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a revolução do bloCkChain

A principal tendência para o próximo ano é a adoção de blockchain. De acordo com a lista das previsões de TI para 2018 da Dimension Data, a tecnologia por trás da moeda virtual bitcoin tem grande potencial de transformar o mundo financeiro, de negócios e a sociedade por meio de uma variedade de aplicações. E por isto será destaque em 2018. Para o líder de tecnologia da multinacional, Ettienne Reinecke, o blockchain tem se tornado cada vez mais bem-sucedido, principalmente, com o setor de serviços financeiros de mercados de capital dos Estados Unidos e europeus migrando para plataformas de blockchain, e ações similares acontecendo em mercados como o Japão.

De acordo com o Gartner, até o final de 2020, o setor bancário obterá US$ 1 bilhão em valor comercial a partir do uso de criptomoeda baseada em blockchain. O valor combinado atual das criptomoedas em circulação em todo o mundo é de US$ 155 bilhões, e essa quantia vem aumentando à medida que os tokens continuam a proliferar e o interesse do mercado cresce.

O especialista da Dimension Data usa o resgate pedido por cibercriminosos responsáveis pelo recente ataque de ransomware WannaCry, que demandaram pagamentos em bitcoin, para ilustrar como os cibercriminosos estão confiantes de que a criptomoeda provê um mecanismo seguro, indicando o nível de segurança da abordagem de banco de dados distribuídos. Para Reinecke, o blockchain tem o potencial de reconstruir a cibersegurança, mas a indústria ainda precisa chegar a um acordo com a tecnologia.

Esse conjunto único de tecnologias cria padrões virtuosos de crescimento, permitindo que o executivo lide com um ambiente em que as ondas disruptivas se acumulem, exponencialmente. Mike Harris, vice-presidente sênior de Pesquisas do Gartner, destaca que a IA será fundamental para resolver os desafios de segurança digital e em IoT. “Será uma defesa essencial, criando continuamente risco adaptativo e respostas de confiança. Então, priorize seu investimento em IA, começando no topo de sua organização com líderes capacitados”, ressalta Harris.

De acordo com Harris, cerca de 10% dos CIOs já estão usando IA no processo de recrutamento e gerenciamento de talentos. Isso irá ajudá-los a encontrar pessoas e a desenvolver seus colaboradores. A inovação, segundo ele, possibilita combinar as melhores capacidades das pessoas com as melhores capacidades dos sistemas de aprendizado de máquina.

O Gartner defende que o sucesso no mundo digital não é apenas para gigantes multinacionais ou os atuais líderes da indústria, mas para todas as empresas, grandes, médias ou pequenas, públicas ou privadas, que consigam estabelecer um foco estratégico, engajar toda a organização no projeto e usar as ferramentas certas.

Segundo a consultoria, no processo de transformação di- gital, as empresas podem contar com três aceleradores: a destreza digital; as tecnologias de efeito de rede; e a industrialização da plataforma digital, ou seja, fazer com que ela seja integrada e coordenada, permitindo adicionar ou interromper dinamicamente os jogadores ou mudar a relação entre eles.

Para Hung LeHong, vice-presidente & parceiro do Gartner, a beleza da plataforma digital industrializada é o fato de ela permitir criar valor em todas as direções em escala: para cima, para dentro e para fora. “A criação de valor costumava ser unidirecional, da organização aos clientes. Agora, ela pode escalar em todas as direções, de qualquer pessoa, em qualquer lugar, para qualquer um, em qualquer lugar”, diz.

Chave do suCesso

O êxito da transformação digital é analógico: são as pessoas as principais responsáveis pelo sucesso da estratégia da empresa nessa jornada. Se os funcionários não estiverem engajados, todo o projeto de mudança da companhia fica em risco, por melhor que esteja desenhado. Cassio Dreyfuss, vice-presidente de Pesquisa do Gartner, destaca que a transformação digital não é – ou não deve ser – de tecnologia e nem da área de TI, mas sim uma mudança que começa com a transformação das pessoas. Segundo ele, sem isto, as companhias não conseguirão atingir o objetivo.

Dreyfuss reconhece que, atualmente, as funções nas organizações já não são mais fechadas com pessoas especializadas. “Hoje temos um crescimento forte, de cerca de 60%, de busca por habilidade e conhecimento fora da TI para diversas funções, com a participação, em outras áreas, de pessoas que não são do ramo, mas conhecem tecnologia”, explica. Dentro desse contexto, é fundamental para o CIO criar uma cultura de destreza digital, ou seja, enfatizar que não se trata de dominar o conhecimento de determinada linguagem ou software, mas de tirar partido da tecnologia para executar as atividades.

A destreza digital é um novo design organizacional e uma mistura de talentos para um ambiente de trabalho diferente, um local de trabalho digital de alto desempenho. As organizações devem mudar internamente para mudar externamente,

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