Market Report nº7 Outubro 2014

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Ano 2

Moldes: O Tempo de Portugal na Europa Estratégias de Internacionalização para o Sucesso

Oportunidades na Colômbia – uma Perspetiva para o Setor de Moldes

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Número 7 ı

Trimestral

ı Outubro 2014



o i r á m u S ln ga

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Moldes:

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MARKET REPORT

O TEMPO DE PORTUGAL NA EUROPA José Ferro Camacho - IADE

1. Introdução Por estes dias, o debate europeu emerge com diversas dimensões interligadas. A esfera da economia aparece fortemente relacionada com aspectos institucionais na procura dos intervenientes adequados para implementar as respostas a uma evolução económica que se apresenta com um crescimento insuficiente e taxas de desemprego elevadas. As recentes eleições europeias, com o crescimento das forças políticas antieuropeístas, colocou uma pressão adicional sobre a necessidade de encontrar respostas. Contudo, como desde o início da crise, as suas dimensões afirmam-se de forma diferenciada nos países da UE. No caso das taxas de desemprego – Figura 1 -, os países do arco do Mediterrâneo exibem taxas bem superiores, com um valor máximo na Grécia, com 27,3%. Irlanda e Eslováquia juntam-se a este grupo, com valores superiores a 13%. França, Polónia e Hungria apresentam taxas superiores a 10%.

Fonte: Eurostat Nota: 1. População entre os 15 e 74 anos; 2. Ambos os sexos

País UE (28 países) Área Euro (18) Grécia Espanha Croácia Portugal Eslováquia Irlanda Bulgária Itália France Polónia Hungria Eslovénia Bélgica Finlândia Suécia Reino Unido Roménia Rep. Checa Dinamarca Países Baixos Alemanha Áustria EUA Japão

2012 10,4 11,3 24,3 24,8 15,9 15,9 14,0 14,7 12,3 10,7 9,8 10,1 10,9 8,9 7,6 7,7 8,0 7,9 7,0 7,0 7,5 5,3 5,5 4,3 8,1 4,3

2013 10,8 12,0 27,3 26,1 17,2 16,5 14,2 13,1 13,0 12,2 10,3 10,3 10,2 10,1 8,4 8,2 8,0 7,5 7,3 7,0 7,0 6,7 5,3 4,9 7,4 4,0

necessidade de prosseguir políticas de redução da dívida, levanta a hipótese da instalação de um fenómeno de estagnação ou depressão económica. Também, neste caso, e no imediato, este é um elemento diferenciador. A manutenção de taxas de inflação baixas – ver anexo - limitará uma correcção dos países com problemas de competitividade por via dos salários e ajudará a manter o peso da dívida. Este conjunto de factores eleva a expectativa sobre a acção do BCE, instituição europeia que mostrou autoridade para lidar com os aspectos macroeconómicos da crise. Uma intervenção de compra de dívida pública no mercado (quantitative easing) permitiria elevar a liquidez, numa situação em que intervenção pelo lado da redução das taxas de juro de referência está limitada pelos valores historicamente baixos que estas á apresentam. Esta acção, espera-se, poderia traduzir-se num maior financiamento à actividade das empresas, nomeadamente PME e incentivar o investimento. Num cenário convergente, a elevação das taxas de referência da inflação para valores próximos dos 4% facilitaria a vida aos países da periferia, apoiando ganhos de competitividade e o pagamento das dívidas soberanas. Contudo, tais medidas, de acordo com os seus opositores, elevariam igualmente as taxas de inflação dos países do centro (Alemanha) para valores incomportáveis

F1 – Taxas de Desemprego Anuais na EU, %, 2013

Por outro lado, as taxas de crescimento da economia – Tabela 1 -, medidas pela evolução do PIB, continuam exibir valores limitados, incluindo uma redução em 2013, e uma continuidade desta tendência no primeiro trimestre de 2014. A conjugação de taxas de inflação igualmente baixas e a

Fonte: elaboração própria a partir de dados Eurostat Categorias incluídas na produção: 28625039; 28625033; 29562420; 29562430; 29562470; 29562480; 29562413; 29562415; 29562450; 29562460. Ver tabela em anexo Categorias incluídas no comércio internacional: 82073010; 84801000; 84802000; 84802010; 84802090; 84803010; 84803090; 84804100; 84804900; 84805000; 84806000; 84806010; 84806090; 84807100; 84807110; 84807190; 84807900; 84807910; 84807990

F2 – Evolução do Tooling na UE25, EUR milhões, 2003-2013


2. O tooling na Europa Regularmente, a evolução do tooling é apontada como uma medida das expectativas das empresas sobre a evolução económica nos anos seguintes. A figura seguinte apresenta a evolução dos indicadores do tooling na UE25. Em 2012, a produção nas categorias consideradas apresenta-se ao nível de 2008, em valores próximos dos EUR 12.000 milhões. Neste conjunto, os moldes para plástico ou borracha representavam 49% do volume total em 2012. Neste sentido, poderíamos estimar que as expectativas das empresas sobre mercados futuros se apresentam, em 2012, ao nível de 2008 (à data da redacção deste artigo, não estão disponíveis valores de produção para 2013). O comércio entre países da EU (medido pelas exportações intraUE25) cresceu cerca de 30% após 2009, estabilizando nos EUR 3.635 milhões, em 2013. O comércio extra UE25 exibe evoluções mais significativas. Por um lado, as importações extraUE25 cresceram, desde 2009, 48% acentuando uma tendência pré-crise. Por outro lado, as exportações extraUE25 cresceram, no mesmo período, 50%, invertendo, com este comportamento, uma tendência anterior a 2008. Neste domínio, os moldes para plástico ou borracha representaram 61% das importações e 58% das exportações extraUE25.

moldes para plástico ou borracha que, em 2012, representou 88% do total. Em 2013, continuou a evolução crescente do volume de exportações, embora a uma taxa inferior. No domínio da especialização em moldes para plástico e borracha, a evolução dos valores absolutos de produção e de exportação teve como consequência um aumento da importância relativa das empresas portuguesas no espaço da UE25. Esta evolução foi particularmente acentuada no mercado europeu. A quota de exportações alcançou, em 2013, os 18% e a de produção, em 2012, atingiu os 9%. Em 2010, estes indicadores exibiam os valores de 15,4% e 7,2%, respectivamente. Acentua-se, deste modo, a divergência entre a dimensão industrial do país e a expressão efectiva da sua indústria do tooling. A quota das exportações para fora do espaço europeu apresenta-se como o único indicador que se mantem estagnado nesta evolução recente.

Fonte: elaboração própria a partir de dados Eurostat

F5 –Portugal - Evolução da Quota dos Moldes para Plástico e Borracha na EU25, %, 2003-2013

Fonte: elaboração própria a partir de dados Eurostat

F3 – Tooling UE25 – Comércio Extra

4. Moldes para plástico ou borracha - evolução de curto prazo

3. O tooling português A produção do sector do tooling português apresenta uma evolução significativa no período pós-crise, em particular a partir de 2010, com um crescimento de cerca de 59%. Com este crescimento, mantem-se a especialização em

A figura reflecte a evolução dos valores mensais acumulados de exportação na UE25, quer para ciclos a começar em Setembro, quer para ciclos iniciados em Janeiro. Em ambas as situações os indicadores apontam para uma evolução coincidente com exibida por ciclos de 2013.

Fonte: elaboração própria a partir de dados Eurostat

Fonte: elaboração própria a partir de dados Eurostat

F6 – UE25 – Valores Mensais Acumulados de Exportação, EUR milhões

F4 – Portugal - Evolução do Tooling, EUR milhões, 2003-2013

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ENGINEERING & TOOLING


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Fonte: elaboração própria a partir de dados Eurostat

F7 – Portugal – Valores Mensais Acumulados de Exportação, EUR milhões

MARKET REPORT

Fonte: elaboração própria a partir de dados Eurostat

F11 – Portugal – Valores Acumulados de Exportação para a Polónia, EUR milhões

Contudo, os indicadores referentes a Portugal assinalam uma evolução mais positiva quando comparados com os anos anteriores. Esta tendência reflecte-se quer na série com início em Setembro, quer na que começa em Janeiro, confirmando esta evolução positiva.

Fonte: elaboração própria a partir de dados Eurostat

A tendência de crescimento é confirmada em dois dos principais mercados – Espanha e França – mas contrariada na evolução das exportações para a Alemanha, mercado em que as vendas parecem regressar a valores de 2011.

F8 – Portugal – Valores Acumulados de Exportação para a Alemanha, EUR milhões

Fonte: elaboração própria a partir de dados Eurostat

F9 – Portugal – Valores Acumulados de Exportação para a Espanha, EUR milhões

Fonte: elaboração própria a partir de dados Eurostat

F10 – Portugal – Valores Acumulados de Exportação para a França, EUR milhões

T1 –Taxas de Crescimento do PIB e Taxas de Inflação, %, 2012 e 2013


5. Conclusões

europeu, determinante para as empresas portuguesas.

A evolução económica e institucional da União Europeia continua a apresentar sinais de incerteza, condicionados na vertente política e institucional. Esta indeterminação reflecte-se em taxas de crescimento limitadas e diferenciadas nos diferentes países da união e reforçadas pelos laços de interdependência industrial e comercial. Apesar da recuperação pós-crise, estes desenvolvimentos vão necessariamente condicionar a evolução do mercado do tooling

Apesar deste enquadramento, o setor português do tooling tem demonstrado uma competitividade acrescida que se tem traduzido no progresso em termos de importância e em ganhos de quota de mercado. Os dados actuais parecem apontar para ganhos adicionais em 2014 , embora condicionados pelos desenvolvimentos nos restantes meses do ano e limitados na sua dimensão.•

Fonte: elaboração própria a partir de dados Eurostat

Fonte: elaboração própria a partir de dados Eurostat

F12 – Portugal – Valores Acumulados de Exportação para a Rep. Checa, EUR milhões

F13 – Portugal – Valores Acumulados de Exportação para os EUA, EUR milhões

T2 – Produção Europeia de Tooling, EUR milhões, 2003-2012

T3 – Produção de Tooling em Portugal, EUR milhões, 2003-2012

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ENGINEERING & TOOLING


Estratégias

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MARKET REPORT

DE INTERNACIONALIZAÇÃO PARA O SUCESSO Vítor Hugo Ferreira - D. Dinis Business School

A prestação das empresas portuguesas, em termos de exportações, tem sido um caso de sucesso no meio do atual cenário de crise. É verdade que andamos ainda longe do que seria desejável em termos de peso relativo no PIB para uma pequena economia aberta (embora caminhemos para os 43%, estamos muito distantes dos mais de 80% da Holanda ou mais de 100% da Irlanda). Registe-se o caso de Leiria, nomeadamente da região do Pinhal Litoral, em que as exportações cresceram 61% entre 2009 a 2013. No distrito de Leiria, a maioria dos concelhos tem uma taxa de cobertura positiva das exportações sobre importações – exceção de concelhos mais centrados em serviços (como Leiria, mas onde essa taxa está próxima dos 100%, ou Óbidos e Nazaré, nos quais, se contabilizarmos os ganhos de Turismo, certamente esta balança seria positiva). Realce-se, entre os concelhos industriais, os casos da Marinha Grande (suspeito habitual) e Porto de Mós, onde esta taxa de cobertura ultrapassa os 260%. Esta prestação é tão mais no-

tável quando sabemos que as nossas empresas não têm competido num campo nivelado. Temos custos de energia altíssimos, cargas fiscais elevadas, custos financeiros sob a forma de spreads enormes e um nível de entropia administrativa elevado, o que acarreta custos que diminuem a competitividade face a congéneres europeias. Por outro lado, é certo que os custos do trabalho diminuíram e houve uma melhoria da formação em geral, o que permitiu alavancar a competitividade. Esta procura pelos mercados externos não é nova na nossa região, uma vez que uma boa parte das empresas tomou, há alguns anos, uma decisão estratégica de desenvolver o seu mercado, a partir de um reconhecimento das suas reais competências (o que sabem fazer bem). No entanto, existe também uma parte das empresas que apenas “reagiu” ao decréscimo da procura interna resultante da crise, procurando sobreviver (ou crescer) nos mercados externos (este


percurso é mais notório, por exemplo, no caso da construção civil. Segundo alguns estudos académicos, a maioria das PMEs inicia o seu processo de internacionalização de forma reativa, seguindo clientes/parceiros para outros mercados e/ou respondendo a limitações do mercado interno, sendo que apenas 20% procura internacionalizar-se para potenciar a sua capacidade em termos de recursos (ou seja, procura mercados para vender/ganhar quota e não novas capacidades alicerçadas em recursos humanos ou materiais de outros países). A falta de um planeamento estratégico de longo prazo leva as empresas a explorar mercados vizinhos ou aqueles que são aparentemente similares (língua e cultura), esquecendo-se que a decisão deveria ter sido alicerçada na exploração de vantagens relativas em novos países (vantagens dos produtos e da capacidade de criação de valor da empresa). Note-se que Espanha, Alemanha, França, Angola, Reino Unido, Holanda, EUA, Itália, Bélgica, Brasil são, por esta ordem, os principais mercados para as exportações nacionais. Os chamados mercados alternativos, que incluem zonas chave como Escandinávia, América Latina (Colômbia, Chile, Equador, etc.), Ásia (Indonésia, China, etc.) e África Ocidental (Cabo Verde, Gana, etc.), ainda representam mais uma tendência do que uma verdadeira presença. No entanto, muitos destes países apresentam perspetivas promissoras (a China e outros mercados Asiáticos são hoje mecas de consumo, como alguns países Africanos o serão no futuro, enquanto a Escandinávia é

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uma região com forte apetência por produtos portugueses). A procura de aparente similaridade tem conduzido muitas empresas, grandes e pequenas, a ter dissabores pelas dificuldades sentidas no Brasil e em Angola. Apesar da partilha da língua, as diferenças culturais e legais para com Portugal são abissais, o que tem levado a alguns casos de insucesso notórios. Na verdade, nenhum processo de internacionalização deverá ser iniciado sem informação detalhada sobre os potenciais mercados, sem uma simulação dos cenários a enfrentar e uma análise cuidadosa dos riscos associados, incluindo a corrupção e vicissitudes políticas (tão difíceis de prever, como é prova disso a situação na Ucrânia). Por outro lado, é essencial verificar quais as reais vantagens da empresa e se estas são replicáveis em mercados externos. Muitas vezes o insucesso deve-se a uma defeituosa compreensão das vantagens da empresa. Vejase o caso da Sonae distribuição no Brasil, onde não foi possível replicar alguns dos fatores que a tornam única em Portugal – uma marca conhecida (não replicável no curto prazo) e uma posição dominante (não replicável). Também é fundamental perceber que dificilmente se poderá operar sozinho em determinados mercados, sendo essencial estabelecer parcerias com distribuidores, agentes comerciais, fornecedores e reconhecer que muitos destes parceiros saberão mais sobre este mercado do que nós (o que, eventualmente, nos levará a ter uma margem menor nestas operações, mas uma maior probabilidade de sucesso).

ENGINEERING & TOOLING


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Resumindo estas ideias, os passos essenciais para uma sólida estratégia de internacionalização, assentes na teoria e prática económica, serão: 1.ª fase: Análise da cadeia de valor da empresa - identificar aquilo que fazemos e como nos inserimos no mercado. 2.ª fase: Escolha da atividade na cadeia de valor, em função das vantagens competitivas e das competências nucleares. No fundo, perceber o que fazemos bem, o que pode ser replicado lá fora e como nos podemos diferenciar ou inovar. Se não possuirmos recursos deveremos ponderar se será possível desenvolvê-los (contratá-los, formá-los, etc.). 3.ª fase: Definição do mercado: análise e seleção dos países em que se vai atuar. O grau de conhecimento do mercado (tipo de clientes, canais de distribuição mais adequados e marketing em geral) é fundamental na definição da estratégia de internacionalização. A necessidade da proximidade do cliente, o nível de desenvolvimento dos mercados, condicionam não só as formas de entrada em termos gerais mas também o tipo de acordos de cooperação a efetuar. Aqui também deve ser realçada de novo, a necessidade de uma compreensão das exigências legais (tarifas, requisitos normativos, legislação laboral, comercial, fiscal, etc.) e culturais. 4.ª fase: Definição das formas de cooperação com as outras empresas: a montante, a jusante, concorrentes e/ou complementares. Quem e quais os parceiros essenciais para o sucesso? Que cuidados a ter para evitar excessiva dependência de alguns fornecedores ou clientes?

MARKET REPORT

5.ª fase: Escolha do tipo de estratégia a adotar e análise e definição da estrutura a implementar. Considerações sobre modos de internacionalização (exportação, acordos comerciais, subsidiárias, etc.), produtos e processos a internacionalizar, vantagens de diferenciação ou custo, estrutura organizacional (recursos humanos alocados no país de origem e/ou no mercado de destino) e, finalmente, definição de um plano de entrada e de orçamentos (contemplar sempre os cenários mais pessimistas). Obviamente, que alguns casos de sucesso não seguiram estes 5 passos essenciais. Por vezes a “viagem conjunta” com um parceiro, garantiu o sucesso, outras vezes, uma determinada lacuna óbvia de mercado foi o único passo necessário para vencer. Mas a maioria das vezes, o insucesso nasce da incapacidade de seguir estes passos (todos ou alguns). A internacionalização, além de gradual, é um laborioso processo de tentativa e erro, que envolve um grau de risco considerável e a implicação de recursos financeiros e humanos escassos. Neste sentido, conhecimento, experiência e formação (na área de estratégia ou de internacionalização) poderão ter um papel importante na mitigação dos riscos. No médio prazo, as empresas que persistem e inovam acabam por colher frutos deste dinâmico processo de internacionalização, que é tão essencial para o seu crescimento individual e competitividade, como o é, de forma agregada, para a economia do nosso País.•


CEFAMOL dinamiza presença nos “PLASTIC MEETINGS LYON” iniciativa contou com a participação de quatro empresas nacionais: Erofio, Moldes RP, Moldoeste e Planimolde. Esta presença, à semelhança de outras que têm vindo a ser dinamizadas nos mesmos moldes, tem permitido um contacto mais ágil e mais direto com potenciais clientes do Sector oriundos de diferentes áreas de atividade, neste caso concreto daquele que é o terceiro mercado mais importante para as exportações do Sector.

A relevância do mercado francês nas exportações nacionais e o impacto positivo que a presença de empresas em certames de promoção de contactos bilaterais tem tido para a identificação de oportunidades de negócio, foram fatores decisivos para a organização da participação coletiva de empresas no evento “Plastics Meetings Lyon” dinamizada pela CEFAMOL.

Anteriores participações foram focalizadas em sectores distintos como a aeronáutica e a indústria automóvel, em mercados como a Espanha e o México, sendo um modelo de promoção que será certamente replicado dado o sucesso alcançado e os resultados positivos obtidos.

Realizado nos dias 30 de Setembro e 1 de Outubro, esta

Missão Empresarial no Brasil O cariz exportador da Indústria Portuguesa de Moldes e as linhas de orientação estratégica definidas para o Sector, mais concretamente, a aposta na diversificação de mercados destino da produção nacional, foram os fatores indutores da organização de uma Missão Empresarial ao Brasil promovida pela CEFAMOL. Com o objetivo de contactar empresas locais potenciais clientes do Sector, fortalecendo relações comerciais já existentes, e identificando novas oportunidades e parceiros de negócio para os participantes na Missão, foram organizadas entre 22 e 26 de Setembro, diversas reuniões de trabalho de apresentação da oferta nacional e das suas competências na conceção, desenvolvimento e produção de moldes de alto rigor técnico.

bons indicadores para a possível concretização de negócios num futuro próximo.

Esta ação promocional, enquadrada no Projeto Conjunto “Engineering & Tooling from Portugal”, centrou-se no Estado de São Paulo, contando com a participação de três empresas nacionais: MD Moldes, Planimolde e Tecnimoplas.

Nova ação promocional promovida pela CEFAMOL no mercado brasileiro está já agendada para Maio do próximo ano, através da participação coletiva na feira “Feiplastic 2015”, que se realizará na cidade de São Paulo.

Apesar dos constrangimentos e barreiras alfandegárias que o mercado apresenta e que condicionam a plena intervenção das empresas nacionais, o feedback recolhido deixa

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ENGINEERING & TOOLING


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MARKET REPORT

Indústria de Moldes Nacional presente na edição da Fakuma mais concorrida de sempre

A cidade de Friedrichshafen (Alemanha) voltou a ser palco para um dos maiores certames a nível mundial dedicados à indústria do plástico, a feira internacional Fakuma, que se realizou entre os dias 14 e 18 de outubro, no centro de exposições local. Uma vez mais, a presença de expositores e visitantes superou as expectativas, tendo sido registados números record de participantes em ambas as rubricas. Relativamente aos visitantes, marcaram presença 45.689 indivíduos, provenientes de 117 países, enquanto que ao nível dos expositores, os números oficiais apontam para 1772 empresas e organizações, oriundas de 36 países distintos. A crescente notoriedade deste certame é comprovada pela percentagem de visitantes estrangeiros, que nesta edição da feira se fixou nos 33%, mais 2% que na última edição. Também a participação nacional registou números record

na exposição, tendo incorporado a participação coletiva promovida pela CEFAMOL neste certame 14 empresas do Sector, nomeadamente, Bormat, Fozmoldes, Irmamolde, JDD Moldes, LN Moldes, Moldes RP, Moldoeste, Moliporex, Porfic, PMM, RGE, Speedturtle, Tecnifreza e Uepro. Dado a forte afluência de expositores registada nesta edição, e dado prever-se uma procura muito forte para o próximo ano, a CEFAMOL iniciou a preparação da presença nacional de forma a garantir as melhores opções para as empresas associadas.


CEFAMOL marca presença na IZB 2014 A edição deste ano contou com a presença de um stand institucional da CEFAMOL, promovido no âmbito da colaboração existente entre a Associação e a Volkswagen Autoeuropa. O stand ficou junto ao Pavilhão Nacional de empresas nacionais promovido pela AICEP, o qual contou com a participação de 24 expositores numa área de 324m2.

Promovida entre os dias 14 e 16 de outubro em Wolfsburgo (Alemanha), a feira internacional IZB (Internationale Zulieferbörse) é uma iniciativa do Grupo Volkswagen e uma das feiras do sector automóvel com maior peso na Europa, cuja primeira edição ocorreu em 2001 e, desde então, tem vindo a crescer em número de expositores e visitantes.

A presença da CEFAMOL permitiu o estabelecimento de contactos que possibilitarão às empresas nacionais o desenvolvimento de novas ações promocionais e de apresentação de competências e capacidades para servir a cadeia de valor deste importante Grupo Automóvel. O certame contou com a participação de 820 expositores, oriundos de 21 países, e cerca de 51.000 visitantes, o que demonstra o sucesso e impacto do evento.

Glasstec: O Palco de eleição dos moldes para vidro

A feira internacional Glasstec, que realizou a sua última edição entre os dias 21 e 24 de outubro, na cidade de Dusseldorf (Alemanha), tem vindo a comprovar ser o mais importante certame a nível mundial para a exibição de empresas nacionais que dedicam a sua atividade à cadeia de valor da indústria vidreira.

A participação nacional promovida e organizada pela CEFAMOL manteve o número de expositores de anteriores edições, sendo registada a presença de seis empresas distintas (Icebel, Intermolde, Metavil, Neckmolde, Vidrimolde e Vidromecanica), que se distribuíram pelos halls 13 e 14 do centro de exposições.

Sinais positivos de retoma do mercado e crescimento deste Sector estão espelhados nos números da feira. No total dos quatro dias do certame, marcaram presença cerca de 43.000 visitantes, num espaço onde estiveram presentes 1.217 expositores, distribuídos por nove pavilhões de exposição.

A próxima edição do evento terá lugar em 2016, prevendo a CEFAMOL organizar nova participação coletiva de empresas nacionais.

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OPORTUNIDADES NA COLÔMBIA UMA PERSPETIVA PARA O SETOR DE MOLDES Miguel Crespo AICEP Colômbia


A Colômbia é um dos membros do bloco económico mais importante na região, a Aliança do Pacífico, que integra ainda o México, o Chile e o Perú. Países que, ao contrário de outros na região, optaram por políticas liberais e não-protecionistas. Consequência disso, são os países com a maior e mais sustentada taxa de crescimento, representando 40% do PIB da região, mas 60% do comércio externo. A Colômbia encetou uma agenda de paz ao longo dos últimos 12 anos, que lhe devolveu segurança e permitiu coletivamente olhar o futuro com grande otimismo, alicerçando a partir desse momento horizontes promissores e de longo prazo. Tem vindo a “sobreviver” a choques externos, o que de algum modo indica que entrou numa dinâmica virtuosa assente em reformas internas e na potenciação das suas riquezas endógenas, sejam elas naturais ou de capital humano. País próximo da linha do Equador que, pela altitude, a Colômbia oferece todos os climas e uma imensa biodiversidade. A orografia acentuada é marcada pela cordilheira dos Andes, que se divide em três ao entrar na Colômbia. As três principais cidades – Bogotá, Medellin e Cali – situamse em altitude, gozando por isso dum clima ameno para a latitude a que se encontram. Por outro lado, a distância efetiva entre localidades, medida em viagens estenuantes e tortuosas, faz com que as idiossincrasias regionais sejam bem mais acentuadas do que noutros países da América Latina. Aliás, a Colômbia diferencia-se por ser o país mais multipolar do continente americano, sem prejuízo de ter uma capital política bem identificada em Bogotá. Por analogia com a Europa, seria um pouco como a Itália, com muito mais relevo mas sem vias rodoviárias minimamente adequadas. País que neste momento se reaproxima da costa, num processo impulsionado pelos sucessivos tratados de livre comércio, que colocam a liderança do crescimento ao litoral atlântico, em que pontuam as cidades portuárias de Cartagena, Barranquilla e Santa Marta. Parece que fica para trás o estatuto de “Tibete da América Latina”, cunhado por um antigo Presidente.

Enquadramento Macroeconómico Apesar do conflito duradouro, a Colômbia enfrentou uma única recessão desde a sua criação em 1820. Nunca entrou em default e goza de finanças públicas invejáveis. A subida paulatina do rating do país é imparável. A agenda de reformas é extensa, marcada por uma liberalização do comércio, ambicioso programa de infraestruturas, concessões de explorações de recursos primários e uma agenda de paz capaz de conquistar territórios para o lado da “economia formal”. O parente pobre, apenas em termos relativos, tem sido a indústria transformadora, dado que a abertura ex-

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terna tem fragilizado alguma indústria mais protegida, enquanto que o upgrade tecnológico expectável tem um período de maturação mais lento. Ao longo da última década a Colômbia cresceu a uma taxa próxima dos 5% anuais. Para o futuro somos mais otimistas do que as projeções macro-económicas convencionais, como as que são expressas pelo Economist Unit, porque estas não incorporam o “Output Gap” que vai surgir pelos choques exógenos positivos anteriormente expressos: construção de rede viária, estímulo disruptivo dos tratados de livre comércio, conquistas do processo de paz, subida sustentada do rating, expansão do crédito ao investimento e redução do desemprego/emergência duma nova classe média. Nem todos estes fatores estão garantidos a 100%, mas a materialização ainda que parcial é a ponto de colocar o país na dianteira do crescimento na América Latina, admissivelmente acima dos 7% durante uma década. (% salvo indicação contrária)

2012 2013 2014 2015 2016 2017

PIB Nominal (USD bn)

369.6 390.6 420.6

PIB per capita (USD PPP)

10441 10935 11512 48.2

48.8

49.4

Crescimento do PIB

4

4.3

4.5

4.6

4.6

4.5

Investimento (FBCF)

6

8

9.5

9

9

8.5

Taxa de Desemprego

10.4

9.9

9.3

9

9

8.5

IPC (médio)

3.2

2

2.7

2.4

2.3

2.4

Saldo orçamental (% do PIB)

-1.9

-2.1

-2.1

-1.9

-1.8

-1.9

Volume de Exportações (US$ bn)

60

63.8

70

75.8

81.2

87.7

Volume de Importações (US$ bn)

53.8

58.3

64.1

70.4

77.1

83.9

Balança de Tr.Correntes (% do PIB) -3.1

-3.2

-3.3

-3.5

-3.9

-3.9

Dívida externa (fim de ano; US$ bn) 82.4

87

89.4

91.4

94.7

97.1

População (mn)

Taxa de câmbio média COP:US$

1,798 1,830 1,849 1,863 1,871 1,886

Fonte: Economist Intelligence Unit julho de 2013

Oportunidades para a indústria portuguesa de moldes A Colômbia conquistou merecidamente o estatuto de “Investment Grade” e, conforme bem o entenderam alguns Grupos portugueses, com projetos de investimento no país. Na vertente do comércio externo as oportunidades despontam, embora a partir duma base mais baixa, essencialmente por três forças de razão: (1) O poder de compra é limitado, situando-se o PIB per capita sensivelmente em 1/3 do português e com repartição muito desigual. Procurando tornar clara a mensagem para o exportador, haverá mercado para quase todos os produtos e serviços, embora para bens de consumo o mercado seja muitas vezes dum tamanho bem mais pequeno do que se imagina. O mesmo não sucede para bens de equipamento, por exemplo em setores em que a Colômbia é um “potentado” – como seja o setor primário extrativo e de energia - ou dá mostras de grande volume de negócio futuro, como sejam as agroindústrias, o setor da saúde, telecomunicações, etc, em que os agentes têm dimensão relevante.

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Evoluindo de produto para serviço, ou para produto com necessidade de assistência, é imperiosa uma presença mais chegada, que pode em muitos casos implicar a abertura duma estrutura permanente, nem que seja um rep office. Se tivéssemos de sintetizar numa característica apenas, a Colômbia seria uma espécie de “Brasil acessível”. O empresário que provou ter argumentos competitivos para trabalhar no Brasil, encontrará na Colômbia uma facilidade muito maior, um caminho mais aberto e uma dimensão relativa mais compatível. Olhando mais de perto para o Setor de Moldes, convém ter presente que a indústria transformadora de plásticos é pouco sofisticada e ainda não entrou nem em fase de expansão de capacidade nem de upgrade tecnológico. A generalidade dos consumos está orientada para setores/produtos de valor acrescentado médio-baixo. Apenas 8% das matérias plásticas são incorporadas em setores de maior índice tecnológico, e é sobre uma pequena parte deste segmento que podem surgir as oportunidades para a nossa indústria de moldes. A quase totalidade dos equipamentos e moldes empregues

MARKET REPORT

Colombia: Importaciones de Moldes para Plastico, 2010 - 2012 Miles de dólares FOB Descripción Moldes de plástico

2010

2011

2012

19,858

28,865

26,355

Fuente: Calculos Acoplásticos con base en archivos magnéticos de la DIAN

quase absoluto. De acordo com a mesma fonte e já para o triénio 2010-2012, Portugal ocupa a 4ª posição, com 8% da quota de mercado, atrás da China (30%), do Brasil (12%) e Itália (12%). Facto que, porventura, a própria indústria portuguesa desconheceria, embora na última feira da Acoplásticos estivessem presentes e em bom nível pelo menos cinco empresas nacionais do Setor de Moldes. A China está em grande expansão de quota (no triénio 2008-2010 tinha apenas 22%), bem como a Itália (que suplantou Portugal e Alemanha). A evolução das importações colombianas de máquinas e partes tem sido volátil. De acordo com a Acoplásticos houve um crescimento considerável em 2011 da importação de moldes que, todavia terá recuado para USD 26.3 de acordo com as nossas estimativas para 2012. E os dados acumulados até julho de 2013 indicam um recuo homólogo de 20%, sendo que o ano poderá findar com um total de USD 23-25mn. A Cefamol, em missão exploratória ao mercado, em setembro de 2013, pode constatar que os moldes portugueses gozam de grande reconhecimento e que poderão ter um contributo muito maior se e quando a indústria colombiana investir e modernizar.

na indústria colombiana é proveniente de importações. De acordo com a associação do setor, Acoplasticos, no triénio 2009-2011 os principais países fornecedores destes equipamentos, foram por valor a Alemanha (26%), a China (22%), a Itália (18%) e o Canadá (10%).

Ora, é nossa convicção que esse processo vai suceder em diversos setores, criando oportunidades para a indústria portuguesa de moldes, não só pelos incontestáveis hard skills das soluções, como pelos soft skills dos empresários. Há que saber explorar a vantagem que temos face à concorrência duma grande proximidade cultural e comportamental entre portugueses e colombianos, e uma dimensão relativa entre empresas muito mais próxima.

No que se refere aos moldes, a produção colombiana é igualmente muito limitada em quantidade, variedade e complexidade técnica, pelo que o recurso a importações é

De forma muito sucinta, os setores e empresas mais promissores para a nossa indústria são, muito naturalmente: 1. Setor dos Fabricantes de Componentes Automóvel e


Conselhos úteis Principais fornecedores de maquinaria para plásticos, triénio 2009-2011

Principais fornecedores de maquinaria de moldes para plásticos, triénio 2009-2011

Motociclos: as motorizadas são o principal veículo de transporte na Colômbia, e assim deverá continuar a ser na próxima década. Existem cinco grandes montadores, que beneficiariam de incorporar mais produto nacional. Da mesma maneira, as linhas de montagem CKD da General Motors e da Renault, para além dos fabricantes de autocarros, têm boa perspetiva de crescer, orientarse, em parte, para o mercado externo, e ganham com o aumento da incorporação nacional de produtos mais sofisticados. 2. Indústria de eletrodomésticos, home-appliances e material elétrico: grupos nacionais bem estabelecidos, com dimensão média considerável, como é caso da Haceb, Challenger, Imusa, Gamma, Legrand 3. Agroalimentar: na Colômbia estão a surgir prováveis líderes regionais de bens de consumo alimentar, como é o caso da Postobon, Nutresa, Alpina ou Collantas. Todos estes Grupos consumem mais plástico do que vidro e a diferenciação na embalagem é uma necessidade. 4. Moda, se possível em articulação com outras associações portuguesas, como sejam a APICCAPS e ATP. 5. Agregadores: tais como a Imocom ou o grupo Phoenix, Rimax. Setores e empresas que têm uma forte concentração em Medellin, capital industrial do país e tecnologicamente mais avançada. Cidade onde está localizado o Instituto de Capacitación e Investigación del Plástico y del Caucho, www.icipc.org , um possível aliado na transferência tecnológica.

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Sentirá, como em poucos outros países, uma empatia quase instantânea com os colombianos. Compreenda, porém, que o empresário português não foi o primeiro a descobrir a Colômbia. - Avalie a possibilidade de participar na próxima feira da Acoplasticos, de 29 de setembro a 3 de outubro, por regra muito bem organizada e com projeção de relevo na América Latina: http://www.colombiaplast.com; - A indústria transformadora está dispersa pelo país e muitas das vezes os trajetos até às fábricas consomem o tempo que não se espera. Numa semana de missão ao mercado, contemple 2 dias em Bogotá, 2 em Medellin e em Cali e um em Barranquilla; - No resto, registo cultural e de práticas de negócios muito semelhantes a Portugal. Recomenda-se franqueza sem ingenuidade; - Espírito fortemente corporativo, alicerçado quer em Clubes Sociais e Empresariais, quer em Grémios sectoriais ou regionais; - País a várias velocidades, em que a materialização das expetativas ocorre muitas vezes a um ritmo frustrante. Quem tem poder não tem pressa, quem tem pressa não tem poder; - Deixe os seus preconceitos em casa e reconheça que o que o traz à Colômbia é o lado positivo do país que cresce; - Faça previamente o seu trabalho de casa, analisando o mercado e selecionando de antemão potenciais parceiros. Procure o mais possível informar-se, nomeadamente online, e tente organizar videoconferências com alguns potenciais parceiros antes de partir; - Planeie a realização da visita com 2-3 meses de antecedência e procure ir fechando as agendas a duas semanas da chegada. Mas prepare-se para que muitas confirmações só sejam efetuadas de véspera. Se tiver um consultor local a apoiá-lo na agenda, deve compreender que estas podem ir sofrendo alterações até ao último minuto; - Evite os períodos da Páscoa, Natal e janeiro, e estude o calendário para não coincidir com feriados; - Não espere encontrar um mercado virgem e livre de competidores. Todos buscam o “Eldorado”, como a Colômbia sempre foi conhecida. E como em qualquer mercado com o qual não se está familiarizado, as questões burocráticas levam sempre mais tempo do que seria de esperar; - Aproveite o tempo para reunir e conversar com o maior número possível de pessoas – como na maioria dos países da América Latina, os negócios fazem-se por relacionamentos amadurecidos ou por “recomendações vindas de cima”; - Faça uma abordagem de longo prazo, mas dê-lhe a flexibilidade necessária para se adaptar às circunstâncias e oportunidades do momento; - Procure sempre obter aconselhamento independente, profissional e jurídico de boa qualidade; - Não se esqueça de levar a cabo a due dilligence em termos de contratos e parceiros.

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MARKET REPORT

EVOLUÇÃO DOS MERCADOS

Análise Comparativa do Terceiro Trimestre 2011-2014

MERCADOS TRADICIONAIS

MERCADOS DA EUROPA DO LESTE

MERCADOS AMERICANOS

PESO DOS MERCADOS TRADICIONAIS NAS EXPORTAÇÕES NACIONAIS

MERCADOS DA EUROPA DO CENTRAL

OUTROS MERCADOS ESTRATÉGICOS

Fonte: AICEP Portugal Valores de exportações em unidades de milhar




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