Ano 2
A Indústria de Engineering & Tooling em Números Indústria Clientes do Sector de Tooling
Enquadramento Macroeconómico do Mercado da Polónia
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Número 5 ı
Trimestral
ı Abril 2014
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MARKET REPORT
A Indústria de Engineering & Tooling em Números Manuel Oliveira - Cefamol
2_PRODUÇÃO VS EXPORTAÇÃO (MILHÕES DE EUROS)
A Indústria Portuguesa de Moldes tem vindo a crescer e a consolidar a sua notoriedade no mercado internacional, impulsionada, quer pela procura externa, quer por uma competitiva relação qualidade/preço/prazos de entrega. Actualmente, o Sector Português de Moldes possui cerca de 450 empresas, com dimensão de PME, dedicadas à concepção, desenvolvimento e fabrico de moldes e ferramentas especiais, e emprega cerca de 7.640 trabalhadores, com uma distribuição geográfica bipolar, designadamente nas regiões da Marinha Grande e Oliveira de Azeméis. Portugal encontra-se entre os principais fabricantes mundiais de moldes, nomeadamente, na área dos moldes para injecção de plásticos, exportando actualmente mais de 85% da produção total. A análise da evolução da balança comercial ao longo das duas últimas décadas demonstra a forte vocação exportadora do Sector. Em 2013, a exportação atingiu um valor de cerca de 543 milhões de euros sendo que valor total de produção foi cerca de 639 milhões de Euros, facto representativo de que Portugal, ao longo dos anos, tem demonstrado uma elevada capacidade de adaptação às necessidades dos seus clientes e às evoluções, quer dos mercados, quer das tecnologias. É um Sector inovador e de alta intensidade tecnológica que exporta a larga maioria da sua produção, tendo em 2013 como principais mercados a Espanha, Alemanha, França, Polónia e Estados Unidos. 1_BALANÇA COMERCIAL
Fonte: AICEP e CEFAMOL
3_EVOLUÇÃO DO MERCADO DE EXPORTAÇÃO
Fonte: AICEP e CEFAMOL
A análise do gráfico anterior sublinha a forte orientação exportadora do Sector (a exportação nunca é inferior a 75% da produção), tendo o valor mais baixo sido registado nos anos associados à crise conjuntural registada nos últimos anos. Por outro lado, esta situação, que se verifica com maior intensidade desde 2004, também deriva do crescimento assinalável que a Indústria nacional, nomeadamente de plásticos, tem tido ao longo dos últimos anos, muitas vezes impulsionada pelo alargamento da cadeia de valor das empresas de moldes. O valor total das exportações portuguesas atingiu, em 2013, cerca de 543 milhões de euros, sendo que as vendas foram efectuadas para 80 mercados (países) distintos, o que demonstra a dimensão internacional e global desta Indústria. Apresenta-se em seguida um quadro que melhor pode ilu4_EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS MERCADOS CLIENTES
Fonte: AICEP Unidade: milhões de Euros.
A análise da evolução da balança comercial ao longo dos últimos anos demonstra a forte vocação exportadora do Sector. O saldo da balança comercial registou uma tendência de crescimento nos anos considerados, tendo passado de 268.78 milhões de euros em 2003 para 407,98 milhões de euros em 2013.
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Fonte: CEFAMOL
ENGINEERING & TOOLING
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5_EXPORTAÇÕES POR ZONA ECONÓMICA (%)
MARKET REPORT
Da análise dos dados do comércio externo português, relativos ao ano de 2013, salienta-se que os cinco principais destinos das exportações portuguesas foram: Espanha (24%), Alemanha (20%), França (16%), Polónia (5%) e Estados Unidos (4%). 7_PRINCIPAIS CLIENTES 2012
Fonte: AICEP
strar a evolução dos mercados clientes, ao longo dos últimos anos. Em termos de importância das regiões económicas, mantém-se a preponderância do mercado europeu, e principalmente comunitário, representando nos últimos anos cerca de 81% do total de exportações. Importa salientar o decréscimo de exportações para a América do Norte nos últimos anos, tendo em 2012 atingido um mínimo histórico de 2% de exportações. Esta diminuição é explicada essencialmente pela deslocalização de empresas clientes existentes neste mercado para países com baixos custos de mão-de-obra e pela forte depreciação do Dólar Americano face ao Euro. 6_PRINCIPAIS MERCADOS 2013
Fonte: CEFAMOL
A informação estatística, referente às principais indústrias servidas pelo Sector de Moldes, faz sobressair tanto a ideia de que a indústria automóvel tem vindo a consolidar o seu crescimento e importância no desenvolvimento do Sector, tendo evoluído de um peso relativo de apenas 14%, em 1991, para 78% em 2013. No entanto, regista-se a presença do Sector em outros sectores industriais de grande importância para o desenvolvimento de novos produtos na economia mundial, assim como a procura por novas áreas e nichos.
Fonte: AICEP/CEFAMOL
Indústrias Clientes
DO SECTOR DE TOOLING
Manuel Oliveira; Patricio Tavares - Cefamol
A informação disponível sobre os sectores clientes da indústria de moldes nacional tem vindo a ser obtida com recurso a inquéritos às empresas do sector.
EVOLUÇÃO PRINCIPAIS INDÚSTRIAS SERVIDAS
A última informação disponível é de 2012, e confirma a evolução verificada nos períodos anteriores ou seja, a enorme concentração no sector automóvel que representa já 78% do mercado e a progressiva perda de importância de todos os outros sectores uma vez que o segundo mercado (embalagem) representa apenas 8% das vendas. Algum esforço de diversificação tem vindo a ter lugar nos últimos anos, no sentido de se ganhar quota de mercado em sectores de maior valor acrescentado como sejam as tecnologias da saúde e na aeronáutica. Contudo, tal esforço ainda não se materializou em volume de negócios relevantes. PRINCIPAIS INDÚSTRIAS SERVIDAS (%)
No gráfico seguinte pode se analisar o comportamento das actuais indústrias servidas no ano de 2013, onde se confirma mais uma vez a importância da indústria automóvel para as empresas nacionais do Sector de Moldes. Esta importância económica confunde-se facilmente com uma dependência, estrategicamente prejudicial para o Sector, na medida em que quaisquer variações económicas e/ou financeiras na indústria automóvel, afectam directamente as empresas de moldes nacionais. No entanto, o potencial que o automóvel encerra, aliado às competências técnicas adquiridas ao longo dos anos através de um processo de aprendizagem contínuo, faz com que o trabalho desenvolvido para esta indústria seja visto como um conquista que não deve ser menosprezada.
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Por outro lado, conseguimos perceber que as outras indústrias, de menor relevância em 2013 na produção nacional de moldes, em 1984, ano de referência inicial, representavam 56% das exportações. Este valor é justificado pela importância de indústrias fortes na época, nomeadamente as indústrias dos brinquedos, utilidades domésticas e material eléctrico, que actualmente não são estratégicas derivado do baixo nível técnico exigido e dos preços praticados pela concorrência global. Em termos estratégicos, o futuro da indústria de Engineering & Tooling nacional passa pela consolidação da notoriedade do sector junto da indústria automóvel, assim como na aposta em indústrias de alto valor acrescentado, tais como a médica e a aeronáutica. Esta aposta implica investimento e aprendizagem a médio longo prazo, tal como foi feito com a indústria automóvel há alguns anos atrás, sempre conscientes das características e especificações que cada indústria encerra. No que diz respeito às indústrias da embalagem, electrónica e electrodomésticos, a abordagem deve ser repensada, na medida em que a oferta existente pode já não se adequar às exigências do mercado, motivo pelo qual têm perdido importância ao longo dos anos. Apostas na inovação e economia, quer a nível de processos, quer a nível do produto final, poderão ser um factor importante para a competitividade das empresas Portuguesas nestas indústrias.
ENGINEERING & TOOLING
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MARKET REPORT
NPE 2015 – Inscrições Abertas
buição preliminar do espaço de exposição. Dado o estatuto alcançado pela CEFAMOL, presente nas últimas 13 edições deste certame, poderemos ser uma das primeiras entidades a escolher a localização na área reservada à Indústria de Moldes, bastando para tal, que efetuemos a inscrição até ao dia 20 de Fevereiro. Esta feira está inserida no Projeto ”Engineering & Tooling From Portugal 2014-15”, já aprovado no âmbito do QREN, havendo lugar a comparticipação financeira nas despesas consideradas elegíveis de acordo com as regras em vigor. Realiza-se no próximo ano a NPE 2015, a maior feira do sector de plásticos do continente americano. Este evento terá lugar na cidade de Orlando (Florida), no Centro de Convenções de Orange County, EUA, entre os dias 23 e 27 de março.
Para efetuar a inscrição, ou para mais informações, os interessados deverão contactar a CEFAMOL para o telefone 244 575 150 ou para o endereço de e-mail patricio.tavares@cefamol.pt.
De acordo com os timings estabelecidos pela organização da feira, realizar-se-á no final da próxima semana a distri-
"ROADSHOW USA 2014" teve início em Boston
sentaram num stand conjunto promovido pela CEFAMOL. Esta primeira fase do “RoadShow USA 2014” revelou-se bastante positiva, não só pelos contactos efetuados no stand nacional, mas também pelos potenciais clientes identificados e contactados no certame, com especial foco na indústria médica, farmacêutica e electrónica. Inseridas no “RoadShow”, a CEFAMOL irá ainda promover as feiras “Plastec Texas” que se realiza nos dias 7 e 8 de maio em Fort Worth e a “Plastec East” que terá lugar entre os dias 10 e 12 de junho em New York. A participação na feira “Plastec New England”, marcou o início do RoadShow que a CEFAMOL está a promover nos Estados Unidos, entre março e junho deste ano e que inclui a participação em três certames regionais a realizar nos Estados do Massachusetts, Texas e New York. A “Plastec New England” realizou-se em Boston, entre os dias 26 e 27 de março, e contou com a participação de cinco empresas nacionais do sector de Tooling (Moldes RP, Moldoplástico, Moliporex, Speedturtle e Uepro) que se apre-
O “RoadShow USA 2014” está enquadrado no Projeto de Internacionalização “Engineering & Tooling From Portugal 2014” e visa promover uma abordagem contínua e consistente das empresas nacionais de moldes àquele que é o maior mercado mundial, com foco especial em indústrias que foram identificadas como estratégicas para o nosso sector.
Inaugurada a Exposição “Esculpir o Aço” – Coleção Visitável do futuro Museu da Indústria de Moldes
Foi inaugurada no passado dia 13 de dezembro de 2013 a Exposição “Esculpir o Aço” – Coleção Visitável do futuro Museu da Indústria de Moldes, projeto conjunto desenvolvido pela CEFAMOL e Câmara Municipal da Marinha Grande com o objetivo de criar nesta cidade, mais concretamente, no seu centro histórico, um espaço de exposição dedicado à História da nossa Indústria, o qual se prevê que venha a funcionar como embrião de um futuro “Museu da Indústria de Moldes”. Esta iniciativa terá como objetivo principal contribuir para a memória coletiva da nossa Indústria e recuperação de património que faz parte da História do nosso Setor. Foi com esta ideia em mente que, em março deste ano, a CEFAMOL iniciou um processo de inventariação e identificação de elementos – documentos, equipamentos, ferramentas, desenhos, fotografias, modelos, peças, produtos, entre outros – que permitissem às novas gerações conhecer o extraordinário percurso de desenvolvimento da Indústria Portuguesa de Moldes ao longo dos últimos 60 anos. Para tal, solicitou nessa altura a colaboração dos seus Associados, através do envio de ideias, propostas ou sugestões sobre como poderia funcionar este espaço de exposição, como o mesmo poderia ser dinamizado e sustentável no futuro ou como poderia ser envolvida a Indústria e a Comunidade no mesmo, tornando este um projeto aberto à Indústria. Posteriormente, em julho deste ano, a CEFAMOL voltou a contar com a colaboração dos seus Associados, os quais responderam afirmativamente à integração na Coleção Visitável de materiais que permitissem demonstrar o atual posicionamento do Setor e uma simbólica representação de alguns dos produtos inovadores que desenvolve e que são conhecidos e reconhecidos internacionalmente.
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Contando com a colaboração de empresas e personalidades que, desde o primeiro momento, se disponibilizaram para participar nesta iniciativa, conseguiu-se neste curto espaço de tempo realizar a identificação de espólio com relevância histórica que permitiram criar as bases da exposição, agradecendo a CEFAMOL todo o apoio, esforço e dedicação de todos quantos colaboraram para a realização da mesma. No entanto, esta é uma exposição que se pretende que seja dinâmica, viva e atrativa, periodicamente atualizada no sentido de manter a rotatividade dos elementos expostos e desenvolvendo iniciativas que atraiam regularmente a Comunidade a visitá-lo, nunca esquecendo e dando especial atenção às novas gerações. Para que tal seja possível, continuaremos certamente a contar com a colaboração e apoio das empresas Associadas da CEFAMOL e de todos aqueles que nesta Indústria laboram, ou laboraram, contribuindo para o sucesso nacional e internacional que a mesma atingiu. A exposição “Esculpir o Aço” – Coleção Visitável do futuro Museu da Indústria de Moldes, que convidamos desde já todos a visitar, encontra-se aberta para visitas de terça-feira a domingo, entre as 10h00 e as 13h00 e entre as 14h00 e as 18h00. Esperamos por si…•
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ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO DO MERCADO DA POLÓNIA nuno lima leite Diretor do Centro de Negócios da Europa Central da AICEP
uma economia de mercado, como cliente de 32,0% em 1989 para 79,1% em 2010 e como fornecedor mais que duplicou, de 34,0% para 70,8%. A realçar a posição dominante da Alemanha na balança comercial polaca, comprando-lhe 26,1% das suas vendas ao exterior, e vendendo-lhe 28,1% das suas compras no exterior, em 2010.
Polónia – Enquadramento Macroeconómico
Principais Produtos Transaccionados – 2010. [Fonte: WTA]
A economia polaca, oitava maior da UE, mercado de grande dimensão (38,5 milhões de habitantes), com uma das populações mais jovens da Europa (cerca de 50% da população tem menos de 35 anos e 30% menos de 25 anos) e com uma posição geográfica estratégica, registou o crescimento económico mais rápido da UE e o segundo crescimento mais rápido das 28 economias em transição entre 1990 e 2010. Registou uma convergência económica real do PIB per capita em Paridade de Poder de Compra (PPC) com a média UE-15 (dos 38% em 1989 para 63% em 2011). O ganho de 25 pontos percentuais foi o maior registado nas economias em transição. No período de 2006-2008, registou um crescimento do PIB a uma taxa média de 6% ao ano (6,7 vezes superior à da UE), e, em 2009, registou uma desaceleração brusca para 1,6%. No entanto, foi o único país da UE a apresentar um crescimento positivo. Em 2010 e 2011, seguiu-se uma aceleração do crescimento, sendo 3,9 em 2010 (a 3ª maior da UE) e 4,3% em 2011. Para 2012, prevê-se um crescimento de 2,5%. Esta excelente evolução económica ficou a dever-se fundamentalmente à menor exposição da sua economia à recessão exterior, ao desenvolvimento do sector financeiro sem produtos tóxicos, aos enormes investimentos da União Europeia (67,3 mil milhões EUR no atual quadro comunitário – o valor mais elevado dos países do alargamento da UE), à elevada procura interna alimentada pelo grande consumo privado e à forte atracão de investimento estrangeiro, fruto de enormes incentivos financeiros e fiscais, nomeadamente através das 14 Zonas Económicas Especiais existentes na Polónia, tendo assim, estes atributos, contribuído para um desenvolvimento tecnológico e uma melhoria da sua competitividade internacional. A nível das trocas comerciais, a UE é de longe o principal parceiro comercial da Polónia, tendo-lhe, em 2010, absorvido 79,1% das exportações e fornecido 70,8% das importações, sendo a Alemanha o principal parceiro comercial, tanto do lado das exportações como das importações, seguida da França, Reino Unido, República Checa, Itália e Holanda. O peso da UE na balança comercial polaca aumentou cerca de duas vezes e meia desde a transição do país para
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Relacionamento Bilateral com Portugal
O mercado polaco apresenta-se já com alguma relevância para a economia portuguesa. Segundo o INE, em 2011, a Polónia posicionou-se como o 13º cliente de Portugal, absorvendo 0,86% do total das exportações, e como 21º fornecedor, fornecendo 0,62% do total das importações portuguesas. No período de 2006-2011, a Polónia subiu 3 lugares no ranking de clientes, e a sua quota de mercado melhorou 29%, subindo 1 lugar no ranking de fornecedores, com a sua quota de mercado a contrair 3%. No período de 2006-2011, enquanto as exportações portuguesas registavam uma taxa média de crescimento de 8,3% ao ano, com um diferencial de valor de cerca de 56,6% entre o início e o fim do período, as importações portuguesas da Polónia contraíram em média 0,5% ao ano, com um diferencial de valor de 16,22% entre os dois extremos. No período em análise, o saldo da balança comercial luso-polaca foi sempre desfavorável a Portugal até 2010. No entanto, é de realçar que, em 2011, observámos uma inversão desta tendência, registando-se um superavit da balança comercial de Portugal com a Polónia de 18,39 milhões de EUR. As exportações portuguesas para a Polónia acusavam, em 2011, um grau de concentração relativamente elevado, uma vez que um único grupo de produtos, máquinas e aparelhos, representava mais de um terço do valor global expedido para este mercado. Dos restantes grupos de produtos, destacavam-se ainda os de veículos e outro material de transporte, plásticos e borracha, metais comuns, produtos químicos e têxteis. Em termos de Investimento de Portugal, a Polónia revela um interesse crescente dos operadores económicos portu-
ENGINEERING & TOOLING
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gueses por este mercado, ocupando o 5º lugar, em 2011, no ranking de recetores de Investimento Direto de Portugal no Estrangeiro (IDPE). Deste modo, tem-se apresentado como um dos mercados mais estáveis, existindo uma presença consolidada de empresas portuguesas em sectores nevrálgicos, algumas das quais estão já muito bem posicionadas. Num efeito umbrella, podem facilitar a entrada de novos investidores portugueses, em diversas áreas como a distribuição, a energia, os serviços financeiros, a consultadoria, a indústria e a construção civil.
MARKET REPORT
plásticos (corantes, cargas, modificadores), bem como uma variedade completa de fabricantes de ferramentas para o processamento de plásticos; processadores com tecnologias de moldagem por injeção, extrusão, moldagem por sopro e termoformagem. Por outro, oferece igualmente serviços de montagem, embalagem, acondicionamento, pintura e impressão. É Ainda de mencionar a região de Kujawsko-Pomorskie, onde há um pólo relevante da indústria dos moldes. Na generalidade, o tipo de empresas do sector é algo fragmentado e heterogéneo, ao nível da tipologia, dos equipamentos produtivos, da competência nas áreas tecnológicas e comerciais, das instalações fabris, do fluxo de trabalho e da qualidade de produção. Nos últimos anos, tem-se verificado que o crescimento dos moldes por injeção de plásticos continua a transferir-se da Europa Ocidental para a Europa Central e de Leste, incluindo a Polónia.
Mercado de Moldes na Polónia Posição Pautal 8480 (caixas de fundição; placas de fundo para moldes; modelos para moldes; moldes para metais, carbonetos metálicos, matérias minerais, vidro, borracha ou plástico) O mercado polaco de moldes registou um rápido crescimento, até 2009, ano em que foi atingido pela crise económica e a recessão na UE. Contudo, em 2010 voltou a crescer, pelo que se tem observado um bom desempenho, prevendo-se que a expansão do sector do processamento de plástico potencie o aumento da produção. Na Polónia existem cerca de 300 fabricantes de moldes e ferramentas, fundamentalmente PME´s, dos quais 182 empresas fazem moldes para injeção de plástico, havendo ainda uma dezena de escritórios dedicados ao design/projeto. Embora localizadas por todo o país, há uma concentração no Centro, Sul e, a Norte, nas principais cidades polacas: Varsóvia, Cracóvia, Katowice, Rzeszów e Bydgoszcz, sendo esta última o maior centro destas utilities no país. De facto, a cidade e os arredores abrigam cerca de 400 empresas de processamento de polímeros, incluindo cerca de 50 fabricantes de moldes e ferramentas e 60 empresas de injeção, empregando cerca de 24 mil trabalhadores na região. Este cluster industrial em Bydgoskie (Bydgoszcz Cluster Industrial-BKP) é um exemplo interessante da associação de fornecedoras de toda a cadeia de produção. Por um lado, oferece polímeros: PVC, PP, PE, TPU, SAN, ABS, PC e outros fornecedores de aditivos
Apesar de a Polónia ser, em termos relativos, um pequeno produtor de moldes na UE, serve uma gama variada de clientes finais de vários sectores de produtos de plástico e borracha, incluindo embalagens, componentes automóveis, equipamentos médicos e componentes elétricos e eletrónicos. Em 2010, foi o décimo primeiro maior, atrás da Holanda e Luxemburgo, mas à frente da Bélgica e da Hungria, com o total produzido a ascender a € 48 milhões, após um declínio de 3,8%. Ao longo dos anos, tem havido um aumento gradual do número de fabricantes de moldes para injeção de plástico, em parte como resultado da transferência das instalações de produção da Europa Ocidental. É previsível que, nos próximos anos, a procura de moldes da UE para injeção de plástico seja impulsionada pelas aplicações em embalagens, nomeadamente no sector farmacêutico e de saúde. Isto representa uma oportunidade para os fabricantes de moldes dos países mais desenvolvidos, que servem estes mercados. As empresas polacas vendem fundamentalmente para o mercado interno, apesar de, em alguns casos, os clientes constituírem filiais de multinacionais instaladas no país. ReImportações da POLÓNIA. [Fonte: GUS]
lativamente às importações de moldes é de registar que, apesar de uma grande queda em 2009 (22,5%) e uma redução de 5,7% em 2011, houve um crescimento médio anual na ordem dos 4,36%, durante o período 2006-2011. As importações totalizaram €156 Milhões em 2011. Os países fornecedores de 60% da procura polaca são a Coreia do Sul, a Alemanha, a Itália e a China Relativamente às exigências dos consumidores nacionais, além da relação qualidade/preço, a velocidade de entrega é decisiva. Este requisito reflete-se no maior rigor de todo o processo, desde a conceção até aos acabamentos finais da peça, exigindo ferramentas altamente fiáveis.
Evolução das exportações portuguesas de moldes para o mercado polaco Segundo as estatísticas polacas (GUS), as exportações portuguesas de moldes para a Polónia têm vindo a registar, nos últimos 4 anos, uma quebra acentuada, na ordem dos 74,8%. Assim, a posição de Portugal no ranking dos fornecedores polacos desceu seis lugares, passando da 7ª posição em 2007, para a 13ª posição em 2011. Nestes termos, convirá referir que, nos últimos anos, alguns produtores portugueses instalaram unidades de produção neste mercado. Releve-se que, apesar de tudo, o saldo da balança comercial bilateral neste sector é significativamente positivo para Portugal. Os principais concorrentes portugueses, em 2011, foram a Coreia do Sul (19,10% de quota de mercado), a Alemanha (18,48%), a Itália (11,72%), a China (9,83%) e a França (6,29%). De entre estes, só se expandiram dentro do mercado polaco, relativamente a 2007, a Coreia do Sul e a China. Principais clientes / indústrias: Automóvel; Agroalimentar; Embalagens; Eletrodomésticos; Eletrónica e Telecomunicações. Oportunidades Constituição de “joint-ventures” produtivas ou parcerias comerciais com fabricantes polacos, com o objetivo de fornecer os clientes mais exigentes em termos de qualidade, complexidade e prazo tanto para o mercado doméstico como para os países vizinhos, beneficiando da “centralidade” da Polónia. Exportações da POLÓNIA. [Fonte: GUS]
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Aquisição no mercado polaco dos moldes mais simples, de preços mais baixos e/ou os moldes e ferramentas que não constituem a especialidade da maioria das empresas portuguesas (cunhos e cortantes, ferramentas progressivas, moldes para outros materiais que não o plástico, etc.). Criação de empresas locais detidas a 100% por empresas portuguesas, destinadas ao mercado doméstico e a outros países da região.
Canais comerciais / Abordagem ao mercado Os fabricantes de polímetros na Polónia são, de longe, o canal comercial mais importante para as empresas de moldes portuguesas. Fabricantes de moldes na UE empregam geralmente subcontratados, incluindo os de países de baixo custo. Outros canais, menos relevantes, são as vendas aos clientes finais através de agentes ou distribuidores. A melhor maneira de abordar o mercado é através da participação em feiras na Polónia ou nos principais certames comerciais de outros Estados da UE (como a Euromold na Alemanha). Feiras do sector dos moldes na Polónia: • Exposição da Europa Central de Plásticos e Borracha (CEPLAST) – (www.targikielce.pl) - Exposição para a indústria de plásticos e borracha na Europa Central e de Leste. Foi realizada pela primeira vez em Novembro de 2011 e a data da próxima exposição será em Setembro de 2012. • EPLA - http://www.epla.pl/en - feira anual para o plástico e borracha indústria de transformação, realizada em Poznan (Fevereiro). • Eurotool - http://www.targi.krakow.pl - feira anual de máquinas-ferramentas, equipamentos e ferramentas para processamento de material, realizada em Cracóvia (Outubro). • Toolmatch - http://machtool.mtp.pl - exposição máquinas e ferramentas, anualmente realizada em Poznan (Junho). • Plastpol - http://www.targikielce.pl - feira anual para o plástico e indústria de transformação de borracha organizada em Kielce (Maio). Associações Sectoriais • PSPTS - Polskie Stowarzyszenie Przetwórców Tworzyw Sztucznych (Associação Polaca de Processadores de Plásticos) http://www.pzpts.com.pl/index.php/en.html • STTS – Stowarzyszenie Techniczne Tworzywa Sztuczne (Associação de fabricantes de Moldes e Processadores de Plásticos) http://www.krs-online.com.pl/stowarzyszenietechniczne-tworzywa-krs-169544.html • Polska Izba Motoryzacji (Associação Polaca do Sector Automóvel) http://www.pim.org.pl • Instytut Rynku Elektronicznego (Instituto de Mercado Electrónico) http://www.ire.pl • Krajowa Izba Gospodarcza Elektroniki i Telekomunikacji (Câmara Económica Nacional de Eletrónica e Telecomunicações) http://www.kigeit.pl
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MARKET REPORT
EVOLUÇÃO DOS MERCADOS
Análise Comparativa 2008-2013
MERCADOS TRADICIONAIS
MERCADOS DA EUROPA DO LESTE
MERCADOS AMERICANOS
PESO DOS MERCADOS TRADICIONAIS NAS EXPORTAÇÕES NACIONAIS
MERCADOS DA EUROPA DO CENTRAL
OUTROS MERCADOS ESTRATÉGICOS