ISOP Trabalho de grupo

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Resumo O objetivo do presente estudo consiste em compreender a imagem das entidades empregadoras sobre os estudantes e licenciados em Ciências da Comunicação no ISCSP, através da análise de variáveis como os fatores mais importantes na seleção dos candidatos, competências (conhecimentos, capacidades e atributos), preparação académica e o desempenho dos estudantes e/ou licenciados dessa instituição. Obtiveram-se os resultados através de inquéritos online às entidades empregadoras que têm protocolos com o ISCSP. Os dados foram posteriormente tratados no programa SPSS Statistics 22. Concluiu-se que os profissionais de comunicação procuram nos trabalhadores boas capacidades comunicacionais e conhecimentos técnico-profissionais, nomeadamente, conhecimentos multimédia e informáticos. Por fim, a imagem que as entidades empregadoras têm dos estudantes e/ou licenciados do ISCSP-UL é idêntica à dos estudantes/licenciados de outras faculdades. Palavras-chave: universidade; imagem; entidades empregadoras; empresas; inquéritos.

Abstract The aim of the present study is to understand the image that employers have about students and graduates in Communication Studies in ISCSP, trough the analysis of variables like more important factors in recruitment, skills (knowledge and attributes), academic preparation and performance of students and/or graduates of this institution. The results were obtained through online surveys sent to employers, who have partnerships with ISCSP. Subsequently, they were analyzed by software SPSS Statistics 22. It was concluded that communications professionals seeking workers good in communication skills and technical and professional knowledge, in particular, multimedia and computer literacy. Finally, the image that employers have of students/graduates of ISCSP – UL is identical to the students/graduates from other colleges. Keywords: universities; image; employers; companies; survey

2


Índice Introdução ................................................................................................................................ 4 1.

Revisão da Literatura......................................................................................................... 5

2.

Nota Metodológica ........................................................................................................... 8

3.

Análise estatística............................................................................................................ 11

4.

3.1.

Análise Univariada ................................................................................................... 11

3.2.

Análise Bivariada ..................................................................................................... 16

3.4.

Teste de dependência Qui-quadrado ....................................................................... 19

Discussão de resultados .................................................................................................. 21

Conclusão ............................................................................................................................... 24 Bibliografia ............................................................................................................................. 25 Anexos .................................................................................................................................... 28

Índice de Tabelas Tabela 1- Classificação de competências segundo Lawrence (2000) .......................................... 7 Tabela 2 - Variáveis em estudo.................................................................................................. 9 Tabela 4 - Tipo de análise das variáveis ................................................................................... 11 Tabela 5 - Grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados - Moda e Mediana ................................................................................................................................. 11 Tabela 6 - Grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados - Capacidade e Atributos Pessoais................................................................................................................... 12 Tabela 7 - Grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados - Conhecimentos e Capacidades Comunicacionais .............................................................................................. 12 Tabela 8 - Grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados - Conhecimentos e Capacidades Técnico-Funcionais .......................................................................................... 13 Tabela 9 - Grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados - Capacidades Organizacionais....................................................................................................................... 13 Tabela 10 - Grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados - Capacidades Relacionais.............................................................................................................................. 14 Tabela 11 - Resposta Múltipla - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos ............. 15 Tabela 12 - Análise Bivariada - Sub-área de atuação profissional vs grau de preparação dos estudantes/licenciados ........................................................................................................... 17 Tabela 13- Cruzamento entre o nível de expectativa acerca do estudante/licenciado de CC do ISCSP, Idade e Sexo ................................................................................................................. 18 Tabela 14 - Relação de dependência entre o sexo e a imagem dos estudantes e licenciados ... 19 Tabela 15- Distribuição dos inquiridos pela subárea de atuação .............................................. 21

Índice de Gráficos Gráfico 1- Distribuição do sexo dos inquiridos ......................................................................... 20 Gráfico 2- Relação entre o sexo e a imagem dos estudantes licenciados.................................. 20

3


Introdução O mercado da educação, apesar de ter sido reconhecido em 1995 pela Organização Mundial do Trabalho como um setor de atividade, ainda é encarado com alguma resistência por parte das instituições públicas (Ruão, 2005). Em qualquer mercado, um dos primeiros aspetos de diferenciação diz respeito às marcas (Ribeiro, 2013). As universidades e faculdades devem ser encaradas como tal de forma a ganharem notoriedade – traduzindo-se “no reconhecimento e recordação que a marca gera” (Keller, 2003). O marketing educacional possibilita a criação de uma imagem e, posteriormente, a evolução da sua notoriedade, através dos aspetos que a tornam distinta das restantes (Rodrigues, 2012). A imagem é definida como “a soma das crenças, ideias e impressões que um indivíduo ou grupo possui acerca de um objeto, empresa ou pessoa” (Barich & Kotler, 1991). Esta garante o sucesso de uma organização, sobretudo no setor das universidades, em que a avaliação da qualidade do serviço é feita através dos indicadores disponíveis sobre a satisfação dos estudantes e licenciados, bem como pela taxa de empregabilidade que esta garante (Alves & Raposo, 2007). Desta forma, partindo da pergunta “qual a imagem que as entidades empregadoras têm dos estudantes e licenciados em Ciências da Comunicação no ISCSP?”, foram delineados os seguintes objetivos de pesquisa: perceber quais as características que as entidades empregadoras procuram num funcionário; averiguar se os formandos e formados em Ciências da Comunicação no ISCSP correspondem a essas características; saber se a imagem que as entidades empregadoras têm dos formandos e formados dessa instituição difere da imagem que têm de outras faculdades; aferir se a imagem cognitiva corresponde à imagem emocional/sensorial, ou seja, se as expectativas se confirmam.

4


1. Revisão da Literatura A crescente visibilidade das universidades e a aquisição de uma licenciatura impulsionou a entrada de formados no mercado de trabalho. Antigamente, era de conhecimento geral que o diploma de ensino superior garantia um futuro mais estável, com fortes possibilidades de um melhor estatuto social e de um rendimento mais elevado. Porém, o valor do diploma tem vindo a decrescer, pelo que, atualmente, os licenciados enfrentam bastantes dificuldades e incertezas na obtenção de emprego. As entidades empregadoras, tal como a sociedade, esperam que o ensino superior prepare os seus estudantes para darem um contributo benéfico nas suas atividades profissionais, bem como no desenvolvimento do país (Alves, 2003). A imagem que as instituições espelham na sociedade subdivide-se em duas componentes: funcional/cognitiva e emocional. A imagem cognitiva diz respeito às características facilmente mensuráveis, ou seja, os valores e crenças associados à instituição e ao curso. Por outro lado, a imagem emocional relaciona-se com os sentimentos e atitudes relativos à faculdade (Kennedy, 1977). A literatura evidencia uma dificuldade em determinar qual a imagem com maior influência sobre a imagem global, porém ambas as componentes - funcional e emocional – revelam-se fundamentais para uma avaliação exata (Ferraz, 2006). É ainda possível afirmar que qualquer organização ou instituição não possui apenas uma imagem, mas sim múltiplas imagens (Rodrigues, 2012). Por fim, há que destacar a necessidade de uma faculdade criar e manter uma imagem diferenciadora das restantes, de modo a garantir a competitividade e o prestígio no mercado (Ferraz, 2006). Existe um grande estereótipo no que toca à relação entre o estabelecimento de ensino frequentado e a licenciatura. O prestígio de um determinado curso é, geralmente, associado ao estabelecimento onde este é realizado, como por exemplo, “o curso de Ciências da Comunicação tem de ser na Universidade Nova de Lisboa”. (Azevedo, 2006). No entanto, estudar numa universidade com um suposto prestígio mais alto não é assim tão relevante na hora da escolha dos candidatos. De acordo com algumas especialistas em recursos humanos, a experiência profissional tem um peso muito maior do que a faculdade que o indivíduo frequentou (Mello, 2010). 5


Atualmente, é cada vez maior a pressão a que as universidades estão sujeitas, no sentido de terem de preparar os seus estudantes para a transição para o mercado de trabalho. No entanto, ainda existe uma fraca preparação tendo em conta o contexto atual, uma vez que os alunos são pouco expostos a situações de trabalho. Além disso, o currículo é desenvolvido em moldes que não estimula os alunos a adquirirem as competências que necessitarão após a sua formação (Silva, 2008). Os empregadores procuram diversas qualidades na definição de um “bom estudante”. São inúmeros os estudos que identificam as “soft skills” como as qualidades

que

os

empregadores

mais

procuram.

Um

estudo

da

National Association of Colleges and Employers enumerou as cinco qualidades mais procuradas pelos empregadores num novo licenciado: capacidades de comunicação; honestidade e integridade; capacidade para trabalhar em equipa; forte ética de trabalho e capacidade de análise. Apesar de estas qualidades serem muito procuradas, não há uma forma correta de um empregador as medir no primeiro contacto que tem com o licenciado. Assim, os empregadores baseiam-se em formas indiretas de medir as ”soft skills”, associando-as a qualificações enumeradas no curriculum do licenciado. Uma das medidas indiretas é a média do licenciado, existindo uma relação direta entre as notas mais elevadas e capacidades como a comunicação, decisão, trabalho de equipa e iniciativa Dr. Paulo Silva, autor do livro As Competências Transversais dos Diplomados do Ensino Superior – Perspectiva dos Empregadores e dos Diplomados refere que “a formação académica inicial não é referência suficiente para o empregador” visto que este tem de demonstrar “um portfólio de competências que se tenham desenvolvido ao longo do tempo”, e não apenas as capacidades provenientes da formação escolar. (Griffin,2008). Deste modo, as entidades empregadoras defendem que qualquer estudante e/ou licenciado que queira ingressar numa determinada organização, numa determinada função ou atividade profissional, deve aliar as suas competências a capacidades específicas (Silva, 2008). Algumas competências que contribuem para o sucesso académico dos estudantes durante a sua formação e que constituem uma mais valia no contexto profissional são, por exemplo, a capacidade de trabalhar em grupo, espírito de 6


iniciativa, recolha e tratamento de informação e uma boa apresentação de currículo. Um estágio e/ou atividades extracurrículares são vistas pelas entidades empregadoras como ajudas substanciais para desenvolver algumas destas capacidades (Lowden, 2011). Para finalizar, os empregadores consideram essencial algumas competências específicas como a capacidade de resolução de problemas, pensamento crítico e liderança. Para além disso, é fundamental que o graduado demonstre motivação, persistência e compromisso. (Silva, 2008) Tabela 1- Classificação de competências segundo Lawrence (2000)

COMPETÊNCIAS

DESCRIÇÃO

Competências académicas

Conhecimentos e capacidades associadas aos conhecimentos adquiridos na formação académica.

Competências de empregabilidade Competências ocupacionais ou técnicas

Utilizadas para um desempenho eficaz num conjunto alargado de ocupações, como trabalho em equipa, tomada de decisões e resolução de problemas. Conhecimentos técnicos específicos necessários para o trabalho.

Para além do diploma e do nível de instrução, existem outras características do indivíduo que influenciam a sua inserção profissional. O sexo e a idade podem estar na origem das dificuldades de entrada no mercado de trabalho. A análise dos indivíduos que entram pela primeira vez no mercado de trabalho permite observar o claro predomínio do género feminino entre os trabalhadores que entram com habilitações escolares mais elevadas. A aprendizagem, o ensino e a aquisição de conhecimentos não devem ser tomadas como um fim, mas sim como um meio para o desenvolvimento de competências pessoais e da própria autonomia e independência do indíviduo. Em

suma, o ensino superior mantem-se

como fonte

distinta

no

desenvolvimento de competências e conhecimentos, embora não desenvolva convenientemente as competências transversais, ficando aquém do exigido pelo mercado de trabalho. Nos últimos anos, as entidades empregadoras têm vindo a atribuir uma maior importância às competências transversais, uma vez que existe uma tendência que está associada à mudança de posicionamento a que as empresas estão

7


sujeitas face à globalização existente e a pressões competitivas a que estão sujeitas (Alves, 2003).

2. Nota Metodológica Para o presente estudo, torna-se fundamental operacionalizar o conceito chave do artigo: imagem. Deste modo, e para realizar o questionário, selecionaram-se duas dimensões para o conceito “imagem”: cognitiva e emocional/sensorial. A partir destas dimensões foram definidos os indicadores de cada uma, visto que, apesar de dependentes um do outro, estão relacionados. Assim sendo, para a dimensão cognitiva de imagem definiram-se como indicadores as perceções, avaliações e opiniões. Para a dimensão emocional/sensorial, definiram-se os seguintes indicadores: empenho, autonomia, organização, capacidade comunicativa, espírito crítico, criatividade, responsabilidade, pontualidade, espírito crítico, capacidade de trabalho sob pressão, capacidade de liderança, flexibilidade e adaptação, capacidade de solucionar problemas, determinação, eficiência, conhecimentos técnicos e vontade de aprender. Neste estudo a população alvo são as entidades empregadoras – superiores hierárquicos ou orientadores de estágio - que têm protocolos com o ISCSP-UL. A amostra é do tipo não probabilística por conveniência, visto que é composta por indivíduos facilmente acessíveis. As vantagens de utilizar este tipo de amostra prendem-se com a facilidade de se organizar e com o facto de ser pouco dispendiosa (Coutinho, s.d). A dimensão (n) da amostra foi de 30 participantes. Dados os objetivos de estudo traçados, a metodologia utilizada foi quantitativa, sendo que se procedeu à recolha de dados através de questionários aplicados online às próprias empresas, através do envio de e-mail para os próprios orientadores e recrutadores. Utilizou-se ainda uma metodologia qualitativa, baseada na técnica de clipping. O inquérito começou a ser divulgado no dia 27 de abril e foi encerrado no dia 22 de maio. Desta forma, reunimos uma amostra não representativa, uma vez que este tipo de amostragem não garante que os participantes sejam representativos da população-alvo.

8


No que diz respeito à recolha de dados, é importante ainda entender que a controvérsia verificada nestes últimos anos relativamente aos questionários via Internet não é de todo significativa. Assim, segundo estudos levados a cabo por Carini et al. (2003), na National of Student Engagement (NSSE), podemos aferir que respostas de estudantes universitários administradas online ou em papel, pouco ou nada afetam os resultados obtidos. Assim sendo, para responder aos objetivos propostos, procedeu-se à análise das variáveis: sexo, sub área de atuação profissional no âmbito da comunicação, fatores mais importantes na seleção dos candidatos, o grau de preparação dos estudantes e/ou licenciados em Ciências da Comunicação no ISCSP-UL face a outras universidades, avaliação da imagem que as entidades empregadoras têm dos estudantes e/ou licenciados na instituição já referida.

Tabela 2 - Variáveis em estudo

NOME DA VARIÁVEL Sexo

Idade

Subárea da atuação profissional no âmbito da Comunicação

CATEGORIAS 1- Masculino 2- Feminino 1 - 18 a 24 anos 2 - 25 a 34 anos 3 – 35 a 44 anos 4 - 45 a 54 anos 5 - 55 a 64 anos 6 - 65 e mais anos 1- Agência de publicidade 2- Atendimento ao público 3- Comunicação em organização privada 4- Comunicação em organização pública 5- Consultoria em comunicação e relações públicas 6- Ensino 7- Estudos de mercado 8- Gestão de agenda 9- Investigação 10- Jornalismo 11 – Marketing 12- Planeamento de meios 13- Produção de conteúdos 14- Rádio (produção, animação, locução) 15- Televisão (produção e animação) 16- Outra

TIPO DE VARIÁVEL

Nominal

Ordinal

Nominal

9


1- Péssimo 2- Mau CCTF 3 – Satisfatório 4 – Bom CCC 5 – Excelente CAP 6 – Não aplicável Nível de expectativa acerca dos 1 – Baixo estudantes e/ou licenciados de 2 – Mediano Ciências da Comunicação do ISCSP 3 - Alto 1 – Totalmente insatisfeito Grau de satisfação do desempenho 2 – Insatisfeito dos estudantes e/ou licenciados em 3 – Neutro Ciências da Comunicação do ISCSP 4 – Satisfeito 5 – Totalmente satisfeito 1-Pior Comparar o grau de preparação dos 2- Igual estudantes/licenciados de CC do 3- Melhor ISCSP com as outras universidades 4- Não conhece a preparação dos estudantes de outras universidades 1- Péssima 2- Má Imagem, no geral, dos estudantes 3- Satisfatória e/ou licenciados no ISCSP-UL 4- Boa 5- Excelente Desempenho dos estudantes/licenciados em Ciências da Comunicação do ISCSP com quem já lidou

CO

Ordinal

Ordinal

Ordinal

Ordinal

Ordinal

Para uma análise aprofundada das respostas obtidas, utilizou-se o programa de análise de dados SPSS statistics 22. Numa primeira fase, prepararam-se as variáveis e categorizaram-se as mesmas. Por fim, procedeu-se à sua análise. O cruzamento foi feito através das análises univariada, apurando as medidas de tendência central possíveis de se utilizar, bivariada e multivariada. Para além disso, utilizou-se o teste do qui-quadrado e análise de questões de resposta múltipla.

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Tabela 3 - Tipo de análise das variáveis

VARIÁVEIS

TIPO DE ANÁLISE

Sexo Sub-área de atuação Análise Univariada

Fatores mais importantes na seleção dos candidatos Grau de satisfação do desempenho dos estudantes/licenciados em CC no ISCSP Sexo vs grau de preparação dos estudantes/licenciados de CC do ISCSP com as outras universidades

Análise Bivariada

Sexo e idade vs nível de expectativa acerca dos estudantes e/ou licenciados de Ciências da Comunicação, do ISCSP

Análise Multivariada Questão de resposta múltipla

Fatores mais importantes na selecção dos candidatos Subárea da atuação profissional no âmbito da Comunicação e Imagem, no geral, dos estudantes e/ou licenciados no ISCSP-UL

Teste qui-quadrado

3. Análise estatística 3.1.

Análise Univariada

Tabela 4 - Grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados - Moda e Mediana N

Válido Ausente

Mediana Moda

30 0 4,00 4

Em relação à variável “grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados em Ciências da Comunicação do ISCSP”, 50% dos inquiridos responderam no máximo 4 (satisfeito). Para além disso, a maioria dos inquiridos consideram-se satisfeitos com o desempenho dos estudantes/licenciados.

11


Tabela 5 - Grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados - Capacidade e Atributos Pessoais

N

ISCSP - CAP -

ISCSP - CAP -

ISCSP - CAP

Capacidade de

Capacidade de

- Autonomia

solucionar problemas

Válido Ausente

Moda

ISCSP - CAP

trabalho sob pressão - Criatividade

ISCSP - CAP

Determinação e

- Espírito

Empenho

Crítico

30

30

30

29

30

29

0

0

0

1

0

1

4

4

3

3

4

3

ISCSP - CAP

N

ISCSP - CAP -

- Flexibilidade

ISCSP - CAP

e Adaptação

- Pontualidade Responsabilidade

Válido Ausente

Moda

ISCSP - CAP -

ISCSP -

ISCSP - CAP -

CAP -

Vontade de

Sensatez

aprender/ Humildade

29

30

30

30

30

1

0

0

0

0

4

4

4

4

4

No que diz respeito às capacidade e atributos pessoais (CAP), as entidades empregadoras classificam os estudantes e/ou licenciados em CC no ISCSP, maioritariamente, com 4 (bom). No entanto, quanto à criatividade, espírito crítico e trabalho sob pressão, a opinião da maioria decai para 3 (satisfatório).

Tabela 6 - Grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados - Conhecimentos e Capacidades Comunicacionais ISCSP - CCC -

N

Válido Ausente

Moda

ISCSP - CCC -

Adaptação da

ISCSP - CCC -

ISCSP - CCC -

ISCSP - CCC -

ISCSP - CCC -

Domínio de

linguagem ao meio

Coerência

Desinibição para

Discurso escrito

Discurso oral de

línguas

digital

discursiva

falar em público

de qualidade

qualidade

estrangeiras

30

30

29

30

30

30

0

0

1

0

0

0

4

4

3

4

4

4

Relativamente aos conhecimentos e capacidades comunicacionais (CCC), a maioria dos inquiridos considera que o desempenho dos estudantes e/ou licenciados da instituição em estudo é 4 (bom), à exceção da hipótese “desinibição para falar em público” que foi classificado maioritariamente com 3 (satisfatório).

12


Tabela 7 - Grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados - Conhecimentos e Capacidades Técnico-Funcionais

ISCSP - CCTF -

ISCSP - CCTF -

ISCSP - CCTF -

ISCSP - CCTF -

ISCSP - CCTF -

Capacidade de

Conhecimentos

Conhecimentos de

Conhecimentos

Desenvolvimento de

planeamento e organização

de multimédia

outras áreas científicas

informáticos

conceitos criativos

N Válido

29

29

25

30

29

1

1

5

0

1

4

3

3

4

3

Ausente Moda

N

ISCSP - CCTF

ISCSP - CCTF -

ISCSP - CCTF -

ISCSP - CCTF -

ISCSP - CCTF

- Domínio de

Elaboração de planos

Elaboração de

Gestão de projetos

- Produção de

conceitos

de comunicação

planos de marketing

e contas

conteúdos

Válido Ausente

Moda

29

29

28

27

30

1

1

2

3

0

4

3

6

6

4

Quanto aos conhecimentos e capacidades técnico-funcionais (CCTF), as entidades empregadoras consideram que os estudantes/licenciados em Ciências da Comunicação no ISCSP se encontram, maioritariamente, no nível 3 (satisfatório) nos aspetos: conhecimentos de multimédia, conhecimentos de outras áreas científicas, desenvolvimento de conceitos criativos e elaboração de planos de comunicação. Em relação aos aspetos: capacidade de planeamento e organização, conhecimentos informáticos, domínio de conceitos e produção de conteúdos, atribuíram, maioritariamente, o nível 4 (bom). Tabela 8 - Grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados - Capacidades Organizacionais

N

Válido Ausente

Moda

ISCSP - CO -

ISCSP - CO -

ISCSP - CO -

ISCSP - CO -

ISCSP - CO -

ISCSP - CO -

Capacidade de

Capacidade de

Capacidade de pesquisa/

Compromisso com

Gestão do

Orientação para

improviso

liderança

gestão de fontes

a organização

tempo

objetivos

28

28

30

30

29

28

2

2

0

0

1

2

3

3

4

5

4

4

13


No que concerne às capacidades organizacionais (CO), para a opção “compromisso com a organização”, a maioria dos inquiridos considera os estudantes/licenciados do ISCSP com nível 5 (excelente). Por outro lado, para os aspetos: capacidade de improviso e capacidade de liderança, as entidades empregadoras atribuíram o nível 3 (satisfatório) aos estudantes/licenciados nessa instituição.

Tabela 9 - Grau de satisfação com o desempenho dos estudantes/licenciados - Capacidades Relacionais ISCSP - CR - Capacidade ISCSP - CR - Gestão de ISCSP - CR - Integração de negociação N

Válido Ausente

Moda

conflitos e interesses

em equipas

ISCSP - CR Relacionamento interpessoal

27

29

29

30

3

1

1

0

3

3

4

4

Por fim, em relação às Capacidades Relacionais (CR), existe uma igualdade entre o nível 3 e 4 (satisfatório e bom, respetivamente). Para os aspetos: capacidade de negociação e gestão de conflitos e interesses, os estudantes/licenciados do ISCSP têm um desempenho de nível 3 (satisfatório). Por outro lado, nas opções: integração em equipas e relacionamento interpessoal, o nível atribuído foi 4 (bom).

14


Tabela 10 - Resposta Múltipla - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos

Respostas N

Percentagem de

Percentagem

casos

Fatoresa ISCSP - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos - Capacidades e atributos pessoais

8

12,3%

36,4%

8

12,3%

36,4%

5

7,7%

22,7%

11

16,9%

50,0%

9

13,8%

40,9%

11

16,9%

50,0%

4

6,2%

18,2%

2

3,1%

9,1%

5

7,7%

22,7%

1

1,5%

4,5%

1

1,5%

4,5%

65

100,0%

295,5%

ISCSP - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos - Capacidades organizacionais ISCSP - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos - Capacidades relacionais ISCSP - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos - Conhecimentos e capacidades comunicacionais ISCSP - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos - Conhecimentos e capacidades técnico-profissionais ISCSP - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos - Currículo ISCSP - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos - Experiência profissional ISCSP - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos - Formação universitária ISCSP - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos - Imagem e postura ISCSP - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos - Participação em voluntariado na área ISCSP - Fatores mais importantes na seleção dos candidatos - Recomendações externas

Total a. Grupo de dicotomia tabulado no valor 1.

Em relação aos fatores mais importantes na seleção dos candidatos, 16,9% do total das respostas recaíram sobre as hipóteses “capacidades e conhecimentos comunicacionais” e “currículo”. Em contrapartida, para as opções “recomendações externas” e “participação em voluntariado na área”, foram registadas apenas 1,5% do total de respostas.

15


Destaca-se ainda os “conhecimentos e capacidades técnico-profissionais” que obtiveram 13,8% do total de respostas. Relativamente aos inquiridos, 50% atribuem maior importância às “capacidades e conhecimentos comunicacionais” e ao “currículo do candidato”, contra os 4,5% que escolheram as opções “recomendações externas” e “participação em voluntariado na área”.

3.2.

Análise Bivariada

Quanto à opinião das entidades empregadoras sobre o grau de preparação dos estudantes/licenciados em Ciências da Comunicação no ISCSP, a única opinião negativa sobre os estudantes/licenciados do ISCSP é na sub-área da consultoria em comunicação e relações públicas, em relação aos estudantes/licenciados de outras instituições. Por outro lado, na sub-área do jornalismo a opinião é divergente. 37,5% dos inquiridos que responderam “melhor” estão na sub-área do jornalismo. Há ainda a destacar os 33,3% dos inquiridos que responderam não conhecer a preparação dos estudantes/licenciados de outras faculdades nas sub-áreas de marketing, comunicação em organização privada e outra – procurement, formação, saúde e recursos humanos Embora haja algumas opiniões distintas em relação à preparação dos estudantes/licenciados, na maioria dos casos considera-se que as suas aptidões, para qualquer área da comunicação são iguais, independentemente da faculdade onde estuda/estudou.

16


Comparar o grau de preparação dos estudantes/licenciados de CC do ISCSP com as outras universidades * Sub-área de atuação profissional no âmbito da Comunicação Tabulação cruzada vs grau de preparação dos estudantes/licenciados Tabela 11 - Análise Bivariada - Sub-área de atuação profissional

Comparar o grau de Pior preparação dos estudantes/licenciado s de CC do ISCSP com as outras universidades

Contagem % em Comparar o grau de preparação dos estudantes/licenciados de CC do ISCSP com as outras universidades % em Sub-área de atuação profissional no âmbito da Comunicação

Igual

% do Total Contagem % em Comparar o grau de preparação dos estudantes/licenciados de CC do ISCSP com as outras universidades % em Sub-área de atuação profissional no âmbito da Comunicação

% do Total Contagem % em Comparar o grau de preparação dos estudantes/licenciados de CC do ISCSP com as outras universidades % em Sub-área de atuação profissional no âmbito da Comunicação % do Total Não conhece a Contagem preparação dos % em Comparar o grau estudantes/licenciad de preparação dos os de outras estudantes/licenciados universidades de CC do ISCSP com as outras universidades % em Sub-área de atuação profissional no âmbito da Comunicação % do Total Contagem % em Comparar o grau de preparação dos estudantes/licenciados de CC do ISCSP com as outras universidades Melhor

Total

% em Sub-área de atuação profissional no âmbito da Comunicação % do Total

Sub-área de atuação profissional no âmbito da Comunicação Consultoria Comunicação Comunicação em Rádio em em comunicação e (produção, Televisão Agência de organização organização relações animação, (produção e publicidade privada pública públicas Jornalismo Marketing locução) animação) Outra Total 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1

0,0%

0,0%

0,0%

100,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0% 100%

0,0%

0,0%

0,0%

20,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0% 3,3%

0,0% 2

0,0% 1

0,0% 3

3,3% 3

0,0% 4

0,0% 1

0,0% 0

0,0% 1

0,0% 3,3% 3 18

11,1%

5,6%

16,7%

16,7%

22,2%

5,6%

0,0%

5,6%

16,7% 100%

66,7%

50,0%

75,0%

60,0%

57,1%

50,0%

0,0%

50,0%

75,0% 60,0%

6,7% 1

3,3% 0

10,0% 1

10,0% 1

13,3% 3

3,3% 0

0,0% 1

3,3% 1

10,0% 60,0% 0 8

12,5%

0,0%

12,5%

12,5%

37,5%

0,0%

12,5%

12,5%

0,0% 100%

33,3%

0,0%

25,0%

20,0%

42,9%

0,0%

100,0%

50,0%

0,0% 26,7%

3,3% 0

0,0% 1

3,3% 0

3,3% 0

10,0% 0

0,0% 1

3,3% 0

3,3% 0

0,0% 26,7% 1 3

0,0%

33,3%

0,0%

0,0%

0,0%

33,3%

0,0%

0,0%

33,3% 100%

0,0%

50,0%

0,0%

0,0%

0,0%

50,0%

0,0%

0,0%

25,0% 10,0%

0,0% 3

3,3% 2

0,0% 4

0,0% 5

0,0% 7

3,3% 2

0,0% 1

0,0% 2

3,3% 10,0% 4 30

10,0%

6,7%

13,3%

16,7%

23,3%

6,7%

3,3%

6,7%

13,3% 100%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

10,0%

6,7%

13,3%

16,7%

23,3%

6,7%

3,3%

100,0% 100,0% 100%

17

6,7%

13,3% 100%


3.3.

Análise Multivariada

Através da análise das variáveis sexo e idade com o nível de expectativa do estudante/licenciado, constata-se que apenas um respondente do sexo feminino, da faixa etária dos 45 – 54 anos, tinha baixas expectativas relativamente aos estudantes/licenciados da faculdade em estudo. Por outro lado, no que toca ao sexo masculino, as baixas expectativas distribuem-se equitativamente (50%) pelas faixas etárias: 35 – 44 anos e 55 – 64 anos. Contudo, no sexo feminino, a maioria (12 em 15) afirmam ter expectativas altas em relação aos estudantes/licenciados do ISCSP, sendo que a maior incidência se registou na faixa etária dos 35 – 44 anos (50%). Em relação ao sexo masculino, o nível de satisfação que obteve mais respostas foi o mediano, com 11 respostas em 15, com uma maior percentagem de respostas na faixa etária dos 35 – 44 anos (36,4%). Tabela 12- Cruzamento entre o nível de expectativa acerca do estudante/licenciado de CC do ISCSP, Idade e Sexo Nível de expectativa acerca do estudade/licenciado de CC do ISCSP * Idade * Sexo Tabulação cruzada Idade

Sexo Feminino

Nível de expectativa Baixo acerca do estudante/licenciado de CC do ISCSP

Contagem Contagem Esperada

% em Nível de expectativa acerca do estudante/licenciado de CC do ISCSP % em Idade % do Total Mediano Contagem Contagem Esperada

Alto

Total

% em Nível de expectativa acerca do estudade/licenciado de CC do ISCSP % em Idade % do Total Contagem Contagem Esperada % em Nível de expectativa acerca do estudade/licenciado de CC do ISCSP % em Idade % do Total Contagem Contagem Esperada % em Nível de expectativa acerca do estudade/licenciado de CC do ISCSP % em Idade

18 a 24 25 a 34 35 a 44 45 a 54 55 a 64 anos anos anos anos anos 0 0 0 1 0

Total 1

,1

,1

,5

,3

,1

1,0

0,0%

0,0%

0,0%

100,0%

0,0%

100,0%

0,0% 0,0% 0

0,0% 0,0% 0

0,0% 0,0% 1

25,0% 6,7% 1

0,0% 0,0% 0

6,7% 6,7% 2

,1

,1

,9

,5

,3

2,0

0,0%

0,0%

50,0%

50,0%

0,0%

100,0%

0,0% 0,0% 1

0,0% 0,0% 1

14,3% 6,7% 6

25,0% 6,7% 2

0,0% 0,0% 2

13,3% 13,3% 12

,8

,8

5,6

3,2

1,6

12,0

8,3%

8,3%

50,0%

16,7%

16,7%

100,0%

100,0% 6,7% 1

100,0% 6,7% 1

85,7% 40,0% 7

50,0% 13,3% 4

100,0% 13,3% 2

80,0% 80,0% 15

1,0

1,0

7,0

4,0

2,0

15,0

6,7%

6,7%

46,7%

26,7%

13,3%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

100,0%

18 100,0%


Masculino Nível de expectativa Baixo acerca do estudade/licenciado de CC do ISCSP

Contagem Contagem Esperada

0

0

1

0

1

2

,1

,4

,8

,5

,1

2,0

0,0%

0,0%

50,0%

0,0%

50,0%

100,0%

0,0% 0,0% 0

0,0% 0,0% 3

16,7% 6,7% 4

0,0% 0,0% 4

100,0% 6,7% 0

13,3% 13,3% 11

,7

2,2

4,4

2,9

,7

11,0

0,0%

27,3%

36,4%

36,4%

0,0%

100,0%

0,0% 0,0% 1

100,0% 20,0% 0

66,7% 26,7% 1

100,0% 26,7% 0

0,0% 0,0% 0

73,3% 73,3% 2

,1

,4

,8

,5

,1

2,0

50,0%

0,0%

50,0%

0,0%

0,0%

100,0%

100,0% 6,7% 1

0,0% 0,0% 3

16,7% 6,7% 6

0,0% 0,0% 4

0,0% 0,0% 1

13,3% 13,3% 15

1,0

3,0

6,0

4,0

1,0

15,0

6,7%

20,0%

40,0%

26,7%

6,7%

100,0%

100,0% 6,7%

100,0% 20,0%

100,0% 40,0%

100,0% 26,7%

100,0% 6,7%

100,0% 100,0%

% em Nível de expectativa acerca do estudade/licenciado de CC do ISCSP % em Idade % do Total Mediano Contagem Contagem Esperada

Alto

% em Nível de expectativa acerca do estudade/licenciado de CC do ISCSP % em Idade % do Total Contagem Contagem Esperada % em Nível de expectativa acerca do estudade/licenciado de CC do ISCSP % em Idade % do Total Contagem Contagem Esperada

Total

% em Nível de expectativa acerca do estudade/licenciado de CC do ISCSP % em Idade % do Total

3.4.

Teste de dependência Qui-quadrado

Tabela 13 - Relação de dependência entre o sexo e a imagem dos estudantes e licenciados Testes qui-quadrado

Valor

df

Significância

Sig exata (2

Sig exata (1

Probabilidade

Sig. (2 lados)

lados)

lado)

de ponto

a

2

,499

,710

Razão de verossimilhança

1,780

2

,411

,710

Teste Exato de Fisher

1,353

Qui-quadrado de Pearson

1,392

Associação Linear por Linear N de Casos Válidos

b

,970

,710 1

,325

,512

,256

,164

30

a. 2 células (33,3%) esperavam uma contagem menor que 5. A contagem mínima esperada é ,50. b. A estatística padronizada é -,985.

Definindo: H0: “O sexo do inquirido não influencia a imagem dos estudantes e/ou licenciados” 19 H1: “O sexo do inquirido influencia a imagem dos estudantes e/ou licenciados”


Uma vez que duas células apresentam um valor superior a 20% - 33,3% - utilizase o valor sig = 0,710. Assim, admitindo que α = 0,05, aceita-se H0, uma vez que sig > α  0,710 > 0,05. Conclui-se que o sexo do inquirido não influencia a imagem dos estudantes e/ou licenciados.

Gráfico 1- Distribuição do sexo dos inquiridos

Gráfico 2- Relação entre o sexo e a imagem dos estudantes licenciados

De acordo com a análise do gráfico, os empregadores do sexo feminino tendem a classificar melhor a imagem dos estudantes/licenciados em CC no ISCSP. Apenas 5 mulheres atribuíram o nível “satisfatório” à imagem dos estudantes/licenciados, contra 7 homens. Para além disso, 1 inquirido do sexo feminino optou pela opção “excelente”, contra 0 respostas masculinas. Contudo, esta análise não é linear, uma vez que não existe dependência entre as variáveis.

20


4. Discussão de resultados A empregabilidade de alguém no mercado de trabalho está impreterivelmente relacionada com o grau de satisfação que uma entidade empregadora tem com determinado funcionário. Neste sentido, podemos dizer que o facto de 50% dos inquiridos considerar que o desempenho dos estudantes/licenciados do ISCSP é “bom” está relacionado com a elevada taxa de empregabilidade registada em Ciências da Comunicação do ISCSP (cerca de 85%). Já se falarmos no nível “satisfatório” em algumas competências especificadas no que toca ao grau de satisfação dos respondentes perante o desempenho dos alunos/licenciados de Ciências de Comunicação do ISCSP, podemos dizer que a grande maioria delas está relacionada com a pouca exploração das mesmas durante a licenciatura. É o caso da criatividade, do espírito critico, dos conhecimentos multimédia, dos conhecimentos de outras áreas científicas, do desenvolvimento de conceitos criativos, da elaboração de planos de comunicação, da capacidade de improviso, da capacidade de negociação e da capacidade de gestão de conflitos e interesses. Todas as restantes competências a obter a mesma classificação estão relacionadas com uma vertente mais pessoal e intrínseca a cada um de nós que pouco são influenciadas pelo curso em si. É o caso da capacidade de trabalhar sob pressão, da capacidade de liderança e da desinibição para falar em público. Tabela 14- Distribuição dos inquiridos pela subárea de atuação

21


Relativamente à elaboração de planos de marketing e gestão de projetos e contas por parte dos estudantes/licenciados em Ciências da Comunicação do ISCSP, não foi possível obter quaisquer informações, uma vez que os respondentes não atuam nestas áreas e/ou não receberam estagiários ou profissionais para estas funções. Através da análise dos fatores mais importantes para a escolha de um candidato, podemos concluir o que o currículo foi dos fatores mais valorizado pelas entidades empregadoras, tendo sido considerado por 11 respondentes. Este factor está associado à elevada importância atribuída à forma como apresentamos o nosso currículo e à forma como este está estruturo e organizado em si mesmo. Por outro lado, é também curioso o facto de fatores como a imagem e postura terem recolhido uma percentagem de respondentes maiores em relação a outros como a experiência profissional e formação académica. Isto prova que cada vez mais a nossa apresentação pessoal e postura perante as mais diversas situações conta, especialmente quando estamos a falar de uma entrevista presencial. Quanto à opinião das entidades empregadoras sobre o grau de preparação dos estudantes/licenciados em Ciências da Comunicação no ISCSP, a única opinião negativa sobre os estudantes/licenciados do ISCSP é na sub-área da consultoria em comunicação e relações públicas, em relação aos estudantes/licenciados de outras instituições. Por outro lado, na sub-área do jornalismo a opinião é divergente. 37,5% dos inquiridos que responderam “melhor” estão na sub-área do jornalismo. Há ainda a destacar os 33,3% dos inquiridos que responderam não conhecer a preparação dos estudantes/licenciados de outras faculdades nas sub-áreas de marketing, comunicação em organização privada e outra – procurement, formação, saúde e recursos humanos. Embora haja algumas opiniões distintas em relação à preparação dos estudantes/licenciados, na maioria dos casos considera-se que as suas aptidões, para qualquer área da comunicação são iguais, independentemente da faculdade onde estuda/estudou. Em relação à análise bivariada, o desempenho dos estudantes é classificado como melhor, em grande escala, na sub-área do jornalismo. Esse aspeto pode ser 22


justificado pela grande diversidade de unidades curriculares relativas ao jornalismo, em Ciências da Comunicação no ISCSP. Por outro lado, o pior desempenho na área da consultoria em comunicação e relações públicas justifica-se pelo contrário. Existe uma carência de unidades curriculares relacionadas com essa subárea, bem como um esclarecimento inexato da profissão e consequentemente alguma falta de interesse. Pode-se ainda inferir que o sexo e a imagem que as entidades empregadoras têm dos indivíduos em análise não são dependentes, pois, tal como verificado na análise multivariada, existem exceções. Tanto homens como mulheres tendem a avaliar muito positivamente ou negativamente a imagem destes sujeitos, variando, sobretudo, com o contacto que já tiveram com os mesmos.

23


Conclusão O objetivo do artigo consistia em compreender qual a imagem que as entidades empregadoras têm dos estudantes e/ ou licenciados em Ciências da Comunicação no ISCSP-UL. Partindo deste objetivo geral, respondemos aos objetivos específicos. Através da revisão da literatura constatou-se que as características que as entidades empregadoras procuram num funcionário são boas capacidades comunicacionais bem como bons conhecimentos e capacidades técnico profissionais, para além de uma boa apresentação de currículo. A amostra em estudo confirmou essa pesquisa, na medida em que mencionaram esses mesmos aspetos. No que toca às capacidades técnico-profissionais procuram sobretudo indivíduos com conhecimentos multimédia e conhecimentos informáticos. Tendo em conta essas características, verificou-se que os estudantes e/ou licenciados em Ciências da Comunicação no ISCSP possuem essas capacidades e conhecimentos em larga escala. Embora existam expectativas baixas em relação aos estudantes e/ou licenciados no ISCSP, a maioria dos casos avalia as suas expectativas em medianas ou elevadas, acabando por confirmar essa imagem positiva quando empregam alguém proveniente desse estabelecimento de ensino. Assim sendo, em relação ao último objetivo podemos confirmar que a imagem cognitiva das entidades empregadoras corresponde à imagem emocional/sensorial, na medida em que as suas expectativas se confirmar na maior parte dos casos.

24


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27


Anexos

28


29


30


31


32


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