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OLÁ, PAI, OLÁ MÃE!

Brigada de Combate à Criminalidade Informática da Polícia Judiciária (PJ) de Leiria

Esta pequena rúbrica, vai ter como tema o mais recente flagelo em burlas praticadas online. As vítimas, com a atuação “Olá pai, olá mãe”, contam-se nas ordens dos milhares, sendo também na ordem dos milhares os prejuízos já causados.

Pede-se a todos os leitores que estejam atentos a este tipo de atuação e que nos ajudem a divulgar, junto de familiares e conhecidos, o que se está a passar para tentar minimizar este tipo de atuação criminosa.

MODUS OPERANDI:

Como qualquer tipo de crime, a forma de atuar e enganar as vítimas, não é sempre a mesma. Vai sofrendo mutações, de forma a produzir os resultados (in) desejados.

É uma burla praticada online, com recurso à APP WhatsApp. Não requer conhecimentos informáticos, sendo praticada com recurso ao que é descrito como ‘engenharia social’.

Basicamente, a vítima é utilizadora do WhatsApp. Recebe uma mensagem, que começa por Olá pai, ou olá mãe e que supostamente terá sido enviada por um filho ou filha da vítima. O número utlizado pelo filho/a é desconhecido da vítima, mas é dada a explicação que este é o novo número de contacto.

De seguida, o filho/a pede que lhe seja enviada com urgência, determinada quantia monetária, para suprir uma necessidade urgente. Da mensagem, faz parte o IBAN da conta para a qual o dinheiro deve ser transferido.

Como é óbvio, é tudo encenação e o IBAN pertence a desconhecidos. Uma vez transferido o dinheiro, este vai passar a engordar o património do burlão.

Para dar maior credibilidade à mensagem, começa a ser habitual a fotografia de perfil do contacto do número usado ser, efetivamente, do filho/a da vítima. A fotografia mencionada, é retirada dos perfis públicos das redes sociais dos filhos das vítimas e associada ao dito contacto. [Facebook, Instagram, TikTok ou outros]

Não são necessárias mais explicações. Tudo é feito da forma simples que foi descrita.

As recomendações para evitar ser burlado/a, são semelhantes às que têm vindo a ser aconselhadas em rúbricas anteriores:

Confirmar a veracidade da mensagem por outra via: endereço de correio eletrónico, telefone, etc. E, como é óbvio, não através do número usado para o contacto. Vamos chamar-lhe número fictício.

O número fictício, pode ser pesquisado no site: https://sync.me/pt/

Este site pretende ser uma agenda telefónica global, alimentada a nível mundial. Muitas vezes, fornece elementos sobre a verdadeira identidade associada ao contacto pesquisado.

As tentativas de burla podem ser denunciadas junto de qualquer autoridade policial para que, no mínimo, a informação seja objeto de registo.

Caso seja alvo deste tipo de burla, deve apresentar queixa-crime o mais rápido possível junto da autoridade policial mais próxima. Preferencialmente, deve exportar o conteúdo da conversa do WhatsApp para um ficheiro digital e entregar no ato da queixa. Pode obter instruções sobre como exportar conversas no WhatsApp, neste site: https://faq.whatsapp.com/1180414079177245/?helpref=uf_ share

Faça acompanhar-se também de um comprovativo da transferência.

É aconselhável dirigir-se ao banco onde tem sediada a conta bancária. Peça que seja contactado o banco de destino da transferência, através, por exemplo, de mensagem de correio eletrónico para avisar que a transferência é fraudulenta, pedindo simultaneamente para suspender a operação e/ou cativar o saldo correspondente, na conta de destino.

NOTA: O Olá pai, olá mãe, também pode assumir as formas: Olá mano, olá mana, olá avô…

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