Eco Resort e a aplicação de resíduos plásticos | Talita Araújo Brito

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PROJETO ARQUITETÔNICO

ECO RESORT E A APLICAÇÃO DE RESÍDUOS PLÁSTICOS Talita Araújo Brito



Talita Araújo Brito

ECO RESORT E APLICAÇÃO DE RESÍDUOS PLÁSTICOS

Monografia apresentada como requisito parcial à obtenção do título de bacharel no curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário SENAC Santo Amaro. Orientador: Ricardo Wagner Alves Martins.

SÃO PAULO 2019



TERMO DE APROVAÇÃO

TALITA ARAÚJO BRITO

Esta monografia foi apresentada e no primeiro semestre de 2019 como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. A candidata foi arguida pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

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Ricardo Wagner Alves Martins Prof. Orientador

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Avaliador 1:

__________________________________

Avaliador 2:


DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a todos que de alguma forma contribuíram para minha formação acadêmica e para o desenvolvimento desta monografia.


AGRADECIMENTOS Agradeรงo a todos as pessoas que me ajudaram a enfrentar as dificuldades ao longo desses cinco anos, que me deram forรงa para seguir em frente e alcanรงar o meu objetivo.


RESUMO Com o fenômeno da globalização, a sociedade passou a produzir uma maior quantidade de resíduos, devido ao consumismo, analisa o sociólogo Bauman no livro Modernidade Líquida. Juntamente com essa análise e o baixo índice de reciclagem no Brasil, podemos encontrar uma grande quantidade de resíduos na orla do país. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, em parceria com o Instituto Socioambiental dos Plásticos aponta que 95% desse montante é resíduo plástico, no litoral de São Paulo o maior volume é oriundo das atividades de pesca enquanto no Nordeste o principal causador é o turismo. Afim de atingir esse público alvo e incentivar a reciclagem na região, este trabalho tem como objetivo projetar um resort ecológico sustentável utilizando elementos construtivos que aproveite o plástico como matéria prima, assim a população local terá interesse em construir outros tipos de edificações utilizando o mesmo princípio, gerando lucro através da reciclagem e conscientizando moradores e turistas. Além de melhorar o entorno e o terreno escolhido para o projeto. Palavras-chave: Projeto arquitetônico, eco resort, sistema construtivo, resíduo plástico, sustentabilidade.


ABSTRACT With the phenomenon of globalization, society began to produce a greater amount of waste due to consumerism, analyzes the sociologist Bauman in the book Liquid Modernity. Together with this analysis and the low recycling rate in Brazil, we can find a large amount of waste on the edge of the country. A survey conducted by the Oceanographic Institute of the University of SĂŁo Paulo, in partnership with the Socioambiental Institute of Plastics, indicates that 95% of this amount is plastic waste, in SĂŁo Paulo's coast the largest volume comes from fishing activities while in the Northeast the main cause is tourism. In order to reach this target audience and encourage recycling in the region, this work aims to design a sustainable ecological resort using constructive elements that take advantage of plastic as a raw material, so the local population will have an interest in building other types of buildings using the same principle , generating profit through recycling and raising awareness among residents and tourists. In addition to improving the environment and the terrain chosen for the project. Keywords: Architectural Project; Ecological Resort; Construction system; Plastic waste; Sustainability;


SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO 1.1 OBJETIVO GERAL 1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1.3 JUSTIFICATIVA 1.4 METODOLOGIA

PÁG. 12 PÁG. 12 PÁG. 13 PÁG. 13

REFERÊNCIAL TEÓRICO | SISTEMA CONSTRUTIVO 2.1 2.2 2.3

GLOBALIZAÇÃO COMO AGENTE POLUIDOR PÁG. 16 POLUIÇÃO DAS PRAIAS BRASILEIRAS PÁG. 16 O PLÁSTICO PÁG. 18 2.3.1 UTILIZAÇÃO NO MERCADO 2.3.2 DESCARTE IRREGULAR E IMPACTO NO MEIO AMBIENTE 2.3.3 RECICLAGEM DO RESÍDUO PLÁSTICO

PÁG. 18 PÁG. 18 PÁG. 19

ESTUDOS DE CASO | SISTEMA CONSTRUTIVO 3.1 3.2 3.3 3.4

COLOMBIANO OSCAR MENDEZ HOTEL GUARAMIRANGA NO CEARÁ CONTAINER PLÁSTICO MADEIRA PLÁSTICA

PÁG. 22 PÁG. 24 PÁG. 26 PÁG. 28

REFÊRENCIAL TEÓRICO | ECO RESORT 4.1 4.2 4.3

O ECOTURISMO RESORT ECOLÓGICO PÚBLICO ALVO

PÁG. 32 PÁG. 32 PÁG. 33


5 6 7 8

ESTUDOS DE CASO | ECO RESORT 5.1 5.2 5.3 5.4

INNHOUSE ECO HOTEL MIRANTE DO GAVIÃO AMAZON LODGE THE INTERLACE JARDIM DE SANTOS

PÁG. 36 PÁG. 38 PÁG. 40 PÁG. 42

LOCALIZAÇÃO 6.1 CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS 6.2 TRÂNSITO 6.3 LEGISLAÇÃO 6.4 O TERRENO 6.5 ENTORNO IMEDIATO 6.6 PONTOS DE INTERESSE 6.7 SISTEMA VIÁRIO

PÁG. 46 PÁG. 47 PÁG. 49 PÁG. 50 PÁG. 52 PÁG. 54 PÁG. 55

O PROJETO 7.2 7.3 7.4 7.5 7.6 7.7

PARTIDO ARQUITETÔNICO IMPLANTAÇÃO GERAL O EDÍFICIO O RESTAURANTE PRÉDIO COMERCIAL DETALHES CONSTRUTIVOS

PÁG. 58 PÁG. 60 PÁG. 69 PÁG. 87 PÁG. 91 PÁG. 97

CONSIDERAÇÕES FINAIS 8.1 CONCLUSÃO 8.2 REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS

PÁG. 103 PÁG. 104



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INTRODUÇÃO


1. INTRODUÇÃO Nossa relação com os objetos tem se tornado cada vez mais superficial após o fenômeno da globalização, os utilizando e descartando em um curto período de tempo até ser lançado um produto mais atual, compartilha desse pensamento o sociólogo Zygmunt Bauman no livro Modernidade Líquida. Consequentemente a quantidade de resíduos gerados no mundo vem crescendo, para os especialistas do programa das nações unidas para o meio ambiente (Pnuma) é importante a gestão de resíduos e o descarte correto dos materiais. Dessa maneira esse trabalho tem como objetivo trabalhar uma parcela desses resíduos, o resíduo plástico e sua reinserção na sociedade através da construção civil.

1.1 OBJETIVO GERAL Projetar um eco resort que utilize elementos arquitetônicos de plástico reciclado oriundo das praias de Salvador e que proporcione benefícios para o local e região de escolha do projeto, tais como segurança e lazer.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Estudar a possibilidade de reciclar e reinserir os resíduos plásticos em elementos da construção civil através de estudos de caso. • Entender o programa de necessidades de um eco resort assim como o usuário desse tipo de hospedagem. • Criar um espaço de hospedagem com princípios sustentáveis. • Entender e respeitar o entorno do terreno. • Proporcionar segurança e lazer para o entorno através da arquitetura.

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1.3 JUSTIFICATIVA Conforme pesquisa realizada pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), em parceria com o Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida) desde 2012, foi constatado que 95% dos resíduos da orla brasileira são plásticos e estão presentes devido a gestão inadequada dos resíduos urbano e as atividades econômicas (indústria, comércio e serviços), portuárias e de turismo. Nas praias do nordeste o principal gerador de resíduos são os turistas e afim de atingir esse público alvo, foi escolhido Salvador, o estado do nordeste mais visitado, que possui ainda uma pequena rede de reciclagem, necessitando assim de interesse dos órgãos públicos e privados.

1.4 METODOLOGIA Esse trabalho possui um caráter exploratório e qualitativo, visando entender e estudar a utilização do plástico reciclado como matéria prima em elementos da construção civil e posteriormente aplica-lo no projeto de um resort ecológico. Para atingir os objetivos almejados foram estabelecidas as seguintes etapas: • Etapa 1: Pesquisa sobre o resíduo plástico e sua possível reutilização na construção civil. • Etapa 2: Referências de sistema construtivo tendo como matéria prima o plástico reciclado. • Etapa 3: Definição de público alvo, local e tipo de construção. • Etapa 4: Realização de estudos de caso. • Etapa 5: Escolha e análise do terreno e seu entorno. • Etapa 6: Desenvolvimento do Projeto arquitetônico.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO | SISTEMA CONSTRUTIVO


2. REFERENCIAL TEÓRICO | SISTEMA CONSTRUTIVO 2.1 GLOBALIZAÇÃO COMO AGENTE POLUIDOR No livro "Vidas desperdiçadas" do sociólogo Zygmunt Bauman, publicado em 2003, é discutido sobre as consequências maléficas da globalização. Um assunto de muita relevância para este trabalho e abordado no livro, é a grande quantidade de lixo gerado nos centros urbanos e o seu destino. “Há uma produção expressiva de lixo que são jogados longe dos grandes centros urbanos, e são colocados em depósitos em terra, sem qualquer tipo de tratamento e nem mesmo reciclagem. Nosso planeta está repleto de lixo, resultado da modernização globalizante que empreendeu uma corrida ao progresso.” (Leite, 2017)

Diversos autores justificam o grande montante de lixo através do consumismo exagerado na aquisição de bens de consumo da população. Muitas vezes o objeto descartado ainda possuía condições de uso, mas o fato de ter outro objeto lançado em uma data mais recente já tornava o descartável. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) o Brasil produziu no ano de 2016, 78 milhões de toneladas sendo a maioria levado para lixões 1 .

2.2 POLUIÇÃO DAS PRAIAS BRASILEIRAS O Brasil ocupa a 16° posição no ranking de países mais poluidores dos mares. São lançados cerca de 70 mil a 190 mil toneladas de resíduos plásticos conforme artigo do BBC em 2018. O Brasil contribui com o descarte de 2 milhões de resíduos jogados no mar anualmente conforme Associação Internacional de Resíduos Sólidos.

1 Área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo.

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Segundo estudo realizado pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), em parceria com o Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida) desde 2012, foi constatado que 95% encontrado na orla brasileira são resíduos plásticos, garrafas, copos descartáveis, canudos, cotonetes, embalagens de sorvete, redes de pesca entre outros.

Figura 1: negativo de insetos rastejando na areia poluida e lixo. Fonte: Depositphotos.

Desse montante de lixo encontrado na orla cerca de 80% tem origem terrestre devido a gestão inadequada do lixo e as atividades econômicas e 20% tem origem do próprio oceano através das atividades pesqueiras, mergulho recreativo, pesca submarina entre outros. Foi constatado na pesquisa que, em São Paulo, o maior volume se acumula nas dunas ou restingas e é proveniente das atividades de pesca. No Nordeste, o grosso do material é encontrado na areia seca e vem do turismo. Um triste cenário para o Nordeste que recebe milhões de turistas durante o ano. Suas paisagens naturais formadas por falésias de diferentes cores, corais e praias de areia branca estão entre os principais fatores que motivaram 49,4% dos brasileiros na escolha do Nordeste para a próxima viagem de acordo com o Boletim de intenção de viagem do Ministério do Turismo.

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2.3 O PLÁSTICO 2.3.1 UTILIZAÇÃO NO MERCADO No início do século XX começou a ser utilizado o plástico sintético nas indústrias a partir de resinas derivadas do petróleo. Do grego, plastikós significa aquilo que pode ser moldado, sendo assim muito utilizado, devido essa característica e por manter a sua forma após a moldagem. Eles são divididos em dois grupos: • Termoplásticos – amolecem se aquecidos podendo assim ser moldado e ganhar nova forma quando resfriado. Correspondem a 80% dos plásticos consumidos. • Termorrígidos/termo fixos – Não derretem quando aquecidos, o que impossibilita a sua reutilização através dos processos convencionais de reciclagem. Mas pode ser reciclado através da moagem e incorporação em outro material, como é o caso da borracha por exemplo.

2.3.2

DESCARTE IRREGULAR E IMPACTO NO MEIO AMBIENTE

Ainda não se sabe ao certo quanto tempo demora para o plástico se decompor na natureza, por se tratar de uma composição criada pelo homem e que possui menos de um século de utilização. Apesar do curto período de tempo desse material em nosso cotidiano, já é possível ver notícias e previsões preocupantes em relação ao destino dos resíduos plásticos. Conforme estudo da fundação Race for Water, cerca de 35% dos plásticos são utilizados apenas uma vez durante 20 minutos e posteriormente 10% desse montante tem como destino o mar. “As embalagens plásticas lançadas indevidamente no ambiente contribuem para entupimentos, propiciam condições de proliferação de vetores, prejudicam a navegação marítima e agridem a fauna aquática, além de causarem mau aspecto estético.” (Práticas em educação ambiental., 2010)

O documentário Ilha do lixo: Um oceano cheio de plástico de Thomas Morton, divulgado em 2008 nos alerta sobre até onde a poluição dos oceanos com resíduos plásticos pode afetar os animais e os seres humanos indiretamente. “O grande problema é que o micro plástico é tão abundante que acabou se tornando parte do ecossistema. Plânctons e pequenos crustáceos se alimentam deles, se intoxicam, e, consequentemente, fazem o mesmo ao serem comidos por pequenos peixes. O processo vai se repetindo até chegar aos grandes peixes, como o atum, e, finalmente ao próprio ser humano.” (Os oceanos estão virando plástico, s.d.)

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Figura 2: Ilustração do caminho dos resíduos plásticos - fonte: site the ocean clean up.

2.3.3

RECICLAGEM DO RESÍDUO PLÁSTICO

De acordo com os dados do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) 30% de todo o lixo produzido no Brasil tem potencial de reciclagem mas apenas 3% é reciclado. A reciclagem é um método de transformação de resíduos (materiais descartados) em novos produtos a serem reinseridos no cotidiano, sem a necessidade de retirar da natureza mais recursos. Além disso é muito benéfica pois retira uma quantidade de resíduos dos aterros sanitários e lixões e gera renda para a população através de empregos em cooperativas e para catadores de materiais recicláveis. “(...) há um grande desperdício tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico e social, uma vez que a reciclagem é uma fonte de renda para milhares de famílias.” (Descubra quantidade de lixo produzido no Brasil e porcentagem do que é reciclado, 2018)

A arquitetura pode se tornar um meio de ajudar no processo de reciclagem dos resíduos plásticos a partir da utilização desse material em elementos do projeto arquitetônico.

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Muitas iniciativas nascem da vontade de preservar o meio ambiente em conjunto com o conhecimento que as pessoas adquiriram ao longo dos anos, como pode-se ver a seguir, os resíduos plásticos sendo reciclado e seus componentes reinseridos no meio urbano através da arquitetura de diferentes maneiras.

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ESTUDOS DE CASO SISTEMAS CONSTRUTIVOS


Figura 3: Processo de construção. Fonte: Conceptos Plásticos.

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Figura 4: Projeto de Moradia de Oscar Mendez. Fonte: Conceptos Plásticos.


3.1 COLOMBIANO OSCAR MENDEZ Após trabalhar 4 anos com plástico o colombiano Oscar Mendez optou por transformar o lixo plástico em moradias para aqueles que mais precisam através da empresa Conceptos Plásticos que iniciou suas atividades em 2010 ajudando empresas a reciclarem seu luxo, posteriormente ganhou o caráter social através de construções. Além de diminuir o déficit habitacional essa iniciativa ajuda o meio ambiente através da reutilização do lixo plástico. De acordo com a empresa, isso não só previne a contaminação do ambiente pelo plástico, cujos resíduos são retirados dos lixões, mas também faz com que eles virem materiais de construção necessários para que comunidades de baixa renda possam ter uma infraestrutura mínima de habitação. O bloco de lego como é chamado é feito através do processo ao lado.

Figura 5: Bloco de lego de Oscar Mendez. Fonte: Conceptos Plásticos.

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Figura 6: Foto do chalĂŠ. Fonte: Site Hotel Vale das Nuvens.

Figura 7: Foto do Hotel. Fonte: TripAdvisor.

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3.2 HOTEL GUARAMIRANGA O hotel Vale das Nuvens localizado em Guaramiranga no estado do Ceará inaugurado em 2011 é a primeira unidade hoteleira feita com placas plásticas do mundo, foi idealizado e projetado pelo engenheiro civil Joaquim Caracas, e construído por sua empresa Protensão Impacto. Foi construído a partir do modulo composto por plástico e isopor, como isolante térmico e acústico e baseado na técnica de encaixes para facilitar o processo de montagem. Entre suas ações sustentáveis estão a utilização da energia solar para aquecimento da piscina, utilização de energia eólica e placas fotovoltaicas para energia elétrica, desenvolvimento de coleta seletiva e encaminhamento dos resíduos para a reciclagem, a existência de horta orgânica e a utilização dos alimentos na pousada, o sistema de captação da água da chuva e o tratamento sanitário de 85% entre outras.

Figura 8: Composição do Módulo. Figura autoral.

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Figura 9: Foto processo de montagem. Fonte: Brasil Engenharia.

Figura 10: Foto processo de montagem. Fonte: Brasil Engenharia.

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3.3 CONTAINER PLÁSTICO O container Impacto como é chamado, é uma alternativa para quem busca opções para pequenas instalações bastante resitentes. Montado a partir de pequenos módulos de plástico reciclável, ele é utilizado principalmente em canteiros de obra, stands de vendas e escritórios. Para cobertura, são utilizadas telhas também recicladas, já existentes no mercado convencional. A ventilação se da por meio de aberturas nos módulos, que podem ser determinadas por quem monta. Para construção, basta cinco simples passos. • 1 - O projeto. Definição de onde e como será instalado. • 2 - Instalar as bases para o piso de polipropuleno. • 3 - Montagem da estrutura. • 4 - montagem das paredes. • 5 - Instalar teto, forro e parte elétrica.

Figura 11: Ilustração - passos para a construção. Fonte: Protensão Impacto.

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Figura 12 e 13: Fachada com madeira plรกstica - fonte : Ecofront.

Figura 14:: Fachada com madeira plรกstica - fonte: Ecofront.

Figura 15:: Deck em madeira plรกstica fonte: Ecofront.

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3.4 MADEIRA PLÁSTICA Madeira plástica ou madeira ecológica é produto resultante da aplicação de uma moderna tecnologia industrial, é uma alternativa sustentável de colocar madeira no projeto de maneira indireta, pois em sua fabricação não são utilizadas árvores. Ela é obtida através da mistura de matérias-primas recicláveis, como resíduos plásticos industriais variados. Além de não derrubar árvores, não há desperdício de água em seu processo e ela é reciclada e reciclável.

“Estima-se que a cada 700kg de madeira plástica utilizada, 1 árvore adulta de grande porte estará sendo preservada, aproximadamente 200 mil sacolas plásticas deixam de circular no meio ambiente. A madeira plástica tem durabilidade de muitos anos sem exigir nenhuma manutenção.” (Ecopex, 2017)

Atualmente ela possui aplicações em Decks para piscinas e jardins, fachadas residenciais e comerciais, móveis, artigos de decoração, cercas, brinquedos e playgrounds para parques infantis. O novo mercado cresce entre 30% e 40% ao ano, tendo a durabilidade e facilidade de manutenção como principais fatores de venda. O preço, 20% superior ao da madeira comum, se equipara ao da madeira convencional com selo de certificação de acordo com Gabriela Borges, gerente da Ecoblock, fabricante de perfis para decks de piscina, assoalhos e outras aplicações.

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4 REFERENCIAL TEÓRICO | ECO RESORT


4.1 REFERENCIAL TEÓRICO | ECO RESORT 4.1 O ECOTURISMO No final de 1970 surgiu no mundo o movimento ambiental denominado ecoturismo em detrimento das questões ambientais do turismo em massa e em 1985 o conceito foi introduzido no Brasil. Segundo o Ministério do Meio Ambiente em conjunto com o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR) o ecoturismo ou turismo ecológico é o segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações. O ecoturismo pode ser entendido, então, como as atividades turísticas baseadas na relação sustentável com a natureza, comprometidas com a conservação e a educação ambiental. (Eco, 2015)

Cerca de 10% dos turistas em todo o mundo optam pelo eco turismo, ele está crescendo cerca de 15 a 25% ano enquanto o turismo convencional cresce 7,5% conforme a Organização Mundial de Turismo (OMT). O faturamento anual do ecoturismo, a nível mundial, é estimado em US$ 260 bilhões, do qual o Brasil se apropriaria com cerca de US$ 70 milhões.

4.2 ECO RESORT

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A secretaria do meio ambiente em 2010 caracterizou eco resorts ou resort ecológico como um empreendimento que visa proporcionar sensações diferenciadas aos hóspedes e total integração com a natureza (paisagens, sons e cheiros). Através da arquitetura apropriada, dos materiais construtivos, de decoração, de conforto, de comodidade, de segurança, e de infraestrutura de mínimo impacto são pontos que valorizam ainda mais este tipo de experiência desenvolvendo também a cultura regional, porém, com simplicidade, charme e elegância de acordo com as características presentes na região.


Afim de realizar um projeto sustentável, vale destacar alguns princípios básicos desse tipo de construção sengundo a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura – AsBEA e o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável – CBCS: • Implantação e análise do entorno; • Não provocar ou reduzir impactos no entorno – paisagem, temperaturas e concentração de calor, sensação de bem-estar; • Qualidade ambiental interna e externa; • Gestão sustentável da implantação da obra; • Uso de matérias-primas que contribuam com a ecoeficiência do processo; • Reduzir, reutilizar, reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos; • Introduzir inovações tecnológicas sempre que possível e viável; • Educação ambiental: conscientização dos envolvidos no processo. • O uso de tintas naturais, a base de água, ceras e óleos vegetais, resinas naturais, com pigmentações minerais, muito mais recomendáveis para um equilíbrio sustentável nos ambientes, pois não têm odor e não utilizam metais pesados. • Utilização do piso intertravado possibilitam que a água da chuva permeie entre as juntas e encontre o solo, facilitando a drenagem. Essas são algumas diretrizes a serem seguidas no projeto, além da utilização do pé direito alto e duplo quando possível, captação da água da chuva, ventilação cruzada, placas fotovoltaicas e solares, telhado verde e horta orgânica.

4.3 PÚBLICO ALVO Vale ressaltar os dados da pesquisa sobre hábitos e perfil dos clientes de resorts realizada em 2013, pela Associação Brasileira de Resorts. Os principais fatores de motivação para os entrevistadores irem a um resort são: Figura 16: Tabela de motivação. Gráfico autoral. Dados da Associação Brasileira de Resorts.

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Antes de dar início ao projeto é válido estudar e analisar projetos que ajudem a propor um projeto sustentável e ecológico. A seguir temos o Innhouse eco hotel e o Mirante do Gavião Amazon Lodge com suas características sustentáveis, o projeto “The Interlace” com seus blocos elevados que proporcionam diferentes vazios ao longo do projeto e finalizando os estudos de caso projetuais com o Jardim de Santos, o maior jardim frontal de praia em extensão do mundo.

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ESTUDOS DE CASO PROJETUAIS


Figura 17: Foto do Inn House eco hotel. Fonte: Archdaily. Figura 18: Foto do Inn House eco hotel. Fonte: Archdaily.

Figura 19: Foto interna do Inn House eco hotel. Fonte: Archdaily.

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Figura 20: Foto do Inn House eco hotel. Fonte: Archdaily.


5.1 INNHOUSE ECO HOTEL Projetado em 2012 pelo escritório Oval Partnership e localizado em Kunming na China, o Innhouse eco hotel foi idealizado como um conjunto de casas pequenas conectadas. Conta com 17 suítes alocadas em 4 volumes maiores de no máximo 4 andares, cada bloco conta com uma área de serviço, facilitando assim o atendimento aos hóspedes. “O simples ordenamento dos blocos é desprovido de decoração, e ao invés disso, foca na qualidade do espaço, nos materiais naturais e na apreciação do meio ambiente por parte dos hóspedes. Dispostos em duas faixas de acesso à via principal superior e ao acesso inferior para os blocos dos hóspedes ao longo da trilha em meio à natureza, a disposição se vale de quatro eixos de visão dos blocos de hóspedes para a vista do vale, e é separado em cinco distritos diferentes do terreno por cinco pátios internos, que também oferecem pontos de sossego e encontro.” (Archdaily, 2012)

O hotel tem uma cobertura máxima de 18% do terreno e possui os volumes das edificações de diferentes dimensões de acordo com seu uso. Conectados por um volume central e uma passarela de ligação entre eles. Os blocos recebem luz através das aberturas verticais, as áreas privadas ficam alocadas atrás de painéis, formando uma caixa dentro da edificação, dessa maneira é possível ver a movimentação do lado externo durante a noite e receber luz natural durante o dia.

Figura 21: Vista do Inn House eco hotel. Fonte: Archdaily.

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Figura 22: Implantação do mirante. Fonte: ArchDaily.

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Figura 23: Render do projeto. Fonte: Archdaily.


5.2 MIRANTE DO GAVIÃO AMAZON LODGE Projeto do Atelier O'Reilly, o mirante do Gavião Amazon Lodge com área de 1678 m2 construído em 2014 e localizado em Novo Airão, Amazonas, Brasil surgiu da necessidade de construir uma pousada integrada com o entorno e fizesse a ligação mar e terra das navegações do Rio Negro. Devido à escassez de mão de obra local foi utilizado o conhecimento regional da convecção de barcos para a realização do projeto, sendo o mesmo desenhado como um barco invertido. “O desenho primou pela integração com a paisagem e diversos estudos climáticos foram desenvolvidos para atingir o melhor resultado energético com estratégias passivas e ativas, buscando conforto térmico, renovação de ar com ventilação cruzada, iluminação natural e acessibilidade.” (Archdaily, 2014) Foram adotados painéis solares para aquecimento do chuveiro, placas fotovoltaicas para energia elétrica, coleta de água da chuva para ser reutilizada na irrigação da horta entre outros aspectos sustentáveis.

Figura 24: Estratégias sustentáveis. Fonte: ArchDaily.

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Figura 25: Foto do projeto. Fotรณgrafo: Iwan Baan. Fonte: Archdaily.

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Figura 26: Foto do projeto. Fotรณgrafo: Iwan Baan. Fonte: Archdaily.


5.3 THE INTERLACE Projetado em 2013 por Ole Scheeren, sócio do Office for Metropolitan Architecture (OMA) em um terreno de 169 mil m² em Singapura. Possui uma grande singularidade se comparado com os outros projetos de Singapura, é composto por trinta blocos de apartamentos com 6 pavimentos cada um. Foram posicionados em uma malha hexagonal formando pátios privados e públicos entre eles. O projeto possui características sustentáveis ao reduzir o trafego de veículos em seu térreo, maximizando a quantidade de área verde, foi realizada também uma análise de condições climáticas e a integração de estratégias de energia passiva de baixo impacto ambiental.

Figura 27: Diagrama de espaços. Fonte: Archdaily.

"O projeto aborda questões de espaço compartilhado e as necessidades sociais numa sociedade contemporânea e, simultaneamente, responde a questões de um viver coletivo e individual, oferecendo uma multiplicidade de espaços interiores / exteriores específicas ao contexto tropical." (Archdaily, 2015)

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5.4 JARDIM DE SANTOS Em 2002 foi registrado pelo Guiness World Records como o maior jardim de praia do mundo, com sete quilômetros de praia sendo 5.335m de extensão e cerca de 50 metros de largura. Ele abriga diversos monumentos e conjuntos esculturais além de uma ampla diversidade de espécies vegetais.

Figura 28: Fotografia da orla da praia de Santos. Fonte: Colégio Brasileiro de reprodução animal.

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6 LOCALIZAÇÃO


6.1 SALVADOR Considerando as pesquisas já citadas anteriormente do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), em parceria com o Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), que constatou que a maioria do lixo encontrado na orla do Nordeste é oriundo do turismo. Afim de atingir esse agente, foi escolhida a cidade turística mais visitada da região, Salvador. Atualmente Salvador ocupa o lugar de quinta cidade mais procurada do Brasil e primeira cidade do Nordeste conforme o site de viagens booking, no primeiro semestre de 2018. Após a escolha da cidade foi analisada qual seria o melhor local através do zoneamento de Salvador, procurando áreas de interesse turístico.

Figura 29: Localização Salvador. Fonte: Depositphotos.

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Figura 30: Localização do terreno em Salvador. Fonte: Googlemaps.


6.2 LEGISLAÇÃO As áreas destinadas às atividades turísticas e que possuem uma boa infraestrutura dentro da cidade são denominadas Zonas de Interesse Turísticos (ZIT), portanto após a análise da Figura 29: Mapa 01A - Zonas de Usos, foi localizado as ZIT e estudado os terrenos dentro da área determinada. “As Zonas de Interesse Turístico – ZIT são porções do território associadas às belezas naturais e à conservação da paisagem, com boa infraestrutura, onde são incentivados as atividades voltadas para o turismo: hotéis, resorts, pousadas, locais para eventos e exposições, restaurantes, cafés, livrarias e atividades comerciais e de prestação de serviços, em terrenos com área superior a 10.000m² (dez mil metros quadrados), classificados em uma única categoria.” Conforme Seção VIII das Zonas de Interesse Turístico, ZIT no artigo 30.

Conforme o quadro 3 – Dimensões mínimas do lote por Zona de Uso na lei de zoneamento: o terreno deve ter a frente mínima é de 50 metros e área mínima de 10.000 m2. Conforme quadro 6 – Parâmetros de ocupação do solo: o coeficiente de aproveitamento mínimo é de 0,20 e o máximo é 2,0, índice de ocupação máxima 0,50, índice de permeabilidade mínima de 0,40, recuos mínimos de frente de 5 metros, recuos laterais de 1,50 e recuos do fundo de 2,50.

Figura 31: Mapa 01A - Zonas de Usos. Fonte: SUCOM - Secretaria municipal de urbanismo.

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Figura 32: Ampliação ZIT. Fonte: SUCOM - Secretaria municipal de urbanismo.

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Na figura 31 é possível ver os terrenos e sua localização dentro da área de interesse deste trabalho, ZIT. A área 1 está sendo utilizada como acampamento ecológico de Itapuã e Centro de treinamento de líderes. A área 2 abriga o Catussaba Resort, Condomínio Villa Costeira Resi e alguns pequenos comércios. Já o terreno 3 encontra-se vazio e possui 100 mil metros quadrados e vista para praia sem interferência. O terreno 4 possui mais de 4 metros de extensão, no entanto é estreito para o projeto, menos de 50 metros de largura. Na área número 5 há o condomínio residencial Vila do Mar e o Gran Hotel Stella Maris Urban Resort & Conventions, ao lado temos um terreno pequeno e sem contato direto com a orla, o terreno número 6. A área 7 é muito adensada por árvores e também não possui contato direto com a orla, assim como o terreno 8 que apesar de estar vazio não possui a proximidade com a orla almejada. Desta maneira o terreno escolhido para o projeto é o número 3.

Figura 33: Situação dos terrenos em ZIT. Imagem autoral. Base Google Earth.


6.3 O TERRENO Localizado na Alamedas da Praia, Itapuã, Salvador, Brasil, entre as ruas Alameda praia de Guaratuba, Rua Professor Carlos Ott, e fundo das casas da rua Alameda Sol do Atlântico e orla da praia de Itapuã. O terreno possui aproximadamente 100 mil metros quadrados, sendo 150 metros de largura na Alameda praia de Guaratuba, 260 metros de largura na Rua Professor Carlos Ott, e cerca de 500 metros de extensão na orla.

Figura 34: Imagem de Satélite. Fonte: Google Earth.

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6.4 ENTORNO IMEDIATO

O terreno está próximo de diversos condomínios fechados residenciais e hotéis, e conta com um supermercado aproximadamente a 15 metros de distância, como é possível ver no mapa de uso e ocupação do solo e também no mapa de zoneamento, por estar próximo de uma ZPR1 – Zona predominantemente residencial 1. Figura 35: Mapa de Uso e ocupação do solo. Mapa Autoral.

Esses condomínios geram uma grande quantidade de muros nas ruas e uma baixa taxa de circulação nas ruas do seu entorno. Ao lado é possível ver imagens do local:

Figura 36: Mapa com marcação dos locais das fotos. Mapa Autoral.

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Figura 37: Alameda Guaratuba. Fonte: Google Maps.

Figura 38: Alameda Guaratuba. Fonte: Google Maps.

Figura 39: Alameda Guaratuba. Fonte: Google Maps.

Figura 40: Rua Professor Carlos Otti. Fonte: Google Maps.

Figura 41: Rua Professor Carlos Otti. Fonte: Google Maps.

Figura 42: Rua Professor Carlos Otti. Fonte: Google Maps.

Figura 43: Visualização do terreno na Rua Professor Carlos Otti. Fonte: Google Maps.

Figura 44: Visualização do terreno na Rua Professor Carlos Otti. Fonte: Google Maps.

51


52

Figura 45: Pontos de Interesse em Salvador em relação ao terreno. Mapa autoral.


6.5 PONTOS DE INTERESSE O terreno possui fácil acesso a diversos locais turísticos e empresarias de Salvador, está aproximadamente a três quilômetros do aeroporto sendo de fácil e rápido acesso aos turistas. É possível visitar locais históricos da praia de Itapuã, onde o terreno está localizado, em um raio de três quilômetros tais como, o farol, o monumento da sereia, lago de Abaeté e o Parque das Dunas. O ponto turístico mais distante do hotel é o farol da Barra e o mesmo se encontra a 23 km. Referente às proximidades empresariais o terreno está a cerca de 23 km do Polo Petroquímico, 16 km do polo empresarial e a 10 km do centro administrativo da Bahia. A seguir é possível visualizar os pontos marcados no mapa e sua distância referente ao terreno do projeto.

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6.6 SISTEMA VIÁRIO 6.6.1 CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS O lote está póximo de duas vias coletoras² a 3 quilometros de distancia de uma via arterial³ de Salvador, o que facilita a chegada a via expressa⁴ e o acesso a diversos locais da cidade.

Figura 46: Classificação viária de Salvador. Fonte: SUCOM - Secretaria municipal de urbanismo.

2 3

54

4

destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade. caracterizada por interseções em nível, geralmente controladas por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade. caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível.


6.6.2 TRÂNSITO Outro aspecto importante a ser analisado referente ao sistema viário é o trânsito nas vias do entorno do terrreno em diferentes dias e horários, afim de definir quais serão os melhores locais de entrada e saída do eco resort. O trânsito médio da região é rápido, mas durante o final de semana o local fica mais movimentado como é possivel ver nas imagens abaixo.

Figura 47: Trânsito - Segunda-feira às 8 horas. Fonte: Google Maps.

Figura 48: Trânsito - Sábado às 12 horas. Fonte: Google Maps.

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7 O PROJETO


7.1 PARTIDO ARQUITETÔNICO Após o levantamento e análise de dados do terreno mostrados anteriormente, foi possível dar início ao projeto arquitetônico do eco resort. Afim de trazer fluxo de pessoas para as ruas muradas do entorno foi implementado no perímetro do terreno alguns pontos de interesse, na Alameda Praia de Guaratuba foi projetado um centro comercial para a venda de produtos artesanais no piso inferior e uma praça de alimentação no piso superior, além de um terraço que possibilita a vista para o mar. Figura 49: Fluxo de pessoas. Diagrama autoral.

Ao longo da Rua Professor Carlos Ott há uma praça que interliga a entrada do eco resort ao parque linear na orla, entre eles foi projetado um restaurante aberto ao público com pé direito duplo e um bar no andar superior. O Parque Linear na orla possui caminhos para ciclistas e pedestres além de espaços de lazer para as crianças e um espaço destinado para ver o nascer do sol aumentando assim a relação com a natureza. Na parte interna foi definido um grande eixo de circulação da entrada do eco resort até a praia, ao longo desse eixo temos acessos as piscinas com diferentes características, espaços de lazer, quadras, restaurantes, academia entre outros.

Figura 50: Ligação entre os edificios públicos. Diagrama autoral.

58

Os apartamentos foram posicionados com a fachada no eixo leste/oeste, garantindo assim uma boa iluminação e proporcionando a vista para o nascer e pôr do sol e na cobertura foi projetado o restaurante do eco resort, no oitavo andar, permitindo assim uma ótima vista. Resultando na implantação a seguir.


Figura 51: Parque Linear. Diagrama autoral.

Figura 53: Criação da barreira física e rua interna. Diagrama autoral.

Figura 52: Eixo central e análise solar. Diagrama autoral.

Figura 54: Implantação esquemática. Diagrama autoral.

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7.2 IMPLANTAÇÃO GERAL

60


Figura: 55 - Implantação geral.


Figura: 56 -Ampliação 1 - Implantação.

IMPLANTAÇÃO O eco resort possui acesso de veiculos pela rua Professor Carlos Otti, há ao longo de sua estensão locais de parada para embarque e desembarque de passageiros, entrada e saída do estacionamento e no acesso a área técnica para entrada e saída de insumos e retirada de lixos e resíduos. No nível 0 ao lado das quadras poliesportivas e próxima de umas das piscinas, está localizado uma grande sala de jogos, academia e vestiários.

62

Uma área dentro do bloco foi reservada para manutenção, onde estão localizados o depósito , a oficina e a lavanderia com acesso através do nível 1.5.

Localizado ao lado da entrada do eco resort está a área administrativa com duas salas de reunião, copa e banheiros para os funcionários.


A entrada do eco resort é marcada por uma grande cobertura de vidro sobre uma estrutura espacial que avança o perímetro do edíficio e é possível visualiza-la desde o ínicio da rua.

Foi distribuido no ínicio do bloco a área destinada a conferências, que conta com um grande auditório com foyer e cafeteria, depósito, camarim, salas multiuso e banheiros independentes.

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No bloco 2 foi inserido uma ala de entretenimento do resort para toda a família, com sala de leitura, salas de recreação, sala de video game, sala de artes e sala de TV, além de uma grande área com cafeteria e iluminação zenital.

Próximo a orla da praia foi posicionado o restaurante aberto ao público externo e público do eco resort, ele conta com um amplo salão e um mezanino com bar, a ligação dos dois ambientes é realizada por uma grande escada helicoidal que ganha caracteristica monumental no projeto.

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Figura: 57 -Ampliação 2 - Implantação.


LEGENDA: 1. ÁREA DESTINADA A COMPOSTAGEM 2. RESERVATÓRIO DE ÁGUA 3. ÁREA DESTINADA AO TRATAMENTO DE ESGOTO 4. SALA DE SEPARAÇÃO DE RESÍDUOS 5. LIXEIRA CONTAINER 6. GUARITA 7. VESTIÁRIO MASCULINO 8. VESTIÁRIO FEMININO 9. VESTIÁRIO DE DEFICIENTE 10. DEPÓSITO DE MATERIAL DE LIMPEZA 11. PLATAFORMA ELEVATÓRIA 12. ACADEMIA 13. SALA DE JOGOS 14. LAVANDERIA 15. OFICINA 16. DOCA 17. DEPÓSITO 18. SALA DE REUNIÃO 19. SETOR ADMINISTRATIVO 20. ALMOXARIFADO 21. SALA DE APOIO RECEPÇÃO 22. BANHEIRO DE DEFICIENTE FEMININO 23. BANHEIRO DE DEFICIENTE MASCULINO 24. BANHEIRO MASCULINO 25. BANHEIRO FEMININO 26. COPA PARA FUNCIONÁRIOS 27. RECEPÇÃO 28. ESPAÇO FAMÍLIA 29. SALA DE CONFERÊNCIA 30. DOCA 31. DESPENSA REFRIGERADA 32. DESPENSA 33. DEPÓSITO DE LIXO 34. DEPÓSITO DE LIXO REFRIGERADO 35. CAFETERIA 36. FOYER 37. AUDITÓRIO 38. SALA DE ESPERA 39. DEPÓSITO 40. SALA DE LEITURA 41. ESPAÇO DE ENTRETENIMENTO 42. ÁREA DE RECREAÇÃO INFANTIL 43. SALA DE ARTES 44. PLAYGROUND 45. SALA DE VIDEO GAME 46. HALL DE ENTRADA DE FUNCIONÁRIOS 47. COZINHA 48. HORTA 49. SALA ADMINISTRATIVA DO RESTAURANTE 50. CAIXA 51. SALÃO 52. DECK 53. BAR 54. SOFÁ DA PISCINA 55. ESPAÇO MULTIUSO 56. ESPAÇO DE MEDITAÇÃO 57. DECK COM EQUIPAMENTO ESPORTIVO 58. QUADRA POLIESPORTIVA 59. QUADRA DE BASQUETE 60. ESPAÇO DESTINADO A BRINQUEDOS AQUÁTICOS 61. LOJA 62. BICICLETÁRIO 63. HALL DE ENTRADA

ESTACIONAMENTO Com capacidade para 240 veículos, a garagem do eco resort está localizada 1,5 metros afundada em relação ao perfil natural do terreno, porém em uma área que está 1,5 metros elevada, o que a deixa com o pé direito de 3 metros. Com três blocos de circulação conectados direto com o edifício, ela possui também acesso direto a recepção podendo ser utilizada tanto por hóspedes, como por visitante que chegam para conferências.

Figura: 58 Planta do estacionamento.

65


Figura 59: Corte AA

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Figura 60: Corte BB


67



7.3

PROJETO O EDÍFICIO

Influenciado pela posição do Sol, o edifício de apartamentos foi posicionado para que haja o maior conforto térmico possível, sem retirar o privilégio dos hóspedes de ter uma varanda voltada para o mar. Seguindo a implantação e respeitando o eixo central, o edifício cria vazios, e se molda sem interromper a conexão do resorte com a praia. Em seu térreo estão alocados um bar e um restaurante, assim como no sétimo andar, que possui também uma varanda para desfruto dos hóspede. O décimo andar possui duas varandas, uma em cada extremo, ambas com vista contemplativa do projeto. Os vazios internos são contemplados com grandes caixilhos, assim como o bloco de elevadores, que aparece três vezes na cor azul, ganhando força na fachada. Os vazios abrigam dois usos diferentes, uma exposição e o andar do restaurante, ambos com 9 metros de pé direito.


TÉRREO

Figura 61: Implantação do edifício 1 ESPAÇO MULTIUSO 2 BAR 3 COZINHA 4 DESPENSA 5 DESPENSA REFRIGERADA

70

6 DEPÓSITO DE LIXO 7 VESTIÁRIO FEMININO 8 VESTIÁRIO MASCULINO 9 VESTIARIO DE DEFICIENTE


1 ° ANDAR

Figura 62: 1 ° andar do edifício

1. ESPAÇO PARA EVENTOS (770m²) 2 .VARANDA (200m²) 3. QUARTOS QUADRUPLOS (09 unid.) 4. QUARTO QUADRUPLO COM ESPAÇO EXTRA (01 unid.) 5 .QUARTO STANDARD (06 unid.) 6. ROUPARIA / DESPENSA/ DEPÓSITO DE CARRINHOS (01unid.)

71


2 ° ANDAR

Figura 63: 2 ° andar do edifício

5. QUARTO STANDARD (13 unid.) 6. ROUPARIA / DESPENSA / DEPÓSITO DE CARRINHOS (02 unid.) 7. QUARTO TRIPLO (09 unid.) 8. QUARTO TRIPLO COM ESPAÇO EXTRA (01 unid.)

72


3 ° ANDAR

Figura 64: 3 ° andar do edifício

5. QUARTO STANDARD (22 unid.) 6. ROUPARIA / DESPENSA / DEPÓSITO DE CARRINHOS (02 unid.) 7. QUARTO DUPLO COM ESPAÇO EXTRA (01 unid.)

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4 ° ANDAR

Figura 65: 4° andar do edifício

5. QUARTO STANDARD (26 unid.) 6. ROUPARIA / DESPENSA / DEPÓSITO DE CARRINHOS (03 unid.) 7. QUARTO DUPLO COM ESPAÇO EXTRA (01 unid.) 8. EXPAÇO DESTINADO PARA EXPOSIÇÃO

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5° ANDAR E 6° ANDAR

Figura 67: 5 ° andar do edifício

5. QUARTO STANDARD (26 unid.) 6. ROUPARIA / DESPENSA / DEPÓSITO DE CARRINHOS (03 unid.) 7. QUARTO DUPLO COM ESPAÇO EXTRA (01 uni.)

75


7° ANDAR

Figura 68: 7 ° andar do edifício

9. SALÃO PRINCIPAL DO RESTAURANTE 10. COZINHA 11. BAR 12. TERRAÇO 13. BANHEIRO

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8° ANDAR E 9° ANDAR

Figura 69: 8 ° andar e 9 ° andar do edifício

5. QUARTO STANDARD (12 UNID.) 6 ROUPARIA/ DESPENSA/ DEPÓSITO DE CARRINHOS ( 02 UNID.)

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10° ANDAR

Figura 70: 10 ° andar do edifício

5. QUARTO STANDARD (09 UNID.) 6. ROUPARIA/ DESPENSA/ DEPÓSITO DE CARRINHOS ( 01 UNID.) 12. TERRAÇO 14. TERRAÇO PRIVATIVO 15. QUARTO MASTER (01 UNID.)

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11° ANDAR

Figura 71: 11 ° andar do edifício

5. QUARTO STANDARD (10 UNID.) 15. QUARTO MASTER (01UNID.)

79


12° ANDAR

Figura 72: 12 ° andar do edifício

16. INVERSOR DE ENERGIA - PLACAS FOTOVOLTAICAS 17. CAIXA D’ÁGUA DE USO DO EDIFÍCIO 18. RESERVA DA ÁGUA PLUVIAL

80


QUARTOS

STANDARD 147 unidades

O Eco resort possui 7 tipologias de quartos diferentes, são elas: Standard, duplo com espaço extra, triplo, triplo com espaço extra, quadruplo, quadruplo com espaço extra e Master, totalizando 190 quartos. Vale frisar que 10% dos quartos possuem acessibilidade. Localizados nos andares superiores, os quartos master são os mais requintados do resort, com 112m², enquanto os demais variam entre 40m² e 65m². Todos os quartos possuem varanda com vista para o mar, e são produzidos através de paredes modulares de plástico como no estudo de caso Container Plástico citado anteriormente.

ESCALA 1

QUARTO ACESSÍVEL

QUARTO TRIPLO

17 unidades

0

2

09 unidades

4

6

8

10

20

81


QUARTO QUADRUPLO 09 unidades

QUARTO MASTER

ES

02 unidades

82

0

2

4

6

8

10

20


QUARTO STANDARD COM ESPAÇO EXTRA 04 unidades

QUARTO TRIPLO COM ESPAÇO EXTRA 01 unidade

QUARTO QUADRUPLO

COM ESPAÇO EXTRA 01 unidade

83


FACHADA Para a fachada do prédio, foi feita a opção de utilizar placas de policarbonato, que possuem transparência, proporcionando uma integração do edifício com a paisagem, tanto para aqueles que olham de fora tanto para aqueles que olham de dentro, assim como na referência do Inn House Eco Hotel citada anteriormente. A cor escolhida foi o branco, por absorver menos calor, proporcionando um maior conforto térmico, além de possuir aberturas no mesmo material para auxiliar na ventilação cruzada. Nos vazios do restaurante e do espaço de exposição foi colocado vidro fixo na parte superior e na inferior, deixando o centro com a possibilidade de fechar e abrir conforme o aspecto climático.

84

Figura 73: Corte FF

00

22

4 4

66

88

10 10


Figura 74: Detalhe placa de policarbonato e caixilho. Fonte: Archdaily.

Figura 75: ReferĂŞnciade fachada com aberturas. Projeto: Nest We Grow / Faculdade de Projeto Ambiental UC Berkeley + Kengo Kuma & Associates. Fonte: Archdaily.

85



No encontro da orla com a Rua Professor Carlos Otti foi posicionado um restaurante aberto ao público do hotel e visitantes. Possui um pé direito de 8 metros com um mezanino que tem acesso através de uma escada helicoidal colorida que atua como um elemento escultural em meio as placas brancas de policarbonato que revestem o edifício.

7.4

PROJETO -

O RESTAURANTE


TÉRREO

88

Figura 76: Planta térrea do restaurante.


1° ANDAR

LEGENDA: 1. DOCA 2. LIXO REFRIGERADO 3. LIXO 4. DEPÓSITO DE MATERIAL DE LIMPEZA 5. DEPÓSITO 6. VESTIÁRIO FEMININO 7. VESTIÁRIO MASCULINO 8. HALL DE ENTRADA DE FUNCIONÁRIOS 9. COZINHA 10. DESPENSA 11. DESPENSA REFRIGERADA 12. ADMINISTRAÇÃO 13. HORTA 14. BANHEIRO MASCULINO 15. BANHEIRO FEMININO 16. ESPAÇO FAMILIA 17. BANHEIRO DE DEFICIENTE 18. SALÃO 19. CAIXA DE ATENDIMENTO 20. BICICLETÁRIO

Figura 77: Planta doprimeiro pavimento restaurante.

Afim de trazer leveza ao projeto e optando por um material reciclável, foi escolhido placas de policarbonato para envolver o restaurante. No entanto ao trabalhar com esse material é preciso tomar alguns cuidados referente ao

CORTE BB

conforto térmico. No mercado todas as placas possuem proteção solar, mas a que mostra mais eficiência na reflexão é a placa branca leitosa, escolhida nesse projeto. Auxiliando no conforto térmico há di-

versas aberturas pivotantes ao longo do restaurante e na sua cobertura foi projetado um teto verde diminuindo a temperatura interna do ambiente.

Figura 78: Corte BB.

89



Inserida na Alameda Praia de Guaratuba, o prédio comercial possui 7 lojas em seu térreo e uma rampa de acesso ao primeiro andar que conta com 3 restaurantes com praça de alimentação, banheiros e terraço com vista para o mar e uma parede verde contribuindo para a manutenção de um ar mais fresco e um clima mais agradável dentro da edificação. Foram dispostas 31 vagas para veículos e 1 bicicletário no inicio da ciclovia que possui um caminho sombreado por árvores ao longo do lote.

PROJETO -

7.5

PRÉDIO COMERCIAL


TÉRREO

Figura 79: Planta do pavimento térreo edifício comercial. N

LEGENDA: 1. LOJA 2. BICICLETÁRIO 3. CICLOFAIXA 4. PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO 5. RESTAURANTE 6. BANHEIRO FEMININO

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7. BANHEIRO MASCULINO 8. DEPÓSITO DE MATERIAL DE LIMPEZA 9. BANHEIRO DE DEFICIENTE 10. TERRAÇO 11. PLACAS FOTOVOLTAICAS 12. TETO VERDE

Figura 81: Corte DD

CORTE DD


1° ANDAR

Figura 80: Planta do primeiro andaredifício comercial. N

CORTE CC

Figura 82: Corte CC

93


COBERTURA

Figura 83: Planta de cobertura do edifício comercial. N

94

Em sua cobertura há o tratamento para receber um telhado verde intercalado com placas votovoltaicas posicionadas para o norte, que transformam a energia solar em energia elétrica para a edificação e caso tenha energia excedente é possível a inserção na rede elétrica e o recebimento do valor equivalente.


95



PROJETO -

7.6

DETALHES CONSTRUTIVOS


7.6.1 COBERTURA VERDE A cobertura verde pode trazer muitos beneficios para o edificio onde é implantada, é possível diminuir a sensação térmica, isolar os ruídos, reter a água da chuva pois ela filtra os poluentes presentes nas águas pluviais e quando essa água possui um local correto para armazenamento é possível ainda utiliza-la em banheiros e jardins. Dessa maneira foi implementada na cobertura do projeto juntamente com as placas fotovoltaicas.

1 - Algeroz (perfil de aço galvanizado) 2 - Vegetação 3 - Ralo (caixa de drenagem) 4 - Substrato 5 - Membrana de absorção 6- Módulo alveolar

7- Platibanda de concreto 8- Manta de impermeabilização 9- Regularização 10- Laje de concreto 11- Cano PVC 12 - Viga de concreto

Figura 84: detalhe cobertura verde. Fonte: Estúdio concreto arquitetura e interiores.

7.6.2 PAREDE VERDE Paredes verdes são um ótimo jeito de ajudar a combater o aquecimento global, e ainda melhoram o microclima do local, além de criarem uma paisagem muito interessante. Por isso, o projeto propõe paredes verdes ao longo dos edifícios. A partir de vasos encaixados em um gradil, as paredes se estendem por até cinco metros de altura, o que permite uma manutenção constante.

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Figura 85: vista lateral e frontal da parede verde. Desenho autoral.


Figura 86: Planta de cobertura

99


7.6.3 BRISES DE PLÁSTICO Os brises são ultilizados em algumas fachadas do projeto. Seu objetivo é diminuir a entrada de luz, sem deixar o ambiente estufado, permitindo sempre a circulação de ar. Podendo ser aberto ou fechado pelos usuários, além de criar um desenho que se move na fachada, permite uma maior passagem de luz caso nescessário. Feitos de plástico reclicado, também contribuem com o meio ambiente.

Figura 87: render dos brises do projeto. Imagem autoral.

7.6.4 RECICLAGEM A coleta de lixo ocorre através da via principal, criada na frente do projeto, atravessando todo o terreno. Na extremidade esquerda desse eixo, temos a área de armazenamento de resíduos e lixo, que se da por meio de lixeiras que ficam enterradas 3 metros abaixo da terra. Podendo armazenar até 3 metros cúbicos de lixo seco e úmido o, que permite a coleta seletiva são retiradas do chão através de veículos adaptados. A empresa que faz a coleta envia um veículo assim que a lixeira atinge 80% de sua capacidade.

100

Figura 88: Detalhe coleta container. Fonte: Watts on.


101


102

Figura 89: CORTE EE


8.1 CONCLUSÃO O trabalho realizado explicitou a quantidade de resíduos plásticos presente na orla brasileira e a necessidade de alguma intervenção para melhorar este cenário. Principalmente no nordeste brasileiro que possui o turismo como principal causa desse montante, Salvador por ser a cidade mais procurada entre os turistas foi escolhida para o projeto. Através da análise do zoneamento da cidade foi possível chegar a um terreno localizado em uma Zona de Interesse Turístico, sem uso e com potencialidades a serem exploradas para o projeto. Para melhor usufruir de todos os itens citados acima, surgiu o projeto de um eco resort, que impacta na região sem prejudicar o meio ambiente. Com paredes de plástico reciclável, recolhido na orla de Salvador é possível despertar no turista uma maior consciência sobre a importância de não jogar lixo na praia e desenvolver uma fonte de renda para a população além de conscientiza-la. Os dados da pesquisa também servem para mostrar para as pessoas que todos devem fazer a sua parte e que um copo de plástico jogado na areia, faz sim toda a diferença e que é possível tentar melhorar esse cenário com a arquitetura.

103


8.2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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