Boletim informativo 10 - Janeiro, Fevereiro e Março 2017 - CBH Rio das Velhas

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INFORMATIVO Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas

Janeiro, Fevereiro e Março/2017 Ohana Padilha

Ano III - Nº 10

Rodrigo Lemos, coordenador-geral do Subcomitê Ribeirão Arrudas

Reunião do presidente do CBH Rio das Velhas com os coordenadores dos Subcomitês

Coordenadores dos Subcomitês do CBH Rio das Velhas reúnem-se em Belo Horizonte Os coordenadores dos Subcomitês e representantes das Câmaras Técnicas que integram o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) reuniram-se, no dia 2 de dezembro, em Belo Horizonte, com objetivo de planejar as ações integradas para o ano de 2017. O presidente do CBH Rio das Velhas, Marcus Vinícius Polignano, fez um balanço das atividades realizadas em 2016, discutiu a atuação dos Subcomitês e ressaltou a importância de uma boa gestão dos coordenadores a fim de garantir o empoderamento das regiões. “Cada um tem o direito e o dever de se posicionar em seu território, construindo sua base e sua equipe. Não conseguimos salvar o território se não tivermos uma visão sistêmica, global e estratégica”, alerta.

Projeto Rede Asas do Carste realiza workshop em Lagoa Santa

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As restrições legais que às vezes impedem o andamento dos projetos e das ações ambientais também foram levantadas durante o encontro. O coordenador do Subcomitê Ribeirão Arrudas, Rodrigo Lemos, afirmou que ao mesmo tempo em que existem amarras jurídicas para aplicação de recursos, o CBH Rio das Velhas conta com as ações de mobilização social para propor as mudanças necessárias nas leis. Para as estratégias e ações de 2017, foram levantadas questões que são prioritárias para o bom funcionamento da gestão estratégica do Comitê. O coordenador do Subcomitê Ribeirão Onça, Márcio Lima, lembrou que é de suma importância catalogar e identificar as nascentes, que são instrumentos naturais de fortalecimento da gestão da informação ambiental.

II Seminário Alto Rio das Velhas tem como tema Segurança Hídrica

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Outra ação sugerida por Lima é a ampliação da capacitação das pessoas integrantes dos Subcomitês, incluindo uma assessoria técnica para a formatação de novos e bons projetos “Somente com capacitação, teremos a capacidade política, inclusive de interferir nos processos. O Subcomitê é uma instância de militância, de conhecer as pessoas que podem agir e interferir nos municípios”, reforça. Reuniões conjuntas entre os subcomitês nas regiões, formação e capacitação para os membros dos Subcomitês, criação de planos de manejo para municípios e a educação ambiental também foram necessidades levantadas durante o encontro. A fim de fomentar a mobilização em toda a Bacia, foi sugerida a implantação de projetos integrados entre os Subcomitês fortalecendo a gestão compartilhada e participativa.

Projeto inaugura melhorias na Bacia Hidrográfica do Ribeirão Onça

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Editorial

Marcus Vinícius Polignano Presidente do CBH Rio das Velhas 2

mitigar os gases de efeito estufa (GEE) decorrentes das emissões geradas no transporte de produtos da ArcelorMittal Brasil até seus clientes finais. Após a reforma, o viveiro entrará em operação com a produção anual de 30 mil mudas, que deverão ser repassadas na totalidade ao CBH Rio das Velhas e Agência Peixe Vivo para serem destinadas a projetos de

recuperação hidroambiental contratados ou apoiados pelo Comitê. Não será permitido o comércio ou doação de mudas para terceiros sem prévia autorização. O Viveiro de Mudas Langsdorff foi inaugurado em novembro de 2012, no município de Taquaraçu de Minas e o local utilizado é uma área cedida pela ArcelorMittal.

Ohana Padilha

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), por meio da Agência Peixe Vivo, e a ArcelorMittal Brasil firmaram uma parceria para recuperação e operacionalização do Viveiro de Mudas Langsdorff, no dia 25 de outubro, em Belo Horizonte. O objetivo da parceria é recuperar nascentes e matas ciliares da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas e

Assinatura da parceria entre CBH Rio das Velhas, Agência Peixe Vivo e ArcelorMittal

I Workshop do Projeto Rede Asas do Carste foi realizado em Lagoa Santa Ohana Padilha

A ideia da divisão territorial e de gestão de um comitê em sub-bacias sempre foi uma grande luta dos agentes que lidam com a questão hidroambiental. Atualmente, por meio da atuação dos nossos 18 Subcomitês, o CBH Rio das Velhas configura-se como o único Comitê de Bacia que tem o privilégio de ter uma estrutura de gestão capilarizada por todo o território de abrangência do rio, fato que nos torna mais participativos e permeáveis às questões sociais. Mas, não é apenas um modelo de gestão que vai salvar o nosso rio. Temos um grande desafio pela frente. Estamos priorizando projetos hidroambientais que nos ajudem a melhorar a quantidade e a qualidade de nossas águas. Hoje, qualidade e quantidade de água configuram-se como os dois grandes gargalos da Bacia. Na qualidade, já sinalizamos ao poder público que precisamos avançar no tratamento terciário. O rio não consegue fazer sua autodepuração. O cenário atual é de um Alto Velhas com baixa vazão, que descarrega ainda uma carga poluidora pesada no leito. As regiões do Médio e do Baixo Velhas sofre com cianobactérias e a baixa vazão das águas. Ou seja, os danos estão por toda a Bacia e comprometem a vitalidade do nosso rio. Caminhamos com novas metas em consonância com nosso Plano Diretor de Recursos Hídricos. Além da calha do Rio das Velhas, nosso olhar está direcionado para os afluentes. Sabemos que a qualidade da calha só vai prevalecer se cada afluente tiver um pacto de entrega de qualidade e quantidade de água. Por isso, nesse contexto de pós eleições municipais e com a entrada de novos prefeitos, é importante nossa aproximação por meio dos Subcomitês com o poder público municipal, fortalecendo e ampliando a nossa capacidade de ação em toda a região de abrangência da Bacia. Precisamos seguir fortes e unidos, poder público, usuários e sociedade civil em prol das causas do Rio das Velhas.

CBH Rio das Velhas firma parceria com ArcelorMittal para recuperação e operacionalização do Viveiro de Mudas Langsdorff

Alunos e professores em atividade de campo do projeto Rede Asas do Carste

Com o intuito de apresentar os resultados das ações dos dois primeiros anos de realização do projeto Rede Asas do Carste, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) e o Subcomitê Carste, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizaram o I Workshop do Projeto Rede Asas do Carste, no dia 25 de novembro, em Lagoa Santa. Participaram alunos, professores e moradores da região cárstica. O presidente do CBH Rio das Velhas, Marcus Vinícius Polignano, parabenizou aos participantes do

Daniel Duarte, coordenador-geral do Subcomitê Carste

projeto e explicou sobre a importância das aves. “A volta das aves para o Carste indica a preservação de um ecossistema sadio. E para mantermos a quantidade das espécies na região temos que recuperar, preservar e conservar o meio ambiente”, contextualiza. Já o coordenador-geral do Subcomitê Carste, Daniel Duarte, falou sobre o desenvolvimento e conquistas do projeto. “Em dois anos de execução, percebemos um desenvolvimento intelectual, de maturidade e conhecimento nas crianças. E o cuidado com a

natureza, que é desenvolvido durante o projeto, é muito importante, pois o que as crianças estão aprendendo hoje será repassado para os seus filhos e quem sabe para seus futuros alunos”, comenta. O Rede Asas do Carste tem como objetivos principais envolver as escolas da região cárstica na proteção e preservação do meio ambiente e fazer com que os alunos se sintam conhecedores e participantes na construção e conscientização das mudanças ocorridas no local em que vivem.


Ohana Padilha

Vista parcial da Serra da Moeda

II Seminário Alto Rio das Velhas - Segurança Hídrica é realizado em Nova Lima O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) realizou o II Seminário Alto Rio das Velhas: Segurança Hídrica, no dia 20 de outubro, em Nova Lima, com o objetivo de promover um debate entre as instâncias envolvidas no planejamento e na gestão das águas nessa região. O evento foi organizado pelos Subcomitês do Alto Rio das Velhas e pelos seus respectivos coordenadores: Nascentes, Ronald Guerra; Itabirito, Antônio Marcos Generoso Cotta; Águas da Moeda, Camila Alterthum e Águas do Gandarela, Glauco Gonçalves Dias. Segurança hídrica quer dizer assegurar o acesso sustentável à água de qualidade, em quantidades adequadas à manutenção dos meios de vida, do bem-estar humano e do desenvolvimento

socioeconômico; garantir proteção contra a poluição hídrica e desastres relacionados à água e preservar os ecossistemas em um clima de paz e estabilidade política. Promover a segurança hídrica é contribuir com a manutenção da vida. O Seminário contou com painéis de debate e abordou temas como o risco da expansão dos empreendimentos imobiliários no Alto Rio das Velhas à segurança hídrica; o impacto da mineração na região; a situação do saneamento básico e as consequências para a qualidade da água na Bacia; a importância e as características das áreas de recarga para a dinâmica hidrológica do Alto Rio das Velhas; os usos múltiplos da água e seus conflitos refletidos no abastecimento humano; bem como uma análise

de segurança de barragens de rejeitos e as novas perspectivas em sua implantação. Teca, representante do Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela e membro do Subcomitê Águas do Gandarela destaca a importância da região no contexto da Bacia: “É no Alto Rio das Velhas que estão as principais nascentes do Rio, que são responsáveis pela água que chega à captação de Bela Fama e abastece cerca de 3 milhões de pessoas, ou seja 70% dos moradores de Belo Horizonte e de outros municípios da Região Metropolitana”, ressalta. Ainda segundo Teca, essa região, que é fundamental para o Rio das Velhas, sofre pressões e ameaças não só pela expansão imobiliária, mas também pelas atividades de mineração que impactam os aquíferos profundos.

Ohana Padilha

Serra da Moeda é tema de Seminário realizado em parceria pelos Comitês das Bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba

Os Comitês das Bacias Hidrográficas do Rio das Velhas e do Paraopeba realizaram o primeiro seminário conjunto Os Dois Lados da Moeda: Crescimento Econômico x Produção de Água, no dia 18 de novembro, em Belo Horizonte. O objetivo foi debater a relação entre o crescimento econômico e a produção de água no Sinclinal Moeda (formado pela Serra da Moeda) e os potenciais hídricos, pressões ambientais e impactos no território de convergência dos dois Comitês. A iniciativa foi o primeiro passo para a construção, fortalecimento e integração das duas regiões hídricas de Minas Gerais.

O Sinclinal Moeda é um sistema montanhoso com grandes reservas de água subterrânea que começa ao sul de Belo Horizonte, na divisa com Nova Lima, e segue até Congonhas. No entanto, nem só de suas belezas naturais vive a região onde encontram-se condomínios de luxo, uma fábrica de refrigerantes em Itabirito e o projeto urbanístico CSul, que engloba 27 milhões de m² entre Nova Lima e Itabirito e que pretende atrair cerca de 145 mil moradores nos próximos 45 anos. A região do Sinclinal Moeda sofre também com a expansão minerária. Além disso, a região abriga um dos maiores reservatórios de água, responsável por afluentes

importantes das Bacias Hidrográficas dos Rios São Francisco, Velhas e Paraopeba. Para o presidente do CBH Rio das Velhas, Marcus Vinícius Polignano, é fundamental definir uma política pública de proteção para esta área. “É de extrema importância adotar medidas de proteção e preservação para evitar riscos de danos permanentes para a manutenção das funções ambientais, especialmente para a produção de água”, esclarece. Um dos resultados do evento foi a criação de um documento com as discussões e proposições do Seminário e que foi encaminhado para as autoridades ambientais. 3


Júlia Amaral, cuidadora da Nascente Fundamental do Parque Ciliar do Ribeirão Onça

Deck construído para observação da nascente

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), por meio do Subcomitê Ribeirão Onça, inaugurou as obras de melhorias feitas na Nascente Fundamental do Parque Ciliar do Ribeirão Onça, no dia 30 de novembro, localizada no bairro Ribeiro de Abreu, Região Nordeste de Belo Horizonte e pertencente à Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas. Foram realizadas a revitalização e requalificação ambiental como a construção de um deck para observação e escada de acesso à nascente. Também, no local foi feito cercamento, instalação de uma manta

para contenção da encosta da nascente, paisagismo e plantio de pomar para uso da comunidade. Esta foi a primeira melhoria realizada pelo Projeto de Valorização de Nascentes Urbanas e Divulgação de Práticas Ambientais para Proteção e Conservação das Nascentes Urbanas do Ribeirão Onça. O projeto prevê ações em mais oito nascentes da Bacia do Ribeirão Onça a serem executadas até junho de 2017. As ações são financiadas pelo recurso da Cobrança pelo Uso Recurso dos Recursos Hídricos.

Workshop mobiliza comunidade sobre a importância de participar na conservação da biodiversidade

Alunos participantes do II Workshop Monitoramento Participativo de Bacias Hidrográficas

O projeto de Biomonitoramento da Ictiofauna e Monitoramento Ambiental Participativo do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) realizou o II Workshop Monitoramento Participativo de Bacias Hidrográficas, no dia 22 de novembro, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O evento contou com a participação de alunos, professores e comunidade, e teve como objetivo conscientizar sobre a importância da participação em busca da preservação ambiental. Professores e alunos foram ca-

pacitados com aulas teóricas e práticas para a realização do monitoramento de cursos d´água no entorno de suas escolas. Após, realizaram o monitoramento mensal da qualidade da água dos córregos com a proposta de montar uma rede de monitoramento participativo. O aluno da Escola Municipal Hélio Pelegrino, Caio Martins, fala sobre a atividade. “É uma experiência incrível, porque nos prepara para o que poderemos usar no futuro. Além disso, na prática, ganhamos mais conhecimento e conseguimos ir além da proposta”, comenta.

CBH Rio das Velhas assina contrato para a construção da plataforma SIGA Rio das Velhas O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas) contratou empresa especializada para construir a plataforma SIGA Rio das Velhas. A assinatura do contrato ocorreu no dia 14 de novembro, em Belo Horizonte. O SIGA Rio das Velhas será uma plataforma tecnológica de gestão do conhecimento produzido, permitindo o acesso de forma abrangente e colaborativa ao conjunto de informações a respeito da Bacia do Rio das Velhas. Para o presidente do CBH Rio das Velhas, Marcus Vinícius Polignano, a ferramenta irá empoderar a sociedade a respeito do Rio e de suas características, auxiliando na gestão dos recursos hídricos. “A ideia é mostrar que as escolhas que se faz no território da Bacia são decisões que implicam em resultados futuros. Quanto mais informações a sociedade tiver, maior será o nível de conscientização ambiental”, afirma.

Presidente do CBH Rio das Velhas na assinatura do contrato da nova plataforma

INFORMATIVO CBH Rio das Velhas. Mais informações, fotos, mapas, apresentações e áudios no portal www.cbhvelhas.org.br Diretoria CBH Rio das Velhas Presidente: Marcus Vínicius Polignano Vice-presidente: Ênio Resende de Souza Secretário: Renato Júnio Constâncio

Produzido pela Assessoria de Comunicação do CBH Rio das Velhas comunicacao@cbhvelhas.org.br Tiragem: 3.000 unidades. Direitos reservados. Permitido o uso das informações desde que citada a fonte. Este boletim é um produto do Programa de Comunicação do CBH Rio das Velhas. Contrato nº 02/2014. Ato convocatório 001/2014. Contrato de gestão IGAM nº 002/2012

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Ohana Padilha

CBH Rio das Velhas inaugura melhorias na Nascente Fundamental do Parque Ciliar do Ribeirão Onça


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