06 a 10 de Junho de 2012 IBEROSTAR PRAIA DO FORTE PRAIA DO FORTE - BA
A POUCOS DIAS DE SUA REALIZAÇÃO,O IT BUSINESS FORUM JÁ ALCANÇOU GRANDES RESULTADOS: • Mais de 170 executivos confirmados • 20 patrocinadores • Previstas 1.200 reuniões de negócios • 25 ações estruturadas de relacionamento
Agora, queremos ajudar você a alcançar os seus. Veja como na página 09.
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RICARDO BARONE, VP, E CARLOS TESTOLINI, CEO DA SONDA IT, revelam como a provedora reorganizou sua área de serviços após diversas aquisições, com foco em ter todos falando a mesma língua
2ª 1ª QUINZENA MAIO DE 2012 NÚMERO 348 347 WWW.CRN.COM.BR
INTEROP CLOUD COMPUTING, VIRTUALIZAÇÃO, REDES DEFINIDAS POR SOFTWARE (SDN) E DATA CENTERS DEFINIDOS POR SOFTWARE (SDDC). ENTENDA COMO ESTAS TENDÊNCIAS DITARAM O CONTEÚDO CENTRAL DA INTEROP LAS VEGAS 2012
CRN BRASIL ENTREVISTA
Sincronia
PALESTRANTE DA VIRADA DIGITAL 2012, ALESSANDRA LARIU, PUBLICITÁRIA E EMPREENDEDORA, COLOCA AS MÍDIAS DIGITAIS NO CENTRO DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
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VENCER É TER A ATITUDE DE INICIAR UM PROJETO. Parabéns por ter dado o primeiro passo para divulgá-lo ao mercado.
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A IT Mídia agradece a todos os executivos que participaram do Prêmio Referências em TI. Contamos com a presença de todos na grande noite de premiação, que será realizada durante o IT Business Forum, no dia 06 de Junho, na Praia do Forte/BA. Não perca esta grande oportunidade de ficar em contato com grandes líderes do setor. Entre em contato com a nossa equipe e saiba as condições de participação. Equipe IT Business Forum 2012 Tel: 11 3823-6720/6634
Os líderes da cadeia de TI reunidos em um só lugar. 06 a 10 de Junho de 2012 Iberostar Praia do Forte – Praia do Forte – BA Patrocínio:
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índice
2ª quinzena Maio 2012 / Edição 348
INTEROP
CANAIS
Software por definição Página | 46
Integração é a chave Página | 58
Confira a cobertura da feira de Las Vegas que colocou o software à frente do hardware e mostrou as tendências que o mercado deve saber
Sonda IT arruma a casa depois de várias aquisições e conta como reestruturou sua área de serviços de TI
Colunistas
Kip Garland Pág | 26
VIRADA DIGITAL | 20
Considerada a 29ª mente criativa do mundo, Alessandra Lariu fala sobre mídias digitais em entrevista exclusiva
HDs X nuvem | 42
O paradigma proposto pelo armazenamento em cloud pode comprometer o uso hardwares com este fim?
GESTÃO | 54
As dicas de escolas que você precisa conhecer quando o assunto é MBA (Master in Business Administration)
Dagoberto Hajjar Pág | 44
Dell | 28
Diretor executivo global da companhia, Antonio Julio comenta perda da 3PAR para HP há mais de dois anos e diz que companhia mira Brasil para potenciais aquisições
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no Mundo | 38
Conheça quem foram os fabricantes do mercado de tecnologia da informação eleitos pelos canais na consagrada premiação Channel Champions, da revista CRN EUA
IT Forum | 68
Veja os assuntos que mais chamaram a atenção durante a 14a. edição do encontro que reuniu cerca de 200 CIOs na Praia do Forte, em Salvador (BA), no final de abril
CRN Tech | 78
Novo conteúdo da seção apresenta as novidades do que aconteceu no BlackBerry World 2012, nos Estados Unidos, apuradas pelo especialista do Fórum PCs, Flávio Xandó
Coriolano Almeida Pág | 52
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Se sua empresa quer ser ou continuar relevante, você tem que estar aqui.
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Expediente
PRESIDENTE-EXECUTIVO
Adelson de Sousa • adelson@itmidia.com.br
vice-presidente executivo
Miguel Petrilli • mpetrilli@itmidia.com.br
DIRETOR de recursos e finanças
João Paulo Colombo • jpaulo@itmidia.com.br
Diretora Executiva de Mídia
adriana Cantamessa • adriana.cantamessa@itmidia.com.br
Diretora Executiva Editorial
Stela Lachtermacher • stela@itmidia.com.br
CONSELHO EDITORIAL
Adelson de Sousa, Miguel Petrilli e Stela Lachtermacher.
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EDITORIAL
GERENTE Elizandra Paiva • elizandra.paiva@itmidia.com.br • (11) 3823-6625
EDITORA
EXECUTIVOS DE CONTAS Augusto Ito • augusto.ito@itmidia.com.br • (11) 7204-3501 Christian Lopes Hamburg • christian.lopes@itmidia.com.br • (11) 7144-2547 Elaine Castro • elaine.castro@itmidia.com.br • (11) 7203-7840
REPÓRTERES
Haline Mayra • hmayra@itmidia.com.br
Patricia Joaquim • pjoaquim@itmidia.com.br Felipe Dreher • fdreher@itmidia.com.br Renato Galisteu • renato.galisteu@itmidia.com.br
REPRESENTANTES Minas Gerais: Newton Espírito Santo • comercialmg@itmidia.com.br (31) 2551-1308 - (31) 7815-3095 Vera Santo • comercialmg@itmidia.com.br (31) 2551-1308 - (31) 7815-3096
Santa Catarina: Lucio Mascarenhas • comercialsc@itmidia.com.br (48) 3025-2930 - (48) 7811-4598 USA: Huson International Media Tel.: (1-408) 879-6666 - West Coast | Tel.: (1-212) 268-3344 - East Coast ralph@husonusa.com Europa: Huson International Media Tel.: (44-1932) 56-4999 - West Coast | t.holland@husonmedia.com
Paraná: Heuler Goes dos Santos • comercialpr@itmidia.com.br (41) 3306-1659 - (41) 7811-5397 Planalto Central (DF e GO): Gaher Fernandes • comercialdf@itmidia.com.br (61) 3447-4400 - (61) 7811-7338 Mauricio Caixeta • comercialdf@itmidia.com.br (61) 3447-4400 - (61) 7811-0949
PRODUTOR DE ARTE e VíDEO Francisco Yukio Porrino • fporrino@itmidia.com.br CONSELHO EDITORIAL CRN Brasil Benjamin Quadros • Presidente da BRQ IT Services Estela Bernardes • Diretora de vendas da IBM Brasil
Rio de Janeiro: Sidney Lobato • sidney.lobato@itmidia.com.br (21) 2275-0207 – (21) 8838-2648
Kip Garland • Fundador da Innovation Seed Marcia Thieme • Gerente de marketing e capacitação de vendas da APC by Schneider Ramiro Martini • Presidente da Cinco TI
MARKETING
Gerente Gabriela Vicari – gvicari@itmidia.com.br
Gerente de Inteligência de Mercado Gaby Loayza – gloayza@itmidia.com.br
Gerente de Marketing Web Gabriela Viana - gabriela.viana@itmidia.com.br
GERENTE DE COMUNICAÇÃO CORPORATIVA Cristiane Gomes – cgomes@itmidia.com.br
Severino Benner • Presidente da Benner Vladimir França • Diretor da Abradisti Cadeira especial: Prof. Luis Augusto Lobão, da Fundação Dom Cabral
Gerente de Marketing Fóruns Emerson Moraes – emoraes@itmidia.com.br
GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM CLIENTES Conheça a solução completa de mídia de negócios que a IT Mídia oferece: www.itmidia.com.br Conheça o portal vertical de negócios CRN Online: www.crn.com.br Receba as últimas notícias do mercado em tempo real, diariamente em seu email. Assine a newsletter do CRN Online: www.crn.com.br
Gerente Marcio Lima • mlima@itmidia.com.br
OPERAÇÕES Gerente Emanuela Araújo • earaujo@itmidia.com.br
COMO RECEBER CRN BRASIL COMO ANUNCIAR TRABALHE CONOSCO CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR
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Analista Elisangela Rodrigues • esantana@itmidia.com.br
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CONTEÚDO Este ano, o IT Business Forum traz uma nova proposta de agenda, em que todos os convidados assistem a todo o conteúdo. Nos Intercâmbios de Ideias, o CEO da Navita, Roberto Dariva, aborda o tema “Mobilidade - como entender e atender às necessidades dos clientes”. Mauricio Fernandes, presidente da Dedalus, apresenta o tema “Cloud Computing - como ganhar dinheiro com a nuvem”. O professor da Fundação Dom Cabral, Luis Augusto Lobão Mendes, apresentará a palestra “Modelos de crescimen-
CLOUD COMPUTING Foto: Divulgação
MOBILIDADE
Foto: Divulgação
Foto: Paulo Marcio
MODELOS DE CRESCIMENTO
to – Convite a uma reflexão sobre diferentes formas de desenvolvimento para as organizações”. Também faz parte do conteúdo o painel “Antes da TI, a Estratégia”, que contará com players de toda a cadeia de TI e CIO’s, entre eles o consultor Sergio Lozinsky, o diretor geral da Symantec, Vicente Vallocci de Lima; o presidente da Cisco, Rodrigo Abreu, o diretor geral da Avnet no Brasil, Carlos Negri, o presidente da 2S, Renato Carneiro e o presidente da CPM Braxis Capgemini, José Luiz Rossi.
LUIS AUGUSTO LOBÃO MENDES Fundação Dom Cabral
ROBERTO DARIVA Navita
MAURICIO FERNANDES Dedalus
Foto: Divulgação
Foto: Ricardo Benichio
Foto: Ricardo Benichio
ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA
VICENTE VALLOCCI DE LIMA Symantec
SERGIO LOZINSKY S. Lozinsky Consultoria
Foto: Magdalena Gutierrez
Foto: Ricardo Benichio
Foto: Divulgação
RODRIGO ABREU Cisco
ROSSI CPM Braxis Capgemini
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CARLOS NEGRI Avnet
RENATO CARNEIRO 2S
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carta ao leitor
Foto: Ricardo Benichio
2ª quinzena Maio 2012 / Edição 348
Q
uerido leitor, na minha carta da edição passada eu ref leti a questão de servir o cliente e da lucratividade como consequência disso. Há pouco, estava lendo a coluna do Kip Garland (página 26), nosso especialista em inovação, e o assunto “cliente” foi mais uma vez abordado por ele, no âmbito da satisfação de suas necessidades. Será assim tão difícil compreender as demandas reais desses caras? Ou será que falta ao fornecedor um senso de observação mais profundo? Fazer mais perguntas? Fazer perguntas mais efetivas? Ouvir mais? Querer mais verdadeiramente ajudar? Ou, ainda, será que falta mentalidade aberta para receber a demanda do cliente olhando para aquilo com os olhos dele, deixando de lado os nossos próprios conceitos? Vou contar uma história que ilustra esses meus questionamentos de uma forma muito singela. Uma vez, meu pai queria dar um presentão de aniversário à minha irmã. Ele me ligou e eu passei vários minutos conversando com ele. Não do jeito de sempre, sugerindo presentes que eu sabia que ela gostaria. Mas contando a ele de que forma ele deveria raciocinar para chegar a uma conclusão superbacana do que dar. Disse a ele mais ou menos o conteúdo das perguntas que fiz no parágrafo acima. No dia do aniversário, uma embalagem linda e grande chegando junto com ele à festa. E eu na maior expectativa pra ver o resultado do nosso papo. Eis que, ao abrir o presentão, minha irmã se depara com um gigante relógio de bolinhas (ball time), aquele que é uma estrutura de madeira com “escorregadores” onde correm bolinhas que, a cada minuto, vão rolando e dando a hora certa. Bom, eu quase desmaiei (pensando: “será que foi isso que eu disse pra ele?”). E minha irmã também não entendeu nada do porquê meu pai daria aquilo a ela. Na época, ele justificou o presente inusitado com o fato dela ter um novo escritório e que o relogião poderia ser uma peça decorativa legal. Mas, o fato é que o meu pai, ele sim, curte muito relógios. E se inspirou nesta afeição
Eu VEJO meu cliente? dele para dar algo bacana à filha. Embora ele quisesse dar algo verdadeiramente interessante, naquele momento ele não tinha as condições para captar as reais necessidades e desejos dela. A partir daquele 2008, todos os anos (e sempre que lembramos), damos um jeito de tirar uma onda do meu pai por conta do mico, quer dizer, presente daquele ano. Ocorre que, subitamente, um tempo após o ocorrido, ele começou uma fase incrível de presentes perfeitos para todos. Acertava cores, modelos, tamanhos etc, e isto continua até hoje. Então, eu tive que ligar pra ele, agora, escrevendo este texto, para me certificar de como ele virou esta chave incrível. Ele me disse que, depois daquele trauma, ele voltou a recorrer à antiga consultoria (perguntar para alguém o que o aniversariante está precisando/querendo). Mas reconheceu também que tem parado para observar as opções de presente levando em conta o que o “presenteado” valoriza. E eu SEI que o grande motivador desta mudança está exatamente no ponto em que ele para, se desconecta dos seus conceitos particulares de presente, pensa no aniversariante da vez e se abre a descobrir o que é bacana sob o ponto de vista daquela pessoa. É bola dentro todas as vezes. E, falando por mim, a cada aniversário ou aqueles presentes fora de hora, ele me surpreende com algo que tem tudo a ver comigo e que se torna imprescindível. E aí, concluo, agora, que a mentalidade aberta para se permitir ver o mundo com os olhos de quem está te apresentando uma necessidade é o primeiro e crucial passo para poder apresentar uma solução efetiva. Depois disso, as perguntas, as observações e a própria criação de uma oferta se tornam decorrências naturais de um profundo envolvimento com o cliente e o reconhecimento de suas necessidades. Um grande abraço e até a próxima!
Haline mayra Editora Email: hmayra@itmidia.com.br
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O Tempo Presente
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KEYNOTE SPEAKERS
Análise das transformações políticas, econômicas e tecnológicas e seu impacto no tempo presente, com ênfase nas relações sociais. Francisco Teixeira – Professor Titular de História Moderna e Contemporânea da UFRJ, articulista do Jornal das Dez, da Globo News e consultor na área de relações internacionais. Possui doutorado em História Social pela Universidade de Berlim e pós-doutorado pela Universidade Técnica de Berlim e USP.
Foto: Divulgação
O Ser do Presente Estas transformações levam à necessidade dos indivíduos de repensar a estratégia de vida e das organizações, e a relação entre as duas e seu principal ator, as pessoas, numa nova dimensão que contempla a valorização dos sentidos, dos sentimentos e dos significados. Alexandre Fialho – presidente da Korn Ferry para América Latina, conselheiro de diversas empresas como Metalfrio, AACD, FGV e Ibope com MBAs pelas universidades de Ohio e Ibmec, mestrado em Filosofia pela Faculdade São Bento e USP e Programa de Gestão Avançada pela Fundação Dom Cabral / Insead.
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Notícias em destaque
Foto: Divulgação
Brasil será o quarto maior mercado de TIC do globo em 2022
antonio carlos gil, da brasscom, as
exportações brasileiras hoje são modestas pelo potencial representado pelo mercado interno O presidente da Brasscom, Antonio Carlos Rego Gil, aproveitou a concentração de jornalistas estrangeiros presentes no International Press Tour promovido pela SAP para mostrar como e porque o segmento brasileiro de tecnologia da informação e da comunicação (TIC) deverá ser o quarto maior mercado mundial daqui a dez anos. Segundo ele, os volumes movimentados já colocaram o país no quinto posto do ranking em 2011. Mas, ao contrário de perseguir o modelo indiano apoiado em mão de obra farta e barata, o objetivo em vista envolve mais do que o aspecto quantitativo e foca em capacidade de criar, visão inovadora e segmentos de nicho de alto valor, como mercado financeiro e governo eletrônico. “O mercado brasileiro é grande e sofisticado”, descreveu Gil. No ano passado, com 103 bilhões de dólares, o mercado brasileiro de TI ocupou o sétimo posto mundial. Mas o segmento de comunicação sozinho ficou em quarto lugar, com mais 95 bilhões, e os 198 bilhões totais absorvidos pela TIC já fazem do País o quinto maior do mundo neste quesito. Além disso, o Brasil se destaca com características como a intensidade do uso de tecnologia em segmentos como serviços fi-
nanceiros – são 10 bilhões de dólares de investimentos e 66 bilhões de transações bancárias ao ano – e governo – Gil não perdeu a oportunidade de lembrar que por aqui não ocorrem mais problemas com eleições, cujos votos são contabilizados manualmente, como ocorreu na Flórida (EUA), em 2000, por ocasião da reeleição do presidente George W. Bush. “Em três horas saem os resultados de 135 milhões de eleitores. São ainda mais de 24 milhões de declarações de imposto de renda eletrônicas”, contabilizou. O executivo observou também que o desempenho de setores como óleo e gás e agricultura ao mesmo tempo impulsionou e foi sustentado pela tecnologia e que o País conta com outras riquezas como o perfil diversificado de sua população e sua posição geográfica. “Em 2040 o Brasil será a quarta maior economia do mundo”, prevê. Daqui a dez anos, avalia, o mercado global de TIC e outsourcing passará dos atuais 1,6 trilhão de dólares para 3 trilhões; no mesmo período, o Brasil saltará para 209 bilhões – mas suas exportações devem crescer quase dez vezes, saltando dos 2,6 bilhões de dólares estimados em 2011 para 20 bilhões em 2022. Em parte, diz, as exportações brasileiras hoje são modestas pelo potencial representado pelo mercado interno. A Brasscom está desenvolvendo estudo com a McKinsey para conhecer melhor o cenário da próxima década. Mas, de acordo com Gil, algumas medidas governamentais já estão estimulando a conquista de uma posição global mais expressiva em TIC. Uma delas é a lei 12.546, que desonerou a folha salarial ao trocar os 20% de contribuição social por 2% de arrecadação sobre a receita total. Outra é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), com fundos destinados a treinar 8 milhões de profissionais de nível médio. Os investimentos em infraestrutura estimulados pelos eventos
mundiais e pelo apreço nacional à comunicação – como refletidos nos índices de penetração de celulares e de uso de redes sociais –, e programas como Ciências sem Fronteiras, de estímulo à inovação pelo financiamento de estudantes nas melhores universidades mundiais, compõem o pacote de fomento tecnológico para colocar o Brasil entre os maiores do planeta. Por Martha Funke, especial para a CRN Brasil
Enquete
Entre cloud computing, mobilidade e big data, qual dessas grandes realidades de mercado estão impulsionando os negócios em TI no País?
52.63% Mobilidade (smatphones, ultrabooks, tablets...)
15.79% Cloud Computing
0% Big Data
26.32% Todas são complemetares
5.26% Nenhuma das opções
No ar
Com duas grandes unidades - PPS e Enterprise Group -, a HP voltará aos eixos da lucratividade e estabelecerá melhor relacionamento com os canais?
Na sua opinião:
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q Sim q Não q É necessário tempo para saber q Simplificar não está no DNA HP q Falta ainda alinhamento concreto com o mercado e parceiros
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BUSINESS SUITES REUNIÕES DE NEGÓCIOS 1.2.1 Reuniões de 30 minutos, com horário marcado, nas Business Suites. Você terá a oportunidade de se reunir com os patrocinadores de forma estruturada e obter informações relevantes e personalizadas.
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Faça parte deste seleto grupo que reúne em um só lugar os mais importantes nomes do setor de TI, para trocarem experiências, conhecimentos e gerar negócios. Você terá a oportunidade de fazer parte de uma comunidade exclusiva e contará com uma agenda estruturada, pensada exatamente para que você encontre inúmeras possibilidades de realizar grandes negócios com os principais nomes e empresas da cadeia de valor de TI no Brasil, que, como você e sua empresa, foram selecionados de forma criteriosa para participarem deste grande momento.
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Você Sabia? Toda vez que você vir esses ícones, acesse nosso portal para ver mais fotos, vídeos e podcasts
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DANÇA DAS CADEIRAS LUCA LUCIANI DEIXA A TIM
Fotos: Divulgação
Devido ser alvo de investigação de autoridades italianas envolvendo chips de telefonia móvel irregulares, Luca Luciani renunciou ao cargo de CEO da Tim, sendo que interinamente Andrea Mangoni, CFO da Telecom Italia, assumirá como diretor presidente.
STEFANINI COM NOVOS RUMOS MUDANÇAS NA HP
A HP está reformulando as lideranças de vendas regionais e continentais para o Grupo Enterprise, que inclui as vendas para as contas nomeadas da empresa, a unidade de servidores, armazenamento e redes (ESSN, em inglês) e a HP Serviços de Tecnologia. Dave Donatelli assume todo o guarda chuva Enterprise, sendo ele o antigo líder da ESSN. Richard Geraffo assume as vendas da unidade nas Américas e Randy Seidl, que anteriormente foi vice-presidente sênior da ESSN Américas, está agora liderando o grupo Enterprise nos Estados Unidos.
Altos
Jim Merrit está encarregado das vendas para a Ásia Pacífico e Japão; Peter Ryan vai liderar a ESSN EMEA; Piau Phang Foo está no comando da operação Enterprise na China. Yves de Talhouet, vice-presidente sênior dos negócios Enterprise e diretor da HP Europa, ainda não tem seu cargo definido na nova unidade. As reestruturações no Brasil aos poucos são anunciadas. As primeiras notícias colocam Claudio Raupp, ex-PSG, no comando da PPS Brasil, deixando em aberto a posição de Fernando Lewis, vice-presidente da IPG no Brasil. John Solomon é o líder da PPS Américas e Mike Parrottino é o diretor de canais para a região.
WEBER ABREU É O NOVO DIRETOR DE VENDAS DA EMC
Weber Abreu assume a posição de diretor de vendas da EMC no Brasil. O executivo, que está na empresa desde 2004, em sua nova missão será responsável pela expansão e abertura de mercados nas regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste e interior de São Paulo.
A Ricoh Américas tem um novo chefe: Martin Brodigan, chairman e CEO da companhia, que sucede Kevin Togashi, que assumiu um novo papel na Ricoh Japão, de acordo com a companhia.
LENOVO ANUNCIA NOVO DIRETOR GERAL DE VENDAS
A Lenovo anuncia seu novo diretor geral de vendas – segmento relacional, Mario Sofia, “executivo com amplo conhecimento no desenvolvimento de equipes de vendas, gestores e marketing” de acordo com comunicado da empresa.
FELLIPE CANALE DEIXA A DIREÇÃO DE CANAIS LATINOS DA MCAFEE
A McAfee está em busca de um diretor de canais para a América Latina, pois Fellipe Canale, ex ocupante do cargo, deixou a companhia para assumir a gerência-geral da Crossbeam Systems na região latina.
Baixos
RECEITA E PREVISÃO DA NVIDIA SUPERAM ESTIMATIVAS A receita trimestral e a previsão para os próximos trimestres da Nvidia superaram às baixas estimativas do mercado, impulsionando sua ação a uma alta de 9%.
IPO DO FACEBOOK O IPO do Facebook já tem demanda acima da oferta, disse uma fonte à Reuters.Analistas dizem que a companhia, que busca levantar cerca de US$ 10,6 bilhões, pode elevar a faixa de valor por ações.
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Marco Stefanini, CEO da consultoria brasileira que leva seu nome, anunciou que assumirá a gestão global da Stefanini, e, com isso, Monica Herrero, vice-presidente da empresa há cinco anos, torna-se, agora, CEO das operações nacionais.
RICOH AMÉRICAS TEM NOVO CEO
LUCRO DA TELEFÔNICA BRASIL CAI MAIS DE 15% NO 1° TRI A empresa viu seu lucro líquido cair 15,2% no primeiro trimestre, a R$ 956,6 milhões, impactado pela amortização de ativos intangíveis gerados com a incorporação da Vivo Participações.
MENTIRAS NO YAHOO O CEO Scott Thompson renunciou ao cargo após ser constatado que o executivo não tem diploma de ciência da computação, assim como foi dito em sua biografia oficial na companhia e nos documentos regulatórios enviados ao SEC.
BLOGS
1º VITOR PEIXOTO
OS 3 TIPOS DE CLIENTES: OS QUE SABEM, OS QUE NÃO SABEM E OS QUE ACHAM QUE SABEM O blogueiro convida os leitores a conhecer seus clientes com uma divisão em três níveis de experiências.
2ºMAURO SEGURA
15 COISAS PARA PENSAR ANTES DE LANÇAR UM BLOG CORPORATIVO Pensa em ter um blog corporativo? Sigas as dicas do Mauro Segura para avaliar como realmente contar com esse espaço na internet.
3º FERNANDO BELFORT
A NOVA E GRANDE APOSTA DA RIM Fernando convida o analista Martin Sasson para falar sobre o novo sistema operacional da RIM, a aposta da fabricante que tem apresentado bons feedbacks do mercado.
4ºABRADISTI
COMO APERFEIÇOAR O CANAL DE VENDAS Post de Marcos Coimbra, diretor da Associação, que posiciona o time do canal para a busca na excelência de vendas e relacionamento.
5º PINA SEMINARA
ENSINE A PESCAR A blogueira faz uma reflexão sobre a matéria de CRN Brasil com Mario Sergio Cortella, e fala sobre o que os empresários podem fazer para ajudar a acelerar a profissionalização da mão de obra.
Saiba Mais: www.crn.com.br/blogs
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LOUNGES Mais uma oportunidade de se relacionar de forma estruturada com os patrocinadores.
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calendário
* Datas sujeitas a alterações
Design workshop VMWare
De 4 a 6 de junho Business Partner Innovation Center Avnet Inscrições: marilha.negrao@flane.com.br
Conferência & Expo Internacional HDI Brasil 2012 24 e 25 de maio Inscrições: www.hdibrasil.com.br/2012
SSCP – ISC2 SSCP CBK Review Seminar – Multirede
De 11 a 15 de junho Av. das Américas, 500 Bloco 19 - Salas 203/204 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ Inscrições: info@multirede.com.br
Logisti Fórum 2012
201 – FortiGate Multi-Threat Security Systems I 28 e 29 de maio Rua Alexandre Dumas, 1.711 - 3º andar, Edifício Birmann 11 - Chácara Santo Antônio São Paulo Inscrições: treinamento@westcon.com.br
13 e 14 de junho Centro de Convenções do campus SENAC Santo Amaro – Avenida Engenheiro Eusébio Stevaux, 823, São Paulo Inscrições: logisti@mundologistica.com.br ou (41) 3029-9353
Alcateia Meeting – Belo Horizonte
19 de junho Mercure Lourdes - Avenida do Contorno, 7315 – Santo Antônio - Belo Horizonte, Minas Gerais Inscrições: celia@neotass.com.br
301 – FortiGate Multi-Threat Security Systems II 30 de maio e 1 de junho Rua Alexandre Dumas, 1.711 - 3º andar, Edifício Birmann 11 - Chácara Santo Antônio São Paulo Inscrições: treinamento@westcon.com.br
Check Point CCSA 30 de maio e 2 de junho Rua Alexandre Dumas, 1.711 - 3º andar, Edifício Birmann 11 - Chácara Santo Antônio São Paulo Inscrições: treinamento@westcon.com.br
Help Desk Day
19 de junho SEPRORGS - Rua Felipe Camarão, 690/404 Bom Fim - Porto Alegre/RS Inscrições: rm@4hd.com.br
Cadastre o seu evento: http://crn.itweb.com.br/envio-agenda/
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NÚMEROS PARA 2012 ATÉ O MOMENTO: • Mais de 170 executivos confirmados • 20 patrocinadores • Previstas 1.200 reuniões de negócios • 25 ações estruturadas de relacionamento Entre em contato agora mesmo com a nossa equipe e obtenha mais informações para a sua participação: 11 3823-6720/6664 ou envie um email para itbusinessforum@itmidia.com.br
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/ Alessandra Lariu
Execute suas ideias Por Patricia Joaquim | pjoaquim@itmidia.com.br
As novas mídias digitais quase que obrigam as empresas a pensarem em uma nova forma de se relacionar com os seus públicos. Radicada nos Estados Unidos, Alessandra Lariu, publicitária e empreendedora, inventou um novo modelo de criação por meio da colaboração de uma comunidade na internet e dá dicas de como trabalhar neste novo contexto global
la sabia que as mulheres eram a maioria nas redes sociais; sabia que ficavam mais tempo navegando e tinham maior senso de colaboração; sabia que tinham o maior poder de consumo na internet; e sabia que havia muitas mulheres notáveis na área de criação que nunca estiverem nem em um cargo de direção das agências e nem montaram seus próprios negócios. Ela pensou: com todos estes dados, como posso ganhar dinheiro? Ela é Alessandra Lariu, co-fundadora da comunidade na internet chamada SheSays, site que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital. Atualmente, é diretora executiva do portal Shout, uma plataforma online de criação publicitária, que surgiu a partir da comunidade. “Pensei: já tenho as pessoas, só preciso do negócio”. Com passagem
como diretora de criação na agência McCann Erickson, em Nova York, liderou campanhas premiadas para clientes como Nikon, Mastercard e Verizon. Em 2010, foi eleita uma das 100 pessoas mais criativas do mundo, pelo ranking da revista FastCompany. Em menos de um ano, o Shout é sucesso nos Estados Unidos, já opera com lucro e atende a clientes como Diesel, Bacard e Digigay, entre tantas outras grandes companhias. Alessandra esteve na primeira edição da Virada Digital, em Paraty, no Rio de Janeiro, no início de maio, para falar sobre empreendedorismo e mídias digitais e o poder das mulheres na rede. Na passagem pelo Brasil, a executiva aproveitou para falar, com exclusividade, com a CRN Brasil e explicar os ganhos de atuar nas mídias sociais.
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crn brasil entrevista CRN Brasil – Em um passado nada distante muitos questionavam sobre qual seria o modelo de negócios do Facebook e do Google. Hoje, estas são empresas com o maior valor de mercado. O que isto tem a ver com as mídias digitais? Alessandra Lariu – Tem um tipo de produto e comportamento novo que é exatamente a comunidade. E isto, curiosamente, é uma coisa que as empresas de TI não pensam muito. Que é como as pessoas interagem uma com as outras e como elas vão se conectar. Essa ideia de criar uma comunidade sobre um tópico, ou vários tópicos diferentes, é uma linha de pensamento que ajudou várias empresas, como o Facebook. Mas eu acho que é um valor diferente que se tem hoje em dia. Antes, se pensava muito só no valor financeiro das empresas, só se pensava no valor das coisas. Hoje, a gente tem que pensar no valor da comunidade, como servi-la e como se pode tirar dinheiro disso. E isso é exatamente o modelo do Facebook e do Google. CRN – Então, como tirar dinheiro disto? Alessandra – A maneira de ganhar dinheiro é exatamente essa. Achar um interesse e uma comunidade que vai se engajar naquele tópico. Eu mesma criei uma comunidade para se engajar no tópico criatividade. Então, eu encontrei algo que as motivasse a se relacionar com isto. E como isto pode dar dinheiro? Eu aconselharia as empresas a fazerem a maioria do seu advertising (propaganda) em redes sociais. Por quê? Porque as pessoas confiam nos amigos mais do que confiam nas marcas. Por isso que no Facebook se alguém falar pra mim: “veja este filme”; “compre isto”, eu vou ouvir. Mas se for uma marca falando isto, eu vou pensar: “espere aí!”. Porque eu não tenho a mesma validação que eu tenho da
/ Alessandra Lariu
Eu aconselharia as empresas a fazerem a maioria do seu advertising (propaganda) em redes sociais. Por quê? Porque as pessoas confiam nos amigos mais que elas confiam nas marcas minha comunidade, dos meus amigos, da minha família. E este é o novo jeito de ganhar dinheiro: esse sentimento de comunidade, amigos e família, que pode fazer você ganhar dinheiro. CRN – Hoje você ganha dinheiro com isto. Como você pensou na sua agência virtual, o Shout? Alessandra – O Shout é algo que eu comecei, mas pra mim, eu fui só o veículo, pois a própria comunidade é que o fez. Eu havia aberto uma comunidade chamada SheSays, de mulheres profissionais na área de publicidade, porque eu via que havia poucas mulheres na direção da criação das agências de publicidade. A comunidade que começou pequeneninha, em Londres, com cinco mulheres, agora tem mais de cinco mil pessoas – 90% mulheres – em 17 cidades do mundo todo. E não fui eu que fiz isso, eu só comecei. Cresceu organicamente, porque havia uma necessidade. Então, porque eu não posso usar estas mulheres espertas, engajadas, super profissionais, para começar a fazer alguma coisa? Pra ir além da comunidade de discussão? Por que eu não posso usá-las justamente para trabalhar? Então, essa foi a ideia do Shout, que é uma plataforma online, como se fosse uma agência virtual, onde o cliente põe um briefing e as profissionais do mundo inteiro colocam suas ideias para marketing, para site, design, parte gráfica e de embalagens. CRN – Você abre o faturamento? Alessandra – Começamos em agosto de 2011. Não posso falar o fatura-
mento ainda. Mas posso te dizer que já começamos a ter lucros. Temos um projeto restrito agora, que eu seleciono as pessoas que vão trabalhar nele, e há um acordo de confidencialidade, que a melhor ideia ganhará seis mil dólares. Falo isto pra você ter ideia de quanto ganha quem trabalha conosco. Ah, essa foi a parte mais chata da construção do Shout, temos vários modelos de contratos. CRN – Como esta relação de negócio com as mídias digitais pode ser colocada em prática por empresas tradicionais? Alessandra – As pessoas que pensam de maneira conservadora têm de pensar que o mundo mudou. E há várias tendências que surgiram nos últimos anos, tanto de tecnologia, que agora tudo é cloud, e tendências comportamentais, com as comunidades e o poder delas. Essas tendências não podem ser ignoradas por companhias tradicionais. Até mesmo o Steve Jobs sacou isso, e ele fez o iTunes. Ele pensou: “vamos fazer uma comunidade que gosta de música”. Outra coisa que ele aprendeu, quando saiu da Apple pela primeira vez, quando estava fazendo a Pixar, foi a importância do design e criatividade, em qualquer área. As pessoas mais tradicionais têm que pensar que várias coisas mudaram no mundo, até mesmo o modo de trabalhar, o modo de interagir e de se relacionar. Há uma mudança no mundo, e as empresas têm de se adaptar a ela. CRN – Sua empresa está enquadrada neste novo modo de pensar. O que
é surpreendente para você nesta maneira de trabalhar? Alessandra – Eu fiz uma pesquisa com as mulheres que fazem parte da agência pra ver o que elas estavam achando do trabalho. Eu achava que elas iriam responder que o algoritmo é legal, que podem trabalhar a hora que quiserem, podem cuidar dos filhos, ter outro emprego... E, para mim, o mais surpreendente, é que as pessoas falaram que o que elas mais gostavam do modelo era não ter chefe. Eu não tinha nem pensado nisso! E é verdade, não temos chefe! De repente vou usar isto pra fazer a promoção do Shout: “trabalhe no Shout, não tem chefe!!!” . CRN – Ele é baseado no conceito de crowdsourcing então... Alessandra – Sim, assim como o OpenInovation é...só que eles trabalham com inovação e eu com publicidade. O OpenInovation faz inovação com carro, casa etc, eu faço publicidade com mulheres engajadas. CRN – Você acha que o empresário brasileiro tem ainda muito a aproveitar desta disponibilidade de informações sobre determinados grupos que estão nas redes sociais? Alessandra – Tem sim. As empresas têm de fazer parcerias com outras empresas, não ter fronteiras com ninguém, inclusive com os concorrentes. Companhias têm de ser sem fronteiras. Não é um modelo super novo, mas é um negócio que está rodando
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Foto: Lem Lattimer
mais. E os empresários hoje em dia não podem esquecer que eles não têm de saber só da empresa deles. Eles têm de saber como navegar neste mundo louco em que não dá pra prever as coisas tão acertadamente assim. Empresário é muito assim: eu vou prever o que vai acontecer daqui um ano, dois anos, dez anos...Hoje em dia, isto é muito difícil e por isso precisa de uma capacidade de abstrair. Você tem de desapegar da ideia de que é preciso prever as coisas para criar. Uma empresa de TI prevê ficar rica com uma tecnologia, e aí surge uma outra que derruba toda a sua previsão. CRN – Você foi considerada pela revista FastCompany como a 29ª pessoa mais criativa do mundo, em uma lista de 100 pessoas. Quais os atributos que você considera es-
senciais, além da criatividade, é claro, para a conquista desta posição? Alessandra – Eu acho que tem um pouco desta ideia de não saber o que vai acontecer. Não tem ansiedade de saber o resultado. E não é só isso; tem de ter a liberdade de fazer e errar, fazer e errar, fazer e errar....quantas vezes forem necessárias! Eu acho que as empresas têm de deixar a empresa em movimento, sem regras muito rígidas. CRN – É muito comum escutar que pessoas muito criativas não conseguem colocar suas boas ideias pra rodar. Você é um anticase neste sentido. Qual é a fórmula? Alessandra – Eu não sei. Mas eu sou uma pessoa muito criativa, mas a melhor parte pra mim é fazer a ideia acontecer. Tem pessoas que só têm ideias,
mas a parte que eu mais gosto é executá-la, ver um resultado. Eu me lembrei agora que o próprio Steve Jobs era assim, um visionário que não sabia executar, o sócio dele é que fazia isso. Eu acho uma pena que nem sempre essas pessoas não achem um sócio mão na massa... CRN – Como estimular equipes criativas? Alessandra – Eu acho que tem que sempre fazer críticas construtivas. Falar do que gosta e do que não gosta. O Shout é uma plataforma virtual, mas eu gosto de encontrar as pessoas pessoalmente, conhecer, conversar. Por exemplo, chega um briefing e o cliente quer conhecer algumas pessoas que vão trabalhar. Aí fazemos umas reuniões diferentes. Tivemos um cliente que, para explicar porque a vodka dele era boa, fizemos um evento para que as nossas profissionais experimentassem a bebida e vis-
Antes, se pensava muito só no valor financeiro das empresas, hoje, a gente tem que pensar no valor da comunidade, como servi-la e como se pode tirar dinheiro disso. E isso é exatamente o modelo do Facebook e do Google.
sem que era boa mesmo. Para uma marca de roupas para quem joga ping pong, fizemos o brifing com as profissionais jogando ping pong. É uma maneira criativa de estimular as pessoas com reuniões criativas. CRN – As empresas brasileiras ainda têm medo de se relacionar com as mídias digitais. Como então partir para os negócios na rede? Alessandra – As empresas têm de aprender a cuidar disso. Elas vão aprender a lidar com isso, é tudo muito novo. Mas mais do que querer estar no Facebook, por exemplo, é preciso saber como estar. Têm empresas que fazem coisas superinteligentes na rede. A Best Buy foi muito esperta, ela usou o Twitter para que os clientes pudessem tirar suas dúvidas técnicas por meio dele. O que eles fizeram foi eliminar várias ligações pro call center e isso gerou ganhos financeiros para a empresa. Se eu vou no Twitter, eu não vou lá pra falar besteira, eu vou de uma maneira útil. O “como” é super importante!
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A IT Mídia é um lugar onde se constrói amizades antes de negócios. A palavra “conexão” define o que é feito pelo Adelson e sua equipe. Em poucas palavras: é fazer negócio com poesia. Emerson de Almeida Presidente da Diretoria Estatutária Fundação Dom Cabral
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A atuação da IT Mídia no setor da Saúde do nosso País é um exemplo de que o trabalho que é realizado com idealismo, consistência, competência e determinação, sementeia, faz nascer árvores frondosas, frutifica e alimenta.Conectando ideias, princípios e pessoas esta é uma empresa que tem prestado uma contribuição fundamental para a evolução do conhecimento e para o fortalecimento das instituições. Dr. Henrique Salvador Presidente Hospital Mater Dei
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opinião
Kip Garland Foto: Ricardo Benichio
kgarland@iseed.com.br
Usando o conceito de “Jobs to be Done” para inovar seu modelo de negócio
Kip Garland é Professor da Fundação Dom Cabral, fundador da innovationSEED. escreve mensalmente na CRN Brasil
A
história recente mostra a considerável dificuldade de “tarefa a ser resolvida” pelo cliente. E o que descobriram foi que uma empresa em inovar no seu modelo de negócio. o consumidor, na realidade, não valorizava tanto os diferentes Um exemplo significativo é a Dell, que se tornou lí- aplicativos e performance oferecidos pelo produto. Em vez der não devido às inovações no produto, mas funda- disso, valorizava sua tarefa a ser executada – que, nesse caso, era mentalmente por um modelo de negócio inovador. a gestão do seu fluxo de caixa. A partir desse reconhecimento, Atualmente, a Dell se confronta com um formato a Inuit foi capaz de minimizar a performance dos diferentes que requer uma reformulação de como e onde agregar valor aplicativos do produto e aperfeiçoar as ferramentas diretamente (produto versus serviço versus assinatura) e, mesmo com bi- envolvidas no “job to be done”. Uma vez destrinchada tal tarefa, o próximo passo é lhões de dólares em recursos, assim como equipes de ponta, continua incapaz de inovar no seu modelo de negócio atual. avaliar os critérios (“outcomes”) nos quais o cliente se baseia para avaliar o grau de êxito na execução Agora, se um gigante como a Dell não dessa tarefa. E, uma vez entendidos é capaz de reinventar seu modelo de neNo mercado de software tais “outcomes”, poderemos pensar em gócio, nós seríamos? contábil fizeram-se estudos formas de aperfeiçoar a satisfação de Albert Einstein disse que um para descobrir exatamente a uma tarefa, assim como reorientar nossos problema nunca poderá ser resolvido “tarefa a ser resolvida” pelo esforços em criação de novo valor. a partir da mesma perspectiva mental cliente. Descobriram que o Outro exemplo recente ilustrativo da que a criou. Logo, apenas apelando para consumidor não valorizava eficácia dessa abordagem é o videogame ferramentas tradicionais de marketing tanto os aplicativos e a Wii, com performance gráfica reduzida, e estratégia provavelmente não será performance. Em vez disso, a fim de criar um game mais simples e suficiente. Para apreender e captar o valorizava sua tarefa a ser fisicamente interativo. potencial de um produto ou serviço, executada, a gestão do seu O sucesso em aproveitar o potencial precisamos mudar alguns paradigmas. fluxo de caixa de crescimento oferecido por um novo Uma maneira de ter uma nova produto ou serviço dependerá do grau de perspectiva é o conceito de “jobs to be done”. Descrito pelo livro “Crescimento atrás de Inovação”, entendimento dos “Jobs to be done” dos clientes neste novo contexto. de Clayton Christensen, “jobs to be done” propõe uma nova Na maioria dos casos, isso é feito de maneira intuitiva, por pessoas maneira de analisar os mercados. Ao invés de segmentá-los por de marketing (olhe, por exemplo, como a Amazon explorou com meio de critérios demográficos ou por atributos dos produtos, sucesso os novos “outcomes” do “job” de aquisição de livros). No entanto, com uma abordagem estruturada, esse propõe um olhar mais aprofundado na tarefa fundamental que potencial pode também ser apreendido. Um canal de o cliente tem. Um exemplo dos “jobs to be done”, é o produtor do software distribuição representa uma oportunidade fundamental para Intuit (Quickbooks). No mercado de software contábil fizeram- melhor entender os “jobs to be done” dos clientes finais do se estudos etnográficos a fim de descobrir qual era exatamente a mercado de tecnologia da informação.
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indústria
/ pingue-pongue
Brasil De olho no
Por Adriele Marchesini, do IT Web | amarchesini@itmidia.com.br
Foto: Adriele Marchesini
Antonio Julio, diretor executivo global da Dell, comenta, dois anos e meio depois, a perda da 3PAR para HP e diz que companhia mira o Brasil, inclusive para potenciais aquisições
O
ano de 2012, já em seu início, foi marcado por uma enxurrada de inteligência embutida no conceito de servidores. Empresas como IBM, Microsoft, HP e Dell apresentaram, no Brasil e no mundo, ambientes de armazenamento que, com tecnologia integrada, prometem autotierização e autogerenciamento, baseados em f luxo de utilização dos dados e parâmetros de processos de trabalhos, estes, obtidos com anos de experiência em comportamento dos clientes. E foi para pregar essa evolução que Antonio Julio, diretor executivo global da Dell, participou do lançamento da linha 12 G de servidores da empresa, em evento realizado em São Paulo, em abril deste ano. Em entrevista exclusiva, o executivo comentou que a fabricante norte-americana olha para o Brasil de forma atenta, inclusive em termos de aquisições, e que a companhia, hoje, comemora não ter levado a 3Par, empresa de inteligência de servidores, em um “leilão” feito no fim de 2010. A companhia perdeu a briga para a HP, que arrematou a 3Par por 2,35 bilhões de dólares. Em entrevista concedida ao IT Web tem-
pos depois, a alta diretoria da HP havia dito que a adquirida tinha potencial de crescer em dez vezes o faturamento à época. Em 2010, quando a HP arrematou a companhia após um leilão com a Dell, o preço pago chamou a atenção do mercado. O volume é dez vezes o faturamento da adquirida e cerca de três vezes mais que o lance inicial, de 900 milhões de dólares. Mas a Dell garante não ter ficado atrás. A linha 12G de servidores Power Edge traz a tecnologia de Fresh Air. Essa novidade permite o armazenamento do hardware em um ambiente com temperatura média de 35ºC , o que representa cerca de 15 ºC a mais do que as soluções hoje suportam, ficando em torno de 18ºC a 20ºC. A companhia garante o uso em até 1% do tempo total em um ambiente de 45ºC sem danificação do equipamento. Outra diferença são os discos Express Flash PCIe de estado sólido com acesso frontal, conectados diretamente ao servidor, para otimizar o processamento de informação. A nova linha vai ser produzida na fábrica da Dell em Hortolândia (SP), substituindo a produção da versão anterior, a 11G, que está aos poucos sendo desativada. Acompanhe os principais trechos da entrevista na sequência.
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CRN Brasail – Como vocês estão preparando a oferta da linha 12 G? Antonio Julio – A linha 12 G foi desenvolvida para ser a solução para um ambiente virtual ou não, apesar de serem mais otimizadas para virtualização. Hoje uma empresa não pode se limitar a desenvolver só para determinado mercado. Mapeamos os f luxos de trabalho dos principais ambientes de utilização, que proveram as referências e os requisitos para a gestão das máquinas. Com a oferta posso ir para uma pequena e média empresa, um cartório de São Paulo, por exemplo, que tenha uma necessidade de processamento interna menor. Posso ir para grande empresa, que necessita rodar muitas máquinas virtuais... Hoje a maior parte dos negócios são feitos em virtualização. CRN – Quais serão os preços? Vocês procurarão os clientes de linhas anteriores? Antonio Julio – Os preços são equivalentes aos praticados com o 11G, mas depende muito da forma como o cliente adquire (compra ou infraestrutura como serviço, por exemplo) e a necessidade dele. Vamos ofertar primeiramente para clientes nossos que tenham as linhas 8G e 9G, que já têm de sete a oitos anos. Esperamos que alguns clientes 11G migrem para 12G, mas é mais natural que isso ocorra, primeiramente, com a base mais antiga ou fora de garantia. CRN – Assim como outras empresas que ampliam a oferta de softwares, a Dell está em um processo de compra de empresas muito forte. Este movimento vai se manter em 2012? Antonio Julio – Este ano já foram
cinco aquisições: Wyse Technology, SonicWall, AppAssure, Clerity Solutions e Make Technologies . Elas vieram para complementar a estratégia. Com a Clerity, por exemplo, temos um serviço de hosting para mainframe, que é muito importante para o Brasil [no País, os bancos dependem destes ambientes de grande armazenamento de dados, mas o fato dessa tecnologia não ser mais utilizada em grande escala gera problemas de gestão da infraestrutura e de obtenção de profissionais qualificados]. Esta tecnologia permite colocar as aplicações no ambiente e continuarem operando, até fazer transição para um novo. CRN – E o que mais vocês querem complementar? Antonio Julio – A Dell tem três áreas prioritárias para aquisições: servi-
de fomento. É um país prioritário, um mercado é importante, e a Dell Brasil é importante para o conceito do mercado. Com isso surgem oportunidades, tanto de novas tecnologias quanto de empresas, e a Dell olha isso de forma carinhosa. CRN – Outras empresas estão lançando ofertas de servidores inteligentes. Uma semana antes de vocês, a IBM veio ao Brasil com a linha PureSystem, que traz tecnologia de autogerenciamento embutida nos servidores. Como vocês avaliam essa concorrência? Antonio Julio – A linha 11G, que já continha o conceito de inteligência, veio em março de 2009. Quando a anunciamos, já estávamos trabalhando no desenvolvimento da 12G.
A dell tem três áreas prioritárias para aquisições: servidores, armazenamento e networking. storage é, provavelmente, o segmento mais prioritário neste momemto dores, armazenamento e networking. Storage é, provavelmente, a área mais prioritária. CRN – Há a possibilidade de aquisições no Brasil? Antonio Julio – Nosso vice-presidente sênior de aquisições está sempre olhando oportunidades. Isso ocorre de forma restrita e confidencial, não existe acesso a essas possibilidades. Mas o Brasil está no top 10 de prioridades da Dell, que está investindo aqui no País. Fizemos investimentos em Hortolândia (SP), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul [UFRGS] para estimular a área de software como um processo
Hoje, já estamos falando da próxima geração. Estou à frente da concorrente. Temos investido e tem sido a prioridade da empresa. Compramos a Scalent, empresa da área de gerenciamento integrado, adquirimos a Ocarina, que oferece algoritmo para fazer a deduplicação e compressão dos dados. Toda empresa tem que buscar o que existe de mais avançado, que seja benéfico ao cliente, e que tenha uma relação de custo benefício boa. Empregamos o Design to Value [DTV]. Não adianta lançar uma máquina que poucos clientes vão usar por conta do alto preço – esta, talvez não seja a melhor opção. Com o DTV, colocamos em nossos
produtos características que façam sentido e tenham essa boa relação custo benefício. Isso não significa que os concorrentes não sejam bons, mas muito do approach é de marketing. Você quer entender como faz linguiça? O cliente não tem interesse em saber. Ele tem interesse em verificar se a relação traz bom custo-benefício e se ajuda ele a rodar seu negócio. Se eu trouxer algo muito caro, ele não vai ter vantagem. O ótimo é inimigo do bom, e, na verdade, o ótimo é o que é adequado para o agora. CRN – Neste contexto de concorrência na área de servidores e o conceito de armazenamento inteligente, como vocês avaliam a perda da 3 Par para a HP, no fim de 2010? Antonio Julio – Tomamos uma boa decisão em não continuar com as negociações. O valor do negócio foi subindo muito e colocaria em risco o retorno. Nós continuamos crescendo em storage. A compra da Compellent, por exemplo, deu um resultado muito melhor, mais complementar e menos crítico no sentido de resultado. Hoje, a estratégia do concorrente é questionável, não sabemos o que eles estão fazendo. A decisão foi certa. CRN – E quais as oportunidades para o canal com a venda da linha 12 G? Antonio Julio – O canal tem oportunidade de explorar mais negócios novos. O Brasil tem uma área geográfica grande, existe oportunidade para o canal ser efetivo em áreas onde não há operação direta. E fica a mensagem: existem sim oportunidades de negócios. A Dell não tem cobertura 100% do território nacional. Nós respeitamos o canal.
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Em 2012, reduza o caminho para o seu sucesso. Resultados de 2011: • 130 CIOs presentes • 38 patrocinadores • 982 reuniões de negócios one-to-one • 40% do mercado de TI e Telecom representados • 14 horas de conteúdo
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indústria
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Teradata espera que parceiros representem 25% dos negócios em 2012 Renato Galisteu | renato.galisteu@itmidia.com.br
H
á quase duas décadas no mercado brasileiro, a Teradata está pronta para expandir sua atuação no mercado brasileiro através de canais, sendo que as regiões Sul e Nordeste são as primeiras no radar da fabricante. Raquel Hauschild, diretora de marketing e alianças para a América Latina da Teradata – e responsável pelo programa de canais da fabricante na região -, afirma que os negócios ainda estão muito focados no eixo Rio-São Paulo, e que as oportunidades fora desse trajeto, principalmente no setor varejista do Nordeste, são extremamente atraentes para a companhia. O objetivo é recrutar parceiros que trabalhem todo o portfólio de soluções voltadas para gerenciamento de dados e no desenvolvimento de soluções de análise. Com grande histórico de foco nas vendas diretas, Raquel afirma que a fabricante sabe que a única forma de expandir os negócios é através das revendas, e que a estratégia de possuir canais é “um movimento global”. O canal ideal da Teradata é um integrador de soluções, que conta com uma base de parceiros para diversas integrações e negócios, time dedicado a oferta e com know-how consultivo, pois, de acordo com a diretora, as soluções da fabricante não são commodity. “Em Brasília contamos com um parceiro nesses moldes para trabalhar com o Governo, e ele tem trazido bons resultados”, contou a executiva. “É um parceiro que entende de análise de grandes fluxos de dados, hoje chamado de Big Data, mas que na verdade é
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se juntaram aos já 10 parceiros da Teradata. “Adoraria ter 50, mas como se trata de uma venda consultiva, mais focada no business e que exige maior capacidade e conhecimento do parceiro, sabemos que somente aos poucos cresceremos no País com as revendas”, ressalta a executiva. Dois pontos muito bem desenhados pela diretora da Teradata foram quanto aos treinamentos e para quem são as ofertas da fabricante. “Estamos desenvolvendo mais treinamentos para os parceiros, mas normalmente levamos nossos técnicos até ao parceiro e realizamos o processo”, contou. “Como os parceiros ofertarão todo o portfólio, estamos aos poucos abrindo mais trabalhos para especialização dos canais”. “O outro ponto”, contou a diretora, “é que nossa oferta não é apenas para as grandes empresas. Essa é uma das desmistificações que estamos trabalhando. Cerca de 30% a 35% dos nossos clientes administram menos de 5 Terabytes”. Somando toda a região latina, a Teradata espera que 25% do faturamento em 2012 venha através dos parceiros, aumento de 8% em relação a atual participação.
Raquel Haushild, da Teradata: Executiva tem a missão de ampliar negócios via parceiros no País e expandir a presença nacional da fabricante
o nosso negócio há 30 anos”. Além desse perfil, canais oriundos de SAP, Oracle e IBM, por exemplo, que buscam diferenciar a oferta e o go to market com uma nova solução
também são muitíssimos bem-vindos para a iniciativa com integradores da Teradata, afirmou Raquel. Até o final deste ano, são esperados cerca de oito novos canais, que
Cenário
A Teradata espera um crescimento de receita entre 10% e 12% a partir dos valores registrados em 2011 - A companhia fechou o ano com 2,362 bilhões de dólares de faturamento, um crescimento de 22%, em relação ao 1,936 bilhão de dólares de 2010.
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Renato Galisteu | renato.galisteu@itmidia.com.br
Plantronics lança portal para parceiros com CRM Salesforce A
Plantronics lançou oficialmente seu portal de relacionamento com os parceiros, que tem como principal objetivo deixar os canais por dentro de todo o portfólio da fabricante, com acesso a treinamentos e webinars, downloads de arquivos sobre as soluções da companhia, e documentos com direcionamentos para ofertas, tornando mais assertiva a forma das revendas fazerem negócios. O portal, que será um braço do Connect – o programa de canais da fabricante – traz em sua essência a ideia de motivar o parceiro em migrar a forma de fazer negócios com as soluções da Plantronics para um formato mais integrador. Vera Thomaz, Senior Territory Manager da Plantronics no Brasil, afirma que esse é um discurso adotado há um bom tempo pela empresa, pois, de acordo com a executiva, a companhia hoje se apresenta como uma fabricante de soluções para comunicações unificadas. “Não vendemos apenas headsets, mas sim dispositivos completos de áudio e comunicação”, afirma. Essa virada na postura da Plantronics aconteceu com o advento das comunicações unificadas, que hoje não se tratam apenas do hardware, “mas sim da inteligência dos softwares”. “Nossas soluções são desenhadas para atender fabricantes como Microsoft, IBM, Avaya, Cisco, Polycom… Os produtos convergem, não só na plataforma mecânica, mas com os softwares”, explicou. “Meu produto é compatível com diversos players”. Com isso, a Plantronics exige mais especialização do canal, que agora tem a possibilidade de ampliar o leque de ofertas e casar soluções na ponta, afirma Vera. “O próximo passo é que os parceiros migrem naturalmente para um perfil mais consultivo”, analisa a executiva.
Foto: Divulgação
Vera Thomaz, da Plantronics: "O portal cruza informações e entrega resultados quanto aos produtos em diferentes formatos"
Voltando ao portal, Vera afirma que foi surpreendida positivamente com a consistência do canal online, pois “tudo o que um parceiro possa demandar de informação da Plantronics, vai encontrar lá”, desde casos de sucessos, debates, gravações dos webinars, treinamentos, script dos produtos, modelos de campanhas, vídeos sobre a empresa, lançamentos, até a integração do portfólio com o segmento de mercado que a revenda pretende atender. “O portal cruza informações e entrega resultados quanto a produtos em diferentes formatos”, detalha. Para a criação do site dedicado ao canal, a Plantronics realizou uma pes-
quisa em 2011 com sua base global de parceiros cadastrados no Connect, chegando ao resultado considerado muito satisfatório pela fabricante. O site oferece acesso aos colaboradores das 300 revendas e seis distribuidores cadastrados no programa. CRM Salesforce
Certamente, este não é o primeiro portal que visa a maior interação dos parceiros com soluções de fabricantes e nem será o último, mas Vera falou abertamente sobre a tecnologia do CRM da Salesforce que corre de plano de fundo do site, com o intuito de ajudar a Plantronics a conhecer
melhor as necessidades de suas revendas e, até de forma mais minimalista, a necessidade de cada vendedor por trás dos canais. Vera conta que a liberação de acesso para a utilização do portal não é por parceiro, mas sim por usuário, o que dá a possibilidade aos canais de cadastrar todos os vendedores na plataforma e, conforme o acesso de cada usuário, o CRM da Salesforce identifica o comportamento do vendedor e gera para a fabricante relatórios que poderão direcionar futuras ofertas. “Com isso, saberemos para onde nossos parceiros estão olhando e quem são as pessoas que estão por trás dessa tendência, conseguindo, assim, criar e direcionar ofertas, a partir dos produtos que o vendedor olhou, documentos que baixou e tudo mais”, explica Vera. Com essa tecnologia, a Plantronics consegue também identificar concorrentes que tentam se infiltrar no portal. “O (CRM) Salesforce nos ajuda a identificar se aquela revenda que está tentando se cadastrar na nossa base é, de fato, uma empresa em busca de fortalecer sua oferta ou uma revenda tentando espionar nossa proposta de trabalho”, esclarece a executiva. Há mais de duas décadas na Plantronics, Vera afirma que o novo portal é um divisor de águas para o crescimento da companhia junto aos canais, e que o grande incentivo em busca da especialização dos parceiros é o que dirige a força do negócio da companhia. “Hoje não é preço que vende, mas sim o valor, e o mercado brasileiro está muito mais maduro e preparado para esta mentalidade de atendimento e oferta”, finaliza Vera. Com cerca de 3,2 mil funcionários em todo o mundo, a companhia fechou o ano fiscal de 2011 com faturamento de 683,6 milhões de dólares.
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indústria
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Topdesk quer novos canais e equipe própria no Brasil Foto: Divulgação
Renato Galisteu | renato.galisteu@itmidia.com.br
Tiago Krommendijk, da Topdesk: "Temos 80 desenvolvedores aplicados a um único objetivo: fazer cada vez mais a solução ser melhorada, atendendo ao mercado como um todo"
A
fabricante holandesa Topdesk está com planos bem arrojados para o mercado brasileiro. Com expectativa de crescer três dígitos em 2012, a empresa, que conta com parceria da IT2B, quer estabelecer uma operação local e contar com maior capilaridade de sua oferta em todo o Brasil através de canais. O ponta pé para que essa meta seja atingida já foi dado com a chegada de Tiago Krommendijk, consultor Topdesk na Holanda e gerente de parcerias por aqui, que fica no País até outubro com o objetivo principal de estruturar seu time nacional e treinar, certificar e preparar os parceiros.
De acordo com Krommendijk, a ferramenta é “bastante amigável” e contempla funcionalidades para gerenciamento dos serviços de TI (help e service desk) e expande sua atuação para áreas como recursos humanos e facilities, tornando a operação dos clientes mais “tranquilas, gerenciáveis e claras para todos os componentes da empresa”. “Temos três versões que tornam nossa oferta escalável, possibilidades de oferta em SaaS e atacamos desde as pequenas e médias empresas até às grandes multinacionais”, afirmou o gerente. Para o executivo, o grande desafio é lidar com as oportunidades que o mercado vai apresentar neste e, prin-
cipalmente, nos próximos anos. “Há uma pesquisa que afirma que 50% das empresas não têm uma ferramenta de helpdesk ou contam com uma solução desenvolvida internamente. Todas as companhias neste cenário são potenciais clientes, e nesta hora teremos um time preparado para a oferta, com preço bastante atraente”, disse. Inicialmente, com a finalização da contratação de profissionais para a equipe interna, o foco está no mercado paulista e caberá aos canais estender o braço de negócios. “Vamos por partes”, ressaltou o gerente. A IT2B será a responsável por encontrar os canais ideais para a oferta
das soluções Topdesk no País. “Temos parceria com a empresa desde 2010 e agora, com a construção dessa equipe interna, vamos deixar ainda mais próximo esse relacionamento e focar nos resultados para os dois lados”, afirmou. O grande diferencial da Topdesk ”é que a empresa desenvolve há quase 25 anos uma única ferramenta, então os clientes contam com uma solução altamente focada na performance e na obtenção de resultados e estruturação interna”. “Temos 80 desenvolvedores aplicados a um único objetivo: fazer cada vez mais a solução ser melhorada, atendendo ao mercado como um todo”, finaliza o executivo.
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/ no mundo Fotos: Kim Kulish
Channel Champions 2012 Por Jennifer D. Bosavage, CRN EUA (Tradução: Erika Joaquim)
Conheça os vencedores da premiação da revista CRN nos Estados Unidos
D
urante os últimos 22 anos, a CRN EUA tem consagrado os fabricantes que conquistaram o direito de serem vistos como o “créme de la créme” da indústria de TI como os Channel Champions. Mais de duas mil revendas foram pesquisadas no último outono norte-americano sobre os fabricantes com os quais mantinham relacionamento. Solicitamos aos VARs participantes para que classificassem
a importância da satisfação técnica e de suporte, fatores financeiros e o desempenho destes fabricantes nestas áreas também. Embora a pesquisa tenha evoluído nas últimas duas décadas – Software de CRM e Tablets são as categorias mais novas – seu objetivo não foi alterado. A pesquisa para o Channel Champions ajudará a comunidade das revendas, fornecendo informações sobre as capacidades
de diversos fabricantes, permitindo, desta forma, que o canal selecione os melhores. Mas o prêmio também é valioso para a indústria, pois podem ver onde se aprimorar, de acordo com as repostas dos VARs. Em abril, os fabricantes vencedores foram homenageados em uma cerimônia de entrega de prêmios durante o XChange Solution Provider, em Los Angeles. Os melhores executivos das empresas comemoraram
sua excelência e brindaram o canal que os homenageou. Os vencedores ( foto acima) da 22ª pesquisa anual, que recentemente foram homenageados no XChange em Los Angeles, têm razões para estarem orgulhosos. As revendas classificaram estes fabricantes como os melhores nas 27 categorias de produtos e serviços. As páginas seguintes revelam os vencedores e mostram onde alcançaram as maiores pontuações.
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Por Jennifer D. Bosavage, CRN EUA (Tradução: Erika Joaquim)
OS MELHORES DO MERCADO
Estes fabricantes conquistaram a maior pontuação em 2012. Em qual posição está o seu?
Jim Sherriff (segundo a esquerda), vice-presidente sênior da Americas Partner Organization, e a equipe da Cisco receberam os prêmios do vice-presidente e diretor editorial da CRN EUA Kelley Damore (último à esquerda) e o editor da CRN EUA Steven Burke (último à direita).
Os top 10 do Channel Champions
empresa categoria
Intel Cisco Cisco VMware Citrix IBM Microsoft Microsoft Dell IBM
Processadores (incluindo processadores gráficos) Comunicações Unificadas Hardware de Rede para SMB (incluindo wireless LANs e Voz) Virtualização de servidor e desktop Virtualização de servidor e desktop Servidores midrange – médio desempenho (custo acima de US$ 25 mil) Middleware Business Intelligence Storage de rede corporativa (SAN ou NAS) Middleware
pontuação
81.3 80.0 79.1 78.1 77.6 77.6 77.0 76.6 76.5 76.2
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é o número de fabricantes que foram avaliados na pesquisa da CRN EUA dos Channel Champions 39
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best In Class Acima: Randy Cochran (à esquerda), ex-Symantec, Luanne Tierney (no centro) da Juniper Networks e Tricia Atchison da Symantec comemoram os prêmios de suas respectivas empresas
À esquerda: Damore da CRN EUA parabeniza Gordon Lord da APC, vencedor na categoria de data center e gerenciamento de energia. Abaixo: recebendo o prêmio geral de Processadores das mãos de Damore e Burke da CRN EUA está Steve Dallman, da Intel.
Os top 10 em Satisfação Financeira empresa
categoria
Cisco Dell Intel Citrix Microsoft HP Microsoft Lenovo VMware AMD/IBM (empate)
Comunicações Unificadas Storage de rede corporativos (SAN ou NAS) Processadores (incluindo processadores gráficos) Virtualização de servidor e desktop Middleware Servidores midrange – médio desempenho(custo acima de US$ 25 mil) Business Intelligence Tablets Virtualização de servidor e desktop Processadores/ Servidores midrange – médio desempenho (custo acima de US$ 25 mil)
Os top 10 em Satisfação em Suporte empresa
Cisco Microsoft Intel VMware Citrix Cisco Kaspersky Lab IBM Lenovo Microsoft
pontuação
categoria
Comunicações Unificadas Middleware Processadores (incluindo processadores gráficos) Virtualização de servidor e desktop Virtualização de servidor e desktop Hardware de rede para SMB (incluindo voz e LANs wireless) Software de segurança de rede Middleware Tablets Business Intelligence
pontuação
78.7 76.6 76.1 75.8 75.4 75.2 74.4 73.9 73.9 73.8
77.7 77.6 77.2 76.7 75.9 75.7 75.5 75.0 74.7 74.5
Os top 10 em Satisfação Técnica empresa
Intel Cisco Samsung ViewSonic HP IBM Seagate Western Digital HP Dell
categoria
Processadores (incluindo processadores gráficos) Hardware de rede para SMB (incluindo Voz e LANs sem fio) Monitor de tela plana Monitor de tela plana Servidor de alto desempenho Servidor midrange – médio desempenho (custo maior de US$25 mil) SATA Hard Drives SATA Hard Drives Servidor midrange – médio desempenho (custo maior de US$25 mil) Servidores de alto desempenho
pontuação
89.7 89.4 87.7 86.6 86.5 85.9 85.0 84.8 84.3 84.1
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Os top 10 Suporte Pós-Venda empresa
Cisco Seagate Intel Cisco Western Digital VMware Citrix Xerox HP Trend Micro
categoria
Hardware de rede SMB (incluindo LANs e Voz wireless) SATA Hard Drives Processadores (incluindo processador gráfico) Comunicações Unificadas SATA Hard Drives Virtualização de servidor e desktop Virtualização de servidor e desktop Impressoras coloridas para grupos de trabalho Impressoras coloridas para grupos de trabalho Software de Segurança de rede
pontuação
89.7 85.3 84.7 84.7 83.5 83.3 81.0 80.5 79.9 79.6
Acima: Na posição de líderes do Channel Champions, a Microsoft fica em lugar de destaque, que foi classificada como a vencedora geral em seis categorias de produtos: Software de Business Intelligence, Aplicativos de Cloud, Software de Colaboração, Software de CRM, Gerenciamento de Dados e Middleware.
Esquerda: Tablets são um dos dois novos produtos na pesquisa. (O outro é o Software de CRM). O diretor da Lenovo, NA Channel Chris Combs, recebeu o prêmio geral do Channel Champions para a categoria de produtos de Tablets de Damore e Burke, da CRN EUA.
Os top 10 em Suporte de Pré-Vendas
empresa
ntuação
89.7 89.4 87.7 86.6 86.5 85.9 85.0 84.8 84.3 84.1
Cisco Intel IBM Trend Micro Cisco Kaspersky Lab Dell Lenovo Xerox HP
categoria
Comunicações Unificadas Processadores (incluindo processadores gráficos) Servidores Midrange – médio desempenho (com custo maior de US$ 25 mil) Software de segurança de rede Hardware de rede para SMB (incluindo LANs e Voz wireless) Software de segurança de rede Storage e rede corporativos (SAN ou NAS) Tablets Impressoras coloridas para grupos de trabalho Impressoras coloridas para grupos de trabalho
pontuação
79.3 76.6 76.4 75.7 75.6 74.7 74.1 73.4 73.4 73.2
Os TOP 10 em Qualidade & Confiabilidade em Produtos
empresa
Intel HP
categoria
Processadores (incluindo processadores gráficos) Servidores de alto desempenho Hardware de rede para SMB Cisco (incluindo LANs e Voz wireless) Samsung Monitor de tela plana Servidor midrange – médio desempenho IBM (custo maior de US$ 25mil) AMD Processadores (incluindo processadores gráficos) Nvidia Processadores (incluindo processadores gráficos) Western Digital SATA Hard Drives Hardware de rede para SMB HP Networking (incluindo LANs e Voz wireless) Seagate SATA Hard Drives
pontuação
109.3 100.5 99.8 99.0 98.5 97.5 96.8 96.7 95.7 95.3
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Bring Renato Galisteu | renato.galisteu@itmidia.com.br
your own cloud
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al chegamos a um acordo – se é que chegamos – sobre o “Bring Your Own Device” (Traga o seu próprio dispositivo, na tradução literal) e já vivemos um novo momento único e igualmente complexo dentro do mundo da TI: o Bring Your Own Cloud, ou Traga Sua Própria Nuvem.
Linha do tempo Em 30 anos a tecnologia para armazenamento de dados mudou absurdamente, principalmente quando falamos de disponibilidade, acesso e tamanho – físico ou digital/ virtual. Há vários momentos e tecnologias para falar, que foram surgindo desde meados da década de 50, mas vamos citar alguns.
Ou seja, o time da consumerização ganhou mais um jogador, que não se trata da evolução do hardware para melhor performance do usuário, mas sim como ele converge sua vida pessoal em detrimento de ambientes corporativos. Ao invés de falarmos agora especifica-
mente de smartphones, tablets e notebooks, o mote são soluções como Dropbox, iCloud, Box, SkyDrive, Evernote e, mais recentemente, o Google Drive. Claro, há vários outros. A despeito de questões como a disponibilização de mais banda lar-
ga para que os funcionários acessem seus storages e as políticas para isto, o ponto é: quais rumos serão dados para os meios como as informações são armazenadas nos dias de hoje? “Se a companhia não está na nuvem, essas dezenas de ofertas de
Fotos: Divulgação
mpliar bricante
indústria
Disco Rígido - HD O primeiro disco rígido foi construído pela IBM em 1956, sendo lançado em setembro de 1957. Com a incrível capacidade de armazenar 5 Mb, os HDs revolucionaram a computação. Hoje há discos rígidos que batem a barreira dos Terabytes. Hoje, há também os HDs externos, que acompanham as mesas capacidades de armazenamento que os internos, mas por vezes com tecnologias diferenciadas – como o flash. Existem vários tipos de interfaces para discos rígidos diferentes: IDE/ATA, Serial ATA, SCSI, Fibre channel, SAS.
Solid-state drive – SSD As origens do SSD datam dos anos 50 com tecnologias similares (Memória magnética ou CCROS). Porém, caiu em graça quando chegou diretamente nos usuários finais junto aos notebooks e, principalmente, Ultrabooks. Alguns dos dispositivos mais importantes usam memória RAM e há ainda os que usam memória flash. Há quem acredite que o SSD irá substituir o HD, porém, o que vemos são nichos bem definidos para ambas soluções.
Floppy-disk ou Disquete De vários tamanhos e diferentes capacidades de armazenamento, o disquete nasceu em 1971 e conseguia comportar – pasmem – 80Kb. A era dos disquetes durou até 1993, com o lançamento do floppy com três polegadas EDS e meia e 5,76 Mb. O mais famoso entre todos foi lançado em 1987, do mesmo tamanho que o último da linha, mas com tecnologia de gravação HD, com capacidade de armazenamento de 1,44 Mb. Caiu em desuso no início do ano de 2001 e hoje é quase peça de museu.
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A pergunta de um milhão de reais: a nuvem pessoal é um estímulo à adoção de cloud computing dentro das corporações ou um problema a mais para a gestão da TI? “De forma extremamente pessoal, todo e qualquer mecanismo que ajude a preservar informações e que dá flexibilidade ao processo deve ser estimulado. A nuvem pessoal é uma alternativa que pode ser abrangente a toda a empresa”, explica Xandó. “Tudo se trata da estratégia, mas, principalmente, da forma como a companhia olha a tecnologia em seu negócio”.
armazenamento em cloud para usuário final de alguma forma chegam às empresas. Sabemos dos inúmeros benefícios que esses sistemas trazem para as pessoas, pois a informação está onde a internet chega”, afirma Flavio Xandó, colaborador do Fórum PCs, da IT Mídia. Como usuário inveterado de tecnologia, Xandó afirma que incentiva as empresas a migrarem seus backups para a nuvem, mas que não necessariamente tenham a cloud computing como hub de seus arquivos e documentos. “Para o usuário final, é sempre mais simples migrar para a nuvem e eles sabem que não é por isso que tudo deve estar apenas lá, e aqui falamos de saber fazer um modelo hídrido que pode ser, em outra escala, pensado para as empresas”, pontua. Fato é que essas oportunidades para usuários finais são atrativos gigantescos. Hoje, Dropbox oferece, gratuitamente, 2GB de armazenamento; Box, iCloud e Google Drive dão 5GB e o SkyDrive libera 25GB.
Bruno Arrial, da Frost & Sullivan, olha um pouco adiante a questão de armazenamento em nuvem. O consultor propõe um cenário de compra ou cliente global de soluções, ou seja: se você usa o SkyDrive, compra um smartphone com Windows Mobile Phone; se usa o Gmail, Google Drive, adquire um device Android; tudo isso com a expectativa de que os sistemas se integrem e que se-
Compact Disc (CD) Criado em 1979, comercializado em 1982 e popularizo em 1994, o CD era capaz de armazenar o conteúdo equivalente a quase 487 disquetes de 3 ½ polegadas (com capacidade de 1,44 MB), ou 700 Mb. Em sua evolução natural, o CD ganhou a possibilidade de ser reescrito (CD-RW). A briga pela criação do compact disc é complicada: a Philips anunciou um protótipo de CD-ROM no "Philips Introduce Compact Disc" em 8 de março de 1979, porém três anos antes, em setembro de 1976, a Sony tinha anunciado publicamente um disco óptico digital de áudio. Ainda hoje é uma mídia altamente usada.
Digital Versatile Disc - DVD Com rascunhos desde 1994, nasceu em 95 com a capacidade de armazenamento de 4,7 Gb. Entre 97 a 2000, os DVDs players ganharam força no mundo. Há ainda versões para gravações em dois lados, que têm suas capacidades de armazenamento duplicada. Em 1996, foi lançado nos Estados Unidos o primeiro filme em DVD: Twister. No Brasil, em razão da forte desvalorização do real em 1999, a mídia só começou a se popularizar a partir de 2002.
Tendência
jam dadas vantagens ao usuário que for um “cliente” de tal fabricante. Esse cenário, segundo Arrial, já é visto no cenário dos smartphones e tablets da Apple, onde o iCloud dá acesso e uso exclusivo para os proprietários de tais devices, tendência que facilmente pode ser adotada pelos outros players do mercado e que já é observada como forte pelo consultor. “Soluções para armazenamento em nuvem estão virando commodities, então vamos esbarrar numa questão que é a principal nestes pontos: os diferenciais de serviços. Em tese, a tecnologia é a mesma, mas o valor agregado de cada uma delas é o chamariz de novos usuários”, afirmou Arrial. “Por isso, reafirmo que os usuários podem ser direcionados para se manter dentro de um fabricante”. Para o consultor, existe uma febre no mercado que trata exatamente todas as novidades tecnológicas como “o fim de um algo” e que, por mais que as soluções na nuvem tenham comprovadamente inúmeras facilidades quanto
USB flash drive – Pen Drive O USB flash drive, criado pela Trek Technologies e comercializado pela IBM, foi disponibilizado em 15 de dezembro de 2000, e tinha uma capacidade de armazenamento de 8 MB, mais de cinco vezes a capacidade do, na época, comumente utilizado disquete. Hoje, há pen drives com capacidades como 128 Gb – quase verdadeiros HDs externos -, mas os mais comuns são os que variam entre 2 Gb a 8 Gb.
a disponibilidade e acessibilidade, pen drives e HDs externos vão coexistir dentro deste imenso panorama “nublado”. Pensando em questões de armazenamento, vários são os sistemas por onde a internet corre. O YouTube armazena vídeos; o Flickr, fotos; o Google Docs, documentos... É uma evolução natural que, de agora para frente, se expande em suas possibilidades de utilização. “A forma como as pessoas pensam em storage mudou. Não se trata de não usar mais o pen drive, mas sim no que ele seria o ideal para uso. Eu uso nuvem, mas nunca abandonei meu backup no HD externo”, conta Arrial. Com tudo isso, a proposta é que as empresas estejam mais atentas à sua infraestrutura interna e que cada vez mais adotem a filosofia de que a inovação está onde é permitido que o usuário esteja, seja ele final ou corporativo, e essa realidade é o que dirige a consumerização e dá cara e corpo à nuvem pessoal dentro dos ambientes corporativos.
Cloud Computing As histórias da origem são várias e datam entre os anos 50 e 60. Uma das mais conhecidas é do cientista de TI John McCarthy, que em 1960 escreveu um artigo onde falava que “um dia a computação seria organizada em utilidades públicas”. Fato é que desde o nascimento das propostas de Software como Serviço (SaaS), a modalidade de computação através de links da internet ganhou bastante força. Em 2008 o Gartner criou o termo Cloud Computing, ou computação em nuvem, e desde então é um das maiores quebras de paradigmas do mundo, trazendo em sua proposta, tendências como a mobilidade, social business e consumerização.
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opinião
Dagoberto Hajjar Foto: Ricardo Benichio
dagoberto.hajjar@advancemarketing.com.br
Dagoberto Hajjar é diretor da ADVANCE e escreve mensalmente na CRN Brasil
N
Sob nova direção
os últimos meses, vários donos de empresas me te, na empresa. Resultado: perderam flexibilidade e vários procuraram com o mesmo problema. Depois de negócios. O excesso de controle ía do simples “demorou 7 anos de árduo e intenso trabalho resolveram “pro- dias para aprovar as despesas de viagem e aí não existia fissionalizar” a empresa e o “novo comandante do mais tarifa aérea disponível naquele valor”; até um “denavio” quase o levou ao naufrágio. Ouvi várias ve- morou 3 dias para aprovar a redução de margem para a zes as frases “Graças a Deus que eu percebi a tem- proposta, e o cliente fechou com outro fornecedor”. po e voltei para reassumir o comando”; “não tinha como Vou comentar mais dois erros expressados nas fradar certo, ele tem um estilo muito diferente do meu”; “eu ses dos donos. O primeiro disse que “deveria ficar sendeveria ter ficado uns meses sentado ao lado dele para que tado do lado dele”. Bom, não é deste jeito que se ensina ele visse como funciona o negócio”. coisa alguma. O GC estabelecerá uma série de docuDepois de um pouco mais de meia dúzia de pergun- mentos que permitirão que o CEX saiba exatamente tas vimos que o diagnóstico era o mesmo para todas as o que é esperado dele. Em alguns casos escrevermos o empresas: falta de governança corporativa. E antes que código de conduta e ética, em que determinamos o que você pare de ler este artigo, aviso que governança corpo- ele pode falar, de que forma pode falar e com quem rativa (GC) não é assunto apenas de grandes empresas. pode falar. O segundo dono disse que “ele tem um esGC é um conjunto de boas práticas tilo muito diferente do meu”. Claro, criadas exatamente para quando o todos temos estilos gerenciais difeGovernança corporativa rentes e com igual chance de sucesdono da empresa quer passar o connão é assunto apenas de so. A falha é não ter um documento trole da empresa para um executivo, grandes empresas. É um que diga como o CEX será avaliado, com segurança, responsabilidade e, conjunto de boas práticas quais serão os critérios, formas de principalmente, controles. criadas exatamente Não vou dar aula sobre GC mas mensuração e resultados esperados. para quando o dono quer apenas relatar o que aconteceu nestas Se o CEX estiver atingindo todas as empresas que me procuraram e tive- passar o controle para um metas de vendas, margens, ebitda, ram problemas com seu “comandante executivo, com segurança, satisfação de clientes e funcionários, responsabilidade em exercício” (CEX). metas de longo prazo, garantindo a e controles Em uma delas, o dono estabeleperpetuidade da empresa, código de ceu um sofisticado sistema de remuneração baseado em conduta e ética, então, o estilo é uma característica que, metas de vendas. Queria incentivar o crescimento ace- de ponto “negativo” (na visão do dono), virará ponto lerado. Esqueceu, contudo, de estabelecer o orçamento positivo (na visão do mercado). de despesas com as margens e Ebitda, os limites, alçadas A maioria dos donos de empresas adoram apagar ine restrições do “comandante em exercício” (CEX) e as cêndios. Se sentem úteis e importantes com isto. Adoram metas de longo prazo para garantir a continuidade dos botar a cabeça fora da sala e gritar para chamar seus negócios, tais como, treinamentos, capacitações e inves- funcionários. Adoram delegar tarefas e não responsabilitimentos em pesquisa e desenvolvimento. O CEX era um dades. Detestam escrever normas e procedimentos. Não profissional de carreira em grandes multinacionais. En- sabem escrever metas, objetivos e indicadores de desemtrou na nova – e menor – empresa com a cabeça e os há- penho. Então, não tem como dar certo. Qualquer que bitos de gastos de multinacional. Não preciso nem falar seja o CEX, será um fracasso na visão do dono. quais foram os resultados... Enquanto isso, o valor da empresa vai diminuindo. Em outra empresa o dono fez exatamente o contrário: Até o dia que o dono estiver bem velhinho, cansado de todas as despesas e redução de margem deveriam ser apro- tanto apagar incêndios, e a empresa vai valer só um tosvadas pelo próprio dono – que não ficava mais, fisicamen- tão furado...
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tendência
/ interop 2012
Fotos: Interop Events
Software por
definição S
ão 25 anos desde que a primeira Interop foi realizada e muita coisa mudou na área de redes e comunicação das empresas desde então. Mas o que ficou claro na edição de Las Vegas (EUA) deste ano – a primeira de uma série de quatro Interops mundiais, com as próximas tomando espaço em Tokio ( Japão), Nova York (EUA) e Mumbai (Índia) –, realizada entre os dias 6 e 10 de maio, foi o impacto que a tão falada cloud computing trouxe para o sistema.
Por Adriele Marchesini | amarchesini@itmidia.com.br
E por mais que as modificações que tenham fincado pé nas tendências tenham transformado a área, uma mensagem indiscutível foi deixada para todos os elos da cadeia, de quem fabrica a quem distribui, revende, integra e opera: o hardware não é mais o diferencial, tornou-se uma commodity. O que dita a transformação, o ganho de produtividade e a assertividade de tudo aquilo que faz a máquina de TI girar agora é outro. É software, por definição, abstraindo as caixas de netwoking e data center.
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Online Confira a cobertura completa da Interop Las Vegas no IT Web: http://itweb.com.br/especial/interop-2012/
Com 25 anos de existência, edição de 2012 da feira de networking Interop passa um recado claro para a indústria de TI: hardware virou commodity. Cloud computing e virtualização impulsionam redes definidas por software (SDN) e data centers definidos por software (SDDC)
Bethany Mayer, VP de networking da HP: novo ambiente requer fim das divisões entre universos cabeados e sem fio
Difícil tarefa a de fazer a cobertura da Interop. Complicado, em primeiro lugar, por conta do tamanho do encontro em si: a edição de 2012 contou com cerca de 350 expositores, aproximadamente 14 mil visitantes e duas mil pessoas participando da área de conferência, dedicada a trocas de experiência. O conteúdo, por seu lado, também é denso. Com o tema principal sendo a evolução que a s tecnologias de cloud computing e virtualização geram no ambiente físico da empresa, os temas que despontaram nos cinco dias do encontro foram a “softwarerização” do hardware. Tendências como a já discutida networking definida por software (Software-Defined Network ou SDN, da sigla em inglês) e o novíssimo conceito de data center definido por software (Software-Defined Data Center, ou SDDC) eram discutidos de forma oficial e informal pelos corredores do Mandalay Bay, hotel que sediou a feira. O conceito de SDN existe já há alguns anos, mas durante a Interop 2012 foi possível perceber como ele tomou força. “Nos últimos dez anos vimos uma corrida para softwares definindo
orquestração de aplicações, sistemas operacionais e máquinas virtuais. E o mesmo aconteceu com storage. Mas o que ainda não vemos com muita facilidade é a virtualização de networking,
já que essa área da empresa ainda é basicamente formada por caixas”, contextualizou John Harcourt, fundador da Vello System. A companhia foi criada há três anos para operar especificamente no mercado nascente de SND, com foco em empresas financeiras norte-americanas. Segundo o executivo, diante deste dilema, a rede definida por software foi um processo natural e uma demanda por facilidades do próprio mercado. “Um serviço que levaria muitas semanas para ser configurado pode ser feito em segundos usando um software de abstração de rede”, disse. “Cada vez mais as companhias buscam um ambiente de infraestrutura flexível”, ponderou Bethany Mayer, vice-presidente sênior para a área de networking da HP. Na visão da executiva, este novo ambiente requer o fim das divisões que hoje separam ambientes cabeados e sem fio. “Tudo é a mesma rede e você deve poder manejar do mesmo lugar”, afirmou, adicionando que além das tendências de BYOD (Bring Your
exper
experiê
Padmasree Warrior, CTO da Cisco: convergência de cloud e mobilidade levam a estilo de trabalho colaborativo, que combina ferramentas de texto e mensageria com doses pesadas de vídeo ao vivo
exp depar
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tendência
Próximas feiras
/ interop 2012
Interop Tókio – 12 a 15 de junho Interop Nova York – de 1 a 5 de outubro Interop Mumbai – de 10 a 12 de outubro
Steve Harrod, CTO da VMware: o controle do ambiente não envolve ferramentas individuais, mas sim como orquestrar todas essas peças ao mesmo tempo
Own Device), que é a política corporativa de aceitar em sua rede dispositivos pessoais do usuário, e software definindo a rede (SDN, da sigla em inglês), uma questão que nunca saiu de cena é a de segurança. A Cisco compartilha da tendência de SDN e pretende incorporar essa tecnologia no produto Cloud Connect, uma nova plataforma de networking em nuvem que será divulgada no meio deste ano e promete conexão mais segura e eficiente de data centers internos com operações de nuvem. Segundo a InformationWeek EUA, na visão de Padmasree Warrior, CTO da fabricante, a convergência de cloud e mobilidade levam a um novo e colaborativo estilo de trabalho, que combina ferramentas convencionais de texto e mensageria com doses pesadas de vídeo ao vivo.
Orquestrando o data center Já a proposta de data center defi-
nido por software foi apresentada pelo CTO da VMWare, Steve Herrod. Neste ambiente, tanto os serviços de infraestrutura quanto o controle do ambiente são entregues via software, garantindo mais flexibilidade em termos de capacidade de armazenamento e escalabilidade. “Estamos introdu-
o controle do ambiente são entregues via software, garantindo mais flexibilidade em termos de capacidade de armazenamento e escalabilidade. “Segundo o executivo, a tecnologia terá a necessidade de entregar políticas de alta-disponibilidade e de segurança, além de atuar com planos de recupe-
Vemos que a solução do hardware, por si só, não é mais um diferencial zindo um novo conceito em cima de virtualização. Seria um data center virtual”, disse o executivo à plateia de cerca de oito mil pessoas presentes no local. Herrod explicou que o controle do ambiente não envolve ferramentas individuais, mas sim como orquestrar todas essas peças ao mesmo tempo. “O mais importante é como automatizar os processos”, relembrou. Em um ambiente de SDDC, tanto os serviços de infraestrutura quanto
ração de desastre. “O intuito é que o ambiente rode uma variedade de aplicações móveis e efetue análise de big data”, explicou, adicionando que este último ocorreria baseado em Hadoop. Outra questão pontuada é a possibilidade de múltiplos hypervisors, inclusive os concorrentes da companhia. Neste ambiente, o data center virtualizado (DCV) acoplaria uma série de máquinas virtuais, embutindo ferramentas e aplicações. Como conse-
quência, seria possível, por exemplo, obter um DCV específico para a área de finanças e outro para o departamento de pesquisa e desenvolvimento. Com essa flexibilidade, segundo Herrod, a capacidade de uso seria ampliada conforme necessidades isoladas de cada célula corporativa. “A chave aqui é que o data center pode diminuir ou crescer, dependendo do que será usado”, comentou o executivo. Segundo ele, esse modelo surgiu como uma evolução natural do conceito de SDN, que trouxe esse tipo de f lexibilidade aos serviços de networking. Levar a tecnologia para todo o restante do ambiente, como servidores e storage, é, em sua visão, uma tendência sem volta para um ambiente que requer muito mais facilidade de manuseio da TI. “A grande questão é interoperabilidade. Acreditamos que essa tecnologia pode rodar de forma mais segura, eficiente e rápida as aplicações”, completou. A companhia deve anunciar uma solução neste conceito em breve, provavelmente em agosto, durante o VMware Summit, que ocorre também nos Estados Unidos. A quebra de paradigma é mais intensa do que se pode mensurar atualmente. “Vemos que a solução do hardware, por si só, não é mais um diferencial”, ponderou o vice-presidente para América Latina da Enterasys Networks, Reinaldo Opice. Esta declaração é extremamente importante por um motivo em particular: a companhia calçou sua história na produção, exatamente, de produtos de infraestrutura. “Já tínhamos essa sensação de que o mercado caminhava muito mais para a oferta de solução, perdendo esse apego com a especificação técnica, como números de slots, por exemplo. O que eles querem é o problema resolvido”, comentou o executivo. *A jornalista viajou aos Estados Unidos a convite da HP
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Há 15 anos, a CRN Brasil impulsiona o setor, conecta pessoas, realiza negócios e desenvolve profissionais de toda a cadeia de TI. Acreditamos que por mais que a ciência, a tecnologia e os mercados avancem, fenômenos humanos sempre permanecerão sob jurisdição do próprio ser humano (pessoas fazem negócios com pessoas). E, por isso, é necessário cultivar e incentivar, aquilo que os gregos chamavam de “paideía”, ou seja, a educação, o respeito e o relacionamento. Junte-se agora a esta comunidade única: comercialcanal @itmidia.com.br
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distribuição
/ curtas
Renato Galisteu | renato.galisteu@itmidia.com.br
CommLogik fecha com Huawei
para videoconferência A
chinesa Huawei já tem a parceira para distribuir sua linha de videoconferência no País. A aliança com a CommLogik tem o objetivo de espalhar as soluções da fabricante no Brasil, única e exclusivamente através de canais. Carlos Wagner Manzini, diretor-geral da CommLogik, afirma que, hoje, todas as empresas são clientes potenciais para o uso de sistemas de videoconferência e, portanto, “todos os segmentos empresariais, como financeiro, medicina, educação e governos são nossos alvos”. De acordo com o executivo, a utilização de sistemas de videoconferência tem sido o grande trunfo das empresas que querem (e precisam) diminuir substancialmente o tempo de deslocamento
de seus funcionários e executivos em visitas a clientes importantes. “Em várias oportunidades, temos fornecedores que cedem ou emprestam um sistema de videoconferência para seus clientes, objetivando o estreitamento de suas relações comerciais”, conta o diretor. Quanto a enfrentar concorrência com fabricantes como Avaya, Polycom, Cisco e LifeSize, por exemplo, Manzini afirma que apesar da grande adesão às soluções empresariais de videoconferência, “o número de empresas que ainda não utilizam ou desconhecem a videoconferência profissional é brutal”. “Existe muito espaço para todos os players de mercado. O que poderá diferenciá-los é a abordagem e facilitação de negócios aos canais reven-
Garmin passa a integrar portfólio da Alcateia
A
Alcateia integra uma nova marca ao seu portfólio: a Garmin, fabricante de GPS. Nesse novo contrato, a Alcateia é responsável pela distribuição de oito tradicionais aparelhos de GPS da marca (modelos 210 a 450), além de três modelos de relógio que compõem a linha Fitness (586 a 1100). A distribuição terá como foco o varejo de informática e o principal objetivo da Alcateia é fortalecer o marketshare da marca aqui no Brasil. “A Garmin é a marca mais famosa do mundo quando falamos de GPS. Seus diferenciais – a qualidade e o software de identificação de radar – são bastante
atrativos e realmente merecem destaque”, disse em comunicado o gerente de produtos da Alcateia, Alessandro Rocha. Para capacitar as suas mais de 12 mil revendas sobre essa nova marca, a Alcateia tem prevista a realização de treinamentos por todo o País por meio dos seus road shows. Nessa fase, o momento é convencer o varejo a experimentar o produto. “O aumento de portfólio torna a Alcateia cada vez mais uma distribuidora one stop shopping, ou seja, o que o canal deseja, ele tem na Alcateia”, comentou em nota o diretor-comercial e de marketing da Alcateia, Carlos Tirich. Por CRN Brasil
dedores e integradores, para que os mesmos possam também propiciar serviços e facilidades para os clientes”, explica. Para Manzini, trabalhar com uma marca entrante não significa atacar apenas as pequenas e médias empresas para depois subir na cadeia de negócios. O diretor afirma que para os produtos da Huawei não existe distinção das oportunidades e que todos os canais estão trabalhando com os sistemas da fabricante “para todos segmentos e portes de empresas”. “As solicitações que temos recebido realmente não estão focando segmentos específicos nem tamanhos de empresas”, pontua Manzini. Atualmente, são cerca de 60 canais que atuam no segmento de produtos de
videoconferência dentro da CommLogik, porém, o diretor acredita que com a chegada de mais ofertas desses produtos no mercado, haverá uma migração de integradores especializados em outras tecnologias, para o mercado de videoconferência. “Esperamos que os produtos Huawei de videoconferência representem pelo menos 40% do nosso negócio”, prevê. O acordo prevê que os parceiros terão treinamento e certificação oferecidos diretamente pela Huawei, bem como Return Merchandise Authorization (RMA) para a CommLogik e atendimento de suporte técnico 24h. Todos os produtos da fabricante já estão homologados pela Anatel.
SND passa a distribuir Verbatim e visa 20% de aumento nas vendas A
SND começa a distribuir as soluções da Verbatim, empresa especializada no desenvolvimento de soluções para armazenamento de dados, transferência e utilização de conteúdo digital, para a oferta de pen drives e cartões de memória. De acordo com a distribuidora, a parceria tem como objetivo oferecer aos clientes produtos diferenciados e inovadores, e a “Verbatim demonstrou ser a opção ideal para atender a consumidores que buscam design, mobilidade e funcionalidades que facilitam o dia a dia por meio de uma única solução”. De acordo com a gerente de produto da SND, Fernanda Maria Larizzatti, a distribuição dos pro-
dutos Verbatim será realizada em âmbito nacional e a expectativa é aumentar em aproximadamente 20% as vendas da SND para este segmento. “A linha Verbatim vem agregar qualidade ao nosso portfólio”, avalia a gerente, em comunicado. Entre os produtos comercializados pela SND estão os cartões de memória SD, SDHC, Micro SDHC e os pen drives PinStripe Black, Tuff´n´Tiny, Clip-It e Store Netbook USB Drive. “Os cartões de memória seguem as tendências das soluções menores e mais finas, facilitando o manuseio e também permitindo o uso em diferentes produtos como máquinas fotográficas, computadores, celulares, pelo mesmo usuário”, explica. Por CRN Brasil
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opinião
Coriolano Almeida Camargo Foto: Ricardo Benichio
coriolano@almeidacamargo.com.br
Coriolano Almeida Camargo é Juiz do Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo e Mestre em Direito e escreve mensalmente na crn brasil
I
Governo posterga recolhimento de ICMS
ncentivos setoriais à vista. São Paulo, no segundo semestre, a 27 de abril. Os valores correspondem a 25% da arrecadação do irá conceder aos expositores que participarão do Office Paper imposto, que são distribuídos às administrações municipais com Brasil Escolar - 26ª Feira Internacional de Produtos, Serviços base na aplicação do Índice de Participação dos Municípios e Tecnologia para Escolas, Escritórios e Papelarias prorroga- (IPM) definido para cada cidade. A arrecadação vai bem, uma vez que os municípios paulisção por 30 dias do prazo para o recolhimento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos tas já haviam recebido 1,3 bilhão de reais nos repasses anteriores itens comercializados no evento. Nesta toada, o benefício foi de abril, efetuados em 10/4, 17/4 e 24/4, referentes à arrecadaconcedido por meio do Decreto nº 57.999 do governador Geraldo ção do período de 2/4 a 5/4, de 9/4 a 13/4 e de 16 a 20/4. Com Alckmin, publicado no Diário Oficial do Estado da quarta-feira os depósitos de 02 de maio, o valor total distribuído às prefeituras no mês de abril é de 1,71 bilhão de reais. 25/04/12. Ao final, outra grande novidade é a resolução SF 31, publiVis a vis à medida que pode ser ampliada para outras feiras e setores tem o objetivo de incentivar a realização de negócios cada no DOE de 28/04/2012, que altera a sistemática de juros decorrentes do evento, que será realizado de 27 a 30 de agosto de mora sobre os créditos de ICMS. A resolução ainda estabelece no pavilhão de exposições do Parque Anhembi, em São Pau- como piso a taxa SELIC e como teto a taxa prevista na Lei lo. Com o benefício, o ICMS das mercadorias comercializadas 13.918/2009 (0,13% ao dia). A resolução no seu conjunto trata poderá ser recolhido no mês subsequente àquele fixado na le- da Disciplina os critérios de apuração e a periodicidade de digislação. Com efeito, a referida postergação do imposto deve fa- vulgação da taxa de juros de mora incidente no pagamento de débitos fiscais. vorecer faturamento e fluxo de caixa das No campo de incidência Federal, o empresas expositoras, auxiliando no cresPostergação deve STF, por meio do plenário virtual, recocimento do setor. Por seu lado a Secretaria favorecer faturamento nheceu a existência de repercussão geral da Fazenda manterá plantão durante o e fluxo de caixa das em ação que contesta dispositivos legais período do evento em recinto próprio do empresas expositoras que instituíram a cobrança de IR e da pavilhão de exposições, sendo que outros da Office Paper CSLL sobre os lucros obtidos por empresetores poderão se informar como obter o Brasil Escolar sas controladas ou coligadas no exterior, mesmo incentivo em outros eventos. Tal ocorreu com as operações realizadas por galerias de arte independentemente da disponibilidade desses valores pela conoptantes pelo Simples Nacional durante a Feira Internacional de trolada ou coligada no Brasil. A ação trata de uma cooperativa agropecuária que Arte de São Paulo (SP Arte 2012), que serão isentas de ICMS. E também o 28º Congresso de Gestão e Feira Internacional de questiona decisão do TRF da 4ª região que considerou Negócios em Supermercados, eventos realizados entre 7 a 10 de constitucional o artigo 74 da Medida Provisória 2158/35. maio no pavilhão de exposições do Expo Center Norte, na capi- O dispositivo considera, como momento da disponibilização da renda para efeito de cobrança de IR da empresa tal paulista. Os incentivos locais e políticas públicas dos municípios de- brasileira, a data do balanço de sua coligada ou controvem ser uma cobrança constante do cidadão. O governo do esta- lada no exterior, mesmo que não tenha ocorrido ainda a do de São Paulo depositou, no dia 02 de maio, 417,09 milhões de distribuição dos lucros. Além disso, prevê que esses lucros reais em repasses de ICMS para os 645 municípios paulistas. Tal apurados até 31/12/01 seriam considerados disponibilizamontante é referente ao montante arrecadado no período de 23 dos em 31/12/02.
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não neira
gestão
/ mba
Por Patricia Joaquim | pjoaquim@itmidia.com.br
Lugar de negócio também é na escola As escolas de negócio do Brasil estão cada vez mais em evidência porque têm trazido benefícios visíveis a executivos e empresários – e a seus próprios negócios, que começam a ganhar destaque global. Se você tem um diploma e mais de 25 anos e ainda não se aventurou nesta seara, saiba como escolher o que estudar
A Anamba (Associação Nacional de MBA) realiza, anualmente, uma pesquisa para identificar o perfil, expectativas e percepção de qualidade dos cursos de MBA. Abaixo os principais resultados de 2011.
Q
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uem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha? Foi o desenvolvimento econômico brasileiro que estimulou a formação de profissionais mais maduros e seniores ou foi o contrário? Sem se apegar à questão da origem, é fato que o Brasil possui, hoje, profissionais tipo exportação. Nunca na história tantos executivos foram chamados para trabalhar fora e assumir altos cargos hierárquicos. Nunca tivemos tantos avanços na área da gestão das empresas impactando diretamente seus resultados financeiros. A profissionalização das organizações é a base sólida de negócios sustentáveis, isto é, que perdurem de forma significativa e lucrativa ao longo do tempo. “As empresas têm o desafio de formar líderes num contexto de rápido crescimento e muitas oportunidades. O líder precisa adquirir e treinar sua capacidade estrategista com um pensamento sistêmico a curto prazo e se pautar por indicadores, metas e processos sérios. E estas capacidades estão
além da especialização dentro de suas funções, que pode ser técnica, financeira, de marketing etc...”, aponta Antônio Batista, diretor de mercado da Fundação Dom Cabral (FDC), umas das escolas de negócio brasileiras com maior destaque internacional. Batista aponta como outro desafio do líder montar equipes e times capazes de atingir os resultados, levando em conta a condição humana e mobilizando estas pessoas com energia e estímulo na direção de um resultado e meta comuns. E para quem é empresário-empreendedor, Armando Dal Colletto, diretor acadêmico da BSP (Business School São Paulo), lembra que é essencial o desenvolvimento destas mesmas habilidades, para não estacionar apenas como “o visionário entusiasmado” que não teve retorno sobre as grandes ideias que já teve. E são as escolas de negócio que podem ajudar as pessoas neste desenvolvimento tanto pessoal como profissional. Lá está a te-
histograma de idade 45 35 30 25 20 15 10 5 0 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61
A idade mais observada foi de 32 anos
Tamanho da Empresa número de funcionários diretos
52,1%
8,6% 9,3% 1 a 10
11 a 50
5,5% 51 a 100
14,4% 5,3% 4,8% 101 a 500 501 a 750
751 a 1000
mais de 1000
Mais da metade (52%) dos alunos trabalha em organizações de grande porte
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Foto: Divulgação
NÍVEL HIERÁRQUICO OCUPADO 22,7%
48,6%
Coordenador
Gerente de área
11,9%
Cargo técnico de nível sênior
4,8%
Cargo técnico de nível pleno
1,8% 3,7%
Presidente (CEO, superintendente, etc)
ANTÔNIO BATISTA, DA FDC: “O líder precisa adquirir e treinar sua capacidade de elaborar estratégias com um pensamento sistêmico a curto prazo e se pautar por indicadores, metas e processos sérios. E estas capacidades estão além da especialização dentro de suas funções, que pode ser técnica, financeira, de marketing etc...”
oria aliada à experiência da vivência no mundo dos negócios, trazida pelos professores e pelos próprios alunos. Por isso, Maurício Queiroz, diretor-geral da FIA (Fundação Instituto de Administração) dá uma importante recado: “Para adquirir estas capacidades, não escolha qualquer escola ou curso. Procure as que têm tradição e know-how, porque senão elas não poderão te oferecer o que é preciso.” Dal Colletto é também diretor da Anamba (Associação Nacional de MBA) e explica que a entidade tem a preocupação com a trivialidade do uso do termo
MBA (Master in Business Administration) que tem como foco a gestão. “Se a pessoa quer se especializar em determinada área, é melhor que ela busque um curso de pós-graduação, que nos Estados Unidos é chamado de master. É melhor que busque um master em marketing, por exemplo, do que um MBA”. Em geral, as escolas de negócio brasileiras reconhecidas em diversos tipos de rankings internacionais recomendam basicamente que o jovem que tenha acabado de sair da universidade busque uma pós-graduação de acordo com a necessidade que
Cargo técnico de nível junior
5,5% 1,1%
Proprietário (ou empreendedor)
"Não estou trabalhando atualmente"
O nível hierárquico mais comumente ocupado pelos alunos de MBA é o de gerente de área. O segundo mais tipicamente exercido é o de coordenador. Cerca de 62% dos alunos se encontram entre tais graus. Apenas 1% dos alunos está desempregado e 5,5% é proprietário de sua empresa. Pouco mais de 3,7% dos alunos é diretor da empresa em que atua
MODO DE PAGAMENTO DO MBA 40,2%
39,7% 14,2% 0,9%
Eu pago integralmente
Minha Minha A escola me empresa paga empresa paga deu uma integralmente parcialmente bolsa integral
3,9% A escola me deu uma bolsa parcial
3,5% Minha família me ajuda a pagar
O perfil de pagamento do MBA é bastante heterogêneo Como demonstra o gráfico a cima, a maioria dos alunos paga integralmente Contudo, há um percentual significativo de alunos cujas empresas pagam integral ou parcialmente seu MBA (54%)
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GESTÃO
/ MBA CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA 71,4%
Tradição e Imagem da escola
65,2% Programa do Curso
55,8%
Recomendação de outras pessoas (ex-alunos por exemplo)
44,6%
Perfil do corpo docente
Foto: Divulgação
34,2% Módulos internacionais
32,1%
ARMANDO DAL COLLETTO, DA BSP, recomenda as escolas de negócio também para o empresário-empreendedor para que ele seja além do “ visionário entusiasmado”
Networking
30,8% Ranking da revista Você S.A.
29,5% Rankings internacionais (Financial times, América Economia, etc)
17,1%
Outros
A tradição da escola e do curso é o principal critério de escolha. Nota-se, contudo, o fato de que os alunos pesquisados são atualmente estudantes dos programas das instituições mais reconhecidas. Apesar desta busca por marca, a recomendações boca-a-boca é um dos principais critérios de escolha. O gráfico ao lado confere os detalhes
escolher fazer o MBA ou um curso específico para empresários de pequenas e médias empresas. Claro que nenhuma destas recomendações é uma regra, mas apenas uma parâmetro para que o aluno possa aproveitar o que de melhor estes cursos oferecem.
o seu cargo exija. O MBA é mais indicado para pessoas com mais de 27 anos, já em cargos de gerência e coordenação, ou muito próximos de ocupar tal posição. “A troca de experiência dos próprios alunos é essencial nestas aulas”, define. Já os donos de negócio também podem
AS PRINCIPAIS ESCOLAS DO PAÍS: FDC - Fundação Dom Cabral, Minas Gerais e São Paulo www.fdc.org.br FGV – Fundação Getúlio Vargas www.fgv.br/mba/ FIA - Fundação Instituto de Administração, São Paulo www.fia.com.br
RESULTADOS PERCEBIDOS NO MBA
KATZ Graduate School of Business, University of Pittsburgh, São Paulo www.emba.pitt.edu
8,77% 7,97% 7,89%
8,46%
8,19% 7,91%
Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre www.ea.ufrgs.br
7,69%
BSP Business School São Paulo www.bsp.edu.br
7,44% Capacidade Desenvolvimento de tomar Aprofundamento de suas Destreza decisões de seus habilidades no uso de de liderança conhecimentos ferramentas teóricos gerenciais
Melhorias em sua capacidade de comunicação
Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa www.insper.edu.br
Valorização de sua imagem profissional
FECAP – Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado www.fecap.br Aumento de seu networking profissional
Incremento de sua cultura geral
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PERSPECTIVA DE AUMENTO SALARIAL
16,3%
De 51% a 75%
33,5%
De 31% a 50%
11,1%
Acima de 75%
10,7%
Não tenho tal expectativa
26,6%
1,8%
De 11% a 30%
Até 10%
*Pesquisa feita com todos os alunos de MBA aberto das escolas associadas à Anamba: FIA (Fundação Instituto de Administração); KATZ Graduate School of Business, University of Pittsburgh; Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa Escola de Administração); Universidade Federal do Rio Grande do Sul; BSP (Business School São Paulo); FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) *A pesquisa completa está disponível no site da Anamba (www.anamba.com.br)
3º Fórum Global para a Educação de Gerenciamento Responsável acontece em junho Escolas de negócio de todo o mundo estão preocupadas, além da gestão eficiente e sustentável, em lutar contra a corrupção, reduzir a pobreza no mundo, fomentar parcerias intersetoriais e ter mais mulheres no poder das companhias. Líderes acadêmicos do mundo todo, inclusive das escolas brasileiras citadas nesta matéria, vão unir forças no 3º Fórum Global para a Educação de Gerenciamento Responsável, no próximo mês, para discutir estas questões. De acordo com a organização do Fórum, os princípios para a iniciativa de ensino de gestão responsável (PRME) facilitam a mudança, inspirando e reconhecendo as instituições educacionais que incorporam a responsabilidade corporativa e sustentabilidade em seus currículos tradicionais - produzindo, assim, líderes empresariais necessários para gerir os complexos desafios que enfrentam empresas e a sociedade.
Desde seu lançamento em 2007, mais de 400 instituições subscreveram PRME e têm implementado alterações em seus currículos. (Veja no site http://www.unprme.org/ participants/ as escolas brasileiras signatárias). Exemplos inspiradores serão apresentados no fórum, incluindo a EGADE Business School, Tecnológico de Monterrey, no México, que tem introduzido com êxito 'ética política e negócios de RSE' em seu programa de negócios. O 3º Fórum Global fará parte do Global Compact Rio+20 Fórum de Sustentabilidade Corporativa e como a reunião oficial para o setor da educação de gestão na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Na Rio+20, governos irão discutir e chegar a um consenso sobre como melhor alcançar a sustentabilidade ambiental, social e econômica.
FGV participa de rede global de escolas de negócio No final de abril, uma reunião com as principais escolas de negócio do mundo discutiam uma resposta às novas tendências da economia mundial, e procuravam alternativas para o aperfeiçoamento da formação de executivos de nível mundial com o perfeito entendimento das novas tendências do mercado global. O convite partiu da Universidade de Yale, dos Estados Unidos e, entre as 21 escolas de todo o mundo, estava a brasileira FGV. “É uma rede mais inclusiva. Considero esta iniciativa muito positiva e os resultados do lançamento da rede, surpreendentes. A rede, segundo as conclusões, caracteriza-se por 3 ‘Cs’: Conectividade, Colaboração e Co-Responsabilidade”, disse Maria Tereza Fleury, diretora da FGV, em comunicado enviado à imprensa.
Segundo ela, a agenda ainda está sendo definida pelas escolas em termos de colaboração, mas é certo que haverá ações no sentido de elaboração de casos, programas de intercâmbio de curta duração, desenvolvimento de projetos conjuntos feitos pelos alunos de pós-graduação e MBA, entre outras iniciativas. Uma das ações já anunciadas por Yale e divulgada no portal do jornal o Estado de SP é criar um mestrado em administração avançada com 12 a 15 vagas para os melhores alunos de pós das escolas da rede. A universidade americana também está desenvolvendo um catálogo online de casos empresariais que estará à disposição das instituições parceiras para uso em sala de aula.
Integrantes da rede global: Escola de Negócios da Universidade da Cidade do Cabo (África do Sul) Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV (Brasil) Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Chile (Chile) Escola de Negócios da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong (China) Escola Universitária de Administração Fudan (China) Escola de Negócios Renmin, da Universidade da China (China) Escola de Negócios da Universidade Nacional de Cingapura (Cingapura) Escola de Negócios da Universidade Nacional de Seul (Coréia do Sul) Escola de Negócios Incae (Costa Rica e Nicarágua) Escola de Negócios IE (Espanha) Escola de Negócios de Yale (Estados Unidos) Instituto de Administração Asiático (Filipinas) Escola de Negócios Insead (França e Cingapura) Escola de Negócios da Universidade de Gana (Gana) Faculdade de Economia da Universidade da Indonésia (Indonésia) Escola de Negócios UCD Michael Smurfit (Irlanda) Instituto Tecnológico de Israel Technion (Israel) Escola de Estratégias Internacionais Corporativas Hitotsubashi (Japão) Escola de Negócios Egade, do Instituto Tecnológico de Monterrey (México) Escola de Economia e Ciência Política de Londres (Reino Unido) Escola de Negócios Koç (Turquia)
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Integração
é a chave Por Martha Funke, especial para a CRN Brasil
Comprar muitas empresas rende, mas também dá trabalho e pode, paradoxalmente, gerar perdas de sinergia. A Sonda percebeu isto na pele e resolveu criar uma estratégia para otimizar ao máximo suas aquisições. Detalhe: a carteira ainda não secou
Carlos Testolini, presidente: novas áreas para atender às necessidades de TI das empresas de todos os tamanhos e de ponta a ponta
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Ricardo Barone, VP de serviços de TI: reorganização da área culminou na criação do Núcleo de Estratégia SAP, que unificou o foco de ação de todos os profissionais
epois de adquirir seis operações no País em dois anos, a Sonda ficou um tempo meio quietinha, voltada ao seu universo de mais de 300 clientes atendidos em 15 anos. Mas, no último ano, resolveu promover um processo de realinhamento organizacional e consolidar as diferentes marcas sob um mesmo guarda-chuva para ir ao mercado com uma oferta mais consistente. Um dos resultados foi ampliar o foco em negócios com SAP e centrar forças de forma integrada para reassumir o papel de pioneirismo e liderança que, no passado, marcou a relação com a alemã e rendeu destaques como a expertise na solução All-in-One. Com mais um detalhe: hoje, o perfil horizontal faz da prestadora de serviços sediada no Chile uma das únicas estruturadas para atuar em toda a cadeia de necessidades de tecnologia da informação de qualquer companhia. “Temos soluções para atender a toda a cadeia de valor, em todo o tipo de cliente”, garante o presidente Carlos Testolini. A estratégia é reforçada este ano com a apresentação de novas áreas de atuação para garantir as necessidades de empresas relacionadas à TI de ponta a ponta. Um dos lançamentos é a unidade de cabeamento, que nasce com receita de 20 milhões de reais, certificação da Furukawa e apetite para disputar uma demanda atendida normalmente por empresas de pequeno porte pulverizadas pelo País, dificultando a vida de corporações com alcance nacional – também estão na mira as
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necessidades criadas pelos grandes eventos esportivos mundiais e pelo crescimento de mercados como o Nordeste, com grandes exigências de infraestrutura. Outra é a metodologia Scanner de IT, criada no Chile para fazer o mapeamento completo da área de TI “que o CIO sempre desejou e nunca teve tempo de fazer”, descreve Testolini – de quebra, o diagnóstico deixa clara as necessidades e prioridades para o CIO e, claro, tudo o que a Sonda pode fornecer para atendê-las. Como pano de fundo está em boa medida a criação do Núcleo de Estratégia SAP, formado com as principais cabeças da organização para homogeneizar competências até então divergentes. Além de Testolini, o grupo conta com Ricardo Barone, vice-presidente da divisão de serviços de TI, responsável por 60% dos resultados da empresa; Carlos Schwager, diretor-comercial; Fabio Melo, diretor-comercial para middle enterprise; Ailton Oliveira, diretor de arquitetura de soluções; Gutembergue Lima Rodrigues, diretor das regionais; Sergio Bosso, diretor de delivery; e Eduardo Pugliesi, diretor de BI. O projeto, apoiado em quatro pilares – posicionamento com a SAP; posicionamento interno; inovação e produtização; e relacionamento com o mercado – já começou a dar frutos. Um dos primeiros passos foi buscar aderência à estratégia da SAP, buscando melhor posicionamento em contextos como mobilidade, big data e cloud. “Avaliamos todas as tendências que a SAP apontava para
o momento e para os próximos cinco anos. Nosso papel foi nos alinharmos a essa estratégia olhando quais eram as competências e gaps para alcançarmos o eixo de inovação que a SAP estava desenhando”, descreve Barone. “A Sonda se propõe a acompanhar a evolução dos produtos e a criar ofertas pioneiras, inclusive ajudando a desenvolver o mercado local”, acrescenta Testolini. Os resultados já começaram a aparecer. No último SAP Forum, em São Paulo, a Sonda ganhou destaque com seu posicionamento relacionado a nuvem e mobilidade. A
No meio do caminho, a mobilidade, com soluções completas. Isso inclui desde hosting na nuvem em data center até o descarte sustentável de equipamentos com ciclo de obsolescência acelerado, como tablets, passando por desenvolvimento de aplicativos, integração com ERP, gerenciamento e segurança. O valor mensal da proposta tem custo inicial de 100 reais, dispositivo incluso, e uma app store própria já dispõe de portfólio com soluções SAP e aplicativos como óleo & gás; engenharia & construção; e farma & química, além das soluções fiscais da Sonda.
Experiência da Quintec com Business One permitiu à empresa sair na frente com exclusividade da oferta em nuvem para as pequenas e médias empresas com até 50 funcionários experiência da Quintec (adquirida em setembro de 2011) com mais de 40 clientes instalados no Brasil com Business One (B1) permitiu sair na frente com exclusividade da oferta em nuvem para as pequenas e médias empresas com até 50 funcionários, que será comercializada pela própria Quintec – a meta é dobrar o número de clientes conquistados anualmente na tecnologia B1. “A Sonda já lançou e está desenvolvendo estrutura de nuvem corporativa”, reforça o presidente. Na outra ponta, oferece competência analítica com Hana para atender à demanda relacionada a big data de grandes corporações.
“Quando todos estavam proferindo palestras falando de tendências como Hana, B1 e cloud, estávamos preparados no stand com tecnologias, aplicações e provas de conceito”, comemora Barone. O desenho agradou à SAP. “Estamos desenvolvendo um conjunto de ações para divulgar a quatro mãos, com road shows em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, onde já temos operações. Depois disso, vamos juntos ao Nordeste.” O executivo destaca o fato da Sonda ser a única full SAP provider do mercado e de ter sido reconhecida, no ano passado, como a responsável pela venda do maior
número de licenças All-in-One, bem como pela inovação em seus produtos aplicados, que lhe rendeu o prêmio Alejandro Minervini. Este ano, além do título de principal vendor no Brasil, a empresa foi a única latina a se apresentar no Sapphire, o encontro mundial da alemã, em meados de maio. Não é à toa que o crescimento projetado para este ano com SAP chega a 30%. As iniciativas são suficientes para cumprir a expectativa. Mas outro eixo de expansão pode vir com novas aquisições, já que o plano de investimentos de 500 milhões de dólares entre 2010 e 2012 ainda tem uma “sobra” a ser utilizada e o apetite da empresa não parece ter sido completamente saciado. Mal acabou de implementar o plano de consolidação – processo levado a cabo entre maio e setembro do ano passado –, a Sonda IT anunciou as compras da Pars e da Elucid. A primeira traz consigo um conjunto de 50 canais maduros que vão reforçar a rede e a oferta nacional da companhia, enquanto a Elucid complementa a fatia de produtos e clientes na área de utilities (energia elétrica) e traz a expectativa de engordar o portfólio de produtos para outros mercados da América Latina. “Quase não conseguimos parar para medir os resultados da consolidação, porque é sobreposta por outra”, constata Testolini. Segundo ele, a Sonda mira empresas de tecnologia que possam ser integradas sem geração de passivo para complementaridade de produtos. “Não estamos buscando start ups”, avisa.
Apetite voraz Aquisições da Sonda no Brasil dentro do plano de investimento de 500 milhões de dólares para o triênio 2010 – 2012 Ano
2010
2011
2012
Data
26 de abril
29 de abril
25 de junho
16 de setembro
8 de março
4 de maio
Empresa
Telsinc
Soft Team
Kaizen
Quintec
Pars
Elucid
País
Brasil
Brasil
Brasil
Chile (*)
Brasil
Brasil
US$
38 milhões
8,5 milhões
6,7 milhões
62 milhões
55 milhões
74 milhões
R$
66 milhões
15 milhões
12 milhões
106 milhões
94,7 milhões
140 milhões
(*) com operações Brasil, Colômbia, Peru e Argentina
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cliente
/ case
Por Tatiana Negrão, especial para a CRN Brasil
Rede segura até para as visitas Ao implementar uma nova rede wireless, o Grupo Aterpa conseguiu mais segurança de comunicação e disponibilização de serviços com mais qualidade
A nova estrutura passou a concentrar todas as empresas do Grupo e, com isso, o tráfego de informações triplicou e a companhia decidiu investir em soluções de dados que pudessem gerir novas demandas de forma segura e estável. “Quando definimos o projeto da nova sede da empresa e toda a infraestrutura de TI, focamos em redes wireless com requisitos fortes de segurança e gerenciamento para implantação e disponibilização para os funcionários”, diz Alysson Marcenes, coordenador de TI. Além da casa nova, o crescimento de equipamentos como notebooks e smartphones adquiridos pela empresa com necessidade de mobilidade, facilidade de conexão e flexibilidade foram fatores que reforçavam ainda mais a demanda por esta rede wireless, em diversos pontos do novo escritório, para facilitar o acesso aos dados. Foi então que o grupo Aterpa chegou, por indicação, até a ITNet empresa especializada em soluções customizadas de dados, voz, segurança da informação e governança coorporativa. Após análise do ambiente do cliente, a ITNet recomendou o desenvolvimento de um projeto envolvendo soluções Enterasys.
Foto: Divulgação
O
Grupo Aterpa - grupo mineiro com 60 anos de atuação no setor da construção pesada nacional – inaugurou em 2011 sua nova sede, em Belo Horizonte (MG). Alinhado à política de crescimento, expansão e consolidação no mercado, a corporação sabia que a tecnologia seria primordial para sustentar os novos planos.
Alysson Marcenes, do Grupo Aterpa: “Conseguimos disponibilizar para os visitantes uma rede wireless segura, confiável e totalmente particionada da rede da empresa”
Durante todo o processo de elaboração, escopo do projeto, definição e integração das soluções, Cláudio Horta, diretor-comercial da ITNet, afirma que contou com o apoio da Afina, distribuidora espanhola da Enterasys no Brasil e na América Latina, para oferecer consultoria de pré-venda e pós-venda, além de serviços de fornecimento e implantação das soluções.
Para Horta, a implementação foi feita com êxito. “A solução Enterasys está operando de maneira estável, segura e sem apresentar nenhum problema, beneficiando cerca de 250 colaboradores que estão trabalhando na nova sede da empresa”, explica. Segundo Marcenes, o apoio no pré e pós-vendas foi um dos aspectos positivos do projeto. “Conseguimos obter
o projeto Cliente: Grupo Aterpa
Projeto: Nova infraestrutura de redes com Soluções Enterasys Canal: ITNet Investimento: entre 50 mil e 100 mil reais
melhor aproveitamento da solução por meio das configurações que foram adequadas à nossa necessidade. Além disso, a agilidade da ITNet em fornecer e configurar a licença temporária até a liberação da definitiva, assim como o bom atendimento aos requisitos técnicos descritos na proposta, foram muito bem executados”, afirma. Em oito meses a rede estava pronta, alguns ajustes de licenciamento e configuração nos novos equipamentos tiveram que ser realizados e no primeiro mês de operação houve alguns contratempos para os usuários, mas, de acordo com Marcenes, “nada fora do padrão”. O executivo destaca ainda a facilidade dos clientes de acessar a rede. “Conseguimos disponibilizar para os visitantes da empresa uma rede wireless segura, confiável e totalmente particionada da rede da empresa, assim atendemos às necessidades de conectividade demandada por nossos funcionários com visitantes e não colocamos nossa rede em risco de segurança”, explica. O grupo Aterpa já estuda a possibilidade de investir em soluções de virtualização do ambiente de servidores para trazer melhorias de desempenho, capacidade, economia em administração do ambiente e redução no consumo de energia.
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Cliente
/ fala, chefe!
Pedro Paulo Cunha, Foto: Divulgação
diretorexecutivo de operações e tecnologia de informação da Alelo:
“Precisamos de parceiros que trabalhem com processos sólidos e melhoria contínua como parte de sua cultura” Por CRN Brasil
A
Alelo é uma companhia que faz a administração de vales-benefício e cartões pré-pagos. É, por exemplo, a empresa por trás dos cartões Visa Vale e MoneyGift. Em 2010, faturou 10,3 bilhões de reais e registra mais de 230 mil estabelecimentos credenciados para receber seus produtos. No comando da área de TI e operações está Pedro Paulo Cunha, que estuda a melhor forma de tirar proveito da utilização de devices como o iPad, sendo mobilidade e segurança assuntos diretamente ligados ao negócio da companhia. Na conversa a seguir, o executivo afirma: “Precisamos de parceiros que agreguem valor ao nosso negócio, fazendo melhor e mais barato”. 64 2ª quinzena maio 2012 www.crn.com.br
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/ fala, chefe!
Fala, Chefe! - Qual foi o principal projeto tecnológico de vocês em 2011 e qual será o deste ano? Pedro Paulo Cunha: Em 2011, o principal projeto da Alelo foi a preparação dos sistemas core para processar os novos produtos, que serão lançados pela empresa nos próximos meses. Um dos destaques é a atuação no segmento de pré-pagos, com a parceria recentemente anunciada entre Givex, Cielo e Alelo para distribuição de gift cards. Isso exigiu alterações no sistema que servirão também como alicerces para o lançamento de outros produtos nos próximos anos. Fala, Chefe! - Quais tecnologias têm despertado maior interesse nestes últimos tempos? Cunha: Como somos uma empresa com foco em soluções eletrônicas para pagamentos, tecnologias como mobilidade e segurança de dados e saldo do usuário estão sempre em nossos objetivos. Também estamos atentos às novas tendências que nos ajudem a ter uma infraestrutura dinâmica, eficiente, flexível e escalável para acomodar o crescimento da Alelo. Outro ponto que avaliamos é como tirar proveito de dispositivos como o iPad para melhorar a produtividade de nossa equipe – hoje já temos smartphones e iPads que apenas são utilizados em funções de automação de escritório, como email e agenda.
Fala, Chefe! - Vocês estimam crescimento de 37% nos investimentos em relação ao ano passado, com foco em mobilidade e desenvolvimento de tecnologias de cartão. Como será destinada essa verba e quais as soluções que estão na mira desses investimentos? Cunha: Nossos esforços se destinam à adequação de nossas plataformas aos novos produtos. Estamos implantando novos módulos, criando infraestrutura
caso dos fornecedores de tecnologia, o atendimento em geral supre nossas necessidades. O que ainda falta é um maior entendimento do nosso negócio e a oferta de soluções criativas. A Alelo é uma empresa que vive de tecnologia e somos um terreno bastante fértil para inovações, mas o fornecedor precisa entender a necessidade para construir a solução, já que não compramos “tecnologia pela tecnologia”. Nosso maior desafio é com os fornecedores de serviços. A Alelo é uma empresa que cresceu com base em uma gestão rigorosa de processos e na terceirização de
A alelo é uma empresa que vive de tecnologia e somos um terreno bastante fértil para inovações, mas o fornecedor precisa entender a necessidade para construir a solução, já que não compramos tecnologia pela tecnologia para pagamentos móveis, integrando novos sistemas de processamento específicos para alguns produtos, aprimorando nossa plataforma web com mais funcionalidades, além de recursos para auxiliar nossa força de vendas. Fala, Chefe! - Quais as principais dificuldades no relacionamento com as empresas fornecedores de TI e como você avalia o atendimento do canal? Cunha: Temos dois tipos principais de fornecedores de tecnologia: aqueles que oferecem serviços como a terceirização de processos e outros que nos oferecem tecnologia pura (hardware e software). No
atividades. Nesse modelo, precisamos de parceiros que trabalhem com processos sólidos e melhoria contínua como parte de sua cultura. Ao terceirizar uma atividade, é fundamental termos indicadores que nos permitam gerir a operação e perceber que o parceiro busca melhorias de qualidade e aumento de eficiência. Terceirizar por terceirizar uma atividade não faz sentido. Precisamos de parceiros que agreguem valor ao nosso negócio, fazendo melhor e mais barato. E isto não é fácil de ser encontrado em nosso mercado. Fala, Chefe! - O que é mais importante no relacionamento com fornecedores de TI?
Cunha: Sem dúvida a transparência e a confiança no relacionamento. Contratos sólidos são importantes, mas nada substitui ou compensa um trabalho realmente em parceria, quando ambos saem ganhando. Buscamos relações de longo prazo com os fornecedores, com contratos que algumas vezes superam os dez anos de vida. Se você não consegue estabelecer uma relação de confiança, a parceria não se sustenta. Fala, Chefe! - Sendo um grande fornecedor de serviços, quais os principais desafios da área de TI? Cunha: A Alelo depende 100% de sua estrutura de TI. Quando se fala em meios eletrônicos de pagamentos ou serviços de logística, é impossível trabalhar sem os sistemas – sua disponibilidade e confiabilidade serão sempre nossa primeira preocupação e prioridade. Nenhuma falha pode acontecer. O segundo desafio está na agilidade. A Alelo tem posição de liderança no mercado de cartões e serviços de benefícios e hoje investe fortemente em novos produtos. Como todos são baseados em tecnologia, a adequação dos sistemas é o caminho crítico em qualquer projeto. Por isso, a área de TI tem que responder de forma rápida e eficiente às necessidades das áreas de negócios da empresa, o que não é simples quando se atua em um ambiente extremamente dinâmico. Por isso, ter parceiros que entendam isso e trabalhem da mesma forma é fundamental para nosso sucesso.
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cliente Saiu na Foto: Ricardo Benichio
Por Cylene Souza | csouza@itmidia.com.br
editor IW brasil
Vitor Cavalcanti vcavalcanti@itmidia.com.br
Lideranças reunidas Quem já não parou para pensar sobre o tempo? O sentimento de que as coisas estão cada vez mais rápidas, a ansiedade por ter muito a fazer e não saber se conseguirá entregar, são questionamentos que, em geral, as pessoas carregam em sua rotina e, quando ocupam cargos de liderança, a pressão tende a ser ainda maior. Não é a toa que o tema central do IT Forum 2012 foi "O ser do tempo presente", dentro de uma discussão de quem é essa pessoa que trabalha horas a fio e já não enxerga uma fronteira entre o que é pessoal e profissional. Apoiados nesta temática, Alexandre Fialho, presidente da Korn/ Ferry no Brasil, de um lado, e Francisco Teixeira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do outro, discorreram, respectivamente, sobre o perfil profissional, sugerindo uma liderança mais intencionalista, e a respeito da influência do tempo na gestão, com aconselhamentos como o de não olhar para trás e um pedido de atenção à era do consumidor-rei. Assistindo a essas reflexões, estavam 190 CIOs representantes das maiores empresas do País. Atentos, compenetrados, buscando entendimento maior e ávidos por compartilhar ideias, esses líderes captaram essas mensagens e as levaram inclusive para os Intercâmbios de Ideias, que são as mesas estruturadas para debate em torno de temas comuns à rotina dos gestores de TI, como consumerização, cloud computing, segurança, redes sociais, governança, entre outros. Mais interessante do que ver essas lideranças levarem as reflexões dos palestrantes para dentro dos Intercâmbios, é assistir a evolução dessas mesas que surgiram como uma proposta diferente de conteúdo no encontro e, hoje, têm marcada registrada pela participação cada vez mais assídua dos CIOs. Se no início eles assistiam ao case referência e pouco questionavam, a evolução do mercado e o próprio amadurecimento das empresas como um todo faz com que esses executivos não apenas questionem, mas apresentem suas realidades, tornando o debate mais rico e deixando claro que, no final das contas, muitos sofrem dos mesmos problemas. Após um encontro de cinco dias, regado a muito conteúdo, reuniões comerciais - tivemos recorde no número de patrocinadores com mais de 60 empresas - e diversos momentos de interação, o que fica são essas reflexões e a construção de uma rede de líderes que, a cada dia, se fortalece, seja pelo compartilhamento de dilemas ou por afinidades pessoais e profissionais. Essa é a tônica do IT Forum.
TI é gargalo para a estratégia ou propulsora de negócios? Durante o IT Forum 2012, CIOs reconhecem que a área precisa ser mais estratégica e antecipar demandas, mas ainda não conseguem deixar de tratar das questões operacionais “TI é estratégica e isso não é negociável”. Com esta afirmação, Sergio Lozinsky, consultor parceiro da IT Mídia na realização do estudo “Antes da TI, a Estratégia”, abriu uma grande discussão, durante os Intercâmbios de Ideias do IT Forum 2012, sobre as formas de mostrar o valor da TI e de mudar o papel da área, de maneira a assumir o protagonismo em questões estratégicas e não só se ater ao campo tático e operacional. “Quando a TI faz bem o que a empresa quer, é considerada eficaz. Mas, em outros casos, quando atinge um grau maior de maturidade, consegue ter tempo para trazer novas propostas para a área de negócios e passa a ser considerada estratégica”, opina o CIO da Oi, Luis Filipe Beato.
É com este grau de maturidade que a TI vai ajudar a desenhar processos e antecipar demandas que terão impacto no futuro do negócio. “Às vezes, o desenho do processo de negócios é que é o gargalo”, avalia o CIO da Máquina de Vendas, Fernando Campana. “A execução das estratégias depende de pessoas, processos e tecnologia. Se qualquer um furar, o plano para. Não adianta revisar a tecnologia e não redefinir o processo. O sistema, sozinho, não salva nada”, complementa o CIO da Chubb Seguros, Luis Ricardo de Almeida. Para evitar ser gargalo e ajudar a impulsionar os negócios, a TI precisa mostrar a importância de cada etapa e cada elo para a definição da estratégia, como explica o CIO da AGCO, André Correa. “Precisamos subir o nível e mostrar para
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Foto: Photogama
ADELSON DE SOUSA, PRESIDENTE da IT MÍDIA: A 14a. edição do IT Forum reuniu cerca de 200 CIOs na Praia do Forte, em Salvador (BA) a organização a importância do processo e a dificuldade de construir boas soluções se este processo não estiver bem estabelecido. De maneira geral, nós ainda somos muito técnicos. Precisamos ser mais vendedores e influenciadores.” Esta postura influenciadora é que dará ao profissional responsável pela área de TI a autonomia e segurança para trabalhar com os projetos realmente essenciais para o desenvolvimento dos negócios. “Para que a TI seja estratégica, ela não pode aceitar tudo. É preciso saber questionar e falar não”, afirma Campana. Na Heineken, a TI consegue comprovar a necessidade de se investir em uma determinada tecnologia ou desenvolver um projeto específico fazendo uso de um método comparativo. “Nós colocamos o portfólio de projetos ao lado de um levantamento de potenciais riscos ao não se fazer estes projetos. Desta forma, mostramos a importância da estratégia de TI para a área de negócios”, conta o CIO, Mauricio Arguello. Consumerização não poderá ser evitada
Uma pesquisa da Accenture Ins-
titute for High Performance mostra que 80% dos tablets em uso nas empresas pertencem aos funcionários, porém, outro estudo, realizado pela Ernst Young, aponta que 20% das empresas não permitem e não pretendem usar tablets. Esta disputa entre o que querem os funcionários e as estratégias usadas pela empresa tende a ser superada, provavelmente, em favor dos funcionários. “Não há como segurar este fenômeno”, avalia o CIO da Chubb Seguros, Luis Ricardo de Almeida. A Promon Engenharia, que apresentou sua experiência com a consumerização no IT Forum 2012, decidiu trilhar o caminho junto com os funcionários e estimular o uso adequado dos dispositivos móveis, ao invés de proibi-los. “Não adianta dizer que não vai dar certo. As empresas já não conseguem resistir à pressão dos usuários. A equipe de TI precisa fazer um brainstorm e levantar os pontos positivos e negativos da política Bring Your Own Device (BYOD), para fazer com que a consumerização funcione de maneira mais adequada”, avalia o diretor de sistemas e
administração da Promon Engenharia, Antonio Vellasco Filho. A empresa decidiu não fornecer smartphones nem tablets à equipe, por considerar que os equipamentos devem ser escolhidos de acordo com a preferência do usuário, não de acordo com as políticas corporativas. “Não damos nem para o presidente e nem para o motoboy. Como até o presidente tem seu próprio aparelho, vamos vencendo a resistência interna, já que o exemplo vem de cima”, avalia Vellasco. Todos os sistemas operacionais têm acesso à rede e aos aplicativos autorizados de acordo com o perfil dos usuários. Na Termomecânica, o uso de celular se espalhou informamente e também não foi necessário fornecer os equipamentos aos funcionários. “Hoje temos uma rede de celulares pessoais, todo mundo fala com todo mundo, e nunca tivemos nenhum pedido de reembolso das ligações”, conta o CIO, Walter Sanches. A empresa não fornece acesso à internet pela sua rede e, em exceções, empresta placas 3G para os funcionários e visitantes mediante assinatura de um termo de responsabilidade.
O executivo reconhece que os equipamentos móveis podem aumentar as vulnerabilidades, porém, avalia que não é possível controlar todos os acessos e formas de uso. “As pessoas precisam entender que segurança da informação não se trata apenas de ferramentas. Os funcionários podem contar segredos corporativos no elevador. É preciso conscientizar as pessoas sobre a importância de preservar as informações confidenciais.” Lucia Almeida, CIO do Laboratório Aché, concorda. “Temos um código de conduta, porque não adianta só utilizarmos ferramentas para garantir a segurança da informação. Queremos mais conscientizar os funcionários sobre as políticas de uso da informação do que controlar.” Já o CIO da Teksid, Wellington Eustáquio Coelho, entende que é preciso passar da conscientização para o comprometimento. “Mostramos os riscos até na vida pessoal do uso inadequado dos dispositivos móveis e da internet, como forma de comprometê-los com a segurança da informação na empresa.”
A InformationWeek Brasil é mais uma publicação editada pela IT Mídia S.A. Saiba mais em www.informationweek.com.br 69
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cliente Saiu na Por Vitor Cavalcanti e Adriele Marchesini
Conheça os principais cases apresentados pelos
CIOs durante o IT Forum 2012 Veja os investimentos mais inovadores dos líderes de TI brasileiros e confira detalhamento dos casos de sucesso no Especial de cobertura da InformationWeek Brasil em http://informationweek.com.br/especial/it-forum-2012
Fotos: Photogama
Com cloud do Google, Sulamérica Lojas Colombo firmam investe 30% do que seria estratégia em redes sociais para gasto on premise “não perder dinheiro”
Cristiano Barbieri, da Sulamérica: “O pessoal de
infraestrutura foi muito resistente. Por eles ficávamos em on-premise o resto da vida”
Com 9% do faturamento destinado a projetos de TI, a Sulamérica Seguros pulou etapas culturais ao implantar, há um ano, o serviço de cloud computing pública para serviço de email e colaboração, antes de optar por uma nuvem privada. O fornecedor escolhido foi o Google, em um contrato que, segundo o CIO da empresa, Cristiano Barbieri, custava o equivalente a 30% do que projetos convencionais cobravam. Mas a
diferença que fez com que a companhia optasse pelos serviços foi a confiança de disponibilidade dos serviços e o amplo portfólio de nuvem. Ao preço de 3,5 milhões de reais para o período de cinco anos, foram contratados serviços do Gmail, Google Docs (um relativo ao Office na nuvem), e todos os serviços a ele acoplados (como Google Sites). O fato de no ambiente Docs ser possível edição simultânea de documentos facilitou o trabalho entre equipes de diferentes localidades. A migração ocorreu em seis meses. A resistência do público não atingiu a diretoria: muitos deles já usavam os serviços na vida pessoal. “O pessoal de infraestrutura foi muito resistente. Por eles ficávamos em on-premise o resto da vida. Foi uma mudança de cultura”, comentou. Como próximos passos, a companhia anunciou que está em processo de contratação do serviço Google App Engine para testar o uso de aplicações em cloud. O processo se dará com programas pouco críticos, e que a evolução da contratação se dará após avaliado o resultado.
Luis Carlos Alberti, das Lojas Colombo: tem início
movimento de rentabilização do ambiente social. O próximo é o de substituição da publicidade
Muito mais do que uma forma de ganhar dinheiro, a escolha das Lojas Colombo de entrar nas redes sociais foi a de não perder oportunidades. Com faturamento que fica em torno de 50 mil reais ao mês de compras no e-commerce vinda de redes sociais, o gerente de TI da empresa, Luis Carlos Alberti, foi direto: “se fosse pelo valor financeiro, não teríamos entrado. Mas
não temos ideia do que poderíamos perder se não estivéssemos lá”, afirmou. Além de substituir o email, a tecnologia, na visão de CIOs, vai roubar a parcela de investimento publicitário que hoje é predominante das mídias de massa. Segundo Alberti, no período de 30 a 40 dias, a companhia vai permitir a transação financeira dentro do ambiente social. Atualmente, o serviço de e-commerce da empresa tem plug-in de compartilhamento com cerca de 320 redes sociais, das quais, predominam Facebook, Twitter e LinkedIn. A companhia se vale de APIs das próprias redes sociais para produzir a conexão com redes sociais, além do Addthis, uma ferramenta que efetua esse processo de compartilhamento com diversas outras. A parte de monitoramento fica com uma agência de publicidade, que passa as informações para a companhia, responsável na sequência, pela resposta ou ação com clientes.
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Grendene deixa segurança da informação com RH
Ernani Toso, da Grendene: área de recursos humanos é a mais habilitada para orientar, treinar e conscientizar os funcionários
Como bem resumiu o CIO da Grendene, Ernani Toso, governança é um tema muito amplo, envolve muitas tecnologias e, sobretudo, processos. Em uma empresa que atua com varejo, falar em processo é algo fundamental, já que apenas em lançamentos a fa-
bricante contabiliza em torno de mil a cada ano. Pautado por metodologias que congregam as melhores práticas em TI, como Cobit, e fazendo uso de CMM, PMI e BSC, o executivo sabe que um dos pontos chave em governança é segurança da informação. Com vistas a melhorar a situação, uma das atitudes foi tornar essa área específica vinculada ao RH da corporação. O fato é muito simples: entre os principais riscos aos dados corporativos estão os funcionários. Sendo o RH o departamento que mais tem capacidade (ou deveria) para lidar com pessoas, nada mais justo que partir dele toda a orientação e treinamento necessário para conscientizar os empregados, bem como elaborar ações punitivas. Isso não significa, entretanto, que a TI esteja totalmente alienada às questões de segurança.
CSC Carmago Correa fala sobre sua experiência em nuvem
Ricardo Castro, da CSC Camargo Correa: equipe
dedicada de profissionais favoreceu a escolha pela Microsoft
O CIO Ricardo Castro conta que optou levar para o ambiente de nuvem as oito mil
contas de email do grupo. O parceiro escolhido para tal empreitada foi a Microsoft, com sua plataforma BPOS. O escopo do projeto e a migração das contas ocorreram entre 2009 e 2010 e o principal benefício mirado, de acordo com o CIO não era redução de custo, mas a segurança. Entre as necessidades prioritárias estavam a garantia de segurança desde o ambiente até do acesso à informação, mobilidade e acessibilidade, disponibilidade operacional e redução de TCO. Google, Microsoft e IBM foram as companhias avaliadas. Pesou em favor da fabricante do Windows na ocasião uma equipe dedicada do fornecedor no Brasil e nos Estados Unidos.
Blackberry apresenta novidades para o mercado corporativo brasileiro Para Bruno Bakaukas, expectativas da companhia são muito boas para 2012. “Estamos sólidos no mercado, com participação significativa” http://informationweek.itweb.com.br/video/blackberry-apresenta-novidadespara-o-mercado-corporativo-brasileiro/
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Cisco anuncia novos investimentos no Brasil Crescimento de 20% faz empresa apostar ainda mais no país, segundo Paulo Breitenvieser, diretor de vendas da companhia no Brasil http://informationweek.itweb.com.br/video/cisco-anuncia-novos-investimentosno-brasil/
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A InformationWeek Brasil é mais uma publicação editada pela IT Mídia S.A. Saiba mais em www.informationweek.com.br 71
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cliente Saiu na Gestão de projetos e demandas ainda é desafio Fotos: Photogama
BT Brasil considera mercado brasileiro positivo para sua atuação Sérgio Paulo Gallindo, diretor da companhia, destaca os desafios e conquistas da empresa no país http://informationweek.itweb.com.br/video/bt-brasil-considera-mercadobrasileiro-positivo-para-sua-atuacao/
André Correa, da AGCO:
plataforma de colaboração permite coletar e compartilhar ideias e oportunidades que podem agregar valor ao negócio
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Microsoft invade o mercado e fala de novos lançamentos
A história começou há dois anos, quando o comitê diretivo de tecnologia, onde participa toda a diretoria da fabricante de tratores, passou a pressionar sobre o retorno do capital e a TI tinha que, de alguma maneira, contabilizar o ROI dos desenvolvimentos.
Caixa trabalha mobilidade como conceito
“Windows Phone não é mais expectativa é realidade”, diz Marco Bravo, diretor da companhia. Junto com a parceira Nokia, Microsoft promete novos lançamentos com mais opções para o consumidor http://informationweek.itweb.com.br/video/microsoft-invade-o-mercado-e-falade-novos-lancamentos/
Roberto Zambon, da Caixa:
com solução de mobilidade, entidade economizou a impressão de 2 milhões de cartões plásticos 00:00 PLAY
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Até 2008, todo o planejamento da TI era em Excel. Mas, além da TI, era preciso consolidar as demandas dos usuários. O financeiro compilava, mas o resultado ficava escondido das outras áreas. A partir dessas mudanças, tornaram o processo mais transparente, a partir de reuniões. Mas como tempo é dinheiro, precisavam manter a transparência e abrir mão dos encontros. “Chamamos uma consultoria e implantamos uma plataforma de colaboração”. Toda a gestão de demandas é via uma plataforma da empresa Brightidea, dentro de um grande projeto batizado de AGCO Bit$! (Business Improvement and Transformation with IT). Às áreas de negócio, coube apontar quem faria inclusão de projetos estratégicos. “O intuito é que todos vejam o que foi pedido e critiquem, até por questão de priorização do projeto”, conclui Correa.
O CIO da instituição financeira, Roberto Zambon, lembrou que mobilidade não pode
estar restrita a um smartphone ou tablet, mostrando que o que agrega valor ao negócio é trabalhar o conceito como um todo. Em meio a diversos exemplos citados, destaca-se o Bolsa Nutris, um programa criado para o pagamento de benefícios sociais em terminais de autoatendimento sem a necessidade de um cartão de plástico. Para isso, ele gerou uma aplicação que envia um SMS com um código que, por sua vez, servirá como uma espécie de token para efetuar o saque no ATM. Com isso, ele eliminou a necessidade de emitir dois milhões de cartões. “O custo do projeto foi muito baixo e a avaliação de risco compensa pelo baixo valor do benefício pago.”
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Estratégia do Bradesco em redes sociais vai além de novos relacionamentos
Mauricio Minas, do Bradesco: monitoramento 24/7 “Ou escolhemos começar a usar esse meio de forma estruturada ou a rotina da vida fará automaticamente de forma desestruturada”, diz Mauricio Minas, CIO do Bradesco.
Com foco nesse cenário, a instituição estudou o mercado e percebeu que ainda hoje se vivencia experiências dos clientes relatadas nas redes sociais para falar da marca e não com a marca. A partir desse resultado, o Bradesco procurou traçar dois caminhos: um para ouvir o cliente ou o não-cliente e outro para captar a informação e monitorar o problema ou incidente. “A escolha foi fazer parte de redes sociais para trabalhar fortemente esses pontos, com monitoramento 24/7”. Atualmente, são mais de 200 profissionais monitorando 24 horas por dia as redes sociais das quais o banco participa. Mais de cinco mil pessoas interagem com o Bradesco mensalmente e a menção do nome da empresa nas mídias sociais está em torno de 200 mil.
Na Anhanguera, contratação de cloud do Google impulsiona consumerização
Luciano Possani, da Anhanguera Educacional:
adoção de email e colaboração em nuvem
Com diversas aquisições nos últimos anos, a rede de ensino superior Anhanguera Educacional tinha um desafio nas
mãos: aumentar a colaboração dos alunos em um ambiente web sem perder o controle dos custos. A saída foi apostar no serviço de email em cloud do Google e suas ferramentas embutidas, como Google Talk, Docs e Sites. Esse pontapé trouxe dois fenômenos: necessidade de ampliar os investimentos em atenção a links de internet; e a invasão de dispositivos móveis pessoais dos colaboradores. O CIO Luciano Possani contratou 6,5 mil contas corporativas e 120 mil contas de alunos e professores. O custo por usuário no Google é de 50 dólares anuais por conta, mas, devido ao alto volume de contratação, a companhia conseguiu um valor mais reduzido, não revelado.
Conceito de mobilidade da CEF ultrapassa barreiras Desafio de levar serviços sociais e comercial para regiões remotas fez a instituição portar a agência para dentro de dispositivos móveis diferentes: barcos e caminhões http://informationweek.itweb.com.br/video/conceito-de-mobilidade-da-cefultrapassa-barreiras/
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Redes sociais vão roubar a parcela de investimento publicitário Afirmação é do CIO da Lojas Colombo, Luis Alberti. Segundo ele, o serviço de e-commerce da empresa tem plug-in de compartilhamento com 320 redes sociais http://informationweek.itweb.com.br/video/redes-sociais-vao-roubar-a-parcelade-investimento-publicitario/
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As coisas mudam de forma muito rápida e é cada vez mais difícil separar tecnologia do resto da nossa vida. editora Se, antes, navegar em uma rede social no momento do it web trabalho era motivo para bronca do chefe, hoje, empresas lucram milhões e até bilhões exatamente pelo Facebook. Em outro tempo – outro século, talvez – celular era algo de uso pessoal. Email corporativo, então, só no ambiente de trabalho. Regras desse tipo não combinam mais com as atividades pessoais e corporativas, que, afinal, convergiram para o mesmo e indiscutível gadget principal: o ser humano. Este cibridismo – o fim da separação entre online e offline – gera uma especial oportunidade para o mercado de TI em geral, que vê em processos como a consumerização a chance de ficar ainda mais perto desses «dois mundos» que se fundiram. Entregar a melhor oferta é questão de sobrevivência. Por esse motivo, o IT Web/Fórum PCs lança, a partir desta edição da CRN Brasil, uma coluna com as novidades da quinzena. A proposta é trazer não somente conteúdos sobre produtos híbridos, como gadgets, que podem ser utilizados tanto por usuários finais quanto corporativos, como também soluções mais parrudas, como servidores e networking. Para se ter uma ideia, escrevo estas linhas do Interop – evento sobre redes e infraestrutura – realizado em Las Vegas (EUA), onde estou a convite da HP. O resumo do que estou vendo aqui: é indiscutível o processo de autogerenciamento pelo qual essa área da empresa passa. Mas isso é motivo para outra reportagem – na seção Tendência, que você acompanha também nesta edição. Como tietagem não faz mal a ninguém, friso ser uma honra dividir as páginas com a competente equipe da CRN Brasil, que, mesmo com prazos curtos de fechamento, conseguem levar a você, leitor, o que há de mais relevante no mercado de TI e Telecom. Porque, sim, o tempo é pouco. Mas a tecnologia não para. (Colaboração: Thais Sabatini e InformationWeek EUA)
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IT Web/Fórum PCs na CRN Brasil!
Google Drive: Depois de rumores, o Google confirmou dia 24 de abril o lançamento do Google Drive, ambiente de compartilhamento de arquivos em cloud computing que vai concorrer diretamente com o DropBox. Assim como ventilado, o ambiente tem capacidade de 5 GB gratuitamente, 3GB a mais do que seu principal competidor. O upgrade para 25 GB custa 2,49 dólares ao mês, o de 100 GB a 4,99 dólares ao mês ou, até mesmo, 1 TB por 49,99 dólares ao mês. Quando você opta por uma conta, seu limite do Gmail sobe para 25 GB. E o recado foi claro: este é apenas o começo para o serviço.
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Nos últimos dias houve uma explosão de serviços de armazenamento em nuvem: Google Drive, atualização do Microsoft Skydrive e anúncio da Adobe Creative Cloud:
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Foto: Francisco Yukio Porrino
A moda do armazenamento em nuvem
Adobe Creative Cloud: no mesmo dia, a Adobe lançou oficialmente no Brasil o Adobe Creative Cloud, a oferta de cloud computing da fabricante, que reúne as soluções do Creative Suite 6 e 20GB de armazenamento na nuvem. Em evento realizado em São Paulo, capital, o country manager da companhia para o Brasil, Fabio Samburago, explicou que a cloud da empresa irá permitir que a comunidade contribua no processo criativo ao compartilhar o material criado. A oferta, que custará 94 reais ao mês no plano anual ou 144,99 dólares no contrato mensal, dará aos usuários a capacidade de baixar e instalar as ferramentas do Creative Suite 6, que contém 14 produtos avulsos e quatro pacotes: Adobe Creative Suite 6 Desing & Web Premium, Adobe Creative Suite 6 Desing Standard, Adobe Creative Suite 6 Production Premium e o Adobe Creative Suite 6 Master Collection. A compra pode ser efetuada através de canais ou pela Adobe Store. A solução já está disponível. SkyDrive: Na mesma semana, a Microsoft anunciou a atualização de seu SkyDrive, que oferece 7 GB de capacidade, extensíveis, gratuitamente, até 25 GB. O SkyDrive para o Windows permite que Windows Vista e Windows 7 sincronizem arquivos e pastas, tal qual a Dropbox. Uma vez que o software esteja instalado, é possível utilizar o Windows Explorer da mesma forma com o SkyDrive, como se você estivesse movendo documentos do próprio ambiente. Se você já usa a tecnologia, pode estar surpreso com os 7 GB de armazenamento. Apesar de ser mais do que os 2 GB disponibilizados pelo Dropbox e dos 5 GB do Google, é muito menos do que os 25 GB que o antigo SkyDrive oferecia. Para resolver essa questão, é preciso visitar SkyDrive.com e atualizar o sistema para, novamente, os 25 GB, sem custo.
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Intel anuncia 3ª geração da família de processadores quad-core
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A Intel apresentou, em 24 de abril, a 3ª geração da família de processadores quad-core Intel Core. De acordo com a companhia, a novidade traz ganhos drásticos no desempenho e nos gráficos para gamers, entusiastas por mídia e usuários convencionais. Os chips, fabricados com a tecnologia de transistor 3D Tri-Gate de 22 nanômetros (nm), podem ser encontrados em designs para desktops de high end, dispositivos móveis e sistemas all-in-one. A companhia promete até o dobro do desempenho de processamento para mídia HD e gráficos 3D, em comparação com a geração anterior de chips, por causa de uma combinação entre a tecnologia de transistor 3D tri-gate com as melhorias na arquitetura. A novidade oferece melhorias de até 20% no desempenho do microprocessador e novas tecnologias para acelerar o fluxo de dados.
Facephone? O Facebook e a fabricante HTC atuam no desenvolvimento de um smartphone específico para a rede social, informou o jornal Digitimes. De acordo com a reportagem, o produto seria baseado no sistema operacional do Google, o Android, e integraria todas as funcionalidades do site dentro da plataforma móvel. O lançamento estaria previsto para o terceiro trimestre deste ano. Notícias sobre um suposto smartphone produzido pelo Facebook não são novas: há cerca de dois anos o mercado ventila esta hipótese. O próprio presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, já desmentiu a história para o blog TechCrunch neste período. Na reportagem do Digitimes foram citadas fontes próximas ao projeto. Ninguém, claro, confirma nada.
Motorola Mobility e desenvolvedores corporativos A Motorola Mobility lançou no fim de abril o portal Motodev Enterprises, que é voltado exclusivamente aos empreendedores que desenvolvem soluções móveis para o mercado corporativo. Em inglês (e sem previsão sobre ter uma versão em português), o portal é voltado para programadores que trabalham com a plataforma Android e disponibiliza conteúdo como ferramentas de desenvolvimento, programas de testes e de validação de aplicativos, artigos técnicos e tutoriais sobre tópicos como segurança das informações, design gráfico, mecanismos de autenticação, certificados, VPNs, entre outros.
Samsung Galaxy SIII, o verdadeiro concorrente do iPad F o to: D
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A Samsung anunciou oficialmente dia 3 de maio, na data prometida, a nova versão de seu smartphone da linha Galaxy, o Galaxy SIII. Em evento realizado em Londres (Inglaterra) e transmitido via streaming de vídeo pelo Facebook, a companhia apresentou o aparelho, que tem tela HD de 4,8 polegadas Super Amoled, câmera de 8 MP e sistema operacional Android, em sua versão mais recente, o Android Ice Cream Sandwich ou Android 4.0. O display HD tem 1290 pixels por 720 pixels, processador quadcore e 1 GB de memória RAM. Tido como o verdadeiro concorrente do iPad, o dispositivo tem 8,6 milímetros de espessura e 133 gramas de peso. As versões em 4G estarão disponíveis na América do Norte, Japão e Coreia a partir de julho. As versões com 3 G serão lançadas começam com o mercado europeu, e chegando ao Brasil em junho. O smartphone tem tecnologia ‘Smart Stay’, que usa a câmera frontal para verificar se você está olhando para tela. Assim, o dispositivo sabe se deve manter a tela “acordada”. Outra tecnologia é o S Voice, comando de voz parecido com a Siri, do iPhone 4S. Conforme a companhia, ele ouve, responde rapidamente e entende oito línguas diferentes: inglês (americano e britânico), coreano, francês, espanhol (Espanha e América Latina), italiano e alemão. Vale lembrar que a Siri compreende inglês, alemão, francês e, mais recentemente, japonês. O Galaxy SIII vem equipado, ainda, com Android Beam, que é uma tecnologia que permite a troca de conteúdo entre dispositivos com o sistema operacional do Google, combinando, ainda tecnologia de Near Field Communication (NFC) e Wi-Fi. As versões disponíveis serão de 16GB, 32GB e 64GB, e todas dão suporte a cartões microSDXC, o que aumenta o armazenamento em 64GB. Isso significa que o SII pode armazenar até 128GB.
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Dados restaurados em até 28 TB por hora A HP apresentou uma tecnologia de desduplicação de grande escala, o HP StoreOnce 6200 Backup. O produto promete restaurar dados a taxas de 28 terabytes (TB) por hora. Em comunicado encaminhado à imprensa, a companhia pontua que a solução elimina versões anteriores de backup das mesmas informações. O sistema promete diminuir os requisitos de capacidade de armazenamento em até 95% e tem escalabilidade de até 768 TB.
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A AMD anunciou nesta semana o lançamento da linha de placas de vídeo para notebooks Radeon HD 7000M. A família de produtos, composta por três modelos (AMD Radeon HD 7900M, HD 7800M, e HD 7700M), foi desenvolvida com base na arquitetura GCN (Graphics Core Next). Uma das novidades da linha HD 7000M é o uso da tecnologia AMD Enduro, a mais recente solução para redução de consumo de energia desenvolvida pela fabricante. Trata-se de um recurso que ajuda a otimizar o tempo de bateria, sem comprometer a performance. A tecnologia é baseada na avançada tecnologia de processamento de 28 nanômetros (nm) e suporte ao DirectX 11.1
Sony introduz seus primeiros ultrabooks Os primeiros ultrabooks da Sony, o Vaio T13 e T11, foram lançados no início deste mês. Os dispositivos têm processadores Sandy Bridge Intel core i3-2367M. Os aparelhos pesam em torno de 1,6 quilo para as versões de 13 polegadas. Além disso, o armazenamento é híbrido, com 320 GB de HDD e 32 GB de SSD. A câmera é HD e a memória DDR3 é de 4GB, com Intel HD Graphics 3000. Os ultrabooks da Sony vêm com Windows 7 Home Premium 64bit e conectividade a partir de WLAN 802.11b/g/n; Bluetooth Ver. 4.0 + HS; USB 2.0 (x1), USB 3.0 com USB charge (x1) e saída HDMI. O dispositivo ainda tem um teclado com suporte a gestos. Nos Estados Unidos, os aparelhos devem estar disponíveis neste mês. O IT Web entrou em contato com a Sony para informações de preço e disponibilidade para o mercado brasileiro e ainda aguarda resposta da empresa.
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Google apresenta serviço de análise de big data, o BigQuery O Google lançou seu serviço de Big Data, o BigQuery, formalmente dia primeiro de maio. A novidade promete “analisar os terabytes de dados com apenas um clique”. O serviço, baseado em cloud computing e que teve a preview apresentada em março, combina o armazenamento de dados NoSQL com os recursos
de pesquisa SQL. A solução é voltada para análise interativa de grandes conjuntos de dados. O Google falou que o BigQuery não é uma base de dados, e é contrastada com a solução de hospedagem em nuvem, o serviço Google Cloud SQL baseado em MySQL. Como sistemas NoSQL, o BigQuery não usa esquemas fi-
xos; o Google disse que os dados normalmente são adicionados usando um pequeno número de grandes dimensões, que serão arquivos de tabelas Append Only (que são gravados apenas em modo incrementais e não podem ser removidos e renomeados. Além disso, novos links não são criados para estes arquivos).
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Tablet Windows 8 com arquitetura Intel chegará ao Brasil
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A TIM anunciou no início do mês que ofertará o novo iPad, chamado por muito tempo de iPad 3, a partir do dia 11 de maio. Em nota, a companhia disse que seria a primeira operadora brasileira a trazer o produto ao Brasil. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) liberou a venda do produto no País no último dia 13 de abril. O novo iPad tem retina display, com resolução de 2048 pixels por 1536 pixels, o que representa mais de 3,1 milhões de pixels – resolução superior a uma TV HD – e 9,4 milímetros de espessura.
Dell confirma tablet com Windows 8 para este ano
A Dell, que anunciou um tablet na Consumer Eletronics Show 2012, em janeiro, confirmou que o sistema operacional utilizado na nova empreitada será o Windows 8. Em entrevista ao IT Web durante o IT Forum 2012, Henrique Sei, diretor de vendas e solução da companhia, também revelou que o dispositivo virá acompanhado de uma dockstation. “Temos um tablet corporativo, muito possivelmente com sistema operacional
Windows 8, com novas funcionalidades. Ele vai ter a possibilidade de usar não somente no campo, mas dentro de um escritório também com uma dockstation para ganhar mais produtividade, disse. A companhia já se valeu da plataforma móvel do Google, o Android, em intentos anteriores, que não foram muito bem sucedidos. As versões 5 e 7 de seu tablet Streak, por exemplo, foram descontinuadas sem haver uma oferta massiva do produto em âmbito global. Em novembro, na conferência Dell World 2011, realizada pela companhia em Austin (Texas, EUA), o CEO da empresa, Michael Dell, já havia adiantado que os verdadeiros concorrentes fortes do iOS, sistema do iPad, são Windows e Android.
HP lança seu primeiro ultrabook no Brasil a 3,799 mil reais
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A Intel já planeja lançamento de tablets com arquitetura da companhia e sistema operacional Windows 8 para o Brasil. A afirmação foi de Américo Tomé (foto ao lado), gerente de novas tecnologias da Intel, durante o Intel Developer Forum 2012 que ocorreu na metade do mês, em São Paulo. O executivo comentou sobre as novidades da companhia em dispositivos móveis e revelou que ainda não há lançamento de smartphones como o Xolo e o Lava para o mercado brasileiro. “Smartphone é um segmento prioritário e o papel da Intel na América Latina é acelerar a adoção dos produtos baseados na nossa tecnologia. Para isso trabalharemos com operadoras, fabricantes internacionais ou nacionais”, explicou. Ainda em smartphones, ele revelou que a empresa apostará na parceria com o Google para mais produtos Android. “Todos os smartphones que serão lançados até o final de 2012 são baseados na plataforma por causa da nossa parceria com o Google.” Para os tablets, o lançamento será feito em conjunto com a Microsoft quando esta apresentar seu primeiro dispositivo. “Estamos alinhados com a Microsoft para o lançamento do tablet”. Porém nenhuma data foi revelada.
Novo iPad chega ao Brasil pela TIM
A HP apresentou seu primeiro ultrabook, o Folio, ao Brasil, que promete bateria com autonomia de até nove horas, em uso. O produto tem 18 milímetros de espessura e pesa 1,499 quilo. A tela Brightview HD tem 13,3 polegadas e teclado é retroiluminado por leds. O produto custa 3,799 mil reais. O aparelho é equipado com o novo processador Intel ULV Core i5 que permite alta performance e rápida respostas nas atividades, 128GB de armazenamento em SSD (Solid State Drive) oferecendo até quatro vezes mais velocidade que um HD comum e 4GB de memória RAM. O ultrabook ainda usa tecnologia RapidStart da Intel, que reduz os tempos de inicialização e de entrada e saída do estado de hibernação do sistema operacional Windows 7 Professional.
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BlackBerry World 2012 definindo os novos rumos da empresa
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conteceu no começo de maio de 2012 a reunião de usuários, desenvolvedores e parceiros da comunidade BlackBerry. Reuniu em Orlando (EUA) mais de oito mil pessoas e foram compartilhadas muitas informações, novidades e promoveu muita interação entre os participantes. A RIM passa por um momento muito importante. Esta ocasião foi o momento dela comunicar seus próximos e importantes passos. A empresa e o mercado
Na verdade todo o mercado de smartphones passa por momento decisivo. Trata-se da consolidação, ampliação do mercado e consequente divisão entre os diferentes fabricantes. Nos Estados Unidos e Europa o grau de adoção de smartphones é perto de 42% enquanto no Brasil este número passa pouco de 13%. Há previsões que indicam em algum tempo o fim dos “telefones não espertos”. Sim isso me parece possível, da mesma forma que não existe mais TV sem controle remoto. Em algum tempo todos os telefones serão inteligentes. E os fabricantes sabendo disso correm atrás desta nova fatia de mercado. Tempos atrás a RIM teve uma de suas declarações mal interpretadas pelo mercado e isso foi claramente corrigido e reforçado neste BlackBer-
Thorsten Heins, CEO da RIM, abrindo o BlackBerry World 2012
ry World. A empresa segue apostando e tendo interesse SIM no mercado de consumidores finais (não corporativos). Nunca deixou de ter interesse neste mercado. Porém ela reforça que o foco principal e seus maiores esfor-
ços seguem no mercado corporativo, pois é ali que tem expertise, talento e soluções únicas que a diferenciam da concorrência. Um aspecto muito relevante nesta “dança das cadeiras” do mercado é a
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recente tendência de consumerização dos dispositivos, ou seja, o funcionário traz para a empresa o seu smartphone, notebook, etc. e o utiliza neste ambiente. A RIM sabe que há uma base muito grande de aparelhos da concorrência, notadamente Android e iPhone. E ela desenvolve uma inteligente solução para este cenário. O já existente BlackBerry Enterprise Server em conjunto com o BlackBerry Mobile Fusion (este disponível no segundo semestre) será também capaz de gerenciar a base de smartphones iOS (iPhones) e Android no ambiente corporativo. Dessa forma, com adoção da tecnologia BlackBerry aparelhos da marca e da concorrência podem ser administrados a partir de um ponto central único, com as políticas de segurança sendo aplicadas para toda a base de smartphones. Aliás este aspecto bipolar dos smartphones (pessoal e empresarial) recebe um aliado muito interessante. Para dispositivos BlackBerry a RIM traz a tecnologia BALANCE que é capaz de dividir ao meio o aparelho, sem quebrá-lo eu garanto! Assim todo uso corporativo fica sujeito às politicas de segurança do BB Enterprise Server, e-mail, uso de internet, segurança, etc. E o lado pessoal do dispositivo é livre para fazer o que seu usuário desejar. É o melhor dos
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dois mundos. Segurança, aderência às políticas da empresa e liberdade total fora do ambiente corporativo. Desconheço outra solução ao menos semelhante. Há um vídeo muito interessante que ilustra bem o conceito que os convido a assistir. Mas para um consumidor ser de fato bem atendido por esta personalidade dual, seu aparelho tem que ser interessante o bastante para o uso pessoal também. Desde o lançamento da versão 6 do BlackBerry OS o lado “legal” do dispositivos vem sendo aprimorados. Mas verdade seja dita, para o uso apenas pessoal os dispositivos da BlackBerry ainda devem para seus concorrentes, seja aquele da fruta ou alguns outros. Por isso mesmo a posição da RIM vinha sendo questionada. Teria perdido a “fórmula”? A resposta veio forte e tem o nome de BlackBerry 10!! BLACKBERRY 10 É um passo audacioso da empresa. Ainda não é um produto pronto, nem o
hardware nem o software. É uma versão “alpha”. Mas foi bastante mostrado e comentado no BlackBerry World 2012. Tamanho, perfil, peso, interface, tudo é diferente! Quebra paradigmas. O protótipo que manipulei em nada lembrava um tradicional Bold, Torch, Curve ou outro dispositivo de sua atual linha de smartphones. O atual sistema operacional dos dispositivos é versão 7. De uma vez só pular para a versão 10 é um indicativo que a RIM quer ressaltar o grande salto e quebra de padrões com este lançamento. Ou seria apenas uma questão de numerologia, 10 sendo mais bonito que 8?? Não acredito nisso pelo que vi, é de fato um salto grande. A primeira grande mudança ocorre no sistema operacional 10 que rompe com os padrões do passado e adota uma solução baseada no QNX, de uma empresa comprada pela RIM tempos atrás. O QNX não por acaso é também utilizado no Playbook, tablet da empresa. Para o usuário o que muda é que o novo sistema é “multitarefa real”, ou
BLACKBERRY 10 – FORMATO E INTERFACE
BLACKBERRY 10 – CONSOLIDAÇÃO DAS MENSAGENS – NOVA INTERFACE
seja, de fato várias operações podem ser executadas ao mesmo tempo. Nos smartphones atuais ao sair de um aplicativo para o outro faz “congelar” o programa anterior. Às vezes isso não traz consequências, mas há situações
que faz toda a diferença mantê-lo em execução. Agilidade e produtividade. E abre perspectivas para rodar tipos de programas bem mais sofisticados. O dispositivo BB10 que tive acesso é essencialmente um PlayBook em miniatura. Mesmo sistema operacional, mesma resolução de tela (que confere uma qualidade incrível às imagens no smartphone). Há uma má notícia e uma boa notícia associada a esta mudança. A base de aplicações existentes para o Blackberries atuais não vão funcionar no BB10 (a menos que já tenham sido desenvolvidos em HTML 5). Fui pego de surpresa com esta informação. Confesso que fiquei chocado. Mas ainda bem que o desinformado fora apenas eu. Os desenvolvedores da comunidade BlackBerry estavam atentos e captaram a mensagem sobre isso em meados de 2011. Também foram avisados de que todo software que eles desenvolvessem para o Playbook (lançado no passado) seria automaticamente
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clado de smartphone de mercado e isso será mantido em certos modelos do futuro portfólio de dispositivos da família BB10. BBM EXPERIENCE
compatível com uma futura geração de smartphones que a empresa iria lançar. Neste curto período de existência o PlayBook vendeu um milhão de unidades, possivelmente boa parte para proprietários de dispositivos BlackBerry. Assim uma parte da comunidade de usuários já tem a experiência aproximada da próxima geração. Disse aproximada porque o BB10 terá uma interface profundamente modificada na qual a prioridade é o f luxo de informações e ações do usuário. Telas em cascata, toques leves ou secos ativam ou desativam novas telas com as informações necessárias e desejadas. Quanto ao teclado, isso merece uma explicação à parte. O modelo exibido continha um teclado virtual sensacional. Maior, configurável, com feed-back visual resultante ao pressionar uma tecla (a grande diferença entre o teclado real e virtual). Mas o teclado físico não será aposentado pela RIM. Segundo suas palavras eles têm o melhor te-
O sistema de mensagens instantâneas chamado BlackBerry Messenger, ou simplesmente BBM é um dos aplicativos mais populares desta plataforma. Existe faz muito tempo. Em princípio ele é semelhante a tantos outros mensageiros instantâneos como MSN, Yahoo Messenger, Skype, etc. Mas o que ele tem de diferente é o fato de funcionar apenas em aparelhos BlackBerry, ser totalmente gratuito (envio de mensagens sem custo de uso de dados ou SMS) e ter a opção de criar grupos de contatos. Em alguns mercados o BBM foi tão largamente adotado que por si só foi motivo de ampliação de base instalada de BlackBerry. Isso aconteceu em alguns países da América Latina. No Brasil alguns “nichos” de usuários também foram cativados pelo BBM, notadamente alguns grupos de jovens e adolescentes. Curiosamente eu tenho um BlackBerry Bold 9700 encostado em casa (eu o utilizava até começar a usar um Torch 9800). Meu filho que tem 11 anos de idade passou seu “olho gordo” sobre meu Bold e me pediu para dar para ele, pois assim ele poderia falar sem custo com diversos amigos da escola!! Eu mesmo usei moderadamente o BBM tempos atrás, mas sem grande frequência hoje em dia. ATÉ AGORA!!! Todos os jornalistas da América Latina receberam para uso no evento um BlackBerry Bold 9970 e
um grupo de BBM foi criado contendo todos (22 pessoas entre jornalistas e assessoria de imprensa). FANTÁSTICA a interação, a experiência. Ninguém ficou perdido. Ninguém perdeu alguma apresentação importante. Achar alguém era muito simples. Recados coletivos, mudanças de agenda, horários, encontros para almoço… A despeito do uso “comum” de um mensageiro instantâneo eu consegui perceber, sentir por mim mesmo o valor de uma solução de comunicação em grupo como esta. Recados podem ser enviados para todos ou individualmente. Agradável e excelente experiência. BOLD 9790 – PEQUENO NOTÁVEL Eu fui usuário de uma versão
anterior do BlackBerry Bold em sua versão 9700. Relatei em 2010 esta experiência no texto “Perdendo o medo e adotando o smartphone BlackBerry Bold 9700”. Durante o BBW 2012, como falei antes, pudemos usar um aparelho para nos comunicarmos (BBM Experience) e este era o modelo mais novo da família Bold, o 9790. Quando olhado de frente ambos são muito parecidos. Mas há muitas diferenças. O 9790 é bem mais fino e leve. Tem processador com mais do dobro da velocidade de processamento. Vem com memória interna de 6 Gb (mais o slot para memória micro-SD). E fundamentalmente vem com um recurso que há dois anos eu já desejara. Ele é “touch” como tantos outros smartphones da empresa ou da concorrência. Eu pretendo fazer um teste mais
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CONCLUSÃO
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aprofundado com este dispositivo e escrever sobre ele. Mesmo com uma tela que ocupa só metade de seu tamanho (outra parte é ocupada pelo ótimo teclado físico) a experiência de uso com Internet é bem boa, pois usando o intuitivo movimento de pinça na tela permite adequar rapidamente o tamanho dos textos para leitura. A mais que seu irmão mais velho 9700 o 9790 tem também WiFi padrão “n”, câmera de 5 MP, sistema operacional versão “7” (o mais atual). APLICATIVOS DE ALTA RESPONSABILIDADE – SEGURANÇA PÚBLICA Há dois anos eu conversei com executivos da empresa TechNew de Brasília e eles estavam em processo de implantação e desenvolvimento de um sistema para o governo da Bahia, que estava em fase piloto. Este relato pode ser lido em “WES 2010 – entendendo o ecossistema BlackBerry”. No BBW 2012 pude novamente conver-
sar sobre este assunto. O aplicativo está mais evoluído e o governo de Rondônia também está implantando algo semelhante. A escolha dos dispositivos BlackBerry se deve a robustez do aparelho e exigências de segurança em várias camadas, usuário, senha, número serial do aparelho (lido pela aplicação), serial do chip (SIMCARD) e por fim a geolocalização (localização do aparelho usando o sistema). O aplicativo permite checar identificações (54 mil pessoas checadas e 21 criminosos foragidos localizados), placas de carro, carteiras de motoristas (101 mil veículos verificados e descobertas 11 habilitações falsas). Também são registradas e classificadas ocorrências de tal forma que um mapa com as mesmas é criado dando uma visão de quais tipos de crime mais ocorrem em quais locais. Em um próximo passo uma aplicação de BI (Business Inteligence) será desenvolvida para analisar a fundo estes dados. Tive a oportunidade de ser “checado” pela polícia de Salvador e vi com meus próprios olhos os meus dados (incluindo foto – da carteira de motorista) e dados do meu carro (consultado pela chapa) em questão de segundos. Ainda bem que não tinha multa e todos os impostos estavam pagos, senão iria passar vergonha!! Impressionante. O sistema também permite enviar aos policiais fotos de meliantes ou foragidos para uma operação de busca ou captura. Em Rondônia já são 120 aparelhos BlackBerry em uso e na Bahia um pouco mais de 300. A solução desenvolvida pela TechNew está para ser apresentada e considerada como uma candiata a ser usada na Copa 2014 e Olimpíada 2016. Os respectivos organizadores destes eventos têm necessidade de uma ferramenta como esta e a solução de Rondônia e Bahia feita pela TechNew será considerada.
O mercado anda meio frenético nos últimos meses. Tanto em relação ao conjunto de participantes deste mercado como as perspectivas da RIM para os próximos meses. A RIM de fato experimentou certo decréscimo em sua participação em alguns segmentos. Considero este movimento como normal. Lembram-se da Apple na sua fase pré iPod? Era tida como uma empresa em decadência. Mas bastou encarar o mercado de outra forma, trazer um produto inovador que ela se tornou a gigante que é hoje. A RIM fez uma guinada estratégica com sua plataforma PlayBook e o atual projeto do BlackBerry 10. Ambos compartilham em seu DNA o núcleo QNX, um sistema operacional para dispositivos móveis que é realmente multitarefa, robusto e usado em 60% das aplicações de automação da indústria automobilística (por essas virtudes foi adquirido pela RIM tempos atrás). A propósito os desenvolvedores da comunidade BlackBerry parecem ter abraçado esta mudança pois apenas no primeiro trimestre de 2012 há 240% a mais aplicações para o PlayBook, que rodarão no BB10. Há alguns números exuberantes em relação à RIM que não podem ser desprezados. São 190 milhões de aparelhos no mundo, 55 milhões de usuários de BBM, 90% das empresas do FORTUNE 500 usam Blackberry, parceria com 653 operadoras de telefonia em 175 países. No Brasil 9 entre 10 maiores bancos usam aparelhos da RIM, bem como 9 entre 10 maiores empresas. Sábio o ditado que diz “difícil chegar ao topo, mas mais difícil é permanecer lá”. Penso ser este o momento que vive a empresa. Poderia ter tomado algumas decisões antecipadamente, tem uma concorrência feroz e bastante competente, mas a empresa está seriamente comprometida a manter-se entre os líderes de mercado, crescer e ampliar sua participação. O BB10 é uma aposta muito alta nesta direção. A estratégia de compartilhar aplicativos com o PlayBook é ousada, mas muito coerente na minha opinião. Muitas pessoas saíram do BlackBerry World 2012 com o “DEV Alpha”, ou seja, um protótipo do BB10 para experimentação, testes e desenvolvimento de aplicações. O mercado é soberano e suas decisões são pragmáticas e irrefutáveis. O tempo dirá se este grande e competente esforço da RIM foi o bastante para capturar de novo os ventos que a levarão para uma situação privilegiada no mercado. Eu penso que sim, mas o mercado é que decidirá… PS: este texto foi originalmente publicado como “BlackBerry World 2012 definindo os novos rumos da empresa” em meu blog pessoal FXREVIEW
Por Flávio Xandó
FÓRUM PCS É MAIS UM PRODUTO EDITORIAL DA IT MÍDIA. O TEXTO FOI ORIGINALMENTE PUBLICADO NO BLOG DE FLÁVIO XANDÓ, NO: HTTP://BLOGS.FORUMPCS.COM.BR/FLAVIO_XANDO/ 82 2ª QUINZENA MAIO 2012 WWW.CRN.COM.BR
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