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hospitalares
N ovo prédio da U N imed , em r ese N de , foi pe N sado a partir de co N ceitos de flexibilidade e possíveis rema N ejame N tos dos espaços
Com mais de 9.600 m2 de área Construída, o Hospital Unimed Resende é considerado um dos maiores complexos hospitalares da região das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro. Assinado pelo escritório EMED Arquitetura Hospitalar, de São Paulo, o projeto de arquitetura aproxima-se de uma linguagem com soluções menos rígidas e mais humanizadas.
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Enquanto o projeto paisagístico está em sintonia tanto com as áreas externas quanto internas, as áreas sociais, como a recepção, a sala de espera e a cafeteria, utilizam boa iluminação e ventilação, rompendo com a sensação de frieza e austeridade destes ambientes. Já a topografia do terreno foi utilizada a favor da organização dos espaços. Foram criados dois níveis de acesso: um pelo subsolo, que possibilita a entrada ao pronto atendimento, emergência, apoio técnico e logístico; outro no térreo, onde funciona a entrada de visitantes e pacientes eletivos.
“A partir desta implantação, as áreas foram distribuídas nos pavimentos de acordo com as atividades afins. Por exemplo, no térreo foram instalados os serviços auxiliares de diagnóstico e terapia e o setor administrativo, o qual, pensando na flexibilidade da edificação e em uma possível expansão futura, poderá ser realocado, permitindo a acomodação de novas tecnologias e serviços médicos”, explica o arquiteto Fernando Brito, do EMED.
Segundo o profissional, para conseguir maior agilidade na execução da obra, menor desperdício de materiais e, consequentemente, menor geração de resíduos, foi escolhida uma solução estrutural mista, composta por pilares metálicos e vigas mistas aço-laje de concreto sobre steel deck, em um total de 420 toneladas. A solução construtiva atende a uma planta distribuída em cinco pavimentos, além da cobertura, mais áreas para reservatórios, barrilete e casas de máquinas.
“A escolha da estrutura mista se deve ao fator economia e redução da altura das vigas, permitindo um aproveitamento adequado do gabarito (altura total) do edifício”, afirma o engenheiro
Marco Antonio Marini, responsável pelo projeto estrutural. Já a utilização de steel deck para as lajes, de acordo com Marini, permitiu a liberação imediata de acesso
> Projeto arquitetônico: EMED
Arquitetura Hospitalar
> Área construída: 9.605,77 m²
> Aço empregado: ASTM A572
> Volume de aço: 420 t
> Projeto estrutural: Marco Antonio
Marini Engenharia Estrutural
> Fornecimento da estrutura metálica: BMC Estruturas
Metálicas
> Execução da obra: EMED
Arquitetura Hospitalar
> Local: Resende, RJ
> Data do projeto: 2010
> Conclusão da obra: 2013
Acima, vista do lobby; o uso de grandes esquadrias com vidro duplo laminado garante a entrada de iluminação natural nos espaços às áreas inferiores da obra, uma vez que não foram utilizados os escoramentos tradicionais das estruturas de concreto armado.
Ainda segundo o engenheiro, a escolha das soluções de arquitetura e do projeto estrutural foi feita em comum acordo com o cliente. Assim, para os fechamentos internos, utilizou-se drywall quase em sua totalidade devido à flexibilidade de suas modulações, visando ainda arranjos futuros.
“Outra preocupação para a escolha destas soluções por se tratar de um hospital, é a necessidade de estar atento à legislação de proteção e combate a incêndio, e também à sobrecarga adotada para a estrutura, considerando a flexibilidade dos espaços e possíveis remanejamentos de áreas com equipamentos que demandem estrutura reforçada”, complementa o arquiteto Fernando Brito.
Para alcançar a estética desejada, a fachada recebeu esquadrias com sistema silicone glazing, com vidros duplos laminados com película de proteção entre eles, que compõe com peitoris revestidos por placas de alumínio composto (ACM). O resultado é um projeto que não apenas atende às necessidades do ambiente hospitalar, como também proporciona ao paciente a possibilidade de tratamento em um espaço seguro e humanizado. (C.a.) M