RELATร RIOS DE VIAGENS
Alunos das turmas A, B, C e D do 8ยบ ano
Relatórios de Viagens
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MONTENEGRO
RELATÓRIOS DE VIAGENS
NARRATIVAS HISTÓRICAS DE ALUNOS 8ºA, B, C e D Montenegro, Dezembro de 2013 Professoras Cristina Barcoso Lourenço e Elisa Cardoso
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Índice INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................................. 4 VIAGEM Nº 1 - À DESCOBERTA DA MADEIRA ............................................................................................................................ 6 CAPÍTULO 1 – Viagem do Capitão Afonso Rodrigues, 8ºA .................................................................................................... 7 CAPÍTULO 2 – Viagem do Capitão Rui Fonseca, 8ºB ............................................................................................................. 8 CAPÍTULO 3 – Viagem do Capitão Diogo Rosário, 8ºD........................................................................................................ 11 VIAGEM Nº 2 - À DESCOBERTA DOS AÇORES .......................................................................................................................... 12 CAPÍTULO 4 – Viagem do Capitão Andrian Bilinskyy, 8ºA................................................................................................... 13 CAPÍTULO 5 – Viagem da Capitã Leonor Mendes, 8ºB ....................................................................................................... 14 CAPÍTULO 6 – Viagem do Capitão Rafael Santos, 8ºD ........................................................................................................ 18 VIAGEM Nº 3 – DOBRAGEM DO CABO BOJADOR.................................................................................................................... 19 CAPÍTULO 7 – Viagem da Capitã Vaykene Carreira, 8ºA ..................................................................................................... 20 CAPÍTULO 8 – Viagem do Capitão Daniel Sousa, 8ºB.......................................................................................................... 21 CAPÍTULO 9 – Viagem da Capitã Rita Dias, 8ºC................................................................................................................... 23 CAPÍTULO 10 – Viagem do Capitão Flávio Araújo, 8ºD ....................................................................................................... 24 VIAGEM Nº 4 - À DESCOBERTA DO CABO DA BOA ESPERANÇA .............................................................................................. 25 CAPÍTULO 11 – Viagem da Capitã Raquel Santos, 8ºA........................................................................................................ 26 CAPÍTULO 12 – Viagem da Capitã Magda Lourenço, 8ºB ................................................................................................... 27 CAPÍTULO 13 – Viagem da Capitã Inês Ramos, 8ºD ............................................................................................................ 29 VIAGEM Nº 5 - À DESCOBERTA DO CAMINHO MARÍTIMO PARA A ÍNDIA .............................................................................. 33 CAPÍTULO 14 – Viagem do Capitão Pedro Bandarra, 8ºA ................................................................................................... 34 CAPÍTULO 15 – Viagem da Capitã Inês Margarido, 8ºB ...................................................................................................... 37 CAPÍTULO 16 – Viagem do Capitão Daniel Oliveira, 8ºC ..................................................................................................... 39 CAPÍTULO 17 – Viagem do Capitão Tomás Rodrigues, 8ºD ................................................................................................ 40 VIAGEM Nº 6 - À DESCOBERTA DO BRASIL .............................................................................................................................. 41 CAPÍTULO 18 – Viagem da Capitã Raquel Travia, 8ºA......................................................................................................... 42 CAPÍTULO 19 – Viagem do Capitão Vasco Pearson, 8ºB ..................................................................................................... 45 CAPÍTULO 20 – Viagem da Capitã Inês Silva, 8ºD ............................................................................................................... 48
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INTRODUÇÃO
Uma educação histórica não se resume, pois, à acumulação de conhecimentos sobre o passado, mas ao desenvolvimento da sua compreensão1.
Como ensinar a História de modo a envolver os alunos e a permitir que se concretize uma aprendizagem que para os alunos seja significativa? Como construir o conhecimento histórico de modo a que exista uma participação efetiva dos alunos? Ao longo da minha experiência enquanto professora de História considero que os alunos aprendem melhor e desenvolvem interesse pela História quando lhes são colocados desafios e problemas que terão de resolver relativos a épocas históricas concretas. Entendo que quando o aluno se coloca no papel de atores da História e tenta ver, pensar e agir de acordo com a mentalidade de outras épocas históricas, desenvolve um conhecimento mais profundo e duradouro. Neste pressuposto desenvolvi no presente ano letivo, com as professoras Elisa Cardoso, minha colega de grupo, e Carla Faustino (Agrupamento de Escolas João de Deus), um projeto de investigação destinado aos alunos do 8º ano e designado “Vão Descobrir”, integrado no conteúdo programático “Expansionismo Europeu”. Este projeto desenvolveu-se em três fases: 1ª fase Escolha de um capitão de uma viagem a realizar relativa a uma das seguintes etapas dos Descobrimentos Portugueses: (Re) Descoberta da Madeira, (Re) Descoberta dos Açores, Dobragem do Cabo Bojador; Dobragem do Cabo da Boa Esperança; Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia e descoberta do Brasil. Cada capitão teve de escolher a sua tripulação (colegas de grupo). Após composta a tripulação foi entregue um guião do trabalho onde os alunos teriam de equacionar todos os preparativos necessários para a realização da viagem (escolha de um patrocinador, do tipo de embarcação, instrumentos náuticos, mantimentos, definição da rota a seguir…) e assinalar a viagem descoberta no mapa de Ptolomeu usado pelos nossos navegadores quatrocentistas.
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BARBOSA, A.; GONÇALVES, C.; MACHADO, E.; OLIVEIRA, E. O trabalho infantil no século XIX: uma visão de alunos. In: MELO, M. do C.; LOPES, J. M. (Org.). Narrativas Históricas e Ficcionais: recepção e produção para professores e alunos. Minho: Universidade do Minho, 2004.
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2ª fase Construção de uma narrativa histórica. Cada capitão enviou ao patrocinador da viagem um relatório sobre os preparativos da mesma, a descrição da viagem e do local descoberto e proposta que o rei de Portugal deveria fazer com a terra ou rota descoberta. 3ª fase Os alunos, em conjunto com as suas famílias, foram convidados a apresentar de forma plástica os produtos económicos explorados ou introduzidos pelos portugueses nas regiões descobertas. Desta fase resultou um conjunto de trabalhos que foram expostos na Biblioteca Escolar e que serão apresentados nos estabelecimentos comerciais da freguesia do Montenegro, num projeto de promoção das atividades dos alunos junto da comunidade.
Este livro digital apresenta as narrativas históricas produzidas pelos alunos, bem como imagens dos trabalhos plásticos produzidos. O seu grande objetivo é divulgar junto dos pais e encarregados de educação e comunidade cibernauta os trabalhos escolares, contribuindo para a valorização do que é feito no espaço escolar.
ESPECIARIAS DA ÍNDIA - FEIRA DOS DESCOBRIMENTOS
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VIAGEM Nº 1 - À DESCOBERTA DA MADEIRA
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CAPÍTULO 1 – VIAGEM DO CAPITÃO AFONSO RODRIGUES, 8ºA Tripulação: Capitão: Afonso Rodrigues Mestre: Leandro Pereira
1419 - Descoberta da Madeira Partida: 1 de outubro de 1419 às 10 horas Chegada: 13 de Janeiro de 1420 Tripulação: Barca “Os Descobridores” Instrumentos de orientação utilizados na viagem: bússola, quadrante, astrolábio, balestilha e o mapamundo de Ptolomeu. Mantimentos: Barris de água potável, sacos de pão, pipas de vinho, cestos de fruta, ovelhas, porcos, cavalos, armam, mantas e tendas. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Levantámos as âncoras e rumámos para sul. Era de manhã e o sol estava muito quente e nós estávamos à espera de ter bom tempo para que não fossemos empurrados para as rochas. O tempo parecia agradável para navegar sem seremos apanhados por alguma corrente marítima. Já estávamos cansados e desanimados porque pensávamos que não havia terras novas a sudoeste de Lagos. Contudo, passado um mês, avistámos terra e ficámos muito contentes e aliviados. Mal tocámos na areia avistámos densas florestas com boa madeira, muita vegetação e abundância de terra fértil para a agricultura. À medida que fomos avançando para o seu interior fomos admirando as suas paisagens maravilhosas e sua vegetação exótica. Caminhámos durante vários dias e apercebemo-nos que a ilha estava desabitada. Era uma ilha grande com abundância de água e por isso resolvemos ficar um mês para conhecermos melhor esta ilha desconhecida e explorar os seus recursos naturais. É uma terra de grande potencial e com clima variado. Passado um mês resolvemos regressar a Portugal para informar o Infante D. Henrique da nossa importante descoberta. Abastecemos a barca com alimentos e água da ilha e regressámos a Portugal. A 7
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viagem de volta correu melhor porque já sabíamos o caminho e íamos entusiasmados para contar as novidades. Mal chegámos a Portugal fomos logo falar com o Rei D. João I e com o seu filho e nosso patrocinador da viagem, o Infante D. Henrique, que nos esperavam ansiosamente. Depois de entregarmos o relatório da nossa viagem, aconselhámos o Infante D. Henrique a sugerir ao seu pai que colonizasse a ilha que lhe chamámos Madeira por ser tão arborizada, e explorasse os seus recursos naturais. Sugerimos ainda que fosse desbastada uma parte da densa floresta para desenvolver a agricultura e obter a madeira para construção de casas e utensílios; que se desenvolvesse a atividade piscatória, bem como a produção hortofrutícola, a cultura cerealífera do trigo e a plantação da cana-deaçúcar e da vinha. Posteriormente, poder-se-ia exportar peixe, trigo e vinho para o continente. Aconselhámos, também, que a melhor forma de administração da ilha seria através do regime das capitanias, onde se dividiram os terrenos em lotes e estes seriam doados a particulares, elementos da pequena nobreza, com a tarefa de colonizarem e explorarem essa área.
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CAPÍTULO 2 – VIAGEM DO CAPITÃO RUI FONSECA, 8ºB
Tripulação: Capitão: Rui Fonseca (Nobreza) Vice-capitão: Diogo Cristóvão (Nobreza) Escrivão: Álvaro Costa (Clero) Astrónomo: Diogo Ferreira (Clero) Médico e Sacerdote: Júlio Domingues (Clero) Cozinheiro: Ruben Martins (Povo) Cozinheira: Maria Alinha (Povo) Comerciante: Catarina Esteves (Povo) Comerciante: Henrique Silva (Povo) ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Este é o relatório da viagem da Barca S. S. Santa Josefina à buscada mítica ilha da Madeira a pedido de excelentíssimo InfanteD. Henrique. Plano da Viagem: 1. Seguir para oeste até encontrar a mítica ilha. 2. Orientar pela latitude, calculá-la, sempre que possível. 3. Caso nos percamos, seguir para a latitude de Portugal e de seguida para este. 4. De dia, comer, pescar e navegar de acordo com a bússola. 5. De noite, o vice-capitão Diogo Cristóvão pilota a Barca de acordo com o conhecimento do astrónomo Diogo Ferreira. Acontecimentos da Viagem Data de Partida: 13 de Agosto de 1419 Hora de Partida: 10:00 Local de Partida: Porto de Lagos Chegada a Alto Mar: 12:00 9
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A cozinheira Maria Alinha apresenta hemorragias nas gengivas, dores nas articulações e feridas que teimam em não cicatrizar. O nosso médico perguntou-lhe o que tem comido, ao que ela respondeu que há meses que ingere carne salgada e biscoitos, pois não gosta do sabor dos legumes e dos frutos. O médico ficou pensativo e nada mais disse. Catarina Esteves é abusada sexualmente por Henrique Silva. A denúncia foi-me feita anonimamente e informei que iria apresentar uma queixa ao rei quando voltarmos a Portugal. Entretanto decretei que Henrique Silva passa a estar impedido de estabelecer contacto físico com Catarina Esteves. Ah, meu Infante, permita-me a ousadia mas as mulheres a bordo causam sempre problemas!!! Grande tempestade instalou pânico à tripulação. Henrique Silva saltou da barca para a água e, apesar de todos os nossos esforços, nunca mais o vimos. Paz à sua alma!!! A barca ficou com poucos estragos na barca e podemos continuar a navegar. Contudo, os grandes ventos, chuvas e correntes afastaramnos da rota traçada pelo nosso astrónomo e acabámos por descobrir uma ilha deserta maravilhosa que nos fez sentir queestávamos no paraíso. Vimos uma praia enorme e uma vegetação bastante verde e grande. Esta ilha é igual à descrição da mítica ilha da Madeira. Eu diria que a descobrimos.
Meu Infante, permita-me que lhe sugira o quer fazer com a nossa descoberta: colonizá-la com capitãesdonatários e introduzir o cultivo de cereais pois o reino tem falta deles. Também aconselho a exploração da madeira e a introdução de outras culturas, como a vinha e a cana-de-açúcar.
BARCA – FEIRA DOS DESCOBRIMENTOS
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CAPÍTULO 3 – VIAGEM DO CAPITÃO DIOGO ROSÁRIO, 8ºD Tripulação: Capitão: Diogo Rosário Vice-capitão: Tomás Moreira Astrónomo: Telma Silva ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Ao Infante D. Henrique, o nosso mais conhecido promotor de viagens marítimas e senhor de grandes riquezas, venho relatar a nossa mais recente aventura por mares pouco explorados. A viagem começou sem sobressaltos e receámos pelo pior. Uma escuridão medonha aproximavase... nuvens negras e medonhas formavam-se à nossa frente. Apesar do medo continuámos em silêncio. A certa altura um marinheiro gritou: - Avista-se terra meu senhor. Na nossa frente surgiu-nos mais um território desconhecido
para
explorar.
Ficámos
contentes
e
entusiasmados. Rapidamente nos esquecemos dos nossos receios e dúvidas, aproximámo-nos… À medida que avançámos para terra íamos ficando cada vez mais encantados com a beleza que se estendia perante os nossos olhos. Uma enorme mancha de floresta verdejante propagava-se desde da beira-mar às montanhas. A vegetação era intensa, robusta e muito verdejante. Junto à praia avistavam-se animais grandes e pretos que se estendiam na praia. AÇÚCAR DA MADEIRA DESCOBRIMENTOS
–
FEIRA
DOS
Desembarcámos. Por todos os lados vimos cursos de água doce, árvores grandes dimensões e de espessa folhagem.
Ficámos estupefatos quando várias aves de rara beleza aproximaram-se de nós sem medo. Umas pousaram nos nossos ombros, outras na nossa cabeça. Ficámos encantados com sua delicadeza e beleza. Decidimos dar o nome de Ilha da Madeira a esta ilha, tão bela e com tanta riqueza em madeira. Meu senhor, aconselho-vos a explorá-la e colonizá-la.
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VIAGEM Nº 2 - À DESCOBERTA DOS AÇORES
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CAPÍTULO 4 – VIAGEM DO CAPITÃO ANDRIAN BILINSKYY, 8ºA Tripulação: Capitão: AndrianBilinskyy Vice-Capitão: Silion Mike Grumete: Márcia Sousa ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------No dia 15 de Janeiro do ano de 1420 estava uma tarde muito nublada e a nossa tripulação tinha chegado ao porto de Lagos. Tínhamos chegado de uma viagem muito atribulada, e não descobrimos nenhuma terra, nem acumulámos nenhuma riqueza. Dirigi-me então à vila do Infante e após uma longa espera consegui que este me patrocinasse uma nova viagem. Com o seu dinheiro procurei elementos para a minha tripulação, enchi o porão de carne salgada e de biscoitos e arranjei as velas da minha barca. Partimos então à descoberta pelo grande mar oceano com a promessa de guardar o mais profundo sigilo das rotas seguidas. Rumámos para oeste. Ao longo da viagem passámos por muitas dificuldades, e enfrentámos tempestades e correntes fortes. Estas ajudaram-nos a avistar uma ilha. Desembarcámos na ilha. Cedo nos apercebemos que não tinha nativos. A sua luxuriante vegetação causou-nos um medo profundo. Ficámos lá durante uma semana, explorámos uma parte da ilha, e seguimos rumo de volta a Lagos. Dirigi-me a Sagres e dei conhecimento ao Infante D. Henrique da nossa descoberta. Contei-lhe todos os pormenores, narrando sobre a sua fauna e flora, as aves desconhecidas que encontrei e aconselhei-o a dar um nome à ilha. Disse-lhe que a terra parecia fértil, boa para a agricultura e a temperatura amena permitia a colonização.
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CAPÍTULO 5 – VIAGEM DA CAPITÃ LEONOR MENDES, 8ºB
Tripulação: Capitão-mor: Diogo Silves Capitã:Leonor Mendes Vice-Capitão: Tomás Noivo Capelão: Pedro Serrão Cozinheira: Sofia Marcos Grumete: Bernardo Gago ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Relatório enviado ao secretário do Infante D. Henrique
A Viagem Ano da graça de 1427 Estamos agora perante um imprevisto que não conseguimos resolver. Íamos a caminho de Lagos, quando subitamente se levantou uma enorme tempestade que nos afastou da rota. O mar agitou-se, os trovões ribombaram, os raios rasgaram o céu. A nossa barca dançava ao som deste negrume, e nós agarrados a tudo o que podíamos, rezávamos sem parar a S. Brandão, o santo navegante. Passadas horas de tormento, o mar acalmou, o vento parou de soprar, e sentimos de novo a calma tão desejada. Mas nem tudo nos correu bem. O nosso capitão, Diogo Silves percebeu de imediato que estávamos fora da rota para Lisboa, que nos encontrávamos perdidos e que ninguém conseguia perceber em que ponto do mapa estávamos. Voltámos a ficar muito aflitos. Todos queriam dar a sua opinião, Diogo Silves fazia perguntas sem parar, mas ninguém lhe sabia responder. O tempo passou, a dúvida aumentou e quando já estávamos preparados para o pior, alguém gritou “Pássaros! Pássaros! São pássaros enormes, negros como o carvão!”. Nem queria acreditar! Olhei para o céu e vi que cada vez vinham mais, voavam à volta do barco como se nos quisessem dizer que estávamos salvos. Diogo Silves gritou-nos “São Açores! Eu já tinha visto estes pássaros. Estamos salvos. Deve haver terra muito próximo.” A animação apoderou-se desta barca. Todos estavam animados, loucos de alegria por se terem salvo e por estarem perto de terra. Começou então um grande alvoroço a bordo. Cada um desempenhava a sua função e a barca lá ia, rasgando o oceano, rumo a terra.
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Avistámos uma ilha, ou assim parecia, com vegetação muito densa, árvores frondosas, cascatas a cair para o mar. Ficámos de boca aberta, alguns rezavam e diziam que tinham encontrado o paraíso, outros insistiam que tínhamos chegado ao céu, onde se ouviam os anjos. Diogo Silves, decidido como sempre fora, encostou a barca a umas rochas e saltou de imediato para terra. O ar era morno, suave, e as florestas eram tão densas que tinha dificuldade em entrar por elas. Havia flores de todas as cores e frutos muito saborosos. Os marinheiros correram a matar a fome, provando de tudo o que lhes parecia saboroso. Eu fiquei saboreando os cheiros a terra, a flores e a mar. Os pássaros negros voavam aos milhares por cima das nossas cabeças. Gritavam com toda a força que tinham, avisando que estávamos em terra. E porque Diogo Silves conhecia estas aves, decidiu que aquela ilha se chamaria Açores. Dias passaram e depois de percebermos que a ilha era desabitada, o capitão decidiu que era hora de regressar a Lisboa e contar ao Infante D. Henrique a boa nova. Continuámos a navegar rumo a ocidente e descobrimos mais cinco ilhas, para além da primeira. Seriam estas as pequenas ilhas assinaladas nos mapas do séc. XIV? Diogo Silves desconfiava que sim, mas não poderia ter a certeza de nada. Certo era que tinham descoberto novas terras até aí nunca vistas. O regresso a Portugal Ao regressarmos a Portugal, a notícia espalhou-se por todo o reino. O Infante D. Henrique ficou muito feliz com a descoberta mas, a partir das informações que o capitão lhe deu, percebeu que muito havia a fazer até conseguirmos povoar aquele novo território. Neste momento estamos no ano de 1427, a coroa portuguesa está demasiado ocupada com a colonização da Ilha da Madeira, pelo que o Infante dissenos que teríamos de esperar algum tempo até ter meios disponíveis para colonizar estas novas ilhas. Eu insisti, dizendo que devíamos colonizá-la e explorá-la de imediato mas entendo as razões do nosso Infante.
DIÁRIO DE UMA GRANDE AVENTURA Ano da graça de 1488 Agora que cheguei ao limite das minhas forças e já vivi muitos mais que o comum dos mortais sinto que a passagem para outra vida se aproxima. Olho para trás e relembro o momento em que, com Diogo de Silves e outros marinheiros, tive a maior aventura da minha vida… descubro uns pergaminhos já amarelecidos com a poeira do tempo. Tratam-se de apontamentos que fui escrevendo sobre as ilhas dos Açores. Relei-os e revivo. Acho que os vou compilar e pedir ao meu neto … que os leve até o Samuel Gacon de Faro que, usando uma nova máquina, os imprima e os dê a conhecer…
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Ano da graça de 1439 Chegámos ao ano de 1439, o Infante D. Henrique decidiu finalmente avançar com o “projeto” e para isso, chamou à sua presença Gonçalo Velho Cabral, no dia 2 de Julho, pedindo-lhe para ser o responsável pela colonização dos Açores. Velho Cabral aceitou de imediato e resolveu pôr mãos à obra. Tinha agora um problema para resolver: com o povoamento da Ilha da Madeira já não restavam, em Portugal Continental, muitas famílias disponíveis para serem encaminhadas para os Açores. Como resolver o problema? Foi então que o Infante D. Henrique teve uma ideia brilhante. Sua irmã, D. Isabel, era casada com o Conde da Flandres, pelo que enviou centenas de pessoas para povoarem as ilhas dos Açores. E os anos foram passando, quando há uns dias fiquei a saber que o meu amigo Diogo de Teive e o seu filho, João de Teive, descobriram mais duas ilhas às quais deram o nome de Flores e Corvo. Ano da graça de 1455 Povoamento das ilhas dos Açores Estamos no ano de 1455 e andamos muito atarefados com a colonização das ilhas. Já tinha referido, aquando da sua descoberta, que a sua vegetação era muito densa, tão cerrada que era quase impossível caminhar. Assim era impossível viver por aquelas bandas. Tivemos de efetuar grandes queimadas para desbastar a densa floresta e iniciar as primeiras culturas de trigo e de cevada. Também trouxemos animais e então podemos desenvolver a criação de gado por toda a ilha. Com as queimadas fizemos grandes campos verdejantes, ótimos para os animais domésticos, principalmente as vacas. Agora estão a construir uma capitania, onde se instalará o capitão donatário da Ilha de S. Miguel. Terá de efetuar a colonização e o povoamento de toda a ilha, explorá-la economicamente, cobrar impostos aos colonos, embora o regente D. Pedro, numa carta régia datada de 5 de Abril, decidisse isentar os habitantes, por um período de cinco anos, do pagamento da dízima e da portagem dos géneros vindos do arquipélago para o reino. Ano da graça de 1477 O tempo foi passando, os produtos agrícolas foram aumentando, a atividade pecuária foi-se desenvolvendo e o cultivo de plantas tintureiras tornou-se muito importante. O pastel, cujas folhas servem para o fabrico de tinta azul, têm sido um enorme sucesso e uma forma de enriquecimento para os novos habitantes desta ilha. A produção nestas áreas foi tanta que se começou a enviar para o continente muito do que aqui é produzido. Os moradores de S. Miguel, também ficam dispensados do pagamento de direitos de pão, vinho, pescado, madeira, legumes e outros produtos que exportem para o continente. Nestes tempos apenas as ilhas de Santa Maria e de S. Miguel estão devidamente povoadas e a produzir produtos para exportação. O processo de colonização continua a ser muito lento nas outras ilhas. 16
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Ano da graça de 1487, Ponto de passagem para outros lugares Os Açores tornaram-se, por estes tempos, num porto de passagem para muitas embarcações que vêm e vão para a descoberta da costa africana. A Ilha Terceira tornou-se assim num porto de passagem, onde se reabastecem barcos e descansavam tripulações. Muita gente se cruza por lá, a agitação no porto de embarque é muita, com marinheiros, vendedores, comerciantes e mercadores a venderem ou a trocarem os seus produtos. Noutro dia, os piratas atacaram o porto e, segundo consta, já não é a primeira vez que esta situação acontece. Muitos produtos trazidos pelos marinheiros são de grande valor e, como as notícias voam com o vento, chegou-lhes aos ouvidos que o porto da Ilha Terceira estava cheio de riquezas, pelo que resolveram saqueá-lo. Sei que houve alguns feridos, alguns mortos mas que conseguiram salvar muitos produtos. Penso que os barcos devam ser acompanhados no regresso ao continente, pela guarda real, até Lisboa. Só assim se pode garantir a chegada dos produtos sem serem saqueados.
CEREAIS INTRODUZIDOS NOS AÇORES FEIRA DOS DESCOBRIMENTOS
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CAPÍTULO 6 – VIAGEM DO CAPITÃO RAFAEL SANTOS, 8ºD
Tripulação: Capitão: Rafael Santos Capelão: Diogo Rodrigues Grumete: André Pereira ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Para começar a nossa viagem correu bem, partimos num dia nublado, com alguma chuva. Passados poucos dias de navegação deparámos com um imenso temporal que enfrentámos com coragem. Alguns membros da tripulação faleceram com doenças (constipação, febre, a peste…). Avistámos uma nova terra e sentimos orgulho e entusiasmo com a descoberta que tínhamos feito. Foi uma boa descoberta porque era uma terra fértil para cultivar e para a criação de gado. Também foi muito importante para a expansão portuguesa e para os descobrimentos portugueses. Voltámos para Portugal, para informar o Infante que tínhamos descoberto uma nova terra. Aconselhámos o Infante D. Henrique a mandar explorar as terras pois o solo parece bom para cultivar cereais e plantas tintureiras. A ilha também parece ideal para a criação de gado. Deste modo, a terra deve ser colonizada através do sistema de capitanias-donatarias.
BARCA - FEIRA DOS DESCOBRIMENTOS
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VIAGEM Nº3 – DOBRAGEM DO CABO BOJADOR
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CAPÍTULO 7 – VIAGEM DA CAPITÃ VAYKENE CARREIRA, 8ºA
Tripulação: Capitã: Vaykene Carreira Vice-Capitão: Camila Araújo Grumete: Viviane Reis ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
No dia 17 de fevereiro de 1434, o Infante D. Henrique patrocinou-nos toda a viagem e alimentos. Depois de tudo pronto, partimos numa tarde de mar calmo e lançámo-nos ao mar. Viajámos dois dias com o mar calmo, mas de repente veio uma tempestade muito forte, o mar agitou-se e fez com que as correntes marítimas nos desviassem da rota para que íamos, mas com muito esforço conseguimos recuperá-la. Ao longo da viagem tivemos muitas dificuldades em conseguir dobrar o Cabo Bojador, mas ao conseguir com sucesso sentimos um grande alívio. Finalmente acabámos com os mitos sobre as criaturas místicas do Mar Tenebroso. Após termos superado o desafio, continuámos o rumo ao porto de Lisboa. Quando chegámos fomos logo contar a boa nova ao nosso patrocinador, e aconselhámos o Infante D. Henrique a utilizar a política de sigilo para que mais nenhum reino soubesse da nossa descoberta.
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CAPÍTULO 8 – VIAGEM DO CAPITÃO DANIEL SOUSA, 8ºB Tripulação: Capitão: Daniel Sousa Piloto: Ricardo Viegas Cirurgião-barbeiro: Daniel Candé Carpinteiro: Gabriel Seromenho Padre-capelão: Rafael Rocha --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Na véspera, preparámos os mantimentos necessários para a viagem, tais como: pão, água, vinho, animais vivos (para matar durante a viagem), biscoitos duros (para não se estragarem na viagem), peixe, vegetais e fruta. Levámos duas barcas, cada uma com cerca de 20 homens. Em cada barca havia: comandante, capitão, piloto, mestre, marinheiros, trinqueiros, timoneiros, carpinteiros, cirurgião-barbeiro, padre-capelão, despenseiro, escrivão, condestável, e soldados. Foi então que partimos no dia 14 de Maio de 1434, do porto de Lagos… Estávamos a navegar por cabotagem, mas a dada altura tivemos de nos afastar de terra, devido aos baixios de areia. Depois de nos termos afastado da costa seguiu-se uma terrível tempestade. Foi tão forte que alguns marinheiros caíram ao mar. Nessa noite, muitos dos tripulantes ficaram com medo do que ainda poderia vir. Foi então que o padre-capelão fez uma oração aos que tinham morrido na tempestade e outra para que a viagem se realizasse com sucesso. Após um dia inteiro de navegação afastado da costa, deparámo-nos com uma baía plácida de ventos amenos; então, dobrámos para sudeste e logo percebemos que havíamos deixado o Cabo Bojador para atrás. Decidimos então ancorar o barco e ir explorar terra. Reparámos que não havia sinais
de
mitos
(monstros/criaturas
fantásticas) que toda a gente falava e que as rochas eram muito pontiagudas. Havia alguns
bens
económicos
tais
como:
malagueta, marfim e ouro. Existiam ainda MARFIM E OURO - FEIRA DOS DESCOBRIMENTOS
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plantas que nunca se tinha visto, animais e alguns nativos. Foi assim que, à 15ª tentativa, conseguimos dobrar o Cabo Bojador! Quando regressámos fomos falar com D. Duarte I, Rei de Portugal, e com o patrocinador da viagem, o Infante D. Henrique, sobre termos descoberto a nova terra e poder-se assim entrar em mares até então desconhecidos: - Aconselhamos a que vós, Rei de Portugal, exploreis os produtos económicos desta terra e implementeis uma feitoria nesta mesma.
MARFIM E OURO - FEIRA DOS DESCOBRIMENTOS
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CAPÍTULO 9 – VIAGEM DA CAPITÃ RITA DIAS, 8ºC Tripulação: Capitã: Rita Dias Escrivã: Ana Ameixa Piloto: Teresa Fernandes Cozinheira: Beatriz Atanásio
Em 1434, partimos de Lagos com o objetivo de dobrar o Cabo Bojador. Para que a viagem corresse com sucesso tivemos de nos preparar muito bem. Assim, levámos todos os instrumentos de orientação para não nos perdermos (astrolábio, quadrante, balestilha e bússola). Para nos orientarmos levámos também o mapa-mundo de Ptolomeu. Passados alguns meses de viagem, enfrentámos uma grande tempestade, As ondas eram cada vez mais fortes, o vento soprava com muita força, em sentido contrário às velas da barca. Aquela tempestade, cada vez nos amedrontava mais. Anoitecia e via-se muito mal devido ao nevoeiro. A nossa capitã pedia-nos para termos coragem e calma, mas nós só pensávamos em todas as histórias que ouvíamos no nosso reino sobre aqueles monstros e seres monstruosos. E assim se passou mais uma noite… Ao
amanhecer
já
avistávamos
o
Cabo
Bojador.Tudo tinha mudado, estava tudo silencioso, o mar calmo e o sol luminoso e grandioso. Nós estávamos muito felizes, saltámos tanto que a “Barca do Bojador” quase se afundou. Com esta viagem conseguimos provar que todas aquelas lendas e histórias eram na verdade apenas pura imaginação do povo. Seguimos viagem até Portugal e informámos o Infante D. Henrique do nosso feito. Esta viagem contribuiu para continuarmos a exploração da costa ocidental africana para destinos então desconhecidos.
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CAPÍTULO 10 – VIAGEM DO CAPITÃO FLÁVIO ARAÚJO, 8ºD Tripulação: Capitão: Flávio José Araújo Grumete: Bruna Encarnação Carpinteira: Margarida Brazona ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O acontecimento histórico A primeira passagem pelo cabo deve-se ao navegador português Gil Eanes, em 1434. O desaparecimento de embarcações que anteriormente o tinham tentado contornar levou ao mito da existência de monstros marinhos e da intransponibilidade do Bojador. Em maio de 1434, Gil Eanes aparelhou uma barca de 30 toneladas, com um só mastro, uma única vela quadrada, e movida a remos. Com ela, ao chegar nas proximidades do Cabo do Bojador, decidiu manobrar para oeste afastando-se da costa africana. Após um dia inteiro de navegação longe da costa, deparou com uma baía plácida de ventos amenos, e então dobrou para sudeste e logo percebeu que havia deixado o Cabo Bojador para atrás A passagem deste Cabo Bojador foi muito importante para da navegação portuguesa. Derrubou os velhos mitos medievais e abriu caminho para os grandes descobrimentos. Ao passar o Cabo Bojador, os navegadores portugueses entraram em mares até então desconhecidos, enfrentando inúmeros perigos.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O relatório da nossa viagem ao digníssimo Infante D. Henrique A nossa viagem de correu bem apesar de algumas tempestades que tivemos de enfrentar. Ao conseguirmos dobrar o Cabo Bojador desmentimos os mitos relativos a criaturas fantásticas, o que foi importante para expansão portuguesa. Quando desembarcámos na costa ocidental africana verificámos que esta tinha alguns dos produtos que o nosso reino necessitava: ouro, marfim, malagueta e mãoMARFIM, OURO, MALAGUETA E ESCRAVOS DE ÁFRICA FEIRA DOS DESCOBRIMENTOS
de-obra escrava. Para explorarmos estes
recursos seria importante estabelecermos aqui uma feitoria. Não me parece correto colonizar estas terras porque elas já são habitadas e porque o seu clima é demasiado tórrido para o homem branco. 24
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VIAGEM Nº 4 - À DESCOBERTA DO CABO DA BOA ESPERANÇA
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CAPÍTULO 11 – VIAGEM DA CAPITÃ RAQUEL SANTOS, 8ºA
Tripulação: Capitã: Raquel Santos Vice-Capitão: Laura Paiva Grumete: Ricardo Duarte
Eu, Raquel Santos, capitã do navio Blábláblá e os meus tripulantes Laura Paiva e Ricardo Duarte viajamos até ao Cabo da Boa Esperança para tentar dobrá-lo. A viagem foi um pouco turbulenta devido às tempestades. Tivemos vários problemas com o barco tais como ele partir-se, as velas rasgarem-se, a comida cair ao mar, entre outras. Mas ao fim de 12 meses com muita dificuldade lá cumprimos o nosso objetivo. Esta foi uma descoberta interessante, pois vimos vários animais de diferentes espécies, pessoas com culturas bem diferente da nossa. Quando partimos levámos alguns produtos connosco, para que o rei pudesse experimentar e aprovar. E assim que chegámos eu e os meus tripulantes fomos imediatamente ter com ele (o rei), depois do rei pensar e aprovar o meu tripulante Ricardo teve a grande ideia de explorarmos melhor o CABO DA BOA ESPERANÇA.
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CAPÍTULO 12 – VIAGEM DA CAPITÃ MAGDA LOURENÇO, 8ºB Tripulação: Capitã: Magda Lourenço Médica: Daniela Santos Astrónoma: Beatriz Guerreiro Escrivã: Lúcia Norton Grumete: Raquel Ribeiro
No passado dia 8 de Agosto (de 1487) eu e a minha tripulação partimos do porto de Lisboa rumo à descoberta da passagem marítima para a Índia, o grande objetivo do El-Rei D. João II. Ao longo da nossa viagem deparámo-nos com algumas dificuldades, houve falta de alimentos, principalmente a fruta que escasseava, também passamos por algumas tempestades que nos fizeram perder alguns mantimentos, devido à oscilação do barco (Caravela). A meio da viagem o escrivão (Lúcia) ficou doente, uma gripe acentuada, mas a nossa curandeira (Daniela), com algumas plantas, resolveu o problema e passados três dias estava tudo bem. Após quatro meses de viagem, desde que partimos de Lisboa, avistámos terra, era a desejada passagem para Índico, o Cabo das Tormentas. Atracámos a caravela e fomos explorar o que havia em terra. Quando pisámos terra sentimos o cheiro a terra húmida e quando nos virámos para o mar, uma aragem fresca e o cheiro a maresia invadiu-nos a alma. Sentimos um enorme orgulho, afinal tínhamos sido nós a ultrapassar aquele «obstáculo» que tanto medo e insegurança davam a quem por lá tentava passar. Tínhamos finalmente conseguido dobrar o Cabo das Tormentas! Afinal naquele local tão temido havia alguma vegetação e vários rochedos. Nós atracámos numa pequena praia de areia, rodeada de arribas muito altas, o que nos impedia de ver o que havia mais além… atrás de nós avistávamos várias correntes marítimas. Quando acabámos de explorar toda aquela zona, regressámos a Lisboa, foram mais quatro longos meses. Chegámos, no dia 25 de abril, mas como seria de esperar estávamos exaustos e a precisar de uns dias de descanso… por isso só agora, relatamos, a sua alteza, o El-Rei D. João II, a nossa aventura, anunciando o nosso feito, afinal «levantámos um pouco o véu”, isto é, criámos uma nova esperança para a descoberta do caminho marítimo para Índia!
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Aconselhámos então, El-Rei D.João II, a realizar novas viagens, uma vez que agora existe uma passagem para o Oceano Índico, podendo assim concretizar o desejo da descoberta do caminho marítimo para a Índia e para a rota das especiarias!
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CAPÍTULO 13 – VIAGEM DA CAPITÃ INÊS RAMOS, 8ºD Tripulação: Capitã – Inês Ramos Cartógrafa - Eliana Silva Marinheira e cozinheira - Beatriz Martins Missionária e enfermeira - Núria Costa
RELATÓRIO da VIAGEM ao Cabo das Tormentas, no sul da África Lisboa, 30 de dezembro de 1488. Nós, humildes navegadores, aqui apresentamos a V.ª Majestade, El-Rei D. João II, o relatório da nossa viagem pela costa ocidental africana, até um pouco mais adiante do ponto mais a Sul.
Partimos no mês de agosto do ano de 1487 do porto de Lisboa, dizendo que íamos explorar a costa africana e recolher informações sobre o reino do mítico rei cristão oriental, Preste João, e sempre guardámos segredo da nossa verdadeira tarefa que era investigar bem a geografia do sul da África, para ver a possibilidade de haver uma maneira de chegar por mar até à Índia. MARFIM, ESCRAVOS, MALAGUETA E OURO - FEIRA DOS DESCOBRIMENTOS
Nunca revelámos a nossa verdadeira intenção pois, como Sua Majestade bem nos avisou, isso era o que muita gente
queria saber, como os nossos poderosos vizinhos, os reis de Castela. Sua Majestade confiou-me, a mim, o navegador Bartolomeu Dias, o cargo de capitão-mor desta frota composta por duas caravelas e uma naveta de mantimentos. Eu chefiei a caravela “S. Cristóvão”, com a preciosa ajuda do meu piloto Pero de Alenquer. O meu colega, o navegador João Infante, na caravela “S. Pantaleão”, teve como piloto Álvaro Martins. O meu irmão, Diogo Dias, ocupou-se da naveta que foi pilotada por João de Santiago. No dia da Partida: Despedimo-nos das nossas famílias e do nosso povo que nos fez adeus do Restelo. Ainda não tínhamos chegado à foz do rio Tejo e já estávamos com saudades. Mas íamos felizes, com o gosto da aventura e todos orgulhosos por termos sido escolhidos para esta grandiosa tarefa que vai
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trazer grandes benefícios a Portugal, honras ao nosso Rei e a nós, que sempre havemos de ganhar a consideração de Sua Senhoria e a fama de valentes. Nos primeiros meses, seguimos a rota já conhecida, passámos pelo nosso belo arquipélago da Madeira, onde fomos recebidos pelo nosso capitão donatário. Dobrámos o Cabo Bojador e verificámos como essa zona é perigosa mas, como Gil Eanes já tinha demonstrado que isso era possível em 1434, não desistimos e lá fomos até S. João da Mina. Lá fomos muito bem recebidos, descansámos na nossa fortaleza e carregámos as nossas embarcações que já vinham quase sem comida, nem bebida. A água já estava fedorenta e para a bebermos tínhamos de tapar o nariz, tal era o pivete que já deitava. Ainda por cima tínhamos a meia dúzia de negros (dois homens e quatro mulheres), que V.ª Majestade mandou que trouxéssemos bem vestidos e alimentados, para serem largados lá pela costa oriental para testemunharem, junto daquelas populações daquelas regiões, a bondade e a grandeza dos portugueses e, ao mesmo tempo, recolher informações do reino do tal Preste João. Pois comeram e beberam que se fartaram até os distribuirmos todos, um aqui outro ali. Em Dezembro, depois de tantos dias, semanas e meses navegando, atingimos o ponto mais a sul já conhecido, pois já tinha sido cartografado por Diogo Cão nas suas expedições – a Serra Parda. Daqui para a frente tudo era novidade e cada vez tínhamos mais medo dos seres fantásticos que engolem os barcos. No Natal chegámos à Angra Pequena. Já em 1488, avistámos uma outra baía que chamámos Angra dos Ilhéus. Aí assentámos o primeiro padrão para marcar a nossa presença nesses lugares. Também deixámos lá uma das quatro negras que V.ª Senhoria nos mandou trazer. Deixámos a que comia mais e que trabalhava menos. Continuámos em direção a sul até chegarmos a Angra das Voltas, onde deixámos outra preta. Mas alguma coisa nos dizia que o pior estava para vir. Primeiro foram as correntes que não deixavam os barcos avançar para a frente, depois fomos atingidos por ventos muito fortes de sueste que nos obrigaram a desviar-nos da costa. Aí o frio começou a apertar e o mar revoltou-se de uma maneira nunca vista. As ondas engoliam as caravelas e depois cuspiam-nas fora. A naveta do meu irmão ora aparecia, ora desaparecia no meio do mar. O barulho era ensurdecedor, havia rugidos e urros que não se sabia de onde vinham. Foram treze dias e treze noites neste martírio, sem saber onde estávamos, só nos restava rezar a Deus, pedindo a nossa salvação. Até uma das negras morreu. Ainda bem que tínhamos a nossa missionária Núria Costa! Quando o mar acalmou seguimos para leste, para ver se alcançávamos novamente a costa, mas como nada encontrámos, voltámos para trás, para norte, e qual não foi o nosso espanto quando a terra nos aparece a estibordo. Ainda pensámos que a bússola estivesse almareada mas não estava. A verdade que já estávamos a navegar a sul de África! Que alegria! Mesmo sem saber se aquele mar chegava mesmo 30
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à Índia, já achámos que valeu a pena os horrores que passámos. Ainda continuámos mais para oriente até à baía da Alagoa, onde colocámos mais um padrão. Por mim estava disposto a continuar viagem até ver bem se mar chegava à Índia, mas a tripulação teimou em regressar. Assim fizemos porque já quase não tínhamos nada para comer nem para beber. Já só nos alimentávamos com os peixes que pescávamos e alguns biscoitos mais duros do que uma pedra. Os enchidos, o queijo, o grão e a fruta fresca já se tinham acabado. Até o vinho que tanto nos aquecia e alegrava já tinha desaparecido. A marinheira Beatriz Martins, que também era cozinheira, já estava com sinais de escorbuto, teve que ser tratado pela nossa missionária que também fazia de enfermeira. Navegando com a costa sempre visível, passámos pelo Cabo das Agulhas, que é o ponto mais a sul de África. Essas terras, mesmo ao sul, são mais frias do que as da zona do equador mas as pessoas são do mesmo tipo: negras, com vestuário muito pobre e amigáveis. Até vimos uns negros a pastar as vacas. Acho que não é difícil convence-los a negociar connosco e até a trabalhar sem receber muito. Por isso parece-nos que nestas zonas devíamos ter feitorias. Umas podiam ter uma fortaleza, como a S. João da Mina, e outras podiam ser mais simples, só com armazéns de armazenamento para servirem de lugar de comércio do ouro, do marfim, das especiarias africanas, como a malagueta, de escravos, etc. Também podem servir de portos de escala nas viagens que os portugueses vão começar a fazer para a Índia, agora que nós já descobrimos que a África não continua eternamente para sul. A 3 de fevereiro de 1488, se não nos enganámos nas contas, enfrentámos o tenebroso cabo, que batizámos de Cabo das Tormentas, por causa dos maus momentos que passámos. Na viagem de ida nem demos por ele porque andávamos perdidos no mar alto. Lá assentámos o terceiro padrão. A viagem de regresso já foi rápida pois seguimos sempre junto à costa revendo os sítios por onde já tínhamos passado. Deixámos a última negra no final da viagem, em Angra dos Ilhéus de Santa Cruz, ao pé de duas nativas que ali andavam a mariscar. Ela já estava habituada à vida no mar e não queria ficar, mas as ordens de ElRei são para se cumprir e nós sabemos que as negras ficam seguras porque, como eram mulheres, com quem os homens não têm guerra, não lhes haviam de fazer mal. Em dezembro de 1488, entrámos triunfantes no porto de Lisboa, dezasseis meses e dezassete dias após o início da viagem. Voltámos exaustos mas felizes por termos sido os pioneiros. Podemos mostrar ao mundo o que valemos, trouxemos novos conhecimentos, especialmente de geografia e cartografia, graças 31
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ao trabalho do nosso cartógrafo, Eliana Silva. Contribuímos para o prestígio de Portugal e do nosso rei D. João II. E viva El-Rei !!!
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VIAGEM Nº 5 - À DESCOBERTA DO CAMINHO MARÍTIMO PARA A ÍNDIA
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CAPÍTULO 14 – VIAGEM DO CAPITÃO PEDRO BANDARRA, 8ºA
Tripulação: Capitão:Pedro Bandarra Mestre:Inês Ventura Escrivã:Sandra Faísca Grumete: Afonso Talhão
Diário de Bordo - Viagem do caminho marítimo para a Índia 8 de julho de 1497 Acabámos de embarcar no porto de Belém, está um sol “ mui “ radiante, as águas estão bastante calmas e a nossover continuará assim. A nossa tripulação é constituída por 50 tripulantes, o máximo que uma Nau pode levar. Temos o nosso capitão Pedro Bandarra, a nossa mestra Inês Ventura, o Grumete Afonso Talhão e eu a Escrivã (Sandra Faísca).
9 de julho de 1497 Já estamos em alto mar. Ontem a noite foi calma e hoje o tempo está um pouco nublado, sem sol, o vento também tem vindo a aumentar, o que tem sido bom para navegar, mas amanhã será provavelmente um dia de tempestade. Estou mui emocionada e preparada para todas as aventuras que aí virão... 11 de julho de 1497 Ontem não pude escrever, pois o mar estava muito bravo e as ondas atravessavam a nau de lado a lado. A mestra Inês estava muito nervosa, visto que com aquele temporal os nossos grumetes estavam a ser cuspidos Nau fora. A noite foi terrível, não conseguimos nem comer nem dormir, trabalhámos muito para salvar os nossos alimentos e as nossas vidas. O nosso grumete Talhão estava com os braços tão desgastados de tirar a água do convés, o que nos preocupou muito, pois apenas nos restavam mais 16 pessoas com essa função a bordo. O nosso capitão Pedro Bandarra estava bastante desorientado, pois as nuvens da tempestade tapavam os astros, o seu único ponto de orientação. Temo pelo pior!
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25 de agosto de 1497 Já passou mais de um mês e tem sido bastante difícil escrever pois o tempo não tem colaborado. O mar tem estado bastante ondulado e o vento muito forte, o que nos danificou já várias vezes as velas, no entanto não tem chovido. A comida ainda não acabou, mas tem sido pouco variada e a água é escassa. Ontem o nosso padre achou que devíamos fazer uma eucaristia especial para trazer de volta o bom tempo e para orarmos pelos nossos tripulantes que outrora morreram nesta viagem. 31 de agosto de 1497 Choveu intensamente durante dois dias. Hoje a chuva terminou, as ondas acalmaram, e os ventos continuam bons para navegar. Segundo o nosso capitão já falta pouco tempo (pelo cálculo da latitude) para dobrarmos o Cabo da Boa Esperança. 18 de novembro de 1497 Hoje é um dia mui memorável porque depois de alguns meses finalmente dobrámos o Cabo da Boa Esperança. Foi uma tarefa bastante difícil, pois as correntes marítimas e os ventos dificultaram-nos a navegação e a orientação. Estamos praticamente sem alimentos, o que significa que temos de ir abastecer a terra. 25 de dezembro de 1497 Hoje é Natal, por isso o nosso padre celebrou uma missa onde apelou à união e amizade, pois já não nos restam muitos tripulantes. O nosso capitão Pedro está a oferecer a cada um pequeno copo de vinho e biscoitos (pão cozido duas vezes). A mestra está um pouco triste, pois alguns dos grumetes dela eram seus amigos de longa data e de outras aventuras, mas mesmo assim veio celebrar connosco. Eu tento relatar sempre que posso tudo o que se passa, mas tem sido complicado. Pois, já somos poucos e toda a ajuda é necessária. 7 de Março de 1498 Avistámos um barco e o capitão ordenou os tripulantes que cometessem um assalto, pois já não tínhamos alimentos suficientes para continuar a navegar nem água potável, ou seja, foi a nossa única solução. Era uma barca de pesca, por isso conseguimos obter algumas arrobas de peixe e cerca de 10 tripulantes que não se revoltaram contra nós porque referimos que era uma ordem do rei de Portugal. Assim, continuaram a viagem connosco. 20 de Maio de 1498 Finalmente, chegámos às Índias (o cheiro intenso a especiarias invadiu imediatamente a nau), a nossa nova tripulação teve um desempenho notável.
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Estamos em Kappakadavu, próximo de Calecute, no atual estado indiano de Kerala, ficando assim a rota marítima estabelecida até ao Oceano Índico. Depois de descansarmos fomos falar com o Samorim conseguirmos
com a missão de
estabelecer
tratados
de
comércio e colocarmos na Europa as especiarias
através
desta
nova
rota.
Queremos substituir os muçulmanos neste negócio e acreditamos que conseguimos transportar mais especiarias nas nossas embarcações e colocá-las à venda na Europa por preços mais baixos que os praticados na rota do Levante. O Samorim desconfiou do nosso propósito, afirmou já ter um tratado de comércio com os muçulmanos mas deixounos trazer algumas amostras de especiarias. Este foi o relato da nossa viagem, que foi um fracasso económico, mas uma grande e memorável aventura, para ser contada de geração em geração. Agora vou descansar por uns tempos, pois vamos ficar aqui para uma melhor exploração deste novo mundo e viver novas aventuras. Até uma próxima...
ESPECIARIAS DA ÍNDIA - FEIRA DOS DESCOBRIMENTOS
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CAPÍTULO 15 – VIAGEM DA CAPITÃ INÊS MARGARIDO, 8ºB
Tripulação: Capitã: Inês Margarido Mestre: Sara Boom Escrivã: Raquel Oliveira Grumetes: Inês Vilão e Janine Pina
Índia, 2 de Outubro de 1498 A El-Rei D. Manuel I, Rei de Portugal e dos Algarves, d’Aquém e d’ Além-mar em África. É como enorme satisfação que vos anuncio que o caminho marítimo para a Índia foi descoberto, tal como vós pretendíeis. Chegámos cerca de dez/onze meses depois da partida do porto. Até agora, da tripulação inicial de cento e quarenta e oito homens, já faleceram 54 homens. Partindo de Lisboa, parámos nas Canárias em Cabo Verde para nos abastecermos. Em Santa Helena ficámos retidos durante uma semana devido ao mau tempo. Dobrámos o temível Cabo das Tormentas. Demorámos vários dias para o dobrar. A vinte e cinco de Novembro ancorámos na Baía de São Brás em Moçambique, permanecendo aí
cerca de duas semanas onde contactámos e trocámos impressões com os seus nativos. Infelizmente estes contactos não correram como planeado. Algum tempo depois regressámos ao mar (naquele em que
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pensamos ser o Oceano Índico). Felizmente, a vinte e cinco de janeiro,atravessámoscom sucesso a zona do rio dos Bons Sinais. Seguiu-se a paragem novamente em Moçambique, em Mombaça e em Melinde. Cerca de vinte e três dias depois chegámos à Índia, mais precisamente em Calecute. As relações socioeconómicas foram um fracasso… Com esta descoberta visamos o enfraquecimento do poder muçulmano, a detenção de rotas comerciais (principalmente a das especiarias) vindas do oriente e o contacto com novos mercados. Infelizmente a Sua Visão de construir relações tanto a nível económico e comercial como de amizade não foi realizada. Os muçulmanos foram rudes e impróprios connosco impedindo-nos de concretizar a Sua Real Visão. O meu conselho seria apostar nesta relação delicada para no futuro podermos usufruir do controlo do comércio e rotas caravaneiras. Planeámos a viagem de regresso para cinco de Outubro, daqui a três dias. Decidi avisar-vos pois Vossa Senhoria merece tal cortesia. Esta vossa súbdita
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CAPÍTULO 16 – VIAGEM DO CAPITÃO DANIEL OLIVEIRA, 8ºC
Tripulação: Capitão: Daniel Oliveira Piloto: Tomás Matilde Escrivão: João Santos Mestre: Pedro Guerreiro Cozinheiro: Pedro Ventura
Partimos do porto de Belém dia 8 de julho de 1497, na nau “Rumo das Marés”. Passados dois dias, já estávamos bem orientados em alto mar, pois estávamos munidos de todos os instrumentos de navegação necessários para que a viagem tivesse sucesso. A sorte acompanhou-nos pois não enfrentámos tempestades fortes, embora tivéssemos muitos contratempos, como por exemplo rasgos nas velas, falta de alimentos, entre outros. Reabastecemos em Cabo Verde e ficámos por lá alguns dias. Passámos o Cabo da Boa Esperança e ainda tivemos que navegar muito tempo até chegarmos a Calecute. Em Maio de 1498 chegámos finalmente à Índia. Estava descoberto o caminho marítimo para a Índia. Quando lá chegámos fomos muito bem recebidos e sentimos um cheiro muito intenso a especiarias
(canela,
pimenta,
cravinho,
noz
moscada…). A nossa viagem foi um sucesso e o rei ficou muito contente. Agora vamos descansar vários meses. Após darmos informações ao rei D. Manuel I, este nomeou governadores, alguns com o título de vice-rei, para que governassem as terras do Oriente em seu nome. Nós, os portugueses, depressa nos apoderámos do comércio dos produtos asiáticos…
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CAPÍTULO 17 – VIAGEM DO CAPITÃO TOMÁS RODRIGUES, 8ºD
Tripulação: Capitão: Tomás Rodrigues Mestre: Tomás Pinto Grumete: Rui Rodrigues
Caro patrocinador da nossa viagem Estivemos no meio de uma tempestade e perdemos metade da tripulação e alimentos por isso só agora lhe podemos enviar um relatório. Finalmente chegámos à Índia e fomos mal recebidos porque acharam que nós não tínhamos bons produtos de comércio comparados com os deles. Por isso e por outras coisas fomos presos pelos indianos. Sentimos vergonha e fomos condenados à morte mas felizmente conseguimos escapar utilizando uma pedra que encontrámos no chão da nossa cela que atirámos à cabeça do guarda. Retirámos depois as chaves e libertámo-nos e saímos dali. CARAVELA DA ROTA DO CABO
Esperemos que esta mensagem lhe chegue primeiro que nós
porque esta carta já diz tudo o que se deve saber sobre aquele povo e aconselho Vossa Majestade a mandar lá ir outra armada porque aquele é um território que vale apena dominar.
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VIAGEM Nº 6 - À DESCOBERTA DO BRASIL
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CAPÍTULO 18 – VIAGEM DA CAPITÃ RAQUEL TRAVIA, 8ºA
Tripulação: Capitã: Raquel Travia Mestre: Ana Santos Astrónomo: Rafael Nascimento Escrivão: Gonçalo Castro
8 de Março de 1500 Antes de partimos, tivemos que preparar os mantimentos para a viagem, tais como, carne e peixe salgados, biscoitos, água, vinho, entre outros, e alguns instrumentos náuticos e de orientação, como o astrolábio, a bússola e o quadrante. 9 de Março de 1500 Após uma missa, uma grande cerimónia com a presença do rei D. Manuel I e sua corte, recebo das mãos do rei o estandarte real, símbolo do seu poder. Após isso, partimos em direção à Índia, mas com a intenção de navegarmos mais para o Ocidente, para confirmarmos se há terra ou não. 19 de Março de 1500 Hoje aconteceu uma peripécia, um dos nossos grumetes caiu ao mar devido a uma tempestade, mas correu tudo bem pois a tripulação conseguiu salvá-lo, sem nenhum ferimento. 16 de Abril de 1500 Neste domingo, três das nossas naus, embateram num rochedo, e afundaram-se. Todos os tripulantes dessas naus foram ao mar e poucos conseguiram salvar-se. Com a ajuda dos marinheiros, conseguimos puxar alguns para o convés, outros por não saberem nadar, ou por aflição, morreram. 22 de Abril de 1500 Finalmente avistámos terra! Ficámos tão contentes que decidimos logo enviar uma das nossas embarcações até ao Rei, para lhe informar da nossa descoberta. 23 de Abril de 1500 Resolvemos mandar um pequeno barco, com Nicolau Coelho, para ver o local de perto. Vinte homens parados, todos nus se aproximaram do pequeno barco. Os homens traziam arcos e flechas, mas ao nosso sinal baixaram as armas. Decidimos chamar esta terra de Porto Seguro. 42
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26 de Abril de 1500 É rezada a primeira missa no Brasil. Nos dias que se seguiram, dividimos as tripulações em grupos e organizámos diversas excursões para conhecer melhor o lugar. Ficámos maravilhados com a beleza da terra e dos seus habitantes! O nosso contato não podia ter sido mais amigável! Encontrámos florestas muito densas, onde habitavam animais perigosos como os jaguares e serpentes venenosas. Experimentámos alimentos novos, como a
mandioca,
batata-doce,
feijão
e
amendoim. Descobrimos duas grandes tribos, que residiam em cabanas feitas com troncos de árvores – as malocas. Começámos por levar para Portugal, animais exóticos e pau-brasil (madeira), muito apreciados. Escrevi uma carta onde sugeri ao Rei que este território fosse dividido em capitanias e entregues a cada um dos capitães das naus e caravelas. 1 de Maio de 1500 Uma cruz foi levada para terra, tinha as armas de Portugal esculpidas, era o marco da soberania portuguesa. Foi colocada na entrada da floresta, diante de um pequeno altar, onde foi celebrada a segunda missa, sob os olhares dos indígenas, como cerimónia de posse das terras. Assim se fez a missa com o padre Frei Henrique. 2 de Julho de 1500 A nau de Gaspar de Lemos retorna a Portugal, levando a minha carta. Os restantes navios seguem para Calecut, Índia, para cumprirmos os objetivos que o rei tinha traçado no início da viagem. 13 de Setembro de 1500 Já de volta para casa, aparece uma tenebrosa tempestade. Umas grandes e cinzentas nuvens, apareceram repentinamente, começou logo a chover torrencialmente e o mar ficou muito violento, o que fez quatro das nossas embarcações afundar. 15 de Junho de 1501 Seis de treze embarcações foram as únicas que chegaram a Lisboa. Quando chegámos fomos recebidos com grandes aplauso e festas! Foi emocionante! 43
Relat贸rios de Viagens
Espero que este relat贸rio da nossa viagem sirva para os vindouros conhecerem parte das perip茅cias, aventuras, dificuldades que os nossos marinheiros, enfrentaram ao atravessarem mares tenebrosos para atingirem lugares long铆nquos.
PRODUTOS DO BRASIL - FEIRA DOS DESCOBRIMENTOS
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CAPÍTULO 19 – VIAGEM DO CAPITÃO VASCO PEARSON, 8ºB Tripulação: Capitão: Vasco Pearson Escrivão: Selena Ramos Astrónoma: Carolina Pinho Grumete: Filipe Garcia Cozinheira: Inês Agostinho
No dia 8 de Março de 1500 estávamos todos no porto de Lisboa de onde iríamos partir para a Índia no dia seguinte, à procura de riquezas para Portugal. Toda a cidade estava em festa, pois esta viagem prometia muitas aventuras e descoberta de novas terras, riquezas e fauna e flora. No dia seguinte partimos logo de madrugada. A temperatura estava perfeita e as correntes marítimas e o vento estavam a nosso favor. Nós levávamos dez naus e três caravelas e tínhamos a bordo a melhor tripulação do país. Em cada nau/caravela havia um capitão, um escrivão, um capelão, um piloto e um sota-piloto, um mestre e um contramestre, um mestre bombardeiro e vários bombardeiros, um homem da ampulheta, dois homens do leme, um trinqueiro, um cirurgião, barbeiros-cirurgiões, vários despenseiros, um guardião, carpinteiros e muitos marinheiros e grumetes. Cada nau levava cerca de duzentos tripulantes e cada caravela cerca de cinquenta. Levávamos também instrumentos de orientação como o astrolábio e o quadrante e para sabermos a nossa latitude utilizávamos a estrela polar no hemisfério Norte e o cruzeiro do Sul no hemisfério Sul. Para assegurar a nossa sobrevivência, levámos comidas e bebidas. Para comunicarmos tínhamos preparado sinais, como por exemplo se a nau do capitão-mor desse dois tiros era a indicação para todas as naus e caravelas virarem de bordo. Tínhamos jogos de sorte e azar para nos entretermos na viagem. Depois de termos feito todas estas preparações, lá fomos pela rota do Cabo embora só eu soubesse que teríamos de nos desviar desta rota pois el-Rei D. Manuel I solicitou, em segredo, que nos desviássemos para Ocidente a fim de sabermos da existência de terras. No início da viagem correu tudo bem, mas passados alguns dias apanhámos uma tempestade e perdemos uma caravela com aproximadamente cinquenta homens. Passada mais ou menos uma semana de viagem decidimos abastecer nas Ilhas Canárias. Recuperámos as forças e reabastecemos os barcos com mantimentos. Passámos por Cabo Verde e a partir daí os ventos levaram-nos para o meio do Oceano Atlântico Sul.
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Durante a viagem muitos tripulantes morreram. As condições de vida durante a viagem eram difíceis e a falta de higiene provocava doenças e contágios que não eram possíveis tratar. Passou-se um mês e meio a viver nestas embarcações rodeados de mar, e já estávamos a ficar desesperados por ver terra. Estávamos sempre a olhar o horizonte na esperança de avistar algo. Quando víamos passar algas a flutuar ganhávamos esperança de estar perto de terra, pois as algas geralmente crescem junto à costa. Também olhávamos com muita atenção para todas as aves que passavam a voar, quem sabe se poderiam vir de alguma ilha ou terra ali perto. Quando finalmente avistámos terra era o dia 22 de Abril de 1500 e ficámos muito contentes. Vimos um monte muito alto e redondo, a que chamámos monte Pascoal porque era a época da Páscoa. No dia seguinte encontrámos um local abrigado para lançar as âncoras, e chamámos-lhe Porto Seguro. Fomos a terra num
pequeno bote. Vieram ter
connosco cerca de vinte homens, todos nus com arcos e flechas. Andavam por ali também mulheres e crianças e todos usavam penas para se enfeitar. Nós fizemos sinal para eles porem as suas armas no chão e eles puseram. Eles não falavam a nossa língua. Nós demos-lhes o chapéu do capitão e eles deram-nos uma coisa que parecia um cachecol feito de penas e umas flores brancas como a neve. No dia seguinte levámo-los a bordo da nossa nau. Aquilo tudo era estranho para eles. Um dos homens começou a apontar para o colar do capitão (que era feito de ouro) e depois para a terra como quem dizia que havia lá ouro. Depois mostrámos-lhes um papagaio e eles voltaram a acenar para terra. Mostrámos-lhes um carneiro e eles não fizeram nada. Mostrámos-lhes uma galinha e eles até tiveram medo. Trouxemos-lhes peixe, carne e vinho não quiseram nada. Demos-lhes água mas eles não beberam, lavaram a boca e mandaram-na fora. Aquilo tudo era muito estranho... No dia 1 de Maio fizemos uma missa com eles e levámos uma enorme cruz. Por esse motivo demos o nome de Vera Cruz àquele território. Eles estavam de joelhos como nós e, no final, quando nos levantámos com as mãos no ar eles fizeram o mesmo. Eram muito amigáveis. Aquelas terras e gentes eram tão cativantes que dois dos nossos homens fugiram para terra porque não queriam voltar e nunca mais os vimos. Para além desses também lá deixámos dois homens que já estava planeado que ficassem por lá, 46
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pois eram condenados a quem tinha sido perdoada a pena de morte para ficarem em terras novas e procurarem novas informações para o rei. O nosso escrivão registou todos os pormenores desta semana passada em Porto Seguro, e esse registo foi muito útil para dar conhecimento ao Rei sobre aquela nova região. Depois desta viagem levámos toda a informação ao Rei e propusemos que enviasse mais pessoas para colonizar aquelas terras ricas e com pessoas muito amistosas. Sugerimos
que
o
Rei
poderia
administrar o território através do sistema de capitanias, como fez nas ilhas atlânticas, nomeando capitães para promover o povoamento de cada zona específica e a exploração económica. A principal riqueza que achámos naquelas terras e que trouxemos para mostrar ao Rei, foi a madeira de uma árvore de tronco PRODUTOS DO BRASIL - FEIRA DOS DESCOBRIMENTOS
avermelhado, que chamámos pau-
brasil. A madeira desta árvore era muito resistente e parecia excelente para construir barcos e móveis, e a cor também podia servir para tinturaria. As pessoas começaram a chamar aquele território pelo nome da árvore, Brasil, em vez de Vera Cruz. Para além dessa grande riqueza em madeira, aconselhámos o Rei a trazer algodão, peles de animais como leopardos, e animais para comércio como macacos e papagaios.
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CAPÍTULO 20 – VIAGEM DA CAPITÃ INÊS SILVA, 8ºD Tripulação: Capitã: Inês Silva Escrivão: Margarida Pereira Astrónoma: Beatriz Ribeiro
P ela Graça de Deus, Rei de Portugal e dos Algarves, d’Aquém e d’Além-mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, venho relatar a viagem pelos mares até terras de Calecute. No dia 9 de Março de 1500, partimos do Restelo, com 13 embarcações, 8 naus e 1 nau mercante, 3 caravelas e 1 naveta de mantimentos. Levávamos cerca de 1500 homens. Havia dos melhores navegadores entre nós, como o Bartolomeu Dias e o Nicolau Coelho, cientistas, padres, soldados, comerciantes, carpinteiros, ferreiros, torneiros, técnicos de navegação, e mui outros companheiros. Parámos para abastecer em São Nicolau, Cabo Verde. Atravessámos uma grande tempestade onde perdemos uma nau, a de Vasco Ataíde. Ainda esperámos para ver se estavam atrasados, mas não apareceram. A nau desapareceu! Assim retomámos a viagem. Dei ordens para que seguissem mais para ocidente para retomar rumo à Índia. Para passarmos o tempo e vencer os medos, rezávamos, jogávamos vários jogos. Gostávamos muito um que os padres não gostavam nada, era o jogo do azar. Também pescávamos, comtemplávamos o ambiente. Era lindo ver os peixes, de várias espécies, os golfinhos, as baleias… Às vezes, fazíamos peças de teatro. Uns meses depois, chegámos a uma terra com muita vegetação e muitas pessoas, presumimos que era outra terra e não a Índia. Era 4ª feira, dia 22 de Abril de 1500. Aqueles rumores eram verdade, existia mesmo uma terra a ocidente, com muitos animais, pessoas muito bem-feitas, mui vermelhas, com cabelos escuros, e sem coisa nenhuma a mostrar as suas vergonhas. Muito contentes, enviamos uma nau a Portugal para dar a boa nova a el-Rei. Realizamos uma missa e tentámos converter aquela gente ao cristianismo. Continuámos o nosso caminho rumo à Índia. Chegámos e fizemos as trocas. No caminho acabámos por perder o nosso companheiro Bartolomeu Dias, que faleceu na passagem do Cabo da Boa Esperança. Que grande ironia da História! Ele que foi o primeiro europeu a dobrar o cabo da Boa Esperança! Em Julho de 1501 chegamos a Portugal e fomos recebidos com uma grande festa.
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Aconselhámos el-Rei D. Manuel I a explorar estas terras, que achamos que têm bons produtos para exploração. Que colonize e envie um nobre que governe aquelas terras. Beijo as mãos de Vossa Alteza.
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