Market Report nº1 Abril 2013

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Ano 1

Projeto de promoção Engineering & Tooling Portugal 2013 Novos mercados

são aposta forte da indústria MÉXICO Mercado em destaque

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Número 1

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Trimestral

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Abril 2013



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PROJETO DE


E PROMOÇÃO INTERNACIONAL

“ENGINEERING & TOOLING FROM PORTUGAL 2013” Manuel Oliveira - Cefamol

O Projeto “Engineering & Tooling from Portugal 2013”, promovido pela CEFAMOL, enquadra-se na vertente Internacionalização - prospecção, promoção e presença em mercados internacionais do Regulamento do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME, dinamizado no Programa Operacional Temático Factores de Competitividade do QREN. Esta iniciativa pretende dinamizar a entrada de empresas que constituem a Industria Portuguesa de Engineering & Tooling em novas áreas através da procura de novos clientes, novos mercados e/ou novas áreas industriais, promovendo a sua internacionalização e o alargamento da sua presença nos mercados internacionais através de um plano de promoção integrado e de marketing, que potencie a identificação de novas oportunidades de negócio, cooperação e parceria, de acordo com as principais linhas de orientação da Estratégia de Eficiência Coletiva definida para o Setor. Pretende-se assim dar continuidade à promoção internacional do conceito "Engineering & Tooling from Portugal", imagem de marca do Setor nos últimos anos, a qual procura evidenciar o alargamento da cadeia de valor desta Industria, quer a montante, quer a jusante, e o desenvolvimento de um conjunto alargado de produtos e serviços que vão muito além do fabrico de moldes. Este Projeto, à semelhança dos anteriormente promovidos dentro da mesma tipologia, será um dos principais meios de promoção internacional da Marca “Engineering & Tooling from Portugal”, quer através de um conjunto alargado de iniciativas a decorrer nos mercados estratégicos para o desenvolvimento do Pólo de Competitividade e Tecnologia Engineering & Tooling, quer através do envolvimento de um número alargado e significativo de empresas (em termos de capacidade produtiva, exportação e empregabilidade) que nelas irão participar.

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ENGINEERING & TOOLING


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MARKET REPORT

As atividades contempladas serão fundamentais para o incremento das exportações nacionais de produtos de alta intensidade tecnológica, consolidando a intervenção do Setor em mercados tradicionais e penetrando em novos mercados (geográficos e industriais) de elevado valor acrescentado.

Conforme referido, a divulgação do conceito “Engineering & Tooling from Portugal” será a base de todas estas ações, evidenciado a alargada cadeia de valor, de produtos e serviços, fornecidos pelas empresas aos seus clientes e que, claramente, a diferenciam dos concorrentes que têm no preço o seu principal fator de competitividade.

As iniciativas contempladas no Projeto aqui mencionado terão como principais objetivos: - Reposicionar a imagem do Setor no mundo, afastandoa da concorrência através do preço, designadamente através de uma política promocional, que se traduza em iniciativas e apoios tendentes a valorizar as competências, conhecimentos e saberes do Setor; - Direcionar ações de promoção com o objetivo de conhecer e conquistar potenciais mercados, tecnicamente mais complexos, diversificando simultaneamente os mercados geográficos onde atua; - A necessidade de dar continuidade à Campanha de Imagem, a nível internacional, que tem vindo a ser desenvolvida ao longo dos últimos anos; - Apoiar as empresas no seu processo de internacionalização através do incremento das exportações, promovendo a prospeção e desenvolvimento de oportunidades comerciais e de parceria nos mercados-alvo;

Neste contexto, pretende-se promover um conjunto de ações de sensibilização junto de atuais e potenciais membros do Pólo para o uso da Marca, alertando para as suas vantagens e mais valias. Estas ações continuarão a ser desenvolvidas através do Projeto “BtM - Branding to Market”, promovido pela Associação Pool-net, em estreita colaboração com a CEFAMOL no âmbito da Estratégia de Eficiência Coletiva.

A CEFAMOL, enquanto Associação representativa do Setor e promotor do Projeto, colocará em prática um conjunto de ações que, de forma objetiva, sistemática e dinâmica responda às necessidades da Indústria, apoiando as empresas nos seus processos de inovação e reforçando junto do Setor as mais-valias da cooperação e do associativismo. Assim, será fundamental organizar e direcionar ações de promoção com o objetivo de conquistar e consolidar mercados, tecnicamente mais complexos e geograficamente mais diversificados, alargando a base exportadora desta Indústria.

Ainda no âmbito do Projeto “BtM - Branding to Market” serão desenvolvidas ações de promoção complementares às iniciativas que irão integrar o Projeto que agora apresentamos, nomeadamente intervenções promocionais nas feiras onde irá existir uma presença coletiva nacional (publicidade em feiras, material promocional, merchandising, etc.) e em mercados onde serão realizadas missões empresariais (publicidade em revistas técnicas, publireportagens, publicação de artigos e notícias, convites a jornalistas, etc.).


Ações em Novos Mercados Setoriais

Missões Empresariais

Ao nível de novos mercados industriais, os setores Automóvel, da Aeronáutica, Energia e Ambiente e Saúde, foram identificados como mercados estratégicos para o desenvolvimento da Indústria Portuguesa de Engineering & Tooling, devendo os mesmos ser explorados no âmbito dos projetos de promoção internacional existentes. Efetivamente, estas Indústrias representam setores em crescimento e que apresentam diversas oportunidades de inovação numa lógica de desenvolvimento tecnológico e comercial das empresas de Engineering & Tooling. Tomando como ponto de partida, a necessidade de aprofundamento do conhecimento sobre tais setores, dos seus desafios tecnológicos e comerciais e dos seus principais players internacionais, será posto em prática no nosso Setor um conjunto de visitas técnicas. Estas ações serão realizadas em estreita colaboração com a Associação Pool-net (entidade coordenadora do Pólo de Competitividade e Tecnologia Engineering & Tooling) e os Grupos de Trabalho que têm vindo a ser constituídos para abordagem a estes setores industriais. Mais concretamente, serão realizadas em 2013 as seguintes atividades: - Indústria Aeronáutica: Feira “Aircraft Interiors” – Alemanha (9-11 Abril); - Indústria Médica: Feira “Compamed” – Alemanha (20-23 Novembro).

Participação Coletiva em Eventos Internacionais A organização de Participação Coletiva em Eventos Internacionais, de manifesta importância para a promoção da Indústria de Engineering & Tooling, será desenvolvida em conjunto com as empresas que nelas irão participar. Prevê-se a organização da participação nas seguintes exposições: - Interplastica - Rússia (29 Janeiro-1 de Fevereiro); - Plastimagen – México (12-15 Março); - Feiplastic - Brasil (20-24 Maio); - Plastec East – EUA (18-20 Junho); - K’2013 – Alemanha (16-23 Outubro); - Euromold - Alemanha (3-6 Dezembro).

Tendo em conta que o objectivo previsto para esta intervenção do Projeto será o desenvolvimento de contactos em mercados emergentes e de elevado potencial, serão desenvolvidas Missões Empresariais nos seguintes países: - Turquia (19-23 Março); - Eslováquia (9-12 Abril); - EUA (6-10 Maio); -Colômbia (8-12 Julho); - Brasil (9-13 Setembro); - Rússia (30 Setembro-4 Outubro); - México (11-15 Novembro). As ações propostas no Plano Conjunto alargam a área geográfica e setorial de intervenção do Setor em atividades promocionais coletivas, abordando novos mercados (Eslováquia e Colômbia), mantendo a intervenção em mercados de elevado potencial (Brasil, Rússia, Turquia e México), não esquecendo alguns mercados tradicionais (Alemanha e EUA) em termos geográficos. Em termos industriais, dá-se continuidade à abordagem a novos mercados como é o caso da Indústria Aeronáutica e da Saúde, ao mesmo tempo que se evidencia a consistência e consolidação de uma estratégia promocional do Setor junto da Indústria Automóvel.

Disseminação de Informação O enquadramento deste Projeto na Estratégia de Eficiência Coletiva do Setor permitirá alargar os seus efeitos de demonstração e disseminação de resultados a outros membros do Pólo de Competitividade e Tecnologia Engineering & Tooling. Para além da regular publicação de artigos, reportes e informação de mercado, pretende-se promover a realização de workshops que promovam a troca de informações relevantes no domínio da performance competitiva da Indústria de Engineering & Tooling Portuguesa, permitindo captar os pontos de vista de diferentes clientes e setores de atividade sobre diferentes fatores de competitividade (preços, prazos, eficiência, serviço, valor acrescentado, imagem, responsabilidade social, sustentabilidade), de forma a utilizá-los posteriormente na definição de orientações de referência para a atividade e posicionamento da Indústria junto dos mesmos. Todas as empresas interessadas em participar e/ou receber informações adicionais sobre o Projeto “Engineering & Tooling from Portugal 2013” e as ações nele incluídas, deverão contactar a CEFAMOL, via telefone – 244 575150 – ou via e-mail - cefamol@mail.telepac.pt

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MARKET REPORT

SEMANA DE MOLDES distinguida com selo +e+i

A “SEMANA DE MOLDES”, iniciativa promovida conjuntamente pela CEFAMOL, CENTIMFE e POOL NET recebeu o selo do Programa Estratégico +e+i pela importância da sua contribuição para o estímulo da cultura e das práticas de empreendedorismo e inovação em Portugal. A “SEMANA DE MOLDES” foi reconhecida publicamente no dia 14 de janeiro, pelo Secretário de Estado para o Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira, durante a sessão de divulgação que teve lugar no Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Coimbra com o objetivo de informar os públicos-alvo sobre o conjunto de políticas e medidas promovidas pelo Programa +e+i.

O Programa Estratégico para o Empreendedorismo e a Inovação, designado por +e +i, aprovado em Conselho de Ministros no dia 7 de dezembro de 2011, tem como objetivo promover uma sociedade mais empreendedora, alargar a base de empresas inovadoras com uma forte componente exportadora e promover a inserção de Portugal nas redes internacionais de conhecimento, de inovação e de empreendedorismo. O Programa +e+i pretende estimular a inovação dos produtos, processos e tecnologia, para melhorar a competitividade das empresas portuguesas.

Projeto de Promoção Internacional “Engineering & Tooling from Portugal 2013” aprovado

Das ações de promoção internacional previstas, salientamos a participação em 6 Feiras Internacionais (Interplastica – Rússia, Plastimagen – México, Feiplastic – Brasil, Plastec East - EUA, K2013 e Euromold - Alemanha) e de 7 Missões Empresariais (Brasil, Eslováquia, EUA, México, Rússia, Colômbia e Turquia). A CEFAMOL - Associação Nacional da Indústria de Moldes, viu aprovada a candidatura efectuada ao Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME, na modalidade de Projeto Conjunto, promovido no âmbito dos Sistemas de Incentivos do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional. O Projeto apresentado pela Associação e agora aprovado, insere-se na Estratégia de Eficiência Coletiva do Pólo de Competitividade e Tecnologia Engineering & Tooling, tem como principal objetivo apoiar a internacionalização e o esforço promocional deste Setor em importantes mercados para a sua consolidação e desenvolvimento, bem como para o alargamento da sua base exportadora para novos mercados e regiões.

Estão previstas ainda ações dedicadas especificamente à abordagem de mercados setoriais, como sejam o caso da Indústria Aeronáutica ou Médica, as quais serão desenvolvidas em colaboração com os respetivos Grupos de Trabalho constituídos do seio da Associação Pool-net. As iniciativas inseridas no plano de ação da CEFAMOL, irão realizar-se durante o ano de 2013 e correspondem a um investimento elegível de 852.860,50 Euros, que irão apoiar a participação do Sector de Engineering & Tooling nas ações acima mencionadas.


CEFAMOL promove Engineering & Tooling Nacional no mercado Turco

No âmbito do conjunto de ações de Promoção Internacional agendadas para o ano 2013, a CEFAMOL organizou no passado mês de fevereiro uma Missão Empresarial na Turquia. Esta ação, que decorreu entre os dias 18 e 22 de fevereiro nas regiões de Istambul e Bursa, está enquadrada no Projeto de Internacionalização “Engineering & Tooling From Portugal 2013”, tendo contado com a participação de 4 empresas nacionais, nomeadamente: Moldit, PMM, Socem e TJ Moldes.

Esta iniciativa permitiu às empresas nacionais uma abordagem objetiva ao mercado turco, possibilitando não só a apresentação das suas capacidades e competências técnicas, mas também o conhecimento de novos projetos em que as empresas portuguesas possam vir a colaborar. O feedback recebido até ao momento por parte das empresas participantes é bastante positivo e, apesar de não estar programada uma segunda ação coletiva para o mercado no presente ano, ficou a porta aberta para a organização de futuras iniciativas no próximo ano, não só pelo potencial que o mercado engloba, mas também pela excelente recetividade da oferta nacional por parte das empresas locais visitadas.

INTERPLASTICA 2013 Uma porta para o mercado Russo Apesar de não estarem ainda disponíveis dados oficiais sobre o número de visitantes e a sua tipologia, a avaliar pelo número de contactos estabelecidos pelas empresas nacionais, este foi uma das melhores edições dos últimos anos em termos de qualidade e quantidade dos mesmos. Estes indicadores demonstram a retoma do investimento e do crescimento do mercado, assim como o surgimento de novos players, quer locais, quer internacionais, que em muito contribuem para a dinamização destes fatores. A retoma do mercado e o investimento promocional das empresas do Setor no mesmo, proporcionará certamente um crescimento das exportações para a Rússia ao longo deste ano, dando uma posição de destaque e de notoriedade à nossa Indústria na região Leste da Europa. Realizou-se entre os dias 29 de janeiro e 1 de fevereiro, no Centro de Exposições da cidade de Moscovo, na Rússia, a Feira “Interplástica 2013”, primeira ação promocional coletiva realizada no âmbito do Projeto de Internacionalização “Engineering & Tooling from Portugal 2013”. Esta ação contou com a participação de 4 empresas portuguesas - Geco, LN Moldes, Moldes RP e Tecmolde – que formaram um Pavilhão Nacional com cerca de 100 metros quadrados de exposição.

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De referir que o Projeto “Engineering & Tooling from Portugal 2013” é promovido pela CEFAMOL, enquadrando-se na estratégia de promoção do Pólo de Competitividade Engineering & Tooling, sendo apoiado no âmbito do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME (SI Qualificação de PME), do QREN.

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MARKET REPORT

TOOLING NACIONAL MARCA PRESENÇA NA FEIRA “PLASTIMAGEN 2013”

Integrado no Projeto de Internacionalização “Engineering & Tooling From Portugal 2013”, a CEFAMOL promoveu a participação coletiva de um grupo de empresas nacionais na Feira Internacional “Plastimagen 2013”, que teve lugar na Cidade do México, entre os dias 12 e 15 de Março. A edição deste ano teve lugar no Centro de Convenções Banamex, e contou com a participação de seis empresas portuguesas no Pavilhão Nacional organizado pela CEFAMOL - Geco, Moldegama, Moldes RP, SET, Tecnifreza e Tecnimoplas. O feedback positivo recolhido durante a ação e o crescimento deste mercado, leva a crer que são muito boas as

perspetivas de negócio para as empresas nacionais, estando desde já a CEFAMOL em contacto com os organizadores do evento de forma a garantir as melhores condições para a presença na próxima edição do evento, a qual decorrerá em Novembro de 2014. Todos as empresas interessadas em integrar o Pavilhão Nacional poderão, a partir deste momento, manifestar a sua vontade de participação junto da CEFAMOL.


PROMOÇÃO INTERNACIONAL NO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2013 Ao longo do segundo trimestre de 2013, a CEFAMOL irá dar continuidade ao seu plano de promoção internacional da Indústria com ações a realizar nos EUA, Alemanha, Eslováquia e Brasil.

que posteriormente se veio a inverter ao longo dos últimos anos, essencialmente devido aos constrangimentos provocados pelas taxas alfandegárias existentes que limitam a intervenção neste mercado.

EUA: O mercado norte americano, será o principal enfoque das ações promocionais coletivas a organizar pela CEFAMOL no segundo trimestre do corrente ano, estando prevista a organização de uma Missão Empresarial ao Mercado (6 a 10 de Maio) e organização de um Pavilhão Nacional na Feira “Plastec East”, que se realiza na cidade de Filadelfia, entre os dias 18 e 20 de Junho.

Registamos no entanto, desde 2008, o desempenho da Indústria face às vicissitudes acima descritas e o crescimento progressivo da nossa presença no Brasil, país que em 2012 representou 4% das nossas exportações, o quinto mercado nacional.

Relembramos que os Estados Unidos da América são um mercado historicamente tradicional para a Indústria de Moldes nacional e, simultaneamente, o maior mercado mundial. Em 2012, e apesar de nos últimos anos as relações comerciais entre os dois países nesta área terem enfraquecido, em muito devido à desvalorização do euro face ao dólar, os EUA continuam a ser um dos principais destinos das nossas exportações, com cerca de 2% do total, a mesma percentagem de outros mercados de elevado potencial, tais como México ou Rússia. Eslováquia: A importância de alargar o espaço de intervenção e promoção da Indústria Portuguesa de Engineering & Tooling, diversificando mercados de atuação e consolidando posições perante os seus principais concorrentes estão entre os principais fatores para a realização de ações de promoção neste mercado. O mercado da Europa Central tem-se apresentado nos últimos anos com um assinalável crescimento e evolução. Acompanhar estas tendências e consolidar uma presença que tem vindo a ser reconhecida oficialmente através dos dados estatísticos referentes à exportação do nosso Setor é um dos objetivos primordiais para esta ação. O alargamento desta intervenção a mercados menos explorados pelas empresas nacionais, caso da Eslováquia, pretende reforçar esta presença e tirar partido de sinergias no mercado. Neste contexto, a CEFAMOL organizará uma Missão Empresarial no mercado entre os dias 8 e 12 de Abril, ação integrada no Plano Integrado de Promoção “Polónia/República Checa/Eslováquia”, cujo plano de intervenção está em curso desde o início de 2011.

A organização de ações de promoção no mercado tem vindo a ser fundamental para reforçar a presença, imagem e notoriedade da Indústria Portuguesa de Engineering & Tooling, num dos países que mais tem crescido nos últimos anos a nível mundial. Devido a este crescimento, a indústria do plástico tem sentido necessidade de recorrer a novos fornecedores além-fronteiras que possam responder positivamente às solicitações que não têm resposta no mercado interno. É neste contexto que em Maio, mais concretamente, entre os dias 20 e 24, a CEFAMOL organizará a participação coletiva (Pavilhão Nacional) na Feira “Feiplastic” (antiga Brasilplast) – o mais importante evento dedicado à Indústria de Plástico realizado no Brasil. Alemanha: Sendo a Indústria Aeronáutica um setor estratégico em crescimento, que apresenta diversas oportunidades de inovação para as empresas nacionais, destacando-se a introdução de novas tecnologias e a utilização de novos materiais plásticos, importa atuar numa lógica de desenvolvimento tecnológico e organizacional das organizações e do Setor. A organização de uma Missão de Prospeção à Feira “Aircraft Interiors”, que se irá realizar na cidade de Hamburgo entre 9 e 11 de Abril, integra-se nesta estratégia. Este é um dos principais certames a nível mundial dedicado a componentes aeronáuticos, nomeadamente interiores, sendo neste subsegmento que há a maior potencialidade para a produção de peças plásticas, onde a Indústria é especialista. A ação irá permitir o contato direto entre empresas nacionais, que têm, ao longo dos últimos anos, vindo a desenvolver competências específicas para servir esta Indústria e alguns dos principais compradores e fornecedores das grandes empresas aeronáuticas internacionais.

Brasil: Este mercado foi até ao início da primeira década do século XXI um importante cliente do nosso Setor, situação

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NOVOS MERCADOS

SÃO APOSTA FORTE DA INDÚSTRIA Manuel Oliveira; Patricio Tavares - Cefamol

Numa altura em que o nosso País atravessa uma situação delicada no plano económico e social, a CEFAMOL não pode deixar de destacar a performance e o crescimento das exportações do nosso Setor, congratulando empresas, empresários e colaboradores, pelos resultados alcançados em termos internacionais no ano que agora finda. Os valores de exportação registados em 2012, e que dão continuidade aos resultados positivos conseguidos em 2011, demonstram que a aposta na oferta de soluções integradas e tecnologicamente avançadas ao mercado, mantendo o rigor, fiabilidade, precisão e credibilidade que fazem da nossa Indústria uma referência internacional, tem sido uma estratégia válida e com resultados palpáveis. Por outro lado, a estratégia de diversificação de mercados preconizada, defendida e dinamizada pela CEFAMOL ao longo dos últimos anos tem vindo, progressivamente, a dar resultados, sendo notória a redução do peso percentual das exportações (não acontecendo o mesmo em termos de valor) para aqueles que têm sido, na última década, os três

principais mercados destino da nossa produção – Alemanha, França e Espanha. Em simultâneo, assistimos ao crescimento da presença nacional em mercados e regiões que têm tido menor peso nas exportações da Indústria, mas que se apresentam com altos índices de desenvolvimento e são geradores de novas oportunidades de negócio, como é o caso do Brasil, México, EUA, República Checa, Polónia ou Rússia, para apenas mencionar os mais relevantes. Fruto do aumento das vendas em 2012 e uma vez que o Setor não é estático, necessitando estar constantemente equipado com os meios tecnológicos mais avançados para fazer face às exigências e necessidades dos seus clientes e enfrentar a sua concorrência internacional, em paralelo a esta intervenção no mercado, registam-se novos investimentos nas empresas que permitam mais facilmente concorrer a projetos internacionais e diversificar as suas áreas de atuação. Nichos de mercado como a aeronáutica, a indústria médica ou a energia e ambiente, são uma aposta forte para minimizarmos a dependência do setor automóvel.


É neste contexto que entramos em 2013. Um ano que apresentará certamente novos desafios ao nosso Setor com o anunciado abrandamento da produção na Europa, nomeadamente na segunda parte do ano, e em alguns dos nossos principais setores clientes, pelo que será fundamental manter esta trajetória de diversificação e consolidar o nosso posicionamento e presença junto de clientes tradicionais, dos novos clientes que conseguimos trazer nos últimos anos para Portugal e daqueles que conseguimos recuperar depois de um período a trabalharem com outros países e regiões. Para que tal seja possível será fundamental continuar a promover a cooperação inter-empresarial, conseguir o apoio do sistema financeiro e a sua abertura para apoiar novos investimentos, continuar a promover a inovação e a ligação com Universidades e Centros de Saber na criação de soluções integradas e inovadoras, dando um importante contributo para a diferenciação da oferta nacional e o reforço do seu posicionamento internacional. De acordo com a sua Missão, a CEFAMOL continuará neste ano a apoiar as empresas a trilhar este caminho, reforçando potencialidades, competências e competitividade do Setor e das empresas suas Associadas, junto de clientes e potenciais clientes da Indústria, do poder público e instituições oficiais, dos centros de saber e de ensino, mas

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também junto dos nossos fornecedores e concorrentes internacionais, entre outros stakeholders. Ao longo de 2013, a CEFAMOL irá dar continuidade ao seu esforço de promoção internacional da Indústria alicerçado na Marca “Engineering & Tooling from Portugal”, ao reforço e aprofundamento de competências de empresários, quadros e colaboradores através da formação profissional realizada em diferentes áreas temáticas, promovendo o conhecimento, partilha de informação e experiências em seminários, workshops e sessões que irão ser organizadas, mas também através das suas publicações, onde se destaca a Revista “O Molde”. Ao organizar estas diferentes iniciativas que facilitem a interação e cooperação entre os seus Associados, pretendemos contribuir significativamente para o reconhecimento, desenvolvimento, competitividade e sustentabilidade da nossa Indústria. É neste enquadramento que pretendemos contar com a participação das empresas na partilha de conhecimento e de experiências, na intervenção pró-ativa nas atividades que vamos regularmente organizando e na utilização e promoção, a nível nacional e internacional, da Marca coletiva “Engineering & Tooling from Portugal”, a qual deverá ser entendida como um desígnio do nosso Setor.

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MARKET REPORT

EVOLUÇÃO E PERSPECTIVAS MACROECONÓMICAS DO MÉXICO Rui Gomes AICEP México


México é uma das economias de destaque, no continente americano. De acordo aos indicadores do Fundo Monetário Internacional, à semelhança de anos transactos, este país continua com taxas de crescimento importantes, registando incrementos do Produto Interno Bruto (PIB), em 2011, da ordem dos 3,9%. Para 2012 e anos subsequentes, antecipam-se crescimentos igualmente importantes, sempre acima de 3%. Assim sendo, o México terminou o ano de 2011 como sendo a 14ª economia mundial, com um PIB superior a 1,1 biliões de USD, com estreita e directa correlação com a evolução macroeconómica do seu principal parceiro comercial e vizinho, os Estados Unidos da América (E.U.A.). No que diz respeito a outros indicadores, o México tem seguido, desde há mais de 10 anos, uma política monetária e fiscal que procura a estabilidade macroeconómica. As suas reservas internacionais, que atingiram, em Março de 2012, valores próximos dos 149 mil milhões de dólares americanos (USD), são uma base de confiança para os mercados internacionais. Também as taxas de câmbio, face ao USD e ao Euro, se têm mantido relativamente estáveis, rondando actualmente os 13,0 pesos mexicanos (MXN) por USD, e de 17,0 MXN por EUR. Esta estabilidade cambial tem também influenciado positivamente os índices de inflação, que se têm mantido estáveis, com níveis actuais da ordem dos 4,0%.

pelo consumo. Esperam-se crescimentos importantes do consumo interno, já que a média da população é de 28 anos, e verificaremos uma incorporação dos cerca de 33 milhões de estudantes aos mercados laborais, aumentando assim os níveis de ingressos das famílias mexicanas. Por outro lado, o México goza dum posicionamento geográfico de grande destaque, sendo o principal parceiro económico da maior economia do mundo. Têm já muito desenvolvidos os canais de acesso a esse mercado, sendo também líder em relação aos países da América Central. Este posicionamento, considerando que Portugal é, na Europa, o ponto geográfico mais próximo do México, pode ser aproveitado pelas empresas portuguesas, como plataforma para a entrada de empresas portuguesas na América do Norte e América Central.

13,3% - Restantes 2,7% - Canada 3,9% - Coreia do Sul 4,7% - Japão 10,8% - União Europeia 14,9% - China 49,7% - E.U.A.

F2 – Importações por país, 2011 [fonte: inegi]

8,2% - Restantes 1,4% - Brasil

México, um mercado aberto ao exterior

1,6% - Colombia 1,7% - China

O México tem actualmente uma rede de 12 Tratados de Livre Comércio com 44 países, entre eles, o Tratado de Livre Comércio com a União Europeia. Este mecanismo reduziu drasticamente os impostos à importação, sendo que a grande maioria dos produtos estão isentos de pagamentos de impostos à importação. Dentro destes produtos, estão incluídos os moldes de injecção e outros bens de capital.

3,1% - Canadá 5,5% - União Europeia 78,6% - E.U.A.

F1 – Exportações por país, 2011 [fonte: inegi]

O México é um mercado que poderá representar grandes oportunidades para as empresas portuguesas, e particularmente as produtoras de moldes e máquinas. A sua dimensão, a forte capacidade industrial e as necessidades de crescimento a médio prazo, levarão a grandes necessidades que poderão ser aproveitadas. O mercado interno, por si só, apresenta oportunidades importantes com uma população de mais de 112 milhões, com crescente apetência

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Em termos de sector externo, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, Geografia e Informática mexicano (INEGI), verificamos uma recuperação significativa, quer das importações, quer das exportações. Contabilizaram-se, em 2011, importações mexicanas da ordem dos 350,8 mil milhões de USD, enquanto que as exportações, ligeiramente inferiores, cifraram-se em 349,7 mil milhões de USD (cres-

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cimentos de 16,4% e 17,2% face a igual período de 2010, respectivamente).

MARKET REPORT

~ 4,500 Empresas ~ 180 mil empregos directos ~ 25 Empresas especializadas ~ 300 empregos directos

Fornecedores de

10% - Capital

14,8% - Consumo Petroquímica Secundaria

Fornecedores de Resinas e

~ 80 Empresas fabricantes ~ 160 Empresas distribuidoras ~ 9 mil empregos directos

Maquinaria, Equipamentos e

Utilizadores Intermédios de Plásticos

Consumidor Final

~ 20 Empresas fabricantes ~ 100 Empresas distribuidoras ~ 1,200 empregos directos

F4 – Composição da cadeia de valor [fonte: ANIPAC]

75,3% - Intermédio

F3 – Importações do México, por tipo de bem 2011 [fonte: inegi]

Dentro dos países com mais peso nas exportações, destacam-se os E.U.A. com quase 80% do total, a União Europeia no seu todo com 5,5%, o Canadá e a China com 3,1% e 1,7% respectivamente. Em termos de importações, o México tem vindo a diversificar os seus fornecedores, e apesar dos E.U.A. representarem sensivelmente metade das exportações, a China e a União Europeia têm vindo a posicionar-se, com 14,9% e 10.8% respectivamente. Como podemos ver do gráfico seguinte, predomina a importação de bens intermédios, nomeadamente para abastecer a “Maquila”, indústria que importa matérias-primas e transforma, reexportando o produto processado, aproveitando factores de competitividade (mão-de-obra com custos reduzidos, benefícios de diversas índoles à instalação da indústria). No entanto, os bens de capital (maquinaria, equipamento, moldes) representam 10% do total importado, ou seja, mais de 35 mil milhões de USD.

A relação comercial com Portugal Balança 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Comercial Exportações 139.320 120.078 222.472 203.638 404.746 462.402 Importações 261.236 225,481 114,935 54,475 176,162 230,866 Saldo -121,915 -105,403 107,537 149,163 228,584 231,536 Coef. Cobert. 53.3% 53.3% 193.6% 373.8% 229.8% 200.3%

Transformação

~ 4,100 Empresas produtoras ~ 170 mil empregos directos

As relações comerciais entre Portugal e o México têm aumentado significativamente, nos últimos anos. Para isso tem também contribuído a entrada em vigor do Acordo de Livre Comércio entre o México e a União Europeia. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), no período de 2006 a 2011, o crescimento médio anual das exportações de Portugal para o México foi de 35,2%. As importações de Portugal ao México registaram um aumento médio, no mesmo período, de 27,8%. A balança comercial total, em ambos os sentidos, valores superiores a 693 milhões de euros. O ano de 2010 foi muito importante para aumentar o fluxo, considerando que as exportações de Portugal para o México aumentaram mais de 99%. As importações de Portugal ao México registaram, naquele ano, um aumento de 223%. Também em 2011 se manteve a tendência de crescimento. Durante este período, Portugal exportou para o México 462,4 milhões de euros, e importou deste país 230,9 milhões de Euros. Por essa razão, e considerando o crescente interesse das empresas portuguesas, o México é um mercado prioritário para Portugal, actualmente o 11º cliente em termos gerais, e o 4 º entre os países fora da União Europeia.

A Indústria de Plásticos mexicana Var% 06/11 35,2% 27.8% – –

Var% 10/11 14,2% 31.1% – –

T1 – Balança Comercial Portugal - México [fonte: INE]; [valores em milhares de Euros]

O plástico é um elemento fundamental na sociedade e indústria mexicana. Segundo a Associação Nacional de Indústrias do Plástico (ANIPAC), a cadeia industrial do plástico é composta por aproximadamente 4.500 empresas, gerando aproximadamente 180 mil empregos directos e mais de 800 mil indirectos. Como podemos observar da figura anterior, a cadeia industrial do plástico está integrada por poucos produtores de resina (15 empresas concentram quase


80% do total produzido) e de bens de capital, já que, do total de empresas, apenas 20 fabricam e 100 distribuem maquinaria, equipamentos e ferramentas (que incluem os moldes de injecção de plástico). A maioria das empresas transforma plástico.

Automóvel, 4% Eléctrico/Electrónico, 8% Construção, 13%

Agrícola, 3% Industrial, 1% Médico, 1%

5,8 Milhões de Toneladas

Produção e consumo de plástico Em seguida apresentamos informação quantitativa do sector: O México produz anualmente 4,5 milhões de toneladas de produtos de plástico, consumindo cerca de 5,8 milhões de toneladas destes produtos. Em valor, estimam que a indústria represente aproximadamente 20 mil milhões de USD.

Consumo, 23%

Embalagem, 47%

F6 – Consumo de plástico por tipo de produto [fonte: ANIPAC]

Dentro dos sectores descritos, a embalagem e os produtos de consumo têm um peso importante no total consumido, o que demonstra que existe apetência por este tipo de produtos. Os sectores Eléctrico/Electrónico, Automóvel e Industrial, representam 13% do total consumido.

injecção, 28%

Extrussão, 45%

F7 – Transformação de plásticos contribuição por região, % total [fonte: ANIPAC]

Sectores de interesse para as empresas portuguesas de moldes de injecção de plástico

Sopro, 21%

Remodelagem, 2%

Outros, 4%

F5 – Segmentação por processo de produção [fonte: ANIPAC]

A indústria de plástico está concentrada em regiões específicas. Cerca de metade das empresas está localizada na região centro do país, e aproximadamente dois terços dos activos empresariais estão divididos por 4 estados, Distrito Federal, Estado do México, Jalisco e Nuevo León. As regiões norte e centro concentram cerca de 80% da produção e do valor agregado:

17

Da que podemos constatar, existem diversos sectores que poderão representar oportunidades para as empresas portuguesas. Para além dos sectores da embalagem, mobiliário, electrodomésticos e electrónicos, produtos para o lar, cujo consumo é crescente, consideramos existir potencialidade nos sectores automóvel e aeronáutico, em pleno auge:

Sector Automóvel Este sector tem-se revelado como um motor da economia mexicana. Segundo Associação Mexicana da Industria Automóvel (AMIA), a produção de automóveis em 2011 bateu recordes, atingindo 2.557.550 unidades, 13.1% acima de 2010.

ENGINEERING & TOOLING


18

A produção local destina-se em grande medida para exportação já que, do total produzido, em média, 83,3% é destinado a exportação. As exportações cresceram 15.3% face a 2010, tendo o México exportado 2.143.883 veículos.

Empresa

Ano de Produto início 1981 Camiões RAM 1981 Motores Estado de México 1968 Journey, PT Cruiser deixou de se produzir Toluca em 2010 1932 Em 2007 fecha para remodelação Estado de México Cuautitlán 2010 Reabertura com novo Fiesta Sonora Hermosillo 1986 Fusion Híbrido, Milan Híbrido e MKZ Híbrido. Chihuahua Chihuahua 1983 Motores Ramos Arizpe Coahuila 1979 SRX, Captiva, Chevy, HHR, Monza, Vue Escalade EXT,GMC Sierra, Avalanche, Pick 1992 up Silverado. Para exportação Silverado Guanajuato Silao Hibrido, Sierra Híbrido Cidade

Saltillo Saltillo

Chrysler

Ford

General Motors

Estado

Coahuila Coahuila

Estado de México 1935 Motores Toluca 2007 Aveo San Luís Potosi San Luís Potosi Accord 4 portas deixa de produzir-se em 1995 2007 Jalisco El Salto 2007 CR-V Aguascalientes Aguascalientes 1982 Sentra, Tiida HB e March Aguascalientes Aguascalientes 1982 Motores de 4 cilindros Camionetas pick up, Frontier L4, Tsuru e Morelos Cuautla 1966 Tiida Sedan Baja Califórnia Norte 2004 Tacoma Tecate

Honda

Nissan Toyota

Puebla

Puebla

Beetle, Jetta / Clássico, Jetta TDI / Clássico 1954 TDI, Novo Jetta, Sportwagen e Camiões Pesados

Silao

Guanajuato

2013 Motores de alta tecnologia

Volkswagen

MARKET REPORT

De referir que existem, em algumas regiões do país, problemas de segurança relacionados com o crime organizado, que poderão inviabilizar investimento estrangeiro. No entanto, a indústria já instalada tem verificado crescimentos importantes, e não dá sinais de desinvestimento.

Indústria Aeronáutica Actualmente, a industria aeronáutica está em franco desenvolvimento, no México. A base deste desenvolvimento prende-se com a presença, no México, de fabricantes de aviões comerciais: Empresa

Estado

Produto

Bombardier Querétaro

Montagem de partes eléctricas para aviões, estruturas de fuselagem, caudas e estabilizadores para aviões.

Cessna

Chihuahua

Subconjuntos de folha de alumínio, fuselagens e asas de fibra de carbono para aeronaves

Gulfstream

San Luís Potosi Partes eléctricas e metálicas para interiores de aviões. Partes de metal laminado para asas, caudas e fuselagens, tampas do trem de aterragem, instrumentos de navegação, Jalisco válvulas, parafusos, interruptores e partes de assentos para aeronaves.

Hawker Beechcraft

T3 – Localização das fábricas sector aeroespacial [fonte: Secretaria de Economia México]

T2 – localização das fábricas sector automóvel [fonte: AMIA] Componentes Electrónicos

Volkswagen, 22,4%

24,40%

Outros produtos de avião

Fiat, 2,6%

14,50% 14,50%

Ford, 20,3%

Toyota, 2,2%

Maquinados e metais

13,50%

Partes para Turbinas Montagem, manufactura e reparação Partes Electricas

11,30% 8,40% 7,30%

Nissan, 26,7% Honda, 2%

General Motors, 23,9%

Produtos Isolantes

3,30%

Partes de Motor Interiores e equipamentos de emergência

2,90%

F9 – Produção aeronáutica por tipo, 2010 [fonte: Secretaria de Economia México]

5,8 Milhões de Toneladas

F8 – Produção automóvel por fabricante, 2011 [fonte: AMIA]

Recentemente, as fabricantes japonesas (Nissan, Honda e Mazda) anunciaram investimentos para criar ou ampliar unidades produtivas. Particularmente, a Nissan anunciou um investimento de 2 mil milhões de USD numa nova fábrica em Aguascalientes, que incluirá um parque industrial de abastecimento. Também a Volkswagen, que inaugurará fábrica em Silao, Guanajuato, para produzir 300.000 motores por ano, está a avaliar a instalação de uma unidade de produção da Audi. Este reforço implicará também investimentos por parte de fornecedores, como é o caso da Denso, Hella, Dr. Schneider, que já anunciaram intenção de investir, entre outras.

F10 – Balance comercial da indústria aeronáutica, 2011 [fonte: Secretaria de Economia México]; [valor: Milhões de Euros] a - Valores de Janero a Novembro

O México tem sido um destino prioritário desta indústria a nível mundial, já que, no período de 2000 a 2009, captou investimentos da ordem dos 33 mil


milhões de USD, superiores aos captados pelos E.U.A., China, Rússia ou Índia. A localização geográfica, próxima de grandes clientes como os E.U.A. ou o Canadá, e a experiência do sector automóvel, são factores de decisão. Actualmente, existem 248 empresas, por exemplo, Honeywell, Bombardier, Grupo Safran, EADS, ITP Engenharia e Fabricação (antes ITR), entre outras. Destas, 70,6% dedicam-se a produção, 12,5% a reparação e manutenção, e as restantes 16,9% a engenharia e design. Existe tendência para integração de cadeia de fornecimento nacional, o que aumentará o número de empresas que compõem a indústria. Países

2008

2009

2010

E.U.A. China Canadá Coreia do Sul Alemanha Japão Itália Dinamarca Austrália Portugal França Taiwan Singapura Espanha Suíça Restantes Total

397,155,152 74,672,000 120,903,547 91,277,606 37,390,403 80,068,957 34,350,854 639,506 16,759,226 14,772,261 14,898,157 19,884,901 5,700,450 12,183,976 3,109,243 33,934,925 957,701,164

413,808,480 90,451,253 93,651,003 105,800,048 38,193,811 71,993,289 33,261,693 5,459,227 13,223,916 11,215,690 16,552,337 16,951,555 4,900,812 10,052,244 4,591,493 33,810,033 963,916,884

318,516,928 99,601,122 113,627,918 126,072,503 55,443,165 54,911,435 30,220,902 10,810,011 19,594,815 9,440,143 10,718,101 18,026,254 4,768,358 10,676,274 6,321,232 40,171,729 928,920,890

2011

% 2011

289,212,021 31.4% 125,613,869 13.6% 113,557,000 12.3% 106,961,097 11.6% 62,868,484 6.8% 49,965,708 5.4% 25,865,417 2.8% 20,358,639 2.2% 17,639,627 1.9% 17,104,132 1.9% 16,383,225 1.8% 15,258,895 1.7% 9,834,456 1.1% 8,858,774 1.0% 8,734,538 0.9% 32,468,502 3.5% 920,684,384 100.0%

Var% 10/11 -9.2% 26.1% -0.1% -15.2% 13.4% -9.0% -14.4% 88.3% -10.0% 81.2% 52.9% -15.4% 106.2% -17.0% 38.2% -19.2% -0.9%

Entendemos que há uma forte oportunidade para as empresas portuguesas do sector dos moldes, especialmente aqueles com maior complexidade técnica, ou os de grande dimensão. Nos dois casos anteriores, a oferta portuguesa é reconhecida pelo mercado e competitiva.

Canais de Distribuição O processo de contratação destes produtos, neste mercado, passa por diferentes etapas. Por vezes, em sectores como o automóvel, a decisão de compra está centralizada no país de origem da Construtora. No entanto, pela importância crescente do México como produtor, cada vez mais se toma a decisão localmente, com a criação de centros de design para os projectos locais. Para acompanhar os novos projectos, os fabricantes de ferramentas optam, por vezes, por ter escritórios comerciais, ou agentes independentes. Para a importação, a figura do Agente Alfandegário (“despachante”) é obrigatória, para efectuar o processo burocrático com as autoridades. A importação é feita, regra geral, a nome do cliente final.

Decisor de compra

T4 – Importações de moldes para plástico [fonte: Secretaria de Economia México]; [valor: USD]

Como podemos verificar, esta indústria é extremamente activa. Em 2010, os E.U.A. foram o principal cliente das exportações mexicanas, com 74,3% do total, seguindo-se Canadá e França com 8,1% e 3,6, respectivamente.

Agente / Representante / Importador Produtor Escritório Comercial (Filial)

Cliente Final

Pós-venda / Assistência técnica Agente Alfandegário Importação

Importação de moldes de injecção de plástico Como podemos constatar, existe uma grande carência de bens de capital, no México. Os moldes de injecção não fogem a essa regra. A falta de produção local, por não haver tradição da indústria de ferramentas, e porque tradicionalmente a indústria se abastecia nos vizinhos do Norte, tem mantido alto o valor das importações de moldes. Analisando o quadro anterior, verificamos que o México importou, em 2011, mais de 920 milhões de USD de Moldes de Injecção para plástico, provenientes de diferentes países. Portugal registou, neste ano, um crescimento de 81,2% face a 2010.

19

F11 – Canal de distribuição. Produtos industriais [Escritório da AICEP na Cidade do México]

A assistência pós-venda é fundamental, pela complexidade das ferramentas, não existe inclusive capacidade local para dar assistência aos moldes já em operação. As empresas injectoras têm, regra geral, uma oficina de moldes, com ferramentas rudimentares, na qual se dá manutenção aos moldes (dentro do possível), e se efectuam alterações básicas.

México, análise SWOT para os moldes de injecção de plástico Em conclusão, identificamos no mercado mexicano potencial para as empresas fabricantes de moldes de injecção de plástico. O México é um grande consu-

ENGINEERING & TOOLING


20

Pontos Fortes

Pontos Fracos

• Reconhecimento pelo mercado da qualidade téc- • Custo elevado devido à valorização do Euro nica e imagem do produto de origem portuguesa; face ao dólar; • Capacidade de elaborar um projecto desde inicio; • Decisão, por vezes, tomada fora do México. • Grande know-how, indústria em Portugal é • Falta de acompanhamento das empresas madura. portuguesas ao mercado. Oportunidades

Ameaças

• Forte consumo de produtos plásticos; • Concorrência Asiática em moldes de • Presença forte da industria automóvel, que concepção mais simples. apresenta novos projectos a médio e longo prazo; • Fortalecimento da indústria aeronáutica; • Quase inexistência de indústria de moldes local; • Necessidade de assistência técnica local.

midor de plástico, a todos os níveis. Se bem que podemos referir diferentes segmentos industriais que transformam o plástico por injecção, como é o caso do sector da Embalagem, Produtos de consumo, Eléctrico / Electrónico, Utilidades para casa, entre outros, vemos com maior potencial os sectores que requerem moldes de grande precisão ou dimensão, como é o caso do sector aeronáutico e, claro está, o sector automóvel. Essa oportunidade terá, na nossa opinião, duas dimensões, a exportação de moldes para o mercado, e a assistência técnica aos moldes implantados. O México tem uma indústria de moldes incipiente, sendo que Portugal e as empresas portuguesas do sector são reconhecidos pela capacidade técnica e qualidade dos moldes elaborados, sendo a capacidade de participar nos projectos desde a concepção, uma vantagem na abordagem aos potenciais clientes. A apreciação do Euro face ao USD e ao MXP, tem retirado competitividade às ferramentas produzidas em Portugal, no que se refere a moldes de menor complexidade. No entanto, quando falamos de moldes complexos, ou de grande dimensão, Portugal continua a ser uma referência obrigatória.

Aspectos a ter em conta, na relação comercial com o México: 1. Antes de entrar no mercado, recolha toda a informação respeitante a este. Não improvise, prepare a sua vinda em temos de produto, preço, e outras variáveis determinantes (esforço de apoio à promoção, assistência pós venda, canais de distribuição, entre outros); Esteja preparado para dar orçamentos em Dólares Americanos; 2. Pensar a longo prazo: O México é um país com muito potencial, mas, apesar de que normalmente a negociação é positiva, não quer dizer que haja encomenda efectiva. A distância cria dificuldades ao acompanhamento dos negócios. Por questões culturais,

MARKET REPORT

criam-se expectativas das reuniões que só se cumprem caso o follow up seja efectivo. No entanto, quando esta acontece, o comprador mexicano tende a ser leal. Há que ter em atenção que, pela educação dos mexicanos, será sempre bem recebido e dificilmente receberá um não directo; 3. Estar consciente que o mercado é muito competitivo, e é um mercado de compradores, que exige atenção contínua e visitas frequentes: “quem não aparece, esquece...”. Poderá complementar as visitas com participações em feiras; 4. Se bem que a Cidade do México é o mercado mais importante, às vezes é conveniente entrar por outras regiões, onde a indústria é também forte (Guadalajara, Monterrey, por exemplo); 5. À altura de facturar, contratar sempre seguro de crédito, ou, em alternativa, emitir uma carta de crédito; 6. A logística tem um valor muito importante em todo o processo comercial. Qualquer documento tem que estar correctamente redigido, já que ao menor erro provocará a detenção da mercadoria nas alfândegas. As alfândegas mexicanas não toleram qualquer erro na documentação. Estas questões são particularmente importantes em primeiros embarques, já que se pode prejudicar uma relação comercial por questões administrativas; 7. Normalmente, o horário de funcionamento dos escritórios será das 9:00 às 18:00, com 1 a 2 horas de almoço (entre as 14 e as 16 horas). Muitos negócios são fechados às refeições (pequeno almoço, almoço ou jantar). O idioma mais usado é o castelhano, mas muitas vezes poderão utilizar o inglês. As reuniões são normalmente formais, há que ter em atenção ao trânsito. 8. Segurança – É extremamente importante ter em consideração a dimensão do país e observar os cuidados necessários, por exemplo, de não dar nas vistas, não apanhar táxis na rua, evitar saídas em horas tardias. Evitar zonas de reconhecido perigo.



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MARKET REPORT

EVOLUÇÃO DOS MERCADOS PESO DOS MERCADOS TRADICIONAIS NAS EXPORTAÇÕES NACIONAIS

MERCADOS TRADICIONAIS

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OUTROS MERCADOS TRADICIONAIS

MERCADOS EUROPA CENTRAL

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MERCADOS AMERICANOS

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