Assinatura & cartas Flavio Daflon e Cintia Adriane Rua Valparaíso, 81 / 401 - Tijuca Rio de Janeiro, RJ. Cep 20261.130 Tel.: (21) 2567-7105 E-mail: fator2@guiadaurca.com www.guiadaurca.com/fator2
Fator2-Fator de Queda Fator 2 é um fator de queda extremo, na qual todos os componentes de uma escalada são submetidos a grande impacto. Este fator é calculado pela altura da queda, dividido pela distância de corda entre os escaladores.
Atenção Escalada é um esporte onde há risco de você se acidentar gravemente ou até mesmo morrer. Esta publicação não é um substituto para um Instrutor ou Guia de escalada em rocha. Caso você não conheça ou possua dúvidas em relação às técnicas de segurança para a prática do esporte, procure um instrutor ou guia especializado para lhe ensinar. Acidentes sérios e até fatais podem ocorrer, como resultado de uma má compreensão dos artigos aqui publicados ou da superestimação dos seus próprios limites. Capa: Ralf Côrtes na Joselito Sem Noção, Morro da Babilônia. Foto: Marcela Chaves. Fator 2 - número 18 - 2002
N o M u n d o Festival de Banff A segunda edição do Banff Mountain Film Festival, nos dias 04 e 05 de setembro, foi um sucesso de bilheteria. No primeiro dia foram vendidos todos os ingressos e ainda teve gente que ficou de fora. Esta mostra exibe filmes ligados a esportes de montanha e a cada ano o festival vem crescendo e ganhando renome internacional. Realizado pela primeira vez em 1976, com apenas uma noite de projeções, o festival vem crescendo e expandindo fronteiras. O evento no Brasil foi organizado pela produtora 9D, dos montanhistas Alexandre Diniz e Guilherme Condé, e desta vez veio em circuito itinerante, percorrendo quatro capitais brasileiras - Rio de Janeiro, Curitiba (17 e 18 de setembro), Porto Alegre (25 e 26 de setembro) e São Paulo (de 30 de outubro a 03 de novembro). Com uma trilha sonora excelente e imagens de tirar o fôlego, o público se empolgou com muitas cenas de Base Jump, Moutain Bike, Ski, Snowboarding, Escalada em Rocha, Gelo e Alta Montanha. Quem não compareceu perdeu um grande evento, mas fica a dica para o próximo ano.
Lagarto Lambão O escalador Antônio Paulo bateu um grampo na horizontal da via Lagarto Lambão (6º VIIb), no Pico da Tijuca. Por causa da quebra de uma agarra chave, a horizontal, que é o crux da via, tinha ficado com a proteção muito estranha e os escaladores simplesmente haviam abandonado esta via, que é considerada por alguns, a mais bonita do Pico da Tijuca. O novo grampo permite agora escalar este trecho com mais facilidade, já que antes ele estava destoando da via. Tudo foi feito com autorização do conquistador Marcelo Ramos.
N o
SOS Urca No sábado, dia 14 de setembro, aconteceu o Mutirão SOS Urca, onde foram realizados numerosos trabalhos de conservação. Entre eles a continuação do reflorestamento da Face Oeste do Pão de Açúcar, retirada do capim colonião e plantio de mudas no colo entre o Morro da Urca e o Pão de Açúcar, a limpeza nos arredores dos boulders da pista Claúdio Coutinho, além do fechamento de atalhos e colocação de placas de sinalização na trilha do Costão. Também foram distribuídos folhetos com orientação para que não se alimente os MicoEstrelas. Como parte dos trabalhos também foram retirados três grampos e reposicionados dois na via Secundo Costa Neto, no Pão de Açúcar. O primeiro retirado foi o segundo grampo que estava na via, ou seja, depois do grampo da primeira chaminé. Após o grampo arrancado vem uma parada dupla e depois uma fenda à esquerda. À direita dessa fenda haviam quatros grampos, sendo que o terceiro e o quarto estavam a um palmo de distância, o terceiro saiu. Mesmo assim pisando no grampo de baixo (segundo) é possível costurar no de cima (terceiro). Ali havia também um grampo amassado que foi arrancado. Em seguida vem um grande platô que fica na base da segunda chaminé onde está a P1. O primeiro grampo depois dessa parada foi retirado. Depois vem um diedro e um platô (P2), onde ainda tem um resto de cabo, que será baixado no futuro. Ali começa o artificial que quando feito em livre, os terceiro e quarto grampos ficavam fora da linha de escalada, sendo necessário dar uma ou mais passadas à direita para costurar. O terceiro grampo foi reposicionado dois palmos para esquerda e o quarto três palmos.
M u n d o
A via ainda precisa de muitas reformas. A mais urgente é retirar os grandes grampos antigos (que fixavam os cabos de aço) e que apesar de não serem mais usados, estão lá e, em caso de queda, a chance de bater num deles é grande. A reforma foi feita com a devida autorização dos conquistadores. Já a via Coringa, na face sul do Pão de Açúcar, teve sua última parada dupla, aquela no platô final, retirada. Esta face possui muita vegetação e platôs de base frágeis, por isso entrou-se em consenso que a retirada desses últimos grampos seria a melhor solução para evitar que a via seja utilizada para rapel. Isso fará com que as pessoas parem de subir o Costão só para utilizar a via como descida, o que estava se tornando muito freqüente, e obrigará os escaladores a rapelar do trecho mais reto ou sair pelo cume, contribuindo para uma melhor conservação do local. Esta decisão foi tomada com a aprovação do conquistador da via, Giuseppe Pellegrini. O mesmo disse que esses grampos não existiam e foram batidos depois da conquista. Este trabalho foi uma realização da FEMERJ com a organização de Rosane Camargo.
Pedra do Urubu A primeira agarra da via Midnight Moon (Urubu de Plástico, IXc ) na Pedra do Urubu, está quebrada e a via deve ser desequipada e as agarras retiradas. Esta via foi aberta por Luis Cláudio Pita com agarras cavadas e de resina. Esta prática já não é mais aceita hoje em dia, mas essa via foi aberta em 1989, numa época em que alguns achavam tal ato válido, já que ela foi a primeira via de IXb no Rio. Em algumas das reuniões da Interclubes (atual FEMERJ) este assunto foi discutido. Na época,
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N o clubes, escolas de escalada e escaladores independentes concordaram em não abrir novas vias com agarras cavadas ou de resinas. Com relação as vias que já existiam desta forma, ficou acordado que só seriam retiradas se o conquistador permitisse. Em algumas vias, conquistadores concordaram e buracos cavados foram tampados, por exemplo, na Reserva Florestal do Grajaú. No caso da Urubu de Plástico o conquistador e os escaladores que a freqüentavam foram contra a sua retirada na época. Agora com a agarra quebrada, Pita nos disse que não irá recolocá-la e vai desequipar a via. Ele ainda completou: Já passou a época dela.
M u n d o
Na Lagoa Os escaladores descobriram um outro caminho para acessar as vias do Platô da Lagoa, RJ. Esse evita passar pelo portão do morador local que estava causando problemas para os que utilizavam o lugar para escalar. Esse novo acesso fica na mesma rua, Ladeira Tabatinguera, mas ao invés de começar a trilha de onde se estaciona o carro, basta descer um pouco a ladeira até o número 50 desta rua. Então pega-se uma ruazinha sem saída para a direita, onde no final encontra-se encrustada na pedra uma escada de ferro. Subindo-se por ela chega-se numa canaleta de contenção de água e depois dela estará próximo a base das vias.
Www.guiadaurca.com Está no ar o site do Guia da Urca, www.guiadaurca.com. Ele vai servir como uma atualização on-line do livro. Para cada via que sofrer alguma alteração, será colocada uma atualização no site. Tudo será noticiado: substituição de grampos podres, intermediações, conquistas, vias fora de condições, encadenamentos, etc. Também estarão disponíveis croquis não publicados e alguns artigos. Além disso tudo, há uma coluna com as últimas notícias da Fator2. Para quem preferir, há a opção de cadastrar seu email e receber boletins quinzenais com um resumo dos últimos acontecimentos. A idéia do site é que não seja preciso esperar pela quarta edição, daqui a alguns anos, para se ter conhecimento das atualizações do livro.
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INFOFEMERJ Número 6
Infotrilhas: O Infotrilhas surgiu da necessidade de conscientização e elaboração de informes regulares sobre o estado das trilhas, incluindo as que conduzem às vias de escalada. O projeto é totalmente voluntário e qualquer um pode fazer seu informe on line, em um formulário baseado nos dados avaliados na tese sobre impacto nas trilhas de Itatiaia, de Kátia Torres. Os informes são disponibilizados no site www.infotrilhas.hpg.ig.com.br/index.html para os usuários e repassados às administrações dos parques. O voluntário também pode organizar um núcleo Infotrilhas, passando a ser o representante do projeto em sua área de atuação, ajudando a divulgar e operacionalizar os informes. Carta ao Alex ‘Che’: A FEMERJ é uma entidade que tem sua origem baseada em preceitos de transparência e democracia, sempre repudiando quaisquer atitudes autoritárias e que vão de encontro aos anseios da comunidade montanhista do estado do Rio de Janeiro. Recentemente, uma via de escalada teve suas proteções retiradas no Morro da Babilônia - “A Morte da Cachorra Louca”, de autoria de Alex “Chê”, sem a sua autorização. Essa escalada foi conquistada à revelia das recomendações da então Interclubes, hoje FEMERJ, em não fazê-lo naquele local, mesmo estando os conquistadores cientes destas. No Seminário de Mínimo Impacto promovido pela FEMERJ, esta posição foi ratificada pelas instituições que representam o montanhismo, pelos próprios montanhistas e ainda em reunião da FEMERJ, no dia 26.02.2002, todas as entidades que compõe a mesma (CEC, CEB, CEG, CEL, CET, CERJ, CEP e AGUIPERJ) decidiram boicotar a citada via. Sendo assim, a FEMERJ repudia tanto a retirada não autorizada dos grampos quanto a conquista da via e solicita ao Alex “Chê” que não a reequipe, mostrando uma atitude madura, típica de um guia de montanha.
Este trabalho tem por objetivo preeencher uma lacuna nas bases de dados sobre as escaladas de nosso Estado, já que a série histórica criada com os catálogos de 1975 (da antiga FMERJ) e 1984 (A. Ilha, L. Duarte) não teve ainda continuidade. Os números iniciais do trabalho sugerem que o número de escaladas fora da cidade do Rio tenha quintuplicado desde a publicação do catálogo de 1984. No entanto, para que possamos atingir um resultado abrangente e preciso, precisamos da colaboração de todos os escaladores que nos puderem enviar informações. Se você tem conhecimento de qualquer via de escalada nos municipios do interior do Rio - especialmente fora de Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Itatiaia e Niterói -, pedimos que entre em contato com Flavio (flaviow@olimpo.com.br). Os dados coletados para cada via são: nome, grau, localização (montanha), conquistadores e ano da conquista. A FEMERJ agradece a sua colaboração. Calendário de 2002: As reuniões acontecem na última terça-feira do mês, às 19 hs, e está aberta a todos. Sua presença é muito importante para o desenvolvimento do nosso esporte! As datas e locais das reuniões estão no site da FEMERJ. Site da FEMERJ No site da FEMERJ você pode encontrar todas as informações sobre a federação. Lá estão todos os GT’s (Grupos de Trabalhos), as atas das reuniões mensais de diretoria, estatuto, currículo mínimo para Curso Básico de Escalada e mais uma infinidade de informações do seu interesse. Criamos também o link “NOVIDADES”, onde é possível acompanhar o dia-a-dia da FEMERJ. Caso tenha alguma sugestão, entre em contato com a gente. Como se federar? Toda e qualquer informação pode ser obtida através do site www.femerj.org ou do email infofemerj@ig.com.br
GT SOS Urca O GT SOS Urca paralizou temporariamente o trabalho de reflorestamento no Pão de Açúcar, pois muitas mudas plantadas estão sofrendo o risco de serem pisoteadas. O próximo local para capinagem está em um local muito inclinado e tem pedras caindo. A face norte do Morro da Urca em breve terá o corte do capim colonião e, em seguida, começarão os trabalhos de replantio. Foram fechados atalhos na trilha da Urca, no local do reflorestamento no Pão de Açúcar e o atalho para a via Arco-Íris, nos Coloridos. Catálogo das escaladas do interior do Rio A FEMERJ esta fazendo a catalogação das escaladas de todo o interior do Estado do Rio, atraves do GT Rio Interior.
Participe você também! . Os interessados em fazer parte da lista da FEMERJ deverão mandar um email sem título para o seguinte endereço: FEMERJ-subscribe@egroups.com · Pedimos a participação e colaboração dos montanhistas para que enviem informações, para o email da FEMERJ, do estado das trilhas e vias que existem no nosso estado. · Continue contribuindo com a Croquiteca, enviando os croquis para gsaliba@zipmail.com.br. Notícias, sugestões e qualquer tipo de contato e informação deverá ser enviada para o endereço: infofemerj@ig.com.br
Salomith Fernandes, 75 anos é um escalador das antigas . Extremamente carismático sempre foi muito querido por seus companheiros de clube e escaladas. Começou no montanhismo aos 16 anos. É conquistador da primeira via dos Coloridos, o Paredão Vermelho. por: Gabriela Saliba. Fotos: Tadeuz e Sionira Hollup.
Alto da Boa Vista, ponto final do bonde, certa garoa e um grupo do Centro Excursionista Ramos. Cordas, botas cardadas e outras parafernálias... curiosidade no ar! Salomith, um garoto de dezesseis anos, não resistiu e perguntou aonde eles iriam com todo aquele material, e se poderia ir junto. Aceito para a excursão lá se foi, de roupa clara, pensando que era um passeiozinho. Passaram na Dna. Maria que ficava na base da Pedra Bonita. Tomaram um café com biscoitos, ela sempre tinha algo para oferecer e vice-versa. Quando eles chegaram na base da Chaminé Ely, toda enlameada, Salô escorregava muito, os companheiros de aventura com suas botas cardadas, eram rápidos.
seus sapatos abriu uma boca-de-jacaré , a calça creme ficou marrom de tão suja e dos tombos, um pouco rasgada também. A brincadeira a princípio não agradou muito, subiu quase calado, e pensativo. Finalmente o cume! Ao admirar a paisagem deslumbrante ele apaixonou-se pela visão, apesar de seu estado sujo e sem comida, pois não tinha planejado a aventura... Os rapazes ofereceram para ele pedaços de galinha e uma maçã. Voltaram tudo, para o Alto da Boa Vista. A esta altura, ele havia perdido um sapato, o outro aberto, a camisa e a calça toda rasgada. Diante de tal situação, os rapazes do C.E.R. (Centro Excursionista Ramos), ofereceram-lhe uma camisa. Em casa, sua mãe pensou que tivera sido atropelado. O pessoal do C.E.R. convidou-o para entrar para o clube, mas o percurso para chegar as reuniões, tornava-se deveras complicado de acordo com as conduções, não havia condução direta do Méier para Ramos.
Naquela época havia a Rádio Ginástica, e além das atividades que ele acompanhava, o grupo que ouvia esse programa começou a organizar excursões, a primeira para o Pico da Tijuca. Eram ao todo quarenta e muitos inexperientes. Conta Salô que um gordinho que levava em duas sacolas de pano vários alimentos, rapidamente cansou-se. Mochilas só eram vendidas, como sobras do exército, na Loja dos ra Ser na bo, Dia do ão para a Agulha Sucupira do centro da cidade. Solução: Salomith em uma excurs Órgãos, RJ. ele pegou um tronco, e fez um balaio para carregar as duas sacolas do gordinho até o cume. Carrasqueira, cordas, Laranjas sobraram até para a descida... sobe-sobe... Salô estava bravo, nem imaginava que fosse tanta ralação subir aquela montanha. Um dos Outras excursões foram organizadas pelo mesmo
Ao admirar a paisagem deslumbrante ele apaixonou-se pela visão... Página 8 - Fator2
Repetiu a Agulha do Diabo 37 vezes e o Dedo de Deus 27. grupo, percorrendo o Pico do Papagaio, e outras montanhas e Salô já tinha dezoito anos. O guia, Sr. Vaz, mostrou-lhe um boletim do CEB (Centro Excursionista Brasileiro), e daí partiu a idéia de entrar para o clube. Conseguiu uma proposta, e foi à Praça Mahatma Gandhi, onde ficava a sede na época. Sua primeira excursão com o clube foi para o Pico do Corcovado de Friburgo, uma excursão longa guiada por Ivo Pereira, e com direito a dormida numa fazenda. Ele já havia comprado mochila de soldado, e colocado cardas (que consistia em colocar pregos com cabeça grande), cerca de meio centímetro na sola da bota de couro, para facilitar suas caminhadas. Naquele tempo utilizavam lanternas de carbureto, aquelas usadas por mineiros, e começavam a aproximação da montanha ainda de madrugada. A vontade de escalar, além de caminhar começou a tomar forma. Surgiu, então, a oportunidade de ir ao Morro do Cantagalo onde tudo era mato, e as escaladas eram as Chaminés do Prego e do Morcego, pelas quais descia-se desescalando. Mais tarde foi conquistada uma via chamada Walmir de Castro, então ele passou a subir pelas chaminés, e descer por esta via.
s Órgãos.
o, na Serra do
Agulha do Diab
Uma via que ele gostava muito de escalar era a Baden Powell, no Irmão Maior do Leblon, onde tinha dois lances difíceis, o Morte Doce, e o Morte Lenta. Numa certa vez, ele escalava de alpargatas, e com
Croqui do caminho das Orquídeas e algumas das montanhas da Serra dos Órgãos.
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Sua primeira escalada foi na Pedra da Gávea pela Chaminé Ely. capim-de-anta bem alto. Nesta mesma época ele também fazia o Pipoca, o Cabeça de Peixe, os Dedinhos, o Garrafão, o Dedo de Nossa Senhora (o cabo de aço era bem mais fino), entre outras montanhas da Serra dos Órgãos. Ele foi parceiro de Henry Ochionni, do CEC e do Sobral Pinto, fotógrafo, sempre com sua enorme mochila cheia de equipamentos. Mais tarde no CEB, ele conheceu o Minchetti, e daí seguiram várias explorações. Abriu o caminho das Orquídeas com a intenção de encurtar a jornada até a Agulha do Diabo, e de buscar um lugar mais próximo para dormir, já que havia acabado o abrigo quatro (época da ditadura). Seu nome era devido as numerosas orquídeas encontradas no trajeto, que hoje, infelizmente são raras ou nem existem mais. Em 1965, do acampamento Paquequer eles tiveram a primeira visão daquela que viria a ser a Chaminé Cassin, homenagem ao grande alpinista italiano, Ricardo Cassin, conquistada por Salomith e Minchetti no mesmo período. A face Nordeste do Nariz do Frade, no ES, foi conquista do Salô com o Vavá, Waldo e Garrido, assim como o Paredão Ventania, na Pedra da Gávea, com o Minchetti, para evitar a passagem pela Chaminé Ely. Uma conquista i. sugestiva e curiosa foi a do Paredão Vermelho na Urca, ch ris ua ulhinha G uistando na Ag por causa da Praia Vermelha, a primeira de uma Salomith conq parede hoje cheia de cores... a intenção de aumentar a aderência, ele parou antes Esse ano foi homenageado pelo CERJ com uma destes lances para cuspir na sapatilha. Passou pelo escalada, onde foi guiado no Paredão Branco, nos Morte Doce com sucesso e, talvez por empolgação, Coloridos. Este aquariano é uma pessoa muito sensível, seguiu confiante para o Morte Lenta, mas tomou um e seus olhos marejam ao falar dessas histórias. pêndulo bem grande. Outra de que gostava era a via Paulista, no Irmão Menor do Leblon, costumava descer entre os dois morros. Porém depois que ocorreu um assalto e levaram a corda de sisal deles, não voltou Este texto e todos os mais lá. Um de seus professores foi Halmikar Reigas, que foi quem o levou pela primeira vez até a Agulha do Diabo, montanha que foi repetida por ele 37 vezes. O Dedo de Deus ele fez 27 vezes. Seus maiores parceiros foram: Halmikar Reigas e Antônio Benischer, esse último foi quem o apresentou à Chaminé Stop, no Pão de Açúcar. Diversas vezes Salomith subiu e desescalou a Stop e trechos da Teixeira do Dedo de Deus, na Serra dos Órgãos. Na década de 50, entrou para o CEC, Centro Excursionista Carioca. Ao saberem que ele conhecia bem a Agulha do Diabo, uma turma ficou interessada, e logo foram várias excursões organizadas, nas quais ele levou quatro por vez, isso nos idos de 52... A Travessia Petrópolis-Teresópolis, ele conheceu com o Ájax, um camarada do CEB. Contava Salô, que naquela época, a Travessia era bem difícil, com o
textos que aparecerem com esta logo são um incentivo do PREMON. Criado em 1983 por Manoel de Souza Lordeiro, associado do CEB, o PREMON, Programa de Preservação da História do Montanhismo Brasileiro, tem por principal objetivo manter viva a história de nossas montanhas, oferecendo um acervo sobre montanhismo, e colocando-se à disposição dos interessados para a troca de informações. Contatos: gabriela_saliba@hotmail.com ou cintia@guiadaurca.com.
por: José Luís Capachão , PR.
Em 1997 estive pela primeira vez em Salinas. Dos lugares que conheço, no Brasil, é um dos melhores sítios para escalada livre em parede grande (terreno de aventura). Era um novato na escalada, fazia apenas um ano que escalava sério . Voltei de lá com muitas idéias novas na cabeça. Uma delas era repetir duas vias de 700m, num só dia. Demorou a surgir uma oportunidade, apesar de eu haver retornado à Salinas diversas vezes desde então. Afinal não é todo mundo que quer ralar e fazer duas escaladas extensas em um dia, quando a maioria das pessoas, leva o dia todo para fazer apenas uma delas. No entanto, eu estava consciente de que nem era algo tão difícil assim, era mais uma questão de pôr a mochila nas costas e encarar o desafio. Consegui convencer o Marcus França (que continua meu amigo apesar das roubadas em que vez por outra o coloco...). Montamos uma estratégia bem simples: estávamos no refúgio do Serginho, sairíamos de madrugada. Escalaríamos com apenas uma corda de 60m. A princípio pode parecer estranho escalar uma parede destas dimensões (700m) tendo apenas uma corda para a descida. Mas, como na via que iríamos rapelar costuma ventar forte (daí o sugestivo nome desta via, Cidade dos Ventos ) e há rapéis onde duas cordas costumam enroscar muito facilmente, eu considerei esta estratégia como a melhor e constatamos na prática que foi acertada e, claro, carregaríamos menos peso, uma vez que não dispúnhamos de corda dupla, que são mais leves e adequadas a este tipo de escalada. As duas vias que escalaríamos seriam a Leste com 700m e 18 cordadas, 5º (A0/6º sup) e a Decadence Avec Elegance também com 700m e 17 cordadas, 5º VIsup (A0/VIIc). As duas descidas desde o cume totalizariam 28 rapéis, devido ao fato de utilizarmos apenas uma corda. Para completar ainda teríamos de descer a crista do Capacete e voltarmos à base da face leste da montanha onde faríamos em seguida a via Leste, pois escalaríamos primeiro a Decadence...
Acordamos de madrugada e às 4h30min. Começamos a caminhar. Gosto muito de sair pela madrugada, vendo as estrelas, começar o dia quando quase todo mundo ainda está dormindo. O tempo estava um tanto quanto estranho. Em 1h20m estávamos na base da Decadence... Arrumamo-nos e começamos a escalar à francesa (em simultâneo). Quando chegamos a P11, o tempo estava realmente sinistro. Uma forte umidade. Parecia que iria desandar água a qualquer momento. Na verdade vi caírem uns pingos, mas não comentei nada com o França, para que não florescesse entre nós a idéia de desistirmos. Coloquei as sapatilhas (até então escalara com um tênis de caminhada, inclusive lances de 6º). De agora em diante eu guiaria tudo, saí comendo pedra o mais rápido que pude. O tempo estava realmente feio, fazia frio, um frio úmido. Em exatas 3 horas de escalada concluímos toda a via. O tempo havia piorado mais ainda. Começamos a rapelar com o máximo de atenção, afinal com aquele tempo horrível não seria nada divertido cometermos um erro e ficarmos presos na parede sem corda. Durante o rapel ventou muito forte e começou a cair um pouco de chuva. Os pingos, impulsionados pelo forte vento, doíam ao bater no rosto. O aspecto do tempo estava ameaçador. Tudo fazia crer que teríamos de abortar a escalada. Contudo, evitei comentar qualquer coisa neste sentido, apenas concentrei-me em continuar o rapel, somente desistiria na última hora, quando não houvesse outra opção. Minha esperança era de que enquanto rapelássemos e descêssemos a trilha o tempo melhorasse ou pelo menos estabilizasse. E assim ocorreu!!! O tempo foi dando sinais de melhoras e, mesmo não estando ainda totalmente bom tomamos o caminho para a Leste. Pouco mais de meio dia iniciamos a escalada da Leste. Saímos à francesa e assim fizemos praticamente toda a via. Apesar de o tempo ter melhorado, nuvens ameaçadoras marcavam sua presença em diversas direções. À dada altura o França passou um pouco mal, talvez devido ao esforço ou devido a uma ligeira hipoglicemia. Em 2h36m concluímos a Leste. Chegamos ao cume com um bom tempo, exceto pelo vento, mas já não tão forte como pela manhã. Rapelamos a Cidade... sem maiores problemas e logo estávamos no chão, tranqüilos, pois a parte mais difícil da escalada já estava concluída. Descemos felizes e realizados. Toda nossa aventurinha totalizou treze horas, desde o momento em que saímos da casa do Serginho até o retorno a ela. Com certeza este tempo pode ser melhorado e muito, particularmente escalando com condições climáticas mais favoráveis. Valeu França!!!
T é c n i c a Posicionando corretamente a corda ao guiar... Já faz muito tempo que as quedas deixaram de ser um bicho de sete cabeças. Assim era nos tempos da corda de sisal amarradas na cintura. Com a evolução das cordas (agora dinâmicas), do baudrier e dos escaladores, as quedas passaram a ser mais seguras e freqüentes. Numa área de escalada esportiva, como por exemplo a Serra do Cipó, em Minas, pode-se num único dia presenciar diferentes escaladores caírem enquanto guiam, a grande maioria sem conseqüências mais graves do que um frio na barriga. É claro que o escalador deve saber avaliar as chances de se machucar, como em quedas próximas a platôs ou do chão. Conhecer também quem lhe dá segurança é importante, pois alguns dos últimos acidentes ocorridos no Rio foram causados por erro de quem dava segurança. Dentre os cuidados que o guia deve tomar está o de evitar que a corda passe por trás da perna, ou seja, caso a corda esteja passando por trás do seu joelho ou pelo seu calcanhar está errado. O correto é a corda estar entre você e a parede. Do contrário, quando o guia cair pode tomar uma banda da corda e cair de cabeça para baixo. Veja os desenhos. Como conseqüência o escalador pode sofrer, devido ao atrito da corda, queimaduras na perna, que dependendo do local e da extensão podem ser dolorosas. Mas este não é o maior perigo, o O desenho acima mostra a maneira correta de posicionar a corda durante a guiada e a queda. Ao lado, a maneira errada.
T é c n i c a risco de bater com a cabeça na pedra é aumentado e não é preciso dizer que lesões deste tipo são graves. Neste caso, estar com capacete pode salvar sua vida.
vários pedaços. Não sofreu lesões porque era um capacete com grande capacidade de absorção de impacto, sem ele provavelmente teria morrido.
Outro perigo é o da lesão na coluna pela violência com que o tronco é jogado para trás e para frente até a freada da queda. Fora do país há pelo menos um caso de escalador que tenha ficado paraplégico após uma queda com a corda por trás da perna. Num outro caso, o escalador teve seu capacete quebrado em
Maiores informações podem ser obtidas no livro Seguridad e Riesgo da editora espanhola Desnivel. Nele são analizados uma enormidade de acidentes, mas é necessário ter estômago forte, pois algumas fotos são chocantes.
Cuidado após diagonais ou horizontais! Atenção também deve ser dada após diagonais ou horizontais. Nestas situações (veja desenho ao lado), há risco da perna enganchar na corda durante a queda. Não é necessário que seja uma grande diagonal ou horizontal, poucos metros podem causar o mesmo problema. Como prevenção pode-se utilizar fitas maiores nas costuras para diminuir as diagonais, ou ainda voltar no lance e retirar a penúltima costura para que a corda fique mais reta, neste caso é aconselhável utilizar um mosquetão de rosca na última costura, pois se ela se soltar você irá cair muito. Deve-se avaliar cada caso e se não há saída escale com cuidado! Por Flavio Daflon. Ilustrações do livro Seguridad e Riesgo .
R a l f C ô r t e s C o l u n a
d e
T r a d i c i o n a l
Nuts, divirta-se com tão pouco A velha história: Escalada móvel é few&..., o equipamento é muito caro . Concordo plenamente, é caro, mas um caro acessível hoje em dia, pela variedade e também a acessibilidade. A variedade de marcas impôs no mercado uma concorrência, facilitando o acesso. Mas taí um jogo de equipamento, dentro das dezenas de jogos do arsenal móvel, que é barato e na maioria das vezes eficiente: os nuts. Em geral as peças variam nos formatos e até no material usado para fabricá-las, normalmente são de alumínio. Mas existem outras categorias, com outro tipo de material, como o bronze, o aço ou até mesmo misturados. Fizemos uma pesquisa de algumas vias clássicas e até vias de baixa frequência, onde é possível fazê-las somente com nuts tipo stopper, e algumas vias mesclando nuts com grampos. As dicas são: Ácido Pitônico (IV E2/E3), Adrenalina 1000 (VIc E2/E3), a fenda das Lacas Também Amam (VIc E3), o diedro da Magia Vertical (IV E2), o Diedro Pégaso (IV E2), o Diversão (ET VIIc E3/ E4), Fissura Tropical (Vsup E3), o Rasura (Vsup E4) em Niterói, Senhor dos Anéis (VIIa E3/ E4), Urubu à Vista (VIIb E3), K2, a primeira enfiada da Cavalo Louco, algumas vias em Guaratiba, e o bloco das paineiras para treinamento... As vias feitas com nuts são realmente um bom começo para as escaladas com material móvel.
L i s C o l u n a
M a r i a d e
C a m i n h a d a
Pedra d a Min a
Existem vários caminhos de subida da Pedra da Mina, o ponto mais alto da Serra Fina. O mais rápido e descomplicado é pelo Paiolzinho. Paiolzinho é uma localidade de Passa Quatro. Situado a 15 km de estrada de terra bem ruim da rodovia que liga a cidade a outras estâncias serranas como Itamonte, Itanhandu, e São Lourenço. Na verdade a parte mais difícil da caminhada é chegar ao local de onde parte a trilha. Não existe ônibus, nem nenhum meio de transporte que chegue ao Paiolzinho, e quando chove as vezes a estrada torna-se intransitável. Para chegar ao Paiolzinho saia da BR na saída para o IBAMA, mas não vá para o IBAMA. Abandone a estrada asfaltada na primeira entrada à esquerda, numa de terra. Logo depois se passa no depósito de lixo da cidade, e após cerca de 15 km, chegase ao Paiolzinho. No Paiolzinho, pegue a primeira entrada à direita após a escola subindo, e depois pegue a esquerda e novamente à direita, em direção a casa do Sr. José Ramos, situada a cerca de 1600 metros de altitude. Chegando a casa do Sr. José Ramos, dono de uma casa muito pobre, e das plantações de batata que circundam a área da entrada da trilha da Pedra da Mina, tire alguns minutos para falar com o pessoal que reside por lá. Depois pegue a trilha ao lado da casa que leva as plantações de batata, e siga sempre a trilha principal. O primeiro desvio à esquerda é um desvio do caminho que se encontra a frente. O segundo desvio a esquerda é para as plantações de batata logo abaixo. No terceiro desvio a esquerda que vai em direção ao rio, que é propriamente a trilha para a Pedra da Mina. Logo após pegar esse desvio, passa-se por um pequeno barracão à direita, parecido com um curral. Continue descendo para o rio, que passa à direita por uma araucária, e logo entra-se na mata. Logo após existe um portão de arame, perto de um charco (riozinho). Abra e novamente feche. Neste local ouve-se o barulho do rio Verde, um rio transparente, repleto de poços e cachoeiras. Até este rio são cerca de 30 minutos de caminhada. Aproveite e pegue água. Passe o rio, e imediatamente a frente o caminho se bifurca em duas trilhas maiores. Pegue a trilha da direita e siga num caminho de pouca inclinação, até a bifurcação seguinte, onde existe uma panela num tronco de uma árvore, numa clareira. Pegue a bifurcação da direita. A partir deste local você vai começar a subir,
aproveitando um antigo caminho, até o local conhecido como primeiro acampamento, com altitude de 2100 metros, situado entre 1:40hs a 3 horas de caminhada do início da trilha. No primeiro acampamento se encontra a última água da trilha. Deste ponto em diante a declividade da trilha é muito acentuada, ultrapassando em alguns locais 100%, num terreno de campos de altitude e capim de anta (elefante). Logo após o acampamento, pegue a primeira entrada à direita num platô acima e depois à esquerda. Neste platô existe uma infinidade de caminhos utilizados pelo pessoal para estabelecer acampamento. Continuando seguindo o caminho passa-se por um terreno encharcado e logo em seguida inicia-se a subida numa laje de pedra, cheia de caminhos buscando o melhor traçado. A partir deste local a subida é constante até se atingir as cristas de uns morrinhos, contrafortes do platô principal da pedra da Mina. Nos morrinhos suba e desça-os pela crista até chegar no último onde finalmente avista-se o topo da pedra da Mina. Ao chegar no primeiro morrinho, atravesse sua crista e desça numa pirambeira, até a base do outro morro. Suba o morro seguinte, e o depois desse. Agora a frente terá um vale, e no topo do morro um monte de caminhos de rodeando o cume. Pegue o caminho de descida do morro bem à esquerda, já que o da direita não tem saída, e acaba no meio de uma floresta. Na descida deste morro, tome cuidado, e ao final será necessário passar na horizontal por diversas touceiras de capim de anta. Após passar o capim de anta existe uma clareira com bambuzinhos, local bom para acampar, mas sem água. Neste local o caminho continua subindo pela esquerda, até o primeiro morrinho, bem íngreme, de forma que as vezes é preciso usar as mãos para passar determinados obstáculos. Passe para o morro seguinte. Do último morro até o cume da Pedra da Mina ainda são pelo menos cerca de 2 quilômetros. No último morro pegue à esquerda descendo ligeiramente numa crista, e pegue à direita, descendo e novamente subindo a esquerda, suavemente, sempre avistando a pedra da Mina. Ao se chegar bem na base, existem duas principais subidas que são feitas por duas canaletas de mato. A da direita é a mais usada e a mais fácil. Da base da pedra da Mina ao cume são cerca de 20 a 30 minutos. Do primeiro acampamento até o cume são cerca de 4 à 5 horas de caminhada (sem água). No platô do cume contorne a crista e chegue ao cume, perfazendo um tempo de caminhada de 7 horas a partir do sítio do Sr. Zé Ramos. De mochila leve é possível fazer todo o trajeto em menos de 5:00hs. Água agora só na várzea da Pedra da Mina, situada a 30 minutos de caminhada abaixo, e no meio do capim elefante. Para ir buscar água e voltar ao cume leva-se normalmente cerca de 2 horas. Evite de dormir no cume, já que este somente dispõe de um local para 2 barracas, num solo muito pouco profundo. Mais abaixo, na base da pedra da Mina existe local para montar mais barracas, além da várzea da pedra da Mina ficar mais próxima seguindo um caminho à direita. Evite abrir clareiras. Preserve os campos de altitude. Traga todo o papel higiênico. Leve uma pazinha para enterrar as fezes. Se você não ajudar a preservar nossos campos rupestres quem o fará? Qualquer dúvida consulte o site da Lis: www.geocities.com/yosemite/1219
E q u i p o Fogareiro Crampon Tech Composto de um reservatório em aço resistente à pressão, com pintura eletrostática, possui um volume de 300ml e é capaz de ferver 1 litro de água em 11 minutos e operar até 110 minutos em funcionamento. O Crampon Tech utiliza como combustível, tanto benzina, quanto gasolina. Possui válvulas e tubulações em bronze, peças do queimador em aço inoxidável, base em plástico de engenharia resistente a impactos e bomba em alumínio, além de um prático estojo de náilon para transporte. Tudo isso pesando apenas 850g. As vantagens deste fogareiro garantem, no mínimo duas coisas fundamentais: proteção para o meio ambiente e um alimento quente e cozido em menos tempo. Mairoes informações em www.trilhaserumos.com.br ou pelo telefone: (21) 27429652.
Aircomfort Futura 42
Quem transpira menos, precisa hidratar-se menos. Portanto, precisa levar menos peso. Pensando nisso, a Deuter, empresa alemã, criou a linha de mochilas Aircomfort. O sistema de ventilação Aircomfort promove uma redução na transpiração em até 25%, em função de uma redução na temperatura de contato entre as costas e a mochila, de até 5ºC. Ela pesa 1700 g , tem capacidade de 42 litros, feita com material Deuter-SuperPolytex / Deuter-Duratex, é compatível com o Streamer 1,5 e 2,5 (sistema de hidratação). Possui tira peitoral, barrigueira estruturada, capa de chuva e bolsos laterais. Maiores informações no e-mail: pedroparede@vetor.com.br
C r o q u i s 2 Saci-Pererê
Saci-Pererê
4º VIsup E2/E3 D1
Recentemente Flavio Daflon e Delson Queiroz repetiram a via SaciPererê, no Babilônia. No Guia da Urca o estado da via era desconhecido, mas agora pode-se dizer que está em condições de ser escalada, apesar da grande quantidade de espinhos. A maior dificuldade está em vencer os cerca de 10 metros de espinhos antes de chegar ao primeiro grampo e a rocha que está suja (recomenda-se levar uma escova), mas os grampos, tanto os de 3/8 quanto os de 1/2, estão em boas condições. Talvez o grau de exposição seja maior que E2 por esses fatores, provavelmente E2/E3. Logo no início antes do mato há uma bonita fissura em oposição, em que foram utilizados um friend 0.5, um friend 4 e quatro stoppers médios.
Veias Abertas Kate e André Ilha regrampearam essa via, que fica no Morro da Catacumba, conhecido por alguns como Platô da Lagoa . Ao contrário da maioria das outras vias do local, esta não tem agarras cavadas, segue um veio de cristais na primeira enfiada e conta com lances negativos muito bonitos na segunda. O grau é 5º VIIb/c, sendo o crux, uma passagem negativa e explosiva de bloco. Muitos conhecem esta via com o nome de Cristal Mágico.
Veias Abertas 5º VIIb/c E2 D1
C r o q u i s Grande Guerreiro 4º IV E3 D1
Grande Guerreiro A via Grande Guerreiro no Morro dos Cabritos (RJ), foi batizada em homenagem a Ronaldo Mello, guia do Centro Excursionista Guanabara, que no ano passado sofreu um grave acidente, mas que felizmente conseguiu recuperarse. Para chegar lá, basta entrar pela rua Negreiros Lobato (a rua da Artplan e que é sem saída), seguir até o fim onde há uma escada de acesso ao último prédio à direita. Subir essa escada e em seguida outra escada em direção ao morro e depois por uma canaleta d água. Quando a canaleta acabar, seguir por uma trilha margeando pela direita uma cerca de arame farpado. Quando a cerca ficar paralela à pedra, seguir até o 6º poste e pegar uma diagonal em direção à pedra até uns cristais aonde começa a escalada. Os moradores do prédio não são muito receptivos aos escaladores, portanto procurar ser o mais discreto possível. No final da via há a opção de descer caminhando pelo costão em direção ao Parque da Catacumba. Joselito Sem Noção e Chamado Selvagem Abaixo duas vias que ficam no Arco do Babilônia, na Urca, e que não saíram com croquis no Guia da Urca. O croqui do Chamado Selvagem está parcial até a P1, pois a continuação está bem suja, com a vegetação crescendo. A Joselito, é uma esportiva tradicional, portanto talvez seja melhor fazer em top rope primeiro. A base é de fácil localização já que estão no centro do Arco. As duas valem uma visita.
Chamado
Selvagem V E2
Joselito Sem Noção
Vsup E4
C r o q u i s 3 Brilho da Noite 3º IV E2
Paixão de Cris 3º III E2
João Ferrer na via Paixão de Cris.
Brilho da Noite Via conquistada no Morro do Cantagalo, na Lagoa (RJ), por Juliano Lindner e Fernando Vieira. Possui 110 metros e está graduada em 3º IV. Fica do lado esquerdo da via Paixão de Cris. Para chegar é só pegar a rua Prof. Gastão Bahiana e entrar na rua Pres. Afonso Lopes. No final desta rua há um estacionamento. Pule o muro à esquerda e siga a trilha, suba a canaleta de água e vá margeando a parede para a direita por quase 100 metros.
Paixão de Cris Logo depois da Brilho da Noite, esta via possui 100 metros e foi conquistada por Juratan Camara, Marcos Antônio, Dalton Chiarelli e Pedro Caliano, em 1987. Esta é uma das vias mais frequentadas do Cantagalo.
C r o q u i s
Lacas
Lacas
Loucas, 7º VII (A0/VIII)
Loucas
Via conquistada por: Alexandre Portela, Felipe Assad e Eduardo Sá Carp, situa-se no Pico Menor de Friburgo, em Sallinas. Como o nome sugere, lacas não faltam. A enfiada mais exigente é escalada em agarrinhas e aderência graduada em VIIIa em livre
ou A0. Possui aproximadamente 400 metros, 9 enfiadas e exige proteção móvel: 1 jogo de friends médios repetidos, 1 jogo de stoppers e corda de 50 metros. Ela fica ao lado da Chaminé Pellegrine. A caminhada não é óbvia, melhor consultar o Guia de Escaladas dos Três Picos.