRIA DO SEU BAIRRO
Que tal se questionar?
Por Leticia Milani esse nome?), o parque mais próximo (por que ele foi construído ali?), sobre o comércio local, os museus, enfim, sobre o local que os rodeia. Esperamos que nosso objetivo seja cumprido e mais pessoas passem a tentar entender mais sobre o local onde vivem e queiram, acima de tudo, transformá-lo em um lugar melhor a cada dia, participando da comunidade.
Charge: “Brazil acima de tudo...”
A palavra Cajuru faz referência à “entrada da mata” e veio de um sítio que era situado onde hoje se encontra o caminho do Itupava, chamado “Cahajurú”. Porém, os registros do bairro como parte de Curitiba são de 1858, quando uma rede provincial chamada Congregação das Irmãs de José de Chambery foi instalada no bairro. Atualmente, o bairro é dividido em três vilas, chamadas: Vila Oficinas, Vila Centenário e Jardim Mercúrio. O bairro conta também com áreas de lazer, como o Parque Linear do Cajuru e Parque dos Pedaleiros. Para quem gosta de curtir a natureza, o bairro é uma ótima opção de passeio. É propício também para quem gosta de praticar corrida, já que as canaletas de ônibus têm asfalto plano, bom para a prática do esporte. Ainda falando de lazer, o Cajuru conta com diversas opções de pizzarias e restaurantes para passeios românticos ou em família.
Por Gregório Matos
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A função de um jornal é primeiramente informar. Mas também é a de trazer reflexão. Pensando nisso, o Capital da Notícia - Zona Leste resolveu inovar e trazer a bandeira “Conheça a história do seu bairro”. O objetivo é trazer questionamentos sobre o local onde nossos leitores moram, já que muitos bairros da Zona Leste de Curitiba são dormitórios, locais onde o morador volta pra casa apenas para dormir e se desloca para trabalhar em outra região. Por isso trazemos nesta edição, uma pequena introdução sobre o bairro Cajuru, com curiosidades e um breve histórico sobre o local. O intuito é aguçar a curiosidade do nosso leitor a saber mais sobre seus vizinhos (onde ele trabalha?), sua rua (por que ela tem
EXPEDIENTE UniBrasil Centro Universitário Rua Konrad Adenauer, 442, Tarumã, Curitiba – PR - 82821-020 Telefone: (41) 3361-4200
Presidente: Clèmerson Merlin Clève
Reitor: Sergio Ferraz de Lima
Pró-Reitora de Graduação: Lilian Ferrari Coordenadora do curso de Jornalismo: Maura Oliveira Martins.
Capital da Notícia Zona Leste: produto laboratorial do curso de jornalismo do UniBrasil Centro Universitário.
Editores e repórteres: Carolini Déa, Giancarlo Mazza, Juan Lamonatto, Leticia Milani e Matheus Ribeiro. Professor responsável: Rodolfo Stancki. Site: capitalzonaleste. wordpress.com/
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Material integrante da disciplina de Redação Jornalística IV.
MOBILIDADE
Conversão em rua do Cajuru traz mais segurança aos moradores do Capão da Imbuia A partir de outubro passou a ser proibida a conversão à esquerda na rua Engenheiro Costa Barros
Moradores do Capão da Imbuia estão tendo que se adaptar a mudanças no trânsito. No bairro Cajuru, foi realizada a alteração de sentido da rua Engenheiro Costa Barros com a canaleta exclusiva para ônibus no cruzamento com a rua Roraima, o que força os moradores a percorrerem novo trajeto para chegar nos bairros e no centro. A ação se deu por um pedido dos moradores e, conforme a Superintendência de Trânsito (Setran), teve o objetivo de minimizar colisões desse trecho, que é bastante movimentado. O morador Wellington Magno acredita que algumas obras são necessárias para melhorar as condições do bairro e até de quem se desloca para outros lugares: “mesmo o pessoal que só vai para esses sentidos para trabalhar está correndo riscos com o perigo dessa região”. E ainda complementa: “mudar o sentido de uma rua pode nos obrigar a fazer outro caminho e gerar um estresse, mas faz parte”. O engenheiro de trânsito Diego Neris explica que em qualquer forma de restrição de movimento sempre há uma demanda a ser afetada. Ele ainda afirma: “cabe ao especialista que tomou a decisão analisar se o aumento da distância a ser percorrida pelos veículos que fariam o movimento é bem compensado pela redução no índice de acidentes”. A população pode participar informando se existem problemas na região, mas a intervenção que deve ser feita é uma decisão atribuída ao auditor
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Foto: Fernanda Facchini
Por Fernanda Facchini
em segurança viária que tem as qualificações para entender os motivos que, de fato, estão causando os acidentes. Neris ainda recomenda cautela nas mudanças no trânsito: “esse tipo de ação (a conversão) deve ser evitada pois afeta a acessibilidade na região, mesmo sendo uma restrição para carros que não teriam muita diferença, se tiver que optar por andar mais, outras áreas podem receber esse tráfego e causar novos congestionamentos e até emissão de poluentes”. No entanto, a mudança da rua se justifica caso se verifique uma diminuição no índice de acidentes. Neris ainda sugere outra opção: “uma medida que pode ser estudada também e que necessitaria uma maior intervenção é a implantação de uma rotatória vazada. A rotatória é uma alternativa sempre que a taxa de conversão à
Conversão na rua Engenheiro Costa Barros.
esquerda é muito alta e já é comprovada a redução no número e na gravidade dos acidentes ao adotá-la”.
SAIBA MAIS: Com a alteração, o condutor de carro ou de moto que estiver na Rua Costa Barros sentido Centro e quiser seguir pela Rua Roraima deverá continuar o trajeto até a próxima quadra. Depois, terá que virar à direita na José de Paula Pereira e, na sequência, novamente à direita na Rua Aracaju, fazendo a chamada conversão em “P”. Já os motoristas de caminhões acima de 10 toneladas deverão entrar à direita na Rua dos Ferroviários, depois à direita na Aracaju e em
seguida também à direita na Rua Roraima. No sentido bairro, os motoristas que quiserem entrar na Rua Roraima devem ir pela Rua Cuiabá até a Fernão Dias Pais. A conversão em locais proibidos pode gerar multas de aproximadamente de R$ 195, e
até
cinco
pontos
na
carteira.
SEGURANÇA
Enchentes prejudicam moradores do Bairro Alto em época de chuvas Cuidar para não poluir os rios e córregos pode ser uma das soluções Por Gabriela Carsten Foto: Gabriela Carsten
Rio causa enchentes, alertando para consciência ambiental
04 Não é de hoje que os moradores do Bairro Alto sofrem com as enchentes. Bernadete Soares, que reside há 37 anos no bairro, conta que sempre foi prejudicada. “Aqui em casa nós já passamos por várias enchentes. Meus vizinhos também. Já perdemos muitas coisas por conta disso. Nas primeiras vezes, perdemos fotos e móveis que foram danificados. Aí aprendemos a erguer os móveis e as roupas. Na última vez, o assoalho foi todo estragado”, comenta. Segundo Letícia Leão, estudante de Arquitetu-
ra e Urbanismo, o ideal para que não ocorram as enchentes é não poluir os rios e córregos da cidade. “Quando chove, os rios transbordam devido à quantidade de lixo depositado. Alguns rios podem também não ser poluídos, mas quando ocorre uma chuva muito forte, o volume de água aumenta e não tem para onde escoar”, explica. “ Normalmente isso ocorre porque as edificações foram feitas, na maioria dos casos, sem o conhecimento da Prefeitura, ou na hora do projeto não foi pensado
nisso”, complementa Letícia. De acordo com a Prefeitura Municipal de Curitiba, somente neste ano, quase 1,1 mil de tonelada de lixo foi retirada de pontos das bacias hidrográficas de Curitiba, de janeiro a meados de setembro. “Além das ações de limpeza, buscamos continuamente trabalhar com conceitos de educação ambiental para mostrar a importância de se manter os rios limpos e do descarte adequado dos resíduos”, diz a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias.
Os locais com maior incidência do problema são os que apresentam grande concentração populacional próxima dos rios e córregos, de acordo com o chefe de serviço do Departamento de Limpeza Pública da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Rafael Garcia. As ações das equipes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente que fazem retiradas de lixo de córregos e rios são chamadas de “Olho D’Água” e feitas conforme a programação do Departamento de Limpeza Pública e também em atendimento a demandas da população via Central 156.
SAÚDE
Tarumã tem nova campanha contra o mosquito da dengue Por Leonardo Zorze
Foto: Leonardo Zorzev
Agentes de saúde fazem vistorias nas residências
Depois do surto de dengue registrado em todo o Paraná em 2016, algumas cidades da capital do estado podem estar prestes a registrar uma nova crise da doença neste verão de 2019. Levantamento divulgado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em outubro revelou um aumento expressivo na quantidade de criadouros do Aedes Aegypti na região, o que indica uma possível infestação pelo mosquito. Para tentar reduzir os focos, a cidade fará um mutirão intensivo para esse final de ano, com reforço do Exército e da comunidade local. O mutirão, que existe desde 2011, é chamado de “Curitiba Sem Mosquitos” e tem como objetivo conscientizar os moradores para a limpeza de seus terrenos e manter o município livre da dengue. Nessa primeira etapa, moradores do bairro estão recebendo a visita de agentes comunitários de saúde, que orien-
tam sobre quais materiais podem ser descartados. Qualquer material ao relento pode acumular água e atrair o mosquito. Segundo a assessoria da Prefeitura, durante a ação, os agentes explicam que o entulho de lixo deve ser ensacado e deixado em frente às casas, para serem recolhidos nos próximos dias. A população do bairro está vendo com bons olhos a ação. “É ótimo quando a Prefeitura toma esse tipo de iniciativa porque conscientiza a população sobre como descartar o lixo corretamente”, elogiou a professora Caroline Schneider de Lima, 30, que mora ao lado do Rio Atuba. “Isso nos deixa não só longe da dengue como evita que a poluição dos rios cause enchentes”, completou. A bióloga do Programa Municipal de Controle do Aedes da Secretaria Municipal da Saúde, Ana Gastão, explica que as áreas selecionadas para as ações do “Curitiba Sem Mosquito” são
definidas de acordo com o risco de proliferação do inseto. “Geralmente são locais onde já existe um histórico da presença do vetor e que apresentam grande quantidade de materiais acumulados que servem de criadouros para o mosquito”. Além do Tarumã, os bairros Capão da Imbuia e Bairro Alto também estão passando pela ação. O “Curitiba Sem Mosquito” é uma das ações para manter a cidade com índice de infestação abaixo de 1%, conforme as medições dos dois Levantamentos Rápidos de Índice para Aedes aegypti (Liraa), realizados em 2018, seguindo a diretriz do Ministério da Saúde. Em 2017, foram recolhidas mil toneladas de lixo com a ação, segundo a bióloga que coordena o projeto.
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Prefeitura estima que 60% dos imóveis da região tenham foco do mosquito
CAPA
Morcego infectado com raiva é encontrado no Cajuru Animal foi capturado dentro de uma residência e traz alerta para cuidado com doenças Por Carolini Déa
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Nos seres humanos, os sintomas da raiva são mal-estar, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, irritabilidade, alterações de comportamento, febre, delírios, espasmos musculares involuntários, salivação intensa, fotofobia e convulsões. A progressão da doença leva ao coma e evolução para óbito dentro de cinco a sete dias. “Em caso de possível exposição ao vírus da raiva é importante realizar a limpeza do ferimento com água
corrente abundante e sabão. A assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível”, explica. As instruções da Unidade de Vigilância de Zoonoses é que, caso um morador encontre um morcego dentro de sua residência ele deve, se possível, isolar a área trancando o cômodo, caso o animal esteja no chão, a recomendação é colocar um balde ou bacia para impossibilitar o voo. Deve-se evitar em qualquer hipótese o con-
tato direto com o animal, mesmo que ele esteja morto. Após o isolamento, deve ser solicitado a retirada por meio do telefone 156. SERVIÇO: Em Curitiba a vacinação gratuita de animais domésticos é feita na Unidade de Vigilância de Zoonoses, localizada na Rua Ludovico Kaminski 1.381, CIC - Caiuá das 8h às 11h30 e das 13h às 16h30. Para humanos a vacina só é recomendada para profissionais da área.
Foto: Carlos Poly
O morcego encontrado em agosto no bairro Cajuru passou por análise no Laboratório Central do Paraná (Lacen) e segundo o Centro de Zoonoses de Curitiba, estava contaminado pelo vírus da raiva. Entre janeiro e agosto foram encontrados seis animais infectados na zona urbana de Curitiba. Segundo a médica veterinária Ida Feltrin, o caso é preocupante pois a raiva é sempre fatal. A veterinária conta que é possível que a doença seja passada para humanos por meio de mordedura, lambedura ou arranhadura de animais contaminados ou por contato com material infectado. “Não existe tratamento comprovadamente eficaz para a raiva. Normalmente só percebemos o animal infectado quando os sinais clínicos se manifestam, e a partir deste momento não há cura possível.” De acordo com ela o ideal é manter os animais domésticos vacinados a partir dos quatro meses de vida.
É importante vacinar animais domésticos anualmente para evitar a contaminação.
MEIO AMBIENTE
Portal cria mapa interativo para divulgar problemas ambientais do Cajuru
O portal utiliza de um mapa interativo como ferramenta de caracterização de problemas ambientais Por Matheus Ribeiro
Os bairros de Curitiba habitualmente sofrem com alagamentos e danos causados com as chuvas de verão. No intuito de divulgar esses e outros problemas de aspectos ambientais do Cajuru, Rafael Rosa, ambientalista e morador do bairro, criou o portal AGATA, uma abreviação para Análises Geoambientais em Ambiente e Tecnologia Avançados. O objetivo é identificar as áreas com problemas de poluição do Cajuru previamente, minimizando ações imediatas e inadequadas que podem causar aos moradores, comerciantes e frequentadores
do bairro. A população pode acessar o site e denunciar por meio de um mapa interativo. Os moradores podem divulgadas pelo portal os locais que estão sofrendo com poluição de resíduos, poluição sonora e visual, além de árvores com necessidade de poda e mortas, terrenos baldios, com falta d’água e efluentes. Com a coleta dos dados geográficos disponibilizados, é elaborado de um mapeamento colaborativo com a participação pública para contribuir com o planejamento, a gestão e a divulgação de informações ambientais. Segundo Rosa, a
proposta do portal de divulgar os aspectos ambientais do bairro constituise em uma ferramenta na área de geoprocessamento, meio ambiente e sustentabilidade. “Observamos que a ausência de aspectos ambientais informados na região pode estar associada ao pouco acesso ou desinteresse dos usuários por questões ambientais, pertencentes a regiões menos favorecidas, que têm suas prioridades vinculadas a saúde, segurança, emprego, por exemplo. Logo, ações de educação e conscientização ambiental nessas regiões seriam de grande valia”.
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Foto: Matheus Ribeiro
Desenvolvedores apresentam o projeto
Rosa afirma que a próxima etapa do projeto é expandir o portal para que possa integrar toda a Curitiba e regiões rurais. “Por enquanto o portal está apenas voltado para os módulos urbanos, mas a ideia é ampliar para toda Curitiba e depois quem sabe, fazer funcionar por módulos, para abranger áreas rurais e poder identificar problemas de desmate, explorações ilegais, caça e mineração ilegal”. Rafael Rosa, 38 anos, reside no bairro Cajuru e morou praticamente a vida toda na zona leste de Curitiba. Estudou Engenharia Ambiental na instituição de ensino PUCPR e criou o portal AGATA com o objeto de dissertação de mestrado junto ao Programa de Mestrado Profissional em Meio Ambiente Urbano e Industrial do Setor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná em parceria com o SENAI-PR e a Universität Stuttgart. SERVIÇO:
Se você tem alguma denúncia de aspecto ambiental que gostaria de fazer ao portal, acesse http://www.portalagata.com.br/.
CIDADANIA
Iniciativa fornece atendimento a cães e gatos na regional Cajuru Por Giancarlo Mazza
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Entre os dias nove e 12 de outubro, a Prefeitura, em parceria com o curso de Veterinária da UFPR, prestaram atendimento gratuito aos animais na regional Cajuru. O local era o Museu de História Natural, que fica localizado no Capão da Embuia. Apesar da curta duração, a ação foi importante pela falta de atendimento gratuito a animais no Cajuru. O bairro atualmente possui cerca de 16 clínicas veterinárias, mas todas são privadas. Tal iniciativa da Prefeitura é rara no bairro. A maior parte dos atendimentos gratuitos da capital acontece no centro, o que dificulta para a população carente da região que deseja levar seu animal para um exame. Em comunicado realizado no seu portal oficial, a Prefeitura informou que fornece a estrutura para a ação, mas a organização fica por parte da UFPR que leva seus residentes para fazerem os atendimentos. O comunicado também informa que o serviço foca na prevenção de zoonoses, que são doenças que afetam os animais e podem ser passadas aos humanos. Outras medidas também são feitas como o uso de alguns medicamentos como vermífugos. Trazer essas iniciativas é importante para a regional do Cajuru, e para o bairro, visto o alto número de cães e gatos nas casas. No entanto, a divulgação não surtiu efeito, espe-
Foto: Giancarlo Mazza
Moradores da região levaram gratuitamente seus animais para serem examinados
Animais podem receber tratamento gratuitamente
cialmente para pessoas que não tem contato com os portais da prefeitura e da UFPR. Marisa da Silva Cruz e Marli da Silva Cruz são donas de 5 cachorros e 14 gatos e sempre levam seus animais quando precisam. “Ter esses projetos e seus incentivos públicos é muito positivo para o bairro, mas faltou divulgação. Nós frequentamos o bairro, mas não ficamos sabendo disso”, conta Marli. Marisa afirma que elas levam seus animais sempre que preciso aos veterinários do bairro, em bairros próximos, como no Uberaba, também localizado na regional Cajuru. “Algumas vezes, pela experiência que temos com animais, nós sabemos de algum remédio que é possível para dar para eles, mas cada bichinho é diferente do outro, então achamos melhor levar nos veterinários. Estimular a população do Cajuru a procurar estes atendimentos é essencial não apenas nesta iniciativa contra as zoonoses, mas também em outras
como a campanha da castração. A veterinária Rosangela Katuiama também cobra uma maior divulgação destes programas, e afirma que não só o programa deve ser divulgado, mas a importância dele também, pois muitas pessoas estão recebendo fake news que contrariam eles. “Nosso povo não é educado para cuidar de seus animais, resultando numa imprudência quanto ao cuidado deles. E agora surgiram diversas notícias falsas que atacam as vacinas e a castração por afirmarem que isto prejudica a saúde dos animais”. O número de doenças de animais que estavam praticamente extintas tem reaparecido em bairros curitibanos, incluindo o Cajuru. Um dos exemplos são os casos de raiva ocorridos no bairro.