Market Report nº14 Julho 2016

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Semana de Moldes 2016 RPD 2016 - "Factories of the Future / New Industrial Paradigm” ústria e os Moldes A Indú

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Número 14 ı

Trimestral

ı Julho 2016



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MARKET REPORT

Semana de Moldes 2016 Manuel Oliveira – Cefamol

a digitalização e a indústria 4.0, a diferenciação e reforço da cadeia de valor, as novas tecnologias e formas de organização, não esquecendo a interação e colaboração entre empresas e centros de saber.

“Inovação, Digitalização e Posicionamento” são temas chave na décima edição do evento Mantendo a sua periodicidade bienal, e pela décima vez consecutiva, a Semana de Moldes irá apresentar e discutir tendências e desafios com os quais as empresas da Indústria de Moldes e do Cluster Engineering & Tooling, se defrontam. Os participantes nas diferentes sessões serão encorajados a analisar as condicionantes atuais e as perspetivas futuras do negócio, explorando novos conceitos, ideias e metodologias, apresentados por especialistas e líderes de opinião de reconhecido prestígio nacional e internacional. A “Semana de Moldes 2016” irá realizar-se entre os dias 26 e 30 de setembro, nas cidades da Marinha Grande e Oliveira de Azeméis, numa organização conjunta da CEFAMOL – Associação Nacional da Indústria de Moldes, do CENTIMFE – Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos e da POOLNET – Cluster Engineering & Tooling. Esta iniciativa integrará um conjunto alargado de conferências, seminários e workshops, congregando empresas, fornecedores, clientes, centros de saber e investigadores, para a construção de um ambiente propício à inovação, à avaliação de tendências tecnológicas e de mercado, ao estabelecimento de contactos e lançamento de novos projetos, aos negócios e ao trabalho em rede, como resposta aos desafios da competitividade impostos pelo contexto atual da economia internacional. Dirigido a todos quantos, direta ou indiretamente, trabalham e/ou colaboram com o Cluster Engineering & Tooling, com especial destaque para a Indústria de Moldes e Ferramentas Especiais, esta atividade insere-se na estratégia de promoção da capacidade de inovação e competências tecnológicas do Setor, cobrindo áreas de intervenção tão distintas como sejam a diversificação e expansão de mercados,

As atividades integradas na “Semana de Moldes 2016” permitirão aos participantes identificar novas oportunidades de desenvolvimento e competitividade no mercado global.

O Programa e Atividades Os dias 26 e 27 de setembro serão palco para a oitava edição da conferência “RPD – Rapid Product Development”, este ano subordinada ao tema "Factories of the Future – New Industrial Paradigm”. O evento será focado na apresentação, discussão e avaliação do potencial das novas e avançadas tecnologias e soluções, bem como em recomendações de utilização para processos eficientes e projetar a indústria do futuro, visando apoiar as empresas para melhorarem a sua capacidade e competitividade. Este será um fórum privilegiado para a discussão de temas como: “Zero Defect Production” “Automation and Robotics”, “Next Generation Technologies”, “Connected and Adaptive Production”, “Cyber-physical systems”, “Smart Products”, “Prediction” ou “Predictive Maintenance”, entre outros, e será uma excelente ocasião para encontrar novas oportunidades de negócios e lançar colaborações de pesquisa e projetos futuros. Poder aprender e discutir com especialistas internacionais convidados, torna este “RPD 2016”, uma conferência de participação indispensável. A sua experiência real e knowhow sobre a utilização de novas tecnologias proporcionará informação às empresas para melhorarem a sua competitividade e criar novos campos de inovação nestas matérias. Cada vez mais, a Indústria e a Academia têm de trabalhar em conjunto e o “RPD 2016” é a conferência para apresentar perceções e trabalho realizado, bem como para estabelecer parcerias de sucesso e uma oportunidade para repensar estratégias para tecnologias e negócios. Em estreita articulação com o “RPD 2016”, decorrerá na tarde do dia 27 de setembro o Brokerage Event “Key Enabling Technologies and Horizon 2020”, dedicado à apre-


O dia 30 de setembro será dedicado à Conferência Internacional “Moldes Portugal 2016”, ponto alto da “Semana de Moldes”, um fórum de reflexão e debate sobre as principais tendências e perspetivas para o desenvolvimento desta Indústria a nível mundial. À semelhança de anteriores edições, pretende-se que este evento seja uma referência do Setor, motivando e sensibilizando os participantes para os desafios que o mesmo enfrenta atualmente e para o trabalho conjunto e individual a realizar por todos quantos nele operam. Deseja-se que essa sensibilização encontre eco não apenas nas empresas, mas também nas entidades públicas e privadas que acompanham e contribuem para o desenvolvimento da nossa atividade. sentação de propostas e lançamento de novos projetos de inovação e investigação e desenvolvimento, nacionais e europeus, orientados para a Indústria de Tooling e de Plásticos. Esta iniciativa pretende promover o desenvolvimento de parcerias de negócio e de I&D orientada para o mercado, sustentando a geração, transferência e assimilação de soluções tecnológicas e sistemas inovadores, apoiando o lançamento de novos produtos e serviços de alto valor acrescentado no mercado. A concretização destas relações é dinamizada através da realização de reuniões bilaterais que lancem a criação de projetos de inovação, assim como o desenvolvimento de redes de colaboração que envolvam empresas, organizações de I + D, fornecedores e clientes. Tal como em anteriores edições, a CEFAMOL irá organizar durante a “Semana de Moldes 2016”, mais concretamente nos dias 26 e 27 de setembro, em Oliveira de Azeméis, um conjunto de seminários técnicos, para analisar e refletir, com empresários e quadros técnicos da Indústria, alguns dos novos desafios tecnológicos que o Setor, atualmente, enfrenta. Os temas a discutir serão os seguintes: • Tecnologia e Processos na Conceção e Fabrico de Moldes (26 setembro); • Futuro dos Plásticos: Maior e Mais Brilhante (27 setembro);

A Semana de Moldes será um espaço primordial para a afirmação da nossa Indústria e para a demonstração dos seus saberes, competências e experiência no mercado internacional contribuindo, de forma relevante, para a valorização e promoção da Indústria e, consequentemente da Economia Portuguesa. Para tal é imperativo o envolvimento de todos os agentes que compõem o tecido empresarial português, sejam eles empresários, gestores, quadros, técnicos, fornecedores, não se dispensando também a preciosa colaboração dos especialistas (oriundos das mais diversas áreas) que connosco têm colaborado ao longo dos últimos anos. Tendo por base o histórico de edições anteriores, prevê-se que a “Semana de Moldes 2016” junte cerca de oito centenas de participantes nas diferentes atividades a realizar na Marinha Grande e Oliveira de Azeméis, sendo dada ênfase à Conferência Internacional, onde prevemos reunir mais de 150 delegados, oriundos de empresas, do meio académico e científico e de organismos oficiais. Esta será, sem dúvida, uma importante oportunidade para afirmação da nossa Indústria e um importante elemento para apoiar as empresas a enfrentar os desafios da competitividade internacional, à qual o Setor não pode faltar. Mais informações e atualizações em www.mouldsevent.com

• Os Desafios da Indústria do Futuro (28 setembro). Estas sessões, que contam com o apoio da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis permitirão reforçar o conhecimento técnico e especializado na Indústria, sendo um importante elemento para a partilha de informação, conhecimento e ideias e o debate de propostas para um desenvolvimento sustentável da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos.

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ENGINEERING & TOOLING


RPD 2016

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MARKET REPORT

"FACTORIES OF THE FUTURE / NEW INDUSTRIAL PARADIGM” Pedro Lourenço, Nuno Fidelis – Centimfe

A Conferência RPD – Rapid Product Development tem sido, em paralelo com a Conferência Internacional, uma das principais bandeiras da Semana de Moldes. Este evento foi inicialmente concebido com um cariz científico, contudo tem-se transformado ao longo das várias edições procurando aproximar-se da realidade e quotidiano das empresas. Presentemente, os temas do evento são selecionados de forma a apresentar as principais tendências de mercado, tecnológicas e organizacionais, recorrendo a oradores de referência e com forte experiência empresarial. A conferência RPD – Rapid Product Development atualmente não se cinge à apresentação de artigos científicos, que embora fossem tecnologicamente relevantes, tratavam temas e tecnologias ainda distantes do mercado e portanto pouco relevantes para as empresas a médio prazo. Para a edição de 2016 da Conferência “RPD – Rapid Product Development”, que se realizará nos dias 26 e 27 de setembro, a organização escolheu os temas "Factories of the Future / New Industrial Paradigm”. À semelhança das edições anteriores o evento será realizado em língua inglesa, uma vez que contaremos com diversos oradores internacionais. Deste modo, pretendemos dar uma visão abrangente das tendências a nível internacional cruciais para o sucesso numa economia global. O evento estará focado na apresentação, discussão e avaliação do potencial de novas tecnologias e soluções, bem como em recomendações de utilização em processos eficientes de modo a projetar a indústria do Futuro e visando apoiar as empresas em termos de capacidade de inovar sendo um momento decisivo para o aumento da sua competitividade. Tópicos Principais: • Digitalização e Internet of Things • Zero defect production • Automation and Robotics, • Next generation Technologies, • Connected and adaptive production, • Cyber-physical systems, • Smart Products, • Prediction, Predictive Maintenance.

Esta edição do RPD pretende superar os resultados alcançados nos anos anteriores, sendo uma plataforma de troca de conhecimento internacional, trazendo para a discussão pessoas e instituições que desempenham um papel ativo no novo paradigma industrial e nas temáticas da Digitalização e Internet of Things A competitividade da indústria é baseada na sua grande flexibilidade e na adaptação às novas tecnologias e tendências do mercado. O apoio às empresas, na melhoria da sua capacidade e competitividade, deverá ter suporte em novas metodologias e tecnologias inovadoras. A fim de apresentar, discutir e avaliar as novas soluções e os potenciais tecnológicos, bem como recomendações de fornecedores de tecnologia e utilizadores os painéis de apresentações contam com peritos de renome e instituições de referência. O RPD 2016 é também uma boa ocasião para encontrar novas oportunidades de negócios, novos projetos e futuras parcerias. Este ano o evento será um fórum privilegiado para a discussão de temas como: Zero defect production Automation and Robotics, Next generation Technologies, Connected and adaptive production, Cyber-physical systems, Smart Products, Prediction, Predictive Maintenance, entre outros e será uma excelente ocasião para encontrar novas parcerias e oportunidades de negócio, e lançar colaborações de investigação e desenvolvimento para projetos futuros. O RPD 2016 apresenta-se como uma oportunidade para discutir com especialistas nacionais e internacionais os vários temas que presentemente se constituem como os principais desafios à competitividade internacional das empresas do sector de Engineering and Tooling, onde se destacam a Digitalização/Indústria 4.0, Produção Flexível, Tecnologias Emergentes e as TIC. Em estreita articulação com o “RPD 2016”, decorrerá na tarde do dia 27 de Setembro o Brokerage Event “Key Enabling Technologies and Horizon 2020”, A organização do RPD 2016 está a contar com a sua contribuição para o sucesso deste evento.


BROKERAGE EVENT 2016

KEY ENABLING TECHNOLOGIES AND HORIZON 2020 FINANCIAMENTO E ESTABELECIMENTO DE PARCERIAS PARA PROJETOS EUROPEUS Rui Soares, Rui Tocha – Centimfe

tificação e seleção de oportunidades de participação em projetos Europeus, bem como nos desafios e os fatores críticos de sucesso.

Integrado na “Semana de Moldes 2016”, decorre na tarde do dia 27 de Junho de 2016, nas instalações do Centimfe, na Marinha Grande, a iniciativa Brokerage Event – “Key Enabling Technologies and Horizon 2020”. O Brokerage Event 2016 é uma organização do Centimfe, em articulação com a Iniciativa Europeia Eureka. Este evento tem como principal objectivo a discussão de propostas, para a constituição de consórcios, visando o desenvolvimento de projectos de I&D e Inovação, envolvendo Empresas, Universidades e Centros de Investigação (nacionais e internacionais). Iniciado em 1998, e à semelhança das iniciativas anteriores, o Brokerage Event 2016 irá reunir os stakeholders da Indústria, nomeadamente empresas, fornecedores de tecnologia, centros tecnológicos, Investigadores e universidades, constituindo-se no fórum privilegiado para a promoção de contactos, projectos de I&D, Networking, transferência de tecnologia e promoção de oportunidades de negócio. Desenvolvendo-se no contexto da “Semana de Moldes 2016”, em estreita articulação com a conferência “RPD 2016 - Rapid Product Development”, este Brokerage Event, que será dinamizado na tarde do dia 27 de setembro, irá incluir como elemento central da sua agenda oficial, a possibilidade de agendamento e realização de reuniões bilaterais para a discussão de propostas concretas para projectos de I&D e Inovação e negócios orientados para as Indústrias de Engineering & Tooling (Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos), perspectivando-se oportunidades no âmbito do Programa Quadro da UE, HORIZON 2020 (para o período de 2017-2020). Para este “Brokerage Event 2016”, foi convidada a CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, para realizar uma comunicação sobre a “Importância dos Clusters no Estímulo da Inovação”. Para o evento foi também convidada a ANI – Agencia Nacional de Inovação, perspetivando-se uma comunicação centrada na iden-

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Este Brokerage terá uma Plenary Session, que lançará o mote para os encontros bilaterais, através da apresentação das grandes linhas do European Tooling Roadmap, perspetivando: • o desenvolvimento de aplicações inovadoras para tecnologias emergentes e para a promoção da inovação; • o apoio à criação de projetos de inovação internacionais, redes e empreendimentos que envolvam empresas, fornecedores, organizações de I + D e clientes; • a promoção e o desenvolvimento de parcerias de negócio com valor acrescentando (I+D orientada para o mercado e projetos de inovação internacionais); • a geração, transferência e “take-up” de soluções tecnológicas e sistemas inovadores, e resultados de projectos já realizados, apoiando o lançamento de novos produtos e serviços baseados no conhecimento. Face ao alcance dos objectivos definidos, constituiu-se como elemento nuclear do programa oficial, a realização de encontros bilaterais entre os diversos participantes, oriundos de várias nacionalidades. Estas reuniões permitirão aos participantes, apresentarem as suas competências e áreas de interesse estratégico, para o lançamento de projetos conjuntos. A sessão contará no seu encerramento com uma comunicação por parte de um representante da Comissão Europeia, DG Research & Innovation, debruçando-se sobre as prioridades estabelecidas pela Comissão Europeia no Programa Quadro, HORIZON 2020 para o período 20172020.

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A qualidade das propostas apresentadas nas edições anteriores do Brokerage Event, são demonstradoras do sucesso da iniciativa, criando-se elevadas expectativas no âmbito do lançamento de novos de projectos e consórcios europeus, envolvendo empresas e instituições nacionais. A inscrição no “Brokerage Event 2016” e o lançamento de ideias de projetos é realizada através do site oficial da Semana de Moldes, em: www.mouldsevent.com . Participe e inscreva-se!

Como nasceram os Brokerage Events na Indústria de Moldes? Foi no já longínquo ano de 1998, que o Centimfe dinamizou o primeiro Brokerage Event, para a promoção de projetos europeus. O caminho escolhido, foi a mobilização das Redes Europeias, Eureka e Factory. Como é natural, este processo iniciou-se de forma estruturada, procurando dar consistência a uma estratégia bem planeada e suportada numa Rede Nacional de Parceiros, que envolvia, a Agência de Inovação, o INETI, o ICEP e a CEFAMOL. Sem dúvida que os representantes portugueses naquelas Redes Europeias, foram aliados de peso, demonstrando a valia de Portugal ao nível europeu, para a mobilização da Rede Internacional do Tooling. Recordemos que naquela altura não era considerado estratégico a dinamização de Brokerage Events setoriais, ao nível europeu. Como tal, o caminho das pedras teve de ser percorrido, de forma consistente, utilizando a demonstração do saber fazer, do saber cooperar, do saber acrescentar valor, do saber respeitar, mas fundamentalmente, do saber lutar por uma estratégia progressista baseada na inovação, networking, visando a criação de emprego qualificado e de afirmação internacional. Vencidos os primeiros obstáculos, o primeiro Brokerage Event, permitiu desenvolver vários projetos internacionais que obtiveram a distinção EUREKA (relevância para a Indústria Europeia). Este processo, alicerçou o aumento da visibilidade integradora da cadeia de valor dos setores de Moldes e Plásticos, com as universidades e outros centros de saber. Assim, o nosso Cluster nacional assumiu, claramente, a sua participação ativa e de liderança no Espaço da Investigação Europeia (ERA – European Research Area), que culminou, em 2008, com a atribuição a Portugal, pela CE, da coordenação da European Tooling Platform (no âmbito da Plataforma Tecnológica MANUFUTURE).

MARKET REPORT

Como Funciona o Brokerage Event? Um Brokerage Event (BE) apresenta alguma complexidade na sua preparação. Normalmente, estes eventos internacionais exigem uma preparação atempada, com, pelo menos, um ano de antecedência, envolvendo um planeamento cuidado do programa, a identificação e mobilização dos Chairmans que dinamizam também as suas Redes de contatos, a articulação com o programa das Redes Europeias, e respectivos NCPs (National Contact Points). Contudo, o sucesso de um BE está na mobilização das empresas para a dinamização de projetos de I+D+I. Este é, sem dúvida, o trabalho de bastidores mais importante. Mobilizar as empresas para a identificação de problemas, necessidades concretas de conhecimentos específicos, e fomentar a mobilização dos outros Agentes de Inovação (centros tecnológicos, universidades, etc), para a estruturação de projetos de I+D+I, com aplicação dos resultados nas empresas, a fim de lhes conferir, a prazo, níveis mais elevados de produtividade e diferenciação competitiva. De facto, sem empresas e sem uma identificação precisa, ex-ante, por parte dos participantes, na ficha de pré-registo, das suas áreas de interesse, dos seus problemas técnicos específicos, ou das suas ideias de projeto, torna-se difícil a promoção de projetos. O BE é apenas o palco para a concretização de parcerias. Por outro lado, também só há projectos se existirem programas de apoio, e desta forma, um BE pressupõe também uma apresentação do lado da oferta, (União Europeia), a apresentação dos seus programas aos participantes. Neste contexto, as empresas do Cluster Engineering & Tooling, estão bem preparadas, tendo em vista o seu histórico de envolvimento recente, nos mais diversos projetos de Investigação e Inovação, ao nível nacional. Seguramente, que muitos dos resultados alcançados, permitirão transpor para a dimensão europeia, projetos de maior desenvoltura e ambição. Uma outra dimensão importante, que assume um BE, é de orientação, reivindicação e estímulo, aos Governantes e aos representantes da UE, para criarem novas oportunidades e novos programas, mais orientados para a realidade das empresas. Por tudo isto, o BE, tem uma sessão plenária com todos os participantes, onde são lançados os temas prioritários da Indústria, abrindo, desta forma, o caminho para os encontros bilaterais. Os encontros bilaterais (B2B) são encontros que variam entre 5 e 15 minutos, entre pessoas (representantes de em-


presas, centros tecnológicos, universidades e de outros centros de saber), procurando afinar e validar estratégias e interesses comuns, que possam potenciar novos projetos conjuntos e negócios. Normalmente, este período é considerado fundamental na estratégia de alavancagem de projetos de I+D+I, e parcerias internacionais.

O que se pretende com o Brokerage Event 2016? Atendendo ao processo atual, onde se inicia a abertura de diversas calls a projetos europeus com interesse para o Cluster Engineering and Tooling e também à abertura dos avisos no âmbito do sistema de incentivos à investigação e desenvolvimento tecnológico do PORTUGAL 2020), o

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Brokerage Event 2016, surge no momento ideal, para o lançamento de novas iniciativas de cooperação. Neste contexto, novos modelos de negócio começam a desenhar-se, permitindo repensar as práticas de gestão, e proporcionar um novo posicionamento estratégico das organizações, onde a inserção nas Redes de Conhecimento e Inovação, e a criação de parcerias, se assumem como factores críticos de sucesso. Por tudo isto, o “Brokerage Events 2016”, assume-se claramente como mais um instrumento de suporte para as empresas reforçarem o seu posicionamento competitivo.

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MARKET REPORT

CEFAMOL organizou Missão Empresarial em Silicon Valley

trabalho realizadas, foram promovidos contactos com empresas norte-americanas de referência em diferentes áreas de atividade onde se salientam a eletrónica, automóvel e os dispositivos médicos para além de sessões com especialistas na área de desenvolvimento de novos conceitos e produtos. No âmbito do Projeto de Promoção Internacional “Engineering & Tooling from Portugal”, a CEFAMOL organizou entre os dias 9 e 13 de Maio uma Missão Empresarial que decorreu na região de S. Francisco e Silicon Valley (Califórnia – EUA).

A delegação nacional foi composta por 19 participantes, representando empresas e entidades que compõem o Cluster Engineering & Tooling.

No âmbito do programa de visitas, reuniões e jornadas de

CEFAMOL presente nos Plastics Meetings Lyon

A importância do mercado francês nas exportações nacionais e o impacto positivo da presença de empresas nacionais em certames neste mercado, foram fatores decisivos para a organização da participação coletiva no evento “Plastics Meetings Lyon” dinamizada pela CEFAMOL. Esta presença, à semelhança de outras que têm vindo a ser dinamizadas nos mesmos moldes, tem permitido um contacto mais ágil e mais direto com potenciais clientes do Sector oriundos de diferentes áreas de atividade, neste caso concreto daquele que é o terceiro mercado mais impor-

tante para as exportações do Sector. Presentes nesta iniciativa, que decorreu nos dias 28 e 29 de junho, na histórica cidade de Lyon (França), estiveram presentes várias entidades, nomeadamente a Moldes RP, Moldworld, PROAZ e CEFAMOL.


“Internacionalização: a escolha dos mercados potenciais” foi tema de workshop dinamizado pela CEFAMOL

Os desafios das empresas na identificação de mercados internacionais a abordar foram o mote para a realização do quarto workshop do ciclo “Estratégia e Internacionalização” - iniciativa inserida no Projeto “Tooling2Market” que a CEFAMOL tem vindo a dinamizar, com o apoio da D. Dinis Business School.

distribuídos por todos os continentes, foram os dois oradores convidados para esta sessão que se realizou no dia 7 de junho, no edifício OPEN, na Marinha Grande. Este ciclo de workshops será encerrado no próximo dia 12 de julho, com a realização da sessão subordinada ao tema “Planos de Exportação”.

Vítor Corado Simões, Professor do ISEG, nas áreas da Gestão da Inovação e Gestão Internacional, e José Manuel Fernandes, CEO da FREZITE, empresa que está presente, com os seus produtos e tecnologia, em mais de 50 países

Missão Empresarial na Roménia dinamizada pela CEFAMOL A CEFAMOL organizou e promoveu entre os dias 4 e 6 de julho uma Missão Empresarial na Roménia, a qual permitiu a dinamização de apresentações do Sector e das empresas participantes, seguidas de contactos bilaterais com potenciais clientes locais, com especial incidência em fornecedores da indústria automóvel.

giram e apresentaram as suas capacidades e competências. A Missão, que contou com apoio da delegação local da AICEP, integrou as empresas E&T, Geco, GLN Molds, Moldit, Moldoeste, Simoldes e TJ Moldes.

Sob a referência “Portuguese Toolmaking Day” esta iniciativa teve uma primeira sessão nas instalações da DACIARENAULT, onde, para além das equipas de engenharia, desenvolvimento e compras desta empresa, estiveram presentes vários dos seus fornecedores de primeira linha. A sessão contou ainda com o apoio da ACAROM – Associação Romena da Indústria Automóvel que mobilizou alguns dos seus associados para a mesma. A segunda sessão foi realizada com o apoio da ASPAPLAST – Associação Romena da Indústria de Plásticos, tendo sido registada a presença de algumas empresas suas associadas com as quais os participantes nacionais intera-

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A ÁUSTRIA E OS MOLDES

Ana Isabel Douglas, Gerald Exl Aicep Portugal Global – (Delegação em Viena)


Para se perceber a importância geoeconómica da Áustria, há que localizá-la no enquadramento mundial, já que se encontra bem no coração da Europa e mais ou menos equidistante dos restantes continentes com exceção da Austrália:

População abaixo da linha de pobreza: 5,5% (2014) Dívida Pública: 84,50% do PIB (2014) Taxa de Inflação: 1,2% (julho 2015) Principais indústrias: máquinas, equipamentos, peças de veículos, produtos químicos, alimentos industrializados, veículos e metais. Principais produtos agropecuários produzidos: grãos (cereais), batata, vinho, frutas, madeira, leite e derivados, carne bovina, suína e de aves. Principais produtos exportados: máquinas, motores, equipamentos para a indústria automóvel, produtos químicos, ferro e aço. Principais produtos importados: equipamentos e máquinas, produtos químicos, derivados de petróleo e produtos de metais. Principais parceiros econômicos (exportação): Alemanha, Itália, Suíça e Estados Unidos. Principais parceiros econômicos (importação): Alemanha, Holanda, Itália e Suíça.

Mais em detalhe e abordando agora o contexto histórico e geopolítico, foi o centro do antigo e poderoso império austro-húngaro, que abrangia praticamente toda a Europa Central. Veja-se ainda a proximidade deste país à “Nova Europa” que emergiu da dissolução do bloco soviético no final da década de 80, e ao pequeno império do Marechal Tito da ex-Jugoslávia, que se desmoronou nos anos 90, dando origem a mais dois fieis parceiros: a Eslovénia e a Croácia, ambos já membros da UE, ambos no Sudeste Europeu e com acesso marítimo, abrindo caminho a Oriente:

Exportações (2014): EUR 165,35 mil milhões Importações (2014): EUR 169,46 mil milhões Balança comercial (2014): déficit de EUR 4,11 mil milhões.

A indústria processadora de plásticos na Áustria: Importação e Exportação: De acordo com os dados do International Trade Center (ITC), em 2014 a nível mundial, a Áustria encontrava-se na 29ª posição tanto do lado das importações (129,7 MM

Para completar esta análise global falta a “fotografia” do país: População: 8,47 milhões de habitantes Principais setores económicos: indústria, finanças e turismo. Posição no ranking mundial: a Áustria é a 29ª maior economia do mundo (referência PIB de 2014). Moeda: Euro PIB: EUR 407,13 mil milhões (ano de referência 2014) PIB per capita: EUR 47.790,00 (ano de referência 2014) Taxa de crescimento do PIB: 0,4% (2014) Composição do PIB por setor da economia: serviços (69.2%), indústria (29.3%),agricultura (1,5%) - 2014 Força de trabalho: 3,8 milhões de trabalhadores (2014) Taxa de desemprego: 5,8 % (julho de 2015) Investimentos: 20% do PIB (2014)

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Importações total 2014 Fonte: Dados: ITC. Gráfico: AICEP - Portugalglobal em Viena

Exportações total 2014 Fonte: Dados: ITC. Gráfico: AICEP - Portugalglobal em Viena

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Euro) como das exportações (127,7 MM Euro) de produtos de plástico. O principal país fornecedor foi a vizinha Alemanha (47,7 MM Euro), seguida da Itália (7,9 MM Euro), China (7,2 MM euro) e Suíça (6,8 MM Euro). Portugal ocupou a 29ª posição como fornecedor (496 M Euro) A Alemanha foi também o maior cliente da Áustria, responsável por 32,2 mil milhões de Euros, seguida da Itália com 8 mil milhões, e da Suíça com 7,1 mil milhões. Para Portugal, que ocupou a 44ª posição como cliente, foram exportados produtos deste grupo no valor de EUR 279 milhões.

MARKET REPORT

depois a Suíça (20,5 M Euro) e a República Checa (15,5 M Euro). Portugal ocupou a 33ª posição como cliente, com um valor de 1,2 M Euro.

2. Comércio Externo da Áustria de moldes de injeção da posição pautal 8480.71 Desdobrando a análise deste grupo a 6 dígitos verifica-se que praticamente não se altera este panorama: o valor das importações austríacas da posição HS 8480.71 atingiu em 2014 103 M Euro, sendo novamente a Alemanha o principal fornecedor, com 24,6 M Euro, seguida da Suíça com 19,8 M euro e República Checa com 12,5 M Euro, em 4° lugar aparece a China com 10,7 M Euro. Portugal , com EUR 554.000,00 ocupou a 14ª posição como fornecedor.

1. Importações e exportações austríacas de moldes para injeção de plásticos Em 2014 a Áustria importou moldes para injeção de plásticos no valor de 176,8 MM Euros e também neste caso o maior fornecedor foi a vizinha Alemanha (46,5 M Euros). Em segundo lugar vem a República Checa (34,9 M Euro), seguida da Suíça (21,4 M Euro) e Itália (15,6 M Euro). Portugal aparece em 15° lugar com um valor de 976.000,00 EUR.

Importações de Moldes 2014 PP 8480.71 Fonte: Dados: ITC , Gráfico: AICEP - Portugalglobal em Viena

Importações de Moldes 2014 PP 8480 Fonte: Dados: ITC , Gráfico: AICEP - Portugalglobal em Viena

Exportações de Moldes 2014 PP 8480.71 Fonte: Dados: ITC , Gráfico: AICEP - Portugalglobal em Viena

As exportações globais da Áustria neste subgrupo e no mesmo ano, no valor de 181,4 M Euro, foram sobretudo para a Alemanha (49,7 M Euro), Suíça (19,3 M Euro), EUA (16,8 M euro) e China (6,8 M Euro). Para Portugal foram moldes austríacos no valor de 1,2 M Euro, correspondendo ao 29° lugar no ranking de clientes.

Exportações de Moldes 2014 PP 8480 Fonte: Dados: ITC , Gráfico: AICEP - Portugalglobal em Viena

Do lado das exportações austríacas de moldes de injeção de plásticos em 2014, o ITC refere um valor total de 312,9 M Euro, com a Alemanha à cabeça da lista de clientes (108 M Euro), e os EUA em segundo lugar com 21,7 M Euro,

3. Comércio Externo da Áustria de moldes de injeção da posição pautal 8480.79 Também na suposição HS 8480.79 as alterações são irrelevantes, sendo no entanto de notar que neste caso foi a República Checa o principal fornecedor, no valor de 20,4 M Euro e a grande distância dos restantes países concor-


Austria - Exportações 2010 - 2014 (em 000 Euros) PP 8480.71

Export Export Export Export Export valor 2010 valor 2011 valor 2012 valor 2013 valor 2014

Mundo

239.983

272.444

301.528

292.527

181.403

Alemanha

94.760

106.423

125.784

103.400

49.763

Suíça

32.198

31.427

25.274

23.510

19.290

Estados U. da América

6.354

13.971

14.718

17.816

16.785

China

3.600

6.518

7.545

16.170

6.844

Brasil

3.172

2.678

506

1.842

5.496

Rep. Checa

4.905

5.884

8.005

6.455

5.452

Hungria

5.827

5.627

7.980

5.848

5.444

Polónia

3.854

6.963

5.437

5.187

5.267

Moldes Importações 2014 PP 8480.79 Fonte: Dados: ITC , Gráfico: AICEP - Portugalglobal em Viena

Austria - Importações 2010 - 2014 (em 000 Euros) PP 8480.79

Moldes Exportações 2014 PP 8480.79 Fonte: Dados: ITC , Gráfico: AICEP - Portugalglobal em Viena

rentes: em 2° lugar surge a Alemanha com apenas 3,3 M Euros, em terceiro a Itália (2,5 M Euro), seguida da China (EUR 1 milhão). Segundo o ITC, em 2014 a Áustria não importou de Portugal moldes desta posição pautal. O valor global das importações austríacas deste subgrupo foi de 30,4 M Euro no ano de análise. No caso das exportações deste mesmo grupo, volta a ser a Alemanha o principal cliente (38,6 M Euro), seguindo-se a República Checa (8,8 M Euro), Rússia (7,5 M Euro) e a Polónia (7,1 M Euro). Coube a Portugal no 49° lugar como cliente da Áustria (EUR 33.000,00).

Mundo

26.204

30.003

26.334

29.431

30.424

Rep. Checa

13.915

15.616

15.983

19.001

20.424

Alemanha

7.121

7.818

5.101

4.620

3.322

Itália

639

1.135

1.208

781

2.468

China

735

388

736

1.373

1.014

Suíça

1.234

2.768

687

930

931

Eslovénia

486

437

431

93

600

Turquia

178

103

30

21

297

Tailândia

1

0

5

19

178

Arábia Saudita

0

2

5

0

164

Federação Russa

0

0

14

176

135

Ucrânia

8

1

15

24

123

Austria - Exportações 2010 - 2014 (em 000 Euros) PP 8480.79

Export Export Export Export Export valor 2010 valor 2011 valor 2012 valor 2013 valor 2014

Mundo

79.607

83.421

97.548

107.758

96.652

Alemanha

27.118

30.228

35.631

39.328

38.616

Rep. Checa

8.825

8.946

9.360

10.081

8.755

Federação Russa

5.503

4.174

6.915

14.051

7.516

Polónia

2.868

3.079

5.341

2.826

7.081

Reino Unido

3.825

5.148

4.767

5.820

4.983

Estados U. da América

3.359

3.280

6.446

5.683

4.245

Bélgica

1.307

1.596

1.116

2.037

4.055

149

650

1.831

728

1.937

1.947

3.392

2.663

1.932

1.778

621

380

652

532

1.518

Eslováquia Itália

4. Evolução das importações e exportações 2010-2014 (p.p. HS 8480.71 e 8480.79)

Import Import Import Import Import valor 2010 valor 2011 valor 2012 valor 2013 valor 2014

Tailândia

Fonte: ITC

Austria - Importações 2010 - 2014 (em 000 Euros) PP 8480.71

Import Import Import Import Import valor 2010 valor 2011 valor 2012 valor 2013 valor 2014

Mundo

88.463

95.306

95.622

116.977

103.030

Alemanha

33.737

39.202

33.681

35.636

24.641

Suíça

25.760

19.951

18.353

22.295

19.805

Rep. Checa

5.180

6.646

6.964

11.218

12.500

China

2.306

5.660

5.810

9.665

10.699

Bosnia - Herzegovina

1.313

1.707

3.907

4.167

5.672

Eslovénia

2.582

4.937

4.912

4.312

5.389

Itália

4.099

3.089

6.037

5.209

4.736

Hungria

3.006

2.628

2.166

3.669

3.945

Luxemburgo

242

294

1.150

8.677

3.177

Estados U. da América

744

1.128

2.072

1.965

2.943

5. Análise estatística Como mostram as estatísticas, a Áustria é um país essencialmente exportador de moldes já que as exportações (312,9 M Euro) ultrapassam largamente as importações (176,8 M Euro), revelando assim um excedente estatístico de produção de 136,1 M Euro. Tanto do lado das importações como das exportações se verifica que o comércio externo austríaco destes produtos é feito, em primeira linha, com os principais parceiros comerciais deste país, como acontece, aliás, com a maior

15

ENGINEERING & TOOLING


16

MARKET REPORT

parte da pauta HS: Alemanha, Suíça, EUA, República Checa e China. Só a Itália, sendo vizinha e em geral o segundo parceiro comercial da Áustria em volume de negócios nos dois sentidos, revela posições relativamente modestas em termos de moldes. Em contrapartida a República Checa surpreende pela positiva sobretudo como fornecedor da posição HÁ 8480.79, onde detém uma quota de mais de dois terços do mercado austríaco utilizador destes equipamentos. O posicionamento de Portugal no mercado austríaco de moldes é melhor que no comércio bilateral global com a Áustria: com um valor de fornecimentos de moldes a este país de EUR 976.000,00, Portugal consegue uma quota de mercado de 0,55% ocupando o 15° lugar em 2014, enquanto o total de 496 M Euro importados do nosso país de toda a pauta HS correspondem apenas a 0,38% das compras externas da Áustria, e à 29ª posição como país fornecedor na escala global. No caso de Portugal como cliente da Áustria o cenário é semelhante: a exportação austríaca de moldes para Portugal, no valor de 1,2 M Euro em 2014, representa uma quota de 0,38% do total exportado neste grupo e leva o nosso país à 33ª posição no ranking de clientes, ao passo que o total 279 M Euro exportados da Áustria para Portugal nesse ano correspondem a uma quota de 0,22% e ao 44° lugar como cliente. É também interessante notar que a Áustria fornece mais moldes a Portugal do que de lá importa (1,2 M Euro vs 976.000,00).

6. O universo das empresas processadoras de plásticos na Áustria Em 2014 havia neste país 756 empresas da indústria de plásticos, um nível que se mantém relativamente estável desde 2011. A maior parte dessas empresas encontra-se logicamente na província da Alta Áustria (189 empresas), a região mais industrializada do país. A Baixa Áustria, que envolve a cidade/província de Viena tem lá sedeadas 174 empresas deste setor. A Burgenlândia, também perto de Viena, é a região que tem menos empresas deste ramo (apenas 26). São na maioria pequenas e médias empresas, cerca de dois terços não têm mais que 10 empregados, outros 20% têm entre 10 e 50 e apenas 1,6% tem mais que 250 trabalhadores. No total, estas 756 empresas empregam 16.042 pessoas, das quais 5.557 são empregados com formação profissional, 9.917 são assalariados e 568 são aprendizes. A percentagem de mulheres é de cerca de 30% e

Números de fabricantes de plásticos na Áustria. Fonte: Dados: WKO, Gráfico: AICEP-Portugalglobal em Viena

Dimensão das empresas de plásticos na Áustria. Fonte: Dados: WKO, Gráfico: AICEP-Portugalglobal em Viena

os custos de mão de obra em 2014 rondaram os 656 M Euros. Em 2014 o volume de negócios da indústria de plásticos alcançou 2,8 mil milhões de Euros, com um investimento bruto de 175 M Euros.

7. Potencial e oportunidades para os fabricantes portugueses de moldes no mercado austríaco As estatísticas normalmente pouco dizem sobre as potencialidades individuais para as empresas, caso a caso. São muitos os critérios que acabam por influenciar a decisão de compra dos utilizadores: o preço, prazo de entrega, qualidade, imagem, conhecimento, logística, experiência, contactos pessoais, entre outros, são maioritariamente decisivos. Contudo, os fabricantes portugueses não devem esquecer que os agentes económicos da Áustria duma maneira geral, e neste setor em especial, são difíceis de convencer a mudar de fornecedor, em primeiro lugar porque a Áustria é um país mais exportador que importador de moldes e, em segundo lugar, não existem na Áustria grandes fábricas internacionais de automóveis ou de equipamentos eletrónicos com centro de decisão local sobre fornecedores: A fábrica de motores da BMW em Steyr, as instalações de produção de caixas de velocidades da General Motors/Opel em Viena-Aspang e a fábrica da Philips também em Viena


são apenas “extensões” das centrais dos consórcios e não é aqui que se decidem as compras. A alternativa para os fabricantes portugueses de moldes serão as tais pequenas e médias empresas que trabalham em subcontratação. Não será fácil, tendo em conta o grande número de concorrentes austríacos, que não têm as desvantagens da distância, língua e, sobretudo, o relacionamento de muitos anos entre utilizadores e fornecedores locais. Há que apostar na qualidade sem compromissos e bons preços para poder competir neste mercado, não só com os concorrentes locais mas também com os estrangeiros que dominam a importação. Para criar imagem neste país a oferta portuguesa tem que apresentar mais qualidade, melhor preço e melhores condições que os fornecedores da República Checa, Itália, Eslovénia ou Hungria.

17

As empresas austríacas pouco sabem sobre a indústria portuguesa de moldes, o nosso país praticamente “desaparece” na ponta ocidental da Europa, escondido atrás da Espanha, que é um país bem conhecido e com forte presença económica na Áustria, desde os bens de consumo aos equipamentos e, sobretudo no âmbito do turismo. É importante, por isso, dar a conhecer a indústria portuguesa, mostrar a sua capacidade, dar referências internacionais e convencer os interlocutores das vantagens qualitativas do molde “made in Portugal”. Conquistar o comprador austríaco não é fácil, ele é muito exigente, mas uma vez cativado, é fiel e encara o relacionamento com os seus fornecedores com uma certa amizade quase familiar, honrando normalmente os seus compromissos. Os contactos pessoais são inestimáveis, seja através de visitas ao mercado, convites para visitas à produção em Portugal e mesmo encontros em feiras e eventos internacionais do setor no estrangeiro.•

ENGINEERING & TOOLING


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MARKET REPORT

EVOLUÇÃO DOS MERCADOS

Análise Comparativa Segundo Trimestre 2011-2016

MERCADOS TRADICIONAIS

MERCADOS DA EUROPA CENTRAL E DE LESTE

MERCADOS AMERICANOS

PESO DOS MERCADOS TRADICIONAIS NAS EXPORTAÇÕES NACIONAIS

MERCADOS DA EUROPA OCIDENTAL

OUTROS MERCADOS ESTRATÉGICOS

Fonte: AICEP Portugal Valores de exportações em unidades de milhar




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