#VIRECARRANCA 2023
Apresentação da campanha
Em 2014, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco idealizou a Campanha “Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico”, que marca o Dia Nacional de Mobilização em Defesa do Rio São Francisco –dia 3 de junho – e tem como objetivo principal mostrar a indignação diante dos problemas e do alto grau de degradação desse rio tão importante para o povo brasileiro. Os problemas que impedem o Velho Chico de cumprir funções históricas básicas, como abastecimento público de água, pesca e navegação, enfrentando uma degradação ambiental sem precedentes, fruto das mais diversas causas. O símbolo da campanha é a Carranca, relacionada com as esculturas típicas das embarcações que navegam pelo rio São Francisco. Eram utilizadas nas proas das embarcações que percorriam o rio São Francisco, pois os navegadores acreditavam que esta figura ajudava a afastar os maus espíritos e protegia a tripulação do ataque de monstros do rio.
2014 : “Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico”
A primeira edição da Campanha foi realizada em Três Marias (MG), Bom Jesus da Lapa (BA), Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) e Penedo (AL), abrangendo as quatro regiões fisiográficas da bacia. Ações como peixamento, apresentações culturais, barqueatas e palestras foram realizadas nas cidades sede da campanha. Foi realizada uma coletiva de imprensa, e foram criados site, redes sociais e spots para divulgação em rádios.
2015: “Somos Todos Chico”
Em 2015, as cidades escolhidas para as ações presenciais foram Lagoa da Prata/MG, Bom Jesus da Lapa/BA, Juazeiro/BA, Petrolina/PE e Penedo/AL e Propriá/SE. Palestras, caminhadas, distribuição e plantio de mudas foram algumas das ações realizadas, com a participação de estudantes e de comunidades indígenas. As estratégias principais foram a realização de coletiva de imprensa, site, redes sociais, spots para divulgação em rádios e inserção na TV.
2016: “Esgoto Zero”
Na 3ª edição foram realizadas ações apenas no Submédio São Francisco, nos municípios de Juazeiro e Petrolina. Houve forte engajamento por meio de produção de vídeos artísticos lançados na página do CBHSF no Youtube. As estratégias principais foram a realização de coletiva de imprensa, site, redes sociais e produções de vídeos artísticos.
2017: “Preservação do Cerrado e da Caatinga”
Nesta edição o CBHSF concentrou esforços na coleta de assinaturas para viabilizar uma proposta que institua os biomas como patrimônios nacionais. As assinaturas foram recolhidas em eventos da Campanha que aconteceram, no dia 03 de junho, nos seguintes municípios: Pirapora/MG, Ibotirama/BA, Paulo Afonso/BA, Traipú/AL e Propriá/SE. As estratégias principais foram a realização de coletiva de imprensa, site, redes sociais e exposição de totens.
2018: “Eu Amo o Velho Chico”
Em 2018, a Campanha foi realizada nos municípios de Aracaju/SE e Januária/MG. Foram realizadas exposições com informações sobre Bacia que contaram com visitas de escolas, universidades, e sociedade em geral. As estratégias principais foram a realização de coletiva de imprensa, site, redes sociais e produção de grande letreiro “Eu amo Velho Chico”.
2019: “Sou mais Velho Chico”
Foram realizadas exposições sobre a bacia nas praças públicas, além das atividades usuais, como caminhadas, pedaladas, peixamentos. Houve engajamento voluntário de vários outros municípios da bacia. As estratégias principais foram a realização de coletiva de imprensa, site, redes sociais e produção de exposição sobre a bacia. As ações foram realizadas em Três Marias/ MG, Bom Jesus da Lapa/BA, Petrolina/PE e Propriá/AL.
2020: “Velho Chico Vivo”
Em 2020, o CBHSF enfrentou um desafio diferente devido à pandemia do coronavírus. Naquela situação, optamos por um conceito que falava da importância da vida: “Velho Chico Vivo”. Seguindo as recomendações das autoridades de saúde, a campanha teve como principal diferença a não aglomeração de pessoas, focando em mídia para a sua disseminação. Neste ano, a campanha foi agraciada com o Prêmio ANA, conquistando o 1° lugar na categoria Singreh.
2021: “Velho Chico para todos”
As ações realizadas na edição do ano de 2021 também aconteceram de forma virtual, visto que a pandemia ainda estava latente. Com o mote “Velho Chico para todos” a campanha abordou os usos múltiplos das águas do Rio São Francisco e a necessidade de se concretizar o Pacto das Águas em sua bacia para que haja água em quantidade e com qualidade para os diversos usos.
2022: “O Velho Chico São Muitos!”
Em 2022 a campanha “Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico” lançou um olhar sobre os múltiplos territórios que integram a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, com o objetivo de chamar a atenção para os cuidados com os afluentes. As ações foram realizadas em Pirapora (MG), Ibotirama (BA), Glória (BA) e Gararu (SE).
Histórico da campanha
Histórico da campanha
Anualmente, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) desenvolve a campanha “Eu viro carranca para defender o Velho Chico” com o objetivo de visibilizar um tema de relevância para o contexto de proteção do rio, e que seja abraçado pela comunidade da bacia hidrográfica de forma geral.
O ano de 2023 marca o início de uma reestruturação da Política Nacional de Recursos Hídricos, desmantelada nos últimos tempos. Começamos a fortalecer essa política com a formação de uma Frente Parlamentar que vai tratar e fiscalizar as ações de revitalização do Rio São Francisco, a recomposição do CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente, com maior participação da sociedade nas tomadas de decisão, e a esperada, porém ainda não anunciada, recomposição do CNRH – Conselho Nacional de Recursos Hídricos, fragilizado e desmontado na gestão do último governo federal.
Assim como toda a questão política relacionada ao meio ambiente, um grande avanço consiste na criação de ministérios voltados aos direitos humanos, tais como o Ministério dos Povos Indígenas, da Igualdade Racial, das Mulheres, entre outros. Porque sabemos que o rio São Francisco se faz de gente que dele cuida, que dele depende e que dele sobrevive.
Cuidar dos povos é preservar o rio. Preservar o rio é cuidar dos povos. Neste contexto, o Rio São Francisco continua sendo o elo de esperança que mobiliza todos esses atores em busca de saúde, equilíbrio, biodiversidade e qualidade de vida.
Em meio a esse contexto, a proposta para a campanha de 2023 tem o objetivo de atender aos seguintes pontos:
Destacar a importância do Rio São Francisco e de seus afluentes tanto na formação histórica da nossa sociedade, quanto nos seus múltiplos usos;
Apresentar os principais fatores de pressão que têm impactado gravemente o Rio São Francisco e a quantidade e qualidade de suas águas;
Destacar o forte engajamento histórico em torno da recuperação do Rio São Francisco, que mobilizou ao longo dos anos sociedade civil e poder público;
Visibilizar a necessidade de incorporar a revitalização do Rio São Francisco na agenda política nacional;
Estimular o sentimento de pertencimento pela Bacia Hidrográfica e cada um dos seus múltiplos territórios;
Aproximar o povo de suas tradições e valorizar a vida de cada um. Elaborar um material que, interaja e traga conhecimento para o publico em geral e para os povos da Bacia.
Para marcar o início e posicionamento da Campanha, ações nas redes sociais e site do CBH Rio São Francisco serão feitas a partir do dia 03 de maio. O lançamento ocorre no dia 18 de abril, em coletiva de imprensa, em Brasília.
Este será, contudo, apenas o pontapé inicial para a Campanha Velho Chico. Gentes, tradições, vidas. Ao longo de todo o ano de 2023, outras ações e produtos (como vídeos, podcasts, reportagens, posicionamento nas redes sociais, assessoria de imprensa, etc) serão desenvolvidos sob a identidade e objetivos da campanha.
A proposta é que a campanha inicie um mês antes do Dia Nacional em Defesa do Velho Chico, o dia 03 de junho, quando terá seu ápice.
A campanha continua, de forma mais moderada e espaçada, durante o decorrer do ano. Proposta
O dia 03 de junho será marcado com atividades presenciais nas cidades determinadas pelo CBHSF nas quatro regiões da Bacia, a saber: Felixlândia (Alto), Paratinga (Médio), Floresta (Submédio) e São Brás (Baixo). Os eventos serão realizados em parceria com as prefeituras das cidades sede.
O Velho Chico é muito mais que um veio de água. É inspiração de tradições, berço de comunidades, nascedouro de sonhos, lar de povos inteiros.
Geraizeiros, vazanteiros, quilombolas, comunidades de fundo de pasto, pescadores artesanais, ribeirinhos, sertanejos, caatingueiros, povos originários e muitos outros têm o rio correndo nas veias.
A identidade do São Francisco se entremeia com as deles em um novelo multicolorido onde a cultura, o trabalho e a vida se encontram, se confundem e se complementam.
Rio de muitas faces, gente de um rio só.
Falar do Velho Chico e de suas gentes é falar de pertencimento, de diversidade e de um cuidado para que se preserve o rio por meio do cuidado com as pessoas. E vice-versa.
Conhecer para entender. Entender para admirar. Admirar para proteger, valorizar e respeitar.Cuidar de gentes, tradições e vidas que se banham na imensidão do São Francisco.
Cuidar dos povos para preservar o rio. Preservar o rio para cuidar dos povos.
O símbolo da campanha é a Carranca, relacionada com as esculturas típicas das embarcações que navegam pelo rio São Francisco. Eram utilizadas nas proas das embarcações que percorriam o Velho Chico, pois os navegadores acreditavam que essa figura ajudava a afastar os maus espíritos e protegia a tripulação do ataque de monstros do rio. Este ano a carranca foi reestilizada e caminha com as cores da campanha 2023.
Inspirada pelo Movimento Armorial, e seu alfabeto criado por artistas nordestinos como Ariano Suassuna que usam em seus desenhos características da literatura de cordel e da xilogravura ( impressão muito usada no sertão para revistas de cordel) o mote da campanha “velho chico, gentes, tradições, vidas” traz uma aproximação com os povos do Velho Chico. A família tipográfica Congenial foi modificada e estilizada para trazer aproximação com o tema.
as cores principais que compõem o logo foram inspiradas pelo barro e a madeira, elementos da natureza que são diversamente usados no artesanato das cidades que passam pelo Rio São Francisco. Como o da artista/ ceramista Ana das Carrancas, da cidade de Petrolina, que usa o barro para fazer as famosas releituras das carrancas.
CORES
As cores escolhidas para a campanha de 2023 são cores que pertencem ao universo dos povos do Rio São Francisco. Sol, barro, a cor do rio. A paleta aqui apresentada aproxima e acolhe o povo.
Destrinchar o logo e o símbolo principal para usar nas peças gráficas e criar curiosidade e aproximacão com o público. Este ano além do selo habitual, criamos um avatar e/ou uma hashtag , onde cada povo se sente visto, acolhido e conversando com a campanha.
Este ano ilustrações foram criadas para dar apoio à comunicação da campanha. Os povos são retratados aqui de maneira lúdica e informal, aproximando o público e gerando interesse e curiosidade. As cores da campanha são respeitadas e uma leve textura foi usada.
Indígena
Povo de Terreiro
FOLDER Material de divulgação Físico
BANNERS
ADESIVOS
Material de divulgação Online
SITE
Também teremos:
SPOT
Cuidar dos povos é preservar o rio. Preservar o rio é cuidar dos povos.
JINGLE
Xote, Baião e Sertanejo
PODCAST / WEB SÉRIE
Velho Chico. Gentes, tradições, vidas.
CONCURSO DE REDAÇÃO
Um só rio, muitos povos
Teremos também uma categoria exclusiva para aqueles que fazem parte dos grupos selecionados em um concurso especial.
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
Muito Obrigado!
Viva o Velho Chico e suas gentes, tradições, vidas!!!
Agradecimento e força a todos que lutam pela revitalização de sua bacia.