Edifício Vivo | Henrique Araujo

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Henrique Sousa de Araujo Orientado por Prof. Artur Katchborian Trabalho Final de Graduação Centro Universitário Senac Campus Santo Amaro

São Paulo 2019 | 2 |


AGRADECIMENTOS A concretização deste trabalho não tem o mérito destinado somente a mim. Tive o privilégio de contar com o apoio e incentivo de pessoas tão especiais, que também fizeram parte deste desafio, concluindo agora uma desafiadora etapa em minha vida. Aos meus pais, Gilmar e Maria, a minha eterna gratidão por sempre estarem ao meu lado, com amor incondicional. À Patrícia, o meu grande amor, que tanto me apoia, me acalma e divide os momentos alegres e os difíceis com a mesma intensidade, sempre serei grato. Ao professor Artur Katchborian, o meu sincero obrigado por sempre me incentivar a permanecer longe da zona de conforto, e me acompanhar semana após semana por um ano, com a mesma dedicação. | 3 |


RESUMO A vida humana se faz e se evolui por meio das relações interpessoais, e sua grande maioria se encontra nas regiões urbanas, ocupadas no Brasil pela maior parte da população. O objetivo deste trabalho é elaborar um edifício que ampare e estimule a coexistência e coletividade. Que aproxime, ao invés de isolar; que busque o compartilhamento à exclusividade; o plural ao individualismo; e assim, contribua para a manutenção desta dinâmica vida urbana.

Palavras-chave: República, Edifício, Coexistência, Multifunção, Vitalidade

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ABSTRACT The human life is made from the interpersonal relationships, and its majority is found in the urban regions, which ones are occupied in Brazil for the most part of the population. The objective of this project is the conception of a building that shelters and stimulates the coexistence and collectivity. That approaches instead of isolates; that looks for the sharing instead of the exclusivity; the plural instead of the individuality; and with that, it contributes for the maintenance of this dynamic urban life.

Key-words: Republica; Building; Coexistence; Mixed Use; Vitality

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CONTEÚDO

INTRODUÇÃO

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UM OLHAR SOBRE O CENTRO DE SÃO PAULO

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10 11 12

Uma abordagem municipal O Bairro da República Cenário de transformações

O LOTE ESCOLHIDO

14

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Suas características físicas e ruas adjacentes

ANÁLISE DA REGIÃO

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16

O raio de abrangência adotado Legislação urbana Usos por lote Gabarito de altura Cheios e vazios Edifícios notáveis Mobilidade urbana

18 20 22 24 26 28

ESTUDOS DE CASO

31

PROPOSIÇÃO

57

Definição do programa Usos em potencial Demanda de usos O partido arquitetônico Plantas e cortes Perspectivas

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

115

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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LISTA DE IMAGENS

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INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo a concepção de um edifício que contribua para a manutenção da vida urbana, no Centro de São Paulo. Um edifício vivo, capaz de funcionar 24 horas por dia, ao longo da semana, onde há espaços que estimulem a coexistência de atividades de forma amigável e orgânica, Desta forma, busca-se a valorização do convívio entre pessoas e usos, trazendo para um lote uma fração das dinâmicas relações presentes na região, atraindo diversas pessoas pelas mais diversas finalidades.

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UM OLHAR SOBRE O CENTRO DE SÃO PAULO

UMA ABORDAGEM MUNICIPAL

A intervenção arquitetônica e ocupação humana de regiões consolidadas em área metropolitana é um dos maiores enfrentamentos do campo da arquitetura e urbanismo. Seu ato reflete um pensamento racional de fazer uso da infraestrutura urbana existente, concentrando atividades gerais em polos adensados. O Centro da São Paulo é um dos locais de maior oferta de infraestrutura da metrópole. A rede de transporte coletivo que ali se encontra contempla diversas estações de metrô, linhas e corredores de ônibus, além de importantes avenidas. Trata-se de uma região que, mesmo fazendo parte do senso comum como uma área degradada e decadente, atrai grande número de pessoas diariamente, que ali trabalham ou frequentam as variadas e tradicionais áreas comerciais e culturais.

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O BAIRRO DA REPÚBLICA

O bairro da República era um dos principais pólos econômicos e arquitetônicos no século XX. Foi nessa época que alguns dos prédios mais importantes da cidade foram concebidos. Oscar Niemeyer, Franz Heep, Siffredi e Bardelli são alguns dos diversos personagens deste palco de transformações. Foi a era de ouro da arquitetura e do modernismo brasileiro, cujos ideais influenciaram as características e morfologia do bairro tanto do ponto de vista estético quanto funcional. Em um raríssimo alinhamento de astros, os arquitetos desenhavam os prédios com que sonhavam, que agradavam a seus clientes/patrões e que coincidiam com o que o público desejava comprar. A escola moderna vendia, e os três grupos ficavam radiantes com o resultado.”(LORES,2018) [1] Vista aérea da República | 11 |


CENÁRIO DE TRANSFORMAÇÕES

A região vem recebendo importantes edifícios de uso misto, principalmente destinados ao lazer e cultura. Esses novos empreendimentos aliados a uma arquitetura focada nas pessoas potencializa a reflexão sobre a coexistência de usos e atividades no espaço. As intervenções em patrimônio histórico e em área consolidada também atuam na ressignificação dos lugares e na vida urbana no Centro, como foram os casos do Sesc 24 de Maio (Paulo Mendes da Rocha e MMBB), que ocupou a antiga sede da Mesbla , e o Redbull Station (Triptyque), local que era propriedade da Companhia de Energia Light. | 12 |

Já a Praça das Artes, iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura, projeto do Brasil Arquitetura, foi realizado a partir da necessidade de um anexo-satélite do Teatro Municipal, abrigando a sede das orquestras, quartetos de cordas e corais, e também escola de dança e de música. A escala de projeto não se limita apenas ao lote privado. A Reurbanização do Vale do Anhangabaú, projeto do escritório Biselli Katchborian, busca a partir do respeito das características históricas e sociais a otimização do aproveitamento do espaço, trazendo novos equipamentos de lazer e de apoio.


[3] Representação eletrônica da Reurbanização do Anhangabau

[2] Representação eletrônica da Reurbanização do Anhangabau

[4] Fotografia da fachada do Redbull Station | 13 |


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O LOTE ESCOLHIDO

SUAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E RUAS ADJACENTES

O perímetro da intervenção proposta é fruto do remembramento de quatro lotes planos, que são compostos por lojas e lanchonete em uma ocupação térrea, e com primeiro pavimento. Ele está situado em uma das esquinas da quadra, com 31.1 metros de frente à Rua Dom José de Barros, e 30.7 metros à Rua Barão de Itapetininga, totalizando 1041 m² de área. Nos limites imediatos do lote, há dois edifícios com empena cega, de 10 e 12 pavimentos. A esquina que confronta o lote é formada por duas vias icônicas da cidade. Trata-se de uma localização de grande privilégio tanto pelo contexto histórico, quanto pela posição de destaque que possui devido ao elevado número de pessoas que caminham por ali diariamente. A Rua Barão de Itapetininga conecta dois pontos emblemáticos de São Paulo. Em uma das extremidades, está a Praça da

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República, na outra, a Praça Ramos de Azevedo e o Theatro Municipal. Os dois pólos possuem um valioso potencial de oportunidades para o acontecimento de atividades de uso coletivo, que estabelece a interação entre os usuários. Esta via possui 341 medianas, e mesmo apresentando dimensões medianas do ponto de vista urbanístico, atrai diversas pessoas que encontram ali o seu destino. Há aqueles que moram nos edifícios residenciais, os que trabalham nos edifícios de escritórios, há também aqueles que vão ao Theatro Municipal, localizado em uma das extremidades da Rua. Além disso, ali estão implantados conjuntos emblemáticos do ponto de vista arquitetônico, como a Galeria Califórnia projetada por Oscar Niemeyer, com seu térreo composto de conjuntos comerciais sob uma torre em “L” de escritórios; e a Galeria Nova Barão, de Siffredi e Bardelli, que abre uma rua conectando a


Barão de Itapetininga com a 7 de Abril, possuindo dois térreos de conjuntos comerciais, duas torres de apartamentos e duas torres de escritórios. Livrarias, agências bancárias, comércios e serviços ocupam a maioria dos térreos dos edifícios, contribuindo para uma rica relação com a cidade. A Rua Dom José de Barros, de 367 metros, conecta a Rua 7 de Abril à Avenida São João, em frente ao Largo do Paissandú. Ela possui semelhanças com a Barão de Itapetininga. Nela, também se encontram edifícios de apartamentos e escritórios, e uma grande quantidade de galerias, edificações permeáveis no nível da calçada, onde se criam ruas com lojas, livres para os pedestres caminharem e atravessarem: Galeria Presidente, Boulevard do Centro, Olido, Lousã e Califórnia. Além disso, a menos de 50 metros do perímetro de intervenção se encontra o recém inaugurado Sesc 24 de Maio, importante empreendimento que contribui para a transformação do bairro.

[5] Vista aérea da República | 15 |


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ANÁLISE DA REGIÃO

O RAIO DE ABRANGÊNCIA ADOTADO

Para uma proposição que dialogue com o entorno, foi feita uma análise da área em um raio de 400 metros. A escolha de abrangência está na importância de englobar no objeto de estudo importantes praças ou largos nas proximidades: Praça da República, Largo do Paissandu, Praça Ramos de Azevedo, Praça Dom José Gaspar. Sendo estes, importantes locais de encontro de pessoas, onde a vida coletiva se potencializa, e todos podem encontrar uma área de lazer e descanso meio a tantos calçadões movimentados. Além disso, com este foco, é possível relacionar com a proposta de intervenção em andamento, o desenvolvimento corrente da região, com o surgimento de novos empreendimentos de caráter democrático para a cidade, como o Sesc 24 de Maio e a Praça das Artes, além dos já consagrados Theatro Municipal e Biblioteca Mário de Andrade. | 16 |


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[6] Mapa do raio de análise adotado | 17 |


LEGISLAÇÃO URBANA

MACROZONA DE ESTRUTURAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA

A macrozona de estruturação urbana encontrase presente essencialmente na Zona Urbana, e possui uma variedade no que diz aos tipos de uso e ocupação do solo, desigualdade socioespacial, etc. Trata-se da área mais propícia à inserção de usos e atividades urbanos. Um dos objetivos deste setor é o fortalecimento do caráter de centralidade municipal da cidade de São Paulo, com intervenções que valorizem o patrimônio histórico, cultural e religioso, otimizar a oferta de infraestrutura existente e renovar os padrões de uso e ocupação, de modo a fortalecer a base econômica de onde está presente. Além deste, pode-se citar outras diretrizes conforme descrito no Plano Diretor, tais como:

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ZONA DE CENTRALIDADE

III – qualificação da oferta de diferentes sistemas de transporte coletivo, articulando-os aos modos não motorizados de transporte e promovendo melhorias na qualidade urbana e ambiental do entorno; IV – estímulo à provisão habitacional de interesse social para a população de baixa e média renda de modo a aproximar a moradia do emprego; VI – redefinição dos parâmetros de uso e ocupação do solo que promovam mescla e maior proximidade de diferentes tipologias residenciais para grupos de baixa, média e alta renda; (PDE, 2014)

Fica clara a noção de democratização da cidade, a partir de incentivos à coexistência de pessoas independentemente de sua posição na escala socioeconômica. O objetivo é concentrar as diferentes classes próximas ao local de maior oferta de infraestrutura urbana e serviços.

O lote está inserido dentro do perímetro de Zona de Centralidade, cujo qual estimula a presença de usos característicos de áreas centrais, onde se pretende incentivar os usos não residenciais,com densidade construtiva e demográfica médias, permitindo a ocupação do solo em até 70%, e a não obrigatoriedade de recuos frontais, preservando a morfologia do bairro.


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[7] Mapa de legislação da área analisada V

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USOS POR LOTE

Para compreensão dos tipos de uso presentes na região, foi feito um levantamento empírico de usos contidos por lote. Desta maneira, será possível entender, quais são as predominâncias da área, assim como seu déficit, para assim propor um edifício que contribua para a região, e dialogue com suas características e potencialidades. Este levantamento não considera a fachada ativa, uma vez que possui uma certa autonomia programática em relação ao restante do edifício. Na região analisada, foi identificado que 26.3% dos lotes correspondem a edifícios residenciais, 27.6% a comércio e serviço, 42.2% a edifícios de escritórios, o restante engloba tanto o uso institucional quanto estacionamentos. Com estes dados, têm-se informações para reflexão de alguns tópicos:

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- No geral, há um equilíbrio entre os três

usos predominantes, o que é algo positivo, pois uma variedade de usos é um fator que contribui fortemente para uma maior vitalidade de uma região. Neste caso, durante o dia, os escritórios são ocupados por aqueles que ali trabalham durante o horário comercial; enquanto que os apartamentos são ocupados na outra parte do dia. Já os comércios, desde que variados, podem atender ambos. - Mesmo com diferentes usos na região, os edifícios são em sua maioria monofuncionais, com exceção ao térreo. Este ponto não representa necessariamente um problema, mas um fator que pode ser abordado de forma diferente. Se além da variação de usos na área se tenha uma variação no próprio edifício, isso pode significar uma maior vitalidade ao longo dos dias e horários. Por exemplo: um edifício residencial provavelmente será ocupado principalmente fora

do horário comercial; se no mesmo local fossem inseridos escritórios, possivelmente atrairia mais pessoas por diferentes finalidades, em variados períodos, fazendo com que se aproveite o lote de forma mais eficaz. - Nos edifícios destacados no item 2, também verifica-se a ausência de espaços de atividade coletiva. A República é uma região que, seja pelos comércios ou escritórios, atrai uma grande quantidade de pedestres. Trata-se de um local bastante servido de áreas públicas multifuncionais. Todavia, no miolo desta área, não há forte incidência de empreendimentos que incorpore essa característica. Na área de estudo há o Sesc 24 de Maio e Praça das Artes que através de um programa e arquitetura democráticos captaram exatamente isso.


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[8] Mapa de usos por lote

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GABARITO DE ALTURA

O levantamento realizado no perímetro de estudo aponta para uma predominância de edificações de 10 a 15 pavimentos. Os dois edifícios que, com suas empenas cegas tocam o limite do lote pela Rua Barão de Itapetininga e pela Dom José de Barros possuem quinze e doze pavimentos, respectivamente.

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[9] Mapa de gabarito de altura dos edifícios V

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CHEIOS E VAZIOS

Através deste mapa, é possível observar algumas características marcantes da região. O perímetro da área analisada é formado em sua maioria por não-construções. Enquanto que as quadras do entorno imediato ao lote apresentam um intenso adensamento, que junto à monofuncionalidade das torres dificilmente amparam áreas de convívio e uso coletivo do espaço. Uma das poucas exceções à regra, é a Galeria Califórnia de Oscar Niemeyer, edifício com ocupação em “L” gerando um pátio interno, cujo qual possibilita boa qualidade de ventilação e iluminação, mesmo com o volume chegando à altura e ocupação máximas permitido por lei.

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LEGENDA Galeria Califórnia Lote de intervenção

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[10] Mapa de cheios e vazios

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EDIFÍCIOS NOTÁVEIS

1. Edifício Eiffel - Oscar Niemeyer 2. Casa Caetano de Campos - Ramos de Azevedo 3. Edifício Intercap - Luciano Korngold 4. Edifício Itália - Franz Heep 5. Copan - Oscar Niemeyer 6. Edifício Ouro Preto - Franz Heep 7. Edifício Moreira Salles - Gregori Warchavchik 8. Galeria Metrópole - Salvador Candia e Gian Carlo Gasperini 9. Edifício Louvre - Artacho Jurado 10. Biblioteca Mário de Andrade - Intervenção por Piratininga 11. Edifício Esther - Alvaro Vital Brazil 12. Edifício Atlanta - Franz Heep 13. Galeria Califórnia - Oscar Niemeyer 14. Sesc 24 de Maio - Paulo Mendes da Rocha + MMBB 15. Galeria Presidente - Maria Bardelli e Ermanno Siffredi 16. Galeria do Rock - Maria Bardelli e Ermanno Siffredi 17. Galeria Nova Barão - Maria Bardelli e Ermanno Siffredi 18. Theatro Municipal - Ramos de Azevedo 19. Praça das Artes - Brasil Arquitetura | 26 |

Com o propósito de situar o lote no cenário arquitetônico da região, foi elaborado um mapa de Edifícios Notáveis, onde são apresentadas as obras mais relevantes, cuja maioria pertence ao movimento modernista Brasileiro da metade do século XX, mas também contempla desde Ramos de Azevedo a MMBB.


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[11] Mapa de edifĂ­cios notĂĄveis

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MOBILIDADE URBANA

O entorno analisado é bastante servido de transporte coletivo, possuindo opções em diversos modais. A 100 metros dali, na Avenida Ipiranga, o usuário tem ao seu alcance tanto a estação República, da linha vermelha do metrô, quanto diversas linhas de ônibus que servem a região. Há também a Avenida São João, que possui outras opções de linhas. Além do transporte motorizado, a área conta com ciclovias que passam pela Rua 7 de Abril, a pouco mais de 200 metros, que seguem tanto pela Praça da República quanto Largo do Paissandu. Todavia, há de se mencionar a grande importância dos calçadões, vias estritamente para pedestres, por onde caminham um grande número de pessoas diariamente. | 28 |


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[12] Mapa de mobilidade urbana

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ESTUDOS DE CASO

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SESC 24 DE MAIO PAULO MENDES DA ROCHA

Ficha técnica Arquitetos: Paulo Mendes da Rocha e MMBB Localização: República, Centro – SP Área do terreno 2.203 m² Área construída 27.865m² Ano do projeto 2002-2008 Conclusão da obra 2012-2017 [13] Fachada Sesc 24 de Maio | 32 |


PROGRAMA O Sesc 24 de maio é um dos mais recentes empreendimentos inaugurados no centro de São Paulo. Projetado por Paulo Mendes da Rocha, em parceria com MMBB Arquitetos, este edifício multifuncional tem como principal objetivo fornecer serviços e atividades destinados aos comerciários. Ele ocupa a construção da antiga sede da Mesbla, situado na esquina da Rua Dom José de Barros e Rua 24 de Maio. Trata-se de “um exemplar de transformação do patrimônio urbano construído” As intervenções constituíram na adequação do edifício para as novas atividades inseridas, e na anexação do lote lindeiro para

abrigar o bloco de circulação vertical e sanitários. 1. Recuperar, aproveitar ao máximo a construção existente, demolindo-se acréscimos posteriores ao edifício original, principalmente a fim de clarear espaços e fazer o conjunto respirar melhor e também implantar-se de forma mais adequada aos novos usos. 6. Assegurar ampla e clara implantação no nível do pedestre na cidade, com o sentido de “passeio público” e acolhimento em praça coberta – Praça do Sesc.

O programa do edifício consiste no padrão sesc, envolvendo área de alimentação, de atividade cultural, atividade esportiva e atendimento odontológico. | 33 |


[17] Croqui do térreo do Sesc 24 de Maio

[14] Vista do Sesc 24 de Maio

[15] Vista aérea do Sesc 24 de Maio | 34 |

[16] Piscina do Sesc 24 de Maio


FLUXOS O programa do edifício está disposto de modo vertical, inseridos em planta livre, que, além de seu bloco de escadas e elevadores, também conta com uma série de rampas que percorrem pelos pavimentos para “além de sua função estrita, animar a vida do conjunto no seu evento cotidiano de modo desencadeado e lúdico, um passeio”, segundo os arquitetos. De acordo com os autores, a forma de disposição do programa de deu a partir de agrupamentos de atividades

semelhantes e complementares, sendo estes: bloco cultural (oficina, área expositiva e biblioteca), bloco esportivo (quadras poliesportivas e área de dança), bloco da piscina (piscina na cobertura, jardim da piscina e vestiários), além da área de atendimento odontológico, teatro, área administrativa e restaurante. A alocação dos blocos de sanitário e circulação vertical no terreno contíguo permitiu a versatilidade dos pavimentostipo.

ACESSOS O acesso ao nível térreo do edifício possui forte relação com a rua, privilegiando os pedestres que caminham pelos calçadões do centro e chegam à praça e acolhimento do Sesc. A posição do restaurante logo acima potencializou o uso público, favorecendo a livre passagem, sem restrições de acesso enquanto o edifício está funcionando.

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[19] Rampa Sesc 24 de Maio [18] Espelho d’água do Sesc 24 de Maio

[20] Vista do térreo do Sesc 24 de Maio

[21] Vista aérea do Sesc 24 de Maio | 36 |


[22] Vista do Sesc 24 de Maio

[23] Croqui do corte do Sesc 24 de Maio | 37 |


INSTITUTO MOREIRA SALLES ANDRADE MORETTIN

Ficha técnica Arquitetos: Andrade Morettin Localização: São Paulo, SP Área do terreno: 1.000m² Área construída: 8.662m² Ano Projeto: 2011 Conclusão Obra: 2017 [24] Fotografia da fachada do IMS | 38 |


PROGRAMA

ACESSOS

Este edifício tem como principal finalidade abrigar a nova sede do IMS, importante instituição cultural do país. Para tanto, seu programa é composto de grupos de usos complementares: salas de exposição, midiateca (auditório, salas de aula, espaço multimídia, biblioteca), administração, restaurante, área técnica e estacionamento.

O edifício possui dois “térreos”: um junto à Avenida Paulista, e outro deslocado 15 metros acima, que abriga as atividades de recepção do museu, loja e café, fazendo isso através de uma bela vista da Avenida, devido à abertura na fachada. Assim, o primeiro térreo atua como uma extensão da calçada, uma área livre, sem barreiras, com escadas rolantes conectando os dois níveis de recepção.

[25] Croqui do “segundo térreo” do IMS | 39 |


[26] Fotografia interna do IMS

[27] Fotografia da escada rolante do IMS | 40 |


FLUXOS

Devido à disposição programática em volumes pelo espaço, os fluxos no interior do edifício se faz através de, principalmente, meios mecanizados: escadas rolantes e elevadores. Essa característica o assemelha de certa forma às circulações nos metrôs, meio transporte bastante utilizado na região. A distribuição programática foi feita de modo a agrupar os espaços que promovem atividades complementares essencialmente. Desta forma, criou-se diferentes escalas de permeabilidade no que diz respeito aos acessos, passando tanto por espaços abertos, como o hall urbano no térreo, quanto por áreas mais fechadas, como a administração.

O IMS apresenta um Partido Arquitetônico de corte livre e o enfatiza desde a fase do concurso em todas as peças gráficas e na maquete, em que se distinguem de maneira inequívoca os volumes soltos dentro de uma caixa de vidro, e que nem sequer procura disfarçar o exoesqueleto metálico que não é tocado por nada nele contido. Aspecto decorrente desta estratégia é a conexão necessariamente vertical entre os volumes e espaços. (BISELLI, Mario, 2018) [28] Croqui do corte do IMS | 41 |


BRASCAN CENTURY PLAZA KONIGSBERGER VANNUCHI

[29] Fotografia do Brascan Century Plaza

[30] Fotografia do Brascan Century Plaza

Ficha técnica Arquitetos: Königsberger Vannucchi Localização: Itaim Bibi, São Paulo, SP Área do terreno: 12 600 m² Área construída: 93 920 m² Ano Projeto: 1999 Conclusão Obra: 2003

[31] Fotografia do Brascan Century Plaza | 42 |


O PROGRAMA

O Brascan Century Plaza é um complexo multifuncional, que apresenta um variado programa, que engloba flats hoteleiros, conjuntos comerciais, uso corporativo, centro de convenções, centro comercial, praça de alimentação e cinemas. Uma importante característica desse complexo é o fato de ele possuir serviços e espaços de uso coletivo dentro do lote privado, contribuindo para sua vitalidade o longo do dia. O programa do complexo é distribuído em 3 torres, sendo uma destinada a flats hoteleiros, uma para conjuntos comerciais, e outra para lajes corporativas. Há uma praça pública/ open mall ocupando toda a área não edificável do lote, cuja qual atua como elemento articulador dos volumes construídos. Possui tanto bancos para descanso, quanto relação direta às lojas e praças de alimentação distribuídas pelo local. A praça atua como continuação da calçada, sem a presença de elementos bloqueadores de acesso, tornando assim praticamente inexistente o limite do que é público e privado. O cinema está inserido entre a as torres Staybridge e Corporate. [32] Fotografia do Brascan Century Plaza | 43 |


BRASCAN CENTURY CORPORATE A torre corporativa Brascan Century Corporate possui 15 pavimentos de 726 metros quadrados. O acesso acontece de duas formas: tanto pela praça quanto pela Rua Prof. Tamandaré Tolêdo. Sua forma retangular e estrutura concentrada no perímetro da área de carpete possibilita espaços mais amplos e regulares, proporcionando a flexibilidade de layout, ideal para o uso corporativo.

BRASCAN CENTURY STAYBRIDGE SUITES A torre Brascan Century Staybridge Suites é destinada a flats hoteleiros. Possui 31 pavimentostipo, totalizando 356 suítes de 37 a 80 metros quadrados. Seu acesso se dá tanto pela praça quanto pela esquina da R. Prof. Tamandaré Tolêdo e R. Bandeira Paulista. A forma do edifício se assemelha ao “L”. O bloco de circulação vertical se encontra centralmente ao edifício, atuando de forma estrutural e colaborando para a redução das distâncias das circulações horizontais. | 44 |

BRASCAN CENTURY OFFICES Esta torre comercial abriga 364 conjuntos distribuídos por 24 pavimentos, com unidades entre 38 a 72 metros quadrados de área privativa. O acesso de pedestres ocorre tanto pela praça quanto pela R. Joaquim Floriano.


LEGENDA 䰀䔀䜀䔀一䐀䄀 Praça de alimentação 倀刀䄀윀䄀 䐀䔀 䄀䰀䤀䴀䔀一吀䄀윀쌀伀 Midiateca 䴀䤀䐀䤀䄀吀䔀䌀䄀 Lobby 䰀伀䈀䈀夀 Lojas 䰀伀䨀䄀匀 Salas de cinema 匀䄀䰀䄀匀 䐀䔀 䌀䤀一䔀䴀䄀 䄀䌀䔀匀匀伀 䐀䔀 倀䔀䐀䔀匀吀刀䔀 Acesso de pedestre 䄀䌀䔀匀匀伀 䄀唀吀伀䴀팀嘀䔀䰀 Acesso de automóvel

[33] Croqui da implantação do Brascan Century Plaza | 45 |


[34] Croqui da Planta do Brascan Century Staybridge Suites

| 46 |


[35] Croqui da planta do Brascan Century Offices

[36] Croqui da planta do Brascan Century Corporate | 47 |


SINERGIA COWORK EMILIO MAGNONE

[37] Fotografia do interior do Sinergia Cowork

Ficha técnica Arquitetos: Emilio Magnone, Marcos Guiponi Localização: Montevidéu, Uruguai Área construída:1400.0 m² Ano Projeto: 2014 Conclusão Obra: 2014 [38] Fotografia do interior do Sinergia Cowork | 48 |


FLUXOS As estações de trabalho coletivas e salas de reuniões foram inseridas no térreo, conectadas por um pátio central, articulador. Já no pavimento superior, se encontram espaços menores de escritório e estações flexíveis, assim como os usos complementares, como salas de descanso e estúdio.

ACESSOS Este edifício ocupa um espaço anteriormente destinado à carpintaria, armazém, oficina mecânica, entre outros. Desta forma- seu acesso principal se dá por meio de uma porta de garagem, que se conecta ao pátio central do térreo.

PROGRAMA Trata-se de um edifício destinado a espaços de trabalho compartilhados (cowork). Seu programa é composto por ambientes destinados à esta função, como estações flexíveis de trabalho, salas de reunião, salas de descanso e estúdio de fotografia. [39] Fotografia do interior do Sinergia Cowork | 49 |


[40] Croqui do térreo do Sinergia Cowork

LEGENDA 䰀䔀䜀䔀一䐀䄀 匀䄀䰀䄀匀 倀刀䤀嘀䄀吀䤀嘀䄀匀 Salas privativas 䔀匀吀䄀윀픀䔀匀 䘀䰀䔀堀촀嘀䔀䤀匀 Estações flexíveis

[41] Croqui do 1º pavimento do Sinergia Cowork | 50 |


[42] Croqui do corte do Sinergia Cowork | 51 |


CLICHY BATIGNOLLES MMBB [43] Modelo eletrônico do Clichy Batignolles

Ficha técnica Arquitetos: MMBB Localização: Paris, França Área do terreno: 2.216 m² Área construída:17.103 m² [44] Modelo eletrônico do Clichy Batignolles | 52 |

[45] Modelo eletrônico do Clichy Batignolles


PROGRAMA

Este projeto foi realizado para participação do concurso francês Reinventer Paris. Seu programa foi pensado tendo como importante fator a relação do edifício com seu entorno, na capital francesa. Ao seu lado encontram-se obras como o Palais da Justice, idealizado por Renzo Piano, sendo o maior fórum da França, e a Périphérique, um clube público de esportes. Desta forma, seu programa contempla serviços de hotelaria, onde as suítes também podem ser utilizadas como escritórios temporários, pensando na grande demanda prevista de advogados. Além disso, há serviços de apoio e complementares como academia, lojas e restaurante.

[46] Croqui de corte longitudinal do Clichy Batignolles | 53 |


[47] Croqui de pavimento tipo do Clichy Batignolles

[48] Croqui do pavimento “academia� do Clichy Batignolles

| 54 |


ACESSOS O edifício contempla dois acessos. O primeiro é feito onde se encontra o café e as lojas. É por ele que se chega a todos os pavimentos acima, com exceção a cobertura, cuja qual possui um fluxo específico. Ele ocorre por meio de escadas rolantes anexas que levam as pessoas diretamente à sua cota mais alta.

FLUXOS Os usos estão dispostos gerando um degradê de velocidade, onde no térreo, junto à Avenue de la Porte de Clichy, há um restaurante fast-food e lojas. Logo acima se encontra a academia, seguido por lajes com os quartos. Mais acima, está a área de cowork, e sobre ela, o restaurante. No terraço foi pensado um jardim panorâmico voltado a Périphérique, que representaria um ritmo oposto ao térreo.

| 55 |


| 56 |


6 |

PROPOSIÇÃO

DEFINIÇÃO DO PROGRAMA

O programa do edifício foi composto de modo a promover um espaço dinâmico, que estimule a coexistência de atividades e de pessoas. Desta forma, foram pensadas duas frentes distintas,que se completam: usos em potencial na área, e demanda existente de usos. Ambas alcançadas através de um levantamento empírico de usos por lote, realizado pelo autor. Para inserção das atividades propostas, foi pensado priorizando a vida coletiva e o compartilhamento dos espaços, em detrimento da noção de propriedade privada.

| 57 |


USOS EM POTENCIAL

COMÉRCIO / SERVIÇO

Entende-se aqui como usos em potencial todos aqueles de maior incidência na região, que influenciam e são influenciados por ela, formando suas características, peculiaridades e estilo de vida de seus frequentadores.

A presença de comércio e serviço é observada em 27,6% dos lotes analisados, quantidade composta por livrarias, agências bancárias, lanchonetes, lojas de roupas, etc. O edifício proposto terá um café, um restaurante e academia. O objetivo é criar um fluxo de usuários tanto de frequentadores do edifício por outras finalidades, como por pessoas que chegam a ele por esses fatores.

| 58 |


RESIDENCIAL

CORPORATIVO

O uso residencial é bastante presente no bairro, ocupando 26,3% dos lotes. No lugar de convencionais apartamentos, o edifício proposto terá a presença de flats: unidades residenciais que contam com serviço de hotelaria, como serviço de quarto, lavanderia e restaurante. Trata-se de um modelo bastante versátil, uma vez que pode ser usado tanto como moradia, quanto para hospedagem temporária. Trata-se de uma característica pertinente em questões de funcionalidade, pois pode atrair pessoas que irão frequentar o edifício devido a outras finalidades, tais como a área de trabalho compartilhada e o centro de convenções. Além disso, pela localidade estratégica do edifício, ele estará em área de influência de demanda da região, de forma mais abrangente, por conta do fácil acesso aos principais polos financeiros de São Paulo capital.

A maior quantidade de lotes destinados a um único uso pertence aos edifícios de escritórios, totalizando 42%. Estes edifícios apresentam, em geral, salas comerciais segregadas entre si. No edifício proposto, esta demanda será contemplada através do uso de cowork: espaços de trabalho compartilhados, onde os frequentadores dividem os custos da estrutura comum: espaço, telefone, internet, etc. Este tipo de uso apresenta uma alternativa ao modelo tradicional de escritórios individuais, permitindo maior flexibilidade dos espaços e a coexistência de profissionais de diferentes áreas, gerando um ambiente mais dinâmico. Além disso, devido à divisão dos custos da estrutura utilizada, torna-se uma alternativa mais viável financeiramente a aqueles que não querem ou não têm condições de arcar com todo o investimento individualmente, como jovens empreendedores, startups e autônomos. | 59 |


DEMANDA DE USOS

Através da análise feita dos usos predominantes levantados, chegou-se a uma proposição de usos complementares, que possam contribuir para a vida urbana, oferecendo alternativas variadas de atividades.

| 60 |


AUDITÓRIO De modo a incentivar a cultura e a discussão na cidade, o edifício contará com um auditório. Nele, poderá haver peças teatrais, shows, e apresentações artísticas de outras formas, além de palestras e congressos, organizados tanto por empresas privadas quanto públicas, das mais diversas áreas.

ACADEMIA A academia é um importante fator para a manutenção da vida no edifício. Seu uso pode ser feito tanto pelos frequentadores do edifício quanto pelas pessoas que moram ou trabalham na região. Ela pode contribuir para o fluxo fora do horário comercial, tanto início da manhã quanto final de tarde e noite. | 61 |


| 62 |


PARTIDO ARQUITETÔNICO DIAGRAMAS

| 63 |


O LOTE

⸀㜀

㌀㄀⸀㄀ 洀

[49] Diagrama de concepção do projeto | 64 |


OCUPAÇÃO PERIMETRAL

吀伀 㴀 㜀 ─

[50] Diagrama de concepção do projeto | 65 |


GABARITO DE ALTURA

㔀 洀 [51] Diagrama de concepção do projeto | 66 |


DISTRIBUIÇÃO EM PAVIMENTOS

吀준刀刀䔀伀 ⬀ ㄀㌀ 倀䄀嘀⸀ [52] Diagrama de concepção do projeto | 67 |


LIBERAÇÃO DO TERREO

[53] Diagrama de concepção do projeto | 68 |


DISTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA

刀攀猀琀愀甀爀愀渀琀攀

䌀漀眀漀爀欀

刀攀猀椀搀攀渀挀椀愀氀 ⼀ 䠀漀猀瀀攀搀愀最攀洀 䄀挀愀搀攀洀椀愀

䄀甀搀椀琀爀椀漀

[54] Diagrama de concepção do projeto | 69 |


VARIAÇÃO DAS PROPORÇÕES

[55] Diagrama de concepção do projeto | 70 |


PELE DE VIDRO. FACHADA RESIDENCIAL

[56] Diagrama de concepção do projeto | 71 |


EXTRUSÃO DOS APARTAMENTOS

[57] Diagrama de concepção do projeto | 72 |


VARIAÇÃO DOS TERRAÇOS - COWORK

[58] Diagrama de concepção do projeto | 73 |


| 74 |


MOLDURAS NOS APARTAMENTOS

[59] Diagrama de concepção do projeto | 75 |


| 76 |


PLANTAS E CORTES

| 77 |


02 09

01 14 LIMITE DO TE RRENO

1

03 11 02 09 3 -6.35

2

4

4

04 13

03 11

04 13

05 18 06 15

1.

Camarim

18. Recepção

2.

Palco

19. Área de estar

3.

Camarim / Depósito

20. Recepção academia

4.

Sanitário

21. Área de funcionários

5.

Depósito do auditório

22. Sanitário academia

6.

Área Técnica

23. Vestiário

7.

Sanitário PNE

24. Academia

8.

Café

25. Lobby cowork

9.

Bicicletário

26. Copa

10. Acesso auditório

27. Área externa

11. Praça descoberta

28. Área de trabalho

12. Hall técnico auditório

29. Apartamentos

13. Guichê

30. Utilidades

14. Depósito

31. Cozinha

15. Térreo aberto

32. Restaurante

16. Acesso não resid.

33. Área externa

17. Acesso residencial

07 16 08 17

PALCO | 78 |

0

2,5

5

10

05 18


02 09

01 14 LIMITE DO TE RRENO 6 1

03 11 02 09

-6.35

5

1

04 13 11

03 11

4

4 7

-4.00

10

04 13 9

8

05 18 06 15

1.

Camarim

18. Recepção

2.

Palco

19. Área de estar

3.

Camarim / Depósito

20. Recepção academia

4.

Sanitário

21. Área de funcionários

5.

Depósito do auditório

22. Sanitário academia

6.

Área Técnica

23. Vestiário

7.

Sanitário PNE

24. Academia

8.

Café

25. Lobby cowork

9.

Bicicletário

26. Copa

10. Acesso auditório

27. Área externa

11. Praça descoberta

28. Área de trabalho

12. Hall técnico auditório

29. Apartamentos

13. Guichê

30. Utilidades

14. Depósito

31. Cozinha

15. Térreo aberto

32. Restaurante

16. Acesso não resid.

33. Área externa

17. Acesso residencial

07 16 08 17

PRAÇA ENTERRADA

0

2,5

5

10 | 79 |


02

01 14 LIMITE DO TE RRENO

14 12

4 6 13

02 09

R. BARÃO DE ITAPETININGA

03 11

03

-4.00

0.00

6 15

04 13

R. DOM

JOSÉ D

E BARR

OS

05 18 06 15

Camarim

18. Recepção

2.

Palco

19. Área de estar

3.

Camarim / Depósito

20. Recepção academia

4.

Sanitário

21. Área de funcionários

5.

Depósito do auditório

22. Sanitário academia

6.

Área Técnica

23. Vestiário

7.

Sanitário PNE

24. Academia

8.

Café

25. Lobby cowork

9.

Bicicletário

26. Copa

10. Acesso auditório

27. Área externa

11. Praça descoberta

28. Área de trabalho

12. Hall técnico auditório

29. Apartamentos

13. Guichê

30. Utilidades

14. Depósito

31. Cozinha

15. Térreo aberto

32. Restaurante

16. Acesso não resid.

33. Área externa

17. Acesso residencial

07 16 08 17

TÉRREO | 80 |

04

1.

0

2,5

5

10

05


02

01 LIMITE DO TE RRENO

14

02

03

17

5.00

03

19 18

16

04

05 06

04

1.

Camarim

18. Recepção

2.

Palco

19. Área de estar

3.

Camarim / Depósito

20. Recepção academia

4.

Sanitário

21. Área de funcionários

5.

Depósito do auditório

22. Sanitário academia

6.

Área Técnica

23. Vestiário

7.

Sanitário PNE

24. Academia

8.

Café

25. Lobby cowork

9.

Bicicletário

26. Copa

10. Acesso auditório

27. Área externa

11. Praça descoberta

28. Área de trabalho

12. Hall técnico auditório

29. Apartamentos

13. Guichê

30. Utilidades

14. Depósito

31. Cozinha

15. Térreo aberto

32. Restaurante

16. Acesso não resid.

33. Área externa

17. Acesso residencial

07 08

1º PAVIMENTO (2º TÉRREO)

0

2,5

5

10 | 81 |


02

01 LIMITE DO TE RRENO

14

02

03

24

03

22 8.50

23

20

04 22 23

21

05 06

Camarim

18. Recepção

2.

Palco

19. Área de estar

3.

Camarim / Depósito

20. Recepção academia

4.

Sanitário

21. Área de funcionários

5.

Depósito do auditório

22. Sanitário academia

6.

Área Técnica

23. Vestiário

7.

Sanitário PNE

24. Academia

8.

Café

25. Lobby cowork

9.

Bicicletário

26. Copa

10. Acesso auditório

27. Área externa

11. Praça descoberta

28. Área de trabalho

12. Hall técnico auditório

29. Apartamentos

13. Guichê

30. Utilidades

14. Depósito

31. Cozinha

15. Térreo aberto

32. Restaurante

16. Acesso não resid.

33. Área externa

17. Acesso residencial

07 08

ACADEMIA | 82 |

04

1.

0

2,5

5

10

05


02

01 LIMITE DO TE RRENO

14

02

03

29

03

28

04

25

26

27

4

7

4

05 06

04

1.

Camarim

18. Recepção

2.

Palco

19. Área de estar

3.

Camarim / Depósito

20. Recepção academia

4.

Sanitário

21. Área de funcionários

5.

Depósito do auditório

22. Sanitário academia

6.

Área Técnica

23. Vestiário

7.

Sanitário PNE

24. Academia

8.

Café

25. Lobby cowork

9.

Bicicletário

26. Copa

10. Acesso auditório

27. Área externa

11. Praça descoberta

28. Área de trabalho

12. Hall técnico auditório

29. Apartamentos

13. Guichê

30. Utilidades

14. Depósito

31. Cozinha

15. Térreo aberto

32. Restaurante

16. Acesso não resid.

33. Área externa

17. Acesso residencial

07 08

PAVIMENTO MISTO TIPO A

0

2,5

5

10 | 83 |


02

01 LIMITE DO TE RRENO

14

02

03

29

03

28

04

25

1.

04 Camarim 18. Recepção 18. Recepção

1.

Camarim

2.

Palco

3.

Camarim 3. Camarim / Depósito/ Depósito 20.20. Recepção Recepção academia academia

4.

Sanitário

5.

Depósito 5. Depósito do auditório do auditório 22. 22. Sanitário Sanitário academia academia

6.

Área Técnica6.

7.

Sanitário PNE 7. Sanitário24. PNEAcademia24. Academia

8.

Café

9.

Bicicletário

2. 4.

PalcoÁrea de 19. 19.estar Área de estar

Sanitário 21.21. Área Área de de funcionários funcionários

Área Técnica 23. Vestiário 23. Vestiário 8. 25. CaféLobby 25.cowork Lobby cowork 9.

Bicicletário 26. Copa

26. Copa

10. Acesso 10. auditório Acesso auditório 27. Área externa 27. Área externa

27

11. Praça descoberta 11. Praça descoberta 28. Área 28.deÁrea trabalho de trabalho

26 7

4

12. Hall 12. técnico Hallauditório técnico auditório 29. Apartamentos 29. Apartamentos 13. Guichê

4

13. Guichê 30. Utilidades30. Utilidades

14. Depósito

14. Depósito 31. Cozinha

31. Cozinha

15. Térreo aberto 15. Térreo aberto 32. Restaurante 32. Restaurante 16. Acesso16. nãoAcesso resid. não 33. resid.Área externa 33. Área externa

05 06

17. Acesso 17.residencial Acesso residencial

07 08

PAVIMENTO MISTO TIPO B | 84 |

0

0 2,5 5

510

10 20

05


02

01 14 LIMITE DO TE RRENO

14

02 09

03

29

03 11 30

28

04 13

25

1.

04 Camarim 18. Recepção 18. Recepção

1.

Camarim

2.

Palco

3.

Camarim 3. Camarim / Depósito/ Depósito 20.20. Recepção Recepção academia academia

4.

Sanitário

5.

Depósito 5. Depósito do auditório do auditório 22. 22. Sanitário Sanitário academia academia

6.

Área Técnica6.

7.

Sanitário PNE 7. Sanitário24. PNEAcademia24. Academia

8.

Café

9.

Bicicletário

2. 4.

PalcoÁrea de 19. 19.estar Área de estar

Sanitário 21.21. Área Área de de funcionários funcionários

Área Técnica 23. Vestiário 23. Vestiário 8. 25. CaféLobby 25.cowork Lobby cowork 9.

Bicicletário 26. Copa

26. Copa

10. Acesso 10. auditório Acesso auditório 27. Área externa 27. Área externa 11. Praça descoberta 11. Praça descoberta 28. Área 28.deÁrea trabalho de trabalho

26 7 27 4

12. Hall 12. técnico Hallauditório técnico auditório 29. Apartamentos 29. Apartamentos 13. Guichê

4

13. Guichê 30. Utilidades30. Utilidades

14. Depósito

14. Depósito 31. Cozinha

31. Cozinha

15. Térreo aberto 15. Térreo aberto 32. Restaurante 32. Restaurante 16. Acesso16. nãoAcesso resid. não 33. resid.Área externa 33. Área externa

05 18 06 15

17. Acesso 17.residencial Acesso residencial

07 16 08 17

PAVIMENTO MISTO TIPO C

0

0 2,5 5

5 10

10 20 | 85 |


02

01 LIMITE DO TE RRENO

02

03

33

03

31

32

04

26 7

4

4

05 06

Camarim

18. Recepção

2.

Palco

19. Área de estar

3.

Camarim / Depósito

20. Recepção academia

4.

Sanitário

21. Área de funcionários

5.

Depósito do auditório

22. Sanitário academia

6.

Área Técnica

23. Vestiário

7.

Sanitário PNE

24. Academia

8.

Café

25. Lobby cowork

9.

Bicicletário

26. Copa

10. Acesso auditório

27. Área externa

11. Praça descoberta

28. Área de trabalho

12. Hall técnico auditório

29. Apartamentos

13. Guichê

30. Utilidades

14. Depósito

31. Cozinha

15. Térreo aberto

32. Restaurante

16. Acesso não resid.

33. Área externa

17. Acesso residencial

07 08

COBERTURA / RESTAURANTE | 86 |

04

1.

0

2,5

5

10

05


02

14 LIMITE DO TE RRENO

09

03

04 11

13

18 15 16 17

LAJE NERVURADA

0

2,5

5

10 | 87 |


8º PAV. 26.00

7º PAV. 22.50

6º PAV. 14º PAV.

50.50 19.00

5º PAV. 13º PAV.

47.00 15.50

4º PAV. 12º PAV.

43.50 12.50

3º PAV. 11º PAV.

40.00 08.50

2º PAV. 10º PAV.

36.50 05.00

1º PAV. 9º PAV.

33.00

29.50 00.00

8º PAV. TÉRREO

7º PAV. SUBSOLO PALCO 6º PAV.

26.00 -04.00 -06.35 22.50

19.00

5º PAV. 15.50

4º PAV. 12.50

3º PAV. 08.50

2º PAV. 05.00

1º PAV.

00.00

TÉRREO -04.00

SUBSOLO -06.35

PALCO

CORTE A | 88 |

0

2,5

5

10


8º PAV. 26.00

7º PAV. 22.50

6º PAV.50.50 14º PAV. 19.00

5º PAV.47.00 13º PAV. 15.50

4º PAV.43.50 12º PAV. 12.50

3º PAV.40.00 11º PAV. 08.50

2º PAV.36.50 10º PAV. 05.00

1º PAV.33.00 9º PAV. 29.50 00.00

8º PAV. TÉRREO 26.00

7º PAV. SUBSOLO PALCO 6º PAV.

22.50

-04.00 -06.35

19.00

5º PAV. 15.50

4º PAV. 12.50

3º PAV. 08.50

2º PAV. 05.00

1º PAV.

00.00

TÉRREO -04.00

SUBSOLO -06.35

PALCO

CORTE B

0

2,5

5

10 | 89 |


| 90 |


8º PAV. 26.00

7º PAV. 22.50

6º PAV. 50.50 14º PAV. 19.00

5º PAV. 47.00 13º PAV. 15.50

4º PAV. 43.50 12º PAV. 12.50

3º PAV. 40.00 11º PAV. 08.50

2º PAV. 36.50 10º PAV. 05.00

1º PAV. 33.00 9º PAV. 29.5000.00

8ºTÉRREO PAV.

7º PAV. SUBSOLO PALCO 6º PAV.

26.00 -04.00 -06.35 22.50

19.00

5º PAV. 15.50

4º PAV. 12.50

3º PAV. 08.50

2º PAV. 05.00

1º PAV.

00.00

TÉRREO -04.00

SUBSOLO -06.35

PALCO

CORTE C

0

2,5

5

10 | 91 |


[60] Perspectiva do projeto | 92 |


[61] Perspectiva do projeto | 93 |


[62] Perspectiva do projeto | 94 |


[63] Perspectiva do projeto | 95 |


[64] Perspectiva do projeto | 96 |


[65] Perspectiva do projeto | 97 |


[66] Perspectiva do projeto | 98 |


[67] Perspectiva do projeto | 99 |


[68] Perspectiva do projeto | 100 |


[69] Perspectiva do projeto | 101 |


[70] Perspectiva do projeto | 102 |


[71] Perspectiva do projeto | 103 |


[72] Perspectiva do projeto | 104 |


[73] Perspectiva do projeto

[74] Perspectiva do projeto

[75] Perspectiva do projeto | 105 |


[76] Perspectiva do projeto | 106 |


[77] Perspectiva do projeto | 107 |


[78] Perspectiva do projeto | 108 |


[79] Perspectiva do projeto | 109 |


[80] Perspectiva do projeto | 110 |


[81] Perspectiva do projeto | 111 |


[82] Perspectiva do projeto | 112 |


[83] Perspectiva do projeto | 113 |


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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A produção e reflexão arquitetônica a respeito da multifuncionalidade dos espaços é, antes de tudo, a incessante busca pela organização racional de diversos usos sem a negação da principal finalidade do ofício conforme Paulo Mendes da Rocha: amparar a imprevisibilidade da vida. A diversidade programática é um dos principais agentes na vitalidade urbana. É desta forma que se ocupa as cidades de forma diversificada e perene, aproveitando racionalmente a infraestrutura existente. O Centro de São Paulo possui uma ampla rede de mobilidade urbana e privilegiada

localização geográfica. Entretanto, sua vitalidade é intensa apenas em horário comercial. À noite e aos finais de semana, seu grande fluxo diminui drasticamente, devido à baixa oferta de atividades, de forma generalizada, que atraem várias pessoas por diferentes finalidades. Desta forma, com este trabalho, o objetivo não foi, de forma isolada, mudar este cenário. Mas sim a produção de arquitetura com o foco nas pessoas e na relação interdependente do lote com a cidade, e assim contribuir para a construção de uma sociedade cada vez mais humana e coletiva. | 115 |


8 |

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUCCI, Angelo. São Paulo, Razões De Arquitetura: Da Dissolução dos Edifícios E De Como Atravessar Paredes. São Paulo. Editora Romano Guerra, 2010. 152p. FERNÁNDEZ, Aurora Per; ARPA, Javier; MOZAS, Javier. This is hybrid: an analysis of mixed-use buildings. Editora a+t Book, 2011. 311 p. Réinventer Paris, São Paulo: Editora Monolito, 20176. 150 p. Edifícios modernos no centro histórico de São Paulo: dificuldades e forma. Arquitextos, São Paulo, ano 08, n. 089.02, Vitruvius, <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.089/197> PIRAZZOLI, Giacomo. Paulo Mendes da Rocha: sobre de Maio. Entrevista, São Paulo, ano 18, n.075.01, <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/18.075/7107>

o edifício Sesc 24 Vitruvius, set. 2018.

RODRIGUES, F. S. S.. Dois corpos ocupam o mesmo espaço. Projetos, São Paulo, ano 17, n.201.02, Vitruvius, <htt p : / /www. v i truvius.com.b r /revi s tas/read/projetos/17.201/6673> | 116 |

de textura out. 2007

lugar no set. 2017.


BISELLI, Mario e LIMA, A. G. G. Estratégias contemporâneas de projeto na cidade de São Paulo. Crítica, São Paulo, ano 18, n. 216.00, Vitruvius, maio. 2017 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/18.216/6989> LIRA, José. Sesc 24 de Maio. Crítica, São Paulo, ano 17, n. 200.02, Vitruvius, ago. 2017. <htt p : / /www. v i truvius.com.b r /revi s tas/read/projetos/17.200/6654> ROCHA, P. M, FRANCO, F. M., MOREIRA, M e BRAGA, M. Sesc 24 de Maio. Projetos, São Paulo, ano 18, n. 206.02, Vitruvius, dev. 2018. <htt p : / /www. v i truvius.com.b r /revi s tas/read/projetos/18.206/6886> JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. Editora Wmf Martins Fontes, 3ª Ed. 2011. 532 p. LORES, Raul Justes. São Paulo nas Alturas. São Paulo. Editora Três Estrelas, 2017. 340 p. | 117 |


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LISTA DE IMAGENS

Figura 01: Vista aérea da República. Fonte: Google Earth Figura 02: Fotografia da fachada da Praça das Artes. Fonte: Nelson Kon Figura 03: Representação eletrônica da Reurbanização do Anhangabau Fonte: Biselli Katchborian Figura 04 : Fotografia da fachada do Redbull Station. Fonte: Nelson Kon Figura 05 : Vista aérea da República. Fonte: Google Earth Figura 06 : Mapa do raio de análise adotado. Fonte: GeoSampa Figura 07 : Mapa de legislação da área analisada. Fonte: Geosampa Figura 08 : Mapa de usos por lote. Fonte: Levantamento empírico realizado pelo autor Figura 09 : Mapa de gabarito de altura dos edifícios. Fonte: Levantamento empírico realizado pelo autor Figura 10 : Mapa de cheios e vazios. Fonte: Levantamento empírico realizado pelo autor Figura 11 : Mapa de edifícios notáveis. Fonte: Acervo do autor Figura 12 : Mapa de mobilidade urbana. Fonte: Acervo do autor Figura 13 : Fachada Sesc 24 de Maio. Fonte: Nelson Kon Figura 14 : Vista do Sesc 24 de Maio. Fonte: Nelson Kon Figura 15 : Vista aérea do Sesc 24 de Maio. Fonte: Nelson Kon Figura 16 : Piscina do Sesc 24 de Maio. Fonte: Nelson Kon Figura 17 : Croqui do térreo do Sesc 24 de Maio. Fonte: Acervo do autor Figura 18 : Espelho d’água do Sesc 24 de Maio. Fonte: Nelson Kon Figura 19 : Rampa Sesc 24 de Maio. Fonte: Nelson Kon Figura 20 : Vista do térreo do Sesc 24 de Maio. Fonte: Nelson Kon Figura 21 : Vista aérea do Sesc 24 de Maio. Fonte: Nelson Kon Figura 22 : Vista do Sesc 24 de Maio. Fonte: Nelson Kon Figura 23 : Croqui do corte do Sesc 24 de Maio. Fonte: Acervo do autor Figura 24 : Fotografia da fachada do IMS. Fonte: Nelson Kon Figura 25 : Croqui do “segundo térreo” do IMS. Fonte: Acervo do autor | 118 |


Figura 26 : Fotografia interna do IMS. Fonte: Nelson Kon Figura 27 : Fotografia da escada rolante do IMS. Fonte: Nelson Kon Figura 28 : Croqui do corte do IMS. Fonte: Acervo do autor Figura 29 : Fotografia do Brascan Century Plaza. Fonte: Nelson Kon Figura 30 : Fotografia do Brascan Century Plaza. Fonte: Nelson Kon Figura 31 : Fotografia do Brascan Century Plaza. Fonte: Nelson Kon Figura 32 : Fotografia do Brascan Century Plaza. Fonte: Nelson Kon Figura 33 : Croqui da implantação do Brascan Century Plaza. Fonte: Acervo do autor Figura 34 : Croqui da Planta do Brascan Century Staybridge Suites Figura 35 : Croqui da planta do Brascan Century Offices Figura 36 : Croqui da planta do Brascan Century Corporate Figura 37 : Fotografia do interior do Sinergia Cowork. Fonte: Marcos Guiponi Figura 38 : Fotografia do interior do Sinergia Cowork. Fonte: Marcos Guiponi Figura 39 : Fotografia do interior do Sinergia Cowork. Fonte: Marcos Guiponi Figura 40 : Croqui do térreo do Sinergia Cowork. Fonte: Acervo do autor Figura 41 : Croqui do 1º pavimento do Sinergia Cowork. Fonte: Acervo do autor Figura 42 : Croqui do corte do Sinergia Cowork. Fonte: Acervo do autor Figura 43 : Modelo eletrônico do Clichy Batignolles. Fonte: MMBB Figura 44 : Modelo eletrônico do Clichy Batignolles. Fonte: MMBB Figura 45 : Modelo eletrônico do Clichy Batignolles. Fonte: MMBB Figura 46 : Croqui de corte longitudinal do Clichy Batignolles. Fonte: Acervo do autor Figura 47 : Croqui de pavimento tipo do Clichy Batignolles. Fonte: Acervo do autor Figura 48 : Croqui do pavimento “academia” do Clichy Batignolles. Fonte: Acervo do autor Figuras 49 - 59 : Diagrama de concepção do projeto. Fonte: Acervo do autor Figuras 50 - 83: Perspectivas do projeto. Fonte: Acervo do autor | 119 |


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