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Laboratório Fleury Laboratório Fleury
L imitações no terreno e no prazo de entrega da obra motivaram a opção pe Lo uso do sistema construtivo em aço na unidade i taim b ibi , em s ão p au Lo
À esquerda, fachada principal do edifício, dividido em dois blocos. À direita, vista interna da passarela que interliga os dois blocos. Abaixo, detalhe de uma das faces: a volumetria repete o formato do lote
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Projetado Pelo escritório RoccoVidal e executado pela BKO, a unidade Itaim Bibi dos laboratórios Fleury, em São Paulo, reflete um pouco a filosofia da empresa, preocupada com a qualidade dos espaços em que são oferecidos os serviços de medicina diagnóstica e preventiva. Pensada inicialmente para receber estruturas convencionais, a construção, executada com o sistema estrutural em aço, se divide em dois blocos, ocupando três subsolos, térreo e mais cinco pavimentos.
A mudança não foi por acaso, uma vez que, além de qualidade, uma das solicitações da empresa se referia à redução no tempo de obra. Para se ter ideia, com a mudança foi possível um ganho de prazo de mais de dois meses. Segundo os arquitetos, o material garantiu, também, um processo construtivo mais industrializado e com etapas mais bem definidas, mitigando riscos ao possibilitar um melhor planejamento de toda a obra.
Para Carlos Gustavo Marucio, diretor de engenharia da BKO, a execução deste prédio representou um grande desafio para a empresa. “E isso não se deve somente ao curto prazo de serviços, mas, principalmente, às características do local”, afirma. A princípio, o laboratório iria ocupar um lote na Avenida Juscelino
Kubitschek, porém, como a empresa tinha a intenção de construir uma unidade maior adquiriu também um terreno na via detrás, alterando a configuração do projeto.
A questão é que esses dois terrenos retangulares não estão perfeitamente alinhados, e contam com apenas 9 m de interseção entre si. “Ficamos com um espaço muito bem situado, mas com uma grande dificuldade de interligar os lotes. Com isso, o espaço do canteiro acabou limitado porque a construção só tinha um pequeno recuo frontal e outro lateral. Este também foi um fator determinante para a escolha da estrutura metálica”, conta Douglas Tolaine, sócio do RoccoVidal e coordenador do projeto.
As estruturas
A estrutura principal foi montada em pouco mais de um mês e meio, com a utilização de perfis em W. Contudo, como as opções disponíveis no mercado tinham uma capacidade de carga superior ao que era exigido, a Leão & Associados, empresa responsável pelo cálculo estrutural, definiu que a melhor saída seria a utilização de chapas metálicas, cortadas e soldadas, conforme desenho necessário. Para alocar a área de ressonância magnética, a estrutura do bloco do fundo foi executada em concreto até o primeiro andar para minimizar os efeitos de possíveis vibrações no balanceamento dos aparelhos. Com exceção desse pavimento e do poço do elevador,
> Projeto arquitetônico: RoccoVidal
P+W
> Área construída: 7.818 m²
> Aço empregado: ASTM
A572 GR50
> Volume de aço: 285 t
> Projeto estrutural: Leão & Associados
> Fornecimento da estrutura metálica: Medabil
> Execução da obra: BKO
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2006
> Conclusão da obra: agosto 2008 todo o restante recebeu aço, inclusive as escadas.
Na cobertura, que fica mais exposta à ação do tempo, a BKO exigiu o uso de parafusos indicados para áreas de alta corrosão, como orlas marítimas, com o objetivo de diminuir os riscos de desgaste e a necessidade de manutenção. Os modelos utilizados são autoperfurantes, produzidos em aço carbono SAE 1022 e com um tratamento que garante a resistência de até 800 horas sem corrosão vermelha.
Já as lajes foram feitas por meio do sistema convencional e autoadensável, sugerido pela Engemix. Quanto aos pavimentos, foram fixados à estrutura em aço, por meio de stud bolt
No fechamento do edifício foi adotado um tipo de vidro translúcido, produto que permite a entrada da luz do sol ao mesmo tempo em que bloqueia a visão da rua para o lado de dentro.