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INOVAÇÃO: O motor da indústria de moldes
Desde a sua fundação que a indústria de moldes se caracteriza e é reconhecida pelo dinamismo ímpar que apresenta no panorama industrial português. A forte aposta no desenvolvimento tecnológico, a modernização constante dos seus equipamentos, a diferenciação que aporta ao mercado, o serviço prestado aos seus clientes, a vontade de vencer, o esforço e a dedicação dos seus colaboradores permitiram consolidar uma história de sucesso.
A indústria de moldes sempre teve a capacidade de se ajustar e adaptar quer à evolução tecnológica e dos mercados, quer aos requisitos dos seus (exigentes) clientes. Muitos têm sido os sectores de atividade que, ao longo dos anos, receberam da nossa indústria um apoio ativo e recetivo para o desenvolvimento dos seus produtos.
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João Faustino (Presidente da CEFAMOL)
A inovação foi a base para podermos trilhar este caminho e posicionar Portugal como uma referência mundial no fabrico de moldes. Houve a capacidade de fazer melhor, mais rápido, diferente, mas, principalmente, de apresentar aos seus clientes soluções que lhes permitiam novos índices de produtividade, otimização de processos, redução de custos e tempos de produção e manutenção. Sempre existiu criatividade e pioneirismo na indústria, características evidentes de que poderíamos fazer diferente e melhor, de que poderíamos inovar.
Foi esta constante procura pela inovação e pela oferta de novas soluções aos clientes, que permitiu a empresas “com mentes abertas” mudar o paradigma das suas organizações, entrando em novos e mais exigentes mercados. Em paralelo, também estes mercados exigem diferenciação e uma melhor, mais competente e eficiente resposta, criando um círculo virtuoso de criação e desenvolvimento.
Tal permitiu expandir a oferta, alargar a cadeia de valor, integrar cadeias de fornecimento globais, desenvolver novas competências e áreas de conhecimento. Foi necessário (e fundamental) construir parcerias, com clientes, fornecedores, concorrentes e centros de saber. Houve que trazer a investigação para a indústria, ligar as empresas a universidades, politécnicos e centros tecnológicos e aplicar o conhecimento gerado na atividade regular das empresas. Inovar foi, e é, neste contexto, a palavra de ordem.
Mas o mundo evolui muito rapidamente e, nos dias de hoje, nenhum sector ou organização pode encostar-se ao sucesso do passado, mesmo que este seja extraordinário.
Alguém dizia que “para sermos ultrapassados não basta parar, basta manter a velocidade”. Perante esta constatação, e no início de um novo ciclo competitivo, como o que atravessamos neste período pós (??) pandemia, é usual conjeturar sobre o futuro. Temos sempre presente que vivemos o futuro do passado e que as ferramentas de que dispomos são atuais e inovadoras. Contudo, procedimentos atuais, que são por vezes considerados imutáveis e estruturantes, podem vir a ser num futuro próximo desajustados e/ou obsoletos.
Num ambiente volátil como o que vivemos, as organizações estão obrigadas a partilhar conhecimento, a motivarem-se e a motivarem os seus colaboradores não para que se trabalhe mais, mas sim de forma mais inteligente e, sobretudo, mais inteligente do que os outros. Para que tal seja possível, o constante debate e partilha de ideias irá alavancar a inovação e a geração de conhecimento e novas soluções.
A expressão “Find a reason how you can do it, not a reason why you can’t”, é hoje o prenúncio dos tempos competitivos em que vivemos.
Assim que consigamos implementar estes conceitos nas nossas empresas e no sector, estaremos no bom caminho para agilizar e introduzir as mudanças rápidas e necessárias à manutenção da competitividade e sustentabilidade da indústria e de todos quantos nela trabalham e colaboram.
Criar valor, fazer algo de novo, ter novas ideias, inventar soluções, transformar ideias em resultados podem abrir novos mercados e novas oportunidades. Se consideramos todos estes conceitos como processos de inovação, podemos então dizer que a nossa indústria está a acelerar o futuro e a reforçar o posicionamento de excelência que atingimos no panorama internacional.
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Texto: João Faustino (Presidente da CEFAMOL)