I SIMPÓSIO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO
ANÁLISE DOS VALORES DO ÍNDICE DE CONFORMIDADE AO ENQUADRAMENTO NO BAIXO RIO DAS VELHAS, SITUADO NA BACIA HIDRODRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO Carolina Cristiane Pinto Ana Luiza Cunha Soares Lívia Duarte Ventura Melo Sílvia Maria Alves Corrêa Oliveira Juazeiro, 07 de junho de 2016
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INTRODUÇÃO • Enquadramento dos corpos de á gua em classes Instrumento da Pol í tica Nacional de Recursos Hídricos. • Í ndice de Conformidade ao Enquadramento (ICE) desenvolvido pelo Canadian Council of Ministers of Environment (CCME) acompanhamento da qualidade de á gua em rela ç ã o à s metas de enquadramento. • O ICE avalia a dist â ncia entre a qualidade da água atual e a meta estabelecida pelo enquadramento de 2 um corpo de água.
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OBJETIVO • Analisar o cumprimento das metas de enquadramento do baixo rio das Velhas cálculo do ICE no período de 2013 a 2015.
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METODOLOGIA Sub- bacia do rio das Velhas • Mais impactada entre as 10 UPGRHs da bacia do rio São Francisco em Minas Gerais • Região central de MG • Área de 27.850 km2 • Alto, médio e baixo Figura curso1 – Baixo rio das Velhas
com indicação das 6 estações de monitoramento de qualidade da água no 4 ano 2015.
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METODOLOGIA Monitoramento de qualidade da água • Monitoramento realizado pelo IGAM • Frequência mensal • 6 estações de monitoramento, localizadas na calha do rio das Velhas • 36 coletas por estação • Período: 2013 e 2015 • Observações válidas: 3.850 • Classe 2 5
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METODOLOGIA
Identificação dos parâmetros a serem utilizados no cálculo do ICE • Exigências no cálculo do ICE:
Seleção dos parâmetros
Percentual de dados faltantes
Percentual de dados censurados
Exclusão de parâmetros com mais de 50% de dados faltantes
Exclusão de parâmetros com mais de 80% dos dados censurados
Valores censurados = Limite de detecção
o Pelo menos quatro vari á veis, amostradas um mínimo de quatro vezes; o Os par âmetros selecionados devem apresentar limite legal. ANÁLISE FATORIAL objetivo de identificar os par â metros mais importantes para a caracteriza ç ã o da qualidade das á guas da bacia. 6
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METODOLOGIA
Cálculo do ICE
• Combina ç ã o de tr ê s fatores que representam a desconformidade dos par â metros monitorados em rela ç ã o aos limites de classe previstos na Delibera ç ão Normativa Conjunta COPAM/CERH/ MG nº 01/08. • Os fatores representam:
Fator 1 - Abrang ê ncia/Espa ç o: n ú mero de vari á veis que violaram os limites desejáveis pelo menos uma vez no período de observação. Fator 2 - Frequ ê ncia: porcentagem de vezes que as vari á veis estiveram em desconformidade em rela ç ã o ao número de observações. Fator 3 - Amplitude: diferença entre o valor observado e o valor desejado de acordo com o objetivo de qualidade da 7 água.
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METODOLOGIA Cálculo do ICE Tabela 1 - Classificação do Índice de Conformidade de Enquadramento – ICE Valor ICE
Classe s
Significado
95 < ICE ≤ 100
Ótimo
A qualidade de á gua est á protegida com virtual aus ê ncia de impactos. A qualidade da água está muito próxima da condição natural.
80 < ICE ≤ 95
Bom
A qualidade da á gua est á protegida, apresentando apenas um pequeno grau de impacto. A qualidade da á gua raramente se desvia da condi ç ão natural ou dos padrões estabelecidos pelo enquadramento.
65 < ICE ≤ 80
Regula r
45 < ICE ≤ 65
Ruim
ICE ≤ 45
Péssim o
A qualidade da á gua est á protegida, mas ocasionalmente ocorrem impactos. A qualidade da água se desvia dos padrõ es estabelecidos pelo enquadramento. A qualidade da á gua é frequentemente afetada. Com frequ ê ncia os parâmetros de qualidade de água não atendem os padrões estabelecidos pelo enquadramento. A qualidade da á gua quase sempre est á alterada. Os par â metros de qualidade frequentemente n ã o atendem os padr õ es estabelecidos pelo enquadramento.
Fonte: Adaptado de IGAM, 2013.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO Identificação dos parâmetros a serem utilizados no cálculo do ICE
o Dos 63 par â metros de qualidade da á gua somente 29 apresentaram menos de 50% de dados faltantes.
6 estações 18 o Chumbo total, cromo total e cobre dissolvido apresentaram mais de 80% de dados censurados. parâmetros o Temperatura do ar e coletas coliformes totais n ã o s ão 216 representativos para avalia ç ã o da qualidade da 2013/ 2015 água. o Ars ê nio dissolvido, condutividade el é trica in loco, DBO, feofitina/ a, s ó lidos totais e temperatura da 9 água não possuem limite legal.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO Identificação dos parâmetros a serem utilizados no cálculo do ICE Parâmetros
F1
F2
Arsênio total
0,081 0,003
Cianeto Livre
0,055 0,063
Cloreto total
0,200
/ 0,147
Clorofila a
0,766
0,001
Escherichia coli
/ 0,222 0,014
Demanda Bioquímica de Oxigênio Densidade de cianobactérias
0,744 0,024 0,764
Fenóis totais
0,091 / 0,175 0,043
Fósforo total
0,165 0,615
F3
F4 F5 F6 / 0,848 0,039 0,118 0,186 / 0,061 0,774 0,137 0,063 / 0,793 0,334 0,037 0,026 / 0,307 0,006 0,045 0,150 / / 0,076 0,801 0,033 0,133 / 0,199 0,035 0,455 0,098 0,028 0,036 0,030 0,048 / / 0,376 0,511 0,268 0,094 / / 0,466 0,180 0,006 0,014 / / 0,281 0,478 0,295 0,283 / / 0,208 0,773 0,015 0,064
Tabela 2 – Cargas fatoriais dos
/ 0,129 par â metros de qualidade da Nitrato 0,022 á gua para cada fator ap ós / 0,011 Nitrito 0,128 rota ç ã o varimax das / 0,000 0,005 0,745 0,090 0,065 Componentes Principais, para os Nitrogênio amoniacal total 0,076 / / Negrito edissolvido sublinhado – Correlações0,800 fortes /(valor absoluto 0,75)dados do baixo rio das Velhas, 0,023maior que 0,010 Oxigênio no período de 2013 a 2015 0,201 0,054 0,110 / / / pH in loco 0,815 0,186 0,051 0,293 0,046 0,107
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RESULTADOS E DISCUSSÃO Avaliação dos resultados do ICE Tabela 3 – Valores de ICE calculados para o per í odo de 2013 a 2015 nas esta ç õ es de monitoramento localizadas na calha do rio das Velhas na parte baixa da bacia do rio das Velhas.
Estações de monitoramento
Anos
BV146
BV148
BV149
BV150
BV151
BV152
2013
65,17
61,05
65,37
67,76
66
63,27
2014
65,86
77,28
69,48
59,57
72,6
71,15
2015
59,63
40,86
55,16
62,33
59,25
58,83
Classes
Ótimo
Bom
Regular
Ruim
Péssimo
As águas no trecho apresentam um nível de qualidade da água afastado dos padrões estabelecidos para11Classe 2.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO Avaliação dos resultados do ICE
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RESULTADOS E DISCUSSÃO Avaliação dos resultados do ICE
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RESULTADOS E DISCUSSÃO Avaliação dos resultados do ICE
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CONCLUSÃO • Melhoria do ICE no período de 2013 para 2014 em todas as esta ç õ es, exceto na BV150. No per íodo seguinte todas as esta ç õ es apresentaram uma deterioração do ICE. • Dos treze parâmetros utilizados para o cálculo do ICE dez apresentaram violações do padrão estabelecido pela legisla ç ã o para a Classe 2, em pelo menos um dos anos ou uma das esta ç ões analisados. • Par â metro que mais se destacou (percentual de viola ç ã o superior a 80%) ars ê nio total atividades de beneficiamento de miné rio de ouro na calha do rio das Velhas. 15
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REFERÊNCIAS a) Artigo em revista CUDE, C. G. (2001). Oregon water quality index a tool for evaluating water quality management effectiveness. JAWRA Journal of the American Water Resources Association 37, pp. 125–137. LIU, Cheng/ Wuing; LIN, Kao/ Hung; KUO, Yi/ Ming. Application of factor analysis in the assessment of groundwater quality in a blackfoot disease area in Taiwan. The Science of Total Environment, n. 313, p. 77/ 89, 2003. b) Dissertação GUIMARÃES, A.P. Paisagem f í sica do Rio das Velhas. 1953. Dissertação (Mestrado em Geologia) / Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 1953. TRINDADE, A. L. C. Aplicação de técnicas estatísticas para avaliação de dados de monitoramento de qualidade das á guas superficiais da por ç ã o mineira da Bacia do Rio S ã o Francisco. 2013. 181 f. Disserta ç ã o (Mestrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) / Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2013. CALAZANS, G. M. Avalia ç ã o e proposta de adequa ç ã o da rede de monitoramento da qualidade das águas superficiais das sub- bacias do rio das Velhas e do rio Paraopeba, utilizando t é cnicas estat í sticas multivariadas. 2015. 196 f. Dissertação (Mestrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) / Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2015. c) Publicação de entidades BRASIL. Lei Federal no 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Pol í tica Nacional de Recursos H í dricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos H í dricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constitui ç ão Federal, e altera o art. 1 º da Lei n º 8.001, de 13 de mar ç o de 1990, que modificou a Lei n º 7.990, de 28 de dezembro de 1989. INSTITUTO MINEIRO DE GEST Ã O DAS Á GUAS / IGAM. Monitoramento da qualidade das á guas superficiais no estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: Instituto Mineiro de Gestão das Águas, Relatório trimestral / 3° trimestre, 2015. 188 p. d) Site COMITÊ DA BACIA HIDROGRAFICA DO RIO DAS VELHAS – CBH Velhas. Disponível em < http://cbhvelhas.org.br/a/ bacia/ hidrografica/ do/ rio/ das/ velhas/>. Acesso em 30 mar. 2016. CANADIAN COUNCIL OF MINISTERS OF THE ENVIRONMENT – CCME. A Sensitivity Analysis of the Canadian Water Quality Index. 2006. Disponível em: <http://www.ccme.ca/assets/pdf/wqi_sensitivity_analysis_rpt_web.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2016.
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