Market Report nº6 Julho 2014

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SEMANA DE MOLDES 2014 “Desafios e Oportunidades do Setor em análise” Engineering & Tooling -

A Semana de Moldes 2014 no Reforço da Visibilidade Internacional Reino Unido: Os desafios de um mercado consolidado e exigente

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Número 6 ı

Trimestral

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MARKET REPORT

Semana de Moldes 2014

DESAFIOS E OPORTUNIDADES DO SETOR EM ANÁLISE Manuel Oliveira - Cefamol

Numa organização conjunta da CEFAMOL – Associação Nacional da Indústria de Moldes, do CENTIMFE – Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos e da POOLNET – Pólo de Competitividade e Tecnologia Engineering & Tooling, organizou-se entre os dias 23 e 27 de junho, nas cidades da Marinha Semana de Moldes Grande e Oliveira de Azeméis, a “S 2014”. Mantendo a sua periodicidade bienal, e pela nona vez consecutiva, a Semana de Moldes, teve como desígnio o desenvolvimento sustentável do nosso Setor, sendo os participantes nas diferentes sessões encorajados a analisar as condicionantes atuais e as perspetivas futuras do negócio, explorando novos conceitos, ideias e metodologias e ouvindo a opinião de especialistas e líderes de opinião de reconhecido prestígio nacional e internacional. Semana de Moldes 20 14” integrou um conjunto alarA “S gado de Conferências, Seminários e Workshops, congregando empresas, fornecedores, clientes, centros de saber e investigadores, para a construção de um ambiente propício à inovação, à avaliação de tendências tecnológicas e de mercado, ao estabelecimento de contactos e lançamento de novos projetos, aos negócios e ao trabalho em rede, como resposta aos desafios da competitividade impostos pelo contexto atual da economia internacional.

Dirigido a todos aqueles que, direta ou indiretamente, trabalham e/ou colaboram com a Indústria de Moldes e Ferramentas Especiais nacional, esta atividade inseriu-se na estratégia de promoção da capacidade de inovação e competências tecnológicas do Setor, cobrindo áreas de intervenção tão distintas como sejam a diversificação e expansão de mercados, a valorização da oferta nacional, as novas tecnologias e formas de organização, a criação de redes de interação e colaboração ou a apresentação de novos projetos e iniciativas. As atividades integradas na S emana de Moldes 2 014” permitiram aos participantes “S identificar novas oportunidades de desenvolvimento e competitividade no mercado global.

Programa e Atividades Os dias 2 3 e 24 de junho foram palco para a sétima RPD – Rapid Product Developedição da Conferência “R ment”, este ano subordinada ao tema "E Enhancing Horizon 202 0”. O evento focou-se na apresentação e demonstração de resultados emergentes da investigação, desenvolvimento e aplicação industrial de tecnologias de Desenvolvimento Rápido de Produto, juntando no mesmo espaço indústria, academia e investigação, para discutir novos conceitos e oportunidades de desenvolvimentos nesta área, partilhando os mais recentes desenvolvimentos, tendências e tecnologias existentes. À semelhança de anteriores edições, o evento deste ano


foi complementado com demonstrações de tecnologia em espaço contíguo ao da realização da Conferência, permitindo aos participantes assistir, comparar e testar os mais recentes produtos e serviços disponíveis nesta área. Por RPD outro lado, e à semelhança da edição de 2012, o “R 2014” foi um “webcasting” livre na internet que permitiu envolver mais participantes nacionais e internacionais na Conferência. RPD 2014”, decorreu na Em estreita articulação com o “R tarde do dia 24 de junho o Brokerage Event “Factories of the Future 20 20”, dedicado à apresentação de propostas e lançamento de novos projetos de inovação e investigação e desenvolvimento, nacionais e europeus, orientados para a Indústria de Tooling e de Plásticos. Esta iniciativa pretendeu promover o desenvolvimento de parcerias de negócio e de I&D orientada para o mercado, sustentando a geração, transferência e assimilação de soluções tecnológicas e sistemas inovadores, apoiando o lançamento de novos produtos e serviços de alto valor acrescentado no mercado. A concretização destas relações foi dinamizada através da realização de reuniões bilaterais que visavam a criação de projetos de inovação, assim como o desenvolvimento de redes de colaboração que envolvam empresas, organizações de I + D, fornecedores e clientes. S emana de Moldes 2014” foram Estes dois eventos da “S complementados com uma Exposição Tecnológica que decorreu entre os dias 23 e 27 de junho, onde estiveram patentes demonstrações de produtos, tecnologias e soluções inovadoras e emergentes, evidenciando o potencial de utilização das mesmas nos domínios destacados nas sessões técnicas. Tal como em anteriores edições, a CEFAMOL organizou durante a “Semana de Moldes 2014”, mais concretamente entre os dias 23 e 26 de junho, em Oliveira de Azeméis,

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um conjunto de Seminários Técnicos, para analisar e refletir com empresários e quadros técnicos da Indústria, alguns dos novos desafios tecnológicos que o Setor atualmente enfrenta. Os temas discutidos foram os seguintes: • Tecnologia e Processos na Conceção e Fabrico de Moldes (23 junho); • Produtividade e Processos de Produção Inteligente (24 junho); • Projetar, Produzir e Injetar: Soluções de Rapidez e Qualidade no Processo Produtivo (25 junho); • Aços Pré-Tratados e Tratamentos Térmicos (26 junho). Estas sessões, que contaram com o apoio da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e decorreram na Biblioteca Municipal Ferreira de Castro, permitiram reforçar o conhecimento técnico e especializado na Indústria, tendo sido um importante elemento para a partilha de informação, conhecimento e ideias e o debate de propostas para um desenvolvimento sustentável da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos. O dia 27 de junho, foi dedicado à Conferência Internacional “Moldes Portugal 2 014”, ponto alto da “S emana de Moldes”, um fórum de reflexão e debate sobre as principais tendências e perspetivas para o desenvolvimento desta Indústria a nível mundial. À semelhança de anteriores edições, pretendeu-se que este evento fosse uma referência do Setor, motivando e sensibilizando os participantes para os desafios que o mesmo enfrenta atualmente e para o trabalho conjunto e individual a realizar por todos quantos nele operam. Deseja-se que essa sensibilização encontre eco não apenas nas empresas, mas também nas entidades públicas e privadas que acompanham e contribuem para o desenvolvimento da nossa atividade.

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A Conferência foi um espaço primordial para a afirmação da nossa Indústria e para a demonstração dos seus saberes, competências e experiência no mercado internacional contribuindo, de forma relevante, para a valorização e promoção da Indústria e, consequentemente da Economia Portuguesa. Para tal foi imperativo o envolvimento ativo de todos os agentes que compõem o tecido empresarial português, sejam eles empresários, gestores, quadros, técnicos, for-

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necedores, não se dispensando também a preciosa colaboração dos especialistas (oriundos das mais diversas áreas) que connosco têm colaborado ao longo dos últimos anos. Esta foi sem dúvida uma importante oportunidade para afirmação da nossa Indústria e um importante elemento para apoiar as empresas a enfrentar os desafios da competitividade internacional, à qual o Setor não deixou de faltar.



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A SEMANA DE MOLDES 2014 NO REFORÇO DA VISIBILIDADE INTERNACIONAL Rui Tocha | Joaquim Menezes Centimfe; Pool-Net

A economia mundial continua a afirmar mudanças de paradigma, onde a diferenciação e a Inovação são elementos centrais de competitividade, numa geografia cada vez mais complexa de gerir. Seguramente que os próximos anos serão marcados por disputas internacionais, onde os países reforçarão as suas estratégias de promoção do desenvolvimento económico, do emprego, e de captação de investimento estrangeiro. Novos materiais, modernas tecnologias, novas competências e novos mercados, serão cada vez mais disputados a nível global, e as estratégias de diferenciação competitiva das empresas vão apelar a novos modelos de negócio e de financiamento, alavancadores de afirmação global. Este é o cenário do nosso futuro próximo, onde as organizações mais atentas, mais inovadores, mais globais e mais resilientes, irão conseguir afirmar-se de forma mais incisiva. Novas e multidisciplinares competências, apelam crescentemente ao trabalho conjunto, à partilha de riscos e, principalmente, a uma leitura atempada dos mercados para uma resposta mais rápida e eficiente. É, pois neste quadro, que a Indústria assume um papel central e decisivo, no quadro do desenvolvimento dos países, continuando a assumir um interativo lugar charneira no desenvolvimento e implementação de novos produtos e soluções. A força territorial (geo-estratégica) dos novos mercados em desenvolvimento, nomeadamente dos chamados emergentes (ex: Brasil, México, Índia, China, Turquia, Rússia), impõe regras astutas (inteligentes), exige capacidade financeira que é também de elevado risco, imprevisibilidade e contingências de leis (nomeadamente, as laborais) com contornos difíceis de entender face às usuais em economias ditas desenvolvidas, etc. Por outro lado, muitas empresas, especialmente as PMEs, são levadas a praticar o jogo da internacionalização “imposto” pelos principais clientes globais, apostando na produção fora de portas, muitas vezes sem conseguirem acautelar níveis mínimos de segurança para os seus investimentos e/ou sustentabilidade. Neste quadro, o desenvolvimento industrial exige infraestrutura capacitante, isto é, recursos humanos qualificados, centros de inovação e desenvolvimento, universidades e es-

colas, capacidade de industrializar ideias e produtos, e potencial para venda e distribuição global. E isto, normalmente (ou quase nunca), não existe disponível nos mercados em desenvolvimento, ampliando substancialmente os riscos dos negócios para quem investe fora de portas. Por outro lado, os Governos nacionais desempenham um papel decisivo, embora nem sempre claro, na defesa dos seus interesses e/ou dos blocos geo-estratégicos onde se inserem ou onde pretendem ter influência. E, a realidade é que cada vez mais o mundo global, se espartilha em blocos fechados que vão exigir astúcia, capacidade de influência, força negocial e flexibilidade organizacional das empresas, para poderem ser competitivas, e “estar no mapa das compras internacionais”. A este propósito, merece destaque a recente ação do Governo Inglês que criou um fundo de 3 biliões de Libras, em linhas de crédito e seguros de crédito, para compradores fora do Reino Unido, que pretendam comprar na Região de Manchester, visando desta forma, induzir a procura, o investimento e o emprego, e assim aumentar a competitividade do seu país. De igual forma os EUA estão a induzir políticas ativas de desenvolvimento do seu mercado interno visando duplicar as exportações até 2020. Na mesma linha, o Brasil decidiu reforçar as barreiras alfandegárias à importação (de moldes por exemplo) e criou linhas de apoio e captação de Investimento estrangeiro, procurando proteger e estimular o seu mercado interno. Complementarmente, a UE tem vindo a estimular a cooperação entre clusters de vários países para cooperarem globalmente, na prospeção e exploração conjunta de oportunidades em mercados fora da Europa. Neste contexto global, a Indústria de Moldes continuará a assumir um papel central, reconhecidamente infraestruturante, no desenvolvimento futuro das economias, uma vez que ela se posiciona no caminho crítico do desenvolvimento dos produtos que conhecemos da generalidade dos setores (automóvel, aeronáutica, saúde, embalagem, eletrónica, etc). De facto, as empresas multinacionais que se vão instalando nos países em desenvolvimento, necessitam crescentemente destes fornecedores localmente (ou tão próximos quanto possível) pressionando à deslocalização (!?) dos “toolmakers”, sob pena de não conseguirem os níveis mínimos de eficiência exigida na manutenção e garantia de qualidade na produção.


Esta é por isso uma oportunidade estratégica, também para a nossa Indústria, que tem de desenvolver a sua continuada afirmação internacional e de exercitar este jogo com inteligência competitiva. A exploração de redes de cooperação e de infraestruturas existentes (como por exemplo as Incubadoras de Empresas – “soft landing”), podem e devem ser caminhos a explorar, procurando assim mitigar riscos, custos e falta de dimensão. As empresas acabarão por encontrar formas de cooperação abrangentes e modernas, que lhe permitam estar presentes nos seus mercados estratégicos. O reconhecimento em Portugal dos Pólos de Competitividade e dos Clusters, representa um salto em frente neste caminho decisivo das economias de aglomeração. Promover e reconhecer a capacidade de alinhar agentes integrados em cadeias de valor mais alargadas, é claramente uma visão de futuro, resultante de uma leitura correta da evolução e exigência do mercado global. A criação e o reconhecimento do Pólo de Competitividade e Tecnologia Engineering & Tooling, que integra as Indústrias de Moldes, Ferramentas Especiais e de Plásticos, com Universidades e Centros de Tecnológicos e de Inovação, representa um ativo de desenvolvimento que importa continuar a capitalizar e a promover. Por isso, merece destaque a resposta imediata das empresas deste Cluster, ao adotarem e promoverem conjuntamente e de forma compulsiva a sua marca coletiva “Engineering & Tooling from Portugal” nos mercados internacionais. Nos últimos três anos, registou-se uma mobilização acentuada das empresas deste cluster, para a Inovação, através de modernos e sofisticados investimentos, nas mais avançadas tecnologias de produção, mas também na reorganização a alinhamento (LEAN) das suas estruturas internas. Reforçou-se consideravelmente a aposta comercial, buscando a diversificação de mercados (geográficos e sectoriais). Promoveu-se a Investigação conjunta das Empresas com as Universidades e outros Centros de Inovação, nacionais e internacionais. Integraram-se novos quadros técnicos, especialmente nos domínios da engenharia. E, os resultados começam a ser visíveis, onde a modernidade das empresas, e o incremento do volume das exportações para mais de 83 países, é claramente marcante! No futuro próximo, os clientes de todo o mundo, continuarão a ser desafiados a desenvolver e industrializar os seus produtos, quaisquer que eles sejam, no seio deste Cluster nacional, denominado de Pólo de Competitividade e Tecnologia Engineering & Tooling, (que integra uma cadeia de oferta competente e alargada, de design, engenharia, prototipagem, moldes e ferramentas, produção de peças, componentes e produtos). Acreditamos pois, que Portugal, pode e deve utilizar este Cluster Engineering & Tooling, como uma vantagem competitiva na venda, afirmação e ação de captação de Investimento Estrangeiro e de promoção do desenvolvimento nacional.

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Vários empresários do Cluster defendem que “a credibilidade da nossa Indústria, pode medir-se pelo grau de confiança que os clientes globais depositam nas nossas empresas, ao perpetuarem anos de trabalho conjunto”, contudo, a afirmação de uma Indústria é um trabalho continuado de todos os seus stakeholders, que tem de ser reforçado todos os anos de forma consistente, e nunca se pode considerar como alcançado em definitivo. É este, o contexto que justificou a realização de mais uma edição da SEMANA DE MOLDES entre 23 e 27 junho (www.mouldsevent.com), na Marinha Grande, Leiria e em Oliveira de Azeméis, promovendo várias conferências internacionais, encontros bilaterais, visitas a empresas com jornalistas (nacionais e internacionais), mostra de tecnologias, reuniões e workshops, valorizando o nosso cluster. As entidades institucionais do cluster, no cumprimento da sua missão, mobilizaram as suas redes de contacto internacionais, ampliaram a visibilidade da nossa Indústria nacional, potenciaram a dinamização de novas redes de negócio e de Inovação, identificaram oradores e entidades de renome internacional, visando a atualização de conhecimentos dos técnicos da Indústria, e ainda, potenciaram junto do Governo e da União Europeia, uma visão de centralidade desta Indústria. Coube às empresas e aos seus técnicos, potenciar os resultados deste trabalho conjunto, participando ativamente nas conferências e no networking da SEMANA DE MOLDES 2014, convidando os seus clientes a vir a Portugal nesta altura, mas também recebendo todos aqueles que pretenderam visitar a nossa Indústria. Esta foi uma oportunidade de excelência para promovermos a nossa marca coletiva “Engineering & Tooling from Portugal”, lançar novas parcerias e novos projetos. A SEMANA DE MOLDES 2014, não pertenceu às Instituições (POOL-NET, CEFAMOL, CENTIMFE, OPEN), mas sim às empresas, e seguramente estará ligada ao continuado sucesso que os empresários do Cluster se podem orgulhar de estar a dinamizar. Acreditamos que o sucesso e a visibilidade da nossa Indústria, depende agora da dinâmica que conjuntamente conseguirmos promover, do aumento do volume de negócios e das exportações, dos aumento de projetos de inovação (nacionais e estrangeiros), dos Recursos Humanos que conseguirmos captar e fixar, dos novos mercados que conseguirmos conquistar, etc.

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MARKET REPORT

CEFAMOL marca mais uma vez presença na Moldplás

Realizou-se entre os dias 7 e 10 de maio a 8ª edição da feira “Moldplás – Salão de máquinas, equipamentos, matérias-primas e tecnologia para moldes e plásticos”, no recinto da Exposalão Batalha, promovida em conjunto com a 9º edição da feira “Tecna – Salão profissional de máquinas e equipamentos para a indústria, tecnologia industrial, inovação, automação e robótica”. A CEFAMOL marcou presença neste certame com um espaço próprio com 18 m2 no Hall A, com o objetivo de promover junto dos visitantes e expositores a Indústria Portuguesa de Moldes, suas capacidades e competências, assim como o conjunto de iniciativas, projetos e atividades dinamizados pela Associação junto do Setor que representa.

Áustria & Eslováquia – CEFAMOL promove Missão Empresarial

Tendo por base as linhas de orientação estratégica definidas para o Setor, a CEFAMOL promoveu uma Missão Empresarial com estabelecimento de contactos e visitas a um conjunto alargado de empresas na Áustria e na Eslováquia, com o intuito de promover a oferta nacional e identificar opor-

tunidades de negócio. Estas visitas realizaram-se entre o dia 19 e 21 de maio em território eslovaco, e nos dias 22 e 23 em território austríaco, tendo sido visitadas um total de 12 empresas nos dois países. Esta iniciativa, que se encontra integrada no projeto de internacionalização “Engineering & Tooling from Portugal 2014”, contou com o apoio da delegação local da AICEP e a participação de quatro empresas nacionais, nomeadamente a Moldene, Moldit, Tecnimoplas e TJ Moldes. O feedback recolhido junto das empresas durante a ação é positivo, demonstrando não só o esforço contínuo na diversificação de mercados clientes, mas também a aposta nas ações dinamizadas no seio do Setor por parte da Associação.


Plastic Meetings Lyon

Enquadrado no Projeto de Internacionalização “Engineering & Tooling From Portugal 2014”, a CEFAMOL irá promover no presente ano a participação coletiva de empresas do nosso sector no certame “PLASTIC MEETINGS”, que terá lugar na cidade de Lyon, entre os dias 30 de setembro e 1 de outubro.

Mais informação poderá ser obtida através do link: http://www.plastics-meetings.com/en/ Todos os interessados em integrar esta ação, deverão manifestar o seu interesse através do e-mail patricio.tavares@cefamol.pt até ao próximo dia 15 de julho.

O evento “PLASTIC MEETINGS”, tem um conceito diferente das feiras convencionais, sendo baseada numa agenda de reuniões previamente elaborada, apostando fortemente em contactos B2B, tendo as empresas participantes oportunidade de escolherem de entre as empresas presentes no certame, quais aquelas com quem pretendem reunir.

“ROADSHOW USA 2014” marca presença em Nova Iorque americanos dedicados à Indústria do Plástico, que apresentaram uma forte vocação para os setores médico, aeronáutico e de embalagem. Apesar do carácter regional destes eventos, a dimensão do mercado no seu todo permitiu não só identificar e contactar diversos potenciais clientes, mas também voltar a promover o Sector, suas capacidades e competências nos Estados Unidos com o objetivo de incrementar as exportações nacionais para este mercado.

Dando seguimento às duas presenças realizadas anteriormente, Boston (Março) e Fort Worth – Texas (Maio), o Grupo de Trabalho que integrou o “Roadshow USA 2014” promovido e dinamizado pela CEFAMOL esteve presente na feira “Plastec East”, que se realizou entre os dias 10 e 12 de Junho, nas instalações do Centro de Convenções Jacob K. Javits, em Nova Iorque. Nesta iniciativa estiveram presentes as empresas Moldes RP, Moldoplastico, Moliporex, Speedturtle e Uepro, formando o stand conjunto promovido pela Associação.

O sucesso desta iniciativa deve-se não só à oferta integrada e diferenciadora apresentada pelo Grupo de Trabalho, mas também ao modelo de participação promovido pela CEFAMOL, que permitiu uma maior abrangência do mercado sem que isso representasse um custo demasiado avultado para as empresas nacionais participantes, comparativamente com outras iniciativas no mesmo mercado. Os resultados obtidos levam-nos a crer que o modelo pode vir a ser replicado em futuras ações nos EUA, mas também noutros com características semelhantes onde a notoriedade dos moldes nacionais tenha margem para crescer e se consolidar.

Esta feira representou para a delegação nacional o culminar de uma série de presenças em certames regionais norte-

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REINO UNIDO: OS DESAFIOS DE UM MERCADO CONSOLIDADO E EXIGENTE Miguel Fontoura AICEP Reino Unido


O Reino Unido é a sexta maior economia do mundo e a terceira da União Europeia em termos de PIB. Por outro lado, é o décimo maior exportador mundial e o sexto importador. Estes números, atestam a importância da economia do Reino Unido, quer em termos europeus, quer em termos mundiais. No entanto, a primeira imagem que geralmente se associa à economia do Reino Unido é a indústria financeira. É verdade que quase 80% do pib britânico assenta na indústria dos serviços, nos quais ganham natural destaque os serviços financeiros, especialmente na City de Londres. E por falar em Londres, é de salientar que esta cidade tem mais instituições financeiras internacionais que Nova Iorque. Mas a economia britânica é muito mais do que serviços financeiros. Talvez surpreenda saber que alguns dos sectores tradicionais da economia local estão de muito boa saúde e se recomendam. E isto é certamente, uma excelente notícia para a Indústria de Moldes Portuguesa. Quanto mais a indústria local crescer, maiores são as oportunidades de negócio para as empresas portuguesas. Das várias indústrias britânicas, duas merecem uma atenção mais detalhada por parte do Sector de Moldes Português. Trata-se da Indústria Automóvel e Aerospacial. Eis alguns números que falam por si. A Indústria Automóvel britânica produziu 1,6 milhões de veículos e 25 milhões de motores, em 2012. Desta produção, 80% é exportada para mercados terceiros. Atualmente, a Indústria Automóvel britânica representa, aproximadamente, 11% das exportações totais do país. Para além das marcas mais emblemáticas, como é o caso da Rolls-Royce, Bentley, Jaguar – curiosamente, todas detidas por capital estrangeiro – a Indústria tem ainda 10 fabricantes de autocarros de passageiros, 8 marcas de veículos comerciais e 7 marcas de alto volume, das quais se destacam a Ford e a Nissan. Um outro indicador interessante da sofisticação e qualidade da Indústria Automóvel no Reino Unido é o facto de se encontrarem neste mercado, 8 das equipas de Formula 1 mundial. Estes dados respeitam às OEM’s presentes no mercado. Ora, mais interessante ainda, para as empresas portuguesas, é uma análise ao sector dos fornecedores de primeira e segunda linha. Atualmente, a indústria tem 2350 empresas que fornecem as OEM’s, e que geram 82 mil postos de trabalho. Dois dados extremamente importantes na Indústria de Componentes Automóvel do Reino Unido são as percentagens das compras realizadas a países estrangeiros: 30% dos fornecedores britânicos de primeira e segunda linha compram no estrangeiro e 20% de todos os componentes utilizados na Indústria Automóvel britânica são adquiridos a países terceiros. Estas percentagens constituem um motivo para as empresas portuguesas olharem com interesse para o sector automóvel britânico. Um sector que cresce consistentemente, que tem de comprar uma parte significativa dos seus componentes no estrangeiro e que possui algumas das linhas de montagem mais avançadas do mundo. A saúde da Indústria Automóvel britânica

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mede-se também pelos investimentos realizados pelas multinacionais do sector no Reino Unido: só no últimos dois anos, investiram-se mais de 8 mil milhões de euros na Indústria Automóvel britânica. A Indústria Aerospacial britânica é outro bom exemplo de um sector que cresce, diversifica, investe e exporta. E, claro, à custa de bons moldes, alguns dos quais podem ser feitos em Portugal. O Reino Unido tem 17% de quota na Indústria Aerospacial mundial, só atrás dos Estados Unidos, que têm a primeira posição. O sector exporta 75% da sua produção e tem um turnover anual superior a 22 mil milhões de euros. Por outro lado, 230 mil postos de trabalho são garantidos pelas mais de 3 mil empresas que constituem o sector, no Reino Unido. Um dos aspetos mais importantes da Indústria Aerospacial no Reino Unido é a sua sofisticação e capacidade de gerar valor acrescentado. Por outras palavras: as empresas britânicas do sector aerospacial têm uma grande capacidade tecnológica. Atente-se no exemplo do modelo A-380 da Airbus, em que 54% do valor total do aparelho tem origem em empresas britânicas. Em termos muito gerais, o sector aerospacial está dividido em quatro grandes áreas: os fabricantes (OEM’s), em número de 6, com a Rolls-Royce, Airbus, Bombardier e a GKN em destaque; os fornecedores de primeira linha, com cerca de vinte de empresas, realçando a Honeywell GE Aviation e Cobham; os fornecedores de segunda linha, com mais de 200 empresas, merecendo destaque o grupo RLC e a Firth Rixson e, finalmente, os demais fornecedores indiretos, que representam um universo de mais de 800 empresas, entre as quais se incluem a Safran, a Aeromet e a Nasmiyth. Estes são somente dois dos sectores britânicos que se souberam reinventar na última década e assumir lugar de destaque no panorama industrial britânico. Comum a ambos, fortes investimentos internacionais, capacidade de gerar valor acrescentado e uma dependência de fornecedores externos de grande qualidade. Nos dois sectores, existem claramente hipóteses para as empresas portuguesas fornecerem as suas soluções, elas também reputadas e de qualidade. No Reino Unido, a questão fundamental para as empresas lusas que procuram o mercado é como ganhar tração no mesmo? Isto é, como ganhar um lugar na cadeia de valor do sector automóvel e aerospacial. Em primeiro lugar, conhecendo o sector e compreendendo onde as suas propostas podem gerar valor acrescentado para o cliente final. Em segundo lugar, assumindo uma postura de rigor e fiabilidade que as empresas britânicas tanto valorizam. Finalmente, sabendo ir ao encontro das necessidades reais do cliente, flexibilizando as suas soluções e adaptando-as ao que é exigido. Felizmente que o Sector de Moldes vem a dar uma resposta cabal há muitos anos a esta parte. Tenho a certeza que, relativamente aos desafios deste exigente e sofisticado mercado, a resposta estará, uma vez mais, à altura do desafio.

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MARKET REPORT

EVOLUÇÃO DOS MERCADOS

Análise Comparativa de Janeiro a Junho

MERCADOS TRADICIONAIS

MERCADOS DA EUROPA DO LESTE

MERCADOS AMERICANOS

PESO DOS MERCADOS TRADICIONAIS NAS EXPORTAÇÕES NACIONAIS

MERCADOS DA EUROPA DO CENTRAL

OUTROS MERCADOS ESTRATÉGICOS

Fonte: AICEP Portugal Valores de exportações em unidades de milhar




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