COMPLEXO MULTIFUNCIONAL PORTUGUESA DE DESPORTOS YGHOR CABRAL PEREIRA
COMPLEXO MULTIFUNCIONAL PORTUGUESA DE DESPORTOS YGHOR CABRAL PEREIRA
CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
ORIENTADOR ARTUR KATCHBORIAN
Sร O PAULO, SP 1ยบ SEMESTRE DE 2019
apenas durante o Tcc, mas durante todo o curso de Arquitetura e Urbanismo. Em especial aos professores do Senac, meu orientador e minha familia.
DEDICATĂ“RIA
Eu dedico este trabalho a todos aqueles que me ajudaram, nĂŁo
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer a todos que me ajudaram na realização do projeto. Em especial a minha mãe que me levava comida enquanto eu passava horas no quarto, ao meu pai que revisou meus textos, ao meu orientador que me respondeu mensagem fora do horário de aula, ao amigo Gomão que me ajudou muito na coleta de dados e a minha namorada e sua irmã que mandaram muito ajudando no design.
OBRIGADO!
A Portuguesa de Desportos foi um dos clubes mais relevantes para o futebolbrasileiro. Encontrar uma instituição de tamanha importância em estado de penúria, atualmente, é algo que parte o coração do torcedor, não apenas dos fãs da chamada Lusa, mas do amante do futebol em geral. Com privilegiada localização, em região central da cidade de São Paulo, o estádio do Canindé, assim como as dependências esportivas e sociais da Portuguesa, encontra-se em degradação total. Um espaço com elevado potencial comercial não deve ser abandonado e esquecido pelos associados e pela população. É preciso encontrar meios que tragam o espaço de volta à cidade, viabilizando-se sua integração às necessidades da metrópole. Este trabalho visa revitalizar e integrar esta área na cidade de São Paulo, com a criação de novos espaços e a transformação por meio de um projeto retrofit, modificando o estádio, focado não apenas no futebol, mas em todos os tipos de eventos que um estádio pode receber, principalmente shows. Com capacidade para pouco mais de 20.000 pessoas, o estádio será adequado a eventos de médio porte.
RESUMO
Com uma área verde que contribuirá na absorção dos poluentes da área, o complexo terá área específica destinada aos esportes anteriormente praticados no clube, sendo que agora estarão inseridos no parque de uso público, revitalizando o local e promovendo a integração com os moradores do bairro. Junto à arena, o complexo contará com uma torre multifuncional, ocupada por escritórios e residências, sobre outro volume destinado a galerias, biblioteca pública e estacionamento, com a ocupação harmoniosa e útil de todo o terreno.
PALAVRAS-CHAVE: Estádio do Canindé, Degradação, Multifuncionalidade, Retrofit, Revitalização, Parque.
Portuguesa de Desportos was one of the most relevant clubs for Brazilian football. Finding an institution of such importance in a state of penury today is something that breaks the heart of the supporter, not only of the so-called Lusa, but of the football lover. With a privileged location, in the central region of the city of São Paulo, the Canindé stadium, as well as the sports and social dependencies of the Portuguese, are in total degradation. A space with high commercial potential should not be abandoned and forgotten by members and the population. It is necessary to find means that bring the space back to the city, making possible its integration to the needs of the metropolis. This work aims to revitalize and integrate this area in the city of São Paulo, with the creation of new spaces and the transformation through a retrofit project, modifying the stadium, focused not only on football but in all types of events
table for medium-sized events. With a green area that will contribute to the absorption of the pollutants of the area, the complex will have specific area destined to the sports previously practiced in the club, being now inserted in a square of public use, revitalizing the place and interacting with the residents of the neighborhood. Next to the stadium, the complex will have a multifunctional tower, occupied by offices and residences, on another volume destined to the galleries, a public library and parking, with the harmonious and useful occupation of the whole land.
KEYWORDS: Canindé Stadium, Degradation, Multifunctionality, Retrofit, Revitalization, Park.
ABSTRACT
that an arena multi-use can receive, mainly shows. With a capacity of just over 20,000 people, the stadium will be sui-
SUMÁRIO
01
INTRODUÇÃO
02
CONTEXTO HISTÓRICO ........................................................................................................... 16
INTRODUÇÃO ........................................................................................... 31 METODOLOGIA ........................................................................................ 34
ESTÁDIO SAN MAMES ......................................................... 26
03
ESTUDO DE CASO
ALLIANZ PARQUE .................................................................... 29 OFFICE TIME E TIMELIFE ...................................................... 32 PARQUE DA JUVENTUDE ...................................................... 36
04 05
ZONEAMENTO ....................................................................................................................................... 38
ENTORNO
ENTORNO .............................................................................................................. 44 TRANSPORTE E VIÁRIO.................................................................................... 50
54 ........................................................... PROPOSTA 57 ......................................................... PROGRAMA 58 .................... EDIFICIO MULTIFUNCIONAL
PROPOSTA
06
59 ................................................................. ESTÁDIO 60 .................................................................. PARQUE
PROJETO
07
CONCLUSÃO
08
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
09
64 ..................................................................................................................
148 .....................................................................................................
152 ....................................................
01 INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
O trabalho tem como foco a revitalização do terreno da Associação Portuguesa de Desportos. O local atualmente encontra-se em situação precária, provocada por negligência dos últimos gestores do clube, incapazes de capitar os recursos que a instituição necessitaria para sobreviver e se desenvolver.
O estádio não recebe reformas desde 1979 e, mesmo assim, ainda acolhe inúmeros eventos. O clube encontra-se em uma situação similar, inclusive já teve seu complexo aquático, projetado por Villanova Artigas, demolido sem aviso prévio para criação de uma feirinha da madrugada, afim de gerar lucros para o clube. A feirinha, porém, foi demolida pela prefeitura dias depois de instalada, devido à falta de alvará para execução da obra.
Diante da situação, serão propostos um retrofit para o estádio e um projeto de revitalização para o terreno, que abriga hoje o que sobrou do clube. O objetivo é dar vida ao local e ao seu entorno já consolidado, com espaço para um parque e uma torre de uso misto, incluindo-se infraestrutura completa aos usuários, preservando-se a história do estádio e os valores culturais da colônia portuguesa.
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METODOLOGIA
1
Levantamento de dados do terreno e entorno.
2
Análise dos dados levantados na etapa anterior.
3
Estudo de Caso e Referências.
4
Definição do programa - Usos e Gabarito.
5
Desenvolvimento do Projeto.
6
Conclusões e discussões finais.
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02 CONTEXTO HISTÓRICO
CONTEXTO HISTÓRICO
O site oficial da Portuguesa de Desportos informa que em 14 de agosto de 1920 foi fundada a Associação
Portuguesa de Desportos, a partir da fusão de cinco clubes da cidade de São Paulo: Lusíadas, Lusitano, Cinco de Outubro, Marquês de Pombal e Portugal Marinhense.
A nova agremiação se juntou ao Mackenzie para disputar campeonatos de futebol até 1923, quando
passou a jogar de maneira independente enquanto construía sua primeira sede.
Figura 1 Primeiro estádio na rua Cesário Ramalho, no Cambuci, em 1925. Site da Portuguesa.
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O clube começou a crescer em função do futebol e a década de 1930 foi repleta de conquistas. Nos anos
40, já consolidado como um grande clube, mudou-se para nova sede instalada no Largo São Bento.
Figura 2 Sede da Portuguesa na década de 40, no Largo da Batata. Site da Portuguesa.
Em 1956, com a compra do terreno onde se encontra atualmente, a Portuguesa começou a construir o Es-
tádio do Canindé, que ficaria pronto em 1972 batizado de Estádio Independência, o que acelerou o crescimento do clube.
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A partir de 2012, o clube já qua-
se centenário, começou a atravessar crise financeira que se agravou a cada ano, com reflexo direto sobre o futebol profissional e a consequente deterioração do patrimônio (fotos abaixo). Figura 3 Foto do estádio atualmente. Site da Portuguesa
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Figura 4 Vestiário degradado. Foto
Figura 5 Atual debaixo da arquibanca-
Figura 6 circulação por fora do estádio.
autoral
da. Foto autoral
Foto autoral
No dia 1º de agosto de 2018, a Portu-
guesa foi capa da revista Veja, sob o título de ‘’Portuguesa em Ruínas’’. Uma das matérias sobre a demolição das piscinas levou como subtítulo ‘’Devendo seis milhões de reais e com seis presidentes em cinco anos, Portuguesa de Desportos enfrenta seu pior momento’’. Reportagem de Sérgio Quintera e Mariana Rosário.
O complexo de piscinas foi demolido sem
aviso prévio aos sócios e a prefeitura para a construção de uma feirinha da madrugada. Porém, por falta de Alvará, a obra foi embargada pela prefeitura no dia seguinte, o que restou no local, foi apenas entulho. O site Arco Web também publicou matéria sobre o assunto em sua página principal.
Figura 7 Portuguesa em Ruínas. Revista Veja.
Projeto de Ar tigas, conjunto aquático da Por tuguesa é demolido A DEMOLIÇÃO DO COMPLEXO PROJETADO POR VILANOVA ARTIGAS, EM COLABORAÇÃO COM CARLOS CASCALDI, OCORREU SEM PRÉVIO AVISO À PREFEITURA DE SÃO PAULO E AOS PRÓPRIOS SÓCIOS DO CLUBE. Matéria ArcoWeb, 13/08/2018
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LINHA DO TEMPO
É fundada a associação Portuguesa de Desportos
Estabeleceu sua primeira sede no Cambuci
1920
1925
1923 Passou a disputar campeonatos de maneira independente
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1941 Mudou-se para o Largo São Bento
Aquisição do terreno atual
Inicio da crise
1956
2012
1972
2018
Sede atual construída
Veja “Portuguesa em Ruínas”
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03 ESTUDO DE CASO
ESTUDO DE CASO ESTÁDIO SAN MAMES Arquiteto: César A. Azcárate Gómez
“O Atlético de Bilbao é uma das grandes
equipes de futebol europeu, e seu estádio anterior com mais de 100 anos de idade, foi um dos míticos, conhecido popularmente como a “catedral do futebol”.” Figura 8 Circulação embaixo das arquibancadas. Foto retirada de Matéria do Archdaily.
O novo estádio do Atlético de Bilbao (ESP), San Mames, às margens da ‘’Ría de Bilbao’’, foi construído praticamente em cima
do antigo, criando uma nova arena, para futebol e outros eventos.
Um dos pontos mais interessantes do pro-
jeto, é o aproveitamento da parte posterior das arquibancadas, que prioriza a circulação interna, oferecendo conforto e segurança ao torcedor.
Para dar mais vida ao espaço, a conexão
com o entorno também foi valorizada. O estádio foi revestido com ETFE (plástico à base de flúor, com alta resistência à corrosão e resistente a amplas variações de temperatura). O material retorcido dá dinamismo à aparência do estádio, que em certos pontos, por sua ausência, tor
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nam-se mirantes para a cidade.
Figura 9 Circulação embaixo das arquibancadas. Foto retirada de Matéria do Archdaily.
Com uma localização invejável, às margens da
‘’Ría de Bilbao’’ e ao lado de dois parques, La Misericórdia e Kassilda Iturrizar, o estádio respeita a comunidade local e se tornou referência para a cidade. À noite, o ETFE é iluminado, tornando-o ainda mais visível em contraste com a margem do rio.
No interior do estádio, o mesmo ETFE instala-
do em sua fachada, reveste as treliças metálicas que sustentam a cobertura, posicionadas na direção do gramadocom o propósito de criar uma situação de pressão em relação ao campo e à torcida.
Figura 10 Estádio visto de longe. Foto retirada de Matéria do Archdaily.
Figura 11 Arquibancadas do estádio. Foto retirada de Matéria do Archdaily.
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Figura 12 Corte do estádio e seu entorno imediato. Retirado de matéria do Archdaily.
Figura 13 Implantação geral do estádio. Retirada de matéria do Archdaily.
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ALLIANZ PARQUE Arena Allianz Edu Rocha A OBRA EM RELAÇÃO AO CLUBE
O Allianz Parque, construído entre 2010 e 2014, acabou se tornando uma das principais arenas do Brasil, por sua moderni-
dade e versatilidade. Outro ponto ressaltado em sua construção foi a sustentabilidade, com o reaproveitando da água de chuva, remanejamento de árvores do terreno e o reaproveitando de 20.000m³ de concreto e 4.000 toneladas de aço. O estádio recebeu o Certificado LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), atribuído a construções sustentáveis pela organização não-governamental (ONG) norte-americana U.S. Green Building Council (USGBC).
Outro aspecto relevante, é a relação com o clube e as transformações promovidas após a construção da nova arena.
O estádio, que anteriormente fazia parte do clube, como apenas mais um elemento no terreno, ganhou protagonismo e se tornou independente do clube.
Figura 14 Clube do Palmeiras visto de cima. Gazeta esportiva.
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Quando olhamos atualmente, fica nítido o que é estádio e o que é clube, embora ambos os espaços se
complementem. Com o estádio anterior, algumas atividades do clube, que aconteciam sob as arquibancadas, tiveram de ser realocadas no novo projeto. Os vestiários da piscina, por exemplo, agora possuem uma edificação exclusiva. Para se evitar transtornos aos associados, foi a primeira obra do projeto a ser entregue. Em seguida vieram, prédio administrativo, ginásio poliesportivo e edifício garagem.
Figura 15 Mapa de novas edificações do clube. Retirado do documentário “Intervalo”.
Antes do novo projeto, os associados também costumavam utilizar o estádio para atividades físicas. Os
esportistas utilizavam o fosso ao redor do gramado para caminhadas, com livre acesso a partir do clube. Os associados exigiram a permanecia da passagem, fechada atualmente, apenas em dias de jogos e nos eventos privados. O edifício garagem incluso no projeto possui cerca de 2.000 vagas. O número foi calculado considerando-se também o estacionamento do vizinho Shopping Bourbon, que divide o quarteirão com o clube e acaba sendo utilizado por torcedores em dias de jogos.
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ARQUIBANCADA RETRÁTIL
A arena possui uma arquibancada retrátil, que em grandes shows exclui cerca de 150 cadeiras, o que facilita en-
trada saída do público. O sistema é “muito útil e pouquíssimo utilizado no Brasil”, segundo Edu Rocha, arquiteto do projeto.
ACÚSTICA As vedações da arena são feitas a partir do seu fechamento, com placas metálicas onduladas - alumínio e inox, levando-se em consideração que o estádio se encontra em área com alta densidade populacional e dezenas de edifícios residenciais. em seu entorno. Além de ajudar na acústica, as placas de metal ainda possuem pequenos furos, que auxiliam na ventilação do estádio e retocam o visual.
Figura 16 Fachada da Arena Allianz. Foto de Esportividade.
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OFFICE TIME E TIMELIFE Edifício multifuncional
O complexo multifuncional Time fica localizado na esquina das avenidas Marquês de São Vicente e Nicolas Boer. São duas torres, uma residencial e outra corporativa, sobre estabelecimentos comerciais voltados para a Marquês de São Vicente. O projeto conta com mais duas torres corporativas, sendo que uma delas ainda não foi concluída.
Figura 17 Mapa de Localização do complexo. Autoral.
Com uma fachada para a Marquês de São Vicente e outra para o Par-
que Jardim Perdizes, o edifício possui dois acessos distintos. Enquanto a face voltada para a avenida possui aparência corporativa, o lado oposto, voltado para o parque tem aspecto residencial, o que cria uma relação peculiar com o entorno em suas duas variantes.
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Figura 18 Fachada Frontal. Tecnisa
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Figura 19 Fachada voltada para o parque. Foto de PlanMetal.
Vale analisarmos também, a relação do edifício com suas áreas públicas e privadas e a forma
como funciona em suas plantas. A circulação de pedestres e automóveis acontece de forma segura, cada um tem o seu próprio espaço. Uma travessia elevada garante segurança aos pedestres.
A circulação interna dos edifícios tem normas específicas no térreo para atender ao comércio.
Foi criada uma pequena calçada na fachada voltada para avenida, enquanto a circulação privada, para aqueles que necessitam acessar os andares superiores do edifício, acontece pela parte oposta, de maneira reservada.
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Figura 20 Implantação geral do complexo. Tecnisa
Em amarelo está demarcada a circulação pública e em vermelho a circulação privada. Figura 21 Planta de circulações. Autoral com base na Tecnisa.
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PARQUE DA JUVENTUDDE Rosa Klias Aflalo Gasperine
É um parque em uma área consolidada da cidade, mas que precisava de uma
revitalização após a demolição de um presídio (Carandiru) instalado no local. Com uma estação de metrô no próprio terreno, o projeto cria um caminho principal que cruza todo o parque, percorrendo sua maior extensão. Em meio a esse trajeto, são criadas rotas secundárias, que conduzem os usuários a um passeio mais contemplativo, passando por áreas de bem-estar com bancos e mirantes para o parque, a partir de desníveis do solo e do reaproveitamento de parte da estrutura do antigo presídio.
Nas extremidades do parque, ao longo do eixo principal, ficam o centro institu-
cional e a área esportiva. Localizado na entrada próxima à avenida Cruzeiro do Sul, o centro institucional é ocupado por uma ETEC, uma biblioteca e uma grande praça que envolve ambos os espaços. A área esportiva, localizada no lado oposto ao centro institucional, com saída para avenida Zac Narch, possui várias quadras poliesportivas e uma pista de skate, cercadas por um bosque, criando espaços de permanência com sombra suficiente para os praticantes de esporte.
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Figura 22 Planta geral do Parque. Archdaily
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04 ZONEAMENTO
ZONEAMENTO
A região onde o terreno está localizado faz parte da Macroárea de Estruturação Metropolitana.
Macroarea de estruturação metropolitana
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Figura 23 Mapa de Macroareas. Geosampa
“O PDE reconheceu a Macroarea de Estru-
turação Metropolitana (MEM) como um território estratégico de transformação, onde podem incidir instrumentos específicos que tenham condições de promover essas mudanças como, por exemplo, os Projetos de Intervenção Urbana (PIU) e as operações urbanas consorciadas.” Figura 24 Foto aéra do google mapa. Foto autoral.
O terreno pertence a uma ZOE - Zona
de Ocupação Especial. São terrenos espalhados pela cidade, destinados a abrigar atividades de características únicas como, aeroportos, grandes áreas de lazer e centros de convenção, ou seja, áreas que necessitam de uma disciplina para uso e ocupação do solo.
Figura 25 Localização do terreno no google maps. Foto autoral.
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Figura 26 Mapa de Zoneamento. Geosampa.
Por se tratar de uma ZOE, temos um leque para escolha de atividades, bastante abrangente. De
acordo com o plano diretor (páginas 46,47 e 48), a Macroárea de Estruturação Metropolitana também possui diretrizes de crescimento para diversas finalidades como, gerar empregos, construir residências, além de oferecer melhorias no transporte, indústria e comércio, o que oferece ampla liberdade para escolha de projetos.
Com cerca de 102 mil m², o projeto contará com um parque na maior parte do terreno, o que deixa os coeficientes de aproveitamento com sobra para os demais espaços inseridos no contexto.
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05 ENTORNO
ENTORNO
Em seu entorno imediato, o terreno possui à esquerda, vários lotes com galpões e predominância do uso
para serviços. Ao lado direito, os pequenos lotes residenciais aparecem em maior número, intercalados a pequenos estabelecimentos comerciais. Existem outras instituições esportivas e algumas áreas verdes como, Clube Escola Serra Morena, Grêmio Esportivo Recreativo Cultural, EMEI Cásper Líbero e o Campus da IFSP, agrupados em um raio de aproximadamente 500 metros.
Figura 27 Mapa de usos no entrono. Autoral.
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Esses grandes terrenos de instituições e galpões, localizados principalmente à esquerda do lote, formam uma sequência de muros, causando insegurança aos pedestres nos períodos em que as ruas estão ermas. Ao lado direito, a quantidade de residências, em sua maioria pequenos sobrados, também não gera muita oportunidade para que os ”olhos da rua” de Jane Jacobs apareçam de forma efetiva.
Figura 28 Gabarito de alturas. Autoral.
Com um gabarito de pouca variação, a predominância de imóveis com cerca de 6 metros de altura (dois
pavimentos) faz com que a arena e o complexo ganhem ainda mais força, com visibilidade e destaque.
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’O requisito básico da vigilância é um núme-
ro substancial de estabelecimentos e outros locais públicos dispostos ao longo das calçadas do distrito; deve haver entre eles, sobretudo estabelecimentos e espaços públicos que sejam utilizados à noite. Lojas, bares e restaurantes, os exemplos principais, atuam de forma bem variada e complexa para aumentar a segurança nas calçadas’’. - Jane Jacobs
TRANSPORTE E VIÁRIO
A região possui eficiente infraestrutura de transporte e viário, o que proporciona fácil acesso à região.
Localizado na Marginal Tietê, uma via expressa, o terreno está a cerca de 600 metros da avenida Cruzeiro do Sul, importante via arterial da cidade, o que facilita o acesso também por carro, uma vez que o complexo terá estacionamento com capacidade para aproximadamente 450 veículos.
Em relação ao transporte público, há três pontos de ônibus no próprio terreno e mais oito em um raio de
apenas 100 metros. Estes pontos recebem 17 linhas de ônibus, inclusive intermunicipais.
Figura 29 Transporte e viário. Autoral.
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O metrô também contempla a região com duas estações da Linha 1 Azul a menos de 800 metros do terre-
no: Armênia e Portuguesa-Tietê.
A partir dessa análise, observando-se o terreno, foi possível verificar seus principais acessos e, consequen-
temente, a circulação de pessoas, como podemos ver no mapa abaixo.
A área demarcada em verde,
encontra-se repleta de pontos de ônibus, facilitando o acesso ao ginásio e o estádio, áreas que exigem amplo espaço para circulação de pessoas. Na faixa amarela, temos uma área de transição, uma zona mais neutra, com fluxo reduzido de pessoas.
No espaço à esquerda,
demarcado em vermelho, temos a área do terreno de mais difícil acesso. Situada ao lado da Pascal Raniére, uma rua sem saída e cercada por muros de fábricas, é utilizada apenas para atender aos moradores de cerca de dez residências. Figura 30 Fluxos e acessos. Autoral.
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“O projeto ideal não existe, a cada projeto existe a oportunidade de realizar uma aproximação.” - Paulo Mendes da Rocha
06 PROPOSTA
PROPOSTA
Considerando-se o estudo, conclui-se que a área do Canindé necessita de revitalização e requalificação
imediatas, com a finalidade de torná-la mais atraente e aumentar sua frequência, por meio da qualidade de vida a ser oferecida pela região.
Nos últimos anos, grande parte dos clubes de São Paulo vêm enfrentando problemas financeiros, por perda
de associados, principalmente por conta dos condomínios-clube, a cada dia mais frequentes na cidade. Advento que, somado aos problemas financeiros da Portuguesa, torna o clube insustentável. Portanto, o trabalho propõe a
demolição
do
clube, mantendo no terreno
apenas
o
estádio e o ginásio poliesportivo em relação ao projeto anterior, afim de revitalizar o espaço, criando novas áreas públicas e privadas que atendam aos interesses do público e da cidade.
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Figura 31 Mapa de demolição. Autoral.
PROGRAMA
Analisando os arredores do terreno, per-
cebemos a ausência de áreas verdes na região, onde praças públicas praticamente não existem. Nenhum parque foi registrado no raio de pelo menos um km². Figura 32 Foto aérea retirada do google maps. Cerca de 1km2 de entorno.
Com mais de 100 mil m², o terreno receberá um parque que envolverá todo o complexo, a fim de criar uma
grande área verde na região que possibilite o uso de quadras poliesportivas, antes existentes no clube, agora realocadas no parque.
Como dito anteriormente, a diversidade de uso é de importância vital para que haja o maior interesse possível
no local, seja para trabalho, moradia, ou lazer. Assim, o complexo receberá um edifício multifuncional, ocupado em sua maior parte por apartamentos residenciais, para moradias de curto ou longo prazo, e por escritórios corporativos.
Em seus andares inferiores, conectados diretamente ao parque, uma galeria comercial abrigará a nova loja
da Portuguesa, anteriormente localizada no clube, além de mercado, outras lojas de produtos e serviços e praça de alimentação com acesso direto do bloco corporativo. Haverá ainda, uma academia para atender moradores e trabalhadores do complexo e região e um estacionamento para aproximadamente 450 veículos.
Para o estádio, propõe-se a criação de cobertura, que envolva as arquibancadas, hoje descobertas, ofere-
cendo conforto ao público e tornando a arena atrativa e acolhedora, sem interferência na arquitetura essencial do atual estádio, deixando-se nítida a separação entre projeto original e intervenção.
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EDIFICIO MULTIFUNCIONAL
A opção é de um edifício de dois blocos sobrepostos, um horizontal e outro vertical. O bloco horizontal
abrigará em sua maior parte a garagem, que terá capacidade para cerca de 450 carros com acesso pela Rua Raniére, menos movimentada, impactando menor número de pessoas. Haverá um terraço-jardim, onde será instalada a biblioteca, com vista panorâmica para parque e estádio. Em suas fachadas voltadas para o parque, o edifício receberá o restante do projeto: lojas, academia, mercado, praça de alimentação e os acessos ao bloco corporativo e comercial.
O bloco vertical abrigará residências e escritórios, com apartamentos voltados para o parque, uma área
menos movimentada, enquanto a parte corporativa estará voltada para o estádio e seus arredores, uma área mais agitada.
Figura 33 Croqui edificio. Autoral.
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ESTÁDIO
Propõe-se uma cobertura que aproveite o desenho das atuais arquibancadas, envolvendo-se o estádio
de forma harmoniosa, com acesso direto entre o parque e o corredor de circulação das arquibancadas, respeitando-se sempre o formato original do estádio.
Figura 34 Croqui do estádio. Autoral.
Figura 35 Croqui estádio. Autoral.
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PARQUE
Com quase 35% do terreno destinado ao parque, o projeto propõe área verde com cerca de 35.000 m².
Localizado na parte inferior do terreno, criará as conexões do projeto e estabelecerá os caminhos principais e secundários, além de servir como uma espécie de barreira sutil, criando linhas de separação no projeto.
Com isso, chegamos ao primeiro croqui de implantação, que definiu os principais acessos de pedestre ao
complexo e de automóveis ao estacionamento, além de alocar o edifício na área mais isolada do terreno, deixando-o distante da circulação do estádio e do ginásio.
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Figura 36 Croqui implantação. Autoral.
O grรกfico abaixo representado a partir do croqui de um corte, representa a รกrea que cada uso
receberรก aproximadamente no projeto e a forma como serรก alocado.
Figura 37 Grรกfico de usos. Autoral.
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Com base em nos dados levantados anteriormente, o programa a seguir foi desenvolvido.
1 Academia 1.1vestiário da academia 1.2 Administrativo da academia 1.3 Recepção da academia 2 Galeria 2.1 Quatro lojas 2.2 Loja da Portuguesa 2.3 Mercado 2.4 Praça de alimentação com 7 restaurantes. 2.5 Quatro banheiros 3 Biblioteca 3.1 Duas salas de estudo 3.2 Jardim coberto 3.3 jardim descoberto 3.4 recepção 3.5 Dois banheiros 4 Corporativo
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4.1 15 Andares com Planta livre com 570 m2 cada 4.2 Dois banheiros por andar totalizando 30 unidades. 4.3 Oito varandas de tamanhos variados. 4.4 Acesso 5 Residencial 5.1 135 apartamentos 5.2 Acessos 6 Museu 6.1 Chapelaria 7 Parque 7.1 Lanchonete 7.2 Quadras poliesportivas 7.3 Quadras de basquete 7.4 Banheiros 8 Garagem para 445 carros
07 PROJETO
PROJETO
A partir dos croquis anteriores, chegou-se ao desenho de piso que define os caminhos
que levam aos principais acessos de pedestres. Trajetos secundários também aparecem, sempre mais contemplativos e sombreados. Há um eixo central que liga a parte sul do terreno até o estádio e a rampa, que interliga todo o complexo em meio a árvores de grande porte e com poucos obstáculos ou desvios, afim de facilitar o deslocamento de pessoas.
Ao lado direito desse trajeto, encontram-se duas áreas levemente arborizadas, se-
paradas por outro grande acesso ao terreno, áreas que não possuem grande densidade de plantio para não interferir no contato visual entre o parque e a rua, deixando ambos os locais mais seguros.
Na parte esquerda, onde estão localizados o edifício e a área esportiva do parque,
temos caminhos mais sinuosos que levam aos acessos do edifício e arredores das quadras. O local conta ainda com dois espelhos d’água rodeados por bancos, com a finalidade de deixar o ar mais húmido, considerando-se a densidade urbana da região.
O projeto prevê espaços para banheiros e lanchonete. O plantio nessa área é mais
denso, para maior sombreamento, principalmente nas áreas de estar, ocupadas por bancos e mesas. As duas grandes áreas verdes podem ser atravessadas por meio de pequenos caminhos contemplativos para caminhadas, em meio ao boque. Ao norte do terreno, onde estão localizados o estádio e o ginásio, temos uma área mais livre, com pequenos trechos gramados, priorizando-se a circulação de pedestres, que será intensa.
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A projeção da cobertura do estádio mostra-se presente.
O térreo da garagem, com 102 vagas, pode ser acessado pela
Rua Raniére, tendo um acesso exclusivo, sem contato com a passagem destinada aos pedestres. A garagem possui bloco de circulação com dois elevadores e uma escada, que percorre os quatro pavimentos do estacionamento, todos com 2.4 metros de pé direito.
A garagem é feita de concreto e recebe um fechamente externo de fibra
de vidro com teflon que será aplicado também no estádio, branco, com pequenos momentos transparentes, essa camada se apropria do desenho de piso, formando triangulos que envolvem a garagem.
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O térreo da garagem, com 102 vagas, pode ser acessado pela
Rua Raniére, tendo um acesso exclusivo, sem contato com a passagem destinada aos pedestres. A garagem possui bloco de circulação com dois elevadores e uma escada, que percorre os quatro pavimentos do estacionamento, todos com 2.4 metros de pé direito.
A garagem é feita de concreto e recebe um fechamente externo de fibra
de vidro com teflon que será aplicado também no estádio, branco, com pequenos momentos transparentes, essa camada se apropria do desenho de piso, formando triangulos que envolvem a garagem.
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PLANTA GERAL NÃvel 3
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O primeiro andar da garagem, instalado a três metros de altura em relação ao térreo possui vagas para mais 102 veículos, com acesso por rampa de mão dupla. No bloco do edifício vertical, vemos o térreo ao fundo.
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PLANTA GERAL NÃvel 4,5
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Estacionamento
do
NĂvel 3 aparece ao fundo.
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No bloco vertical está a praça de alimentação, com acesso principal pela escada rolante a partir do térreo. Há também as opções de dois elevadores ou de uma escada em U. O bloco corporativo tem acesso direto ao local, que a exemplo do térreo, possui dois banheiros. O pé direito é de 3,9 metros, assim como no térreo.
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PLANTA GERAL NÃvel 6
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O segundo andar da garagem aparece com acesso pela rampa que vence mais três metros e conta com 122 vagas. No bloco vertical, vemos a praça de alimentação do Nível 4,5 ao fundo.
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PLANTA GERAL Nível 9
Neste nível, a rampa que surge no desenho de piso e sobe a partir do parque, encontra-se com o terraço-jardim, sobre a garagem, em dois momentos, criando também uma ligação direta com o estádio e interligando todo o complexo.
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O terraço-jardim sobre o bloco horizontal que abriga a garagem absorve o desenho do parque e cria espaços verdes e espelhos d’agua em todo o andar. O espaço abriga o Museu da Portuguesa, que também faz referência às formas do parque e à cobertura do estádio.
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Sobre o bloco vertical fica a biblioteca, que se estende pelo pavimento e cria a primeira varanda do edifício com vista contemplativa para o parque e para o estádio. O acesso principal é uma escada rolante em diagonal sobre a loja da Portuguesa em um grande vazio, que vence o vão de 4,5 metros. Os elevadores e a escada em U também oferecem acesso ao pavimento. Sobre o setor sul do bloco horizontal, o jardim continua com formas triangulares, harmonizando com ouras áreas verdes, espelhos d’água e bancos. Sobre as áreas não permeáveis, uma marquise de 4,5 metros de altura (mesmo pé direito da biblioteca) cobre o espaço, com vazios para as áreas verdes e espelhos d’água.
90
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Planta do museu Nível 9. O museu fica localizado ao norte do terraço-jardim e possui planta livre, exceto pela parede da chapelaria. As formas do jardim são incorporadas por ele, que se forma a partir de placas triangulares de Alucore (Placas revestidas de alumínio com interior de favo, o que as torna mais leves do que o Alucobom) sustentadas por treliça metálica. Para entrada de luz, por três vezes grandes vidros substituem as placas de Alucobom, mantendo o formato do museu, encaixados de forma a esconder o caixilho, tornando-o invisível do lado de fora.
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DETALHE CONSTRUTIVO DO MUSEU
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Interior da Placa Laminas de AlumĂnio em forma de favo Placa de Alucore
0
0.75
1.5
2.25
3
3.75
7.5
Planta Nível 14 A partir desse nível as plantas tipo se repetem com alterações apenas nas varandas, que aparecem a cada dois andares, tendo sempre um pé direito duplo e quatro desenhos diferentes, ganhando forma escultural na fachada do edifício voltada para o parque. Essas varandas pertencem à área corporativa e servem como áreas de descanso para os funcionários. Apenas duas varandas não recebem recortes, nos níveis 14 (primeira planta tipo) e 63 (último andar), onde existe uma espécie de aquário, uma varanda fechada por vidros com vista panorâmica para a cidade e para o complexo. A fachada de uso corporativo, voltada para o estádio, recebe o bloco hidráulico dos banheiros, que passa por todos os andares. Trata-se de uma planta livre de aproximadamente 600 m² e que possui acesso às varandas citadas anteriormente a cada dois andares. Na fachada voltada para o parque, estão os apartamentos residenciais. São nove por andar, cada unidade com 42 m². As varandas se apropriam do desenho da fachada, dando aparência exclusiva a essa face do edifício. ‘’Nichos’’ são acrescentados nas varandas dos quartos, o que as separam das varandas das salas. A fachada também remete às cores do parque, criando um degrade que vai do azul ao verde, utilizando-se de 15 tons diferentes, um para cada andar de apartamentos. Na fachada lateral voltada para a rua Pascal Raniére o edifício deixa muita clara a divisão entre bloco corporativo e residencial. O blocos dos elevadores, um pouco recuado em relação aos outros dois, possui parede de vidro, além de uma platibanda 1,2 metros mais baixa que as outras, o que da impressão de o bloco ser mais baixos que os demais. Para os elevadores foi feita a opção do Shindler 5500, para que não fosse necessária a caixa no topo do prédio, uma vez que esse modelo possui o maquinário no próprio vão do elevador, além da possibilidade de utilizar vidro no próprio elevador, mais precisamente na parte de trás, criando uma vista panorâmica que percorre toda essa fachada. No bloco residencial, uma empena de concreto aparece, enquanto no corporativo, os vidros da fachada do estádio voltam a aparecer. Grande parte da cobertura do estádio já aparece e deixa de ser projeção.
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Planta tipo com varanda inteira cercada por guarda-corpo, presente apenas no NĂvel 14.
98
Planta tipo com ausĂŞncia de varanda, se repete nos nĂveis 17.5, 24.5, 31.5, 38.5, 45.5, 52.5, 59.5.
99
Planta tipo com recorte, repetida nos nĂveis 21, 35 e 49
100
Planta tipo com recorte, repetida nos nĂveis 26, 42 e 58
101
Planta tipo do ultimo andar do prĂŠdio, presente apenas no nĂvel 63.
102
Planta tipo do apartamento.
103
Planta nĂvel 66.5 Planta de cobertura, com o desenho da cobertura do estĂĄdio finalizado ao fundo.
A garagem possui um andar subterrâneo que conta com mais
120
vagas, acessado
pela mesma rampa que os demais andares de garagem.
105
DIAGRAMA DE USOS No diagrama ao lado é possível ver a forma final do prédio, já com a setorização dos usos.
106
107
1
2
3
4
5
A estrutura do prĂŠdio, inteira de concreto, possui pilares que variam sua distância entre 3 e 12 metros, vencidos por uma laje cogumelo de 60 centĂmetros. Ao todo, sĂŁo 17 eixos latitudinais e 16 longitudinais, como mostram os cortes a seguir.
108
0
6
12
18
24
30
60
CORTE AA
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
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DETALHE CONSTRUTIVO
CAIXILHO INTERNO
FORRO 0
0.5
1
1.5
2
4
PISO ELEVADO
110
O bloco corporativo possui piso elevado e caixilhos internos, deixando apenas a paginação de vidro aparente na fachada.
111
A
0
6
12
B
18
C
24
D
30
E
F
G
H
60
I
J
K
L
CORTE BB
Os recortes das varandas aparecem em destaque no corte, que tambĂŠm mostra as escadas rolantes sobre o vazio da loja da Portuguesa.
113
ESQUEMA DE MONTAGEM
Para a cobertura do estádio, foi desenvolvido um sistema
de tirantes que receberão uma membrana de fibra de vidro com teflon, a exemplo do Beira-Rio, em Porto Alegre. Os tirantes, em sua grande maioria possuem dois apoios no estádio e um em uma espécie de anel central criado pelos próprios tirantes, que atravessa todo o estádio. Nesse mesmo tirante, serão instaladas as novas luzes, que iluminarão o estádio de maneira unirforme. A membrana, alternada em branco e transparente, envolverá o estádio cobrindo todas as arquibancadas e criando uma ligação entre a parte alta e a parte baixa. A cobertura, desenhada a partir de triângulos, incorpora o estádio ao complexo, com a ideia de unidade geral, envolvendo também as duas escadas de acesso para a área de circulação embaixo das arquibancadas.
Para o fundo do estádio, onde se encontra a área de cir-
culação sob as arquibancadas, o mesmo teflon se encaixa nas lajes, envolvendo o corredor com formatos triangulares brancos e transparentes, afim de dar uma nova aparência específica ao fundo do estádio.
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DETALHE CONSTRUTIVO DA COBERTURA DO ESTÁDIO
0
116
1.5
3
4.5
6
7.5
15
117
Fachada Residencial vista da rua Pascal Raniére, as fachadas do mercado e da praça de alimentação também ganham destaque, assim como a marquise do jardim da biblioteca.
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O degrade de verde e azul mescla-se com as cores do parque e do cĂŠu.
121
Fachada do edifĂcio
122
Fachada corporativa vista de dentro do complexo, entre a garagem e o estĂĄdio. O vidro paginado percorre toda a fachada, atĂŠ as varandas de pĂŠ direito duplo.
125
Vista do começo da rampa para as varandas do prédio. As varandas formam uma espécie de escultura no edifício. Podemos ver a direita também , o desenho da garagem com a mebrana que a envolve e o corredor coberto de acesso a galeiria e corporativo.
126
Desenhos das varandas visto de cima do prĂŠdio.
129
Render Lateral, vista da rua Pascoal RaniÊre. A diferença entre os blocos fica clara deste ponto de vista, a esquerda temos o bloco corporativo com sua fachada de vidro, no meio a empena de vidro dos fundos dos elevadores, que divide os dois blocos e na direita a empena de concreto do residencial.
130
Vista da saída da
biblioteca,
com museu e estádio ao fundo.
133
Vista frontal do museu, onde podemos seu formato fractal e a paginação do Alocobond, que atua de forma coincidente.
134
Vemos a frente da garagem com a membrana que a envolve, criando desenhos triangulares assim como o parque e o estรกdio.
137
Vista lateral da garagem, com seu formato triangular. Ao fundo, escadas rolantes da galeria na fachada corporativa.
138
Render do estรกdio visto de cima, a cobertura aparece com clareza. Branca em sua grande maioria, mas com pequenas tiras transparentes que permitem a entrada de luz.
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Vista de cima do estรกdio olhando para dentro do complexo.
142
Rampa que interliga todo
o
complexo
vista de cima.
145
Acesso do estรกdio coberto pela membrana de teflon com fibra de vidro.
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08 CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Através de analises de uma área nobre da cidade de São Paulo, o terreno pertencente a associa-
ção Portuguesa de desportos, foi possivel perceber que atualmente há uma grande falta de cuidado dos dirigentes e funcionários, além de uma crise no clube, provocando assim o estado de degradação em que o mesmo se encontra.
Por se tratar de uma área com uma grande infraestrutura, localizada na Marginal Pinheiros e próxima
de 3 estações de metrô, foi visto como necessario revitaliza-la através de uma intervenção, dessa maneira foram estudados os melhores mecanismos para a realização do projeto, e também a melhor forma correta de aplicá-los.
Para gerar um fluxo de pessoas durante todos os dias e em diferentes horários, não somente em dias
de jogos, foi inserido um edificio comercial e residêncial que possui em seu terreo uma galeria, supermercado e academia, a fachada do edificio residêncial foi posicionada estrategicamente para uma área mais calma do terreno, voltada para o parque, enquanto a fachada comercial com uma pele de vidro voltada para o estadio. Para a estrutura do estádio e do museu foram realizados diversos estudos de metodos construtivos até a etapa final. Dessa maneira, o objetivo de revitalizar o terreno seria atingido da maneira mais eficaz encontrada, atraindo interesse da cidade e das pessoas na área, o que é excelente para toda a região.
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09 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://vejasp.abril.com.br/cidades/clube-portuguesa-crise/ https://mobilidadesampa.com.br/2014/11/cet-monitora-transito-na-regiao-da-pompeia-para-jogo-palmeiras-x-sport-no-allianz-parque/ https://www.archdaily.com.br/br/755619/estadio-san-mames-acxt http://portuguesa.com.br/ http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/zona-de-ocupacao-especial-zoe/ https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/novo-pde-macroareas/ http://www.bilbaostadium.com/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Estádio_de_San_Mamés_(2013) https://www.tecnisa.com.br/imoveis/sp/sao-paulo/salas-comerciais/office-time/238 https://www.tecnisa.com.br/imoveis/sp/sao-paulo/apartamentos/timelife/240?gclid=Cj0KCQiAuf7fBRD7ARIsACqb8w75qYJ9HPcwtUbhneCIHyNpAbL7IMmdKRYf_ldKaqPm9kWASqA5zrQaAhwZEALw_wcB https://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/edo-rocha-arquitetura_/allianz-parque/395 https://www.youtube.com/watch?v=OJWQ_MJBqvQ https://www.youtube.com/watch?v=tcu6M5W27uQ HYPERLINK “https://www.youtube.com/watch?v=tcu6M5W27uQ&t=157s”& HYPERLINK “https://www.youtube.com/watch?v=tcu6M5W27uQ&t=157s”t=157s https://pt.wikipedia.org/wiki/Allianz_Parque http://www.esportividade.com.br/allianz-parque-arquiteto-espera-que-fachada-mexa-com-quem-passa-por-la/ http://planmetal.com.br/obras/page/2/ https://www.tecnisa.com.br/imoveis/sp/sao-paulo/apartamentos/timelife/galeria/240/fotos/12089
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