Market Report nº12 Janeiro 2016

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Número 12 ı

Trimestral

ı Janeiro 2016

Projeto, Produção e Manipulação de Micropeças CEFAMOL apresenta estudos sobre o Setor JAPÃO: Uma Referência na Indústria de Moldes Internacional

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o i r á m u S

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ãos ç a ul eça p i an crop M e Mi o ã de os d uç u d o s t e to r r e P ta o S o, t n e e j s bre e r P ro ap so L MO A CEF ias c í t No cias n ê e fe r o l d e a R de M m U tria al os O: ú d s ion à a P JAa Indnac e rc M n te r os d gal In rtu o Po ã / nde luç Gra a o h arin Ev 3M 26

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MARKET REPORT

Projeto, Produção e Manipulação de Micropeças António Batista; Joel Ribeiro – CENTIMFE

essa redução, fazendo aumentar o grau de exigência para com os equipamentos de controlo.

O projeto microHANDLING é um projeto em copromoção que contemplou o desenvolvimento de uma nova cadeia de valor direcionada para o fornecimento de moldes, de sistemas de manipulação e montagem para micropeças. Para responder a estas questões o consórcio estudou aspetos pertinentes relacionados com o projeto e conceção das micropeças, tendo em atenção a previsão da forma como estas peças podem ser moldadas, quais os requisitos dependentes da ferramenta moldante, nomeadamente a desmoldação, os requisitos de injeção, nomeadamente o volume mínimo e as condições de injeção. O consórcio concluiu, entre outras questões, que a qualidade reproduzida nas micropeças depende da qualidade dos moldes e do processo de moldação por injeção, em particular da capacidade dos equipamentos de moldação em repetir o processo ao longo do tempo. Esta nova cadeia foi estudada na vertente das microtecnologias, procurando responder às dificuldades observadas ao nível do fabrico de moldes para micromoldação por injeção, e à necessidade de desenvolver novas metodologias de controlo dimensional adaptadas a esta nova tipologia de peça. Estas metodologias só foram possíveis pela utilização de equipamentos adequados e preparados para responder aos requisitos de controlo destas peças, dado que as dimensões são muito reduzidas e as tolerâncias também acompanham

F1 – Microfresagem de superfícies planas.

O projeto microHANDLING contemplou a investigação de vários processos de fabrico, em particular a fresagem, na qual se deu especial atenção à utilização de microfresas, concluindo que a dimensão da ferramenta é um fator decisivo para a qualidade das superfícies. Refira-se que nestas situações as condições de corte são difíceis de reproduzir e controlar eficazmente, o que conduz à imprevisibilidade do comportamento da ferramenta quando entra em contacto com o material. A pesquisa bibliográfica proporcionou uma atualização face ao estado da arte, tendo o consórcio verificado que as ferramentas de corte com diâmetros inferiores a 100 micrómetros (microfresas) são geralmente fabricadas a partir de cilindros de metal duro, e que a aresta de corte é geralmente realizada por processos avançados de fabrico, como o feixe focalizado de eletrões. A aresta de corte e o canal de escoamento são polidas com recurso a processos de elevada precisão, como a eletroerosão, que geram raios de aresta de corte na ordem dos 10 micrómetros. Os raios da aresta de corte são condicionados pelo material da ferramenta de corte, sendo que o material mais duro e que possui grãos uniformes com tamanhos menores é o mais apto para a realização de raios da aresta de corte com menor dimensão. As microfresas em metal duro encontradas possuem normalmente um revestimento de carbonitreto de titânio (TiCN) ou nitreto de titânio alumínio (AlTiN). As microfresas apresentam diferentes geometrias, seja geoF2 – Microfresagem de superfícies 3D.


metria esférica, tórica ou plana, pelo ângulo da hélice, e pelo número de navalhas, etc., de que resultam diferenças no comportamento durante o corte e respetivos resultados.

Análise de resultados dos testes em aço 1.2083 temperado a 48 HRc F3 – Valores da rugosidade Ra medidos.

Estas ferramentas têm as navalhas escavadas diretamente no corpo cilíndrico, apresentando normalmente geometrias simples e equitativamente distribuídas. Deve optar-se por ferramentas com maior número de navalhas e um ângulo de hélice grande, de modo a que a aresta de corte tenha maior poder de corte em alta velocidade. As ferramentas disponíveis no mercado estão geralmente muito bem equilibradas dinamicamente, o que faz prever um processo de corte muito estável, e podem ser utilizadas no corte de superfícies planas ou tridimensionais, ou na realização de operações de corte unidirecional, como é a furação ou abertura de rasgos. No seu trabalho de investigação o consórcio realizou um conjunto alargado de testes nos aços 1.2316, 1.2083 e 1.2344 no estado recozido e tratado, sobre provetes de geometria plana e tridimensional (3D).

F4 – Valores da rugosidade Ra medidos.

Como exemplos de resultados deste trabalho, apresentamse os resultantes dos testes de fresagem de alta velocidade realizados num equipamento DMG modelo 55 Linear (Centimfe), em provetes com superfícies 3D, de dimensões projetadas de 40 x 14 mm2. As microfresas caraterizam-se por serem esféricas de diâmetro de 0,8 milímetros, com duas navalhas. Com este trabalho o consórcio estudou o comportamento das ferramentas em condições de corte específicas e tendo por base o cumprimento de alguns requisitos iniciais de qualidade das superfícies caraterísticas de cavidades moldantes para micropeças. Estudou a influência dos parâmetros tecnológicos fz, ap, ae e velocidade de corte constante de 62 metros por minuto na fresagem com microfresas, tendo por base de avaliação os valores de rugosidade em diferentes zonas das superfícies fresadas. Para a avaliação final de cada teste foram ainda consideradas a duração de vida das ferramentas, o estado das navalhas de corte e as caraterísticas morfológicas da superfície resultante. A rugosidade superficial é o reflexo de um conjunto de condições técnicas e operacionais que se verificam ao longo do processo de maquinagem, sendo que o seu valor está dependente da geometria da ferramenta utilizada e dos parâmetros tecnológicos, da máquina utilizada e da sua condição ou estado. A medição da rugosidade das superfícies foi realizada com um rugosímetro de contacto Perthometer da Mahr (Centimfe), segundo um plano de medição para zonas estratégicas e com direção de medição previamente especificadas, contemplando seis comprimentos de medição de 0,8 milímetros para cada área.

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A análise dos resultados mostra que o parâmetro, fz, não tem grande relevância para o resultado da rugosidade até valores de 0,02 mm/ dente, a partir daí observamos um aumento do valor da rugosidade. Daqui poderemos concluir que temos de limitar os valores de fz abaixo do valor apresentado, de forma a evitar sobre esforço e degradação da ferramenta. O gráfico mostra que, para os valores testados, a rugosidade é mais elevada para ae menor. Este facto pode ser explicado pelo facto de a ferramenta ter de realizar mais passagens ou incrementos laterais pela superfície originando maior desgaste, resultando no final um maior valor de rugosidade. Daqui será possível concluir que os valores de ae deverão ser os maiores possíveis que assegurem a menor rugosidade.

Análise de resultados dos testes em aço 1.2344 temperado a 52 HRc Os provetes fresados nestas condições apresentam valores de rugosidade muito reduzidos, apresentando-se assim como os parâmetros tecnológicos de teste como os parâ-

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F5 – Valores da rugosidade Ra medidos.

MARKET REPORT

hm=fz* √(aeD) Onde fz é o avanço por dente; ae é o incremento radial e D é o diâmetro da ferramenta de corte. A qualidade de superfície e a durabilidade da ferramenta estão muito dependentes dos aspetos dinâmicos durante o processo de corte e que muitas vezes é influenciado por questões de montagem e do rigor geométrico e/ou de fabrico das ferramentas e acessórios. Aqui, um dos exemplos mais importantes a considerar é a excentricidade ou run-out da ferramenta. Esta pode ser gerada por defeito de fabrico da ferramenta, por defeito do suporte onde está montada ou por defeito da própria árvore da máquina.

F6 – Valores da rugosidade Ra medidos.

Nas operações de desbaste, o operador deve ter especial atenção no controlo das forças de corte e na sua manutenção em valores reduzidos prevenindo a quebra prematura da ferramenta e maximizar a taxa de remoção de material. Nas operações de acabamento, o objetivo é a manutenção dos erros de forma dentro da tolerância admissível e obter valores satisfatórios para a rugosidade superficial. Como conclusão, refira-se que a preparação de um trabalho de microfresagem é muito complexo dadas as dimensões das ferramentas e as dificuldades que ocorrem, pelo que a seleção dos parâmetros tecnológicos é de vital importância para obter um bom compromisso entre as forças de corte, a qualidade de superfície e a durabilidade da ferramenta, em particular a seleção da profundidade de corte e o avanço por dente.

metros a considerar em futuras utilizações. Verificou-se ainda, e como seria de esperar, que o valor da rugosidade transversal é superior à rugosidade medida na direção longitudinal. O gráfico mostra que, para os valores testados, a rugosidade é mais elevada para menores valores de ae. Como já referido anteriormente este facto pode ser explicado pelo maior número de passagens ou incrementos laterais para realizar a superfície originando maior desgaste, resultando no final um maior valor de rugosidade. Daqui será possível concluir que os valores de ae deverão ser os maiores possíveis que assegurem estabilidade do processo e dessa forma a menor rugosidade. Uma das questões consideradas como pertinentes neste trabalho foi a espessura da apara, esta é tipicamente uma fração do raio da aresta de corte e depende em grande medida das propriedades dos materiais, tendo impacto direto na qualidade de superfície, nas forças de corte e na estabilidade do processo de corte. Assim, reconhece-se que os materiais mais dúcteis tenderão a formar apara mais espessa. A espessura média da apara, hm, pode ser calculada pela seguinte fórmula:

O trabalho realizado ao longo do projeto microHANDLING permitiu ao consórcio criar o conhecimento e as metodologias que permitem gerar cavidades moldantes com caraterísticas associadas à tecnologia “micro”, com utilização de microfresas de 0,1 milímetros, produzindo elevada qualidade dimensional e morfológica, e que resulta numa capacidade técnica para responder aos requisitos específicos de vários setores potenciais clientes como os dispositivos médicos ou componentes ou mecanismos mecânicos.•



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MARKET REPORT

CEFAMOL apresenta Estudo

“INDÚSTRIA DE TOOLING MUNDIAL: EVOLUÇÃO E DESEMPENHO”

A intensa atividade exportadora da indústria portuguesa de moldes (cerca de 90%) e o contacto permanente com alguns dos mercados, clientes e sectores mais complexos e exigentes em termos mundiais, refletem-se, hoje em dia, em novos desafios que alteraram significativamente o contexto de atuação deste sector, obrigando a uma vigilância permanente do mercado internacional, no sentido de identificar novas oportunidades de negócio e crescimento para as empresas que o compõem. A sua crescente competitividade e a capacidade de se afirmar internacionalmente como parceiro fundamental para o desenvolvimento e sucesso dos seus clientes, implicaram uma clara reorientação estratégica das empresas para uma integração em cadeias de valor acrescentado e uma diferenciação dos seus principais concorrentes. Nesta conjuntura, torna-se imperioso promover ações de conhecimento do panorama internacional, que permitam alargar e diversificar mercados de atuação, ampliando áreas de intervenção, demonstrando competências, conhecimento e capacidade de inovação. A este contexto de mudança não poderia ficar alheada a CEFAMOL. Com mais de quatro décadas ao serviço da indústria portuguesa de moldes, reconhecida como entidade representativa dos interesses e necessidades deste sector e detendo uma forte ligação às empresas, a Associação temse assumido como parte fundamental e mobilizadora deste movimento, arrastando consigo as empresas que personificam este esforço de mudança e reposicionamento no mercado internacional. Através da recolha, tratamento e difusão de informação estatística e de evolução da indústria nacional, permitindo uma análise comparativa com os seus principais congéneres internacionais, a CEFAMOL pretende, de uma forma estruturada, apoiar as empresas portuguesas a conhecer tendências e a promover a internacionalização e o alargamento da presença nos mercados internacionais, através de um profundo conhecimento do contexto em que o sector se insere. Simultaneamente, a Associação deve constituir-se como elo agregador para dinamizar iniciativas ou planos de intervenção (coletivos ou individuais), que ultrapassem constrangimentos e/ou desafios limitativos da competitividade internacional das empresas, permitindo o acesso a novos mercados de elevado potencial, expandindo e diversificando áreas de atuação que permitam o reforço da base tecnológica e a criação de emprego qualificado no seio do cluster. Tal será fundamental para o incremento das exportações nacionais de produtos de alta intensidade tecnológica, consoli-

dando a intervenção da indústria em mercados tradicionais e penetrando em novas geografias, sistematizando e dando visibilidade à campanha de promoção internacional da indústria – “Engineering & Tooling from Portugal”. Para que tal seja atingido e consolidado ao longo do tempo, é imperativo que as empresas portuguesas sejam conhecedoras da evolução e tendências de desenvolvimento da indústria, do seu posicionamento no mercado e da performance da sua concorrência internacional. Foi com este objetivo que se realizou, ao abrigo do projeto InTooling, o estudo “Indústria de Tooling Mundial: Evolução e Desempenho”, agora publicado pela CEFAMOL. Contemplando uma análise dos principais movimentos globais de comércio de moldes e ferramentas especiais e as suas tendências de evolução, o estudo integra ainda uma análise detalhada do posicionamento de 35 países distintos. Em termos globais, a informação aqui contemplada permitirá consolidar o acompanhamento do sector e da sua competitividade internacional, o que possibilitará a monitorização da estratégia de desenvolvimento seguida e, eventualmente, a identificação são de eventuais correções ou ajustes necessários a realizar em tempo útil. Acreditamos que esta publicação irá colmatar uma falha de mercado no que respeita o acesso a informação específica do sector, contribuindo decisivamente para o aumento do conhecimento da envolvente, apresentando dados credíveis que apoiem decisões relacionadas com a orientação estratégica das empresas, diferenciando-se da sua concorrência, atingindo clientes e mercados com maior valor acrescentado, aproveitando oportunidades inerentes ao desenvolvimento deste cluster. Todos os interessados em consultar ou adquirir o estudo “Indústria de Tooling Mundial: Evolução e Desempenho” deverão contactar a CEFAMOL.


CEFAMOL publica Estudo

“POSICIONAMENTO COMPETITIVO DA INDÚSTRIA DE MOLDES”

A indústria portuguesa de moldes tem-se caraterizado por uma constante e contínua evolução técnica, tecnológica e de mercado, o que tem sido uma imagem de marca deste sector e um fator de diferenciação para a sua afirmação em mercados internacionais cada vez mais exigentes e expostos a uma forte concorrência. Em simultâneo, e de acordo com as conclusões do “Plano Estratégico da Indústria de Moldes e Ferramentas Especiais”, promovido conjuntamente pela CEFAMOL e CENTIMFE, tem vindo a concretizar-se, ao longo dos últimos anos, uma aposta na diversificação e expansão de mercados e sectores clientes, com o objetivo de alargar a presença nacional em áreas geográficas e indústrias mais complexas e/ou de maior valor acrescentado. Para que tal objetivo possa ser atingido e consolidado, é imperativo que as empresas portuguesas sejam conhecedoras da evolução e tendências de desenvolvimento desta indústria, do seu posicionamento no mercado e da performance da sua concorrência internacional. Assim, torna-se fundamental a recolha, tratamento e difusão de informação estatística e de evolução da indústria nacional, permitindo, com os dados existentes, uma análise comparativa com os seus principais congéneres internacionais, em termos de relações comerciais e de desempenho do sector. O estudo “Posicionamento Competitivo da Indústria de Moldes”, dinamizado pela CEFAMOL no âmbito do projeto InTooling e agora editado, apresenta um modelo de análise da indústria de moldes nacional, nomeadamente, uma abordagem das suas principais características, numa perspetiva organizacional e de desempenho, nomeadamente ao nível da:

ceder à análise económico – financeira da mesma. Salienta-se ainda uma breve análise ao subsector da produção de “Moldes para Vidro”; Neste capítulo, destaca-se a constituição da “Central de Benchmarking da CEFAMOL”, composta por um grupo de 65 empresas (analisadas no período entre 2010 e 2013), tendo havido uma preocupação de precisar os conceitos usados, nomeadamente com a inclusão de um conjunto de tabelas técnicas demonstrativas da forma de apurar os valores e rácios calculados. Este capítulo reveste-se de extrema importância para qualquer empresa do sector, permitindo que o atual trabalho possa ser utilizado para a realização de exercícios de benchmarking, comparando empresas individuais com o resultado da amostra. Espera-se, com o desenvolvimento destes instrumentos, colmatar uma falha de mercado no que diz respeito ao acesso a informação específica do sector, contribuindo para o aumento do conhecimento nas empresas sobre a sua envolvente e performance, permitindo obter informação credível que apoie decisões relacionadas com o seu posicionamento e orientação estratégica no mercado, diferenciando-se da sua concorrência e atingindo clientes e mercados com maior valor acrescentado. Em termos globais, esta informação permitirá o acompanhamento do sector e da sua competitividade internacional, possibilitando a monitorização da estratégia de desenvolvimento seguida e, eventualmente, identificando eventuais correções ou ajustes necessários a realizar em tempo útil. Todos os interessados em consultar ou adquirir o estudo “Posicionamento Competitivo da Indústria de Moldes” deverão contactar a CEFAMOL.

- Atividade comercial: analisando o desempenho comercial do sector, a sua balança comercial, a evolução das principais indústrias servidas, a quota de mercado detida junto de alguns dos principais países clientes e, por fim, procede-se ao enquadramento do sector face a alguns indicadores macroeconómicos do País; - Dimensão social e económica: analisando os recursos humanos e o volume de negócios na sua vertente regional e nacional, as qualificações profissionais e académicas, as remunerações e ganhos médios, a produção e o produto sectorial. - Análise económico-financeira do sector: informação detalhada sobre os dados da central de balanços do Banco de Portugal e, com base numa amostra da indústria, pro-

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MARKET REPORT

Aplicação Mobile “Portuguese Tooling Follow Up” disponível para download no Play Store ou Apple Store Em termos de público-alvo, esta aplicação foi preparada para fornecer informação focada em dois segmentos: - A Indústria Portuguesa de Moldes e Ferramentas Especiais, que pode consultar a lista disponível de eventos de promoção internacional e receber diversas notificações relativas a abertura de inscrições, número de empresas participantes, calendário de evento, entre outros. A Aplicação Mobile “Portuguese Tooling Follow Up”, disponível para download no Play Store ou Apple Store, permite aos usuários acompanhar permanentemente as ações dinamizadas pela CEFAMOL ao nível da promoção internacional do Sector, mais concretamente, no âmbito do Projeto "Engineering & Tooling from Portugal 2015-2016". A aplicação permite a apresentação do calendário e detalhes de eventos promovidos, bem como, uma breve caraterização das empresas envolvidas em cada iniciativa.

- No segundo segmento estão inseridos clientes e potenciais clientes da Indústria. Este segmento pode usar o aplicativo “Portugueses Tooling Follow Up” como ferramenta de apoio aos contactos no período pós feira ou apenas usálo como uma base de dados das empresas nacionais que participam com a CEFAMOL em ações coletivas.

POOL-NET e o Cluster Engineering & Tooling reconhecidos como Cluster de Excelência a nível internacional A Pool-net, a associação que gere o Cluster português Engineering & Tooling, e que integra as Indústrias de Moldes, Ferramentas Especiais e de Plásticos, recebeu no passado mês de setembro de 2015 o certificado ‘Gold Label of the European Cluster Excellence Initiative’, atribuído pelo ESCA – The European Secretariat for Cluster Analysis (http://www.cluster-analysis.org/). Este certificado corresponde ao nível mais elevado de reconhecimento internacional para os clusters de competitividade.

A Pool-net foi objeto de uma avaliação minuciosa que culminou na visita de 2 especialistas da bolsa de peritos internacionais da ESCA, tendo sido galardoado com o certificado de excelência “Gold Label”.

O ESCA (European Secretariat for Cluster Analysis), criado em 2009 aquando do reforço da União Europeia na criação de clusters de classe mundial, desenvolveu um conjunto de indicadores de qualidade e um sistema de classificação e certificação, que se traduz em 3 níveis: Gold, Silver e Bronze Label.

Este reconhecimento internacional, reforça assim, o nível de excelência com que as empresas deste Cluster se têm afirmado no mercado internacional, em torno da sua marca coletiva:

Em 2014, a Pool-net tinha já obtido a certificação de “Bronze Label”, juntando-se agora em 2015 a certificação “Gold Label”. Para se qualificar para a certificação “Gold” a gestão dos clusters precisa de ir ao encontro de "níveis de excelência" com 31 indicadores relativos a: estrutura do cluster, sua gestão, financiamento, estratégia, serviços e reconhecimento público. O “Gold label” representa o mais elevado e o mais exigente de todos os níveis.

Na sequência desta avaliação e certificação a Pool-net foi convidada para integrar o grupo de peritos internacional que monitoriza o processo global de certificação e decide sobre a atribuição desta certificação.


Indústria de Tooling Nacional em destaque na “FAKUMA 2015” presas Bormat, Fermorgado, Fozmoldes, Frumolde, Geco, JDD Moldes, Moldata, Moldes Catarino, Moldes RP, Moldoeste, Moliporex, Planimolde, PMM, Porfic, RGE, Ribermold, Steelplus, Tecnifreza, Tecnimoplas, TJ Moldes e UEpro. Os dados finais do evento apontam para 1.780 expositores, oriundos de 38 países, ocupando mais de 85.000 metros quadrados de exposição. Em termos de visibilidade, as expectativas foram superadas com um total de 45.721 visitantes, de cerca de 120 países distintos.

Enquadrado no Projeto Conjunto de Internacionalização “Engineering & Tooling from Portugal 2015-16”, a CEFAMOL promoveu a maior participação coletiva nacional de sempre na Feira Internacional “FAKUMA”, que se realizou entre os dias 13 e 17 de Outubro do presente ano, em Friedrichshafen (Alemanha), merecendo o destaque por parte do jornal oficial do evento. Nesta edição da feira, a nossa Associação organizou uma participação conjunta que contou com mais de 400 metros quadrados de área de exposição, ocupados por 21 empresas do Setor, distribuídas entre os Halls A1 e B1 do Centro de Convenções. Neste grupo marcaram presença as em-

A CEFAMOL aproveitou também este evento para lançar a “Portuguese Tooling Follow-Up”, uma aplicação móvel que irá permitir às empresas do Setor, assim como ao seu público-alvo, seguir de perto as atividades de promoção internacional da Associação e receber informação atualizadas sobre a presença de empresas nacionais nas iniciativas por ela promovidas. A próxima edição da Feira Internacional “Fakuma” irá ser realizada em Outubro de 2017 na mesma cidade alemã.

CEFAMOL promoveu Seminário dedicado ao tema “Liderança” A CEFAMOL, organizou no dia 26 de novembro um seminário subordinado ao tema “A construção e desenvolvimento de lideranças fortes”, sendo o orador convidado Luís Costa, Diretor de Marketing e Comunicação do Banif, S.A.

Seguiu-se uma sessão de networking, onde as empresas presentes puderam aprofundar as temáticas abordadas e trocar perspetivas individuais sobre as mesmas.

A sessão teve início com uma breve introdução do tema pelo Presidente da CEFAMOL, João Faustino, a qual seria seguida pela intervenção do orador, Luís Costa, que viria a conduzir a conduzir a sessão de forma dinâmica, interventiva e animada para uma plateia composta por mais de seis dezenas de empresários e quadros superiores da Indústria. O contexto atual das organizações empresariais, a Inteligência Emocional na construção de lideranças fortes e o Story Telling como ferramenta de motivação e atitude, foram algumas das temáticas discutidas e analisadas.

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JAPÃO: UMA REFERÊNCIA NA INDÚSTRIA DE MOLDES INTERNACIONAL José Fernandes AICEP Tóquio


Nota breve sobre a economia japonesa O atual governo, liderado pelo primeiro-ministro Abe, assenta em grande estabilidade política, o que tem permitido dar continuidade à estratégia denominada “Abenomics” e que, fundamentalmente, assenta em três vetores (three arrows): liberalização monetária, política fiscal e reformas estruturais. Em termos de política monetária houve já ajustamentos cambiais significativos que favoreceram as exportações, o que coincidiu com uma diminuição drástica dos preços do petróleo. Simultaneamente, o Banco Central faz esforços para garantir que a deflação sistemática termine de vez e se atinja e garanta uma inflação estável, ao nível dos 2%, tentando diminuir o mais possível a astronómica dívida interna pública (225% do PIB) até 2020.

mia nipónica venha a entrar em breve, no que o governo já denominou de um “ciclo virtuoso de crescimento firme”.

Indústria japonesa de moldes: apontamento sucinto e objetivo O setor é, na sua vasta maioria, composto por empresas de pequena ou muito pequena dimensão e tem enfrentado, desde 1990, um ciclo de decrescimento, como se pode observar nos quadros seguintes:

Sob o ponto de vista fiscal, o imposto sobre o consumo subiu já de 5% para 8% e, muito em breve, subirá de novo para os 10%, enquanto se espera que o corporate tax desça de 35% para 30%, durante os anos mais próximos. No terceiro vetor – reformas estruturais – destacam-se o setor agrícola que tem de se tornar competitivo, a saúde e a segurança social que têm de conseguir ser autossustentáveis e o mercado do trabalho que obrigará a encontrar soluções para que as mulheres possam prosseguir as suas carreiras profissionais após a maternidade, sob pena do decréscimo e envelhecimento já acentuados da população não se conseguir inverter. O objetivo fundamental da política Abenomics/Three Arrows é conseguir que a economia, depois de duas décadas de deflação e crescimentos residuais, se revitalize, se reinvente e passe a ser o que já foi no passado: uma economia vibrante e inovadora, com índices seguros de crescimento, com um nível de dívida – ainda que interna – sustentável, desemprego residual e uma população sadia, rejuvenescida e em crescimento.

Fonte: METI

Fonte: METI

Assim, espera-se para o ano em curso um crescimento da economia de 1.6%, uma inflação de 1.8%, uma depreciação do iene face ao dólar até cerca de 109JPY/US$ e face ao euro de 146JPY/Euro e um desemprego de 3.4% que, para os critérios japoneses, é elevado. Tudo parece indicar que o governo vai conseguir - com sucesso - implementar as medidas planeadas. Se isso for conseguido, e considerando ainda o impacto na economia da organização das Olimpíadas em Tóquio, em 2020, e os resultados do imenso esforço de reconstrução das vastas áreas destruídas pelas calamidades naturais de 2011 – sismo e tsunami – tudo aponta para que a econo-

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Fonte: METI

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De acordo com a Associação Japonesa de Moldes, o setor encontra-se em dificuldades, desde os anos 60 em que a produção teve um crescimento exponencial, tendo atingido o pico em 1990, com o número de empresas a atingir um máximo de 13.115 e um volume de faturação de 1.957.500.000.000 JPY, em 1991.

MARKET REPORT

Vejamos agora a evolução por área específica de atividade dentro do setor:

A partir desse ano, verificou-se uma quase constante e acentuada diminuição da importância do setor, devido ao colapso da economia especulativa, tendo a crise do Lehman Brothers, Unidade: 1 milhão de JPY. Fonte: METI. NOTA: exclui empresas com menos de 3 trabalhadores em 2009, e as calamidades naturais e nuclear domésticas de 2011, conduzido ao seu nível mais baixo, com 7.588 empresas e 80.686 trabalhadores. Em 2013, as empresas com menos de 20 trabalhadores produziram 370.000.000.000 JPY, (o que representou cerca de 30% do total) num valor global de apenas 1.257.000.000.000 JPY. O quadro seguinte confirma este cenário negativo entre 2004 e 2013:

Unidade: 1 milhão de JPY. Fonte: METI

A indústria japonesa de moldes encontra-se assim numa situação nada fácil, devido fundamentalmente aos seguintes fatores:

Unidade: 1 milhão de JPY. Fonte: METI

• Deslocalização da produção de várias indústrias clientes para países vizinhos; • Concorrência de países vizinhos como a Coreia do Sul, Taiwan, China e Tailândia; • Decréscimo do mercado interno (diminuição e envelhecimento da população); • Deflação prolongada; • Prolongada apreciação do iene; • Pressão sobre os custos de produção por parte dos clientes domésticos; • Situação muito difícil de indústrias domésticas, como é o caso da eletrónica.

Unidade: 1 milhão de JPY. Fonte: METI

Principais Indústrias Clientes (2012)

Unidade: 1 milhão de JPY. Fonte: METI

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association


Exportações Constam dos quadros seguintes, de acordo com os respetivos HS Code numbers, tendo decrescido significativamente com a crise do Lehman Brothers, mas com recuperação desde então até ao presente: Legenda: • HS Code - 8207.30.100 - Ferramentas de embutir, de estampar ou de puncionar, intercambiáveis, para trabalhar metais; • HS Code - 8480.41.000 - Moldes para metais ou carbonetos metálicos para moldagem por injeção ou por compressão; • HS Code - 8480.50.000 - Moldes para vidro (exceto de grafite ou de outro carbono ou de matérias cerâmicas); • HS Code - 8480.60.000 - Moldes para matérias minerais (exceto de grafite ou de outro carbono, de matérias cerâmicas); • HS Code - 8480.71.606 - Moldes para borracha ou plástico, para moldagem por injeção ou por compressão; • HS Code - 8480.79.606 - Moldes para borracha ou plástico (exceto para moldagem por injeção ou por compressão).

Estas exportações destinam-se aos mercados abaixo apresentados, tendo como clientes tanto empresas locais como empresas japonesas que produzem localmente.

Unidade: 1.000 JPY. Fonte: Japan Die & Mold Industry Association

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014

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Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014

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Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014

Importações Constam dos quadros seguintes, tendo recebido um impulso significativo a partir de 1985, devido à forte apreciação do iene. Os principais mercados exportadores têm sido Taiwan e a Coreia do Sul. De acordo com a Japan Die & Mold Industry Association estas importações, compostas fundamentalmente por moldes semiacabados que as empresas importadoras acabam no Japão, proveem dos seguintes mercados:

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association.

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association.

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014


Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014

Fonte: Japan Die & Mold Industry Association. Ano 2014

Problemas e desafios

• Concorrência crescente dos fabricantes de países vizinhos;

• Recrutamento de novos trabalhadores;

• Desenvolvimento tecnológico rápido dos fabricantes internacionais.

• Formação técnica dos trabalhadores; • Formação dos trabalhadores em áreas inovadoras, como capacidade de comunicação, relações públicas e vendas em mercados internacionais; • Pressão sobre os preços por parte dos clientes domésticos; • Uniformização crescente de componentes para diferentes modelos de veículos na indústria automóvel; • Crescente subcontratação dos fabricantes de automóveis japoneses a fabricantes de moldes locais, em terceiros mercados; • Aumento de profissionais japoneses de moldes a trabalhar em fabricantes de terceiros países, principalmente em países asiáticos; • Aumento da deslocalização da produção de fabricantes japoneses de componentes para terceiros mercados; • Redução do volume do mercado doméstico; • Custos de produção elevados;

Vantagens competitivas • Trabalhadores altamente qualificados; • Capacidade de produzir moldes com incorporação da mais alta tecnologia, que a grande maioria da concorrência internacional não consegue executar; • Prazos de entrega reduzidos; • Grandes capacidades e competências na área de I&D; • Facilidade de comunicação com os clientes japoneses em terceiros mercados.

Oportunidades • Parcerias comerciais e tecnológicas com fabricantes de moldes internacionais; • Produção de moldes para produtos inovadores dos clientes domésticos;

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• Produção de moldes para novas indústrias como aeroespacial, nanotecnologia, equipamento médico, robótica, etc; • Cenário favorável para exportar na sequência da presente política “Abenomics”; • Importação de moldes semiacabados para acabamento final no Japão, por razões de custos de produção doméstica.

Perceção da indústria portuguesa de moldes • Compete com êxito internacionalmente; • Potencial concorrente no mercado doméstico; • Potencial parceiro para fabricantes japoneses que não produzem determinado tipo de moldes, quer no mercado doméstico, quer no mercado internacional; • Potencial parceiro para fabricantes japoneses sem experiência comercial internacional; • Parceiro para desenvolvimento tecnológico mútuo; • Insuficiente conhecimento da sólida capacidade competitiva da Indústria de Moldes portuguesa por parte de alguns setores da indústria japonesa, nomeadamente dos fabricantes de componentes para a indústria automóvel; • Fornecedor longínquo. Clientes japoneses preferem fornecedores muito próximos; • Problemas de comunicação para os fabricantes de moldes e de componentes japoneses, que não dominam o idioma inglês.

MARKET REPORT

Oportunidades específicas para cooperação A Japan Die & Mold Industry Association sugere aos fabricantes internacionais de moldes interessados em vender no mercado japonês, que recrutem trabalhadores japoneses especializados e com sólida experiência na Indústria de Moldes. A indústria japonesa de moldes – fabricantes e clientes - é ainda fortemente doméstica, logo com reduzida experiência internacional. De entre as várias dificuldades, os problemas de comunicação são os que mais se manifestam. Este tipo de intercâmbio de especialistas permitiria reduzir os problemas de comunicação e aproximaria, de forma serena e segura, os intervenientes japoneses e internacionais.


EVOLUÇÃO DOS MERCADOS

Análise Comparativa 2008-2015 PESO DOS MERCADOS TRADICIONAIS NAS EXPORTAÇÕES NACIONAIS

MERCADOS TRADICIONAIS

MERCADOS DA EUROPA OCIDENTAL

MERCADOS DA EUROPA CENTRAL E DE LESTE

MERCADOS AMERICANOS

OUTROS MERCADOS ESTRATÉGICOS

Fonte: AICEP Portugal Valores de exportações em unidades de milhar

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