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Eduardo Catroga: 2023 será um ano “de abrandamento do ritmo de crescimento”
Evolução dos Mercados de Exportação
Eduardo Catroga: 2023 será um ano “de abrandamento do ritmo de crescimento”
Evolução dos Mercados de Exportação
As empresas nacionais que acompanharam a CEFAMOL na feira “Glasstec” fizeram, no final, um balanço positivo desta edição do certame, dedicado à indústria de vidro, e que decorreu de 20 a 23 de setembro, em Düsseldorf, Alemanha.
Icebel, Intermolde, Neckmolde e Vidrimolde iam, à partida, com algumas reservas em relação a esta feira, que se realiza a cada dois anos, mas cuja edição de 2020 foi cancelada devido à pandemia de Covid-19. Contudo, no final, e “apesar de uma redução no número de visitantes em relação à última edição (2018), consideraram que a feira foi palco de bons contactos, quer com clientes já conhecidos, quer com novos players a surgir no mercado”, contou Patrício Tavares, da CEFAMOL.
foco estiveram os temas que, atualmente, constituem os desafios desta indústria, como a escalada de preços da energia, a escassez de mão-de-obra qualificada, bem como a eficiência de recursos e a sustentabilidade. Com efeito, até ao início deste ano de 2022, este sector, ao contrário de outros, não se ressentiu fortemente com os efeitos da pandemia, mas está agora a ser dos grandes afetados com as consequências económicas resultantes da guerra na Ucrânia, sobretudo o aumento do preço da energia.
Esta participação das empresas nacionais, em conjunto com a CEFAMOL, decorreu no âmbito do plano de promoção internacional ‘Engineering & Tooling from Portugal’, apoiado pelo Compete 2020.
Esta edição da feira coincidiu com a celebração do Ano Internacional do Vidro, declarado pelas Nações Unidas. E essa efeméride foi aproveitada pela organização do certame para “promover toda a cadeia de produção do vidro, desde o desenvolvimento científico e tecnológico, aos vários tipos de fabrico e aos diferentes artigos em vidro destinados a sectores tão diversos como embalagem, construção civil, alimentar ou aeronáutico”, explicou.
De acordo com a organização da “Glasstec”, o certame recebeu a visita de mais de 30 mil pessoas – profissionais do sector vidreiro – oriundos de 119 países. “Esta é, na área do vidro, considerada a maior feira a nível internacional e, por isso, atrai visitantes de várias partes do mundo”, salientou Patrício Tavares, dando nota de que as empresas nacionais, por se dedicarem a clientes-alvo distintos, participaram com stands individuais estando, até, em áreas diferentes da zona de exposição, de forma a protagonizar uma abordagem mais positiva. E essa estratégia acabou por revelar-se eficaz, uma vez que trouxeram, até, perspetivas de novos negócios para o futuro.
A edição deste ano, segundo a organização, contou com a participação de 936 expositores, de 47 países. Em
‘Portugal-Finlândia: cooperação e negócio’ foi o tema de um seminário que teve lugar na manhã desta quarta-feira, dia 14 de setembro, no Centro Empresarial da Marinha Grande, promovido, em conjunto pela CEFAMOL e a sua congénere finlandesa (Technology Industries of Finland).
A visita da comitiva finlandesa, integrando representantes dos sectores de moldes e plásticos, estende-se até sexta-feira, dia 16 de setembro. Neste período, os representantes da indústria finlandesa mantêm encontros bilaterais com empresas nacionais, tendo também oportunidade de visitar diversos fabricantes de moldes, quer na região da Marinha Grande, quer em Oliveira de Azeméis.
Kai Syrjala, representante da associação finlandesa, explicou que aquele país tem um interessante conjunto de
entre os dois países será benéfica para ambos”.
Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, que realizou para a comitiva uma breve apresentação do sector em Portugal, enfatizou que, nos últimos anos, a Finlândia tem sido um mercado praticamente residual para os moldes nacionais. Em 2021, por exemplo, as vendas ascenderam a pouco mais de um milhão de euros. No seu entender, isso indicia que, havendo interesse e cooperação, haverá potencial de crescimento.
A sessão de abertura deste seminário contou com a presença do Presidente da Câmara da Marinha Grande, Aurélio Ferreira, que teceu elogios à dinâmica da indústria de moldes em Portugal, afirmando-se convicto de que as empresas finlandesas encontrarão bons parceiros no nosso país.
fabricantes de plásticos que procuram fornecedores de moldes na Europa. É que, salientou, a Finlândia não tem produção de moldes em quantidade para satisfazer as necessidades existentes. Daí que, nos últimos anos, os fabricantes de plásticos tenham recorrido ao exterior, importando moldes de regiões como a Ásia ou mesmo a Rússia. Mas, advertiu, nestes últimos dois anos está a verificar-se uma diferença de atitude e os produtores procuram novos fornecedores, preferencialmente na Europa.
Portugal é, no seu entender, visto como “um fornecedor de excelência no sector dos moldes” e, por isso, diz esperar que esta visita resulte num estreitar de relações empresariais que venha a resultar em bons negócios no futuro.
A Finlândia, explicou ainda, não tem tradição na indústria automóvel – que é o principal mercado dos moldes portugueses – mas está, neste momento, a apostar em diversas áreas de negócio no sector tecnológico. Deu como exemplo as baterias dos veículos elétricos ou as células solares, para considerar que as empresas portuguesas de moldes podem encontrar boas opções de negócio no mercado finlandês, mostrando-se convicto de que uma
A diversificação de mercados, geográficos e sectoriais, é a resposta aos desafios que se colocam à indústria de moldes. A posição foi unânime entre todos os intervenientes na conferência ‘Market Days’, que decorreu dia 30 de setembro, organizada pela CEFAMOL, no âmbito do seu projeto de promoção internacional “Engineering & Tooling from Portugal”. Mas os oradores deixaram uma advertência: essa diversificação deve ser acompanhada por uma estratégia bem definida e pela cooperação entre os fabricantes de moldes nacionais, que lhes permita ganhar escala e, com isso, conquistar alguns mercados que vão revelar-se essenciais para assegurar o futuro do sector.
“Vamos ter de olhar para outros sectores, de forma a reduzir a dependência perigosa que temos da indústria automóvel, e também para outros mercados geográficos. O mundo vai mudar e não de forma linear como até aqui, a procura de moldes vai alterar-se e até o plástico, a principal matéria-prima, irá sofrer mudanças”, considerou Gabriel Silva, da empresa de consultoria TGA, no painel de debate subordinado ao tema ‘Diversificação de Mercados” que teve como moderador João Paulo Leonardo, da empresa Alfaloc. Realizado num formato híbrido, contou com dezenas de profissionais do sector a acompanhar, quer presencialmente, quer por via da transmissão online.
Gonçalo Caetano, do Grupo Simoldes, defendeu também a importância da cooperação, seja com empresas nacionais, seja com parceiros estratégicos nos mercados. “Temos de ter presente que a presença internacional não se consegue, apenas, com investimento direto. Faz-se com parcerias e esse é o grande desafio do nosso sector: é preciso abertura de espírito para cooperar, até porque as nossas empresas estão ‘encaixadas’ entre grandes clientes de um lado e grandes fornecedores do outro”. Desta
forma, considerou, as empresas conseguirão ganhar escala e conquistar mercados, algo fundamental para conseguirem diversificar.
Idálio Silva, da empresa Uepro, chamou a atenção para o facto de a dependência de um mercado, seja sectorial ou geográfico, seja algo “extremamente perigoso”, uma vez que pode pôr em risco toda uma organização. Deu como exemplo a sua empresa, para explicar que, desde há vários anos, segue uma lógica de diversificação e que o sector automóvel, por exemplo, “nunca representa mais do que 5%”. A maior aposta da empresa, esclareceu, centra-se atualmente na indústria aeronáutica, mas nem essa representa uma fatia tão grande que coloque em causa o negócio.
O debate foi antecedido por uma apresentação de dois mercados que, salientou Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, constituem “bons exemplos para uma possível diversificação”: a Turquia e a África do Sul. As intervenções sobre estes mercados estiveram a cargo de Celeste Mota e Guilherme Lopes, delegados da AICEP na Turquia e Africa do Sul, respetivamente.
Estados Unidos: mercado importante que é preciso trabalhar e conhecer
‘EUA: Desafios e Oportunidades’ foi o tema da segunda sessão da conferência ‘Market Days’. Laurie Harbour, da consultora Harbour Results, protagonizou uma intervenção inicial, na qual considerou que se trata de um mercado importante para os moldes portugueses, mas que
deve ser trabalhado, de forma a identificar as melhores oportunidades.
Como abordagem ao mercado, sugere que as empresas consigam estabelecer parcerias para melhor se posicionarem no mercado. “Não precisam de estar instalados nos Estados Unidos, mas se tiverem aí uma presença, consegue ser mais competitivos”, salientou.
Finda a caracterização do mercado americano, seguiu-se um painel de debate. Como nota introdutória, Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, lembrou que este já foi, no passado, o principal mercado dos moldes portugueses. E, pela sua relevância internacional, as empresas, juntamente com a associação, procuram recuperar ali terreno.
Moderado por Luís Oliveira, da AICEP, a conversa teve como intervenientes Carlos Oliveira (LBC Global), Jorge Sales Gomes (Open Lockers), Marco Costa (Socem) e Rui
Marques (AES Moldes). Em comum, todos partilham a experiência de vários anos no mercado americano, aconselhando as empresas portuguesas a procurar conhecer muito bem o mercado antes de avançar e, de preferência, a fazê-lo em cooperação.
A conferência foi muito dinâmica, com os participantes a colocar várias questões aos oradores e a partilhar as suas experiências nos temas apresentados e discutidos.
A participação das empresas de moldes portuguesas na feira K, que decorreu em Düsseldorf (Alemanha) entre os dias 19 e 26 de outubro, saldou-se pela positiva. Nesta, que é considerada a mais importante feira do mundo dedicada à indústria de plásticos e borracha, a CEFAMOL fez-se acompanhar por 18 empresas que integraram a participação coletiva nacional, inserida no âmbito do projeto de promoção internacional ‘Engineering & Tooling from Portugal’: AES, CHETO, CR Moulds, Frumolde, JDD Moldes, Moldegama, Moldes RP, MOLDIT, Moldoeste, Moldoplástico, SET, Socem, Steelplus, Tecnifreza, Tecnimoplás, UEpro, VL Moldes e VSV. Para além destas, estiveram ainda presentes outras associadas da CEFAMOL, como a GLN, Molde Matos, Prifer e Ribermold. Houve ainda dezenas de outras empresas que acorreram ao certame, na qualidade de visitantes, estabelecendo, igualmente, contactos interessantes com os seus clientes.
Patrício Tavares, da CEFAMOL, explicou que as empresas nacionais se mostraram satisfeitas, quer pela quantidade de contactos estabelecidos com clientes já conhecidos, quer com a interação com novos clientes que visitaram o certame. “Em relação à última edição da feira, em 2019, foi notório um aumento de visitantes, quer da Europa, quer até de outros pontos do globo, como dos Estados Unidos ou América Latina”, contou.
O facto de esta edição ocorrer após a pandemia, e permitir o regresso pleno do contacto presencial, poderá ter,
na sua opinião, contribuído para este visível aumento de presenças no certame. “No final, as empresas de moldes nacionais consideraram ter realizado contactos bastantes promissores e regressaram com algum otimismo em relação aos negócios para 2023”, explicou, acentuando que se trata, porém, de “um otimismo bastante moderado”, uma vez que existe ainda uma grande indefinição em relação a questões como a guerra na Ucrânia e as suas consequências económicas, bem como a decisão sobre os novos conceitos de mobilidade da indústria automóvel – principal cliente dos moldes portugueses.
Logo na abertura da feira, as empresas nacionais receberam a visita de Rui Boavista Marques, delegado da AICEP e Conselheiro Económico e Comercial na Embaixada de Portugal em Berlim; e de Lídia Nabais, Cônsul-Geral de Portugal em Düsseldorf, que se mostraram bastante impressionados com a quantidade de empresas portuguesas ali presentes, bem como com o desenvolvimento tecnológico e posicionamento da indústria de moldes portuguesa no mundo.
Patrício Tavares revelou que as empresas de moldes nacionais têm, por tradição, marcar presença nesta feira, uma vez que a Alemanha é o principal mercado do sector e, desta forma, “conseguem ‘levar o seu escritório’, sob a forma de um stand, até junto dos seus clientes, estabelecendo um relacionamento de maior proximidade”. Por outro lado, salienta, “atendendo à sua dimensão e impor-
tância, esta feira assume-se como uma espécie de barómetro para a indústria”, adianta, explicando que, nesta questão, e das conversas com os fabricantes de plásticos – os clientes dos moldes nacionais e, neste caso, visitantes desta feira – a perceção em relação ao futuro é que 2023 “será um ano de trabalho, mas, previsivelmente, não na quantidade que se verificou no início de 2022: será marcado por uma atividade mais moderada”. Acrescentou ainda que, de acordo com os fabricantes, 2024 deverá ser um ano “já com muito mais atividade”. Salientou, no entanto, que “todas estas previsões foram sempre muito cautelosas, tendo em conta a situação económica atual, a guerra, e os preços da energia”.
A sustentabilidade foi um dos principais destaques da edição deste ano da feira. De acordo com a organização, a
cargo da Messe de Dusseldorf, houve uma visível aposta na apresentação de novos desenvolvimentos tecnológicos que os produtores de matérias-primas, fabricantes de máquinas e processadores de plásticos têm desenvolvido para implementar a economia circular, a conservação de recursos naturais e a proteção climática. Aliás, economia circular, proteção do clima e digitalização foram os temas deste certame.
Num dos principais fóruns de debate, que decorreu em paralelo com a exposição, e tendo como tema ‘Plastics Shape the Future’, a reflexão dos participantes fez-se em torno dos desafios económicos, sociais e ecológicos que se colocam aos fabricantes, mas também e sobretudo nas potenciais soluções já criadas ou em desenvolvimento.
Ainda de acordo com a organização, a feira contou com 3 037 expositores, tendo recebido a visita de mais de 176 mil profissionais do sector, oriundos de 157 nações.
Depois de 2022 ter sido marcado por um crescimento que se traduziu, na generalidade dos casos, numa recuperação económica a níveis de 2019, o ano de 2023 vai ser “de abrandamento do ritmo de crescimento da atividade económica”. Esta é a convicção de Eduardo Catroga, economista, gestor e antigo Ministro das Finanças, que foi orador convidado da conferência ‘Macroeconomia e Mercados: O que esperar em 2023?”, organizada pela CEFAMOL, e que teve lugar no dia 14 de dezembro, contando, na plateia, com dezenas de empresários e profissionais do sector.
Para o antigo ministro, “há, segundo todas as expectativas, um elevado grau de incerteza em relação a 2023”. No entanto, salienta, será possível crescer. “É esperado um crescimento económico na zona Euro que pode variar entre 0,5 e 1 %. E Portugal deverá ter, também, um crescimento”, afirmou. De entre os países europeus, aquele que mais dúvidas levanta em relação ao seu desempenho económico é a Alemanha, referiu ainda, lembrando a grande dependência de gás russo que o país tem.
Recordando a sequência de acontecimentos que culminaram na situação atual da economia, Eduardo Catroga destacou a pandemia de Covid-19 e, sobretudo, a guerra da Ucrânia. “Esta guerra tem implicações não apenas no mercado energético, mas também no da alimentação que está a ser muito afetado”, frisou. Com isto, e no seu entender, os mercados europeus “vão ter um arrefecimento em 2023, mas poderão entrar em recuperação a partir de 2024”.
O principal dado novo em relação a anteriores recessões económicas é a inflação. E esta, salienta, “veio para ficar”. Centrando-se no caso português, considerou que “o grande desafio que se coloca, neste momento, é como gerir um processo de desinflação”. Defendendo acreditar que “havendo articulação com os Estados, os bancos não vão deixar a inflação subir desmesuradamente”, citou os Estados Unidos como exemplo, referindo que, aí, a inflação já começou a dar sinais de redução. “Não é só nos Estados Unidos, na zona Euro também já se nota uma queda da inflação, mas é, ainda, cedo para dizer se é essa a tendência”.
De acordo com as projeções, sublinhou, a taxa de inflação deverá ser, em 2024, na ordem dos 2,4 a 3 %”. Contudo, recordou que essa taxa já atingiu, este ano, “os 10 %”. E é nesse aspeto que o ex-ministro é mais critico em relação às políticas seguidas pelos sucessivos governos. A prioridade, no seu entendimento, devia ser o apoio ao sector empresarial.
Numa sessão muito esclarecedora e dinâmica, com a intervenção de elementos da plateia, quer com opiniões, quer com questões, Eduardo Catroga falou, também, de uma outra questão que será “mais um desafio: a transição energética”.
A rapidez com que, sustenta, se está a tentar fazer esta passagem levanta algumas questões, desde logo a “certeza de que tem elevados custos associados”. Lembrando que a população mundial continua a aumentar, assinalou que a energia é necessária à vida humana e, por isso, o recurso aos combustíveis fósseis terá de se manter por mais algum tempo. Até porque o recurso a energias renováveis caminha de forma diferente nos vários países. “A redução das emissões de CO2 é um projeto não apenas para esta, mas também para a próxima geração”, frisou, considerando este processo de transição “tem de ter metas realistas”.
Para Eduardo Catroga, o grande desígnio da economia nacional deve ser “alcançar a média dos países ricos”. Esta visão, diz, tem sido entendida por outros países, sobretudo os de Leste, e essas economias, apesar de mais pequenas que a portuguesa, “estão a fazer por subir mais rapidamente”. Por isso, defende, “é imperioso por o nosso país a crescer”.
E a fonte do crescimento económico é, na sua opinião, a produtividade e competitividade empresariais. “O motor da economia não é o Estado. Têm de ser as empresas e as famílias”, defendeu, considerando que deve ser seguida uma política económica “mais equilibrada e coerente”.
As empresas, enfatizou, “têm de fazer o seu papel que é aumentar o valor acrescentado”. Para isso, terão de apostar em estratégias de otimização de custos e para a inovação. Ou seja, “trabalhar mais e melhor”. E neste percurso, considerou que terão de ter também um papel mais reivindicativo junto dos governantes, de forma a fazerem ouvir a sua voz.
Manifestando-se “sempre otimista”, considerou ainda que os novos desafios que as empresas têm pela frente “vão ser geradores de novas oportunidades” que as poderão posicionar de forma diferenciadora no mercado internacional.
Análise Comparativa Terceiro Trimestre 2022
MERCADOS TRADICIONAIS
MERCADOS DA EUROPA CENTRAL
PESO DOS MERCADOS TRADICIONAIS NAS EXPORTAÇÕES NACIONAIS
MERCADOS AMERICANOS
MERCADOS EUROPEUS
OUTROS MERCADOS
Fonte: AICEP Portugal Valores de exportações em unidades de milhar