Foi com alegria que produzimos esse disco. Afinal, não é sempre que podemos comemorar os 50 anos de um grupo que faz parte da nossa memória afetiva e musical. Ainda mais quando essa comemoração aponta para novos caminhos, trazendo unicamente canções inéditas, encomendadas para a ocasião. No repertório, conhecidos parceiros como Paulo César Pinheiro, a dupla Kleiton e Kledir, Vitor Ramil, Guinga, Mario Adnet e João Bosco,
convivem com novos compositores, como Breno Ruiz e Thiago Amud, dando mostras que tanto a música popular brasileira, quanto o grupo que leva suas iniciais no nome, continuam em pleno processo de desenvolvimento. Porque assim como nossa música popular, é também o disco uma vitrine de ritmos, com sonoridades tão diversas que somente as quatro vozes juntas do MPB4 poderiam nos apresentar. E esse retrato trazido para comemorar essa efeméride nos mostra a vasta
gama do repertório do grupo, ao mesmo tempo em que escancara a beleza intrínseca ao pluralismo na nossa música. Com esse lançamento, o Selo Sesc colabora com a difusão da cultura nacional, dando visibilidade a obras artísticas relevantes e reforça seu caráter educativo, permeado pelo compromisso com a diversidade cultural e com a democratização do acesso aos bens culturais. Danilo Santos de Miranda Diretor Regional do Sesc São Paulo
FOTO MARCOS HERMES
MEU QUERIDO e SAUDOSO AMIGO, e MAESTRO MAGRO, Trago boas novas. Já que você antecipou sua partida, o que absolutamente não estava combinado, estamos começando o ano de 2016. Como você sabe, no ano passado o MPB4 comemorou 50 anos de carreira. Devido à sua ausência, que nos trouxe apreensões diversas, selecionamos músicas inéditas, pedidas aos compositores nossos amigos. Reunimos uma seleção de responsa. Você precisava ver. Só musicão. O processo de seleção foi igualzinho ao que sempre fizemos e que você bem conhece. Cada um votou. As que tiveram quatro votos estavam dentro, as com três Magro Waghabi MPB4 | 2012
votos ficaram numa relação à parte. As com quatro votos foram minoria. Partimos para as com três votos. Com algumas delas chegamos ao repertório de treze músicas inéditas. Bom pra cacete! Senti pena por você não ter votado. Convidamos o Gilson Peranzzetta para ser o arranjador do CD. Miltinho e Paulo Malaguti Pauleira dividiram os arranjos vocais. Gilson arrasou. De antemão sabíamos do que o talento dele seria capaz de produzir, mas ainda assim ficamos de queixo caído com a sonoridade dos arranjos.
sua falta. Caramba! Quando éramos quase vizinhos aqui em São Paulo, os ensaios eram divididos entre Rio e São Paulo. Agora, só eu morando em terras paulistanas, tinha de ir toda semana ao Rio. Meus cartões de fidelidade bombaram; meu saco quase estourou. Mas enfim, no segundo trimestre do ano passado, após o Peranzzetta gravar todas as bases e complementá-las com outros instrumentos, gravamos as vozes. Tudo isso no estúdio Tenda da Raposa, sob o comando do competente Carlinhos Fuchs. Você chegou a conhecê-lo? Um craque!
Passamos quase todo o ano passado em ensaios semanais. Mais uma vez, senti muito a
Vou ser sincero, Magro, você ficaria orgulhoso de ver os arranjos vocais feitos pelo
Miltinho. Pena eu não ter como mandá-los pra você ouvir. Ou será que tem? Enfim, o cara esbanjou talento. O Pauleira também caprichou. Assim como o Miltinho, ele também fez arranjos altamente criativos. Alguns, inclusive, de difícil aprendizado, dada a sua complexidade. E você está careca de saber das minhas dificuldades. Em alguns momentos, também senti falta do seu jeito de passar as vozes. Mas no final, entre mortos e feridos, todos se salvaram, inclusive este vocalista que vos fala. O nosso CD dos 50 anos é seu, Magro! Nós o dedicamos a você pra que a música do MPB4 esteja sempre a seu lado, a seu
dispor. Ainda que você não esteja aqui, todo o seu legado está registrado, carinhosa e caprichosamente, neste CD que o Sesc São Paulo lançou. Por aqui estamos todos bem. Nilzinha e Isabel mandam beijos. Eu, além da minha saudade e do meu carinho, ofereço-lhe o que mais gosto de fazer: cantar. O que sempre fizemos juntos, e, de certa forma, continuaremos a fazer… O MPB4 é nosso, maestro! Aquiles Rique Reis São Paulo, janeiro de 2016
Há exatos 50 anos, o MPB4 não apenas carrega no próprio nome a música que canta, a música de todo um país: ele vive essa música no dia a dia, nos palcos, nos bares, nas praças, estúdios, na carne e na voz. Seja revelando o compositor mais novo ou repaginando uma canção clássica, há 50 anos o MPB4 faz jus ao nome e, assim, nos serve de baliza: o que ele canta, o que seus quatro cantores escolhem para harmonizar com suas vozes nos indica o que seja a tal da grandiosa e muitas vezes indefinível MPB, a rica música popular de um país musical. Por isso, para comemorar seus 50 anos – marcado pela gravação do primeiro LP do grupo, em 1966 pela mítica
gravadora Elenco, no qual simplesmente, entre outras proezas, lançava uns quatro sambas de um tal Chico Buarque e transformava em canção clássica um já velho choro de Pixinguinha, "Lamento", com letra nova de Vinicius de Moraes – o MPB4 resolveu comemorar fazendo o que sempre fez nos últimos 50 anos, encarnando, ou melhor, dando voz à MPB (sigla, aliás, criada pelo próprio grupo no seu nascimento e que depois ganharia vida própria). Ao ouvir as novas canções que o Brasil produz pelo filtro do MPB4 vemos como não é nada por acaso que ele carregue a música que canta no nome. E na carne. Hugo Sukman Rio de Janeiro, Janeiro de 2016
FOTO MARCELO CABANAS
Aquiles, Dalmo, Miltinho e Pauleira
1.
Milagres
3:20
Breno Ruiz | Paulo César Pinheiro BRSC41600011 • Cordilheira (Tapajós)
Sempre quis saber Se eu cheguei de lá De onde não se vê Só com a luz do olhar Onde será que tem o céu do céu De onde será que nasce o mar e o sal que vem do mar Como é que se formou o carrossel De tudo que é galáxia em pleno ar Isso tudo é milagre E é tão bonito! Maravilhoso Misterioso
Sempre quis saber Se eu cheguei de lá De onde não se vê Só com a luz do olhar Como será que é a cor da cor Como será que a lua mexe as águas da maré Como é que um bosque nasce de uma flor E a gente vem de dentro da mulher Isso tudo é milagre E é tão bonito Maravilhoso Misterioso
Onde o milagre se esconde? Em que mundo e atrás de que cortina? Onde? E nem Deus me responde, De onde vem essa luz que me ilumina!
PIANO, ACORDEON E ARRANJO Gilson
Peranzzetta | ARRANJO VOCAL Paulo Malaguti Pauleira | CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção | BATERIA João Cortez | VIOLA Jaime Alem | PERCUSSÃO Mingo Araújo
2. Maxixe 2:42
Fred Martins | Alexandre Lemos BRSC41600010 • Sony/ATV
Eu vi você no meu sonho E agora eu sonho acordado Pelo sim, pelo não Pra da próxima vez eu pegar sua mão Eu fiz um terno de linho Branquinho, todo engomado Pelo não, pelo sim Pra roubar toda sua atenção só pra mim Quero dançar com você Bem no meio do salão Pra sentir seu coração Disparar de querer Se deixar, se perder Amor não é pra se guardar Se é amor melhor não há
De muito longe é que venho Só tenho um bolso furado Quem me viu, quem me vê Sou capaz até de mendigar por você Às vezes vejo um estranho Tamanho espelho quebrado Quem me vê, quem me viu Caminhando eu cantei sabiá no Brasil Quero dançar com você Bem no meio do salão Pra sentir seu coração Disparar de querer Se deixar, se perder Amor não é pra se guardar Se é amor melhor não há
Meu juramento é de junho De punho escrito e selado Mas agora sei lá Eu pensei que havia um amor Mas não há Já sumiu Eu sonhei que havia um Brasil Mas não há PIANO E ARRANJO Gilson Peranzzetta| ARRANJO VOCAL Paulo Malaguti
Pauleira | CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção | BATERIA João Cortez | VIOLÃO SETE CORDAS Carlinhos 7 cordas | PERCUSSÃO Mingo Araújo | FLAUTA Mauro Senise
3.
Trança de cipó
2:59
Renato Rocha
BRSC41600012 • 100% Humaitá
Feito trança de cipó, nosso papo embaraçou deu um nó. Tive que engolir o resto, e era só fazer um gesto só... Não sabia que um gesto só bastava... Meu ouvido era maior, engolia o coração e o gogó. Entupia a minha pauta e sentia ainda falta de um dó. Não sabia que uma nota só bastava... Mas o amor é o bem maior, namorar não tem melhor prazer.
Eu também quero um xodó é pra mó de não ser só sofrer. Não sabia que ia ser você que iria me prender, nem que era só uma só pra me amarrar o nó, e nem que um amor um só bastava... E nem que um amor um só... PIANO E ARRANJO Gilson Peranzzetta| ARRANJO VOCAL Paulo Malaguti Pauleira | CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção | BATERIA João Cortez | PERCUSSÃO Mingo Araújo| SAX ALTO Mauro Senise | CORDAS Quarteto Radamés Gnattali | 1º. VIOLINO Carla Rincón | 2º VIOLINO Andréia Carizzi | VIOLA Estevan Reis | CELLO Hugo Pilger
4. Harmonia 3:43
Miltinho | Sirlan | Paulo César Pinheiro
BRSC41600008 • Cordilheiras (Tapajós)
Amor, paixão São do mesmo diapasão Quem tem, faz como ninguém Uma canção Rancor, perdão São acordes de opção Amar é harmonizar O coração Quem toca bem Um violão O som já vem Na sua mão
É como amar Com emoção Tem que vibrar O coração PIANO E ARRANJO Gilson Peranzzetta | ARRANJO VOCAL Miltinho | CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção | BATERIA João Cortez | VIOLÃO Lula Galvão| FLAUTA Mauro Senise| CLARINETE Dirceu Leite | FLUGEL José Arimatéa| TROMBONE Jhonson de
Almeida
5. Filigrana 3:55 Vitor Ramil
BRSC41600007
Olha o mistério da vida Atravessando a rua sem ninguém saber Avança entre os carros sem nenhum cuidado Não se deixa ver
Hoje é carnaval Eu me sinto só O mistério faz sofrer Hoje é carnaval Quero te beijar O mistério faz querer
Olha o mistério fecundo Em menos de um segundo vence o vaivém É dono do pedaço, nem apressa o passo O risco lhe cai bem
Olha o mistério sacana O amor é filigrana fácil de perder Confete pelo ralo, a lua sem o halo O mundo sem você
Olha o mistério danado A roupa de diabo é só pra confundir Eu vejo e fico mudo, o tempo bate surdo Pra ninguém ouvir Hoje é carnaval Eu me sinto só O mistério faz sofrer Hoje é carnaval Quero te beijar O mistério é mais um gole
Quero cruzar a rua Ser dono do pedaço Quero só um segundo Quero nenhum cuidado A lua pelo ralo Vá tudo pro diabo Quero tocar o surdo Quero você PIANO E ARRANJO Gilson Peranzzetta| ARRANJO VOCAL Miltinho | CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção | BATERIA João Cortez | VIOLÃO Lula Galvão|CLARINETE Dirceu Leite
6. Ateu
é tu
3:11
Rafael Altério | Celso Viáfora BRSC41600004 • Tapajós
Tem gente na cidade que bajula o padre pra chegar a Deus Tem o que veste branco e vai ao pai-de-santo pra chegar a Deus Procura feiticeira, pregador de feira ou vai à benzedeira pra chegar a Deus Tem nego que vai longe meditar com monge pra chegar a Deus Tem cara que precisa de uma pitonisa pra chegar a Deus Não é da minha conta Tenho nada contra Pode meter bronca e me chamar de ateu Hã? Quem?? Eu???
Não vou tratar com subordinado para pedir pelo meu destino Quando que eu tô meio aperreado olho pro céu e falo com o Divino Tem quem pede ao rabino ou vira peregrino pra chegar a Deus Tem quem dá grana ao bispo que lesou o Fisco pra chegar a Deus Tem quem leva fetiche embaixo de trapiche ou canta “Hare Krishna” pra chegar a Deus Tem quem fica de quatro em frente do beato pra chegar a Deus Tem o que se emburaca e vai
pedir à vaca pra chegar em Deus Não é da minha conta Tenho nada contra Pode meter bronca e me chamar de ateu Hã? Quem?? Eu?? Não vou tratar com subordinado para pedir pelo meu destino Quando que eu tô meio aperreado olho pro céu e falo com o Divino PIANO, ACORDEON E ARRANJO Gilson Peranzzetta | ARRANJO VOCAL
Paulo Malaguti Pauleira |
CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção | BATERIA João Cortez | VIOLA Jaime Alem | PERCUSSÃO Mingo Araújo
7. A
ilha
BRSC41600001 • Pand Orga Ed. Mus. E Prod. Art
Pode estar no meu jardim Ou até dentro de mim São coisas do destino E suas travessuras
Qualquer dia eu vou morar Numa ilha em alto mar Sem a civilização Longe da loucura Longe mesmo até de mim Do que sobrou de mim A falsa impressão A caricatura
Imagino tal lugar E começo a delirar Saio pela contramão E a essas alturas Quero mais é ser feliz Brincar de ser feliz Viver de ilusão Já que não tem cura
Qualquer dia eu vou mudar Vou fugir pra algum lugar Onde a fonte da emoção Seja de água pura Sei que cada um de nós Escuta a mesma voz Não perde a esperança Atrás dessa aventura
Ilha de sol Ilha de luz Ilha de paz
4:03
Kleiton Ramil | Kleidir Ramil
Onde fica tal lugar? É uma ilha? Ou será uma alucinação? E que por ventura
PIANO E ARRANJO Gilson Peranzzetta| ARRANJO VOCAL Miltinho | CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção |BATERIA João Cortez| VIOLÃO Lula Galvão | CORDAS Quarteto Radamés Gnattali | 1º. VIOLINO Carla Rincón | 2º VIOLINO Andréia Carizzi | VIOLA Estevan Reis| CELLO Hugo Pilger
FOTO ACERVO MPB4
MPB4 | 1966
8.
Brasileia
3:15
Guinga | Thiago Amud BRSC41600005 • Gargântua Produções e Edições Musicais Ltda
De vez em quando o meu Brasil Bate pino por ardil De Dão Pedro Malasarte (O rai' que o parte, o rai' que o parte) Bacamarte abre um hospício nacional E funda a nova capital Meu tio avô Jeca Tatu Pra curar do calundu Deu de ler Augusto Comte (Nem me conte, nem me conte) O Peri fez infusão de Mogadon E dizem que virou maçom
Ai, Sebastiana O lirismo é que me dana Vou mudar pro ABC Ai, Maria Moura Se eu queimar essa lavoura Apareço na tevê Vendam toda a esperança Pra pagar minha fiança De Manape e de Jiguê Ei Lá vai o bacharel Rei da Vela, coronel Contrarrevolucionário (Honorário, honorário) Vitorino Papa-Rabo já caiu Ou é primeiro de abril?
De vez em quando o meu país Quase emerge por um triz Mas o tempo acende a frágua (Berro d'água, berro d'água) Pauliceia desvairou, tombou no vão Do Liso do Suçuarão Ande, Macabeia Volte para a Galileia Onde Antonio aconselhou Vá, Sinhá Vitória Que tá perto o fim da história O Encoberto despertou Vendam toda a traquitana Ai de ti, Copacabana Ai de nós, Arpoadô
Oi Lá foi o europeu O chinês e o judeu Pro leilão da fuloresta (Ai que festa, ai que festa) Malasarte aproveitou o carnaval E tomou conta do pré-sal E dizem que virou maçom Fundou a nova capital No Liso do Suçuarão Ou é primeiro de abril... PIANO, ACORDEON E ARRANJO Gilson Peranzzetta | ARRANJO VOCAL|Paulo Malaguti Pauleira |CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção|BATERIA João Cortez|VIOLÃO Lula Galvão| PERCUSSÃO Mingo Araujo| FLAUTA
Mauro Senise
9. Desossado 3:29
João Bosco | Francisco Bosco BRSC41600006 • Zumbido
Lá na favela Nego mora envergado Pra ter lugar Bamba no samba Nego é desvertebrado É de arrasar, é de arrasar Brasil teu jeito de ser e de proceder É desossado Brasil teu corpo que encanta de se ver É desgraçado Salve Manés e Dondons A língua mole Que os escravos mastigaram Antes da gente comer
Salve Iáiás e Iôiôs A fala doce Salve o dengo e as Marocas As Toinhas e o dendê Salve Mané Alegria desse povo Salve Pelé Pelo que podemos ser Brasil dos prédios ocos que desabam Brasil das pernas tortas, teu gingado É lindo de ver PIANO E ARRANJO Gilson Peranzzetta| ARRANJO VOCAL Paulo Malaguti Pauleira | CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção | BATERIA João Cortez | VIOLÃO Lula Galvão | PERCUSSÃO Mingo Araújo | FLAUTA Mauro Senise |FLAUTA Dirceu Leite|FLUGEL José Arimatea | FLUGEL
Diogo Gomes
10. Valsa
de baque virado
4:03
Mario Adnet | João Cavalcanti BRSC41600013 • 100% Humaitá
O caminho é de terra molhada A coroa é de cristal A boneca é de cera queimada O vestido é imperial É a valsa de baque virado No congado da Ilha Fiscal É a profanação dos sentidos No alarido do carnaval No cortejo da abolição O maracatu é a mão Que rompe a represa Vem o rei de estandarte na mão Tomara que a tua nação Derrame beleza Do céu Ao chão
PIANO E ARRANJO Gilson Peranzzetta| ARRANJO VOCAL Miltinho | CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção | BATERIA João Cortez| PERCUSSÃO Mingo Araújo | FLAUTA Mauro Senise | CLARINETE Dirceu Leite | FLUGEL Diogo Gomes | TROMBONE Jhonson de Almeida
11. A
pipa e o tempo
3:44
Dalmo Medeiros | Cacau Ferreira Castro BRSC41600002
Eu sou pipa ao vento a voar Vivo esse momento Enquanto o tempo me levar Quando o tempo Diz que o show chega ao fim Vem a vontade de mais tempo pra mim Brilham os olhos Como a luz de um camarim E as asas da saudade Fazem me lembrar do show Que eu não vivi Senhor dono do tempo vem ouvir Vem parar o tempo Enquanto o tempo consentir
Seria bom se a gente pudesse ser Dono do tempo e o seu fio tecer Ter nas mãos o fio e a pipa lá no céu Mas o vento carrega até que o tempo Se encarrega de romper E assim sou pipa ao vento a voar Vivo esse momento Enquanto o tempo me levar PIANO E ARRANJO Gilson
Peranzzetta |ARRANJO VOCAL Miltinho|CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção | BATERIA João Cortez| VIOLÃO Lula Galvão |CELLO Hugo Pilger
12. Jornal
de ontem
3:50
Sergio Santos | Joyce Moreno
BRSC41600009 • ©by Feminina Edições Musicais ME (50% Joyce Moreno)
Pra que pensar no que ficou pra trás Ver a vida passando pelo retrovisor O que é passado, meu bem Não volta nunca mais Jornal de ontem já dançou Olhando em frente, o que é que a gente vê? Vem chegando o futuro tocando seu tambor O que é passado, meu bem Foi bom pra se aprender Jornal de ontem ninguém lê A vida é assim O frio e o calor Só sabe quem passou Você perdeu a hora
Então não venha agora Jogando velhas novidades no ventilador Não adianta mais você jurar Sai da frente que agora é que a fila vai andar O que é passado, meu bem Valeu pra comprovar Jornal de ontem, nem pensar PIANO E ARRANJO Gilson Peranzzetta| ARRANJO VOCAL* Miltinho | CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção | BATERIA João Cortez | VIOLÃO Lula Galvão | TROMPETE Diogo Gomes | TROMPETE José Arimatéa | SAX ALTO Idriss Boudrioua| SAX TENOR Marco Túlio *COM UM ABRAÇO NO MAESTRO SEVERINO FILHO E NOS CARIOCAS
Cruzei tantas moradas Tantas vidas Tanta dúvida A voz que me sorria me escutou Cruzei sete oceanos Amei o meu país E a voz que me ensinava me acompanha
13. A
voz na distância v2:59v
Paulo Malaguti Pauleirammm BRSC41600003
A voz além das sete estrelas pode estar aqui também Amar a voz de alguém que já passou Amar a voz de um outro Ouvir um pouco além
E pode ter certeza, o sonho A vida, a roda viva Tudo alcança Ouvir a melodia, a moradia da beleza Cantar me ensinou a navegar o ar A voz que me encanta A voz de um alguém Que escuta na distância Para muito mais além Escuta na distância Para muito além O sonho, a vida A roda vive muito mais além
PIANO E ARRANJO Gilson Peranzzetta| ARRANJO VOCAL Paulo Malaguti Pauleira |CONTRABAIXO ACÚSTICO Zeca Assumpção|BATERIA João Cortez|VIOLÃO Lula Galvão|PERCUSSÃO Mingo Araújo|FLAUTA EM DÓ Dirceu Leite|FLAUTA EM DÓ Marco Túlio|FLAUTAS EM SOL Mauro Senise
PRODUÇÃO Produção Musical Miltinho e Paulo Malaguti Pauleira Produção Executiva Camila Martins Ribeiro e Marcelo Cabanas | Bateia Cultura
Direção musical e arranjos Gilson Peranzzetta
Produção de Estúdio nas Gravações Instrumentais Eliana Peranzzetta
ARTE DA CAPA Artista Plástico Flávio Rossi Acrílica sobre vinil Designer Gráfico Kleber Góes
ESTÚDIO Tenda de Raposa (Rio de Janeiro) 5 de outubro a 17 de dezembro de 2015
Técnico de Gravação Carlos Fuchs e Gustavo Krebs Mixagem e Masterização Carlos Fuchs Seleção de Repertório MPB4 Agradecimento Especial: Danilo Santos de Miranda e toda a equipe do Selo Sesc.
Arranjos Vocais Miltinho e Paulo Malaguti Pauleira
Coordenação de Produção Helton Altman
www.mpb4.com.br
SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO Administração Regional no Estado de São Paulo Presidente do Conselho Regional Abram Szajman Diretor Regional Danilo Santos de Miranda Superintendentes Comunicação Social Ivan Paulo Giannini Técnico-Social Joel Naimayer Padula Administração Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento Sérgio José Battistelli Selo Sesc Gerente do Centro de Produção Audiovisual Silvana Morales Nunes Gerente Adjunta Sandra Karaoglan Coordenador Wagner Palazzi Produção Igor Pirola, Ricardo Tifona Comunicação Alexandre Amaral, Raul Lorenzeti, Renata Wagner Administrativo Katia Kieling, Thays Heiderich, Yumi Sakamoto Áudio João Zilio, Marcelo Sarra
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