Perfil Institucional do Consulado da Mulher

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Perfil institucional

Ação social da


3

a C onsul e o Consulado 6

quem somos

Consulado da Mulher desenvolve oportunidades de geração de renda

14

Todos merecem viver e compartilhar o prazer das coisas simples do cotidiano

efetividade

A relevânca dos impactos gerados pelo trabalho de mais de mil pessoas em todo o Brasil

34

administração Conheça o modelo de governança do Consulado da Mulher


a Consul e o C onsulado

Oportunidades para todos e

é

todas

cada vez maior a importância das mulheres para o sustento e a qualidade de vida das famílias brasileiras. Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea ), o número de famílias formadas por casais com filhos e chefiadas por mulheres, no Brasil, passou de 787 mil em 1999 para 4,1 milhões em 2009 – ou seja, mais do que quintuplicou em dez anos. Entre 1995 e 2009, a proporção de mulheres chefes de família aumentou mais de 10 pontos percentuais, passando de 22,9% em 1995 para 35,2% em 2009. Isto significa que 21,7 milhões de famílias brasileiras são chefiadas por mulheres. Além de renda, as mulheres também compartilham com seus filhos e cônjuges os conhecimentos e habilidades adquiridos na atividade profissional ou empreendedora. Temas como controle de orçamento, precificação, reaproveitamento de materiais, cuidados com saúde e higiene, importância da educação e da cultura, participação política, entre outros, passam a fazer parte do repertório familiar. Esses dados mostram que a família brasileira está mudando em ritmo acelerado, e as mulheres têm a maior parte da responsabilidade por essas mudanças. No entanto, essas transformações nem sempre acontecem de forma satisfatória para as mulheres. Segundo o mesmo estudo do Ipea, a inserção das mulheres no mundo do trabalho é marcada por diferenças de gênero e raça. Além de estarem menos presentes do que os homens no mercado de trabalho, elas ocupam espaços diferenciados, com predominância de trabalhos precários. Além disso, a trajetória feminina rumo ao mercado de trabalho não significou a redivisão dos cuidados entre homens e mulheres, mesmo quando se trata de atividades remuneradas, o que pode ser percebido pela concentração de mulheres, especialmente negras, nos serviços sociais e domésticos. A porcentagem relativa de homens e mulheres no trabalho doméstico remunerado em relação ao universo total de ocupados mantém-se muito desigual. O contingente de mulheres dedicadas ao trabalho doméstico remunerado era de 17% em 2009, número expressivamente superior ao total de homens: 1% no mesmo ano.

1 - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça – 3ª edição (setembro de 2008) 2 - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Mulher e Trabalho: Avanços e Continuidades (março de 2008)

2I3

As mulheres estão reinventando a sociedade brasileira, por isso a Consul investe no potencial empreendedor feminino


A participação das mulheres na renda familiar aumenta continuamente e em 2009 alcançou dos ganhos

45%

} Famílias com filhos chefiadas por mulheres 1999

787 mil 4,1 milhões

2009 Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

A família brasileira está mudando em ritmo acelerado e as mulheres têm a maior parte da responsabilidade por essas mudanças.


4I5

Por isso, criar oportunidades para que mulheres ampliem sua renda por meio de empreendimentos populares, como faz o Consulado da Mulher, é uma missão duplamente relevante. Em primeiro lugar, porque as oportunidades de geração de renda contribuem para que a mulher possa melhorar as condições de vida de sua família e de sua comunidade; além disso, a mulher aproxima-se de atividades profissionais prazerosas, exercidas em ambientes de trabalho marcados por valores como solidariedade, equidade e inclusão, que contribuem com o aprendizado e a autoestima. Para a Consul, vale a pena investir e fazer do Consulado da Mulher uma ação social cada vez mais ampla e presente na vida das famílias. Porque esse investimento nos move em direção a um país melhor. Um país de oportunidades para todos e todas, que proporcione às mulheres a possibilidade de resgate da autoestima e às suas famílias a chance de melhorar a qualidade de vida.

da Consul no Consulado da Mulher } Investimento em R$ milhões

s possam as pessoa e u q a r a s do existe p as simple is o c A Consul s a r a s mais mpartilh ssas fonte o viver e co ima. n s a o ã e autoest ue s q o , ã o ç a n z ia li a id de re cot ortunida e prazer, p d o s a e s t s n e a r t impor ara leva o existe p d la u s n o OC . s famílias a todas a

2012

2011

2010

2009

2008

2007

3,8 3,6 3,3 3,4 3,7 3,6

Fonte: Consul


o Consulado da Mulher

Incentivo ao e ao empreendedorismo

talento

o

Consulado da Mulher é a ação social da Consul, marca da Whirlpool Latin America, empresa líder no mercado de eletrodomésticos da América Latina. Criado em 2002, tem a missão de desenvolver oportunidades de geração de renda a mulheres com potencial empreendedor, contribuindo para a melhoria de sua qualidade de vida e a de suas famílias. Reconhecido como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), o Consulado assessora mulheres com idade mínima de 16 anos e com dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e à economia formal. Na maior parte das vezes, elas possuem baixa empregabilidade e são responsáveis pelas tarefas domésticas e cuidados com os filhos. O trabalho consiste na identificação de oportunidades de geração de renda e na assessoria para a formação e consolidação de empreendimentos populares compostos por mulheres de talento e com vontade de vencer, em áreas como alimentação, artesanato, costura, serviços de beleza, lavanderia e reciclagem, entre outras. O planejamento das atividades começou em 2000, quando a Consul alinhou sua estratégia de responsabilidade social aos Objetivos do Milênio das Nações Unidas, especialmente no que diz respeito à igualdade entre os sexos e à valorização da mulher. Em 2002, o Consulado iniciou atividades em Rio Claro (SP) e Joinville (SC), cidades em que a empresa possui instalações produtivas, oferecendo oficinas gratuitas de capacitação para as comunidades, em artesanato, culinária, beleza e inclusão digital. As atividades eram conduzidas por equipes voluntárias orientadas por educadores sociais, em espaços do próprio Consulado.

O Consulado assessora iniciativas de geração de renda formadas por mulheres com potencial empreendedor


6I7 Empreendedoras do Gager Mulher, assessorado pelo Consulado em Manaus (AM)

Os empreendimentos de alimentação e artesanato formam a maior parte dos grupos assessorados pelo Consulado


Adilson Eires Thomé, do empreendimento Parada das Delícias, que gerencia o Espaço Solidário de São Paulo


8I9

A unidade de Manaus foi inaugurada em 2007, com atuação diferenciada, voltada para a assessoria a pequenos empreendimentos populares. No ano seguinte, o mesmo ocorreu na cidade de São Paulo, com ações em bairros das zonas Sul e Leste.

Consulado da Mulher

A partir do aprendizado obtido nas atividades nessas quatro cidades foi criado o Programa Usinas do Trabalho. Nesse mesmo ano, a assessoria do Consulado voltou-se inteiramente para a geração de renda, passo que marcou o reposicionamento estratégico do Consulado da Mulher. Além do Programa Usinas do Trabalho, o Consulado desenvolveu o Programa Mulher Empreendedora. Ambos, descritos a seguir, possuem os mesmos objetivos e seguem a mesma metodologia, recentemente reconhecida

Assessoria a empreendimentos populares por meio de dois programas:

Mulher Empreendedora Atuação direta por meio de equipes próprias em Manaus, Rio Claro, São Paulo e Joinville

Usinas do Trabalho Atuação indireta por meio de organizações parceiras, em todo o Brasil

Tecnologia Social

como Tecnologia Social pela Fundação Banco do Brasil, Unesco e KPMG; (veja mais na pág. 11).

“A assessoria do Consulado da Mulher é muito importante. Eles estão sempre presentes e à nossa disposição.”

Iolinda Aparecida Antonelli Lopes Meninas do Pão, Rio Claro (SP)

Programa Mulher Empreendedora Desenvolvido nas quatro cidades em que o Consulado da Mulher possui equipes de trabalho, o Programa Mulher

er ulh esta M s a pr am dora rojeto r g Pro ende ia a p nda pre sor e re Em asses ção d a ria n á a ger os lid de asead ia so b nom eco

Empreendedora consiste em um processo de assessoria e consultoria a mulheres interessadas em estruturar empreendimentos baseados na economia solidária. O programa conta com uma equipe própria de educadores sociais, cujo trabalho assemelha-se ao de engenheiros civis: eles ajudam a definir os alicerces e a estrutura para que a construção sustente-se com estabilidade e solidez. Todo o resto do trabalho fica por conta das empreendedoras.


O processo de assessoria para geração de renda beneficia empreendimentos

A iniciativa Espaço Solidário, um

em todas as etapas de desenvolvimento, desde os momentos iniciais, quando

laboratório de treinamento do

as mulheres interessadas em gerar renda estão identificando sua vocação, até os

Programa Mulher Empreendedora,

momentos de emancipação, em que as empreendedoras voltam-se à ampliação e

mantém lanchonetes nas unidades

formalização da atividade.

da Whirlpool Latin America de Rio Claro, São Paulo, Joinville e Manaus.

Espaço Solidário A Whirlpool Latin America cede espaços para que mulheres assessoradas vivenciem experiências práticas de empreendedorismo.

Tudo acontece no Espaço Solidário, onde funcionam lanchonetes administradas por mulheres assessoradas que são verdadeiros laboratórios de aprendizagem.

Elas são capacitadas para cuidar de todas as etapas do negócio, e vendem seus produtos aos colaboradores da empresa.

O ciclo de aprendizagem e maturação é de aproximadamente dois anos, quando o grupo assessorado é estimulado a transferir-se para um espaço próprio e cede lugar a outras empreendedoras.


10 I11

Programa Mulher Empreendedora =60 Programa Usinas do Trabalho =100

AM

PA

MA

1

18

CE

2

1 RN PB

2

PI

PE

1 4 2

assessorados pelo Consulado da Mulher

2

AL

BA

MT

regional } Presença Localização dos empreendimentos

58

3 GO

1

72

MG

4

MS

ES

1

SP

2

3 PR

37

6

RJ

51 26 19

3 SC

RS RS RS 2

5

12 6

2 Nordeste Sudeste

Norte

Sul Centro-Oeste

Programa Usinas do Trabalho No Programa Usinas do Trabalho, parceiros reproduzem remotamente a metodologia do Programa Mulher Empreendedora

Criado para ampliar o alcance do Mulher Empreendedora, cujo modelo reproduz, o Programa Usinas do Trabalho é operado por meio de organizações parceiras de diversas regiões do País que também trabalham com empreendedorismo feminino. Após serem capacitados pelo Consulado da Mulher para utilizar a mesma metodologia, estes parceiros atuam como intermediários na doação de eletrodomésticos Consul, em geral refrigeradores, freezers e máquinas de lavar, para que sejam usados pelas mulheres assessoradas. A contrapartida exigida é o monitoramento periódico de informações sobre os resultados dos empreendimentos. Contando com instituições parceiras dedicadas à assessoria para a geração de renda de empreendimentos populares, o programa estimula iniciativas especializadas em diversas atividades, principalmente nas áreas de lavanderia e serviços de alimentação.


Reconhecida como Tecnologia Social, a metodologia do Consulado tem o aval da Fundação Banco do Brasil, Unesco e KPMG

o

Consulado da Mulher desenvolveu uma metodologia própria de trabalho, que lhe permite direcionar esforços e atender as principais demandas de cada empreendimento, otimizando seu desenvolvimento e maturação. O principal instrumento utilizado chama-se Gestão de Empreendimentos Populares por Indicadores, cuja eficácia foi reconhecida pela Fundação Banco do Brasil, Unesco e KPMG em 2009 e em 2011. A ferramenta é certificada como Tecnologia Social, pois representa efetiva solução de transformação social, é replicável e foi desenvolvida na interação com os empreendimentos assessorados. A metodologia nasceu da necessidade de criar um roteiro que permitisse não somente estruturar e monitorar os empreendimentos, mas também aplicar e replicar essas práticas em diversos locais, com diversos públicos, pela própria equipe do Consulado da Mulher ou por organizações parceiras.

A receita do sucesso

Construída a partir da experiência com as mulheres assessoradas, em conjunto com universidades e instituições de pesquisa, a Gestão de Empreendimentos Populares por Indicadores é aplicada continuamente. Seus 30 indicadores permitem aferir o estágio de desenvolvimento do empreendimento, identificar necessidades e oportunidades e desenvolver planos de ação.


Investimentos financeiros

Planos de ação

Indicadores de desempenho

Aplicação da metodologia

dices dos sete ín ao m u a d a c ta Em imento (lis is lv o v n e s e de d socia ducadores lado), os e lores a vários va atribuem e uma s, dentro d ida, re o indicad efin érica pred de m u n la a c io es do o estág identifican nto em cada ime desenvolv aliado. item av

A cada seis meses é feito um Relatório de Assessoria, uma espécie de “mapa” da situação de cada empreendimento em relação aos 31 indicadores de desempenho. Em conjunto com os grupos assessorados, os educadores desenvolvem um plano de trabalho para os seis meses seguintes, onde identificam-se aspectos a serem melhorados e ações a serem desenvolvidas. O Consulado da Mulher também elabora um mapa da situação geral dos empreendimentos, que permite o gerenciamento em grande escala. Com isso, é possível identificar pontos de atenção e gerar séries históricas de indicadores.

No Programa Mulher Empreendedora, o plano de assessoria semestral identifica eventuais necessidades de investimentos dos empreendimentos. Quando o investimento é necessário e pertinente, o Consulado da Mulher efetua desembolsos com recursos próprios ou articula parcerias para essa finalidade. Atualmente encontra-se em experiência a formação de fundos coletivos, organizados em grupos temáticos como “alimentação” e “artesanato”, onde os vários empreendimentos representados administram um fundo rotativo solidário. Os empreendedores apresentam propostas de empréstimos, aprovam, emprestam o dinheiro e assumem a responsabilidade de pagar o empréstimo para o fundo. Dessa forma, os recursos podem beneficiar várias pessoas ao longo do tempo. No Programa Usinas do Trabalho, o Consulado identifica a necessidade de equipamentos utilizados como meios de produção e realiza a doação de eletrodomésticos para o processamento de alimentos (fogões, freezers, microondas etc.) e lavanderias (lavadoras e secadoras).

Organização do trabalho

Relações de gênero

Avalia questões como processo de planejamento, plano de negócios, regimento interno, sistematização do processo decisório e gestão financeira.

Aqui, os educadores sociais avaliam a natureza de conflitos e relações de gênero/poder dentro do empreendimento.

Resultados econômicos

Estrutura e emancipação

Avalia itens como faturamento, renda, investimentos e recolhimento de fundos.

Volta-se para temas como acesso a mercados, acesso a meios de produção, acesso a formação profissional continuada e inovação.

Condições de trabalho Trata de questões como formalização do empreendimento, seguridade social (INSS), certificação social, jornada de trabalho e segurança/saúde no trabalho.

Autogestão/Economia solidária Inclui avaliações sobre processo decisório, liderança, transparência, divisão de atividades e articulação com outros atores e empreendimentos.

Responsabilidade ambiental Avalia o desempenho do empreendimento no tocante a certificação ambiental e prática de gestão de resíduos com base no princípio dos 3Rs (redução, reutilização e reciclagem).

12 I13

Educadores sociais do Consulado da Mulher, no Programa Mulher Empreendedora, ou uma rede de parceiros, no Programa Usinas do Trabalho, fazem o monitoramento contínuo da situação de cada empreendimento, ao longo do período de assessoria, que é de dois anos, em média. Os diagnósticos e indicadores de desenvolvimento de cada empreendimento são atualizados e compilados seis vezes por ano.


Valéria Pereira Tomaz empreendimento “Espaço Solidário”(Joinville)


efetividade

gerando o

14 I15

Trabalho e solidariedade

Números e depoimentos mostram a relevância dos impactos gerados pelo trabalho de mais de 1.851 pessoas em todo o Brasil

resultados

Consulado da Mulher monitora constantemente o andamento dos empreendimentos que assessora, consolidando resultados periodicamente. Em 2012 os programas Mulher Empreendedora e Usinas do Trabalho prestaram assessoria a 160 empreendimentos populares, que registraram um faturamento total de R$ 6,5 milhões, com destaque para os empreendimentos de alimentação, que tiveram uma renda média mensal de R$700, uma elevação de 160% em comparação aos valores de 2010. No mesmo ano, o número de pessoas gerando renda foi de 1.851, atingindo um total de 8.522 pessoas beneficiadas direta e indiretamente.

Em 2012 o faturamento anual dos empreendimentos assessorados (R$ milhões) mais uma vez superou o investimento da Consul nas ações do Consulado no ano (R$ ,6 milhões)

6,5

3

”O Consulado com certeza nos faz crescer mais a cada dia. Já participamos até de feiras e eventos”

Francisca Azevedo de Almeida, 44 anos, mãe de dois filhos, empreendedora do grupo Ponto de Ouro, de Manaus

Em 2012, os empreendimentos assessorados pelo Consulado beneficiaram pessoas

8.522


205

empreendimentos assessorados } 160 Distribuição por programa

Em 2012, o Consulado teve inserções na mídia brasileira, das quais

15 em noticiários jornalísticos de TV

pessoas gerando renda } 1.851 Distribuição por programa

593

100

Programa Usinas do Trabalho

Programa Mulher Empreendedora

60

Programa Mulher Empreendedora

1.258

Programa Usinas do Trabalho

Fonte: Consulado da Mulher – Números contabilizados até dezembro de 2012


16 I17

Em

10 anos de atuação, o

Consulado da Mulher beneficiou mais de pessoas.

23

pessoas gerando renda [6 empreendimentos]

887

pessoas gerando renda [84 empreendimentos]

alimentação

23

pessoas gerando renda [3 empreendimentos]

artesanato

22

pessoas gerando renda [1 empreendimento]

costura

pessoas gerando renda [2 empreendimentos]

reciclagem

23

ação do Consulado da Mulher } ADistribuição dos empreendimentos por tipo de serviço

imagem pessoal

Serviços e outros

32 mil

873 pessoas

gerando renda [64 empreendimentos] Fonte: Consulado da Mulher


Jacatirão Café e Arte: trabalho em rede no Centro de Joinville, em um negócio que mescla alimentação e artesanato.


Jacatirão Caf é e Arte

o

Jacatirão Café teve início quando empreendedoras do ramo de alimentação assumiram o desafio de reestruturar uma cafeteria que já existia no centro de Joinville (SC), ao lado de um dos hotéis mais antigos e conceituados da cidade. Durante a reforma, percebeu-se que havia espaço físico para uma ampliação do negócio. As empreendedoras e o Consulado da Mulher decidiram agregar à cafeteria o negócio de artesanato, em um espaço acolhedor e com uma única identidade visual. Em julho de 2011 o Jacatirão Café e Arte abriu suas portas. Marivande Mafra dos Santos é uma das artesãs que encontrou neste novo espaço uma nova oportuni-

18 I19

Gastronomia e artesanato em um só espaço

Com disciplina, organização e talento, o trabalho em rede revela sua força em Joinville

dade de gerar renda: depois que passou a comercializar no Jacatirão Café e Arte, ela produz mensalmente cerca de 40 bolsas de patchwork e 100 bonecas de pano, além de outros produtos sob encomenda, como almofadas, toalhas e chaveiros. A gestão do espaço é feita em conjunto, dividindo as tarefas e os horários de atendimento, não comprometendo, assim, a qualidade de vida das 17 empreendedoras beneficiadas diretamente pelo Jacatirão Café e Arte. Marivande salienta que isso se dá devido à importância de se trabalhar em rede. “Se fosse para cada artesã fazer individualmente, não seria possível. Não teríamos estrutura para pagar as despesas sozinhas e comercializar nossos produtos”, conta.

“Ter um espaço real de comercialização, no centro da Cidade, é a oportunidade que todos querem”

Jucelei Helena de Oliveira, do Jacatirão Café e Arte

Para Jucelei Helena de Oliveira, empreendedora do ramo de alimentação, trata-se da realização de um sonho: “Ter um espaço real de comercialização, com os desafios do cotidiano, no centro da cidade, é a oportunidade que todos querem”.A artesã faz questão de valorizar o apoio do Consulado da Mulher. “Nós temos experiência como artesãs e como culinaristas. Mas não temos conhecimentos administrativos. Por isso, a assessoria do Consulado é fundamental. ” Conforme ela explica, semanalmente tem uma educadora social do Consulado lá no Jacatirão, para dar orientações e auxiliar naquilo que for necessário. “O Consulado está sempre presente nos orientando nos desafios que surgem para conquistarmos a autonomia que desejamos”, explica Jucelei. O foco do grupo nesse momento é aumentar a visibilidade do espaço, fazendo do Jacatirão Café e Arte referência de diversidade de serviços, com qualidade e competência e, consequentemente, tornar o empreendimento autossustentável. “A loja é nova. Estamos trabalhando agora na divulgação do espaço para aumentar a renda de todas”, diz Marivande. Para começar, elas montaram um blog na internet (http://jacatiraocafearte.blogspot.com.br) e, com disposição, já preparam várias outras ações pela cidade.

Marivande: combinando a arte do artesanto com a arte da gastronomia


Rosilene, ex-empregada doméstica e babá: “descobri o que realmente gosto de fazer”


Imagem Pessoal

a

20I21

Organização e melhor autoestima s empreendedoras do grupo Imagem Pessoal, que atuam como manicuras, cabeleireiras, massoterapeutas e depiladoras em Manaus (AM), formam um núcleo composto por 22 mulheres autônomas. Motivadas pela necessidade de trabalho e geração de renda e pelo desejo de crescer profissionalmente e conquistar independência financeira, elas fazem reuniões mensais com o Consulado para tirar dúvidas e definir melhorias. O grupo tem como objetivo conseguir um espaço que viabilize o trabalho conjunto de todas as

Mulheres de Manaus transformam o desejo de prosperar em realidade

empreendedoras, que hoje prestam serviços em locais separados. O grupo é assessorado pelo Consulado de Mulher desde meados de 2011. “Temos total apoio do Consulado. Por intermédio deles pude fazer cursos de qualificação, e hoje vivo bem graças à ajuda da equipe. O Consulado me incentivou a buscar cada vez mais realizações”, relata Maria Rosilene Silva dos Santos, uma das empreendedoras. Rose, como é conhecida, trabalhou durante 15 anos como empregada doméstica e babá. Em 2006, ela fez um curso de massoterapia, e se encontrou profissionalmente: “descobri o que realmente gosto de fazer”. Segundo ela, a assessoria do Consulado possibilitou a melhora de sua autoestima e contribuiu muito na gestão financeira do negócio. O trabalho em rede possibilitou a compra de materiais por um preço mais baixo. “Hoje consigo ver a cor do meu dinheiro”, afirma.

Rosenilda Lira da Silva

” Nós sonhávamos, mas sinceramente não esperávamos conseguir realizar. Estamos conseguindo, com qualificação, conhecimento e solidariedade entre o grupo.”

Maria Rosilene Silva dos Santos, do grupo Imagem Pessoal, de Manaus

Em agosto de 2011, Rose conseguiu um aporte financeiro do Consulado que viabilizou a participação dela no Congresso Internacional de Estética, em São Paulo. “Nós sonhávamos, mas sinceramente não esperávamos conseguir realizar. Estamos conseguindo, com qualificação, conhecimento e solidariedade entre o grupo.”


Empreendedoras do NĂşcleo de Mulheres Processadoras de Pescado, de SĂŁo Francisco do Sul (SC)


Mulheres Pescadoras

L

ocalizado na cidade de São Francisco do Sul (SC), o Núcleo de Mulheres Processadoras de Pescado, pertencente à Associação de Mulheres Pescadoras do Iperoba (Amupi), iniciou suas atividades em 2009 fazendo apenas artesanato. O projeto cresceu e ampliou suas atividades para a pesca e o seu beneficiamento. A história dessas nove mulheres mostra que a força de vontade pode superar todas as dificuldades. Em junho de 2011, elas alugaram uma casa para trabalhar e organizaram o trabalho: parte do grupo coleta a matéria-prima e as demais descascam e pesam. São elas que vão pescar com suas bateras – pequenos barcos de pesca –, armando suas redes e entrando nos manguezais em busca dos melhores produtos. Enfrentar as dificuldades no mar não é problema. A adequação do espaço de produção, único encontrado na região para tornar possível o início do empreendimento de maneira mais profissional, é o principal foco de empreendimento, que agora planeja fazer melhorias para atender exigências da Vigilância Sanitária. Segundo uma das empreendedoras, Aglair da Conceição Schmitz, o aluguel ainda é o maior custo – consome grande parte da receita obtida. Mesmo assim, cada uma das nove participantes já garante uma renda média de R$ 300,00 por mês. Quatro delas já contribuem para a Previdência Social (INSS).

“O Consulado ajudou a nossa organização e nos capacitou para cuidar de todos os aspectos do negócio.”

Aglair da Conceição Schmitz, empreendedora do Núcleo de Mulheres Processadoras de Pescado

Assessoradas pelo Programa Usinas do Trabalho do Consulado da Mulher, o Núcleo de Mulheres Processadoras de Pescado conta com o apoio presencial da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). Lena Maria da Rosa de Souza, extensionista da entidade, diz que a contribuição do Consulado foi importante principalmente pela metodologia de trabalho proposta, “que contribuiu para o amadurecimento do grupo”. “O Consulado ajudou a nossa organização e nos capacitou para cuidar de todos os aspectos do negócio. Isso ajudou bastante”, opina Aglair. Como forma de incentivo à ampliação da produção e, consequentemente, do potencial de geração de renda, o Consulado doou eletrodomésticos como refrigerador, freezer vertical e horizontal, fogões, micro-ondas, depuradores, condicionador de ar e lavadora. O principal gerador de renda do grupo é o molusco conhecido como berbigão, semelhante ao vôngoli. A venda é feita para um cliente da cidade de Tubarão (SC), que adquire cerca de 70 quilos por mês. Essa dependência do berbigão as deixa vulneráveis a fatores climáticos, principalmente. A rápida adequação da casa é fundamental para que os demais produtos beneficiados por elas – camarão descascado, filé de peixe, casquinha de siri, entre outros – sejam mais bem explorados. Por isso, o grupo trabalha a possibilidade de incluir algum pescado na merenda escolar do município.

22I23

O sustento que vem do mar Mulheres pescadoras mostram que a força de vontade supera barreiras


Francisca confecciona roupas íntimas e descobre novos valores com a economia solidária, entre os quais a prática de preços justos para suas mercadorias


Ponto de Ouro

u

24 I25

Emancipação e autoestima ma máquina de costura era tudo que tinham em 2000, quando começaram. Mas as mulheres do grupo Ponto de Ouro, de Manaus, nunca se deixaram abater. A vontade de trabalhar e de prosperar sempre foi maior do que qualquer dificuldade. O grupo encontrava-se todas as tardes no espaço cedido por uma igreja da cidade e revezava-se para confeccionar peças íntimas femininas e masculinas, como calcinhas, sutiãs, cuecas, pijamas e baby dolls, entre outras. Em 2004, uma pessoa da igreja onde atuavam fez um projeto para o Centro de Desenvolvimento Humano (CDH) e conseguiu mais máquinas para o grupo, que pôde ampliar a sua produção de forma significativa. Em 2007, a chegada do Consulado da Mulher a Manaus permitiu que as mulheres adotassem várias melhorias em seu trabalho. “A economia solidária nos mostrou uma nova realidade, apresentou também

Grupo de costureiras de Manaus começa do zero, conquista independência financeira e saboreia o prazer da vitória

como vender as nossas peças com um preço justo. O Consulado com certeza nos faz crescer mais a cada dia. Já participamos até de feiras e eventos”, conta Francisca Azevedo de Almeida, empreendedora, 44 anos, mãe de dois filhos.

” As mulheres do Ponto de Ouro dependiam da renda dos maridos.

Agora já podem andar com as próprias pernas, comprar suas coisas e ajudar com as despesas de casa”

Francisca Azevedo de Almeida, 48 anos, mãe de dois filhos, empreendedora do grupo Ponto de Ouro, de Manaus

“As mulheres do Ponto de Ouro dependiam da renda dos maridos. Agora já podem andar com as próprias pernas, comprar suas coisas e ajudar com as despesas de casa”, explica Francisca. O trabalho fora de casa também trouxe autoestima para o grupo, que se fortaleceu e se emancipou. “Uma de nós também teve um marido que perdeu o emprego e ela sustentou a casa sozinha. Falou para ele: ‘Não vamos passar necessidades’ e, realmente, não passaram graças ao trabalho dela.” “Hoje já temos um fluxo constante de produção e venda. Muita gente do bairro compra de nós”, diz Francisca. Mas seus planos são de crescimento. “Queremos vender as peças íntimas que produzimos nas lojas da cidade e quem sabe até exportar. Esse é nosso sonho e tenho certeza que um dia será realidade. Estamos trabalhando para atingir esse objetivo junto com o Consulado.”


mom omo m mo mom m m om om m mom om om o mo momom omo mo momom omo mom om om om om om

Empreendedoras do grupo Parada das Delícias, que gerencia o Espaço Solidário de São Paulo


Espaço Solidário 26I27

Pausa para a

solidariedade m

antido dentro das Unidades da Whirlpool Latin America, o Espaço Solidário funciona como uma lanchonete na qual os funcionários da empresa podem tomar café da manhã, almoçar ou fazer uma pausa para um cafezinho, descontraindo da rotina do trabalho, em companhia de colegas. O modelo pode ser replicado por empresas interessadas em investir no empreendedorismo feminino e na responsabilidade social. Uma das quatro lanchonetes do gênero funciona na Unidade São Paulo, sob gerenciamento

Lanchonetes solidárias funcionam dentro das unidades da Whirlpool

do grupo Parada das Delícias. O espaço, instalado de acordo com as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é ocupado por seis empreendedores – cinco mulheres e um homem –, que gerenciam o empreendimento levando em consideração quesitos como capacidade produtiva, atendimento ao cliente, gestão financeira, controle de estoque e precificação dos produtos.

“A equipe do Consulado nos orienta muito.

Quando temos problemas, levamos pra eles, que mostram as opções para o grupo e nos ajudam nas decisões.”

Marceni Franco Fernandes, empreendedora do grupo Parada das Delícias

Os participantes perceberam que poderiam compartilhar esse aprendizado com outros grupos de alimentação da região. Convidaram, então, as duas empreendedoras do grupo Sabor Solidário, que antes fornecia salgados para o Espaço Solidário, para integrar o projeto. Além de enxergar a importância de multiplicar as oportunidades, a empreendedora Marceni Franco Fernandes, de 50 anos, demonstra ter visão de negócio: “A gente quer ampliar para ganhar mais”, diz. Um dos planos, segundo ela, é retomar a estratégia de passar pela empresa com o Carrinho Solidário, que possibilita o serviço de lanches naturais, saladas de fruta, sucos e água em todos os andares da companhia. O Parada das Delícias não paga aluguel, água ou luz. O ganho líquido mensal é dividido entre o grupo de acordo com o número de horas trabalhadas. Marceni obtém, em média, uma retirada mensal de R$ 800. Mãe de três filhos e com o marido aposentado, ela passou a complementar o orçamento familiar, e se orgulha disso.

CARRINHO SOLIDÁRIO é outra forma de comercialização de produtos, proporcionando comodidade para o colaborador que não pode se deslocar até o Espaço Solidário ou àqueles não tenham um Espaço Solidário na unidade. O modelo pode ser replicado em outras empresas.


Iolinda (Ă esquerda) e Maria das Dores, empreendedoras do grupo Meninas do PĂŁo, de Rio Claro (SP)


Meninas do Pão

L

28I29

Mais um sonho que sai do forno ocalizado em Rio Claro (SP), o empreendimento Meninas do Pão, gerenciado por Maria das Dores Ferreira Alves e Iolinda Aparecida Antonelli Lopes, produz deliciosos pães caseiros – do tipo comum, com farinha integral ou com ervas – e roscas doces, em um espaço de produção instalado na casa de Iolinda. As empreendedoras possuem um ótimo entrosamento e, com a assessoria do Consulado da Mulher, outros pontos importantes foram trabalhados: aprenderam a dividir as tarefas de forma equilibrada – Maria das Dores realiza a maior parte das entregas, enquanto Iolinda recebe as encomendas e faz os contatos com os clientes. Também passaram a usar a quantidade certa de matéria-prima para não haver desperdício nas receitas diárias. “Aprendemos a planejar as coisas graças às reuniões realizadas com o Consulado da

Pães caseiros e roscas doces feitos e entregues com amor e arte em Rio Claro

Mulher. Aprendemos também a trabalhar sozinhas, sem depender do auxílio dos outros”, conta Iolinda. As capacitações têm sido feitas de acordo com a necessidade, seja em precificação, gestão ou qualquer outro assunto. “A assessoria do Consulado da Mulher é muito importante. Estão sempre presentes e à disposição”, confirma a empreendedora. De acordo com Iolinda, um aprendizado dos mais relevantes foi fazer um fundo de reserva para compras. “Isso tem ajudado bastante no nosso planejamento.”

“Aprendemos a planejar as coisas graças às reuniões realizadas com

o Consulado da Mulher. Aprendemos também a trabalhar sozinhas, sem depender do auxílio dos outros.”

Iolinda Aparecida Antonelli Lopes, do empreendimento Meninas do Pão

Elas também participam de feiras e eventos, nos quais o volume de vendas é bem maior. Com o aumento constante da demanda, estão se organizando para ampliar a produção e a comercialização: o objetivo do plano de ação, estruturado na assessoria, é expandir a área de atuação do grupo, preparando-as para oferecer serviços de coffee break para empresas e eventos. As duas empreendedoras são aposentadas e o rendimento funciona como um complemento do orçamento mensal. Com seis netos, Iolinda até conseguiu ajudar um deles, financiando os estudos na Faculdade de Agronomia. Ela conta orgulhosa que, agora, está pagando a formatura de outra neta com sua própria renda. Sua sócia Maria das Dores não fica atrás: conseguiu até fazer uma viagem de férias no último ano com as economias de seus próprios rendimentos.


Integrantes da Cooperativa Nova Esperanรงa: renda triplicada


Cooperativa Nova Esperança

i

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Transformando lixo em dinheiro nstalados em um galpão cedido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), no Jardim Matarazzo, zona leste da cidade de São Paulo, a Cooperativa Nova Esperança trabalha com a coleta e a triagem de materiais recicláveis desde 2007. A assessoria do Consulado da Mulher teve início em fevereiro de 2011 e, em pouco tempo, o resultado já foi percebido pelos empreendedores beneficiados: o grupo formado por 20 mulheres e seis homens triplicou a coleta de material reciclável, passando de 10 toneladas por mês para cerca de 30 toneladas mensais. A renda média de cada cooperado também triplicou, passando de R$ 150,00 para R$ 455,00.

Cooperativa paulistana amplia renda com coleta e triagem de recicláveis

Medianeira Ana da Conceição, de 26 anos, é a tesoureira da cooperativa desde abril do ano passado. “Media” – como carinhosamente é chamada pelo grupo – mantém sua família com a renda que gera na cooperativa. Trabalho e determinação permitiram que ela recentemente adquirisse uma nova moradia e levasse consigo seus três filhos.

”As cooperadas que sabiam mexer com dinheiro saíram.

Com a assessoria do Consulado, conseguimos nos reorganizar.” Medianeira Ana da Conceição, tesoureira da Cooperativa Nova Esperança

De acordo com Medianeira, a assessoria do Consulado também ajudou na organização da parte administrativa. “Nosso grupo passou por uma reestruturação e as cooperadas que sabiam mexer com dinheiro saíram. Com a assessoria do Consulado, conseguimos organizar melhor os documentos, o dinheiro e o grupo como um todo”, diz Medianeira. Outro avanço importante se deu na segurança do trabalho dos cooperados: eles perceberam a importância do uso de equipamentos de pro­­teção individual e receberam máscaras e protetores auriculares, doados pelo Consulado, para proteção contra poeira e ruídos. Atualmente, o grupo está estruturado e já possui até CNPJ. A intenção é expandir o trabalho e captar cada vez mais material reciclável, para que a Nova Esperança siga sua trajetória ascendente e represente, de fato, uma ponte para o sucesso e a prosperidade do grupo.


Vasti e D茅borah: da completa informalidade ao requinte de um plano de neg贸cios


Empreendimento Bazart

e

specializado na produção de artesanato, principalmente com tecidos e pedraria, o Bazart é um empreendimento familiar formado por Vasti Stivanelli e sua filha Déborah Regina Stivanelli. Desde 2008, quando iniciada a assessoria do Consulado da Mulher, até hoje, o Bazart tem passado por adequações em suas atividades. Embora a renda gerada pelo ateliê ainda não seja suficiente para a autonomia financeira das participantes, o empreendimento tem um plano de negócios consistente, fruto de muito estudo e planejamento.

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Planejamento premiado

Assessoria transforma a organização de empreendimento de artesanato de Rio Claro

Esse plano de negócios foi até premiado – entre 95 concorrentes – pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-SP), no curso Empreendedorismo de Pequenos Negócios, com o primeiro lugar. Como parte da premiação, elas captaram R$ 6 mil. O dinheiro as ajudou a adquirir o maquinário necessário para aumentar a produtividade e comercialização dos produtos. Foram comprados um notebook, matérias-primas que faltavam e outras ferramentas de trabalho.

“Não tínhamos registro sobre as atividades nem muito

planejamento. Atualmente, temos planos para o futuro.” Déborah Regina Stivanelli, empreendedora do Bazart

Segundo Déborah, o acompanhamento do Consulado possibilitou a participação em diversas capacitações que ajudaram a organizar o ateliê como um negócio e transformar sonho em realidade. A assessoria tornou possível a mudança do ateliê para um espaço adequado, que foi cedido por um familiar em 2011. “O Consulado está fazendo doações que estão nos ajudando na organização do espaço, na manutenção do dia a dia e na própria sobrevivência do ateliê”, afirma Déborah. Antes da parceria, ela e a mãe trabalhavam totalmente na informalidade. “Não tínhamos registros sobre as atividades nem muito planejamento. As coisas simplesmente aconteciam e os serviços iam sendo prestados. Atualmente, o ateliê já possui vários registros e controles, o que nos permite fazer planos para o futuro”, acrescenta. Com a organização e o controle que têm sido feitos, o empreendimento evoluiu e já foi possível perceber novas necessidades para poder atender à demanda existente. “O que podemos perceber é que o plano de negócios feito em 2009 já precisou ser revisto e novamente está sendo revisado para direcionamento de novos objetivos”, diz Déborah. Entre as metas para 2012, ela destaca aumentar a produção de itens artesanais já desenvolvidos, dar maior atenção ao site de vendas do ateliê (www.bazart.elo7.com.br), reduzir a prestação de serviços na área de costura sob medida e chegar ao final do ano com uma renda mínima fixa para cada uma.


administração

Conheça nosso modelo de

governança r

econhecido como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

jamento estratégico trienal e o relatório anual

(Oscip), o Instituto Consulado da Mulher tem sede em São Paulo e uni-

de atividades do Consulado. Estes documentos

dades nas cidades onde estão situadas as fábricas da Whirlpool Latin

são remetidos à Assembléia Geral pelo Conselho

America: Manaus, Rio Claro, São Paulo e Joinville. Sua principal fonte de

Gestor, responsável pelo direcionamento da en-

receita são doações feitas pela Consul, mas o estatuto da entidade per-

tidade e definição de diretrizes de gestão. Com

mite que contribuições financeiras sejam feitas também por terceiros,

membros escolhidos pela Assembléia Geral, o

desde fundadores e associados efetivos, até apoiadores eventuais ou

Conselho Gestor reúne-se a cada três meses.

honorários.

O Conselho Fiscal, também eleito pela Assem-

Os principais financiadores do Consulado formam seu órgão máximo

bléia Geral, é um órgão de assessoramento do

de administração, a Assembléia Geral. Esta se reúne ordinariamente uma

Conselho Gestor e tem a missão de auxiliar e fis-

vez ao ano, tendo como pauta o plano anual de atividades, o plane-

calizar a administração da entidade, zelando por seu equilíbrio financeiro.

}

A gestão estratégica, administrativa e opera-

Instâncias de Administração do Consulado da Mulher

cional é feita pela Diretoria Executiva, composta por profissionais recrutados no mercado. Com o apoio de profissionais e de voluntários, a Diretoria

Assembléia Geral

Executiva elabora o planejamento estratégico trienal, plano anual de atividades

Conselho Fiscal

Conselho Gestor

e o orçamento; gerencia as atividades estratégicas, administrativas e operacio-

Diretoria Executiva

nais; e elabora os relatórios trimestral e anual de atividades. Tem também a obrigação de indicar formas de captação de recursos ao Conselho Gestor.


Quem faz o Consulado da Mulher

Nossos Parceiros

Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira (Apaeb) Associação de Formação Lua Crescente Associação de Mulheres Pescadoras do Iperoba (Amupi) Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Marumbi Associação de Pescadores do Pontal (Apesp) Associação de Produtores do Projeto Assentamento Pasto do Planalto (Appapp) Associação dos Agricultores Familiares de Lagoa Redonda Associação dos Amigos e Moradores do Bairro Santos Reis (Amoras) Associação dos Apicultores do Município de Salgado de São Felix Associação dos Artesãos de Palmópolis Associação dos Produtores de Mandioca do Território da Borborema Associação Lua Nova Associação Mulheres do Assentamento Juncal (Amaju) Associação para o Desenvolvimento da Agricultura Familiar do Alto Xingu Associação Regional da Escola Família Agrícola do Sertão Associação Saúde Criança Reconquistar Associação Sol Nascente Broto Brasilis – Associação para o Ecodesenvolvimento Cáritas Central de Desenvolvimento das Associações de Araci-BA (CDA) Centro Comunitário de Pescadores e Agricultores da Localidade da Várzea (Cecov) Comissão Ecumênica dos Direitos da Terra (Cediter) Congregação das Irmãs da Caridade Dominicanas da Apresentação Conselho de Desenvolvimento Comunitário do Riachão Conselho de Integração Social Cooperativa da Rede de Produtoras da Bahia (Cooperede) Cooperativa de Agricultores Familiares Agroextrativistas de Água Boa (Cooaab) Cooperativa de Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc) Cooperativa de Produção Comercialização e Serviços Pe. Leopoldo Garcia Garcia (Cooperagil) Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Reforma Agrária de Viamão (Cooperav) Ethos – Assessoria Consultoria e Capacitação em Desenvolvimento Local Sustentável Fundação Brasil Cidadão para Educação, Cultura e Tecnologia (FBC) Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) Fundação Santo André Lar Fabiano de Cristo Movimento de Organização Comunitária (Moc) ONG Espaço Cidadania Prefeitura Municipal de Arapiraca Prefeitura Municipal de Colider Prefeitura Municipal de Osasco Rede Bragantina Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (Sasop) Sindicato dos Trabalhadores Rurais de José de Freitas-PI União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado da Bahia (Unicafes) Unisol Brasil

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Institucionais 107 ArteDesign Arrivati Imp. de Equip. de Informática Ltda ME Associação Nacional das Lavanderias do Brasil (Anel) Conselho Gestor Associação Padre Leo Comissari Centro Educacional da Fundação Salvador Arena Presidente: Nathalie Tessier Cromex Vice-presidente: Antônio Francisco L. Rezende Scriba Comunicação Corporativa Conselheiros: Sérgio Ausgusto F. Leme e Tecnocomp Tecnologia e Serviços Ltda. Armando E. Valle Júnior Terracotta Design Unilever Conselho Fiscal: Joinville Lucianna Raffaini C. Costa, Associação Comercial e Industrial de Joinville – Núcleo de Mulheres Empreendedoras (Acij) Joana P. Lopes e Ana Passoni Fundação Cultural de Joinville Fundação Municipal Albano Schmidt (Fundamas) Diretoria Executiva Secretaria de Assistência Social de Joinville Leda Böger Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae ) Gestão e Coordenação Universidade da Região de Joinville (Univille) Ângela Lothammer, Christiano Basile, Manaus Daniele Cavichio, Elen Camargo, Fundação Amazonas Sustentável (FAS) Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Érica Zanotti, Gielyzandra Cruz, Kelly Silva e Desenvolvimento Sustentável (SDS) Paulo Dalfovo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Manaus (Sebrae) Assessoria Técnica Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) Adriano Santos, Aldaci Souza, Alessandro de Sócio Educacional Dom Adalberto Marzi (Sedam) Carvalho, Cleide Gasparin, Daniella Marchese, Rio Claro Darcilene Maciel de Araujo Monteiro, Eliazibe Centro Público de Economia Solidaria de Rio Claro Fundo Social de Solidariedade de Rio Claro Pereira, Fernanda de Assunção, Julia Asche, Prefeitura Municipal de Rio Claro Juliana Durães, Khin Stefanie Silva Borges, Louise São Paulo Assumpção, Rita Zanfelici e Rosangela Canônica Associação de Mulheres de Paraisópolis Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Administrativo, Financeiro e Recursos Humanos Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) Amanda Regina da Silva Tobias, Fundação Salvador Arena Jacqueline Rodrigues Ribeiro, Incubadora Pública de Diadema Incubadora Tecnológica de Cooperativas Janeide Laureano e Neila Nascimento Populares da Fundação Getulio Vargas (ITCP-FGV) Prefeitura Municipal de Guarujá Comunicação SOS Represa Guarapiranga Kelly Fusteros e Nathalia Marangoni Usinas do Trabalho Aliança Empreendedora Arco Sertão Bahia Assessoria e Planejamento para o Desenvolvimento (Asplande) Associação Banco Regional Ambiental Solidário (Abrasol) Associação Comitê Elos da Cidadania dos Funcionários do Banco do Brasil e Amigos Associação Comunitária da Fazenda Barreira do Tubarão Associação Comunitária dos Amigos do Centro São João de Deus Associação da Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú Associação das Mulheres Artesãs (Artscariri) Associação das Mulheres do Rio Vermelho (Amurv) Associação das Mulheres Lavradoras Unidas do Povoado Lagoa da Baixa Associação de Amigos e Moradores do Bairro Eldorado de Montes Claros


www.consuladodamulher.org.br www.twitter.com/CONSULado www.youtube.com/consuladomulher

São Paulo

Manaus

Rio Claro

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Rua Olympia Semeraro, 675 CEP 04183-090 – Jd. Santa Emília – São Paulo (SP) Tel. (11) 3566-1665

Rua Torquato Tapajós, 7.500 CEP 69048-660 – Bairro Colônia Terra Nova – Manaus (AM) Tel. (92) 3301-8550

Avenida 80 A, número 777 Distrito Industrial CEP 13.506-095 – Rio Claro (SP) Tel: (019) 2111-9495

Rua Dona Francisca, 7.173 Zona Industrial Norte CEP 89219-600 – Joinville (SC) Tel. (47) 3433-3773


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