CRN Brasil - Ed. 320

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dezembro de 2010 • número 320 • www.crn.com.br

O QUE ESPERAR do mercado de TI em

2011 RICARDO PELEGRINI, presidente da IBM Brasil, e outros 26 líderes brasileiros tecem suas visões para o novo exercício que se aproxima

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Índice colunistas 38

14Por um planeta mais inteligente Ricardo Pelegrini, presidente da IBM Brasil, avalia 2011 como um importante passo inicial na modernização tecnológica que o Brasil viverá em função dos eventos esportivos globais que se aproximam.

16 I 18 I 26 I 28 I 32 I 34 I 35 I 36 I 40 I 42 I 46 I 47 I 48 I 50 I 52 I 53 I 54 I 55 I 58 I 60 I 62 I 66 I 70 I 72 I 74 I 76 I

Network1 Samsung Officer Cisco Google CA Tech Data Cinco TI Symantec Ação Avnet LG Trend Micro Alsar Avaya NetApp All Nations EMC Dell AMD Aldo Binário Microsoft Intel Afina Westcon

12 I Editorial 22 I Opinião | Sylvia Facciolla 30 I Opinião | Dagoberto Hajjar 38 I Opinião | Kip Garland 80 I Lista 82 I On the Record

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1ª quinzena de janeiro 2009 n WWW.CRN.COM.BR

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Por um

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inteligente mais

Por Ricardo Pelegrini, presidente da IBM Brasil As perspectivas para o ano de 2011 são muito positivas. Vivemos um momento especial no segmento de Tecnologia da Informação, em que, cada vez mais, os investimentos estão se tornando estratégicos para os negócios, para promover melhorias na administração pública e na qualidade de vida da população. Companhias de todos os portes estão utilizando a Tecnologia da Informação para ajudálas em suas tomadas de decisão mais estratégicas, fazendo da TI uma importante munição para que se tornem mais produtivas, arrojadas na oferta de produtos e serviços inovadores sem, no entanto, deixarem de ser sustentáveis e integradas à comunidade em que estão inseridas. E isso beneficia todo o planeta. Aos poucos, a população começa a perceber que o conceito do Planeta Mais Inteligen-

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te, o Smarter Planet idealizado pela IBM, não é uma estratégia de marketing, mas, sim, uma visão de negócio de como a tecnologia pode contribuir para melhorar a vida de cada um de nós, cidadãos: várias cidades ao redor do mundo já se beneficiam de uma gestão em que o trânsito é monitorado de forma mais inteligente, assim como os efeitos das fortes chuvas de verão são controlados por sistemas que ajudam os gestores a prevenir as catástrofes. E isso vale também para o gerenciamento da distribuição da energia elétrica, o transporte de grãos de cada safra e o gerenciamento das chamadas da população em casos de acidente ou incêndio. Para o Brasil, que viverá um boom de eventos esportivos de grande porte a partir de 2013, entre os quais Copa das Confederações, Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas, o mo-

mento é ainda mais oportuno para os grandes investimentos em infraestrutura que vão beneficiar os habitantes antes, durante e depois dos jogos. Um forte legado de modernização ficará no País, e o pontapé inicial para a maioria desses investimentos será dado em 2011. Os eventos farão do Brasil uma importante vitrine para todo o mundo, o que torna crucial que a organização seja feita da forma mais inteligente possível. Já há muita tecnologia disponível para toda esta transformação do setor privado e público, mas os investimentos que têm sido feitos por empresas como a IBM Brasil na área de pesquisas, através da implementação de centros mundiais no País, certamente acelerarão o processo de inovação, tornando 2011 um ano muito promissor para o Brasil. Que venha o ano novo....

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EVENTOS GLOBAIS NO BRASIL RICARDO PELEGRINI: “Um forte legado de modernização ficará no País, e o pontapé inicial para a maioria desses investimentos será dado em 2011”

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Investimento externo e novas tecnologias

Por Rafael Paloni, presidente da Network1

• Comunicação de dados: a rede se torna um elemento ainda mais importante e ganha novas arquiteturas de conectividade, com equipamentos que entregam mais performance e disponibilidade, consumindo menos energia e espaço. • Comunicação unificada: a telefonia se integra ao mundo de dados e vídeo e a comunicação se torna muito mais interativa e colaborativa. • Segurança: uma preocupação eterna das empresas. Com a evolução do acesso à informa-

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ção fora da rede tradicional, a preocupação das empresas passa a incluir também a contenção de vazamento de dados. Questões regulatórias também vão demandar novos investimentos. • Mobilidade: oportunidades para criação de redes privadas de alta performance, além da utilização como infraestrutura para cidades digitais. • Videovigilância: oportunidades para o monitoramento por meio das redes IP de ambientes corporativos, além da crescente aplicação em projetos de monitoramento público em cidades digitais. • Datacenter: existe o desafio de redução de custos, otimização de espaço físico, redução de gastos com energia e melhor gerenciamento. A computação distribuída inicia seu retorno para o processamento centralizado favorecendo o modelo de computação em nuvem. Também haverá muitas oportunidades para balanceamento de aplicações, aceleração de WAN e infraestrutura física. Outro tema interessante e que deve trazer boas oportunidades para 2011 é o modelo de venda como serviço, principalmente para as soluções de infraestrutura, software e segurança. O grande desafio ainda é o elevado custo de capital no Brasil, o que traz uma barreira para a venda neste modelo. O mercado de produtos de consumo também trará boas oportunidades no próximo ano. O habitual usuário de tecnologia busca manterse atualizado ao adquirir novos equipamentos com recursos avançados e o aumento do poder

de compra das classes C, D e E faz com que apareçam novos consumidores. O processo de consolidação, fusões e aquisições entre grandes empresas também deve se manter. Os canais que atuam no segmento de TI devem ficar atentos à promoção de vendas cruzadas maximizando o relacionamento que possuem com seus clientes, às pequenas e médias empresas, além de buscarem a venda de serviços que geram receita recorrente.

ELES ESTÃO DE OLHO RAFAEL PALONI: “Os fabricantes de TI enxergam o Brasil como um dos principais mercados. E têm investido em colaboradores, marketing e até na montagem de fábricas no País”

FOTO: RICARDO BENICHIO

2011 será um ano de muitas oportunidades. O Brasil está em um excelente momento e os investimentos em Tecnologia da Informação vão crescer. Trata-se de um verdadeiro ciclo virtuoso: o aumento do poder de compra da população; os investimentos das empresas para suportar o crescimento; o governo, que precisa apoiar o desenvolvimento da economia e melhorar a infraestrutura com a Copa em 2014 e Olimpíadas em 2016. Com a economia dos países desenvolvidos ainda em recuperação, os fabricantes da área de TI enxergam o Brasil como um dos principais mercados. Eles têm investido em aumento de colaboradores, marketing e até na montagem de fábrica no País. Por outro lado, com mais investimentos, esperam um crescimento agressivo, à taxa de dois dígitos. Para soluções corporativas, a tendência tecnológica é a infraestrutura convergente e haverá muitas oportunidades nas áreas de:

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Comunicação sem fronteiras

Por Ronaldo Miranda, vice-presidente da divisão de soluções de TI no Brasil

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usufruir de seus diversos equipamentos por meio de tecnologias sem fio, como USB sem fio, bluetooth, DLNA e mesmo Wi-Fi com autoconfiguração, de forma simples e eficiente. Segundo dados de um estudo realizado pela IDC Brasil, o terceiro trimestre de 2010 foi aquecido para o mercado de computadores e atingiu a marca de 3,7 milhões de unidades vendidas. A pesquisa aponta que os desktops lideram as vendas do período, com 52% do total comercializado, mas mostra também que os notebooks e netbooks já caminham para serem

os líderes de participação ainda este ano. Diante desse cenário, ganhará destaque no mercado de TI a fabricante que oferecer produtos e soluções com alto valor agregado. Teremos grandes desafios para 2011 e esperamos um ano de alta competitividade, porém, de crescimento expressivo em todas as linhas, mas notadamente na linha de mobilidade. O ano de 2011 será marcado por consolidações ainda maiores nos canais e pela chegada de novos participantes, o que acelerará a maturidade do mercado de TI brasileiro.

DESAFIOS À VISTA RONALDO MIRANDA: “2011 será marcado por consolidações ainda maiores nos canais e pela chegada de novos participantes, o que acelerará a maturidade do mercado de TI brasileiro” FOTO: KELSEN FERNANDES

O ano de 2010 começou ainda com vestígios da crise financeira que abalou a economia no mundo todo em 2009. Mas o setor de TI, assim como outros segmentos da indústria, vem se recuperando mês a mês, embalado pelo crescimento econômico do País, e, ao que tudo indica, vai fechar o ano no azul, com ótimos resultados. De olho nesse cenário e para atender a demanda do consumidor, o universo de TI se renova e se reinventa constantemente por meio de uma evolução conceitual e não de grandes invenções, pelo menos até o momento. Os processadores ficam cada vez mais velozes, com arquiteturas melhoradas, mas continuam exercendo sua função básica. E o mesmo acontece com notebooks, memórias, HDDs, impressoras, monitores, PCs etc. O que chamo de evolução de conceito é o “clouding computing”, os smartphones, os tablets, e, neste aspecto, ainda temos um longo caminho a percorrer. Acredito que o ano de 2011 será marcado pela mobilidade de forma contundente, independentemente do equipamento, e pela banda larga, pois a demanda é latente. As novas tecnologias e ofertas proporcionarão um mercado crescente, que servirá de base para o desenvolvimento do mercado de uma forma geral. No próximo ano, a convergência de tecnologias, conceito cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, continua como uma das apostas das fabricantes e o grande diferencial será garantir ao consumidor a possibilidade de

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2011: venda de valor agregado e inovação Por Fábio Gaia, presidente da Officer Distribuidora

FOTO: RICARDO BENICHIO

CAMINHO OBRIGATÓRIO FÁBIO GAIA: “A reciclagem do conhecimento dos vendedores e a capacidade de torná-los consultores é um desafio”

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O mercado de TI está em evolução. Depois da crise financeira de 2008, as empresas brasileiras respiram mais aliviadas, mesmo com um cenário externo ainda um pouco abalado. O ano de 2010 surpreendeu pela retomada imediata dos investimentos e da resposta otimista do consumidor brasileiro. Não é por menos que os economistas e grandes corporações avaliam de forma positiva os próximos anos da economia brasileira e o mercado de TI terá todas as oportunidades para experimentar esta fase positiva. Em 2011, veremos que a inovação puxará as discussões e norteará o planejamento de TI. O distribuidor terá como desafio entregar serviços diferenciados para o revendedor e, para isso, será preciso capacitá-los, cada vez mais, para as novas tendências, como computação em nuvem, por exemplo. É necessário ficar de olho nas oportunidades, principalmente na área de integração entre TI e automação. O mercado corporativo tem clamado por soluções de gerenciamento que possibilitem o controle preciso e a redução dos custos gerados pela área de TI. Hoje, é possível ver que as companhias já adotam sistemas de cloud computing e CDPs mais econômicos, reduzindo espaço e consumo de energia como ponto inicial de seus projetos. Isso sem falar nas demais soluções e softwares desenvolvidos para relacionamento com cliente e/ou gerenciamento financeiro.

As revendas estão na corrida para conquistar novos clientes e manter os contratos já realizados. Neste mercado, ganhará quem tiver preparo e uma equipe de vendas alinhada com as soluções oferecidas pelos fabricantes. Neste cenário, a reciclagem do conhecimento dos seus vendedores e a capacidade de tornálos consultores é um desafio. Podemos esperar novidades nos treinamentos oferecidos pelos distribuidores que são especialistas em fazer a ligação entre o fabricante e o revendedor. A diferenciação no mercado de TI se dará pela estratégia de venda de valor agregado. O canal deve estar capacitado para entender e endereçar as demandas de TI, traduzindo tecnologia em benefícios e resultados, pois os valores estão relacionados à percepção do cliente final, quanto aos benefícios que a aquisição de uma solução proporcionará a ele. Vale uma atenção especial às pequenas e médias empresas, que estão assumindo uma importância estratégica dentro dos grandes fabricantes e desenvolvedores de soluções. Boa parte delas está em processo de gerenciamento de informação ou tem uma parte desta infraestrutura em funcionamento, quando não, já estão segunda etapa, de consolidação de servidores e virtualização. Com certeza, esperamos um ano de excelentes resultados e apostamos na tendência da inovação, entendendo o canal, traduzindo necessidades em novas ferramentas, eventos e serviços para o revendedor.

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Melhor do que 2010 Por Dario Loriato, diretor de canais da Cisco para América Latina rão em sua modernização das plantas produtivas e das de TI, fazendo com que o mercado de TI continue crescendo mais rápido que o PIB. No campo da tecnologia, o uso do vídeo como uma ferramenta de negócio terá um crescimento substancial, motivado pelo incremento da velocidade da banda larga e pela ampla dis-

FOTO: DIVULGAÇÃO

Sou otimista por natureza. Desta forma, creio que o ano de 2011 será melhor do que 2010 para os brasileiros. Apesar de não ser um economista, o balanço dos indicadores econômicos demonstra que a economia brasileira terá um ano positivo. Com o Real valorizado, as empresas segui-

NOVOS PERFIS DARIO LORIATO, DA CISCO: “Os engenheiros deverão se tornar arquitetos; assim os canais brasileiros deverão reavaliar seu quadro técnico e desenvolver esta nova classe de colaboradores”

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ponibilidade de aparatos de vídeos em alta definição. O vídeo encurtará distâncias, e aquelas empresas que souberem utilizá-lo poderão estar um passo à frente de seus concorrentes. O segmento de empresas médias (de 100 a 1 mil funcionários) incrementará seu gasto em TI, motivado por ofertas de produtos e serviços adaptados para seu tamanho e complexidade. A virtualização de data center –leia-se processamento, memória e armazenamento – impulsionará o uso de TI pelas pequenas e médias empresas. Para o caso das grandes empresas, esta tecnologia proporcionará o “outsourcing” de aplicações menos críticas em “clouds” públicas; e uso de private clouds para suas aplicações de missão crítica. Os canais vão ter que se reposicionar para ofertar arquiteturas e não mais somente soluções pontuais. Um exemplo é a virtualização de data center, que exige uma arquitetura abrangendo soluções de servidores, rede, armazenamento e software de virtualização - não somente funcionando juntos, mas sendo concebidos como uma arquitetura, trazendo benefícios tais como conservação de energia. Como consequência, os engenheiros deverão se tornar arquitetos e assim os canais brasileiros deverão reavaliar seu quadro técnico e desenvolver esta nova classe de colaboradores. Seu quadro comercial (vendas) não será composto somente pelo executivo de conta, que agora será especializado na indústria, mas também por um “vendedor de arquitetura” que fará o posicionamento tecnológico.

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Opinião

TENDÊNCIAS 2011 NA VISÃO DAS EMPRESAS DE TI – PARTE 1 É hora de se despedir de 2010 e olhar para o futuro. Acabamos de efetuar uma pesquisa junto ao mercado de TI, coletando a percepção de tendências de tecnologia e mercado para 2011. Tivemos mais de 800 respostas, com um grau muito grande de detalhes. Li sto aqui apenas algumas: “Ainda não parei para pensar”. Mais de 20% dos entrevistados me mandaram e-mail pedindo um “tempo” para pensar e responder às perguntas. Disseram que as perguntas foram “instigadoras” e que não haviam pensado sobre o impacto que a nova tecnologia poderia ter sobre os seus negócios. A realidade no Brasil é que 75% das empresas de TI não fazem plano estratégico e são os clientes que acabam dizendo o que essas empresas devem fazer e vender. Isso não seria tão crítico se estivéssemos em um ambiente estável, mas nos próximos anos teremos uma enxurrada de novas tecnologias trazendo grandes oportunidades e ameaças para as empresas de TI. É hora de montar um plano e tirar proveito de todas as oportunidades que virão. 2011 será um ano exuberante. As empresas mantiveram, no ano todo, a confiança de que terminarão 2010 com 30% de crescimento sobre 2009. A expectativa de crescimento para 2011 é ainda maior: 34%. Dificilmente uma empresa de TI terá um péssimo resultado em 2011. O desafio será ter um resultado melhor do que a média e melhor do que a sua concorrência, ou seja, tirar proveito deste momento exuberante para ganhar mercado. Obviamente nem todas as empresas estarão acima da média. Muitas, infelizmente, perderão mercado por falta de visão, de planejamento ou execução fraca. As três grandes tendências para 2011. Os entrevistados

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destacaram as tendências em três níveis. No primeiro, eleito por 70% das pessoas, estão cloud, mobilidade, data centers, SaaS e virtualização. No segundo nível, eleito por 35% dos entrevistados, estão a tecnologia de touch screen, as TVs e monitores 3D, redes sociais e comunicação unificada. Em terceiro, com 20%, estão RFID, governança e compliance. Então, 2011 será, definitivamente, o ano do início da viagem para a nuvem. Em outubro, tivemos o lançamento de importantes empreendimentos de data center e SaaS com modelos de negócios inovadores. Alguns deles com megaportais e dezenas de soluções SaaS de terceiros. Outros com equipes de venda direta e canal de vendas pelo Brasil todo. É um novo jogo, com jogadores profissionais e altamente capitalizados. Será uma transformação rápida do paradigma de tecnologia atual. Passaremos a consumir software sem nos preocuparmos com a instalação ou manutenção. Será apenas pagar e usar. Os três produtos com maior expectativa de vendas. Espera-se um aumento substancial de vendas em celulares com acesso à internet, iPad e outros tablets, notebooks, software e aplicativos para nuvem e VMware. Em um segundo nível, os entrevistados esperam aumento de vendas para software e aplicativos para ERPs, Nota Fiscal Eletrônica e BI. 2011 será um ano de grande evolução de tecnologia. As empresas que estiverem preparadas venderão muito. Infelizmente nem todas estão preparadas.

Dagoberto Hajjar (dagoberto.hajjar@advancemarketing. com.br) é diretor da ADVANCE e escreve mensalmente na CRN Brasil

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2011 será o ano da nuvem Por Antonio Schuch, diretor de enterprise do Google para a América Latina Uma das transformações mais notáveis da esfera mundial, sem dúvida alguma, foi a criação da internet e as diversas aplicações e modelos de negócios que ela nos permitiu desenvolver ao longo dos anos. Hoje, o número de usuários já é superior a 1,6 bilhão, e a curva tende a crescer ainda mais. Ainda mais se levarmos em conta os novos dispositivos, como smartphones e tablets, que permitem aproveitar a plataforma internet de maneira inovadora. Para se ter uma ideia deste crescimento, o Gartner afirmou que 20% das empresas não terão ativos de TI em 2012. Além disso, estima-se que o número de dispositivos móveis conectados à internet no Brasil vai saltar dos cerca de 10 milhões hoje para cerca de 100 milhões em 2014. Durante 2010, muita coisa foi especulada sobre inovações tecnológicas, e um tema que ganhou notoriedade foi a questão da adoção ou não de soluções de cloud computing (existem várias definições, sendo que a mais aceita pelo mercado é de que são aplicações consumidas pela internet por meio do browser que são executadas em servidores com tecnologia multitenant, isto é, que atendem simultaneamente a múltiplos usuários e empresas), abordando os riscos e benefícios. As tendências indicam que em 2011 um volume expressivo de companhias deverá iniciar projetos de computação em nuvem. Na maioria dos casos, estes primeiros contatos com a plataforma buscam melhorar a experiência de e-mail e colaboração. O modelo de cloud computing está atraindo cada vez mais empresas com a premissa de enxugar gastos e aumentar produtividade,

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além de permitir grande inovação tecnológica, gradualmente tomando espaço do modelo atual de cliente-servidor. Um estudo realizado em setembro deste ano pela consultoria norte-americana CompTIA, denominado “Cloud Computing: Pulling Back the Curtain”, indica que 72% dos executivos entrevistados pensam em aumentar a quantidade e a variedade de serviços de cloud computing utilizados em 2011. A acelerada expansão das contratações de serviços cloud no Brasil marca riscos e oportunidades. Risco para aqueles canais que não se posicionarem corretamente hoje. Oportunidade para aqueles canais que tem a intenção de figurar como grandes fornecedores do mercado amanhã. Tanto os clientes como os fabricantes de IT têm cloud computing como tema central de suas agendas. Os CIOs consideram a computação na nuvem como uma transição estratégica de plataforma. Praticamente todo o fabricante tem cloud como tema prioritário. Note que o próprio termo "fabricante de TI" já começa a não fazer muito sentido, indicando a profundidade da transição pela qual estamos passando. Alguns canais têm expressado receio em enfrentar a transição do modelo de fornecedor atual a um novo paradigma. Suas receitas na plataforma legada ainda são maiores do que as vendas que vislumbram com cloud. Porém, o risco não está associado ao presente imediato. As revendas e integradores que estão conquistando os negócios cloud hoje serão os líderes de mercado no futuro próximo. Como mostra o gráfico, a velocidade de adoção é muito mais rápida que a adoção das plataformas anteriores.

Para alguns executivos o caminho mais "confortável" ainda é permanecer na arquitetura cliente-servidor existente. Mesmo assim, estes executivos já enxergam com bons olhos este novo paradigma de TI e pretendem traçar uma estratégia para entrar no mundo da computação na nuvem. As vantagens de menor custo e maior agilidade inerentes as novas soluções cloud são inexoráveis. As empresas mais inovadoras que adotam o cloud já estabelecem os padrões e canais dos líderes de amanhã. Os clientes mais tradicionais, mais cedo ou mais tarde, acabam buscando aqueles canais que obtiveram expertise comprovada com as soluções adotadas pelos clientes inovadores. Assim, para as empresas que pensam em oferecer estes serviços de TI, propomos algumas reflexões para esta virada de ano. Quantos % do seu atual talento humano é especialista em migrar seus clientes da plataforma legada para a plataforma cloud? Quantos % do seu faturamento vêm de projetos inovadores em cloud? Você perdeu recentemente uma "insignificante fatia" de sua receita para outro canal que forneceu a nova plataforma de seu (ex-)cliente? Você está aproveitando o tempo que tem agora ou vai esperar esta pequena perda virar uma hemorragia? Logo, acreditamos que a decisão mais importante, neste momento de transição, é escolher quem será seu fornecedor e parceiro de tecnologia para esta nova etapa. As vitórias e a base instalada do passado são quase sempre mais um inibidor que um facilitador da mudança. A inércia do legado geralmente inibe a inovação e transformação.

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A HORA É AGORA ANTONIO SCHUCH: “As revendas e integradores que estão conquistando os negócios cloud hoje serão os líderes de mercado no futuro próximo”

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A TI é o negócio O ano de 2010 foi marcado por bons resultados no setor de Tecnologia da Informação, acompanhando a tendência de quase todos os mercados que se beneficiaram do crescimento econômico brasileiro. O período foi positivo para a geração de novos negócios, com o Brasil no foco dos investimentos estrangeiros e o aumento do número de multinacionais que desejam se instalar no País. Com a entrada de novas tecnologias e a geração de novas demandas de TI, as companhias se viram obrigadas a investir em sistemas melhores e mais eficientes. Além disso, se viram com mais regulamentações a seguir e, por conta da crise financeira do último ano, tendo que voltar os olhos para o seu negócio. Isto criou nas empresas uma necessidade de gerenciar seus ativos de forma única, sem complicações e de ponta-a-ponta. Na maré positiva, a TI veio sendo percebida, cada vez mais, como uma ferramenta estratégica para os negócios. No período de crise em 2009, muitas companhias compensaram a produtividade com cortes de orçamento. Como 2010 foi um ano positivo, elas veem hoje a necessidade de voltar a crescer e a tendência é que invistam em novas tecnologias. Os líderes de TI estão preocupados em como suprir as demandas urgentes de suas áreas de negócios e, para isso, buscam soluções que otimizem a execução do trabalho em prazos mais curtos. Para 2011, podemos esperar alta competitividade, pois as empresas de tecnologia que estiverem capacitadas a buscar novas oportunidades em importantes e diversos segmentos de negócios em crescimento e estiverem prepa-

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radas para atender às necessidades dos clientes, sairão na frente. Para isso, ter um portfólio de soluções avançadas e tecnologias que gerenciem e provisionem segurança aos ambientes de TI é primordial na viabilização de serviços. Em paralelo, as empresas de tecnologia investem em pesquisas e desenvolvimento, fundamentando-se no conceito de soluções unificadas, que alinham os recursos de TI à realidade e à dinâmica dos processos corporativos por intermédio de uma plataforma integrada, automatizada e segura. A TI mundial está em um momento crucial: a indústria passa por uma mudança de paradigmas rumo aos empreendimentos na nuvem. Este novo modelo de computação expande o controle dos CIOs e oferece mais opções para construir uma cadeia dinâmica de suprimentos para a TI e aumentar as vantagens competitivas. Estamos no início de uma nova era. Um conjunto de necessidades empresariais – maior agilidade, eficiência, sustentabilidade ambiental – está se unindo a inovações tecnológicas e modelos de distribuição para criar um novo divisor de águas na área de TI. E, como ocorreu nas mudanças de paradigmas anteriores – o mainframe, a computação distribuída e a internet –, as organizações que adotam a atual mudança de paradigma devem prosperar. Neste cenário, o departamento de TI se torna gerente de uma cadeia dinâmica de fornecimento de recursos que entrega serviços à empresa e aos seus clientes internos e externos. Com isso, toda a retórica de alinhar a TI com o negócio se torna irrelevante - agora a TI é o negócio.

AGORA É PRA VALER LAÉRCIO ALBUQUERQUE: “Toda a retórica de alinhar a TI com o negócio se torna irrelevante agora a TI é o negócio”

FOTO: MARCIO BRUNO DE OLIVEIRA

Por Laércio Albuquerque, diretor-geral da CA Technologies no Brasil

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OTIMISMO CONSCIENTE ALEJANDRA MOLINA: “Ter uma boa gestão e relacionar-se intensamente com clientes e fornecedores é essencial para usufruir deste cenário, que promete ser muito positivo”

Como transformar tendências em negócios Por Alejandra Molina, presidente da Tech Data Brasil

A expectativa para os próximos anos é muito grande, estamos apenas iniciando aquela que já é chamada de “década de ouro” para o Brasil. Nosso País deve continuar crescendo de maneira consistente. Somos cada vez mais atrativos ao investimento estrangeiro e as expectativas de vendas em nosso setor são muito positivas. Além disso, teremos nos próximos anos dois grandes eventos, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, que criam uma enorme demanda de produtos de tecnologia em suas estruturas. Sim, o cenário é extremamente otimista, mas devemos nos concentrar na seguinte questão: o Brasil está crescendo de maneira consistente e nós todos temos de estar preparados para aproveitar as oportunidades que surgirão. O cenário não basta, é preciso estarmos preparados. Ter uma boa gestão, participar de eventos e treinamentos do setor, ler as publicações do mercado, relacionar-se intensamente com clientes e fornecedores e manter a sua equipe motivada e preparada para responder de maneira ágil e eficiente as demandas deste cenário que promete ser muito positivo. Bons negócios!!

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Em 2011, a vitória será da competência Prezados Colegas! O próximo ano surge com expectativas positivas e outras, talvez, nem tanto. Temos uma Europa e uma América com as economias ainda fragilizadas pela crise dos últimos anos. Temos países endividados, com governos controlando o valor da moeda e prejudicando o nosso “velho amigo” dólar, esse sim, motivo de muita dor de cabeça. O mundo está perguntando: - Como sairão dessa? Em um mercado cada vez mais interligado, se um japonês espirra do outro lado do planeta, nós também pegamos a gripe. Por outro lado, temos um Brasil fortalecido pela continuidade de uma política econômica que deu certo (eu votei no Serra, mas tudo tem o outro lado). O País já demonstrou que está preparado para manter um nível alto de crescimento nos próximos anos, pois apresenta indicadores saudáveis há bastante tempo. O grande desafio da presidente eleita está na diminuição do gasto público que, se mal administrado, poderá nos levar a novos aumentos de impostos e de taxas de juros, gerando um crescimento bem menor do PIB nacional. Como empresários e empreendedores, precisamos ver 2011 como um grande ano! É o momento de continuarmos nos preparando para uma Copa do Mundo e para uma Olimpíada, períodos em que muito dinheiro entrará no País. Precisamos fortalecer as nossas empresas,

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ajustar as nossas parcerias comerciais e nos tornarmos cada vez mais competitivos, não só dentro do País, como, também, fora dele. Exige-se mais controle financeiro, mais profissionalismo fiscal, mais conhecimento de mercado e da própria empresa. Quais os nossos pontos fracos? Quais os nossos pontos fortes? Mas, com certeza, o maior desafio é interno! Como fazer com que fabricantes e distribuidores respeitem, com clareza, todas as regras da cadeia de TI? Muita gente, de vez em quando, ainda vende direto e pula todo mundo, basta “valer a pena”. Como suprir a carência de mão de obra qualificada? Os profissionais estão, de uma forma geral, despreparados. Todas as empresas que estão contratando (e são muitas) entendem perfeitamente o que estou escrevendo: ou o candidato é ruim, ou simplesmente quer uma vida mansa, como se diz. Quer direitos, mas não quer deveres. Como superar a burocracia, a corrupção e as defasadas-atrasadas-obsoletas leis brasileiras? E a reforma tributária que não anda e deixa - à disposição do governo - todo o lucro das empresas? Precisamos exterminar a malandragem e o famoso jeitinho brasileiro. O amadurecimento do mercado de TI e, também, do Brasil, passa por todas essas mudanças. Independentemente do que acontecer, em 2011 seremos nós os construtores do merca-

VALORES RAMIRO MARTINI: “Façamos o nosso próprio caminho, trilhando-o com muita seriedade, honestidade e discernimento”

FOTO: RICARDO BENICHIO

Por Ramiro Martini, presidente da Cinco TI

do. Se entrarmos em uma crise, surgirão novas oportunidades. Se tivermos um ano normal, também teremos novas oportunidades. Façamos o nosso próprio caminho, trilhando-o com muita seriedade, honestidade e discernimento. É hora de colocarmos o coração na ponta da chuteira. É hora de valorizarmos as nossas equipes. É hora de respeitarmos o meio em que vivemos, reciclando, cuidando da natureza e dos animais. É hora de entendermos que tudo está intimamente conectado, e que o dinheiro deve ser só a consequência de um trabalho bem feito. O resto... bem, o resto vem ao natural. Um Feliz Ano Novo e um BAITA 2011, para todos nós!

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Opinião

ALÉM DA “RECEITA DE BOLO” Em maio de 2000, quando diretor da Strategos, Gary Hamel deu o kick-off do projeto de inovação que levaria a Whirlpool (Brastemp, Cônsul) a ser a empresa mais inovadora do Brasil (Época Negócios Set/2010), devo admitir que não eram poucas as minhas dúvidas. Agora, dez anos mais tarde, com minha própria consultoria e mais de 50 projetos de inovação nas costas, estou convencido de que a inovação é uma das questões mais complexas e incompreendidas no mundo corporativo. E o pior é que ela se tornou um tema popular! Muitas companhias tratam de definir a inovação como um produto ou serviço novo, ou um novo processo ou técnica, ou uma nova ideia que é implementada com sucesso. Cada uma dessas definições apresenta diferentes problemas. Um novo produto, quando bem sucedido, é copiado por concorrentes. Um serviço inovador – como o sistema de busca do Google –, encontra dificuldades para ir além do sucesso inicial. Depois de dez anos procurando inovar além do seu bem sucedido sistema, mais de 99% da receita do Google ainda vem de propaganda baseada em busca. Maneiras inovadoras de trabalhar – como é o caso da Dell, com seu modelo de computadores “feitos sob medida” –, também estão limitados ao seu potencial de promover crescimento continuado. E mesmo que companhias conseguiam captar e implementar ideias, nem por isso podemos, de fato, chamá-las de inovadoras. “Receitas de bolo” de inovação começam com as grandes “diretrizes de inovação”. Em seguida, propõem comissões, processos e técnicas, e depois “business inteligence” ou “gestão de conhecimento” ou “tendências a respeito do consumidor”. Em vez de considerar inovação um processo de aprendizagem e de descoberta ativa, elas usam o conhecimento atual. Tratam de encontrar novas respostas, antes de fazerem novas perguntas. Receitas de bolo de inovação enquadram o processo inovador com regras e técnicas que, no fim das contas, limitam a possibilidade de apredizagem e descoberta, a partir do desconhecido. Tais receitas fragmentam o processo de inovação

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em pequenos pedaços desconexos, ao invés de sintetizar a inovação em algo de natureza mais complexa e sistêmica. Nós tínhamos grandes expectativas quando, em maio de 2000, demos o pontapé inicial ao projeto Whirlpool no Brasil. No entanto, a maioria das coisas boas que nasceram desse projeto, vieram de coisas que não sabíamos antes. Uma delas foi a necessidade de inovação nos modelos de negócios, em vez de focar diretamente em produtos, serviços ou processos. Por exemplo, a Apple lançou seu iPod dez anos atrás, e ele continua sendo o líder, não tanto porque tinham um produto inovador (MP3 players com design já estavam disponíveis no mercado), mas muito mais devido ao seu modelo de negócio inovador. A Apple quebrou a empate entre a indústria fonográfica e o site de download gratuito, “Napster”, tornando possível (por um preço incomparável ao do CD) o acesso mais prático à música e sob um formato melhor. Ela inovou seu modelo de negócios por meio de um website de aquisição de música que usava downloads legais e desenvolveu um software que tornava a tarefa simples. Inovando o modelo de negócios, fez com que a inovação do produto se tornasse a consequência e não o foco principal de inovação. Tudo isso resultou em inovação no modelo de negócios, tarefa certamente mais complexa. A maioria das empresas investe em inovação, visando criar um novo produto, serviço, processo ou ideia para o seu modelo de negócio atual. No entanto, a única maneira para atingir novas linhas de receitas de forma sustentável é inovando no modelo de negócios propriamente. Essa confusão a respeito do papel da inovação no destino futuro da companhia cria poucas condições favoráveis para os esforços de inovação. Assim, a “receita de bolo” de inovação que muitos livros, especialistas, professores, cursos e consultores vendem acabam prejudicando a possibilidade de inovação de verdade. Kip Garland é o fundador da innovationSEED - "Learning to Innovate" e escreve mensalmente em CRN Brasil. kgarland@iseed.com.br

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Tendências de segurança da informação para 2011 Por Wagner Tadeu, country manager da Symantec Brasil

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Você sabe se a sua empresa está suficientemente protegida contra a variedade de ameaças que surge a cada dia na internet? Como as operações das organizações estão cada vez mais à disposição no mundo virtual, os riscos de uma invasão cibernética aumentam e muitas empresas ainda não têm a real dimensão do perigo aos quais seus dados estão expostos. Para alertar e informar este vasto grupo de empresas, a Symantec realiza periodicamente pesquisas, estudos e análises sobre os perigos

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DIRETO DA FONTE WAGNER TADEU: Líder da empresa de segurança alerta sobre os pontos de atenção para o ano que chega

virtuais. O mais recente foi um levantamento dos cibercrimes ocorridos em 2010 e como eles devem mudar e se apresentar no ano que vem. Uma das ameaças que mais chamou atenção de usuários e especialistas em 2010 foi o Stuxnet, primeira ameaça virtual surgida em 2010 que, ao invadir um sistema é capaz de afetar o mundo físico. Ele nos dá uma clara indicação de que os ataques virtuais estão mudando e que o cenário de ameaças em 2011 será diferente dos anos anteriores. A era dos e-mails em massa e dos worms de rede que circulavam pela internet chegou ao fim. Ameaças como LoveLetter, SQL Slammer e Melissa, que derrubavam milhões de sistemas em apenas algumas horas depois de caírem na rede, também são coisa do passado. Assistimos hoje a uma terceira mudança significativa no cenário de pragas virtuais: o que importa nos nossos dias não é mais a fama, mas os ganhos financeiros que os criminosos podem obter. O envio massivo de e-mails foi substituído pelo malware que rouba informações de cartão de crédito e vende soluções falsas de antivírus. O malware se tornou um modelo de negócio criminoso “bem-sucedido” que movimenta milhões de dólares em todo o mundo e cujo principal objetivo é roubar usuários desavisados. Cavalos de Tróia e kits de ferramentas, como Zeus, são hoje, além de pragas virtuais, meios de comércio. Nesta terceira etapa, entramos na fase da espionagem e sabotagem cibernéticas. A

espionagem virtual não começou com Stuxnet e, infelizmente, deverá perdurar. Esse é um negócio muito atraente para os criminosos da Internet e, com o enorme crescimento das novas plataformas móveis, eles terão ainda mais formas de ataque e novos métodos de engenharia social para agir e continuar fazendo vítimas. Reunimos as quatro principais previsões sobre segurança na Internet para 2011, que vão desde ataques a infraestruturas críticas até os desafios de gerenciar a segurança de dispositivos móveis com conexão à Internet. Confira a seguir as principais tendências para o próximo ano: 1. Infraestruturas críticas - entre os fornecedores de infraestrutura crítica já existe um nível elevado de conscientização a respeito das ameaças e de que a proteção das informações é importante. Essas precauções se concentrarão não no combate de um simples ataque, mas na resiliência para sobreviver a ele. Isso vai incluir iniciativas de backup e recuperação de dados, criptografia, armazenamento e gerenciamento de informações. 2. Dispositivos móveis inteligentes demandam novos modelos de segurança Com dispositivos cada vez mais sofisticados e apenas algumas plataformas móveis liderando este mercado, é bem possível que o número de ameaças em smartphones aumente em 2011, e que esses equipamentos também se tornem fonte de perda de dados confidenciais.

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3. Surgimento de uma nova fronteira com ataques motivados por política – Depois do Stuxnet, esperamos ver as ameaças virtuais irem cada vez mais além de jogos de espionagem, ganhando força suficiente para causar danos físicos ao mundo real. No decorrer de 2010 observamos diversas ameaças de alta complexidade cujas motivações foram associadas à política. Embora muitas não tenham sido comprovadas, os especialistas avaliam que essa modalidade de ataque deverá aumentar em 2011. 4. Conformidade regulatória vai levar

à adoção de tecnologias de criptografia – Em 2011, veremos as organizações adotarem uma abordagem mais proativa para proteção de dados, com a adoção de tecnologias de criptografia a fim de cumprir com padrões de conformidade e evitar pesadas multas e danos à marca. Todas essas previsões talvez pareçam pessimistas demais, porém a proteção pode ser muito mais simples do que se imagina. As empresas precisam ter em mente que é fundamental se proteger contra ameaças virtuais, porque os prejuízos causados por um ataque dessa natureza podem acabar saindo muito

mais caro do que as ferramentas de prevenção. O antivírus, por exemplo, é uma solução essencial para qualquer empresa, mas, hoje em dia, é considerado apenas básico pelos especialistas. Para se proteger de forma efetiva contra as novas ameaças, é preciso muito mais do que isso. Faz-se necessária uma proteção multicamada e outras formas de controle e gerenciamento das informações. Mais do que nunca, é hora das empresas olharem para frente e enfrentarem as ameaças que se apresentam. Afinal, é muito mais simples e “barato” prevenir do que lamentar.

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2011: só para quem tiver estratégias estruturadas Findo o ano de 2010, é tempo de analisar o que foi bom, o que se pode melhorar e, mais ainda, como será 2011 para o mercado nacional de TI. Analisando 2010 como o primeiro ano de respiro financeiro após a crise de 2008 e 2009, podemos considerar que este foi um ano cauteloso. Muitas empresas não queriam nem falar sobre a possibilidade de investimentos e expansão. Durante o primeiro semestre de 2010 muita coisa mudou, após uma clara recuperação da economia, foi evidente que tivemos um aumento de projetos voltados à produtividade das empresas, gerando aumento do fluxo de caixa e liquidez das empresas que buscavam melhores resultados. Temas como redução de custos, inovação tecnológica, especialização e qualidade de serviços deverão seguir na agenda em 2011. No próximo ano, haverá investimentos em novos mercados e tecnologias que criarão condições para as empresas atingirem a sua diferenciação e sustentabilidade, uma vez que são fundamentos para um modelo focado em que é evidenciada a composição e qualidade na entrega de soluções com valor agregado. Falando em inovação tecnológica que permita uma melhoria na qualidade de serviços, podemos citar uma solução de georreferenciamento, que traz como benefício direto uma rápida resposta ao cliente no aspecto de gestão de localização de seus ativos. Considerando-se que o ano de 2010 foi um período de recuperação da economia, retomada dos investimentos e da confiança dos clientes em seus planos e projetos, acredito que

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FOTO: RICARDO BENICHIO

Por Marcelo Issa, diretor de canais e marketing da Ação para o Brasil e América Latina

O QUE O CLIENTE QUER MARCELO ISSA, DA AÇÃO: “Assim como no exterior, quem procura serviços de TI no Brasil, mais do que equipamento, busca soluções completas e complementares ao seu legado”

2011 será um ano de avanço, comparado com a retomada que houve em 2010. Esse avanço visa grande crescimento antecipado pelos dois grandes eventos que já estão movimentando as empresas, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Segundo o IDC, no ano de 2009, TI e Telecom movimentaram US$ 2,8 trilhões em todo o mundo. O IDC também prevê que os gastos mundiais com tecnologia da informação devem chegar a US$ 1,6 trilhão no ano que vem, um crescimento de 5,7% na comparação com a estimativa para 2010. O aumento da demanda em países como o Brasil, impulsionará este crescimento, respondendo por mais da metade de todos os investimentos em TI em 2011. A previsão é de que os gastos com serviços de TI crescerão 3,5% neste ano. Este é o momento de aproveitar essa onda positiva de investimentos em TI, olhar um pouco para fora e enxergar as tendências vindas de quem está mais na nossa frente. Um ponto já bastante difundido fora do Brasil e que parece – timidamente - dar o ar da graça por aqui é o de que as empresas de TI estão focadas na distribuição de serviços de valor agregado e não mais só de infraestrutura. Assim como no exterior, quem procura aqui no Brasil por serviços de TI, mais do que equipamento busca soluções completas e complementares ao seu legado. Diminuir a complexidade dos serviços, aumentar a qualificação por meio de certificação, inovação, redução de custos, sustentabilidade e SaaS definitivamente serão os assuntos em pauta em 2011.

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Foco total na otimização de recursos

Por Alexandre Barbosa, country manager da Avnet Technology Solutions Brasil

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ETERNO MANTRA ALEXANDRE BARBOSA: ”A estratégia de otimizar recursos, sempre buscando fazer mais com menos, é uma unanimidade na cabeça dos CIOs”

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Soluções voltadas à eficiência operacional, redução de custos, mobilidade, segurança, Customer Relationship Management (CRM) integrado a Business Intelligence (BI) e ferramentas colaborativas são alguns dos temas que deverão influenciar diretamente a lista de prioridades dos CIOs em 2011. A virtualização, que lidera a relação de prioridades de investimento com 53% das menções dos executivos que responderam à pesquisa conduzida pela Everything Channel, não é mais apenas uma tendência, mas uma necessidade de negócios e está diretamente ligada à redução de custos e à eficiência operacional da organização. A estratégia de otimizar recursos, sempre buscando fazer mais com menos, é uma unanimidade na cabeça dos CIOs. As empresas têm investido cada vez mais em ferramentas de mobilidade capazes de apoiar e acelerar o processo de tomada de decisões, otimizando resultados. Pegando carona, por exemplo, na nova onda do emprego dos tablets como ferramentas de trabalho, soluções que garantam a segurança para a proteção de dados atrairão especial atenção e deverão estar entre as prioridades para investimento. Nesse cenário, o cloud computing experimentará o início de um processo de sólido crescimento. Afinal, em um projeto de mobilidade faz-se necessário disponibilizar arquivos, dados e informações para acesso remoto, de forma a conferir a agilidade no processo

decisório que o mundo corporativo demanda atualmente. Duas outras fortes tendências são o contínuo fortalecimento e expansão das redes sociais, que ganharão um viés cada vez maior de social business, e a comunicação unificada, processo no qual todos os meios e dispositivos de comunicação e mídia estão integrados permitindo que os usuários se comuniquem em tempo real com qualquer pessoa em qualquer lugar, contribuindo significativamente para um volume menor de despesas. Na esteira da eficiência operacional e da redução de custos, soluções de BI e de CRM integradas a ferramentas colaborativas também vêm com força, mas oferecidas na modalidade de software as a service (SaaS), já que as organizações têm um interesse cada vez menor em mobilizar ativos. Acredito, ainda, que o mercado de varejo irá capitanear uma parte significativa desse investimento, a fim de criar mais e novos mecanismos de diferenciação e de aumento de competitividade. O intenso uso de soluções para seus armazéns, lojas e comércio eletrônico serão o diferencial de sucesso das empresas desse segmento. Embora esteja previsto um aumento dos investimentos em TI para 2011, ele ainda não será suficiente para cobrir o gap do biênio 2008/2009, mas as projeções apontam para um crescimento significativo ao longo do próximo ano.

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Investimento e diferenciação como chave do sucesso Por Celso Previdelli, diretor-comercial da divisão de produtos de informática da LG doras para o segmento. Um dado interessante é que no terceiro trimestre deste ano, os dez maiores fabricantes de notebooks representaram mais de 86% do mercado oficial e essa concentração passará dos 90% em 2011. Este grupo de “Top 10” é composto, em sua maioria, por empresas multinacionais com grande representatividade e capilaridade global. Nesse cenário, possui vantagem competitiva quem estiver trabalhando com produtos renomados e empresas com sólida capacidade financeira para continuar investindo no crescimento da produção de notebooks, produto que necessita de aportes significativos em pesquisa e grande demanda de capital. Prevejo também para o próximo ano, oportunidades para novas linhas de produtos, não apenas introduzindo plataformas inéditas, mas também modelos específicos para outros segmentos do mercado brasileiro. Posso assegurar que 2011 representará crescimento às empresas que focarem seus investimentos em produtos diferenciados, que entreguem efetivamente inovação, conforto e praticidade para os usuários e, também, para toda a cadeia que integra o processo de venda e pós-venda.

CLIENTE SATISFEITO CELSO PREVIDELLI: “2011 representará crescimento às empresas que focarem seus investimentos em produtos diferenciados, que entreguem efetivamente inovação, conforto e praticidade aos usuários”

FOTO: RICARDO BENICHIO

Considero bastante otimistas as expectativas para o mercado brasileiro de informática em 2011. De forma abrangente, as vendas totais de monitores continuarão estáveis. Os consumidores – tanto corporativos, como domésticos – continuarão a busca incessante por inovações. Já o mercado de notebooks continuará em franca expansão, mantendo o crescimento de dois dígitos que temos observado nos últimos anos. Em monitores, o mercado deve apostar no crescimento do consumo de telas acima de 20 polegadas, com foco cada vez maior em entretenimento e nas necessidades de novas aplicações corporativas. Também posso considerar um relativo aumento nas vendas de monitores com características diferenciadas, com modelos multifunção como os monitores TV e equipamentos que entregam a tecnologia de imagem em 3D, com recursos adicionais e inovadores. O próximo ano também será marcado pelo reaquecimento das vendas para o segmento B2B, representado principalmente pelo retorno das licitações do governo nas instâncias municipais, estaduais e federais, que, como sempre, sofre redução em anos eleitorais como o de 2010. Em notebooks, enxergo consideráveis oportunidades. O mercado permanecerá bastante acirrado e desafiador e teremos a chance de aplicar ideias e propostas inova-

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Segurança: o melhor negócio em 2011 Quando o fim do ano se aproxima, traz consigo excelentes perspectivas de prosperidade para o próximo ano no mundo dos negócios. Para 2011, o otimismo é ainda maior, sobretudo no segmento de segurança da informação. A expectativa se deve à infraestrutura criada recentemente e, principalmente, pelas tecnologias inovadoras que foram lançadas este ano e iniciaram seu ciclo de adoção dentro das organizações. É o caso da virtualização e das soluções criadas para garantir a segurança dos ambientes virtualizados e da computação em nuvem. Estas ferramentas passaram a ser primordiais para as companhias que investiram na criação de data centers dinâmicos, que representam uma “nova TI”. O interessante deste novo cenário é que ele trouxe desafios de segurança e, com eles, a necessidade de enxergar formas inovadoras de se proteger. Talvez, em um mundo perfeito, a virtualização e a computação em nuvem tivessem o final feliz que todos os negócios estão buscando. Entretanto, as próprias companhias priorizam, para uma completa adoção dessas novas tecnologias, a segurança de seu ambiente e de deus dados. Antes, acreditava-se que a mesma segurança aplicada aos ambientes físicos poderia ser utilizada nos ambientes virtuais e em nuvem. Porém, não é bem assim: são ambientes que possuem demandas de segurança diferentes e as soluções convencionais não resolvem seu desafio de segurança. Outro ponto a

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NOVOS PARADIGMAS FÁBIO PICOLI: “Os ambientes virtuais e em nuvem possuem demandas de segurança diferentes; as soluções convencionais não resolvem seu desafio de segurança”

FOTO: RICARDO BENICHIO

Por Fábio Picoli, country manager da Trend Micro

considerar é que as conformidades estabelecidas para o ambiente físico nem sempre são as mesmas para o ambiente virtual, como por exemplo, a PCI. Além disso, outro grande desafio está na contratação do serviço. As empresas precisam estar atentas que, ao contratar, por exemplo, o modelo de IaaS, considerem e discutam a segurança de seus dados com o seu provedor. Felizmente, o mercado está amadurecendo e compreendendo as peculiaridades de cada ambiente e a importância de contar com soluções com recursos apropriados. Por conta deste contexto, em 2011, estas ferramentas devem alcançar a consolidação e tornar-se um dos grandes impulsionadores para os negócios. Seguindo os avanços tecnológicos, não posso deixar de mencionar como uma tendência as estações de trabalho virtuais, que também demandarão novos recursos. Os fornecedores tiveram que adaptar ou criar uma completa oferta de soluções e serviços que atendessem a todos esses ambientes, em todos os estágios em que as empresas se encontram. No meu ponto de vista, o responsável pela TI e/ou segurança de uma empresa deve considerar que seus parceiros necessitam de profunda especialidade em cada etapa da jornada de virtualização e computação na nuvem, garantindo a melhoria dos serviços, redução de custos e melhor capacidade de gerenciamento e liberando a TI para cumprir tarefas mais estratégicas e outros desafios de apoio ao negócio.

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O que esperar das vendas para o governo

Por Ronei Machado, diretor-comercial da Alsar Tecnologia em Redes

Passadas as eleições e definido o novo (novo?) quadro político, as empresas que têm no governo federal parte representativa de seu faturamento já se movimentam para definir suas estratégias e metas para 2011. Vários empresários com quem conversei antes das eleições diziam-se eleitores do Serra, mas não tão descontentes assim com a possibilidade de ver Dilma presidente. Afinal, para a maioria, foi um bom ano. Estabilidade econômica, mercado em franco crescimento, câmbio sem grandes surpresas, investimentos externos, definição do País como sede da Copa e das Olimpíadas. Um pouco de continuidade realmente parecia não fazer mal a ninguém, apesar da expectativa legítima por uma verdadeira renovação. Mas isto é passado. Estamos a poucos dias de um novo governo, e não faz mal citar John McCain, no seu discurso após a derrota de 2008, quando disse “desejo sucesso ao homem que era meu oponente e agora será meu presidente”. Vamos a 2011. Começaremos o ano com mais uma lei para estudar, questionar e compreender como adequar nossos modelos de negócio. A Medida Provisória 495, de 19/07/2010, altera a Lei de Licitações, concedendo uma margem de preferência de até 25% para bens e serviços produzidos no Brasil. O Senado aprovou a Medida em 25/11 e encaminhou para a Câmara dos Deputados. Apesar das boas intenções e do evidente interesse em fomentar a indústria nacional, a MP tem claras inconsistências e pontos ainda não esclarecidos, o que, em se tratando de legislação aplicada a compras públicas, não che-

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ga a surpreender. Para não prolongar o assunto, já que não é exatamente o tema do artigo, sugiro que pesquisem no Google por “MP 495” e leiam os textos de Rolf Kuntz e Mauro Rodrigues, ambos bastante didáticos e abrangentes. Apesar de o novo governo não ser tão novo assim, surgem algumas oportunidades. Com o Plano Nacional de Banda Larga, a Telebrás – agora ressuscitada e turbinada – passa a ser uma grande compradora. O PNBL exige investimentos formidáveis, que já estão movimentando o setor de TIC. A possibilidade de abertura de capital da Infraero, cada vez mais discutida e cada vez mais necessária, poderá gerar grande demanda para soluções que promovam sua modernização. As reformas de aeroportos e estádios, visando à Copa do Mundo, surgem como um manancial de oportunidades já para 2011. Os Ministérios das Cidades e do Esporte, antes patinhos feios do Executivo, ganham, com a Copa, status, poder e, principalmente, orçamento. As principais Agências Reguladoras firmaram-se como organizações com forte investimento em tecnologia, e continuarão a ser disputadas por todos os fornecedores. E com relação ao uso da tecnologia? Virtualização de servidores já não é mais novidade. Em 2011, veremos uma forte adoção de soluções para virtualização de desktops, agora já consolidada e pronta para o uso corporativo. A utilização de tablets, impulsionada pelo iPad que chega em dezembro, e pelos concorrentes que querem morder uma fatia deste mercado, trará novos desafios para as equipes de segurança e

desenvolvimento. É um movimento irreversível, e quem estiver atento, lucrará muito com soluções que combinem mobilidade e acesso rápido e seguro às aplicações. Cloud computing, SaaS, IaaS, a nuvem de que tantos falam e tão poucos veem, continuará sendo muito debatida nas instituições públicas, mas ainda falta maturidade para sua adoção em larga escala. Por outro lado, se 2011 não vai ser exatamente o “Ano das Cidades Digitais”, certamente dará continuidade a um processo que já vem beneficiando dezenas de cidades por todo o País. Previsões, previsões, nada mais incerto e arriscado. Pego carona com Niels Bohr, Nobel de Física, que dizia muito apropriadamente que “prever é muito difícil, especialmente se é sobre o futuro”. Feliz ano novo a todos e que suas boas previsões se concretizem.

LIÇÃO DE CASA: “Começaremos o ano com mais uma lei para estudar, questionar e compreender como adequar nossos modelos de negócio, a Medida Provisória 495, de 19/07/2010, que altera a Lei de Licitações”

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O que esperar de 2011? Por Cleber Morais, presidente da Avaya Brasil

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volvidos em uma determinada atividade tenham o mesmo software instalado em um dispositivo com câmera de alta definição. A chegada desses dispositivos e o desenvolvimento de soluções específicas para rodar no ambiente corporativo também irão permitir que um número cada vez maior de pessoas em mais empresas tenha acesso aos produtos com custos reduzidos e aumento de performance. Em breve, a tecnologia disponível nos dispositivos poderá ser utilizada em vários outros, como celulares e computadores. Por trás dessas inovações tecnológicas está o uso do protocolo SIP (Session Initiation Protocol), que permite a integração em tempo real dos sistemas e a possibilidade de se trabalhar com soluções de diversos fabricantes. 2011 também é o ano da largada para os preparativos para a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Haverá um aumento significativo na demanda por projetos de tecnologia nas cidades que receberão estes eventos. Além dos investimentos que devem ser feitos pelos organizadores do evento com as estruturas de comunicação para os estádios, resultados dos jogos, outros segmentos devem receber aportes financeiros como o setor hoteleiro, de turismo, e todas as áreas da economia que se envolverão diretamente nestes grandes eventos. O próximo ano trará ainda mais desafios para as empresas no Brasil. Um fator importante é nós, fornecedores, estarmos preparados para atender às necessidades dos clientes e para ganhar

espaço em um mercado que é extremamente competitivo. Com certeza, todos os provedores de soluções de comunicação que souberem inovar alcançarão os primeiros lugares nessa disputa. FOTO: RICARDO BENICHIO

2010 foi um ano excelente para o Brasil, cenário que refletiu automaticamente no desempenho do mercado de tecnologia e nos negócios efetuados no País. A estabilidade econômica proporcionou uma melhor retomada de investimentos e projetos que estavam parados nos dois últimos anos, reaquecendo ainda mais a demanda do setor. O mercado brasileiro vem amadurecendo ano a ano e este movimento deve manter o ritmo. As soluções de comunicações unificadas são um exemplo de uma necessidade intrínseca neste cenário corporativo e as empresas já perceberam os benefícios que a tecnologia pode trazer aos seus negócios. Passam a investir com mais confiança nestas soluções, independente de seu setor de atuação ou tamanho. Para 2011, esperamos uma consolidação da utilização dessas ferramentas e da introdução de novas. Entre as apostas, está o conceito de colaboração, que vem para promover uma melhora na experiência do usuário e colocar as diversas formas de comunicação (e-mail, telefone fixo, celular, vídeo, redes sociais, etc) todas num mesmo cenário, para serem utilizadas de acordo com a disponibilidade do outro usuário. De agora em diante, o dispositivo utilizado pelo interlocutor não será mais um obstáculo para a comunicação. A comunicação será efetivada não importa o local, meio ou dispositivo utilizado. O uso do vídeo no ambiente corporativo também deve se intensificar. Softwares agora permitem fazer vídeo conferências de qualquer lugar não necessitando mais que as empresas tenham um local específico para a realização destes encontros. Para tanto basta que os usuários en-

ONIPRESENÇA? CLEBER MORAIS: “De agora em diante, o dispositivo utilizado pelo interlocutor não será mais um obstáculo para a comunicação; ela será efetivada não importa o local, meio ou dispositivo utilizado”

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Depoimento NetApp Por Matt Gharegozlou , gerente geral da NetApp para América Latina e Caribe A principal transição que está ocorendo atualmente no mercado continuará em 2011. A maioria dos líderes de TI ao redor do mundo percebeu que o sucesso do negócio depende da capacidade de modernização da área de TI. Eles reconhecem que têm a oportunidade de tomar decisões agora, que irão impactar o sucesso a longo prazo de suas empresas e também que a correta infraestrutura de armazenamento de dados é fundamental para um negócio ser bem-sucedido. Todas as indicações são de que o Brasil e a América Latina, como um todo, irão crescer substancialmente no próximo ano e nos anos

vindouros. Além disso, a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos terão um impacto positivo para a economia brasileira e da região. Acreditamos que cloud computing terá um papel fundamental para as empresas de TI, para se tornarem provedoras de serviços com ênfase em aplicativos e automação. A tendência no sentido de apoiar aplicações corporativas para notebooks e smartphones já está em andamento e será muito comum nos próximos quatro anos. O futuro não será limitado ao uso de dispositivos corporativos. Tablets serão essenciais para facilitar a atuação da força de trabalho nos

SORTE DOS CANAIS MATT GHAREGOZLOU: “A maioria dos líderes de TI ao redor do mundo percebeu que o sucesso do negócio depende da capacidade de modernização da área de TI” próximos dois ou quatro anos. E, finalmente, as mídias sociais continuarão a integrar pessoas e, eventualmente, serão capazes de estabelecer relacionamentos, facilitar o diálogo e ainda engajar os indivíduos por meio de interações. Aplicações automatizadas irão agilizar a interação com comunidades de usuários, que poderão ser personalizadas por cada pessoa.

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Os Próximos Passos Passadas as turbulentas crises no mercado internacional nos últimos três anos, tivemos um 2010 de “reconsolidação” do cenário nacional. Esses bons resultados não se produziram sozinhos, o pós-crise trouxe medidas de corte de gastos, criação e exploração de novos produtos e nichos de mercado e aposta em investimentos seguros mantendo uma margem aceitável para as empresas. A expectativa é de que o setor feche o ano de dezembro com bons números de crescimento consolidado e, principalmente, mantendo as finanças extremamente saudáveis e estruturadas. Dentro de todo esse contexto, fica aquela pergunta que chega todo o final do ano: quais serão as tendências para o ano que vem? O País tem acompanhado cada vez mais de perto a rápida evolução tecnológica mundo afora. O papel importante desempenhado pelo setor de distribuição na importação dos lançamentos de grandes fabricantes mundiais oferece ao mercado consumidor a oportunidade de comprar o que há de melhor em termos de produtos. Caminhando paralelamente, temos um pujante mercado produtor interno, que, aos poucos, deixa de lado o caráter puramente integrador, para pensar e desenvolver soluções em software e hardware. Essa complementaridade de investimentos dará o tom para quem quiser continuar crescendo em 2011. Novas opções de comunicação com o mercado serão diferenciais interessantes. Apesar do mercado ter se calcado muito na relação vendedor-revenda, as novas ferramentas da web 2.0, como as redes sociais, tendem a se

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tornar ainda mais referência nas diversificações do formato de comunicação das empresas. A criação da Abradisti também foi um passo importantíssimo dado em 2010 e que só deve crescer nos próximos anos. Contamos, hoje, com 20 associados e começamos a colocar em evidência um mercado que durante muito tempo ficou ali, meio escondido, entre as duas pontas da cadeia. Apesar de concorrentes, o interesse conjunto de que o mercado cresça amplamente nos ajuda a buscar de maneira plural interesses comuns entre todas as empresas. Além disso, uma política contínua de investimentos em endomarketing segue em alta. O desenvolvimento integrado entre corporação/colaborador continua sendo tendência no sentido de estimular e desenvolver o máximo que cada um dos seus funcionários pode te oferecer. Isso se reflete posteriormente num atendimento muito mais completo ao seu cliente, pois ele percebe que há uma preparação e um estudo eficiente das suas reais necessidades de negócio. Os números parciais mostram indicação de alta nesse final de ano para o mercado de TI como um todo. Temos uma amplitude exponencial em crescimento, basta observarmos a dinâmica inserção que houve do brasileiro no mundo do TI e internet nos últimos anos. Temos consumidores antenados, exigentes e com grande potencial de compra; temos fabricantes pensando e desenvolvendo soluções e produtos incessantemente; e temos um mercado de distribuição que caminha a passos largos para le-

RECEITA PRONTA MARCOS COIMBRA: Consumidores antenados e com potencial de compra; fabricantes desenvolvendo novas soluções; e distribuidores andando a passos largos para levar tudo isso até o consumidor.

FOTO: LUCIANA ÁREAS

Por Marcos Coimbra, diretor-presidente da All Nations

var tudo isso até a ponta final de venda. Temos tudo para ter em 2011 um ano histórico! Acredito que em 2011 comecem negociações para consolidação do mercado de TI. As empresas começam a identificar sinergias e complementaridade em suas operações e concordam com a ideia de que uma aquisição ou fusão é o caminho para crescimento de portfólio e ampliação da base de clientes ativos.

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Ordem do dia: infraestrutura Por Carlos Cunha, diretor-geral da EMC no Brasil A economia brasileira em 2010 apresentou um excelente desempenho e o crescimento do País atrairá empresas de diversos segmentos para expandir seus negócios no Brasil, em 2011. O surgimento de um grande número de empresas que investirão no País deve aumentar significativamente no próximo ano, mas será necessário observar o grau de compromisso destas companhias com a continuidade e a qualidade de seus serviços. Muitas delas talvez não tenham a infraestrutura necessária para suportar o crescente número de exigências da indústria de TI, como por exemplo, o pós-venda, a logística, treinamentos e certificações para suportar a cadeia de fornecimento dos produtos e serviços e abastecer a demanda. O cenário da infraestrutura de TI vem se tornando, a cada dia, mais complexo e desafiador para os gestores. O volume crescente de infor-

mação digital precisa ser gerenciado e protegido, e isto deve levar a um aumento do número de profissionais de TI e de novas soluções e serviços para suprir as necessidades das empresas, no próximo ano. As perspectivas de crescimento para o setor de tecnologia, em especial no mercado de storage, são bastante animadoras, principalmente devido ao expressivo crescimento dos dados que trafegam nas redes sociais. A computação em nuvem é a próxima “grande onda” da indústria de TI, que promete às empresas e aos consumidores um modelo extraordinariamente mais eficiente e efetivo para projetos de médio e curto prazo, com o gerenciamento mais rápido e flexível desta avalanche incessante de informação. Ela veio para revolucionar o modo como TI se relaciona com os seus usuários e a EMC está bem posicionada para liderar esta onda e ocupar uma participação efetiva no mercado.

SOCIEDADE NA WEB CARLOS CUNHA: “As perspectivas de crescimento para o setor de tecnologia, em especial no mercado de storage, são bastante animadoras, principalmente devido ao expressivo crescimento dos dados que trafegam nas redes sociais”

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Tendências e desafios da era virtual Por Raymundo Peixoto, diretor geral da Dell Brasil

O segmento de tecnologia, um dos mais impactados durante a crise econômica mundial, começa a demonstrar sua força novamente e se recupera mais rápido do que o esperado. De acordo com dados da IDC, hoje, o desempenho da indústria de TI brasileira cresce quatro vezes acima do PIB nacional e, em 2012, o País deverá ser o terceiro maior mercado de PCs do mundo. Neste cenário de crescimento e recuperação, novos conceitos de mobilidade, o advento da computação na nuvem, as soluções para as crescentes necessidades de armazenamento de informação, além de novos aplicativos e produtos, estarão na pauta das inovações de negócios em 2011. Para isso, uma pergunta simples deve ser respondida: “O que se espera dessa era virtual para os próximos anos?” • Simplificação da TI – Os gestores e usuários de TI têm sido cada vez mais solicitados a direcionar esforços e recursos para agregar valor ao seu negócio direto. Frigoríficos, por exemplo, devem focar no seu principal negócio, que é o processamento da carne. Fabricantes de cimento, em melhorar o processo logístico e de produção. Montadoras de automóvel, em desenvolver melhores veículos e melhorar a eficiência fabril. E assim por diante. A gestão de TI é um meio, e não o objetivo final destas empresas. Desta forma, a simplificação da tecnologia por meio de soluções abertas, escaláveis e acessíveis, bem como soluções completas, de ponta a ponta, para determinadas aplicações

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ou segmentos de negócios, devem ser adotadas com maior velocidade. • Mobilidade – Um dos assuntos mais discutidos no mercado de tecnologia, a computação móvel é uma das principais tendências para os próximos anos. Aqui, não precisamos nos deter a equipamentos móveis, mas a conteúdos, que podem ser acessados por meio de diferentes dispositivos. Serviços na nuvem, em que softwares e armazenamentos podem ser compartilhados via internet ou rede, independente da plataforma utilizada, é um dos principais focos do setor. Dados como e-mails, fotos, vídeos, planilhas, apresentações, entre outros softwares, podem ser acessados remotamente pela nuvem a qualquer hora, em qualquer lugar. Ao mesmo tempo, o crescimento da produção de equipamentos como tablets mostra a força da mobilidade cada vez mais presente no mercado. A facilidade do acesso à internet, e-mails, rodar aplicativos em um produto fácil de ser portado é, com certeza, uma grande tendência para os próximos anos. • Variedade – Hoje é possível encontrar produtos que atendam às necessidades de todos os tipos de perfis, gostos e propósitos. As opções atuais são inúmeras: notebooks – com design elegante e mais potência –, netbooks, smartphones, tablets, desktops – multimídia e touch-screen –, além de tecnologias inovadoras. Apesar das diversas novidades que aparecem no mercado, em um curto espaço de tempo, nenhum desses

produtos substituirá o outro. Cada um deles tem a sua função, ou seja, é possível que um consumidor tenha um tablet para ler livros, acessar sites e e-mails e ainda prefira um notebook para realizar tarefas mais completas, por exemplo. • Explosão de dados – Um dos maiores desafios das empresas é o crescimento exponencial no volume de dados e a necessidade de otimizar e gerenciar as camadas de armazenamento. Muitas empresas guardam informações sensíveis, como dados de cartões de crédito, dados médicos, registros financeiros, que podem até estarem sujeitos a legislação específica, e, portanto, é necessário que essas informações sejam armazenadas com segurança e de forma inteligente. Por que armazenar dados que nunca mais serão utilizados em discos de alta disponibilidade? Quantas vezes um mesmo arquivo é armazenado em sua rede se este arquivo é enviado por e-mail para diversas pessoas que, por sua vez, irão reenviar a mesma informação ou armazená-las? A explosão de dados é inevitável, e as duas grandes tendências relacionadas a este tema são a desduplicação de dados (que permite economizar espaço) e o armazenamento em camadas (utilizando os recursos corretos para cada tipo de informação). Ambas visando sempre a otimizar os investimentos em infraestrutura. • TI para PME – O aumento da demanda para pequenas e médias empresas, com o bom mo-

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mento econômico, traz a necessidade da profissionalização dos serviços, soluções flexíveis, facilidade de gerenciamento, qualidade na infraestrutura, além de custos acessíveis para que as empresas possam controlar seus serviços e soluções. As PMEs dependem de tecnologia de informação (TI) para auxiliá-las a terem sucesso, liberando-as para focarem no seu negócio, por isso a gestão de TI de uma pequena e média empresa não deve ser exclusividade da companhia. Estes profissionais poderão adquirir os serviços de TI que se ajustem melhor às suas organizações e contar com serviços gerenciados pagos conforme consumidos ou consultoria com escopo definido.

FOTO: KELSEN FERNANDES

GADGETS RAYMUNDO PEIXOTO: “Apesar das diversas novidades que aparecem no mercado, em um curto espaço de tempo, nenhum desses produtos substituirá o outro. Cada um deles tem a sua função”

• Classe C fortalecida – Segundo dados do IBGE, mais de 20 milhões de pessoas migraram das classes D e E para a classe C apenas neste ano, no Brasil. Após o significante crescimento do poder de compra de consumidores das classes em ascensão, principalmente em relação aos equipamentos de informática, entretenimento e lazer, as empresas traçam estratégias para atrair essa parcela da população que adquire produtos e serviços baseada na qualidade, em detrimento do preço final. Essa análise, publicada em um estudo da Nielsen, mostra que esse comportamento da classe C é reflexo da grande quantidade de produtos existentes em uma mesma categoria, fazendo com que o consumidor

tenha mais opções de escolha e opte pelo produto que melhor atende às suas necessidades. • Redes Sociais – A maneira como as pessoas interagem mudou drasticamente após a popularização das mídias sociais. As empresas terão que se adaptar à velocidade com que as pessoas se comunicam e trocam informações entre elas. A maneira de se comunicar com o cliente também tem sofrido grandes alterações. O marketing e o pós-vendas, por exemplo, devem achar caminhos alternativos para atender a esta nova modalidade de comunicação que já está consolidada e cresce cada vez mais.

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DISPOSITIVOS MÓVEIS CLAUDIA SANTOS: “Novas plataformas, como tablets e smartphones, além, é claro, de notebooks e netbooks serão os grandes beneficiados pela união da GPU com a CPU”

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A nova era computacional Por Claudia Santos, diretora-geral da AMD no Brasil No começo da era computacional recente, um bom computador era julgado pela sua potência em MHz ou GHz, ou seja, bastaria apenas o processador trabalhar a uma frequência de 2GHz, para ser melhor do que outro dispositivo de 1GHz e, automaticamente, já era considerado melhor. Outros elementos não eram levados muito em conta para diferenciar dois PCs. A proposta da AMD veio em 2005, com o lançamento das plataformas multicore, com o lançamento do Athlon 64 X2, primeiro chip de dois núcleos para desktops. Essa mudança não foi necessariamente uma surpresa para o mundo dos servidores, onde as necessidades nesse sentido eram mais claras, mas por outro lado, para o segmento dos chips x86 para desktops, foi uma transformação radical. Hoje em dia, é de senso comum que vários núcleos são uma maneira de continuar a inovar. O problema disso é que, como no caso da frequência, chegamos rapidamente a um grande número de núcleos em um processador. Mas será que existe um limite? A resposta é sim, mas sob uma perspectiva de utilização. Certamente, em algum ponto,

a quantidade de carga de trabalho faz com que o poder de computação para gerenciar os processadores acabe por superar o poder computacional disponível destinado a realizar o trabalho real. Podemos exemplificar desta forma: se você pretende puxar um arado, você usaria um boi ou mil galinhas? A próxima geração de PCs não será apenas de chips x86, mas sim uma combinação de um processador multicore convencional e dezenas de núcleos mais simples, utilizados atualmente em GPUs, ou seja, como núcleos de uma placa gráfica. A AMD batizou este conceito de APU (Accelerated Processing Unit ou Unidade de Processamento Acelerado), ou seja, mescla em um único chip de silício o poder da CPU (Central Processing Unit ou Unidade Central de Processamento) com o da GPU (Graphic Processing Unit ou Unidade Gráfica de Processamento). Estes são os núcleos heterogêneos, que farão parte da nova geração de dispositivos presentes e os que surgirão no mercado. Acreditamos que não estamos sozinhos neste segmento e, provavelmente, esse será o próximo passo na transição da indústria de processadores. Além disso, acreditamos ainda que essa mudança não acontecerá da noite para

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o dia, mas quando ocorrer, deverá afetar tudo, das TVs e laptops até os servidores. Um dos pontos mais fortes dessa nova tecnologia é a sua proposta de valor. Algumas pesquisas recentes indicam que muitos clientes não sabem qual processador, placa gráfica ou chipset fazem parte de seus desktops ou notebooks. Essa conclusão era até esperada, mas o mais interessante é que a grande maioria declarou realmente não se interessar, ou mesmo se importar sobre qual componente utilizava, desde que seu PC oferecesse o nível de desempenho, confiabilidade, consumo de energia a um custo baixo. Portanto, a proposta de APU terá como foco principal não o fato de ser o produto de uma fusão de componentes e sim os benefícios de performance, gerenciamento de energia e potencialmente de custo oferecida pela tecnologia. Na esfera da aplicabilidade, podemos dizer que as novas plataformas, como tablets e smartphones, além, é claro, de notebooks e netbooks serão os grandes beneficiados com esta tecnologia computacional, uma vez que a característica principal destes chips é o baixo consumo de energia a uma boa capacidade de processamento tanto de dados como de vídeo. Por conta destes fatores, acreditamos que será uma boa oportunidade para as revendas oferecem produtos com o que há de mais novo, em termos de plataformas e processadores, acarretando um aumento do portfólio de soluções, ao mesmo tempo em que ajuda a preencher a lacuna que o mercado destes dispositivos mais novos deverá abrir em 2011. Diante deste cenário, a tendência é de que estes dispositivos passem a custar menos, pois o preço dos componentes deve cair, o que vai gerar um efeito dominó e, num futuro próximo, permitirá à maioria das pessoas consumirem tecnologia de ponta a um custo acessível.

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O futuro previsível Por Aldo Pereira Teixeira, presidente da Aldo Para construir meu raciocínio a respeito de uma pergunta tão delicada, resolvi voltar os olhos para uma figura polêmica de séculos atrás. Nostradamus era um farmacêutico e médico da Renascença, que praticava a alquimia – como muitos dos médicos do século XVI – e ficou famoso por sua suposta capacidade de predição do futuro. Sua obra mais famosa, As Profecias, é composta de versos que contêm previsões codificadas do futuro. Contudo, para alguns estudiosos, Nostradamus não teria escrito sobre o futuro, mas sobre seu presente na época, utilizando-se de códigos para se proteger das ameaças daquele tempo. Pensar em Nostradamus como um vidente não é muito confortante. Pois prever o futuro é para poucos, se é que eles existem. Se assumirmos como verdadeira a ideia de que ele codificava suas mensagens sobre o presente, porém, trata-se de uma hipótese mais palpável e possível de ser copiada, por nós, humanos comuns. Mas, quando penso nesta segunda linha de raciocínio, a conclusão mais interessante a que chego e que desejo destacar é a questão da ciclicidade da história. Afinal, é a repetição da história que transforma as previsões de Nostradamus em realidade. Em quase 30 anos de existência, a Aldo assistiu a esta história cíclica. Vimos o mapa mundial se reorganizar em novos países; vimos potências caírem e outras surgirem. Em nosso País, foram vários planos e pacotes governamentais, novas moedas, novos presidentes e novas expectativas. Da nossa parte, uma

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nova empresa, a cada momento diferente que se apresentava, contudo, sempre muito alicerçada nos valores e princípios que estabelecemos desde a nossa fundação. Tenho ouvido experiências muito positivas a respeito dos estudos de tendências para se somarem às pesquisas tradicionais que já são realizadas. Os estudos, baseados na observação de hábitos, perfis e consumo, são capazes de nos fornecer informações valiosas a respeito do futuro. Temos utilizado muito de nosso tempo na

observação para entendimento das pessoas que estão por trás das empresas com as quais nos relacionamos, sejam elas fabricantes ou clientes. Pensamos também no consumidor, corporativo e doméstico, para entender como os nossos clientes, as revendas, devem interagir com os seus clientes. Em resumo: analisamos o mercado e refletimos a respeito dele e das pessoas que dele fazem parte. Este exercício tem sido muito produtivo e enriquecedor para previsibilidade, mesmo que você não seja um Nostradamus!

BOLA DE CRISTAL PRA QUÊ? ALDO PEREIRA TEIXEIRA: “Analisamos o mercado e refletimos a respeito dele e das pessoas que dele fazem parte. Este exercício tem sido muito produtivo e enriquecedor para previsibilidade, mesmo que você não seja um Nostradamus!”

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Mobilidade corporativa: ficção ou realidade?

Por Estevan Bataglia, gerente-comercial da BinarioMobile Automação de negócios, agilidade na tomada de decisão e otimização de processos. Essas carências – que são antigas – podem ser integralmente supridas com a mobilidade corporativa. Porém, a implementação de projetos desse gênero começa a sair do papel só agora e a ganhar corpo nas tarefas em campo dos profissionais remotos e junto aos executivos que precisam acessar as informações de gestão da empresa em tempo real. Em contrapartida, as projeções para a região são otimistas. Segundo o Gartner, está previsto que a mobilidade seja a quarta maior prioridade tecnológica dos CIOs na América Latina em 2011. No Brasil, o cenário também se mostra favorável, principalmente pelo fato das empresas estarem mais conscientes de que o conceito de mobilidade corporativa vai muito além do envio e recebimento de e-mails – via desktop, notebook e até mesmo celulares. Todos os anos, milhões de dólares são investidos em ferramentas ERP. Mas o que adianta esse fato isolado se, por exemplo, o sistema de correio eletrônico não é muito bem pensado e integrado de forma segura ao ambiente de gestão da companhia? Isso seria

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uma séria ameaça ao andamento dos processos corporativos. Hoje, os recursos de mobilidade disponíveis no mercado podem ser facilmente integrados às ferramentas de gestão das empresas, permitindo a utilização de estratégias mais qualificadas, além de resultar em maior produtividade e geração de resultados. A velocidade com que as plataformas móveis se desenvolvem abre um enorme espectro de opções para as empresas que pretendem incluir mobilidade em suas práticas corporativas. Mas é difícil decidir pela melhor plataforma tecnológica: netbook, smartphones ou tablets. Por isso, é válido ressaltar que o dispositivo móvel também é um recurso corporativo e que precisa ser utilizado respeitando as políticas internas. Começamos a ver gestores de TI cada vez mais conscientes do uso profissional dos dispositivos móveis e menos influenciados pelas tendências do consumismo pessoal. Esta nova postura será a responsável pela virada tecnológica com relação ao uso profissional de mobilidade. Por consequência imediata a essa preocupação dos gestores e para atender às exigências do mercado corporativo, os fabricantes estão em busca da manutenção de padrões,

PARA COLOCAR EM PRÁTICA ESTEVAN BATAGLIA: “A responsabilidade pela mobilidade corporativa está nas mãos de empresas integradoras e desenvolvedoras de software”

principalmente de segurança de dados, em paralelo à frenética evolução dos aparelhos e suas funcionalidades. O uso de padrões permitirá o surgimento de ferramentas cada vez mais avançadas e premeditará o fim das necessidades de adaptação e serviços de integração. A iniciativa poderá também introduzir um novo fator para o mercado de mobilidade: os módulos de software nativos, fabricados pelos próprios desenvolvedores de ERP. Enquanto isso, a responsabilidade pela mobilidade corporativa está nas mãos de empresas integradoras e desenvolvedoras de software, entre alguns outros exemplos isolados de pioneirismo. Mas posso dizer que todas colherão frutos de um mercado emergente no qual o aporte de valor impacta de forma imediata sobre os resultados operacionais.

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Desafio para a indústria de TI, oportunidade para as corporações As perspectivas para o mercado brasileiro de tecnologia da informação em 2011 são positivas, principalmente ao analisarmos os resultados expressivos alcançados em 2010. Somente o segmento de software e serviços deve fechar com movimentação de mais de US$ 15 bilhões neste ano, segundo analistas de mercado. Se este é um número animador, imagine o que poderá ser acrescentado com a computação em nuvem, ou cloud computing, em 2011. A IDC, por exemplo, estima que os serviços em nuvem possam agregar mais de R$ 34,5 bilhões em novas receitas líquidas de negócios para a economia do Brasil entre 2009 e final de 2013. Este novo conceito já é uma realidade no mercado de TI e promete transformar o modelo de negócios da indústria, ao mesmo tempo em que mudará sensivelmente a experiência do cliente. Três fatores importantes mostram a alavancagem que a computação em nuvem traz para o ecossistema de software e serviços do Brasil: • Competitividade - Um rápido histórico sobre o mercado de tecnologia da informação nos permite observar quanto o segmento evoluiu em um curto período. Há poucos anos, a tecnologia de ponta era restrita ao poder de investimento de

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ALERTA LUIS BANHARA: “O revendedor que não considerar a nuvem como uma oportunidade para os próximos anos estará não só cometendo um grave erro de planejamento, como se colocará de fora de uma das maiores oportunidades da indústria de TI dos últimos 30 anos”

FOTO: DIVULGAÇÃO

Por Luis Banhara, diretor de negócios e parceiros para pequenas e médias empresas da Microsoft Brasil

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grandes companhias. A computação em nuvem estende isto às médias e pequenas empresas, tornando-as muito mais competitivas. Aumentar a competitividade é, hoje, um dos maiores desafios da indústria nacional. • Demanda crescente - O usuário final está mais familiarizado com a experiência da computação em nuvem. Cada vez que acessa seu webmail ou um serviço de mensagem instantânea, ele experimenta um serviço na nuvem. É claro que, quando levamos isso para o ambiente corporativo, em que disponibilidade, segurança e performance são, na maioria das vezes, críticos, é preciso ser mais criterioso. Ao pensarmos no gestor de TI, isto significa um menor investimento inicial, a possibilidade de pagar pelo que utiliza e dedicar a “economia resultante” em projetos que tornem a área de negócios mais competitiva. Os gestores estão buscando soluções assim. • Receita incremental – Apesar dos fatores positivos, as empresas não “virarão a chave” para a computação em nuvem da noite para o dia.

Cabe ao ecossistema identificar e auxiliá-las em por onde começar, ou seja, entender a capacidade computacional e confiabilidade do fornecedor, analisar se a oferta é adequada ao perfil do seu negócio e calcular o retorno sobre o investimento do projeto. Os resultados são novas oportunidades que, pela minha experiência, se traduz em receitas incrementais de serviços para o canal. Do lado da indústria de TI as oportunidades são grandes e a tendência é que o modelo amadureça nos próximos anos. O que já se pode prever é que algumas áreas da indústria, como suporte, serviços de interoperabilidade e consultoria devem se fortalecer. Uma das vantagens para o ecossistema de canais do modelo na nuvem é oferecer a possibilidade de uma receita recorrente, já que, com este modelo, se oferece muito mais do que uma solução, mas um serviço contínuo. Já outro desafio será a capacitação profissional, cada vez mais necessária para suportar este novo modelo de negócios, pois a demanda por mão de obra qualificada, longe de ser um problema do mercado de TI, afeta diretamente outros segmentos da economia e é um entrave para o

crescimento. Segundo a Brasscom (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), há 100 mil vagas no mercado de TI não preenchidas no Brasil e a estimativa é de que faltarão até 200 mil profissionais em 2013. Apesar do entusiasmo em relação ao novo conceito que representa a maior transformação da indústria de TI dos últimos 30 anos, uma coisa deve ficar clara: a ascensão do cloud computing não implica o fim do modelo do software instalado na máquina do usuário. Trata-se de uma quebra de paradigma, como foi a adoção em larga escala do computador pessoal e da internet, nos anos 80 e 90. Enfim, o revendedor ou prestador de serviço que não considerar a computação em nuvem como uma oportunidade para os próximos anos estará não só cometendo um grave erro de planejamento, como se colocará de fora de uma das maiores oportunidades da indústria de TI dos últimos 30 anos. Procure seus parceiros de negócios, entenda a tecnologia, voluntarie a discussão com seus clientes. O mundo acaba de ficar maior e o céu não é mais o limite. Que venha 2011!

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Empresas e consumidores moldarão o mercado de tecnologia em 2011 Por Augusto Campos, diretor de vendas da Intel do Brasil O ano de 2010 foi marcado por lançamentos de dispositivos de consumo e empresariais e também pelo crescimento exponencial do uso das redes sociais. Esse aumento reflete o desejo dos consumidores pela individualização do PC e também um intercâmbio de soluções pessoais para a produtividade no trabalho proporcionado pela mobilidade. Neste cenário, podemos dizer que a com-

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putação em nuvem exercerá um papel cada vez mais importante. Com as principais corporações de grande porte investindo na virtualização de seus respectivos ambientes, a computação em nuvem vai transferir para servidores remotos a função de processar o volume de dados necessários e permitir que os usuários carreguem equipamentos que consumam menos energia e sejam aptos a acessar dados de qualquer lugar

onde estejam e que, mesmo com menor poder de processamento, recebam imagens renderizadas na nuvem e enviadas via banda larga. Com a consolidação desse modelo, outro fator entra em jogo: a segurança corporativa, que continuará sendo uma das maiores prioridades para a indústria de IT. Como as empresas vão se preparar para consentir o acesso à sua rede por diferentes dispositivos? A nuvem

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é a palavra-chave. Com grandes empresas dominando o mercado de TI e o acesso facilitado aos produtos em função do crédito e barateamento da tecnologia, o consumidor será atraído pela credibilidade despertada pelas marcas mais conhecidas, que oferecem uma ampla gama de produtos para todos os níveis sociais e culturais. Com isso, o pequeno integrador precisará tornar-se um consultor de tecnologia, investindo no mercado de nicho e oferecendo produtos focados na necessidade de seu público, tais como soluções para pequenas e médias empresas ou usos específicos da tecnologia, não apenas no preço. Isso possibilitará o aumento da receita mesmo com um volume menor de vendas. É o conceito da cauda longa aplicado à tecnologia. Outra tendência não menos importante é a consciência ambiental. Consumidores e empresas estão mais atentos aos impactos que causam na natureza, optando por tecnologia e produtos ecologicamente responsáveis sem comprometer seu desempenho.

FOTO: DIVULGAÇÃO

empresarial decolará à medida que novos serviços baseados em nuvens são reformulados para o uso empresarial, incluindo redes sociais. Ao longo do próximo ano, a indústria focará as capacidades fundamentais para a proteção da infraestrutura e a manutenção dos segredos de pessoas e empresas. Com o foco em uma computação em nuvem segura, as corporações passarão a compartilhar dados por meio de redes internas e externas, uma rede “automatizada” que permita o movimento seguro e automático de aplicativos e recursos para melhorar significativamente a eficiência no consumo de energia dos data centers. Além disso, essa “nuvem” será capaz de reconhecer quais tipos de aplicativos, comandos e processamento devem ser realizados na nuvem ou no seu notebook, smartphone ou outro dispositivo – além de considerar as características únicas do usuário e do dispositivo para garantir a otimização completa da experiência online. No segmento de canais, mercado de nicho

CONTROLE NA NUVEM Augusto Campos, da Intel: “Como as empresas vão se preparar para consentir o acesso à sua rede por diferentes dispositivos?”

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2011 NOVAS EQUAÇÕES JOSÉ P. LEAL JUNIOR: “As margens de lucro não virão mais da diferença entre o preço de compra e venda, mas sim da modalidade dos contratos de consultoria e integração de fornecedores e soluções”

FOTO: RICARDO BENICHIO

Virtualização e Cloud – O velho outsourcing com variedade e poder de escolha Por José P. Leal Junior, country manager da Afina Brasil

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Não faz muito tempo que assistimos com algum espanto a um grande número de empresas de todos os portes e até órgãos governamentais migrarem da velha infraestrutura própria de informática para um novo conceito, o então chamado “outsourcing”. Para alguns, foi uma grande quebra de paradigma e a ruptura de algumas “mecas” da tecnologia, conhecida até então como CPD, ou área de TI para os mais estruturados. Inevitavelmente, a adoção da terceirização de alguns serviços de tecnologia como transmissão de dados, backup, antivírus, armazenamento e até serviços como o de impressão, ocasionou a migração de parte do poder dos gerentes de informática e CPD para outras áreas das empresas, como a financeira, administrativa ou até mesmo diretorias executivas. Essas áreas passaram a compartilhar as decisões de investimento em tecnologia, fornecedores e, principalmente, passaram também a analisar com mais detalhes os contratos de serviços de tecnologia. A fase de adaptação já passou, o mercado está estabilizado e o outsorcing é muito bem aceito por todas as camadas das empresas, integradores e fabricantes. Agora, porém, estamos passando por outro momento de migração dos processos de utilização, adoção e entrega de tecnologia: a virtualização e adoção de soluções de cloud computing. Este movimento, apesar de algumas semelhanças com o fenômeno antecessor, possui alguns diferenciais muito importantes para os usuários como a opção de múltipla escolha dos serviços de virtualização. O serviço de virtualização é versátil, pode ser de vários fornecedores diferentes e ter tecnologias integradas com níveis de serviços diferenciados. A grande diferença do outsourcing tradicional é a liberdade de possuir vários contratos de níveis de serviços num único repositório de informações e dados. O antigo gerente de informática ou TI exerce, agora, uma função muito mais administrativa e de gestão de contratos, ao invés de apenas cuidar do setor de informática da empresa.

Essa tendência de migração para virtualização dos serviços, aplicativos, servidores, backup, armazenamento de dados e principalmente segurança não tem e não terá volta. Ainda mais que agora, o eixo das decisões de investimento em tecnologia tem participação efetiva dos gestores administrativos, financeiros e até mesmo de acionistas e investidores, em alguns casos mais complexos, visando não só a atualização tecnológica, mas também a rentabilidade e competitividade das empresas com o uso de tecnologias de vanguarda. Em um futuro próximo, algumas empresas tradicionais de prestação de serviços de tecnologia e fabricantes terão que se atualizar para participar desta tendência. Caso não vejamestecenáriocomoumaótimaoportunidadede negócio, muito mais rentável e sem fronteiras, possivelmente enfrentarão um cenário de dificuldades e perda de clientes. O integrador ou a revenda de tecnologia terá agora a missão de ser mais do que nunca uma espécie de consultor de opções e integração de soluções virtualizadas e deixar de ser apenas a empresa que instala e integra as soluções de hardware e software das empresas. Ele terá a missão de pesquisar, analisar e entender junto com seu cliente as entrelinhas dos contratos de SLA para as soluções virtualizadas e hospedadas na cloud. As margens de lucro não virão mais da diferença entre o preço de compra e venda, mas sim da modalidade dos contratos de consultoria e integração de fornecedores e soluções, e esse entendimento conjunto será o grande “valor agregado” que as companhias enxergarão nos prestadores de serviços e fornecedores de TI. O futuro está aí, mas não podemos vê-lo fisicamente. As soluções de cloud e a virtualização nos obrigam a adotar a tecnologia e acreditar realmente que nossos dados, informações, servidores, desktops, storage e outros aplicativos e soluções estão lá na nuvem, seguros, disponíveis, atualizados e, principalmente, sempre acessíveis a qualquer hora e de qualquer lugar.

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Três oportunidades de ouro

Otavio Lazarini Barbosa, diretor-geral da Westcon Brasil e vice-presidente sênior do Westcon Group para a América Latina

PARCEIRO IMPORTANTE OTAVIO LAZARINI BARBOSA: “O distribuidor deverá disponibilizar ao canal sistemas combinando múltiplos serviços, para aprimorar a oferta para o cliente final.”

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O ano de 2011 promete trazer mudanças significativas e, consequentemente, boas oportunidades de negócios para os fabricantes, distribuidores e canais de venda. Listamos aqui três oportunidades para as quais recomendamos total atenção dos canais interessados em aumentar suas vendas e lucratividade. 1. A virtualização implica novas soluções de segurança A primeira oportunidade vem da necessidade de segurança em ambientes virtualizados. Cada vez mais as empresas compram computadores com maior capacidade de processamento, adicionam camada de software de virtualização sobre este hardware e criam máquinas virtuais na quantidade e tamanho certo para suas aplicações. Estas máquinas virtuais são passíveis de ataques e vulneráveis a vários tipos de malware. Muitos fabricantes de soluções de segurança estão desenvolvendo versões otimizadas de seus softwares para esse novo ambiente virtualizado, que não para de crescer. Os novos produtos trarão uma significativa oportunidade de negócios para os integradores e distribuidores focados em soluções de segurança. Recomendamos aos canais investir na especialização em soluções que otimizem a segurança do ambiente virtualizado, pois essa será uma fonte nova de receitas e lucros a partir de 2011.

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2. A computação em nuvem traz uma série de novas demandas A segunda oportunidade é a computação na nuvem. Os fabricantes vêm desenvolvendo software para este ambiente, o que vai demandar uma oferta diferenciada do distribuidor e seus canais para os grandes provedores de serviços de computação na nuvem. Além disso, muitos canais investirão em seus próprios serviços de nuvem e precisarão do apoio dos fabricantes e distribuidores para o acesso financiado ao software e ao hardware necessários. Outra possibilidade de negócio que deve surgir em 2011 é a agregação de serviços de nuvem de diversos fabricantes pelo distribuidor, que deverá colo-

car à disposição do canal sistemas combinando múltiplos serviços, aprimorando a oferta para os clientes finais. 3. Os novos data centers exigirão uma infraestrutura de rede mais robusta A terceira oportunidade está relacionada aos data centers dinâmicos, cuja nova tecnologia exige muito mais robustez da rede à sua volta. Muitos fabricantes têm feito investimentos significativos nesta área, diante da expectativa de uma renovação pesada nas infraestruturas de rede. Além disto, espera-se uma transição do comportamento de compras de produtos de data center, migrando dos atuais silos de servidores, armazenamento e

rede para um modelo virtualizado, suportado por uma plataforma de rede muito mais robusta. A base de muitos operadores de serviços de nuvem será um data center dinâmico altamente virtualizado, oferecendo todas as necessárias funcionalidades de desempenho, segurança e tolerância a falhas. E estes data centers começarão a ser montados em escala maior em 2011. Essas são as três oportunidades de ouro que o ano novo nos traz. Com a estruturação adequada para responder às novas tendências, os canais de venda certamente estarão diante de um excelente momento para estender seu mercado de atuação, com crescimento e rentabilidade para suas operações.

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On the Record

MEUS 35 ÍDOLOS (ANTES QUE CHEGUE O ANO 2011) Estamos finalizando o ano de 2010, ano em que completei 35 anos de idade. Escrevi muito sobre isso este ano, e por este motivo, finalizarei este ano com um presentinho. 35 pessoas que me ensinaram algo. Perceba que muitos deles simplesmente não existem. Indiana Jones – aprendi a amar história com ele, além de criar certa admiração pela igreja, em alguns aspectos; Rocky Balboa – aprendi a ter força de vontade, até mais do que deveria; Jerry Maguire – acredite no seu sonho, mesmo que ele faça você perder seu emprego, sua noiva e seu dinheiro. Não acredite em nada até que esteja assinado; Elliot (E.T.) – um anãozinho do espaço pode sim te fazer feliz; Marty McFly (De volta para o futuro) – ser amigo de um cientista louco pode te levar ao passado ou ao futuro, mas independente de onde esteja, vocês serão amigos; Christian Sheppard (Lost) – aprendi que não deixamos este lugar, evoluímos para outro; Clareece Precious Jones (Precious) – mesmo que sua vida seja um inferno, imagine-se vencedor; Musashi – se o inimigo é superior a você, lute no seu campo; Piscine Molitor Patel (A Vida de Pi) – viva entre os animais e saiba quais deles podem querer te comer de noite; Sinuhe (O Egípcio) – sonhe com algo grande e lembre-se do tempo que precisa para a conquista todos os dias; Frankie Dunn (Menina de Ouro) – nunca tire os olhos do seu oponente; Ren McCormick (Footlose) – Dance; Sr. Kesuke Miyagi (Karate Kid) – O lado direito é bom, o esquerdo também. No meio, te partem como uma uva; Benjamin Button – aprenda a seguir adiante e, se cair, reerguer-se; Edward Bloom (Big Fish) – para que saber a história verdadeira e chata? A que eu conto é muito melhor; The Prime Minister (Love Actually) – quando algo acontece conosco, a única coisa que lembramos é de quem amamos; John Keating (Sociedade dos poetas mortos) – carpe diem Chris Colle (Rock Star) – o sucesso não é tão bom quanto parece; Darth Vader – que a força esteja com você;

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Billy Elliot – na dúvida, aperte os lábios e diga sim; Jor-El (Superman) – o mundo não é ruim, eles só precisam de uma luz para lhes mostrar o caminho; Freddy Mercury – O show deve continuar; Samwise Gamgee (O senhor dos anéis) – eu costumava ler sobre nobres soldados que venciam batalhas. Nunca li sobre pessoas que desistiam; Jamal Malik (Slumdog Milionaire) – não importa o quanto você ganhe ou perca, sem uma paixão, nada disso vale a pena; Dr. Hannibal Lecter (O silêncio dos inocentes) – Quid Pro Quo; Sloth (Goonies) – até crianças gritando são bacanas; Mandela (Invictus) – inspire Truman Burbank (O Show de Truman) – quando tudo está calmo demais, é porque há algo errado; Renato Russo – quando tudo está perdido, sempre existe uma luz; Roberto Carlos – falar coisas simples ainda está na moda; Alan Grant (Jurassic Park) – se algo ficou no passado, deixe lá, era pra ser; Johnny Walker – continue andando; Isaac Newton – Dois corpos não ocupam o mesmo espaço no universo. Se você está sentado em algum lugar, é porque estava vazio; Minha mãe – nunca mude o que você realmente é; Meu pai – toque meu filho, toque.

Alberto Leite é diretor-executivo e publisher da IT Mídia S.A. E-mail: aleite@itmidia.com.br

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