O cotidiano infantil: O lúdico presente no centro da cidade de São Paulo | Natalia Paixão

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O COTIDIANO INFANTIL: O lúdico presente no centro da cidade de São Paulo





Natalia Paixão

O COTIDIANO INFANTIL: O lúdico presente no centro da cidade de São Paulo

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro, como exigência para a obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luís Silva

São Paulo 2019



AGRADECIMENTOS

Toda conquista e fim de etapa se faz com a ajuda de pessoas que passam pelo seu

caminho. Por mais que o trabalho tenha sido individual, envolveu diversas pessoas que me apoiaram nessa conquista. Por isso dedico esse trabalho a vocês:

Primeiramente a Deus, por sempre guiar meus passos, cuidar da minha saúde e por

colocar pessoas maravilhosas durante toda a minha caminhada até aqui.

Aos meus pais, por me apoiarem desde criança nas realizações dos meus sonhos,

e por entenderem, até antes de mim, que eu me tornaria uma arquiteta. Além me apoiarem durante a faculdade.

Ao meu namorado, Gabriel Novaes, por me apoiar e sempre dizer que as coisas que

eu faço estão perfeitas. Por ouvir as mesmas frases um milhão de vezes, me ajudar com tudo o que preciso e me fazer rir em momentos de tensão.

Ao meu orientador, Ricardo Luís, que além de ter me orientando na Iniciação Cientí-

fica esteve presente no TCC. Por sempre me fazer questionar os caminhos que percorria durante o processo, incentivando a sair da zona de conforto.

Aos meus amigos, por entenderem minha vida com a Arquitetura e na dificuldade de

estar presente em alguns eventos. Por me apoiarem e até remarcarem passeios para dias que eu estivesse livre. E principalmente aos meus amigos, futuros arquitetos, por estarem presentes nas alegrias, nos choros, nas noites perdidas de sono, nas comemorações de notas e por todas as diversões em meio ao desespero. Obrigada Camila, Carol, Denise, Gabriela, John, Renan, Thais e Vitória que passaram por essa fase comigo.


E por fim, a minha psicóloga, por não me deixar desistir em meio de tantas dificul-

dades. E por ter me ajudado com todas as minhas questões pessoais e com planejamentos para que eu pudesse vencer todas as batalhas.

Meus sinceros muito obrigada a todos. Sem vocês não estaria aqui encerrando

esse ciclo.


RESUMO

Este trabalho parte do processo de iniciação científica, realizada no ano 2018, com

o grupo URBElab juntamente com o grupo Corpocidade.

Para início dos estudos, delimita-se uma área na República, zona central de São

Paulo, e utiliza-se como método levantar e documentar as camadas de urbanidade na região central da cidade. Ou, como propunha Walter Benjamin, catalogar cacarecos como fazem as crianças. Podendo assim entender como é a relação da cidade com a presença desses seres pequenos.

Assim se iniciou o processo de perambulação pela área, levantando os locais lúdicos

que existem nesse local, sendo eles as áreas livres, locais de permanência e estabelecimentos que possui a presença das crianças.

A partir de todos os levantamentos, escolhi 4 lotes que estão em frente à Avenida 9

de Julho. Os lotes possuem escadarias que vencem o desnível entre a avenida Nove de Julho e a parte alta do vale, um importante acesso, mas que está em condições precárias, pois se tornou um lugar pouco acessado e perigoso para as pessoas circularem.

Sendo assim, o projeto surgiu como forma de trazer novamente o acesso das pes-

soas, a permanência e o resgate das crianças que estão próximas, trazendo ambientes lúdicos para que elas, e também os adultos, possam se divertir na cidade.

Palavras-chave: Mapeamento; Crianças; Cotidiano; Projeto do espaço público; Brincar.



ABSTRACT

This study starts from the process of scientific initiation, done in 2018, with the UR-

BElab group and the Corpocidade group.

To begin the study, an area is defined in República, central zone of São Paulo, and

used as an example of surveying and mapping aspects of urbanity in the downtown. Or as Walter Benjamin proposed, cataloging cacarecos as well as children. That way you can understand how the relation of the city to the little ones is.

This was the beginning of the process of wandering around the area, raising the

playful places that exist in this area, being the free areas, places of permanence and establishments that have the presence of children.

From all aspects, the choice was 4 lots in front of 9 de Julho Avenue. The lots have

stairs to climb to the viaduct 9 de Julho, an important access, but that is in precarious conditions, because it has become a little attended and dangerous place for people to course.

Thus, the project arised as a way to bring people’s access back, the permanence and

rescue of the children that are next, where there are playful environments, so they can have fun in this place.

Keywords: Mapping; Children; Daily; Public space project; Play.



SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11 NARRATIVAS .................................................................................................................... 13 Narrativa 1 – O lúdico: A criança e suas brincadeiras ........................................ 15 Narrativa 2 – As camadas da cidade: A criança e sua curiosidade .................... 17 Narrativa 3 – O território: A escolha do lugar ..................................................... 21 Narrativa 4 – Percepções corporais: Mapeamento do meio físico .................... 25 Narrativa 5 – Percepções lúdicas: Os estabelecimentos infantis ...................... 35 Narrativa 6 – As derivas infantis: Por onde elas caminham ............................... 39 Narrativa 7 – Seu novo quintal: Por onde elas estão ......................................... 43 REFERÊNCIAS DE PROJETO .......................................................................................... 45 Nyc’s street trees | Mapa de árvores urbanas ................................................... 47 Preenchendo vazios urbanos ........................................................................... 51 Reurbanização do Vale do Anhangabaú............................................................ 55 PROJETO .......................................................................................................................... 59 Percepções do projeto: Locais apropriados ...................................................... 61 Entrando no projeto: Uma nova visão ............................................................... 67 Especificações: Elementos utilizados ............................................................... 69 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 107 REFÊRENCIAS ............................................................................................................... 109 LISTA DE IMAGENS ......................................................................................................... 111



INTRODUÇÃO

A cidade é um local de encontro, o homem ao caminhar começa a construção da

paisagem na qual ele percorre. Quando caminhamos pela cidade, começamos a observar os diversos tipos de pessoas e afazeres, tanto nos bairros, quanto no centro. E ao observarmos isso, nos deparamos com a presença reduzida das crianças, em comparação com os adultos, no centro de São Paulo. A cidade não é construída para uma pessoa, mas para um grande número delas, todas com grande diversidade de formação, temperamento, ocupação e classe social. Nossas análises apontam para uma substancial variação do modo como as diferentes pessoas organizam sua cidade, de quais elementos mais dependem ou em quais formas as qualidades são mais compatíveis com elas. O designer deve, portanto, criar uma cidade que seja pródiga em vias, limites, marcos, pontos 18 nodais e bairros, uma cidade que use não apenas uma ou duas qualidades de forma, mas todas elas. Se assim for, diferentes observadores terão ao seu dispor um material de percepção compatível com seu modo específico de ver o mundo. (LYNCH, 1997, p. 123)

Não vemos as crianças se apropriando das ruas, das praças e dos locais nos quais

são propícios a elas. E neste contexto surgem os questionamentos: onde elas se encontram? Quais os atrativos que elas têm fora do espaço escolar? Existem locais nos quais são convenientes para os interesses delas? Será que os projetos urbanos dão conta de atender esta parte da população?

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Sendo assim, o campo de estudo para investigar estas indagações é a região da

República, localizada no centro antigo de São Paulo. Este local tem um constante fluxo de pessoas por conta dos seus variados usos, mas que sempre atraiu pouquíssimas crianças para a área. Vendo as constantes transformações ocorridas nos últimos anos, o centro está se tornando um local com usos culturais. Isso pode começar a dar visibilidade para que esse espaço se torne um local mais atrativo para o público infantil.

Por meio dessa percepção surge o interesse em investigar, cartografar as camadas

de urbanidade e alteridade que acontece no centro. E o interesse de saber onde estão as crianças nesta região, o que elas buscam, se elas entendem e se apropriam da cidade na qual rodeiam, se conseguem encontrar ou faltam equipamentos necessários para elas permanecerem nestes locais tanto quanto os adultos.

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NARRATIVAS

As narrativas são separadas em 7 capítu-

los, para proporcionar ao leitor uma explicação do porquê resolvi me concentrar na criança e como é essa área em relação a elas durante minhas caminhadas e análises.

[Fig.] - Caminhar

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[Fig. 1] - Crianรงas e suas brincadeiras


Narrativa 1 - O lúdico: A criança e suas brincadeiras

O lúdico remete aos jogos e ao divertimento, mas não se restringe a apenas isso.

Ele também inclui atividades que possibilitam momentos de prazer, entrega e interação dos envolvidos. As crianças e os animais brincam porque gostam de brincar, e é precisamente em tal fato que reside sua liberdade. [...] Chegamos, assim, à primeira das características fundamentais do jogo: o fato de ser livre, de ser ele próprio liberdade. (HUIZINGA, 2012, p.10)

As atividades lúdicas estão relacionadas com os jogos e o ato de brincar. É uma

atividade livre, sem a necessidade de competição, normas ou regras. Ela é muito importante na infância, pois contribui para o desenvolvimento intelectual das crianças além de potencializar a sua criatividade.

Os jogos lúdicos trazem diversos benefícios às crianças que praticam, como esti-

mular a criatividade, o pensamento lógico, a inteligência, a agilidade, a comunicação, entre outros. E é através do faz-de-conta que a criança cria seu mundo próprio, imitando sua vivência com os adultos.

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[Fig. 2] - A curiosidade


Narrativa 2 - As camadas da cidade: A criança e sua curiosidade

A cidade é constituída por meio de diversas camadas, sendo uma sobre a outra.

Com essas práticas sociais surgem alguns efeitos, principalmente na vida social.

Há algum tempo, as crianças e os adultos estão vivendo dentro de locais cercados,

como suas casas e seus condôminos, onde tem tudo ao seu alcance sem precisar sair. Assim, estão potencializando uma cidade vazia, não sendo mais um local de encontro. Para isso, os espaços públicos precisam estar mais abertos e receptíveis as pessoas. Começando a ser locais pensados e vivenciados dentro da cidade e não serem apenas um local de passagem.

Esses meios físicos precisam dar mais liberdade e segurança para o público infantil.

Ultimamente existem um conjunto de locais “proibidos” nesse universo, locais que tem características para serem deles naturalmente, mas que estão em estado de abandono, pois não há alguém pensando nesse público.

Os projetos urbanos precisam dar mais importância ao pensamento da criança para

desenvolver estes ambientes. Geralmente apenas praças e parques são pensados para elas, mas limitando-se a brinquedos feitos em série, sem perceber o ponto de vista da criança através dela, e sim só percebendo o que o adulto enxerga que seja necessário. Já os outros espaços são projetados sem a inclusão delas, descartando totalmente que elas também utilizem desses locais na cidade. Devemos pensar em lugares que sirvam tanto para as crianças como para os adultos. Um lugar de inclusão de públicos diferentes, trazendo

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um enriquecimento de perspectivas a cidade. Uma segunda característica, intimamente ligada à primeira, é que o jogo não é vida “corrente” nem vida “real”. Pelo contrário, trata-se de uma evasão da vida “real” para uma esfera temporária de atividade com orientação própria. Toda criança sabe perfeitamente quando está “só fazendo de conta” ou quando está “só brincando”. A seguinte estória, que me foi contada pelo pai de um menino, constitui um excelente exemplo de como essa consciência está profundamente enraizada no espírito das crianças. O pai foi encontrar seu filhinho de quatro anos brincando “de trenzinho” na frente de uma fila de cadeiras. Quando foi beijá-lo, disse-lhe o menino: “Não dê beijo na máquina, Papai, senão os carros não vão acreditar que é de verdade”. Esta característica de “faz de conta” do jogo exprime um sentimento da inferioridade do jogo em relação à “seriedade”, o qual parece ser tão fundamental quanto o próprio jogo. Todavia, conforme já salientamos, esta consciência do fato de “só fazer de conta” no jogo não impede de modo algum que ele se processe com a maior seriedade, com um enlevo e um entusiasmo que chegam ao arrebatamento e, pelo menos temporariamente, tiram todo o significado da palavra “só” da frase acima. Todo jogo é capaz, a qualquer momento, de absorver inteiramente o jogador. (HUIZINGA, 2012, p.10)

Em qualquer lugar que as crianças estejam, sempre o inusitado chama a atenção.

Elas começam a observar tudo ao seu redor, enquanto os adultos não se importam e até acham estranha essa curiosidade por tudo. Elas gostam de explorar tudo o que é novo, seja em objetos ou na cidade, tanto no espaço público como privado. Com isso as crianças

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sempre tentam aprender ou imitar, como se fosse um jogo da imitação, onde ela se espelha no adulto e tenta copiá-lo como uma forma de diversão.

As crianças inovam a todo momento em como usufruir da cidade na qual habitam,

e o seu modo de brincar. Quando ela é “proibida” de algo, por conta dos locais que não são propícios ou da função do brinquedo, elas procuram alternativas novas para usufruir do espaço ou objeto para seu estar. E acabam inovando nas habilidades para conseguir, como por exemplo, quando utilizam os aparelhos de ginástica que estão espalhados pelos espaços públicos, onde tem a função de atividade física, especialmente para os idosos. Quando brincam nas guias das ruas, apostando em quem chega primeiro do outro lado, sem que pise na calçada ou na rua. Ou quando utilizam o corrimão de uma escada como escorregador. Assim começam reinventando os objetos existentes pela cidade com uma nova função que sejam adequadas a elas.

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[Fig. 3] - A fonte da praรงa


Narrativa 3 - O território: A escolha do lugar

A região foi escolhida e delimitada como campo de experimentação a partir do ter-

ritório escolhido no grupo de iniciação cientifica. O motivo também foi por conta da apresentação da proposta “Centro Novo” idealizada para as regiões de Campos Elísios, República e Sé, pela gestão da prefeitura municipal em parceria com a SECOVI e o arquiteto Jaime Lerner.

Dentro desse território, o bairro da República, – principalmente a praça da República

– era o local que mais me chamava a atenção, por ser uma parte do centro histórico de São Paulo juntamente com a Sé.

Por volta da metade do século XIX, o local da praça da República era uma área des-

tinada para treinamentos militares e era conhecida como praça da legião. Passando depois a virar uma área de lazer e recreação pública, recebendo as touradas e sendo chamada de praça do Curro.

Após a proclamação da república, a praça ganhou o nome que mantém até hoje.

Este espaço tem uma grande importância histórica, pois foi inaugurada a Escola Caetano de Campos e a praça foi totalmente reformada, sendo um dos principais pontos de referência para a região central da cidade.

Já com a chegada do Metrô, na década de 1970, a praça da República adquiriu um

ar mais cosmopolita, perdendo um pouco do antigo charme.

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[Fig. 4] - Bonde na av. São João

[Fig. 5] - Praça dos Curros

[Fig. 6] - Praça da República

[Fig. 7] - Crianças na praça

[Fig. 8] - Rua Sete de Abril

[Fig. 9] - Theatro Municipal

Atualmente a região da República tem seus espaços públicos subutilizados para o

lazer, tanto para o público adulto quanto para o público infantil, como a própria praça da República, o Largo do Arouche e a praça Ramos de Azevedo. A partir disso, pareceu interessante utilizar essa área como campo de experimentação para os ensaios urbanos, pois é um local com muitas características históricas importantes. Mas que não tem a mesma importância e valor para as pessoas como era antigamente.

Sendo assim as delimitações são a Avenida São João, Avenida Nove de Julho, e o

Elevado Pres. João Goulart, onde se configura os espaços na qual eu sempre me questionei por estarem subutilizados.

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[Fig. 10] - Pontos de interesse

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[Fig. 11] - Caminhadas


Narrativa 4 - Percepções corporais: Mapeamento do meio físico

A partir de toda as problemáticas levantadas e para conhecer mais sobre o trecho

escolhido, permitir-me começar a perambular pelo bairro. O flanêur reinventa a cidade a cada passeio. [...] Em Baudelaire concentra-se a ambiguidade imanente do flâneur, na medida em que a assincronia entre a multidão e individuo imprime recortes na cidade, atribuindo-se sentidos particulares ao espaço público, aqui entendido como “sem proprietário”. O gesto de flanar, aliás, constitui-se por si só em uma atitude de presença e ausência – simultaneamente – na aglomeração, pois insere os indivíduos na multidão ao mesmo tempo em que aprofunda sua solidão, seu isolamento da grande massa. (BASTOS, p. 04).

Caminhando por este lugar, sei caracteristicamente que estou na região central da

cidade, mas não consigo saber por um limite físico onde termina a República e começa a Sé, ou onde começa Campos Elísios.

Me perco facilmente andando pelas ruas. Quando percebo, já passei da minha de-

limitação e continuo achando características importantes para o uso da criança, como se não houvesse um fim. Percebi que quanto mais eu andasse, mais características encontraria, por isso delimitei apenas neste local delimitado. Por já ter um certo conhecimento de uma parte da área escolhida, achei que não encontraria locais do interesse infantil, mas foi onde me surpreendi. Existem diversos lugares

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que, por mais que se ande todos os dias, não são percebidos, até o momento em que realmente se quer perceber. Lugares que sempre me passaram despercebido, mas que hoje vejo que são lugares com características importantes para o universo infantil.

Busquei mapear características físicas da região e também colocar em mapas

minhas percepções ao caminhar pelas ruas.

A seguir apresentam uma sobreposição de mapas onde fiz com as percepções que

obtive nas perambulações pela área.

O primeiro mapa apresenta o processo que estou fazendo de percepção lúdica de

locais na área onde tem um caráter infantil, como casa de doces, fast food, lojas de brinquedos, loja de roupas infantis, cinemas/teatros e espaços culturais.

O segundo mapa a apresenta os lugares de permanências de crianças, como as

ocupações, os abrigos e as escolas Caetano de Campos e Patrícia Galvão.

O terceiro mapa apresenta as áreas livres, sendo elas algumas praças, como praça

da República, praça Dom João Gaspar, praça Roosevelt, largo do Arouche, vale do Anhanga- baú e suas ruas compartilhadas.

E o último mapa apresenta em destaque a área da região do centro na qual estou

desenvolvendo a pesquisa, a República. Onde delimita-se entre as avenidas São João e Nove de julho e o Elevado Pres. João Goulart.

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[Fig. 12] - Mapa de estabelecimentos

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[Fig. 13] - Mapa de permanĂŞncia

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[Fig. 14] - Mapa de รกreas livres

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[Fig. 15] - República

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[Fig. 16] - Estabelecimento lĂşdico


Narrativa 5 - Percepções lúdicas: Os estabelecimentos infantis

Fazendo a criação dos mapas, notei que ficava muito abrangente apenas mapear os

locais lúdicos para as crianças, sem se aprofundar sobre eles.

Então resolvi especificar um pouco mais sobre cada um, fazendo um mapa de nomes,

onde colocava todos esses estabelecimentos com seu nome próprio, para poder saber por que surgiu tais nomes para esses locais e verificar se tinham algum motivo com o bairro ou entorno.

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[Fig. 17] - Nome do lugar


A partir desses mapas, podemos perceber através desses gráficos a quantidade de

estabelecimentos que contêm em cada setor. E assim notamos onde possui uma demanda maior e a menor da área estudada.

[Fig. 18] - Gráfico com as locais

[Fig. 19] - Grafico com a quantidade

Após a criação desse mapa e do gráfico, senti a necessidade de poder visualizar

como é a fachada em relação ao seu nome, e se tinha alguma interação com o espaço inserido. A partir disso resolvi tirar fotos de todas as fachadas e anotar características de cada uma. A seguir mostro alguns exemplos:

Rua Dom José de Barros, 146

• Fast Food • Maria Açaí • Bancos do lado de fora [Fig. 20] - Loja de doce

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• Rua 7 de Abril, 350

Loja de brinquedos

• XXXXX • Rua compartilhada [Fig. 21] - Loja de brinquedos

Rua Dom José de Barros, 75

Loja de roupas infantis

• Charis • Rua compartilhada [Fig. 22] - Loja de roupas

E para poder acessar todo esse conteúdo, que foi o processo final da minha ini-

ciação científica basta olhar o arquivo digital pelo link ou pelo o CD que está no final deste caderno.

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Narrativa 6 - As derivas infantis: Por onde elas caminham

No decorrer deste processo, participei de 3 derivas com as crianças das escolas

EMEI Patrícia Galvão e EMEI Caetano de Campos. As escolas da região fazem atividades com os alunos fora do espaço escolar, levando elas as praças da região ou espaços culturais. São entorno de 25 a 30 crianças por atividade e alguns pais acompanham junto os passeios, fora os responsáveis pela escola. Todos os passeios são feitos a pé, por estarem dentro da região.

A prática do caminhar se realiza em dois movimentos contraditórios, a exterioridade (caminhas é sair) e a interior. Os homens passantes da cidade movem ela sem deixar um rastro físico. Os mapas urbanos transcrevem isso, mas sempre serão somente palavras/desenhos de algo que passou e que não permanece mais. Existem uma ordem especial onde o passante possui um conjunto de possibilidades e proibições na qual ele reinventa seguindo os caminhos na qual ele acha mais útil no momento. (CERTEAUL. 1998)

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[Fig. 23] - Trajeto das derivas


A primeira deriva foi feita com a EMEI Patrícia Galvão, elas saíram para um evento

“Brincadeiras de rua” que ocorria no Sesc 24 de maio, onde as crianças ficaram durante 2 horas fazendo diversos tipos de brincadeiras.

[Fig. 24] - Bolhas de sabão

[Fig. 25] -Cordas

[Fig. 26] - Tenda

A segunda deriva foi feita com a EMEI Caetano de Campos, com a participaram

do grupo “Lagartixas na Janela – Breves partituras para muitas calçadas”. Eles saíram da praça da República, passando pela Rua Barão de Itapetininga, pelo Theatro Municipal e desceram para a Praça Ramos de Azevedo. Em cada parte do percurso, eles percebiam características novas para eles dentro da cidade e brincavam com o que tinham disposto a eles no local. Descobriram que o corrimão do Teatro poderia virar um “escorregador” e na praça descobriram um novo caminho por entre as árvores e deixaram seus registros por lá com giz de cera.

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[Fig. 27] - Bueiro

[Fig. 28] - Escorregador

[Fig. 29] - Giz de cera

E a terceira deriva foi feita novamente com a EMEI Patrícia Galvão, a escola utiliza

não somente o espaço dela, como também a praça Roosevelt para atividades com as crianças. Nesta atividade elas começaram brincando de roda com cantigas, e depois foram montar peças, uma das crianças me surpreendeu, pois foi a única que estava montando diferente dos demais, que estavam somente empilhando peças.

[Fig. 30] - Construindo

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[Fig. 31] - Roda de brincadeiras

[Fig. 32] - Fila


Narrativa 7 - Seu novo quintal: Por onde elas estão

Após analisar a área e pontuar os locais lúdicos para as crianças, sejam os estabe-

lecimentos ou as áreas livres, resolvi analisar a presença das crianças nesses locais. Se elas realmente usam ou se é algo que passa despercebido em relação ao cotidiano delas.

A seguir vemos um mapa com a frequência que as crianças estão presentes no cen-

tro durante minhas visitas à area estudada.

Em vermelho podemos ver onde as crianças estão mais presentes. Esses locais são

as escolas, algumas ocupações e o Sesc 24 de maio, que desde sua criação, começou a atrair diversas crianças para este trecho da região, por conta de suas atividades específicas ou por conta do espelho d’agua, onde as crianças estão sempre se divertindo.

Em azul são locais que as crianças vão com uma certa frequência. Às vezes que

mais constatei crianças por ali foi por conta das derivas feitas pela escola, ou por conta do centro de dança que tem embaixo do viaduto.

E em amarelo são locais pontuais onde as crianças apareceram em determinados

momentos das minhas visitas, seja dentro dos estabelecimentos onde marquei, seja com os pais caminhando pelas ruas.

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[Fig. 33] - Presenรงa de crianรงas na รกrea


REFERÊNCIAS DE PROJETO sas tos

Após as análises em campo e as pesquibibliográficas, que

estudei

trouxessem

alguns

referências

ou

projeide-

ias para que eu pudesse pensar em como tratar o espaço urbano e os espaços de convívio social para o uso infantil, sendo eles:

[Fig. 34] - Leir

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[Fig. 35] - Medição de árvores


Estudo de caso 1 Nyc’s street trees | Mapa de árvores urbanas

O Departamento de Parques e Recreação de Nova York em 2015, juntamente com

2.300 voluntários começaram um mapeamento de todas as arvores da cidade. Foram coletados dados de 685 mil ruas, a partir da base do último censo botânico. Eles tiveram as informações sobre a relação das arvores com o meio ambiente, suas características, influências das condições climáticas procedimento de tratamento, medições e quais os benefícios para a comunidade e seu entorno.

[Fig. 36] - Design do site

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A partir disso, os voluntários, acompanhados por monitores, observaram a espécie

das árvores, mediram 1ª circunferência do tronco, analisaram o estado de saúde da casca e registraram as coordenadas de cada uma usando um GPS.

Durante esse processo cada arvore recebeu um número de identificação e uma cor,

que a relaciona como pertencendo a uma das 210 espécies registradas. Espécies relacionadas receberam cores similares. Dessa forma, é possível observar qual é o tipo de árvore que predomina em cada bairro.

Com as informações obtidas, o departamento criou um site interativo onde pode

focar na manutenção de suas arvores de uma forma mais fácil, já que todas as pessoas podem enviar dados sobre as arvores, sejam elas de sua rua, do seu bairro ou alguma que a pessoa tenha um carinho especial.

“Conseguimos excelentes dados neste projeto”, elogia Jennifer Greenfeld, assis-

tente comissionada de recursos naturais, horticultura e florestas.

[Fig. 37] - Bairro

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[Fig. 38] - Mapa

[Fig. 39] - Especificação


Nos mapas interativos, as pessoas podem inserir um endereço para obter imagens

das espécies que estão naquela rua e o formato de suas folhas, além de visualizar códigos de cores que mostram o tipo de árvore e circunferência do tronco, além de poder identificar quais são os bairros mais ou menos verdes e acompanhar a situação de cada árvore em tempo real.

Existem camadas do site onde os usuários podem saber o valor monetário daque-

la árvore para o ambiente, fazer pedido de manutenção e poder ter sua arvore favorita e cuidar dela com os serviços básicos.

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[Fig. 40] - Desenhando


Estudo de caso 2 Preenchendo vazios urbanos

Urban95 criou uma iniciativa que trabalha para promover o desenvolvimento saudável

de crianças que crescem em contextos urbanos, sendo selecionados alguns projetos dentre o mundo todo. Dentro destes projetos, surgiu o “Preenchendo vazios urbanos” em Tucumán – Argentina.

O projeto aUPA pretende aumentar a quantidade de espaços públicos de qualidade,

fortalecendo o cuidado coletivo e a socialização das crianças com a cidade.

Tucamán tem uma escassez de espaços públicos de qualidade para crianças

pequenas. Na cidade possui aproximadamente 1.200 “vazios urbanos” como prédios abandonados e terrenos que não foram construídos, que poderiam se tornar tais espaços - pelo menos temporariamente. E assim, através de um projeto participativo envolvendo oficinas, palestras e reuniões, o projeto investiga como esses espaços podem se tornar “auto gerenciados” através do uso flexível de “móveis urbanos pop-up amigáveis para pais”.

Esta proposta dá a possibilidade de ‘auto-gerir’ um espaço próprio amigável com a criação através de uma coleção de mobiliário urbano pop-up que podem desaparecer e reaparecer em diferentes pontos de um bairro para ser facilmente manuseado por uma pessoa. Assim, instantaneamente qualquer vazio urbano se torna um lugar para a criação dos filhos, diz Lombana ao LA GACETA.

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[Fig. 41] - aUPA

[Fig. 42] - Brinquedos

[Fig. 43] - Jogos

O projeto também realizou pesquisas de campo para identificar os lotes vagos e os

espaços subutilizados. Foram achados mais de 500 vazios urbanos, tanto público como privados, onde foram mapeados mais de 100 espaços públicos amigáveis para as crianças. Podemos encontrar esses resultados na plataforma do maps, onde está sendo constantemente atualizada.

[Fig. 44] - Google maps

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Procuramos por ideias e conceitos que não tivessem sido muito testados antes, e que pudessem ter potencial para serem replicados em outros lugares. Não estávamos buscando, necessariamente, por implementações high-tech, mas por soluções tangíveis para problemas e necessidades cotidianos, diz Ardan.

Com mais de 950 horas de trabalho, o projeto construiu 11 protótipos seguros e

duráveis de móveis urbanos pop-up , reutilizando 15 tipos de materiais, incluindo tecidos, plásticos e papelão. Chegando a cinco acordos para intervir com os proprietários dos espaços em causa.

[Fig. 45] - Antes/Depois

[Fig. 46] - Antes/Depois

[Fig. 47] - Antes/Depois

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[Fig. 48] - Vale do AnhangabaĂş


Estudo de caso 3 Reurbanização do Vale do Anhangabaú

O Vale do Anhangabaú já foi um importante acesso da capital de São Paulo e hoje é

apenas um local de passagem, de milhares de pessoas, ou palco de eventos esporádicos, mas que as pessoas não utilizam como estar no dia a dia.

Os principais desafios enfrentados são a ausência de bancos por todo o Vale, as

barreiras criadas pelas escadarias e a dificuldade de orientação. E para chegar em um projeto adequado foram chamadas pessoas na área de planejamentos para poder discutir as melhorias, e obteve um consenso que na área precisa ter: Wi-fi grátis, mais arvores, bancas com diversas funções, cadeiras dobráveis, boa iluminação e recuperação da água na paisagem do vale.

Sendo assim o projeto ganhador busca como proposta aproximar a escala do es-

paço com a escala humana, para que as pessoas frequentem uma área animada e segura, trazendo uma boa iluminação, vegetação e pontos de água.

[Fig. 49] - Água

[Fig. 50] - Iluminação

[Fig. 51] - Vegetação

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[Fig. 52] - Diagrama

Arborização

Para a arborização foi pensado um afastamento da região de túneis para uma

arborização saudável, com arvores com copas altas, formando uma criação de marquises verdes com ambientes sombreados. Estruturas de apoio

Para que as estruturas de apoio funcionem precisamos estimular que os prédios

próximos utilizem uma fachada ativa para o Vale, sendo assim há possibilidades de mais funções e atividades, trazendo permanência com mais conforto a escala humana.

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[Fig. 53] - Fonte de Água

[Fig. 54] - Iluminação a noite

[Fig. 56] - Área arborizada

Circulação e acesso

Para melhorar o acesso ao vale, o piso precisa ser acessível e que seja contínuo

em todos os caminhos, não possuindo interferências. Além de possuir balizadores retrateis para obter um controle de acesso aos carros. Presença da água

O uso da agua umidifica o ambiente, sendo jatos que são ligados e desligados indi-

vuakmente ou por toda a extensão do vale, proporcionando um espaço lúdico.

[Fig. 57] - Circulação

[Fig. 58] - Descanso

[Fig. 59] - De noite

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Atividades cotidianas

As atividades são diversificadas, obtendo propostas para todas as idades durante o

decorrer do dia. Para isso existem espaços de esportes, skate e parquinho infantil, juntamente com uma nova arquibancada/mirante com mobiliário portátil. Iluminação

A iluminação possui três escalas, possibilitando a criação de cenários e efeitos lúdicos

e integrando com os outros elementos do projeto, como a água, arvores, jardins e mobiliário.

[Fig. 60] - Escalas

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PROJETO

Através

dessas

percepções

o

proje-

to tem por finalidade fazer com que os locais escolhidos tenham características infantis e lúdicas presentes a todos que passem ou permaneçam neste local, principalmente as crianças. Que chamem a atenção delas, pois foi projetado levando em consideração o ponto de vista que elas possuem da cidade.

[Fig. 61] - Brincar

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Percepção do projeto: Locais apropriados

Andando pela região, fui percebendo lotes importantes que estão vazios ou subuti-

lizados com estacionamentos ou prédios abandonados.

A partir disso analisei todos esses terrenos para entender qual seria o melhor para o

projeto, e escolhi quatro terrenos que estão em frente à avenida 9 de Julho. Eles estão sob dois viadutos, o Major Quedinho e o 9 de julho.

[Fig. 62] - Praça 1

[Fig. 63] - Praça 1

[Fig. 64] - Praça 2

[Fig. 65] - Praça 3

[Fig. 66] - Praça 3

[Fig. 67] - Praça 4

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[Fig. 68] - Terrenos subutilizados


A área de projeto possui escadarias que dão acesso do viaduto Nove de julho a aveni-

da. Com o passar das décadas o abandono por parte do poder público transformou-se em locais degradados e perigosos. Este abandono é visível, existem grandes rachaduras pelas escadarias. Mas subindo por elas, conseguimos ter uma vista impressionante, podemos ver uma parte da avenida 9 de julho, além de prédios importantes para a cidade.

A escolha deste local se deu por algumas questões, sendo elas: Ser entre viadutos

e estar em frente à avenida 9 de Julho, sendo um local de fluxo intenso de carros e não dando atratividade ao pedestre, tornando-se assim um local perigoso, principalmente as escadarias, pois não terem uma constante circulação de pessoas. Por conta de todas as ocupações existentes pela área.

[Fig. 69] - Vazia

[Fig. 70] - Movimentada

[Fig. 71] - Rua Alvaro

Por ser um local marcante da 9 de julho, as pessoas que frequentam o bairro pas-

sam todos os dias próximos a elas, e muitas das vezes precisam atravessar as escadarias, mas isso se torna algo que elas fazem com medo e rápido, sem nenhum tipo de permanência, ficando um local ocioso.

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[Fig. 72] - Escadaria 1

[Fig. 72] - Escadaria 2

[Fig. 73] - Escadaria 3

A feira de domingo é bastante conhecida na região, sendo montada no viaduto Ma-

jor Quedinho, o que visualmente se vê os locais das escadarias, algo que não chamam a atenção e as pessoas que utilizam a feira não tem um local para descanso.

[Fig. 74] - Feira

[Fig. 75] - Criança na feira

[Fig. 76] - Mobilidade

E por último, a prefeitura está incentivando projetos para trazer um uso cultural/pú-

blico para esses baixos de viadutos. Sendo assim esses locais irão trazer mais atratividade para essa área proposta.

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[Fig. 77] - IdĂŠias para o projeto

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Entrando no projeto: Uma nova visão

A partir disso o projeto busca criar espaços atrativos para que o local escolhido volte

a se tornar relevante para as pessoas que o utilizam. E que não seja apenas um local de passagem como sempre foi, e sim que se torne um local de permanência, onde possam desfrutar de um lugar lúdico para todas as faixas etárias. Beneficiando principalmente as crianças, que terão um lugar pensado a elas, para que possam se divertir e utilizar toda sua criatividade. Permitindo assim que as crianças possuam um local para brincar, seja sozinha, com os amigos ou acompanhadas pelo responsável. E com isso os responsáveis terão uma visão plena delas e terão um local de descaso e com atrativos que interessem a eles também.

[Fig. 78] - Brinquedos utilizados

[Fig. 79] - Brinquedos utilizados

[Fig. 80] - Brinquedos utilizados

O projeto se constitui por uma requalificação de 4 lugares em frente à Avenida 9 de Ju-

lho, onde se tornam praças lúdicas. Cada praça possui um tipo de setorização. Sendo eles:

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Praça 1 – Brincadeiras e descanso

Praça 2 – Contemplação

Praça 3 – Esportes

Praça 4 – Contemplação vertical e descanso

Todos os locais terão iluminação adequada a cada uso, trazendo assim uma valo-

rização ao projeto de cada praça, pensando não somente no conjunto, mas também em pontos específicos.

PRAÇA 1

PRAÇA 3

PRAÇA 3

PRAÇA 4

[Fig. 81] - Diagrama das praças

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Especificações: Elementos utilizados

Os materiais utilizados dão linguagem ao projeto como um todo, fazendo com quem

esteja nas praças possa perceber que elas foram projetadas juntas, dando continuidade a fluidez do espaço.

Mobiliário:

O mobiliário utilizado são mesas e ban-

cos de madeira. As mesas possui o tamanho de 3mx80cm. Já os bancos possuem 2 modelos, os fixos com os canteiros que possuem

medidas

conforme

cada

local.

E os modulados, nos tamanhos 3mx60cm e 1.5mx60cm. Eles foram produzidos para que se encaixem de qualquer forma que seja disposta durante o projeto. Além disso eles são móveis, fazendo com que as pessoas que utilizam as praças possam mudar a forma que estão dispostos para melhor comodidade. [Fig. 82] - Mobiliário

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Lixeira e bebedouros:

Precisamos sempre ter em mente que,

para uma praça adequada, existem objetos importantes para se manter junto a ela, como as lixeiras e bebedouros.

Elas possuem a mesma linguagem dos

bancos e mesas para que possam se encaixar a eles no projeto. [Fig. 83] - Lixeiras e bebedouros

Iluminação:

A iluminação é pensada especificamente

para cada uso, sendo diferenciada a cada momento do projeto. Sendo três tramanhos para os postes de iluminação: 4,5 metros, 10,5 metros, e 18 metros.

O projeto também possui luzes coloridas

para incentivar a ludicidade e a contemplação do local. [Fig. 84] - Iluminação

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Brinquedos:

O intuito do projeto foi pensar em brin-

quedos diferenciados para as crianças, que são os brinquedos menos comuns nas praças e parques públicos. Sendo assim procurei fabricantes de brinquedos que tivessem conceitos relacionados ao que estava propondo. Após isso escolhi dois fabricantes:

O Erêlab que é uma empresa de criação

e desenvolvimento de objetos de brincar. Ele possui 4 pilares importantes: criança; cidadania; sustentabilidade e brasilidade.

E o Urbanplay que é uma empresa dedi-

cada a desenvolver e valorizar os espaços da cidade para a recreação de crianças. Onde visam a qualidade de vida e a sustentabilidade de seus produtos.

[Fig. 85] - Brinquedos

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Praça 1: Brincadeiras e descanso

Por ser a praça que tem a maior visibilidade, foi pensado para que ela se tornasse

a praça com a maior parte dos brinquedos. Sem descaracterizar o que acontece nela atualmente, como o food truck que está funcionando no local ou a feira que acontece aos domingos no Viaduto Major Quedinho.

Por conta de seu desnível atual, a praça possui desníveis que são vencidos com

rampas, escadas ou um elevador que leva ao deck que está no nível do viaduto.

No primeiro desnível, de 738,50, em frente à avenida Nove de julho, acontece a

área de descanso e lazer. As pessoas que estão sentadas ou passando por essa área conseguem ver os pés das crianças brincando que estão no deck acima deles. No segundo desnível, de 743,50, em frente à rua Álvaro de Carvalho, acontece a área de alimentação e descanso. É o local que fica localizado o food truck existente e foi colocado mesas e cadeiras para a comodidade das pessoas que estão por lá. No terceiro desnível, de 744,50 e no quarto desnível, de 745,50 estão localizadas as áreas principais de brincadeiras, tendo brinquedos dispostos para que as crianças utilizem. Nesta área também acontece o espelho d’agua, que foi projetado para compor um lugar contemplativo. E no último desnível, de 748,25, foi feito um deck de madeira onde pode ser acessado tanto por escadas/elevadores por dentro da praça, como pelo nível do viaduto. Nele podemos contemplar a vista para a praça e da avenida, além de possuir uma rede para que as crianças possam brincar.

A praça ainda possui paredes com blocos de concreto com elevações e arborização

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por toda sua extensão, proporcionando um ambiente sombreado para que as pessoas frequentem em diferentes horários do dia.

[Fig. 86] - Brinquedos

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[Fig. 87] - Espelho d’agua

[Fig. 88] - Rede



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Praça 2: Contemplação

A praça 2 é voltada a contemplação. Ela possui apenas dois desníveis que são

vencidos com a escadaria já existente. O de 737,00, que está em frente à avenida nove de julho, onde fica a área de descanso, e os binóculos em 4 alturas diferentes, 1 metro, 1,50, 1,70 e 2 metros que, olhando dentro, as pessoas conseguem dar zoom ao ponto focal que querem ver mais de perto. E o nível de 742,00, que está em frente a rua Álvaro de Carvalho, que possui mais áreas de descanso e binóculos.

O projeto ainda possui ao lado da escadaria níveis com arborização e chafariz com

luz de led que mudam de cores para que quem passe ao local fique para contemplação desses elementos.

[Fig. 89] - Chafariz de led

[Fig. 90] - Área verde

[Fig. 91] - Bancos e mesas

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Praça 3: Esportes

A praça 3 possui três níveis diferentes onde é mais voltada ao esporte.

No nível da avenida Nove de Julho, de 738,70, ela possui uma quadra poliesportiva

com bancos de reversas e arquibancadas em três níveis que são acessadas por elevadores, tanto pelo nível 738, quanto pelo nível 749,50. E possui também uma área para cachorros. Já no nível 749,50, que pode ser acessado pela escadaria, possui uma área voltada a academia, com equipamentos necessários e bancos para o lazer. E no nível 750,50, possui paredes e troncos para escaladas, onde as crianças e os adultos podem estar utilizando. Além de contar com um bicicletário que dá acesso a ciclovia que tem na rua Santo Antônio.

A praça ainda possui uma parede de grafite por toda sua extensão além de bancos

e arvores.

[Fig. 92] - Quadra

[Fig. 93] - Criança brincando

[Fig. 94] - Escalada

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Praça 4: Contemplação vertical e descanso

A praça 4, assim como a praça 2, é feita para a contemplação. A diferença dessa é

que podemos ter uma contemplação vertical. A praça possui diversas chapas metálicas coloridas com alturas diferentes, fazendo com que seus olhos percorram todas. Já as chapas mais baixas, que estão a 60 centímetros, da para usá-las como bancos. Além disso, possui um escorregador de 13 metros e meio de altura, vencendo o nível viaduto Nove de Julho ao nível avenida Nove de Julho, onde está localizada a praça.

O projeto ainda conta com um espaço feito para um estabelecimento alimentício,

talvez um café, onde o estabelecimento estaria em total contato com os elementos da praça. E todas as paredes em volta desta praça são paredes com blocos de concreto com elevações, possuindo vegetação entre esses blocos.

[Fig. 95] - Escorregador

[Fig. 96] - Parede com blocos

[Fig. 97] - Café

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Considerações finais

Neste último trecho finalizo todas as ideias e pensamentos que foi passado ao longo

dos textos e projeto.

Esse trabalho evidencia que os locais da cidade não são pensados ao uso da criança,

e quando são pensados é com o que o adulto acha que é importante e não com a visão de uma criança. E por assim dizer, a questão da escolha do tema, e de toda a pesquisa, não foi apenas fazer um projeto para que as crianças pudessem ter um local para brincar dentro da cidade, mas sim pensar primeiramente em como a criança é refletida na cidade e como a cidade é refletida na criança. Quais são suas dificuldades e como elas vencem esses desafios descobrindo os lugares e elementos novos, usando a própria criatividade sem precisar que alguém explique como utiliza.

E por isso foi criado o projeto de intervenções nessas 4 praças na região da Repúbli-

ca. Propondo um espaço de inclusão para quem mora no bairro ou para quem está passando por ele. Cada praça tem sua setorização, mas que possuem características que as tornam únicas, sempre buscando a mesma linguagem de projeto.

Sendo assim, as crianças dentro dessas praças podem e devem estar utilizando

os elementos da forma que acharem propicias a elas. Por isso não foi escolhido para o projeto nenhum brinquedo comum nas praças públicas, foram escolhidos brinquedos que pudessem ter mais de uma função. Os outros elementos da praça também fazem com que a criança queira explorar, aumentando a criatividade delas, para que elas possam usufruir de maneiras diferentes cada vez que estiverem no local.

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Referências Bibliográficas BASTOS, Marco Toledo. Flâneur, blasé, zappeur: Variações sobre o tema do indivíduo. BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas I: Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo: Brasiliense, 1994 BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas II: Rua mão única. São Paulo: Brasiliense, 1995 CERTEAU, Michel de. A invenção do Cotidiano. Rio de Janeiro: Vozes, 1998 FERREIRA, Barros. Histórias dos bairros de São Paulo: O nobre e antigo bairro da Sé. Prefeitura municipal – Secretária de educação e cultura. NATIONAL ASSOCIATION OF CITY TRANSPORTATION OFFICIALS. Guia global de desenhos de ruas. São Paulo: Senac, 2018. HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2012. LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1997. PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCOSSIA, Liliana (org.). Pistas do método da cartografia: Pesquisa-intervenção. Porto Alegre: Sulina, 2017. Filmes ASAS do desejo. Produção de Wim Wenders. Alemanha Ocidental, 1987. (127 min)

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Lista de imagens Figura: Silhueta criança correndo. Imagem extraída de <https://mx.depositphotos. com/181605546/stock-illustration-children-running-playing-silhouette-vector.html> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 1: Crianças e suas brincadeiras. Foto da autora, 2018. Figura 2: A curiosidade. Foto da autora, 2018. Figura 3: A fonte da praça. Foto da autora, 2018. Figura 4: Bonde na Av. São João. Imagem disponível em <http://italianadas.blogspot. com/2013/07/fotos-antigas-da-cidade-de-sao-paulo.html> Acesso 06 de novembro de 2018. Figura 5: Praça dos curros. Créditos Carlos Moreira. Figura 6: Praça da República em 1933. Imagem disponível em <http://italianadas.blogspot. com/2013/07/fotos-antigas-da-cidade-de-sao-paulo.html> Acesso 06 de novembro de 2018. Figura 7: Praça Ramos em 1971. Créditos Carlos Moreira. Figura 8: Rua Sete de Abril. Créditos Carlos Moreira Figura 9: Theatro Municipal em 1970. Créditos Carlos Moreira. Figura 10: Mapa elaborado pela autora, a partir de dados disponíveis em <http://geosampa. prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 05 de setembro de 2018. Figura 11: Caminhadas. Foto da autora, 2018 Figura 12: Mapa elaborado pela autora, a partir de dados disponíveis em <http://geosampa. prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 05 de setembro de 2018. Figura 13: Mapa elaborado pela autora, a partir de dados disponíveis em <http://geosampa. prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 05 de setembro de 2018. 111


Figura 14: Mapa elaborado pela autora, a partir de dados disponíveis em <http://geosampa. prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 05 de setembro de 2018. Figura 15: Mapa elaborado pela autora, a partir de dados disponíveis em <http://geosampa. prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 05 de setembro de 2018. Figura 16: Estabelecimento lúdico . Foto da autora, 20018. Figura 17: Mapa elaborado pela autora, a partir de dados disponíveis em <http://geosampa. prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 05 de setembro de 2018. Figura 18: Grafito elaborado pela autora, 2019. Figura 19: Grafito elaborado pela autora, 2019. Figura 20: Fachada Maria Açaí – Foto da autora, 2018. Figura 21: Fachada XXXXX – Foto da autora, 2018. Figura 22: Fachada Charis – Foto da autora, 2018. Figura 23: Mapa elaborado pela autora, a partir de dados disponíveis em <http://geosampa. prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 05 de setembro de 2018. Figura 24: Bolhas de sabão, Sesc 24 de maio – Foto da autora, 2018. Figura 25: Cordas, Sesc 24 de maio – Foto da autora. 2018. Figura 26: Tenda, Sesc 24 de maio – Foto da autora. 2018. Figura 27: Bueiro, Rua Barão de Itapetininga – Foto da autora. 2018. Figura 28: Escorregador, Theatro Municipal – Foto da autora. 2018. Figura 29: Giz de cera, Praça Ramos de Azevedo – Foto da autora. 2018. Figura 30: Construindo, Praça Roosevelt – Foto da autora. 2018. Figura 31: Roda, Praça Roosevelt – Foto da autora. 2018. Figura 32: Fila, Praça Roosevelt – Foto da autora. 2018.

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Figura 33: Mapa elaborado pela autora, a partir de dados disponíveis em <http://geosampa. prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 05 de setembro de 2018. Figura 34: Silhueta criança lendo. Imagem extraída de <https://br.depositphotos. com/65853809/stock-illustration-silhouette-of-a-girl-reading.html> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 35: Medição de árvores. Imagem extraída de <https://www.funverde.org.br/blog/nova-york-mapeia-todas-as-arvores-da-cidade/> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 36: Design do site. Imagem extraída de < https://tree-map.nycgovparks.org/#neighborhood-110> Acesso em 28 de maio de 2019. Figura 37: Bairro. Imagem extraída de <https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/futuro-das-cidades/nova-york-cria-mapa-com-dados-de-suas-600-mil-arvores-urbanas-bh3an8rw6w8hqprh71f1hd3a3/> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 38: Mapa. Imagem extraída de <https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/12/08/ Nova-York-mapeou-todas-as-suas-%C3%A1rvores.-E-%C3%A9-poss%C3%ADvel-sabera-import%C3%A2ncia-de-cada-uma-delas> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 39: Especificação. Imagem extraída de <https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/12/08/Nova-York-mapeou-todas-as-suas-%C3%A1rvores.-E-%C3%A9-poss%C3%ADvel-saber-a-import%C3%A2ncia-de-cada-uma-delas> Acesso 28 de maio de 201 Figura 40: Desenhando. Imagem extraída de <https://bernardvanleer.org/urban95-challenge/aupa-project/s> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 41: aUPA. Imagem extraída de <http://www.lagaceta.com.ar/nota/753045/actualidad/buena-tarde-para-disfrutar-proyecto-aupa.html> Acesso 28 de maio de 2019.

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Figura 42: Brinquedos. Imagem extraída de <http://www.lagaceta.com.ar/nota/743059/actualidad/plazas-para-armar-desarmar.html> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 43: Jogos. Imagem extraída de <http://www.lagaceta.com.ar/nota/753045/actualidad/buena-tarde-para-disfrutar-proyecto-aupa.html> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 44: Google maps. Imagem extraída de <https://www.google.com/maps/d/viewer?mid=1seN8BZaeFpGu5nDAO7plwx0xzcU&hl=en_US&ll=-26.83355629260556%2C65.21861262384283&z=14> Acesso em 12 de novembro de 2018. Figura 45: Antes e depois. Imagem extraída de <https://www.facebook.com/aUPA.Proyecto/> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 46: Antes e depois. Imagem extraída de <https://www.facebook.com/aUPA.Proyecto/> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 47: Antes e depois. Imagem extraída de <https://www.facebook.com/aUPA.Proyecto/> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 48: Vale do Anhangabaú. Imagem extraída de <http://www.bkweb.com.br/projects/ public/projeto-de-reurbanizac-o-do-vale-do-anhangabau/> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 49: Água. Imagem extraída de <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/centro-dialogo-aberto/o-vale-do-anhangabau//> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 50: Figura 50: Iluminação. Imagem extraída de <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/centro-dialogo-aberto/o-vale-do-anhangabau/> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 51: Vegetação. Imagem extraída de <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/centro-dialogo-aberto/o-vale-do-anhangabau/> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 52: Diagrama. Imagem extraída de <https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/centro-dialogo-aberto/o-vale-do-anhangabau/> Acesso 28 de maio de 2019.

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Figura 53: Fonte de água. Imagem extraída de <https://www.archdaily.com.br/br/774982/ prefeitura-de-sp-divulga-estrategia-de-intervencao-no-vale-do-anhangabau> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 54: Iluminação á noite. Imagem extraída de <https://www.archdaily.com.br/br/774982/ prefeitura-de-sp-divulga-estrategia-de-intervencao-no-vale-do-anhangabau> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 56: Área arborizada. Imagem extraída de <https://www.archdaily.com.br/br/774982/ prefeitura-de-sp-divulga-estrategia-de-intervencao-no-vale-do-anhangabau> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 57: Circulação. Imagem extraída de <https://www.archdaily.com.br/br/774982/prefeitura-de-sp-divulga-estrategia-de-intervencao-no-vale-do-anhangabau> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 58: Descanso. Imagem extraída de <https://www.archdaily.com.br/br/774982/prefeitura-de-sp-divulga-estrategia-de-intervencao-no-vale-do-anhangabau> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 59: De noite. Imagem extraída de <https://www.archdaily.com.br/br/774982/prefeitura-de-sp-divulga-estrategia-de-intervencao-no-vale-do-anhangabau> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 60: Escalas. Imagem extraída de <https://www.archdaily.com.br/br/774982/prefeitura-de-sp-divulga-estrategia-de-intervencao-no-vale-do-anhangabau> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 61: Criança brincando. Imagem extraída de <https://br.depositphotos.com/124444454/ stock-illustration-children-playing-and-activity-silhouettes.html> Acesso 28 de maio de 2019.

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Figura 62: Praça 1. Foto da autora, 2019. Figura 63: Praça 1. Foto da autora, 2019. Figura 64: Praça 2. Foto da autora, 2019. Figura 65: Praça 3. Foto da autora, 2019. Figura 66: Praça 3. Foto da autora, 2019. Figura 67: Praça 4. Foto da autora, 2019. Figura 68: Mapa elaborado pela autora, a partir de dados disponíveis em <http://geosampa. prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 05 de setembro de 2018. Figura 69: Vazia. Foto da autora, 2019. Figura 70: Movimentos. Foto da autora, 2019. Figura 71: Rua Álvaro de Carvalho. Foto da autora, 2019. Figura 72: Escadaria 1. Foto da autora, 2019. Figura 72: Escadaria 2. Foto da autora, 2019. Figura 73: Escadaria 3. Foto da autora, 2019. Figura 74: Feira. Foto da autora, 2019. Figura 75: Criança na feira. Foto da autora, 2019. Figura 76: Mobilidade. Foto da autora, 2019. Figura 77: Idéias para o projeto. Foto da autora, 2019. Figura 78: Brinquedos utilizados. Imagem extraída de <https://www.archdaily.com.br/ br/799183/baixe-arquivos-cad-para-teu-projeto-parques-infantis-e-equipamentos-para-espaco-publico> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 79: Brinquedos utilizados. Imagem extraída de <https://www.archdaily.com.br/ br/799183/baixe-arquivos-cad-para-teu-projeto-parques-infantis-e-equipamentos-para-espaco-publico> Acesso 28 de maio de 2019. 116


Figura 80: Brinquedos utilizados. Imagem extraída de <https://www.archdaily.com.br/ br/799183/baixe-arquivos-cad-para-teu-projeto-parques-infantis-e-equipamentos-para-espaco-publico> Acesso 28 de maio de 2019. Figura 81: Mapa elaborado pela autora, a partir de dados disponíveis em <http://geosampa. prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 05 de setembro de 2018. Figura 82: Mobiliário. Imagem eleborada pela autora, 2019. Figura 83: Lixeiras e bebedouros. Imagem eleborada pela autora, 2019. Figura 84: Iluminação. Imagem eleborada pela autora, 2019. Figura 85: Brinquedos. Imagem eleborada pela autora, 2019. Figura 86: Brinquedos. Foto da autora, 2019. Figura 87: Espelho D’água. Foto da autora, 2019. Figura 88: Rede. Foto da autora, 2019. Figura 89: Chafariz de led. Foto da autora, 2019. Figura 90: Área verde. Foto da autora, 2019. Figura 91: Bancos e mesas. Foto da autora, 2019. Figura 92: Quadra. Foto da autora, 2019. Figura 93: Criança brincando. Foto da autora, 2019. Figura 94: Escalada. Foto da autora, 2019. Figura 95: Escorregador. Foto da autora, 2019. Figura 96: Parede com blocos. Foto da autora, 2019. Figura 97: Café. Foto da autora, 2019.

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