Market Report 44

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NÚMERO 44 EDIÇÃO TRIMESTRAL

44 MARKET REPORT DESTAQUE

Semana de Moldes 2023 com balanço positivo

DEZEMBRO 2023



CONTEÚDOS 4

Notícias

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Semana de Moldes 2023 com balanço positivo

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Evolução dos Mercados de Exportação 2023

FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE: CEFAMOL - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE MOLDES REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: CENTRO EMPRESARIAL DA MARINHA GRANDE RUA DE PORTUGAL, LOTE 18 - FRAÇÃO A 2430-028 MARINHA GRANDE – PORTUGAL TELEFONE: 244 575 150

WWW.CEFAMOL.PT


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MARKET REPORT

FAKUMA FOI PALCO DE BONS CONTACTOS PARA MOLDES NACIONAIS Saldou-se pela positiva a participação nacional na feira “Fakuma”, que decorreu de 18 a 21 outubro, em Friedrichshafen, na Alemanha. Nesta, que foi a 28.ª edição do certame, a CEFAMOL fez-se acompanhar por 22 empresas que, no final, se mostraram satisfeitas com os contactos realizados com clientes e potenciais clientes.

tativas”, tendo em conta a situação de arrefecimento da economia na Europa. Contudo, a feira acabou por revelar-se positiva, mostrando uma indústria (automóvel) que se prepara para o regresso à atividade. “Desde projetos que aguardam aprovação, a novos modelos em preparação, as empresas nacionais constataram que há uma movimentação grande e boas perspetivas por parte da indústria alemã”, salienta. O mercado alemão, considera, “mantém a sua posição de importância estratégica elevada para o sector, não só pelo seu peso nas exportações nacionais, mas também por se tratar de um barómetro do negócio e das principais tendências, não só a nível da Europa, mas também dos principais mercados mundiais onde estão presentes as OEM clientes com sede no mercado comunitário, e onde muitas vezes é tomada a decisão de compra”.

AES Group, Bormat, CR Moulds, Ecotool, FozMoldes, Frumolde, Microplásticos, Moldata, Moldes RP, Moldit, Moldoeste, Moldoplástico, PMM, Ribermold, Socem, Steelplus, Tecnifreza, Tecnimoplás, TJ Moldes, UEPro, Vangest, e VSV tiveram oportunidade, através dos contactos estabelecidos, de perceber que o mercado alemão – apesar de ter ainda a atividade industrial fortemente estagnada, sobretudo no ramo automóvel – começa a dar sinais de vitalidade, com perspetivas de, no curto prazo, avançarem novos projetos. “A feira caracterizou-se por um grande movimento de visitantes que, notoriamente, estabeleceram contactos no sentido de preparar o futuro”, explicou Patrício Tavares, adiantando que a indústria alemã “está a alinhar a sua estratégia para que, uma vez ultrapassado este período de estagnação, consiga assegurar os seus fornecedores”. Como ponto de partida, adianta Patrício Tavares, as empresas portuguesas iniciaram a feira “sem grandes expec-

A FEIRA A Fakuma é uma feira internacional que abrange os principais mercados comunitários, com especial foco na Europa Central, que realizou este ano a sua 28ª edição. Esta feira é dedicada a toda a cadeia de valor da indústria do plástico, desde o conceito até à produção, passando por todos os fornecedores, clientes, entidades públicas e de ensino.


De acordo com a organização, esta edição – com um foco grande na questão da sustentabilidade - contou com mais de 1.600 expositores (44% oriundos de fora da Alemanha), tendo recebido cerca de 39 mil visitantes, a esmagadora maioria dos quais representantes das principais indústrias mundiais. Pela sua dimensão e localização, é de notória importância, tratando-se da segunda maior feira, logo a seguir à gigante “K”. Estrategicamente, a organização da ”Fakuma” decidiu realizar o evento apenas nos anos em que não se realiza a feira “K”, assumindo-a como uma complementaridade ao invés de uma concorrência direta, o que tem beneficiado ambos os eventos em termos de expositores e visitantes. A participação nacional na “Fakuma” está inserida no âmbito do projeto de promoção internacional ‘Engineering & Tooling from Portugal’, dinamizado pela CEFAMOL e apoiado pelo Compete 2030.

ENCONTROS NA ROMÉNIA POSITIVOS PARA EMPRESAS NACIONAIS A CEFAMOL marcou presença, no dia 26 de outubro, no certame ‘Industry Expo & B2B Meetings, em Arad, na Roménia, fazendo-se acompanhar por empresas nacionais que, no final, classificaram como “positiva” esta ação. CR Moulds, Itecmo, Planimolde e PMM Moldes realizaram diversos encontros com potenciais clientes, num mercado que, conta Patrício Tavares, da CEFAMOL, tem vindo a ganhar relevância como destino dos moldes portugueses. “A Roménia deu um salto grande no total das exportações de moldes nacionais: de mercado residual passou a integrar o Top10 dos mercados do sector”, explica, adiantando que, no certame, as empresas realizaram contactos “com muito potencial” no que diz respeito ao desenvolvimento de negócios futuros.

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A nível europeu, salienta Patrício Tavares, a Roménia tem vindo a crescer também enquanto local de eleição para a implantação de um conjunto de grandes players da indústria de plásticos, sobretudo do ramo automóvel. E isso, adiantou, foi notório na tipologia de visitantes presentes no certame, maioritariamente fornecedores de primeira e segunda linha da indústria automóvel, mas também de outros sectores. Esta foi a primeira vez que a CEFAMOL participou neste certame, contando com o apoio da AICEP, através do seu delegado em Bucareste, Hélio Campos. A ação inseriu-se no âmbito do projeto de internacionalização ‘Engineering & Tooling from Portugal’, promovido pela Associação e apoiado pelo COMPETE 2030.


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MARKET DAYS: DIVERSIFICAÇÃO DE MERCADOS É IMPRESCINDÍVEL PARA O FUTURO DA INDÚSTRIA Explorar novos territórios e mercados alternativos contribui, não só para aumentar a resiliência das empresas, mas também para impulsionar o crescimento e a inovação. A diversificação de mercados tornou-se uma estratégia fundamental, sobretudo para as empresas da indústria de moldes, confrontadas com a estagnação verificada em alguns dos seus mercados tradicionais. Apoiar as empresas nesta sua busca por novos mercados (geográficos e sectoriais) e, dessa forma, incrementar os seus negócios, foi o objetivo de mais uma sessão do Forum “Market Days” que, organizado pela CEFAMOL, decorreu no dia 31 de outubro, no Centro Empresarial da Marinha Grande. A plateia, composta por mais de quatro dezenas de profissionais do sector, conheceu, com maior pormenor, as principais oportunidades que pode encontrar nos mercados da Sérvia, dos Estados Unidos da América e dos países árabes, através da descrição efetuada pelos oradores convidados.

Pedro Garcia, da MAAB Consulting, falou das oportunidades dos países árabes, destacando que, de uma maneira geral, centram a sua aposta no crescimento da indústria local, procurando diversificar sectores, tendo disponibilidade financeira e vontade de evoluir nessa área. É uma zona com um potencial de crescimento elevado e que, atualmente, já importa um grande número de moldes, destacou.

REFORÇAR IMAGEM DE QUALIDADE

Paulo Franzini, que reside em Belgrado desde 2011, explicou que a Sérvia tem captado um volume considerável de investimento estrangeiro nos últimos anos, tendo uma aposta forte na industrialização. O sector automóvel, esclareceu, tem uma dimensão considerável, com cerca de seis dezenas de marcas estrangeiras ali representadas. Para além disso, a injeção de plásticos tem passado, nos últimos tempos, por um incremento da sua ação, com diversas empresas ali instaladas. Já Wilder de Queiroz, traçou um quadro positivo em relação à situação na América do Norte, destacando que, nos Estados Unidos, há uma aposta de desenvolver a indústria localmente e que, ao contrário do passado, a nova geração de OEM procura negociar diretamente os seus projetos com os fornecedores. Para isso, salientou, os moldes portugueses precisam de ganhar dimensão e escala, sugerindo que possam incrementar a sua ação em países próximos dos Estados Unidos, como o México, e a partir daí aumentar a ligação com as empresas americanas.

Logo no início da sessão, Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, deu a conhecer o plano que a associação tem já definido para a realização de ações, em mercados tradicionais e novos mercados, nos próximos meses. Entre 2023 e 2024, esclareceu, estão previstas as participações em 12 feiras, a realização de 15 missões e encontros bilaterais em 14 mercados, envolvendo, para já, um total previsto de seis dezenas de empresas. Para além de realizar viagens aos mercados-alvo, o plano prevê, também, a visita de empresas estrangeiras e encontros B2B, para além de visitas a OEM. Este projeto, que envolve um investimento de cerca de 2,5 milhões de euros, pretende ampliar a presença da indústria nacional nos mercados internacionais, entrando em novas áreas de negócio, com abordagens inovadoras. Reforçar a notoriedade e aumentar a presença dos moldes nacionais, salientando o seu empenho nas boas práticas em torno da sustentabilidade ambiental, são outros dos objetivos que enfatizou. França, Alemanha, Polónia, Roménia, Turquia, Finlândia, EUA, México, Brasil e Chile são alguns dos principais mercados com ações definidas, no âmbito do plano da CEFAMOL. A sessão encerrou com um painel de debate, subordinado ao tema ‘Os novos desafios da promoção internacional’. Moderado por Manuel Oliveira, contou com a participação de Bruno Santos (Younik), Miguel Goulão (Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais - ASSIMAGRA), Paulo Azevedo (Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã) e Pedro Conde (Fozmoldes).


cessário trabalhar, de forma contínua e determinada, na identidade e cultura como fator de inovação”. Primeiro, explicou, “mudámos a forma de produção para ser mais concorrenciais e depois avançámos com a promoção internacional”. E nesta, enfatizou, “cada empresa tem de perceber que é preciso alavancar a imagem coletiva do sector onde se insere”.

Paulo Azevedo, falando do mercado alemão (que tem sido nas últimas décadas o principal cliente dos moldes portugueses), salientou a necessidade das empresas portuguesas se conseguirem afirmar pela qualidade, mas reforçando o papel da proximidade com o mercado e incrementando as relações de confiança com os clientes. “É muito importante a imagem (de qualidade) associada a um sector quando nos mercados estrangeiros estão a ser ponderados novos fornecedores”, destacou. Miguel Goulão deu a conhecer o trabalho desenvolvido pela indústria da pedra e a forma como, internacionalmente, conseguiu mudar a sua imagem, que é hoje forte e associada a enorme qualidade. Este responsável defendeu que deve existir um equilíbrio entre o peso dos mercados, de forma que um sector não esteja demasiadamente dependente de apenas um deles. Depois, salientou, “é ne-

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Bruno Santos relevou a importância da coerência na comunicação das empresas, exortando a uma maior aposta no digital que, salientou, “não se resume às redes sociais: é muito mais do que isso e as empresas têm de usar melhor essa ferramenta”. Já para Pedro Conde, a promoção internacional “é fundamental para aumentar a produtividade”. No seu entender, “já fazemos muito, estamos em países e mercados diferentes, mas podemos fazer mais e de forma efetiva, trabalhar mais na marca coletiva dos moldes portugueses, e acrescentar valor para nos diferenciar”. O painel suscitou uma interessante troca de opiniões e questões entre os oradores e a plateia. O evento Market Days, que teve nesta sua segunda edição, insere-se no âmbito do seu projeto de promoção internacional “Engineering & Tooling from Portugal”, promovido e dinamizado pela CEFAMOL.


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SEMANA DE MOLDES 2023 COM BALANÇO POSITIVO

A Semana de Moldes 2023 afirmou-se como um palco de reflexão de excelência sobre o presente e o futuro, com foco naqueles que são alguns dos principais desafios da indústria: a sustentabilidade, as tecnologias emergentes e as Pessoas. O evento decorreu entre 20 e 24 de novembro, com atividades repartidas entre a Marinha Grande e Oliveira de Azeméis, contando com mais de 900 participantes nacionais e estrangeiros.

– CEFAMOL, Pool-net e CENTIMFE – prosseguirão a sua estratégia, assente num conjunto de ações, que «permita reforçar a notoriedade da indústria, alinhando empresas e instituições em torno de objetivos comuns que reforcem o posicionamento e diferenciação, em termos globais».

«A Semana de Moldes debruçou-se sobre o desenvolvimento sustentável do nosso sector, sendo os participantes nas diferentes ações encorajados a analisar as condicionantes atuais e perspetivas futuras do negócio, explorando novos conceitos, ideias e metodologias e ouvindo a opinião de especialistas e líderes de opinião de reconhecido prestígio nacional e Internacional». Assim sintetizou João Faustino, presidente da CEFAMOL, em jeito de balanço, o conjunto de iniciativas que reuniu os principais players desta indústria, naquele que é um espaço de eleição para a reflexão sobre a indústria, desde a sua primeira edição, em 1998. O sector, considerou ainda, «enfrenta hoje uma grande transformação, com um contexto internacional desafiante, o qual as empresas terão enormes dificuldades em ultrapassar isoladamente». Falando no final da Conferência Internacional «Moldes Portugal 2023» – ação que encerrou o evento – João Faustino defendeu ainda que «será fundamental fomentar um ambiente mais propício à inovação, à eficiência e à competitividade, que assegure a sustentabilidade das empresas, bem como o crescimento do emprego qualificado e da economia». Em paralelo, sublinhou, «necessitamos de retomar a política europeia de suporte ao desenvolvimento industrial, que imponha e faça cumprir as mesmas regras a todos quantos operam neste espaço económico, constituindo e valorizando as efetivas estratégias de re-industrialização». No seu entender, «Portugal e a sua indústria de moldes são e continuarão a ser uma referência mundial». Nesse sentido, contou, as entidades representativas do sector

PRESENÇA INTERNACIONAL Esta edição que, a exemplo das anteriores, foi organizada conjuntamente pela CEFAMOL, pelo CENTIMFE e pela Pool-net em representação do cluster Engineering and Tooling, contou com a presença de mais de 900 pessoas nas várias atividades. O Rapid Product Development (RPD) contou com 116 e 101 participantes, respetivamente, no primeiro e segundo dias; no Brokerage Event marcaram presença 51 pessoas. Já a conferência Talentum Days, em Oliveira de Azeméis, atraiu cerca de 130 participantes, enquanto a conferência INOV AM contou com 191. Um dos pontos altos do programa, a Conferência Internacional «Moldes Portugal 2023» atraiu mais de 230 pessoas, enquanto os eventos sociais (os dois jantares-conferência, em Leiria e Oliveira de Azeméis) contaram com cerca de 144 participações. Nesta edição, estiveram, no total, representados 11 países: Portugal, África do Sul, Alemanha, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Itália, Irlanda, Irlanda do Norte e Polónia. A Semana de Moldes teve, ainda, 130 oradores e membros de painéis de debate. Destes, 49 vieram de empresas, 17 de centros de I&D e universidades, e 18 de associações, clusters e entidades públicas (nacionais e estrangeiras). O evento teve ainda a presença de jornalistas internacionais, oriundos de Alemanha, Espanha e França que, além de assistirem a parte dos trabalhos, tiveram oportunidade de visitar várias empresas do sector.


«A visibilidade alcançada na Semana de Moldes 2023 demonstra a capacidade de mobilização e alinhamento dos stakeholders da nossa indústria e do nosso cluster», afirmou Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, salientando que o sector se uniu para «atualizar conhecimentos, reforçar a sua presença em novas redes de cooperação e desenvolvimento, acompanhar novas tendências e reforçar a definição de estratégias que permitam relançar a indústria numa nova senda de sucesso perante o período desafiante que vivemos». Falando na sessão de encerramento do evento, adiantou ainda que «demonstrámos que os trabalhos desenvolvidos ao longo destes dias são fundamentais para a coesão, integração e diferenciação do nosso cluster e que são alicerces para uma estratégia de desenvolvimento agregador e sustentável», enfatizando que Portugal se assume como «uma referência incontornável quando falamos de moldes».

COOPERAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO Manuel Oliveira realizou, também, um breve balanço das atividades realizadas no decorrer da semana. Uma das ações que mais se tem afirmado ao logo das sucessivas edições do evento é a conferência «Moldes Portugal». Nesta edição, no dia 24 de novembro, a reflexão que gerou, atraindo mais de duas centenas de participantes, permitiu acompanhar e debater «as tendências e evolução do sector e de algumas das suas principais indústrias clientes», como a automóvel e os dispositivos médicos. O painel de debate Indústria de Moldes: O desafio da competitividade na Europa, que reuniu representantes de vários países (Portugal, Alemanha, Itália, Polónia e África do Sul), possibilitou perceber que «o futuro ainda nos apresenta muitos obstáculos, que os desafios e a situação atual dos nossos congéneres europeus são semelhantes à nossa, e que questões como a cooperação e diversificação de mercados serão fundamentais para o sucesso futuro».

Em relação às restantes ações, a conferência RPD permitiu «analisar por diferentes prismas o tema da sustentabilidade», conceito que, salientou, «não se encerra na vertente ambiental, com as questões económicas a assumirem uma preponderância cada vez maior». Realizada nos dias 20 e 21 de novembro e falada exclusivamente na língua inglesa, esta ação reuniu profissionais da indústria de moldes (nacionais e internacionais) e de outras áreas de negócio, mas também oradores em representação de universidades e instituições várias. A transição energética e a transformação industrial, Os pilares económicos e sociais para uma indústria competitiva, Desenvolvimento de pessoas para a aceleração digital e Fabrico aditivo e novas competências para a competitividade da indústria foram alguns dos principais temas em debate. Já o Brokerage Event (também falado exclusivamente na língua inglesa), permitiu «reforçar a importância de integrar empresas e instituições em novas redes de colaboração e potenciar novos projetos de I&D», sintetizou Manuel Oliveira. A ação, que teve lugar na tarde do dia 21, reuniu representantes de clusters europeus da área dos moldes e plásticos, bem como responsáveis de instituições europeias, como a EFFRA ou a Comissão de Research e Inovation. A discussão possibilitou perceber «a importância e posicionamento que o sector conseguiu assumir ao longo dos últimos anos, permitindo o lançamento e exploração de novos programas de I&D, que se revelam como claras oportunidades para as empresas nacionais». A conferência Talentum Days, realizada na tarde do dia 22, em Oliveira de Azeméis, traduziu-se num «olhar para dentro das nossas organizações», debatendo Os novos desafios e competências das equipas comerciais e Os desafios da produtividade na indústria de moldes. Da reflexão, surgiu uma conclusão: «É preciso otimizar recursos, reduzir desperdícios, fazer bem à primeira. Para tal, será necessário integrar e desenvolver competências diferenciadoras e processos bem definidos para fazer com que as empresas prosperem num mercado altamente competitivo», afirmou Manuel Oliveira.

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dores, mas também as respostas necessárias para alcançar a integração de ferramentas digitais, potenciando conhecimento e competitividade».

FUTURO Uma outra ação, a conferência da agenda mobilizadora INOV AM, que decorreu no dia 22, na Marinha Grande, atraiu cerca de duas centenas de pessoas que, durante todo o dia, refletiram sobre o papel do fabrico aditivo na produção dos moldes, mas também sobre outras tecnologias e desafios, como os moldes híbridos, os sistemas de fabricação híbrida e os novos materiais. Em síntese, explicou Manuel Oliveira, «foram debatidos os impactos que esta tecnologia representa no processo de fabrico, a inovação e serviços inovadores e diferencia-

Quanto aos jantares-conferência, contaram com a presença do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno (no dia 20, em Leiria) e do ex-presidente da AICEP, Miguel Frasquilho (dia 21, em Oliveira de Azeméis). Ambos os oradores falaram sobre a situação atual da indústria no contexto europeu e global, reforçando a importância das competências, da inovação e do I&D, mas também da cooperação, para o desenvolvimento e crescimento sustentado do sector. A Semana foi, ainda marcada, por um momento especial: um reconhecimento a Joaquim Menezes (Iberomoldes) pelo papel que, nas últimas décadas, tem tido na projeção dos moldes portugueses internacionalmente, sobretudo no período em que presidiu à European Factories of the Future Research Association (EFFRA). A distinção reconhece «o mérito, visão, dedicação, liderança e energia que emprestou aos projetos privados e associativos em que se envolveu, que nunca serão suficientemente reconhecidos», como fez questão de realçar o presidente da CCDR Norte, António Cunha. Apesar do momento atual, caracterizado por grandes incertezas e constrangimentos que põem à prova a capacidade de resistência das empresas, «terminámos a Semana de Moldes 2023 confiantes no futuro», concluiu Manuel Oliveira, salientando a necessidade do trabalho conjunto para que o sector consiga definir e delinear estratégias e ações que «permitam aproveitar novas oportunidades, conquistar novos clientes e integrar novas e mais complexas cadeias de valor».


EVOLUÇÃO DOS MERCADOS DE EXPORTAÇÃO ANÁLISE COMPARATIVA TERCEIRO TRIMESTRE 2023

MERCADOS TRADICIONAIS

MERCADOS DA EUROPA CENTRAL

PESO DOS MERCADOS TRADICIONAIS NAS EXPORTAÇÕES NACIONAIS

MERCADOS AMERICANOS

MERCADOS EUROPEUS

OUTROS MERCADOS

Fonte: AICEP Portugal Valores de exportações em unidades de milhar

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