Revista de Escalada Fator 2 - nº 27

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N o M u n d o Assinatura & cartas Flavio Daflon e Cintia Adriane Rua Valparaíso, 81 / 401 - Tijuca Rio de Janeiro, RJ. - 20261.130 Tel.: (21) 2567-7105 E-mail: fator2@guiadaurca.com www.guiadaurca.com Assinatura anual: R$ 20,00

Fator2-Fator de Queda Fator 2 é um fator de queda extremo, na qual todos os componentes de uma escalada são submetidos a grande impacto. Este fator é calculado pela altura da queda, dividido pela distância de corda entre os escaladores.

Atenção Escalada é um esporte onde há risco de você se acidentar gravemente ou até mesmo morrer. Esta publicação não é um substituto para um instrutor ou guia de escalada em rocha. Caso você não conheça as técnicas de segurança para a prática do esporte, ou possua dúvidas, procure um instrutor ou guia especializado para lhe ensinar. Acidentes sérios e até fatais podem ocorrer, como resultado de uma má compreensão dos artigos aqui publicados ou da superestimação dos seus próprios limites. A Fator2 não se identifica necessariamente com as opiniões expressadas por seus colaboradores.

Fim do enigma Messner Testes de DNA realizados na Áustria, cujo resultado foi divulgado em outubro último, comprovaram ser de Günter Messner os ossos encontrados em um glaciar da vertente Diamir do Nanga Parbat (8.125m). Com isso, chega ao fim uma das maiores polêmicas do montanhismo mundial, que já durava 35 anos. Günter era irmão do italiano-tirolês Reinhold Messner, com quem escalava ao ser vítima de uma avalanche no Nanga Parbat, em julho de 1970, aos 23 anos de idade. Reinhold, que em 1986 tornou-se o primeiro alpinista a fazer os 14 cumes de 8.000m, sempre afirmou que havia feito o cume com o irmão e que o acidente ocorrera na descida, feita pela vertente do Diamir – eles, de fato, fizeram a primeira travessia do Nanga Parnat, passando pelo cume. No entanto, Hans Saler e Max von Kielin, membros da mesma expedição, sempre garantiram que o acidente havia ocorrido ainda na ascensão, feita pela parede Rupal, e que Messner, a quem acusavam de querer a fama a qualquer preço, abandonara o irmão para fazer o cume sozinho. “Finalmente posso encerrar uma polêmica que nunca deveria ter começado”, afirmou Messner, após o anúncio do resultado do exame de DNA. Localizado na região do Punjab, no Paquistão, o Nanga Parbat é o nono cume mais alto do mundo e considerado uma das mais perigosas montanhas de 8.000m. Fonte: www.desnivel.com

Primatas

On-line

A galera que curte boulder e falésia vai poder explorar a área dos Primatas, na Floresta da Tijuca, com muito mais facilidade. Os escaladores André Kühner e Nilton Campos elaboraram e recentemente atualizaram o site na internet com toda as informações sobre o lugar: ética, localização, história, estilos trilhas, croquis e fotos.O endereço é www .primatasonline.com.br www.primatasonline.com.br

Jornalista Responsável: Marcio Carrilho. (20900/122/50)

Distribuição Lojas de equipamento, clubes de montanhismo, academias de escalada, no Jornaleiro da Urca, na Pista Claúdio Coutinho e na entrada do Babilônia, na Urca. Capa: Campeonato de Arco, Itália. Foto: Flavio Daflon. Fator 2 - número 27 - 2005

Informações: (21) 2567-7105 www.guiadaurca.com/companhia companhia@guiadaurca.com Página 3 - Fator2


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Morre pioneira do Dedo de Deus Faleceu no último dia 27 de setembro a primeira mulher a fazer o cume do Dedo de Deus, Luzia de Freitas Caracciolo, aos 91 anos. Ela escalou a montanha em setembro de 1933, aos 19 anos de idade, com um grupo do Centro Excursionista Brasileiro (CEB), clube do qual era sócia honorária. Já idosa, Luzia dedicou-se à natação, esporte em que conquistou muitas medalhas e bateu recordes em mundiais master. Certa vez, disse: “Fiz o que eu queria. Prestei atenção na vida e fui recompensada”. André Neves e Daniela Caride assinam uma ótima matéria sobre Luzia e sua escalada ao Dedo, .viacrux.net/Index/01Noticias/ - no mesmo link, está reproduzida uma crônica de Cora Rónai leia em www www.viacrux.net/Index/01Noticias/ em homenagem a Luzia, publicada no jornal O Globo, em 6/10/2005.

Novo top rope na Urca Prefiro Toddy a Tédio é um top rope de aproximadamente dez metros de extensão, localizado cerca de 15 metros à esquerda da Pedra do Urubu, no mesmo bloco onde se encontra a via Se Segura Malandro. O acesso ao grampo para o top rope deve ser feito com cuidado pela pista Cláudio Coutinho. Existe um banco localizado na direção do grampo, onde é possível fixar uma corda e desescalar até o grampo. Alguns escaladores já entraram na via e o grau sugerido até agora é VIIIb. O começo é bem atlético, ficando técnico depois, com um crux bem definido no domínio final. Quem abriu foi Viviane Fernandes, que tem o apoio da VDoze e Centro de Escalada Limite Vertical e Roberto “Jamaica”. Vale a pena conferir.


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Brasileira faz cume de 8.000m A médica paulista Ana Elisa Boscarioli, 39 anos, tornou-se a primeira mulher brasileira a conquistar uma das 14 montanhas com mais de 8.000m. No dia 25 de setembro último ela atingiu o cume do Cho Oyu (8.201m), ou “A Deusa Turquesa”, em tibetano, o sexto mais alto do mundo, localizado na fronteira entre o Nepal e a China (Tibete). Ana Elisa utilizou oxigênio a partir dos 7.400m e fez parte de uma expedição comercial organizada pela Adventure Consultants. .anaboscarioli.com.br Mais informações em www www.anaboscarioli.com.br

Seminário Fabiano

Ressolas

Para quem não sabe o Fabiano estava com sua oficina parada porque havia quebrado a mão num acidente dentro de casa. Foram cerca de dois meses sem fazer ressolas. Mas tudo deve voltar ao normal agora em novembro. Ele nos falou que aproveitando essas “férias forçadas” fez uma reformulação da oficina, incluindo a aquisição de máquinas e ferramentas modernas. Estes equipamentos vão permitir que a qualidade das ressolas fique ainda melhor, e de quebra permitirão aumentar a capacidade de produção. Pra galera que aguarda ansiosa “o retorno”, a oficina deverá entrar em funcionamento no início de novembro.

em Salinas

Foi realizado, no dia 06 de agosto de 2005, o Seminário de Montanha da Região dos Três Picos de Friburgo. Estiveram presentes moradores, montanhistas independentes e federados, bem como instituições de montanha vinculadas ou não à FEMERJ que discutiram as medidas referentes às atividades de montanha a serem adotadas na elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual dos Três Picos. Coordenado pelo Parque Estadual dos Três Picos (PETP), representado pelo seu diretor, Flávio Luiz de Castro e pela FEMERJ, o evento contou com duas partes distintas: pela manhã palestras e na parte da tarde discussão das propostas apresentadas. As regras de uso que foram decididas ali podem e devem ser lidas no site da FEMERJ. (www.femerj.org). Lembrando ainda que tão importante quanto a elaboração e aprovação das medidas norteadoras das atividades de montanha na região, é a sua observância por todos os membros da comunidade, colaborando assim para a preservação daquele que é um templo das escaladas de grandes paredes do país.


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The Nose em livre O americano Tommy Caldwell fez, em menos de 12 horas, a segunda repetição em livre da via The Nose, no famoso El Capitán (Yosemite, Califórnia). Com 31 enfiadas, e cotada em 5.14a (Xc na graduação brasileira), a The Nose havia sido escalada em livre pela primeira vez em 1994, pela também americana Lynn Hill. A única queda do americano durante a escalada foi exatamente na enfiada mais difícil, conhecida como Changing Corners - algo como “Trocando de Diedros”. Fonte: www.desnivel.com

Action Direct: mais duas repetições O inglês Richard Simpson e o japonês Daí Koyamada fizeram, respectivamente, a quinta e a sexta repetições da via Action Direct, em outubro último. Os dois se juntaram ao seleto grupo de escaladores que já conseguiram encadenar a via; os outros são Wolfgang Güllich, Iker Pou, Alexander Adler, Christian Bindhammer e Dave Graham. Localizada na região de Frankenjura, na Alemanha, e com apenas 12 metros, esta via foi o primeiro 9a do mundo (um inacreditável XIc na escala brasileira...). Güllich esteve no Brasil em 1987, quando abriu a Southern Confort (Xa), na Pedra do Urubu, na Urca – também conhecida como Via do Alemão e por muitos anos considerada a via esportiva mais difícil da América do Sul. Fonte: www.desnivel.com

Cuidado! Recentes casos de Febre Maculosa em Itaipava (Petrópolis), doença rara transmitida pelo Carrapato-Estrela são um alerta para escaladores das vias da região. Duas pessoas estão internadas em estado grave e um jornalista morreu. Dúvidas podem ser tiradas na Central de Epidemiologia de Petrópolis: (24) 2221-6262, das 8h às 17h. Veja dicas de como se protejer na coluna do Waldecy na página 19.

Opinião Cordadas na Montanha,, por Viviane Fernandes.

”Somos privilegiados de morar no Rio de Janeiro, cidade que possui montanhas para todos os estilos e gostos. Por isso, o número de praticantes vem aumentando. As lojas de equipamentos, cursos básicos e ressolas que o digam! Entretanto, vale ressaltar um fato lamentável que está acontecendo com freqüência: o atrito entre as cordadas na montanha. Isto acontece quando já existe uma cordada na parede e outra resolve entrar na mesma via. Aí começa o problema. Pois, do ponto de vista da primeira cordada, é inadmissível que outra cordada entre na via, acha isso um absurdo e mal pode esperar que o guia da segunda cordada se aproxime para que haja uma conversa e se comece a gritar. Já do ponto de vista da segunda cordada, não vê nenhum problema, desde que não atrapalhe ninguém. O fato é que falta uma comunicação adequada entre as cordadas. Pessoas querendo escalar a mesma via sempre aconteceu e vai continuar acontecendo. Baseada nisso, dou algumas dicas para se evitar problemas em vias congestionadas: esperar as cordadas se aproximarem para conversar, com educação. Em caso de uma comunicação adequada, pode-se chegar a um consenso e perceber qual das duas cordadas vai escalar com mais desenvoltura e rapidez. A partir daí, mantém-se a ordem inicial ou se permite a passagem da outra cordada, afinal, todo mundo tem o direito de desfrutar de um dia de escalada produtivo. O que não pode continuar acontecendo é ter um dia de escalada estragado por causa de um problema tão simples de se resolver, como pessoas que não deixam outras fazerem uma parada dupla com segurança, ocupando os grampos ou até mesmo jogando de propósito a corda em cima dos outros, entre outras coisas inacreditáveis, que presenciamos ou que amigos nos contam. Devemos respeitar o próximo, ainda mais em um esporte que requer prudência e concentração.”


T

alvez muita gente não saiba, mas a escalada esportiva indoor surgiu nos anos 70, fruto da imaginação de um escalador ucraniano, que impedido pelo rigoroso inverno de escalar montanhas, teve a idéia de colocar pedras de diferentes tamanhos na parede, para treinar enquanto esperava o inverno passar. A partir de então outras pessoas copiaram e revolucionaram a escalada indoor, criando estruturas próprias para isso e agarras de diferentes formas, em resina, madeira ou outros materiais. Com isso também surgiram os campeonatos. A primeira competição de que se tem notícia aconteceu em Arco na Itália, em 1986. Aquele primeiro evento foi realizado em parede natural de rocha, mas com o sucesso que obteve, mostrou que era necessário uma melhor infra-estrutura. A partir de então foi criado com a participação da prefeitura local, um grande muro com estrutura de metal e placas de madeira. Ele foi montado nas proximidades de uma enorme parede de rocha, em cujo o cume se encontra o famoso Castelo de Arco, destruído pelas tropas francesas no século XVIII.

Em 1987 aconteceu nesse muro o primeiro Rock Master de Arco com a participação dos melhores escaladores do mundo. Esse ano celebrou-se em Arco a 19ª edição do campeonato, contando não só com a competição em si, mas com o lançamento de um livro e um filme sobre os 20 anos do evento e a participação de nomes de peso, como L ynn Hill, PPatrick atrick Edlinger Edlinger,, Stefan Glovacz, François LLegrand, egrand, Jacky Godoffe, JJ.. B ribout, B.. TTribout, Liv Sansoz e Christian Brena Brena, dando entrevistas e escalando na Falésia de Massone. No Rock Master de Arco são convidados os dez melhores escaladores do Ranking Mundial e a eles podem se juntar outros quatro escaladores convidados pela organização do evento. Este ano estiveram presentes os atuais campeões do mundo, Angela Eiter (Austria) e Tomasz Mrázek (Tcheco) e o vencedor das três últimas edições do Rock Master, o francês Alexandre Chabot. Também compareceram feras como Ramón Julián (espanhol), Flavio Crespi (italiano), Patxi Usobiaga (espanhol), Christian Bindhammer (alemão),


Evgueni Ovtichinnicov (russo). No feminino marcaram presença Alexandra Eyer (suiça), Maja Vidmar (slovena), Sandrine Levet (francesa), Jenny Lavarda (italiana), Olha Shalagina (ucraniana) , Martina Cufar (slovena), Katharina Saurwein (austríaca) e Marietta Uhden (alemã). O muro atual é bastante futurístico. São quatro arcos de 25 metros de altura e uma cobertura de fibra de carbono transparente. São três torres, duas terminando num teto e outra reservada a competição de velocidade. É possível a criação de vias com mais de 30 metros, ou seja, com o tamanho das maiores vias da Barrinha, no Rio de Janeiro. Durante todo o ano o muro é aberto ao público. O ingresso custa sete euros (R$ 21,00) e dá direito a escalar nas três paredes principais, numa outra menor com placas de resina e numa área de boulder. Este famoso campeonato tem mais algumas particularidades interessantes que o fazem diferir dos outros. O campeonato não tem classificatória, semi-final ou final. São vários campeonatos dentro de um só. Tem a competição “On Sight” (ou seja, à vista), onde os escaladores tem apenas uma chance para encadenar uma via que eles não conhecem. E claro, um escalador não pode ver o outro escalando para não “colar” um movimento. Ficam todos na “concentração” e são chamados um a um. Conforme o escalador vai ganhando altura na via, tocando cada agarra, um juiz atualiza estes dados num computador e a altura do competidor é mostrada em tempo real num painel eletrônico, onde a marca em metros dos escaladores anteriores já estão registradas. Assim é possível ir acompanhando em que altura e posição na competição está cada competidor naquele momento. Algo que torna a competição mais interessante, pois uma agarra a mais pode significar a subida da 3ª para a 2ª posição ou da 2ª para a 1ª. No segundo dia do evento acontece a competição de “Via Trabalhada”. Os escaladores alguns dias antes podem treinar na via as passadas e no dia da competição tentam fazê-la sem queda. No painel eletrônico aparece quantos metros cada um subiu somando-se a altura da competição “On Sight”. O campeão de cada ano, masculino e feminino é dado pela soma das alturas da via à vista e trabalhada. 1987 - Lynn Hill (USA) - Stefan Glowacz (GER) 1988 - Lynn Hill (USA) - Stefan Glowacz (GER) 1989 - Lynn Hill (USA) - Didier Raboutou (FRA) 1990 - Lynn Hill (USA) - François Legrand (FRA) 1991 - Isabelle Patissier (FRA) - Yuji Hirayama (JPN) 1992 - Lynn Hill (USA) - Stefan Glowacz (GER) 1993 - Susi Good (SUI) - Elie Chevieux (SUI) 1994 - Robyn Erbesfield (USA) - François Legrand (FRA) 1995 - Laurence Guyon (USA) - François Lombard (FRA) 1996 - Katie Brown (USA) - François Lombard (FRA) 1997 - Katie Brown (USA) - François Legrand (FRA) 1998 - Liv Sansoz (FRA) - François Legrand (FRA) 1999 - Muriel Sarkany (BEL) - Eugeny Ovtchinnikov (RUS) 2000 - Muriel Sarkany (BEL) - Eugeny Ovtchinnikov (RUS) 2001 - Muriel Sarkany (BEL), Martina Cufar (SLO) - Christian Bindhammer (GER), Tomas Mrazek (CZ), Yuji Hirayama (JPN) 2002 - Sandrine Levet (FRA) - Alexandre Chabot (FRA) 2003 - Angela Eiter (AUT) - Alexandre Chabot (FRA) 2004 - Angela Eiter (AUT) - Alexandre Chabot (FRA)


A competição de “Velocidade”, já conhecida por aqui tem por objetivo chegar o mais rápido possível ao final. São duas vias iguais lado a lado, numa parede ligeiramente negativa. Dois competidores de cada vez literalmente correm pela parede. Quem chegar primeiro compete outra vez até chegar a final de onde sai o campeão da Velocidade. Os atletas da Velocidade não são os mesmos das vias à vista e trabalhada. A parede tem 25 metros e o recorde é do polonês Tomasz Olesksy que a subiu em 10 segundos e 85 milésimos. Interessante salientar que a via é exatamente a mesma nos últimos anos, o que proporciona uma avaliação da evolução dos competidores em velocidade no passar dos anos. A corrida agora é para baixar a marca dos 10 segundos.

ao final do primeiro boulder. O pior ou os dois piores são eliminados e o restante passa ao segundo boulder e de novo cada um tem tês tentativas e os piores são eliminados. O campeão só sai ao final do último boulder.

As competições de “Boulder” são um verdadeiro delírio. Como eles conseguem fazer passadas tão difíceis é inacreditável e o público vibra com cada tentativa. São quatro muros: um ligeiramente negativo com uma grande bola no centro, dois negativos fortes e o último técnico, ligeiramente positivo. Os competidores um dia antes tem alguns minutos para provar cada boulder. Na hora da competição cada um tem direito a três tentaivas para chegar

Nesses 20 anos de Rock Master muitos foram os campeões. Veja no quadro da página anterior os ouros do campeonato.

A última prova é o Duelo, quando são montadas duas vias iguais lado a lado e dois escaladores entre os seis melhores classificados, competem ao mesmo tempo, cada um em uma via. A dificuldade não é tão grande como na via à vista, mas também não é tão fácil como na via de velocidade. Porém é importante não perder tempo para chegar a última agara. Nesta prova é interessante ver como dois escaladores podem resolver de maneira completamente diferente o mesmo lance.

Esse ano a classificação dos três primeiros colocados do Rock Master de Arco ficou assim: Masculino: 1. Ramón Julián (Espanha), 2. Evgueni Ovtchinnikov (Russia), 3. Tomás Mrazek (Tchecoslováquia) Feminino: 1. Angela Eiter (Austria), 2. Sandrine Levet (França), 3. Olha Shalagina (Ukrania). No site oficial do campeonato www.rockmaster.com pode -se encontrar tudo sobre o evento e no site www.rockmaster.tv é possível assistir alguns vídeos curtos do campeonato. Veja em www.guiadaurca.com as fotos desta matéria à cores. Texto e Fotos: Cintia Adriane e Flavio Daflon. Acima da direita para a esquerda: Patrick Edlinger escalando em Massone; Escaladoras em Massone; e a escaladora Angela Eiter na competição “On Sight”. Ao lado, competição masculina de Boulder.


Stefan Glovacz, PPatrick atrick Edlinger ynn Hill e o Edlinger,, LLynn fotógrafo Heinz Zack

O público e as belas montanhas de Arco.

L ynn Hill e FFrançõis rançõis LLegrand egrand ao fundo, em Massone.

Olha Salagina na via

On Sigth do campeonato.

Stefan Glovacz em Massone.

Alexandre Chabot na via On Sigth.



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Nos dias 19, 20 e 21 de agosto aconteceu o III Festival de Montanha do Sul de Minas, em Itajubá, Minas Gerais. Publicamos aqui três relatos de quatro cariocas que estiveram por lá e as impressões que trouxeram do lugar.

Na foto grande: Ana no PParaíso araíso dos Bordis. Nas pequenas de cima para baixo: R alf no PParaíso araíso Ralf dos Bordis, FFabinho abinho na W aimea Waimea e Ralf na Nem Fudendo. Todas as fotos desta matéria são de Marcela Chaves.

Por Fábio Muniz (Fabinho)

A

minha ida pra esse festival seria basicamente uma viagem com amigos para conhecer um novo local de escaladas. Na verdade, desde a primeira vez que tinha ouvido falar sobre a galera e as vias de lá, através da Mônica Pranzl, estava esperando uma boa oportunidade. Então, partimos imaginando fazer novos conhecidos e reencontrar os “velhos”, além de escalar muito, né? Itajubá tem aquele ar de cidade do interior, e os points de escalada estão afastados do centro. É aquele astral de deixar o tempo passar. Chegamos na quinta à noite e pudemos aproveitar bem até o final. Ficamos no

abrigo do Clube Montês Itajubense (CMI) - que organizou o evento - bem próximo à falésia da Piedade, local onde há a maior quantidade de vias da região. O clima é de aconchego, com ótima área para acampar e estacionar. Detalhe: escalar na Pedra da Piedade é ótimo pra quem estiver naquela de preguiça e comodidade e não quiser caminhar nem 20 minutos, pega o carro, pára próximo à base e anda uns 5 minutos – afinal, tem que ter aquela aquecidinha básica, pô! Logo no primeiro dia, percebendo a receptividade e a noção de responsabilidade do pessoal, o envolvimento com as questões do desenvolvimento consciente do nosso esporte - e, é claro, a vontade de


escalar, conquistar vias em novos setores e compartilhar o que eles têm -, ficou claro pra mim a importância de eventos como este. O sucesso dos anteriores se comprovou. Excelentes palestras, exposições de fotos, gente de vários estados se reencontrando, projetos para serem encadenados, vias à vista. O que mais? Há um setor de falésias visível do abrigo do CMI que eles dizem que será para o próximo festival. Bom, não?

“Itajubá tem aquele ar de cidade do interior, e os points de escalada estão afastados do centro. É aquele astral de deixar o tempo passar...” Para mim, foi muito bom. Escalei ótimas vias em móvel e pude lembrar da sensação que tive na minha viagem para a Argentina (projeto Argentina 2005 - vide artigos Viacrux), no início do ano, quando escalei muito à vista. Em Itajubá essa sensação voltou e pude desfrutar bastante. O local onde escalei foi a Pedra da Piedade, que à primeira vista parece relativamente pequeno, porém não se imagina o que tem ali! Há poucos lugares no Brasil em que se encontram fendas, vias esportivas e boulders tão próximos uns dos outros, e de qualidade. A variedade das vias entre si surpreende. Encontrei uma similaridade entre algumas partes da rocha de lá com a falésia do Cabeça de Cachorro, em Petrópolis, mas, no geral, é bem particular. Destacaria a fenda Nem fudendo, pela continuidade das perfeitas colocações móveis, e as vias esportivas Lambidão e Waimea,

Ana fazendo boulders no “P araíso dos Bordis” “Paraíso


Ralf em uma das vias da Piedade.

Exposição de fotos de Marcela Chaves durante o III Festival de Motanha do sul de Minas.

por sua estética. Quanto aos boulders, há para todos os gostos, incluindo um bom número de 9s.

cada vez mais conquistas com o esforço de cada um e a sensibilização de toda a cidade. Parabéns a todos.

Há também outros picos para se escalar relativamente próximos: Serra do Pedrão (com vias de alguns esticões) e o Paraíso dos Bordis, local com nome pitoresco e potencial para se escalar muitos boulders. É um local que merece muitas visitas, opinião de muitos ao final do evento. Que Itajubá e seu festival continuem a ser referência!

Quem quiser checar por conta própria se Itajubá é realmente isso que estamos falando, basta pegar a Dutra em direção a São Paulo (informações em Como Chegar). Em aproximadamente quatro horas vocês estará lá e poderá ratificar o que aqui está escrito. Depois venha nos dizer se estamos exagerando, ok?

Agradeço pela descontração, receptividade e pelas informações dadas por Orlando, Juliano, Thiago, Luciano, Bolão, Reinis e tantos outros que estiveram por lá. Finalizando, agradeço à Equinox, meu patrocinador. Valeu!

Por Ralf Côrtes e Ana Alvarenga

S

Por Marcela Chaves

e existe uma palavra pra definir Itajubá, essa palavra é impressionante. Isso por duas simples razões. A primeira é a quantidade e qualidade das escaladas. A cidade é cercada por rochas, com enorme variedade de tamanhos, estilos e características. Você escolhe se quer fazer fenda, agarrinha ou chaminé, via toda em móvel, mista ou grampeada, atlética ou mais técnica, parede com dez enfiadas, falésia ou ficar todo o dia pulando de um boulder novo para outro. Somese a isso a excelente qualidade das vias já conquistadas, pois os escaladores itajubenses nasceram com um grande potencial de escaladas e conquistas, a ser explorado por muitos anos, além de uma profunda preocupação com a ética do esporte.

M

atérias publicadas nas revistas Headwall e Mountain Voices instigaram estes quatro escaladores cariocas a conhecer o inusitado granito do Sul de Minas. Percebendo que poucos cariocas haviam estado naquelas paragens, e aproveitando que a Marcelita levaria sua linda exposição fotográfica para o evento, aceitamos com prazer o convite da própria fotógrafa e do seu divertido maridão, o Marc. Rolou, então, um fim de semana light de escaladas esportivas e boulders, muito céu azul, sombra e caminhadas levíssimas, além da ótima comida mineira. Apesar do pouco tempo, conseguimos otimizar a viagem tentando os bordi da Piedade já no primeiro dia, as falésias da Pedra da Piedade no segundo, e os boulders do Sítio Paraíso, no terceiro.

“A cidade é cercada por rochas, com enorme variedade de tamanhhos , estilos e características.”

A outra razão é a incomparável hospitalidade mineira. Os escaladores de Itajubá organizam este festival todos os anos pra abrir as portas de casa aos escaladores de todo o país. E fazem isso com tal dedicação que nem escalam durante os três dias do evento. Ficam todos ali, prontos a dar informações sobre os locais, guiar os visitantes até as bases das vias, dar segurança e, claro, ouvir muitos elogios. A preocupação em receber bem é comum a todos os escaladores de Itajubá, e isso realmente impressiona. Assim como a união da galera do CMI, que vem acumulando

O resumo desta curta viagem foi a estadia agradável no abrigo do CMI, a hospitalidade da rapaziada local, as escaladas no granitão pouco aderente dos caras e, claro, muita fotografia. O auge, pra nós, foi a brincadeira com móveis na fenda clássica do lugar, a Nem Fodendo, um VIsup, e as investidas nos blocos do Paraíso, desde V até VIIIb. Partimos com vontade de voltar em breve, de repente com mais pressão, e com o desejo de tentar outras vias e, quem sabe, abrir novas. Parabéns à galera do CMI pelo cuidado com as áreas de escalada.

Veja em www.guiadaurca.com as fotos desta matéria à cores.

Como chegar: Na Via Dutra, entre em Lorena. Lá, siga o sentido sul de Minas pela BR 459, onde após 68km chegará à cidade de Itajubá. Depois do centro da cidade, passe do distrito industrial até chegar no trevo para Piranguçu, quebrando, então, à esquerda. Quando passar o bairro da Piedade, entre na primeira estrada de terra a sua direita. O abrigo é a primeira propriedade da direita com cerca de bambu. Toque o sino para ser atendido. Levamos aproximadamente 4 horas para fazer este caminho de carro. Essas indicações foram retiradas do site do evento www.cmi.org.br/festival3/index.asp. Mais informações nos sites www.cmi.org.br e www.viacrux.net.


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T é c n i c a Cuidados com o Grigri... Que o Grigri é perfeito para dar segurança em escalada esportiva todo mundo sabe. Tanto que seu uso chega a ser até obrigatório em alguns muros indoor. Mas, para se tirar proveito de suas facilidades e garantir que realmente funcione, travando uma queda, é fundamental, além de prática, conhecer alguns detalhes importantíssimos. O manual do Grigri, que também pode ser acessado pelo site da Petzl (www.petzl.com), traz alguns desenhos explicativos que devem ser bem entendidos. Um deles publicamos ao lado. Uma vez a escaladora carioca Viviane Fernandes estava guiando a via Sika em Frente, no Totem do Pão de Açúcar quando caiu. A queda que era para ser pequena, acabou maior do que ela imaginava. Foi tudo muito rápido mas ela percebeu que algo tinha dado errado. Felizmente ela não se machucou. Seu parceiro estava dando segurança com o Grigri e com o tranco da queda foi puxado para cima e a alavanca do Grigri bateu na solteira, liberando acidentalmente a corda. É importante para o Grigri travar corretamente que ele esteja trabalhando livremente. O desenho mostra uma situação parecida, mas ao invés da solteira atrapalhar o perfeito travamento, neste caso foi o

mosquetão colocado na parada, também chamado de mosquetão direcionador. Quando se estiver utilizando o Grigri numa parada, não se deve utilizar o mosquetão direcionador. Caso o guia caia ao sair da parada, em fator 2, o Grigri irá travar a corda mesmo sem o direcionador. Neste caso, para que o impacto da queda (fator 2) não seja todo na solteira do participante - já que o guia irá cair abaixo deste, cujo Grigri está preso ao baudrier e este, por sua vez, preso à parada pela solteira -, podese fazer uma segunda solteira com a própria corda, em que o participante está encordado, e um Fiel, preso à parada por um mosquetão. É importante que esta segunda solteira fique mais curta que a primeira, assim o impacto será no conjunto corda-fiel. Voltando à questão da alavanca do Grigri ser desbloqueada por um mosquetão, o mesmo pode ocorrer se a primeira costura de uma via estiver muito baixa. Se o guia cair com um fator de queda alto e/ ou ele for bem mais pesado que o participante, este irá ser puxado para cima e o Grigri poderá destravar na primeira costura. Estando atento a estes detalhes, pode-se evitar muita dor de cabeça. Por Flavio Daflon.

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W a l d e c y C o l u n a

d e

M a t h i a s C a m i n h a d a

Di Dicc as

Carrapatos??? Socorro!!! Quem nunca sofreu com os carrapatos e micuins após uma caminhada? O pior é que eles estão se espalhando por todo o Estado do Rio. Em Teresópolis e Petrópolis, por exemplo, quando chega o inverno é uma praga. Já no Rio de Janeiro, vias clássicas, como o Paredão Comicci, em Jacarepaguá, estão praticamente abandonadas por causa dos carrapatos. Uma dica da galera lá de Minas é passar o velho e bom Niocid nas barras das calças e nas botas de caminhada. Mas é bom evitar contato do produto com a pele. A melhor dica, porém, é o repelente para carrapatos Exposis, agora vendido no Brasil, nas versões gel e spray. Ele repele tanto carrapatos quanto outros insetos desagradáveis, como pernilongos. Mais informações no site: www.osler.com.br. Existe também um remédio chamado Revectina, que pode ser tomado via oral após contato com carrapatos, mas só é vendido com prescrição médica.

BO TAS E MOCHILAS BOT MOCHILAS, onde consertá-las? Não é de hoje que as botas de caminhada à venda nas lojas são um lixo. Chegam a descolar a sola por completo após apenas alguns meses de uso. O rapaz que faz manutenção do meu computador comprou uma para trabalhar, ou seja, só usada em ambiente urbano, e mesmo assim perdeu a sola... Dica de uma associada do CERJ, a Márcia, de um sapateiro barato, eficiente e rápido: Rápido Boa Gente (Sr. José), Rua Conselheiro Saraiva, nº 03, esquina com Primeiro de Março, próximo ao nº 159, Centro – Tel.: 2233-2547. Para aquelas fivelas da mochila que teimam em quebrar, eis um endereço onde se encontra uma grande variedade de fivelas. A dica é levar a mochila ou a fivela quebrada para não haver erro: Rua Gonçalves Lêdo, nos. 53 e 39, transversal da Rua Buenos Aires, Centro – Tels.: 2232-7612 / 2507-9092. Queria deixar um abraço para a rapaziada de Luminárias e Rio Verde, pequenas cidades de Minas Gerais, que estão super antenados nas escaladas, e claro, sempre lendo a Fator2 Fator2! Até a próxima e boas caminhadas!

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R a l f C ô r t e s E n t r e v i s t a

Th i a g o B a l e n e Roberta Nunes

Ralf - O que vocês pensam sobre o desenvolvimento atual da escalada em rocha nos seus estados, e quais as perspectivas futuras? Thiago - A escalada no Rio Grande do Sul vem crescendo e se desenvolvendo muito, principalmente no âmbito esportivo. Muitas vias foram e vêm sendo equipadas nesta modalidade, o que permitiu o surgimento e a evolução de novos atletas se destacando na escalada esportiva. Eu vejo o Rio Grande do Sul com um potencial incrível para novas conquistas em falésias, e acredito ser um lugar promissor para qualquer modalidade de escalada em rocha. Com mais escaladores conquistando, a tendência é melhorar! (thiago_balen@hotmail.com)

Roberta Nunes – Acredito que, nestes últimos cinco anos, a escalada em rocha no Paraná vem progredindo, apesar da pequena quantidade de locais para a prática no estado, fator imprescindível para a sua evolução. A motivação vem crescendo a cada dia, através do intercâmbio de informações, por meio de sites, revistas, jornais, vídeos, campeonatos etc. É estímulo puro! O número de praticantes do esporte, assim como o de simpatizantes, também aumenta todos os dias, tornando-o mais conhecido. Pensando nisso, acho que o cuidado com a formação desses novos escaladores deve ser redobrado, para que possam compreender o real sentido desta atividade que nos completa tanto. Escalar não é só se pendurar em agarras, é filosofia de vida também! (www.robertanunes.esp.br)

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C r o q u i s 12 Terra de Canino 6º VIsup E1 D2 Uma nova via foi conquistada na Pedra Hime, em Jacarepaguá. Chama-se Terra de Canino e foi graduada em 6º VIsup. Ela tem aproximadamente 150 metros e o mais marcante são seus três diedros. A parede é face norte e o local é quente, portanto, é melhor começar bem cedo e escolher um dia mais fresco. A grampeação é boa, mas algumas agarras ainda podem quebrar. Ela foi conquistada em 30 de julho de 2005 por Carlos Alberto Sampaio, Alexandre Mello, Nielson de Oliveira Sampaio e Noelson de Oliveira Sampaio. No acesso à base, passa-se por outras duas vias: a Canino Sampaio (5º VI), mais positiva, e a Canino Cascudo (7º VIIb). Como já noticiamos na última Fator2 Fator2, esta via teve cerca de dez agarras cavadas anonimamente na primeira enfiada. Os conquistadores, porém, já taparam os buracos. Eles são os responsáveis pela abertura dessas três vias na Pedra Hime. Acesso: vindo da Barra, em direção ao condomínio Floresta Park, deve-se seguir para Curicica, via Autódromo. No Largo da Curicica, tomar a direção da SMTU, onde são feitas as vistorias de táxis e ônibus. Ali há uma praça, de onde deve-se subir a Rua Outeiro Santos até ao fim. Para chegar no fim da Outeiro Santos, é preciso cruzar a Rua Rodrigues Caldas e a Estrada da Ligação. No final da Outeiro Santos há uma praça com um campo de futebol, de onde avista-se a Pedra Hime. Segue-se então à esquerda, até a entrada do condomínio Floresta Park, à direita, ainda em obras. Dentro do condomínio, siga em frente, dobre a primeira direita, em seguida dobre a primeira esquerda e vá em frente até o final, onde começa a trilha, que está bem aberta e com algumas indicações. No croqui ao lado estão marcados apenas os grampos das paradas. Foto pequena: as três vias, Canino Sampaio, Canino Cascudo e Terra de Canino. Foto no Centro: escaladores na Canino Cascudo. Fotos dos conquistadores. Foto à direita: Flavio Daflon na Terra de Canino. Foto: Flavio Leone.

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C r o q u i s Vereda Tropical, 4º IVsup (A1/VIIc) e Louvado Seja Deus, (LSD) 4º V Pico da Tijuca O acesso para as vias do Pico da Tijuca inicia-se por trilha a partir do Bom Retiro. Para chegar lá é preciso subir o Alto da Boa Vista até a Praça Afonso Viseu, onde fica a entrada do Parque Nacional da Tijuca. Dentro do parque siga as placas até o Largo do bom Retiro. Atualmente, a trilha do Pico da Tijuca é sinalizada e seus atalhos, que atrapalhavam a orientação, foram interditados. Depois de caminhar por aproximadamente 15 minutos, na primeira vez que avistar o paredão do Pico da Tijuca, numa curva para a esquerda, saia em direção a pedra, pois a base estará a poucos metros. A Vereda Tropical é bastante frequentada, mas possui uma grampeação um pouco mais longa nos trechos mais fáceis. Ao final é possível caminhar até o cume. A LSD começa a partir da segunda enfiada da Vereda e é um pouco mais difícil de guiar. O início de ambas é por uma canaleta que pode estar molhada se choveu recentemente e o artificial que pode ser feito em livre precisa ser repetido por mais escaladores para ter o seu grau confirmado, mas pode chegar a VIIIa. É melhor escalar bem cedo (infelizmente o parque abre somente as oito horas da manhã) para evitar o forte calor na parede. O material necessário em cada via está no croqui. Guia da Floresta Este e outros croquis, fotos e mapas estão no Guia de Escaladas e Trilhas da Floresta da Tijuca. Com 233 páginas o livro abrange as áreas do Pico da Tijuca, Corcovado e Pedra da Gávea. Pontos de venda: Casa do Alpinista, Equinox, LeChen, Jornaleiro da Urca, SubSub, AS Diver´s, Livraria da Travessa, Beco das Letras e no site www.guiadaurca.com Foto: João Paulo no crux da Vereda Tropical.

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