CRN Brasil - Ed. 354

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OUTUBRO DE 2012 NÚMERO 354 WWW.CRN.COM.BR

IT Mídia Debate Cesar Gon, CEO da Ci&T

Monica Herrero, CEO Brasil da Stefanini

COMO SÃO AS FÁBRICAS DE TECNOLOGIA HOJE E QUAL É O GAP ENTRE O QUE É SOLICITADO E O QUE É ENTREGUE

Berço da Gustavo Mac Fadden, diretor comercial da i9 User Experience

FUTURECOM

EDIÇÃO 2012 DA FEIRA SUGERE ALIANÇAS MAIS FORTES ENTRE TI E TELECOM

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Rogério Oliveira, presidente do conselho consultivo da Resource

BRUCE KLEIN Novo VP global de canais da Cisco vem ao País compartilhar seu estilo de liderança e conhecer os parceiros locais

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índice Outubro / Edição 354

nova crn brasil 2012

Kingston

página | 12 Carolina Maldonado, vice-presidente da fabricante para a América Latina conta sobre sua trajetória na companhia, bem como os planos corporativos no Brasil

Futurecom

página | 18 Um apanhado das mensagens que as principais fornecedoras levaram ao encontro que reúne indústria e operadoras

EU ACREDITO

página | 34 O alemão Karl-Heinz Streibich, CEO da Software AG visita o Brasil, quarta principal receita de sua companhia

Cisco

página | 38 Bruce Klein, novo líder global de canais da Cisco, vem ao Brasil e dá o tom de seu trabalho no lugar do veterano Keith Goodwin

Internacional

página | 42 Algumas dicas para quem está interessado em entrar no negócio de tecnologia da informação

IT Mídia Debate

página | 48 Uma discussão inicial sobre um tema que interessa a clientes e fornecedores: os modelos de produção tecnológica e seus porquês

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Antes da TI

página | 68 CIOs dizem o que sonham ouvir de seus fornecedores na hora em que abrem as portas de suas salas para reuniões com a indústria e canais

Case

página | 72 Veja como a vitivinícola Peterlongo conseguiu reduzir custos e melhorar processos com sistema da Totvs (e conheça um pouco da história interessante desta empresa)

76 I CRN Tech 78 I Daqui pra lá 82 I Papo Aberto

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CARTA AO LEITOR Foto: Francisco Yukio Porrino

Outubro / Edição 354

Ponto de partida: A real intenção de se comunicar

A

vida é mesmo um quebra-cabeça cujas partes estão acessíveis a quem quer, de verdade, revelar a história escondida pela dispersão dessas peças. Veja o tema central do IT Mídia Debate que realizamos neste mês: Fábrica de Tecnologia. Olhamos para as pontas deste processo – fábrica e usuário – e fomos esmiuçando todos os nós que encadeiam essa relação. Imagina a quantidade de quebras na comunicação a cada elo desta corrente? Imagina a quantidade de entendimentos diferentes a cada reunião? Imagina a quantidade de padrões de pensamento diferentes agindo em cada fase do plano? Não é à toa que projetos de desenvolvimento e implementação de sistemas e processos tendem a ser doloridos, chatos e demorados. Raramente, as “peças” envolvidas nesta dinâmica visualizam o mesmo desenho final e, quase sempre, o resultado acaba sendo um frankenstein de ideias adaptadas resultantes em frustração de todas as partes, da produção ao usuário. É impossível que o quebra-cabeça se monte sem que cada peça – da formiguinha na grama até o passarinho no céu – saiba e aceite exatamente a figura (meta) final e decida conscientemente dar a sua contribuição para isto. Talvez seja por isto que a Ci&T tenha menos de 5% de evasão de profissionais. Seu presidente, Cesar Gon, um dos debatedores, explica a fórmula: “senso de propósito compartilhado”, o que a coloca em uma posição confortavelmente reconhecida enquanto fornecedora de soluções.

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Do outro lado, mas ainda no mesmo quebra-cabeça, está o cliente, com igual importância no compromisso de chegar a um único e objetivo resultado. Como fazer com que estas duas classes de pecinhas – hoje tão insatisfeitas umas com as outras – trabalhem, enfim, juntas para montar este tal desenho, objeto de tantas reuniões, investimentos altíssimos, ideias rebuscadas, dedicação de profissionais e....frustrações como resultado? Requintando a fórmula: existe uma demanda em uma ponta e uma potencialidade de resolução na outra. Se o propósito de encaixar uma na outra tiver a presença ininterrupta do desejo de se comunicar com perfeição, acabaram-se os conflitos; está formado o desenho da satisfação de todos. Será que estamos, então, diante de uma insistente barreira de comunicação cliente-fornecedor, muito mais do que de ineficiência de processos produtivos na cadeia de TI??? Você realmente quer ajudar o seu cliente? Quer mesmo resolver o problema dele? Está determinado a entendê-lo e a montar o quebra-cabeça junto com ele? A consistência das suas respostas a estas perguntas vai ser diretamente proporcional à qualidade oferecida pelo seu time de profissionais. Talvez este seja um bom ponto de partida para reconhecer e juntar peças interessadas em construir histórias de sucesso, sustentabilidade, lucratividade, retenção de talentos e todos os itens da lista de desejos de todo empresário.

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HALINE MAYRA Editora

Email: hmayra@itmidia.com.br

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CRN BRASIL ENTREVISTA | CAROLINA MALDONADO

OLHOS

VOLTADOS ÀS CORPORAÇÕES A Por Haline Mayra | hmayra@itmidia

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os 25 anos de vida – e 15 no Brasil –, a Kingston começa a preparar sua investida no mercado corporat ivo local, em muito impulsionada pelas palavras mágicas do momento , tais como cloud computing e tablets, que estão tirando os olho s do mercado mundial de cima dos PCs – tradicional mercado da mar ca. Reconhecida por seus dispositivos móveis de memória, os pen drives, a companhia, hoje, corteja os poderosos data centers e arruma a casa também para melhor aten der às corporações em geral. Esse movimento passa, claro, por um novo entendimento do papel do canal de distribuição e por sentir as demand as que vão aparecendo no mercad o. A brasileira Carolina Maldonado abriu a frente latina de negócios da Kingston em 1999 e, agora, 15 anos depois – e com um mercado considerado por ela a caminho da maturidade –, dá início a este trab alho de conhecer e reconhecer as necessidades de empresas e pessoas para, assim, direcionar o trabalho com sua red e de distribuidores e canais locais. Na entrevista a seguir, você conhec e mais sobre as medidas que ela tem em mente para o mercado latino.

ACOMPA NH A NDO O COMPORTA MENTO DE CONSUMO DE PCS EM DECLÍNIO NOS MERCA DOS M A IS M A DUROS, K INGSTON A PRONTA SUA S ESTR ATÉGIA S PA R A CONQUISTA R O SEGMENTO EMPR ESA R IA L NO BR A SI L

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Foto: Ricardo Benichio

CRN Brasil – Como foi desenvolver a partir do zero o mercado latino para a Kingston?

CAROLINA MALDONADO, DA KINGSTON: “Meu trabalho na Kingston é de responder pela região toda como se ela fosse um small business”

Carolina Maldonado – Bom, eu entrei na Kingston pelo Canadá, em 1995; depois assumi Itália e Portugal; e depois América Latina. Focamos em desenvolver uma marca séria a partir de 1999, quando recebi a responsabilidade de desenvolver esse que era um mercado inexpressivo. A nossa intenção foi de fazer um trabalho sério, de ter estratégia local mesmo. E acho que a empresa conseguiu cunhar uma marca forte com sinônimo de qualidade. Foi difícil posicionar a região. Havia o desafio de crescer o mercado em um contexto de pouca relevância, em que me perguntavam se Buenos Aires era a capital do Brasil. Era o meu desafio de crescer dentro de uma empresa mesmo tendo pouca relevância na contribuição com a corporação, em comparação a outras regiões. Começamos a operação pelo México, por causa do PPB (Processo Produtivo Básico) do Brasil, que gerava uma limitação grande no mercado. Investimos inicialmente 250 mil dólares no México e, gradualmente, fomos desbravando outros países. E nunca mais tive outro aporte da Kingston para a operação da região (risos). Comecei esse trabalho só com mais uma pessoa e hoje temos uma equipe de 50 pessoas, com dois escritórios na região. E nesses anos todos, a América Latina cresceu 2000%.

CRN – Como você vê o mercado latino em comparação aos outros? Carolina – No início, crescíamos em média 60% ao ano. E mesmo com oscilações de dólar e preço, a região sempre manteve números positivos. Agora, com a maturidade, devemos crescer em termos de 20% a 25%. Hoje em dia, a AL é um grande contribuidor para a receita e já ultrapassa outros mercados. Com a

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crn brasil entrevista | carolina maldonado crise na Europa e nos Estados Unidos, a região ganhou muita importância e só espero que as outras empresas venham para cá também com responsabilidade e não só com o imediatismo de ganhar a oportunidade.

CRN – Como você deu conta deste recado? Carolina – Uma grande vantagem de tocar América Latina foi o fato de eu ser da região. Eu vejo a dificuldade que o norte americano tem de entender como nós lidamos com uma política e economia inconstantes; como resolvermos os problemas...Fica difícil para eles entenderem como nós lidamos com as crises. Em 2008, na crise, o CFO da empresa me chamou para entender porque a região não havia parado, já que o mundo todo parou. Porque, nos Estados Unidos ou Europa, se você não me pagar, eu não embarco pra você. E na América Latina as empresas estão acostumadas a lidar com situações instáveis e isso nos dá f lexibilidade de entrar em acordos. E o latino entende isso. Eu vi os distribuidores em Miami dizerem que não iam dar desconto a ninguém para esperar ver o que aconteceria com a moeda. Então, tive que analisar os melhores potenciais de crescimento de forma mais imediata. Porque 15 anos atrás, as condições políticas e econômicas eram muito mais instáveis, saindo de ditaduras, melhorando as economias. Ao longo desse tempo, os riscos melhoraram nesta região.

CRN – O CFO entendeu seu posicionamento? Carolina – Ele entendeu e concordou. Se você tem um relacionamento bom e que tenha a confiança de que as pessoas vão cumprir o acordo, esse é o melhor ambiente para se fazer ne-

gócio, um ambiente saudável. Obviamente, meu número hoje é importante. Talvez, anos atrás, as pessoas não fossem tão abertas a entender tudo isso. No começo da operação, eu analisei as regiões de mais potencial de crescimento, à revelia da instabilidade econômica. Há muitos anos que não perdemos dinheiro com quebra de distribuidor, em função dos critérios de escolha lá atrás.

CRN – Hoje os Estados Unidos seguem como o maior mercado para a empresa? Carolina – A empresa é norte americana e este foi o primeiro que se desenvolveu; depois foi a Europa, com escritórios, centros de distribuição...depois fomos expandir para a Ásia, que é muito importante para nós, até porque os donos são chineses e têm muita influência, inclusive na oscilação de bolsa de valores, tudo mais. Mais ou menos paralelamente, a Kingston começou a crescer na América latina. Com as mudanças de mercado, os Estados Unidos foram ultrapassados. E isso acontece muito em função de estarem sempre na crista da onda da adoção de tecnologia, quer dizer, já começam a desacelerar o consumo de PCs, aderindo a novas tecnologias. Então, tivemos de nos adaptar e focar mais no corporativo, com servidores por lá. Em vez de vender memórias para PCs, tivemos que vender mais memórias para servidores.

CRN – Na América Latina, como você vê esta migração de foco para o corporativo em vista do PC perdendo espaço para o tablet, na área de consumo? Carolina – Obviamente, há o fenômeno mundial da redução do mercado de PCs e a explosão dos tablets. E, na América Latina, há uma demora na adoção dessas tendências, principalmente no Brasil, em função de

impostos de importação. Isso me dá oportunidade de ganhar tempo e criar a estratégia que me permita crescer na América Latina, para entender para que lado devo ir. No Brasil, a Kingston é muito reconhecida pelo flash, pelo pen drive, mais do que a memória que está dentro da máquina. Então, hoje, a maioria das pessoas a conhece assim. Nossa estratégia é seguir capitalizando com PCs, colocando mais foco no País em função de ainda haver demanda por PCs. E vamos nos preparar para o futuro. Nós acreditamos que com essa migração de PCs para tabletes, serão necessários mais servidores. E queremos desenvolver um trabalho nessa área. É um negócio altamente lucrativo para o canal. Estamos contratando pessoas para rever a estratégia corporativa aqui.

CRN – Como está este foco no corporativo no Brasil? Carolina – Estamos iniciando no Brasil. Na Europa e nos Estados Unidos o trabalho já é muito difundido e com acompanhamento técnico nas visitas de vendas. Aqui contratamos um técnico e estamos trabalhando em materiais para o canal, obviamente que o primeiro trabalho vai ser juntar o distribuidor e desenhar as estratégias com eles. A nossa grande vantagem é que a nossa memória é mais barata que a original do fabricante. Muitas vezes, a nossa memória faz com que os equipamentos deles fiquem muito mais baratos, com preços muito mais competitivos. Estamos estudando tudo isso com eles, distribuidores, para entender as demandas das empresas aqui.

CRN – Quais são os produtos corporativos que serão trabalhados no País? Carolina – A Kingston tem desenvolvido produtos especialmente para beneficiar a produtividade, o

Plantando a semente do mundo empresarial

Atualmente, a Kingston mantém um diretor-comercial da área corporativa, Gerardo Rocha, um gerente dedicado, José Gallardo, e gerentes de contas regionais para atender necessidades locais e identificar oportunidades com os canais. “Estamos nos envolvendo em visitas conjuntas a clientes corporativos para respaldar nossos parceiros. Os resultados já começam a surgir, mas esperamos que tenham reflexos mais significativos no decorrer de 2013, exatamente um ano após as novas iniciativas”, diz Carolina.

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CRN – A exemplo de outros fornecedores de TI, a empresa vê os data centers como o cliente ideal do presente e do futuro, em função da evolução da computação em nuvem? Carolina – Certamente que sim. A nuvem é uma realidade e seu provedor é o data center. Outro dia, li uma matéria que dizia que o Brasil é o país da América Latina que está menos preparado para oferecer este serviço. Enfim, temos que ver isso com atenção, pois representa uma excelente oportunidade para todos no canal. Os data centers exigem muita memória de servidor, o que é um de nossos focos para a região.

CRN – Com o advento de novos modelos de computação pessoal (como tablets e cloud), como você vê o futuro dos negócios da Kingston na área de consumo? Carolina – Como somos um produto complementar e sempre necessário, já temos presença nestes mercados. Para os tablets que aceitam cartões de memória ou que têm entrada USB, temos cartões e pendrives para esta finalidade específica. Temos os cartões SD, ou Micro-SD, e o pendrive DT-micro, discretíssimo, quase imperceptível quando acoplado

ao tablet. O cartão Micro-SD também é normalmente aceito em smartphones. Neste ano, lançamos no Brasil o Wi-Drive, que expande o limite de armazenamento de produtos da Apple; além do KindleFire, da Amazon, que permite compartilhar arquivos entre até três usuários simultaneamente. Já a computação em nuvem tem exigido bastante memória em data centers, como falamos.

CRN – Quantos e quais são os distribuidores da empresa no Brasil hoje? Carolina – Atualmente a Kingston possui nove distribuidores no Brasil. Sempre mantivemos uma política de mútua colaboração com os distribuidores, pois entendemos que eles precisam de fôlego e de bons acordos para poderem manter um negócio interessante em termos de lucratividade. Essa é uma das razões pela qual a Kingston, mesmo com 15 anos de presença no Brasil, atua com número contido de distribuidores no País. É uma medida que também evita a “canibalização” no mercado. São: Agis, Alcateia, Aldo, Handytech, Mazer, Move 1, Officer, Pauta e SND.

CRN – A empresa está em busca de novos canais com perfil de atendimento ao mercado corporativo/servidores? Carolina – Definitivamente. Uma parte importante dos negócios da Kingston está focada no corporativo. Até o fim deste ano e também em 2013 manteremos ações para identificar e desenvolver parcerias nesta área. Procurando a rentabilidade dos parceiros, queremos trabalhar mais oportunidades com as tecnologias já oferecidas no Brasil e desenvolver canais para oferecer aquelas que ainda não fornecemos. A nossa estrutura comercial e de serviços se manterá disponível também para quem trabalha com servidores, virtualização, armazenamento e segurança da informação.

CRN – Qual a principal mensagem para os canais brasileiros da Kingston? Carolina – A Kingston está presente no Brasil há 15 anos. Temos um trabalho constante e muito sério, e nossa intenção é reforçar a presença e serviços aqui. Ou seja, queremos identificar as necessidades do canal e trabalhar junto com eles para crescer com benefício mútuo. Queremos que o “negócio Kingston” seja lucrativo para o canal e por isso estamos trabalhando nosso leque de produtos. Acredito que é possível fazer um melhor trabalho junto com eles. Hoje, vivemos em um mundo de baixas margens, mas temos ofertas bem interessantes para quem está em busca de melhorar a lucratividade, especialmente com a venda de dispositivos que agreguem memória ou SSD. Também aposto que a especialização gere rentabilidade. Isso também explica nossos esforços em capacitar as revendas que estão interessadas em negócios diferenciados.

CRN – Quais as projeções de crescimento global para este ano? Carolina – Não podemos divulgar projeções desta natureza. Com tudo que está acontecendo no mercado de semicondutores, é praticamente impossível e até irresponsável fazer previsões assertivas sobre o futuro. Posso dizer que este ano tem se mostrado complexo: uma indústria de semicondutores com resultados nada satisfatórios; a saída de um dos principais players do mercado; e a movimentação dos grandes consumidores que estão mudando suas fontes de compra. Uma de nossas apostas no Brasil é a memória HyperX, que é a memória dos gamers ou de alto desempenho. Neste segmento, somente no Brasil, já crescemos 64% em receita, ante 12% globalmente. O SSD também tem se mostrado uma aposta correta, pois o Brasil é o país que mais cresce dentro da América Latina e já representa 65% do mercado de SSDs da região.

Foto: Ricardo Benichio

retorno do investimento e o custo total de propriedade. Na área de pen drives, temos soluções para a segurança no transporte de dados, com dispositivos protegidos por senha e criptografia; na área de SSDs, os clientes que tem usado essa tecnologia no lugar de HDs têm experimentado prolongamento da vida útil dos equipamentos e melhora no desempenho das máquinas, com redução de demanda por assistência técnica. No caso das memórias RAM, as recentes mudanças nos data centers só fazem da memória para servidor um elemento cada vez mais indispensável e estratégico.

Campeã do Canal Em 2012, a Kingston, representada por Gerardo Rocha, foi vencedora no prêmio Campeões do Canal, da IT Mídia. Na categoria Gadgets e Acessórios, levou a melhor na competição com LG e Samsung. Enquanto a média global desta categoria ficou em 1,24, a Kingston alcançou uma nota final ponderada de 1,85, com destaque para o quesito Qualidade Percebida pelos votantes. Além disso, análise mais aprofundada do estudo apurou que a marca obteve as melhores notas em todos os quesitos de avaliação propostos aos canais. SÃO ELES: Qualidade, Preço, Interoperabilidade, Relacionamento com o Canal Adaptação ao Mercado Nacional Inovação. 15

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CRN BRASIL ENTREVISTA | CAROLINA MALDONADO

HISTÓRIAS E R T N E S A ID D N O C ES OS NEGÓCIOS DE MINORIA IMIGRANTE A LÍDER REGIONAL, CAROLINA CONTA SOBRE SUA TRAJETÓRIA COM POUCO PLANEJAMENTO E MUITO APROVEITAMENTO DAS OPORTUNIDADES QUE CHEGAVAM CRN – Como a Kingston te achou? Carolina – Eu me sinto uma pessoa de sorte, nada foi muito planejado. Quando cheguei aos Estados Unidos, logo teve o problema do Golfo. Havia desemprego e o contexto era totalmente contrário a mim: mulher, jovem, minoria, imigrante, enfim...conheci uma senhora que era diretora de compras da Alpha Microsystems, empresa de sistemas proprietários. Apesar da formação em comunicação, aceitei o emprego que ela me oferecia para melhorar o inglês, aprender coisas novas, entender o mercado corporativo nos Estados Unidos, saber como as pessoas se relacionavam. Nessa hora você tem muito o que aprender.

Passado um tempo, uma pessoa da Ingram Micro, de quem eu comprava componentes Kingston, me chamou para uma vaga de marketing. Na Ingram de lá, eles contratam muitos jovens ou estrangeiros, que falem outros idiomas. Na época isto foi uma vantagem para mim. E para eles a vantagem era que eu entendia de compras, de inventário. Me tornei, então, gerente de marketing, e a Kingston era minha conta. Minha ideia sempre foi viajar e conhecer outras culturas e o contato com a Kingston me levou uma oferta para cuidar da operação canadense, que tinha acabado de ser aberta. O mercado canadense era composto de distribuidoras, então a minha experiência com a Ingram foi benéfica. N fundo, não era exatamente o que eu queria, porque queria viajar e conhecer outros lugares. Mas deu tudo certo e dois meses depois também me deram Itália e Portugal.

CRN – E por que você? Carolina – Eu já conhecia gente lá dentro; eles gostaram do meu trabalho

desde a Ingram. E memória não é um produto fácil. É uma aposta que o distribuidor tem que fazer e que, de repente, pode perder dinheiro. E você tem que ser muito responsável e entender de inventário, de diversas questões. A minha experiência chamou a atenção.

CRN – A sua relação com a empresa parece ser mais que meramente trabalho? Carolina – Você começa a trabalhar na Kingston e não quer mais sair. Ela é uma empresa de pessoas e não de números. Quando eu entrei aqui, a empresa era muito menor. A área de vendas era em cima e a fábrica no andar de baixo. Chegava sexta-feira e, se não tinha gente suficiente para empacotar os produtos, a gente descia para empacotar. Você vira uma família. O John Tu [cofundador da empresa] é uma pessoa incrível. Ele conversa com todos. Um dia teve um terremoto em Cuba. Ele me pediu que falasse com a pessoa de warehouse que tinha família lá para saber como ele poderia ajudar. Na véspera de Natal, óbvio, todos saem mais cedo. Mas a recep-

cionista tem de ficar. Ele a mandou para casa e ficou na recepção para atender as ligações.

CRN – Como você leva isso às suas relações com as pessoas que trabalham com você? Carolina – A Kingston dá muita liberdade para gerenciar as pessoas e os negócios. Eu passei por algumas empresas antes daqui. Peguei toda a minha experiência de como eu fui tratada, o que eu aprendi e comparei com a do John [Tu]. Eu sempre gostei muito da filosofia dele. Então adotei esse mesmo jeito. Nós discutimos coisas assim extensivamente na Kingston...se devemos replicar a cultura da empresa no escritório da Europa, por exemplo. Como replicar a cultura e seus valores – um deles é diversão, outro é harmonia – em todos os mercados? A Kingston é uma empresa muito de confiança, mais do que o seu título, o que importa é a confiança que as pessoas podem ter em você. Meus diretores regionais todos começaram como country managers, cuidando de um país e foram crescendo, convivendo e conversando com o John Tu.

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reportagem | futurecom 2012

Por Jana de Paula | especial para a CRN Brasil

Necessidade de parcerias entre TI e telecom marca Futurecom 2012

Buzzwords de TI do momento frequentam a 14ª edição do encontro de telecomunicações e ajudam a pedir alinhamento maior entre estes dois elos 18 outubro 2012 www.crn.com.br

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Foto: Ricardo Benichio

criação de parcerias entre os diversos níveis e elos da cadeia para aperfeiçoar serviços, satisfazer os clientes e gerar novas receitas foi o conceito que permeou as soluções apresentadas pela indústria de tecnologia da informação e comunicações (TICs), durante a Futurecom 2012, realizada de 8 a 11 de outubro, no Pavilhão de Exposições do Riocentro, no Rio de Janeiro. Quanto às expectativas de regulamentação do setor, não houve consenso, sobretudo, em relação ao compartilhamento das torres celulares, a neutralidade da rede e a reversibilidade dos bens das operadoras. Mas, em sua 14ª edição e pela primeira vez no Rio, a Futurecom serviu de pista de decolagem da 4G/LTE no mercado brasileiro. Vivo e Claro anunciaram os fornecedores primários de suas novas redes – que são os mesmos, ou seja, a sueca Ericsson e a chinesa Huawei. TIM e Oi fizeram suspense, dias antes da assinatura dos contratos para prestação de serviços de 4G, o setor já mostrava os primeiros passos que iria tomar em direção à Quarta Geração. Ficou constatado que as telecomunicações surgem como um dos mais importantes clientes de TI para a próxima década. E o que se viu entre o amplo leque de provedores – havia mais de 190 estandes montados no Pavilhão de Exposições 4 do Riocentro – foi o esforço em apresentar soluções de ponta que ajudem as telecomunicações a obterem novas receitas com o aumento da capacidade de dados que as novas redes 4G oferecem e diante das perspectivas de negócios que se abrem com a proximidade da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Entre os fornecedores de soluções,

Fernando Belfort, analista de mercado sênior da Frost & Sullivan: Em 2016 o mercado de big data no Brasil representará uma oportunidade superior a R$ 1 bilhão em negócios

os serviços em cloud computing foram onipresentes em cada grande ou pequeno estande. Afinal, a estimativa do Gartner é que, em 2015, os investimentos na nuvem alcancem 177 bilhões de dólares, representando 5% dos gastos mundiais com tecnologia. No Brasil, parece que a resistência das corporações tende a ceder, embora ainda seja um obstáculo. O mesmo Gartner aponta em pesquisa de 2011 que 80% dos CIOs brasileiros não têm planos de cloud para os próximos três anos e, de acordo com a IDC, meros 18% da indústria brasileira conhecem a fundo o que é cloud computing. No entanto, o advento da 4G ani-

ma as operadoras de telecom a criarem novos serviços de valor agregado na nuvem. Além disso, a expansão geográfica das grandes e médias corporações e a ampliação da capacidade de armazenamento de dados em data center por setores-chave, como petróleo & gás, entretenimento e governo devem reduzir a resistência dos CIOs e aumentar a necessidade de migração de aplicações vitais e críticas para a nuvem. A expectativa de crescimento exponencial de novos serviços over-the-top (OTT) e o aumento do interesse de líderes de TI e empresas pelo conceito BYOD (bring your on device) foram outros temas centrais debatidos à

exaustão durante a Futurecom 2012. O amplo portfólio de soluções apresentadas no evento pela grande maioria dos expositores confirma levantamento da Cisco, de maio de 2012, junto a 600 líderes de TI em 18 segmentos da indústria. A principal constatação do estudo é 88% dos CIOs percebem que o BYOD cresce em suas próprias redes e 76% consideram este movimento positivo para a empresa. O conceito de Big Data, considerado vital em estratégias de empresas como a Oracle, por exemplo, também passa a fazer parte do cotidiano do setor de TI. Estudo apresentado pela EMC e Frost & Sullivan durante aFuturecom 2012 dá conta de que haverá 80 bilhões de aparelhos conectados no mundo, numa média de 10 por domicílio, até o ano de 2020. Segundo a consultoria, 90% do volume de informações no mundo resultaram de aparelhos móveis e fixos conectados. Mas, apesar deste imenso volume de dados trafegados, apenas 15% são considerados estruturados em plataformas como CRM, ERP e banco de dados. Os 85% restantes são dados não-estruturados, dispersos em redes sociais, emails, documentos eletrônicos, mensagens instantâneas, vídeos, áudios, comunicação máquina a máquina (M2M), RFID e etc. Assim, soluções que entendam dados estruturados ou não despontam como importante mercado de TI. Segundo a Frost & Sullivan, este nicho, hoje avaliado em 336 milhões de reais no Brasil, deve saltar para 576 milhões de reais em 2013, com crescimento de 71%. Até 2016, Fernando Belfort, analista de mercado sênior da consultoria, estima que o mercado de big data no Brasil representará uma oportunidade superior a 1 bilhão de reais em negócios. Veja a seguir algumas das soluções inseridas no novo mercado de TIC e que tiveram destaque no Futurecom 2012.

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REPORTAGEM | FUTURECOM 2012

De olho no 4G

JONIO FOIGEL, DA ALCATEL-LUCENT: fabricante produzirá ERBs no Brasil para atender aos requisitos do leilão de 4G, mas não avalia desenvolver produtos aqui, uma das exigências da Anatel

CA comemora crescimento de dois dígitos A CA Technologies vive em ritmo de crescimento muito forte, sobretudo na América Latina e na área específica de parcerias, onde este aumento é de dois dígitos. A empresa levou para seu estande no Pavilhão de Exposições do Riocentro, 11 parceiros, entre eles Globalweb, Vectra, G e P Projetos e Sistemas, Allen Systems, IT Alliance, Interadapt, Sonda IT, SYRIX e TM Solution. Alexandre Graff, VP de canais da CA para Brasil e América Latina, afiança que com os parceiros a companhia garante a experiência do cliente e, tecnologicamente, cria

A Alcatel-Lucent comemora a assinatura de contrato com a Oi para fornecimento de equipamentos de transmissão da rede 4G da operadora, o que, segundo Jonio Foigel, presidente da empresa no Brasil, “representa o retorno a uma atividade muito forte”. Outro importante contrato assinado pelo vendor francês durante a Futurecom 2012 foi com a Seaborn Networks, para construção de um sistema de cabo submarino de ligação direta entre Nova York e São Paulo, com 10,7 mil quilômetros de extensão. Com este novo projeto, a Alcatel passa a dispor de cinco cabos submarinos ligando a América Latina ao resto do mundo. Além disso, a empresa anunciou crescimento de dois dígitos no primeiro semestre de 2012, de acordo com Osvaldo

um ambiente apto a acelerar as transformações que o mercado exige. “Não somos concorrentes de nossos parceiros. Junto com eles visamos nosso objetivo principal, que é inovação”, diz o executivo. O gerenciamento de serviços é parte crítica do negócio hoje em dia e, sob a ótica da CA, a transformação deste ambiente depende da automação de todo o ambiente computacional. Isto resolve um problema para as operadoras na hora, por exemplo, da realização dos testes dos produtos/serviços. Para cada aplicação desenvolvida, a praxe é fazer uma bateria de testes numa pequena base de clientes, para obter uma estimativa de sua eficiência. Mas, na realidade, muitas vezes se comprova que a medição foi limitada e não permite uma visão completa de suas potencialidades. Assim, uma das propostas da CA é a virtualização do ambiente de testes, que avalia toda

di Campli, presidente da Alcatel-Lucent na região CALA. Ele afirmou que Brasil, México e Colômbia são atualmente os países mais importantes para a empresa. Não se pode dizer que a Alcatel-Lucent esteja satisfeita com um único contrato de 4G. Mas, apesar de Telefônica e Claro terem optado por Ericsson e Huawei e a TIM ainda não ter anunciado seus fornecedores de infraestrutura para LTE, o que deve fazer muito em breve, Foigel não descarta que a Alcatel-Lucent seja contratada pelas mesmas carriers que escolheram outros fornecedores primários para futuras implantações de LTE e projetos de small cells. As pequenas células são, de fato, uma forte aposta da Alcatel-Lucent, que já implantou dez trials de metrocells na região da América Latina e Caribe para 3G e LTE e já tem contratos assinados no México, Venezuela e Brasil. No caso brasileiro, trata-se de acordo regional de femtocells para todas as redes da Telefônica no continente sul americano. Para atender a esta demanda, a Alcatel-Lucent prevê investimentos da ordem de 10 milhões de reais em capital humano, incluindo treinamento e deslocamento de funcionários de outras praças da fabricante. Para atender aos requisitos do leilão de 4G do Brasil, cujo cronograma está na iminência de ser anunciado, a Alcaltel-Lucent vai produzir ERBs no Brasil por meio de uma parceria, a ser definida. Foigel também adiantou que a empresa não avalia o desenvolvimento local de produtos, uma das exigências da Anatel a quem quiser participar do leilão de 4G no País.

a cadeia atrelada ao produto, evitando desperdício com retrabalho e resultados incompletos. Entre as operadoras clientes da CA está a Oi, que implantou uma solução em WAN para gerenciamento de serviços e TI/telecom. “O setor de telecom acusa crescimento exponencial nesta área, mas também vemos boas perspectivas de negócios na indústria de óleo & gás e de governo, nossos clientes tradicionais. Também é forte a demanda junto ao segmento de pequenas e médias empresas, em franco processo de crescimento econômico”, afirma Graff. No momento, a CA realiza um forte trabalho no desenvolvimento de sua rede de canais, em face da ampliação do leque de parceiros. Mobilidade, consumerização via smartphones e cloud computing são outras das linhas em que a empresa atua e, inclusive, treina novos parceiros e canais.

ALEXANDRE GRAFF, DA CA: em estande com 11 parceiros convidados, companhia foca na virtualização para ambientes de teste

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Huawei firma posição no mercado de LTE A Huawei, uma das principais patrocinadoras do Futurecom 2012, fez uma série de anúncios durante o evento, entre eles, o início de testes para produção de equipamentos para uso dos 450 MHz em LTE, com vistas ao atendimento às áreas rurais. A empresa chinesa também assinou contrato com a Telefônica/Vivo para fornecimento de infraestrutura da rede LTE, em 2,5 GHz, cujo cronograma prevê lançamentos a partir de março de 2013. A Huawei será fornecedora da operadora para o Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza. No seu estande do Pavilhão de Exposições do Riocentro, foi apresentado um vasto cardápio para degustação de smartphones em 4G para as novas redes LTE, inclusive seu aparelho topo de linha – Ascend P1, que opera em redes de até 100 Mbps. O Ascend P1 tem processador Qualcomm dual-core de 1,5 GHz, tela de 4,3 polegadas e bateria estendida de 2.000 mAh. Outras novidades incorporadas ao aparelho incluem Android 4.0 embutido e modem com capacidade para operar em redes de até 100 Mbps. Ainda não há previsão de lançamento e nem foi divulgada a faixa de preço do novo smartphone. Já em relação à aposta nos 450 MHz, a Huawei vai atuar em cooperação com o governo federal, a Qualcomm e o CPqD. Embora a padronização desta frequência para uso em Quarta Geração (4G) deva ocorrer no âmbito do 3GPP (órgão mundial que define os padrões de tecnologia da família GSM/UMTS) apenas num prazo de 10 a 12 meses, o pool de parceiros busca a dianteira no fornecimento de soluções nesta banda, que o governo pretende utilizar para penetração de banda larga móvel nas áreas rurais do Brasil. Para José Augusto de Oliveira Neto, CTO da Huawei no Brasil, a produção dos novos equipamentos para LTE será importante para solucionar a ligação ponto-multiponto, onde ocorre a conexão na nuvem. “Assim será possível não apenas descongestionar o crescente volume de tráfego de

JOSÉ AUGUSTO DE OLIVEIRA NETO, DA HUAWEI, “Já está comprovado que a computação na nuvem descongestiona o tráfego de dados. Dados da McCormack, por exemplo, dão conta de que o Brasil será o terceiro maior mercado de TICs na próxima década e os 450 MHz podem levar esta conectividade para além dos centros urbanos”.

dados, mas também permitir que o conteúdo seja compartilhado em maior velocidade e com maior eficiência”, disse ele. O executivo lembrou que o conteúdo gerado de maneira crescente pelo usuário força a evolução acelerada das redes, de modo a criar novos negócios e banda larga fixa e móvel. “Todos reconhecem a necessidade de sinergia entre a indústria de mídia e conteúdo com as telecomunicações, para compor infraestrutura que propicie os novos serviços que despontam, sobretudo no ambiente máquina-a-máquina (M2M)”. Oliveira neto citou estatísticas de mercado que indicam que o volume de máquinas conectadas será de 50 bilhões em âmbito mundial e de 1 bilhão no Brasil, na próxima década. “Já está comprovado que a computação na nuvem descongestiona o tráfego de dados. Dados da McCormack, por exemplo, dão conta de que o Brasil será o terceiro maior mercado de TICs na próxima década e os 450 MHz podem levar esta conectividade para além dos centros urbanos”.

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RIM sente-se em casa na nuvem A Research in Motion (RIM) sente-se bastante confortável ‘na nuvem’, ambiente apontado, durante a Futurecom 2012, como fundamental para o desenvolvimento das aplicações que surgem com o advento do 4G. “Muitos pensam que a RIM é essencialmente uma fabricante de smartphones, mas a nuvem está no DNA da empresa. Também fornecemos a plataforma e fazemos o software que dá acesso cooperativo a esta plataforma e permite o compartilhamento”, afirma João Stricker, diretor-geral da RIM para o Brasil. Diante do crescimento da importância da virtualização no compartilhamento de dados, a RIM apenas revigora sua atuação no ambiente de cloud computing, no qual atua desde 1999.

Nos 13 anos em que a companhia fornece serviços na nuvem, a plataforma evoluiu do simples acesso a email para um portfólio amplo de comunicação entre seus 80 milhões de clientes. “A nuvem sempre nos garante a compressão de dados, mantendo a rede o mais livre possível”, completa Stricker. Durante a Futurecom 2012, a RIM – que não montou estande próprio - continuou o trabalho de apresentação aos clientes brasileiros da sua próxima família – BlackBerry 10, a ser lançada em 2013. “O BlackBerry nasce como um smartphone, mas também vai explorar o M2M. O QNX permite, por exemplo, que um PlayBook (o tablet da RIM) atue numa aplicação em veículos como velocímetro, no controle de consumo de combustível etc.”, acrescenta o executivo. O mercado brasileiro de smartphone apresenta crescimento ininterrupto nos três anos recentes. O ano de 2012 deve fechar com 14 milhões de unidades vendidas, contra dez milhões de unidades entregues em 2011. O executivo confirma que este crescimento se reflete nos resultados financeiros da RIM, embora ele não os divulgue em âmbito local. Mas lista alguns dos fatores que vêm contribuindo para esta ascensão nas vendas de smartphone, ou seja, a evolução do poder de compra da classe C, o esforço da indústria do segmento em ser mais agressiva em mercados específicos e os incentivos industriais concedidos pelo go-

Cresce tendência de uso de sistemas de gestão de despesas para redes móveis A Triad Systems aproveitou a Futurecom 2012 para comemorar seu vigésimo aniversário. O presente para seus clientes foram os lançamentos para o mercado TEM –(Telecom Expenses Management). Ainda no mercado de telecom, a empresa anunciou a liderança de suas soluções de co-billing, conciliação de chamadas e VAS, nas operadoras Vivo, TIM, Oi, Intelig e Nextel. A empresa também cresceu no fornecimento de serviços e recursos com alocação de profissionais especializados em TI, escritório de projetos, BPO, consultoria e fábrica de software. Silvio Rodrigues, diretor presidente e

fundador da Triad, destacou o fato de a empresa este ano ter realizado sua primeira palestra na Futurecom, evento do qual participa há muitos anos. A palestra foi ministrada por Harith Hussain, diretor da Triad M1, e tratou sobre o mercado TEM e as diversificações de gestão de despesas sem fio (WEM) e móveis (MEM). Diante da forte tendência do mercado brasileiro em BYOD (bring your own device), estas facilidades interessam às operadoras. As soluções de TEM gerenciam um dos ativos mais estratégicos da atualidade: a rede de telecomunicações. No lado da tecnologia, é preciso uma plataforma de software que apoie no inventário dos ativos de telecomunicações (circuitos, serviços, equipamentos, locais, faturas, contas), aplique processos de negócios (pedidos, aprovação, resolução de problemas), e faça a gestão do acesso à informação crítica da infraestrutura. Já as novas ferramentas de Gestão de Despesas Sem Fio (WEM) são serviços baseados na nuvem que permitem às organizações visualizar e gerenciar os gastos das redes móveis. Os usuários finais

JOÃO STRICKER, DA RIM: dentre os fatores que têm contribuído para a ascensão nas vendas de smartphone estão a evolução do poder de compra da classe C, o esforço mais agressivo da indústria em mercados específicos e os incentivos industriais do governo

verno federal. Para o futuro próximo as previsões também são otimistas. As estimativas são de que estejam em uso 38 milhões de dispositivos móveis em 2015, de acordo com pesquisa da Canalys. Segundo dados divulgados pela holding, o caixa da RIM atingiu 2,3 bilhões de dólares, no segundo trimestre do ano fiscal em curso, sem nenhuma dívida. A receita foi de 2,9 bilhões de dólares, dos quais 1,7 bilhão em hardware, 1 bilhão em serviços e 200 milhões em software. Foram vendidos 7,4 milhões de smartphones e 132 mil Playbooks no período.

podem verificar suas contas on-line, inventariar as chamadas pessoais e obter as deduções pelo serviço diretamente do seu salário, eliminando a papelada. A privacidade é garantida por permissões de segurança que mapeiam diretamente seu uso sobre a hierarquia da organização. Por fim, a Gestão de Despesas Móveis (MEM) apoia a implantação de políticas e recursos de auditoria para ajudar as empresas a gerirem sua rede móvel. A realidade é que lidar com a miríade de questões que envolvem a tecnologia móvel e serviços que ela gera não é uma competência central da maioria das empresas, pois a gestão se dá em ritmo lento e não se trata de uma atividade de valor agregado alto. No entanto, o retorno do investimento (ROI) numa rede efetivamente gerenciada e de orçamento definido tem qualidades inegáveis. Uma solução de gestão de despesas em mobilidade permite que empresas recebam informações de que estão aproveitando ao máximo os recursos da sua rede, e assim terão que investir o mínimo para obter dados financeiros corporativos em conjunto.

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Furukawa reforça oferta em redes GePON “O futuro das comunicações está na fibra” foi o lema da Furukawa Brasil durante a Futurecom 2012. No estande da empresa estava em exibição uma grande malha óptica integrando os sistemas de infraestrutura de redes de longa distância, as redes de acesso que já atendem às necessidades de banda larga em velocidade de 1-10GB, como também os modelos de próxima geração (Redes Next Generation – NG-PON e NG-PON2), que em 15 anos irão sustentar novos equipamentos para as demandas de ve-

locidade de 25-40-100GB. Também mereceram destaque os sistemas da companhia para broadcasting (TV Digital), FTTH/A (Fiber to the Home/Apartament), FTTA (Fiber to the Antenna) e para Redes Metropolitanas Ópticas, entre outros lançamentos e inovações. “Hoje ninguém mais duvida de que os investimentos em redes organizadas no modelo FTTx (fiber to anywhare – home, bulding, etc.) para prover pacotes de serviços (voz, vídeo e dados num mesmo canal) são consequência natural da evolução tecnológica”, diss Nelson Saito, da gerência de networking da Furukawa, referindo-se às modernas Redes GePON, para demandas de 1GB, e às Redes GPON (Gigabit Ethernet Passive Optical Network), para 2,5GB.

Estas redes, no entanto, ainda têm muito que evoluir. “Os modelos 10GePON para 10GB já estão disponíveis no mercado mundial, mas no Brasil a previsão é de que somente em dois anos teremos normatização para entrar no mercado”, informa Saito. Ele recorda que as redes WDM-PON são alvo de interesse para as empresas, justamente por permitirem acompanhar a necessidade de aumento de banda ao longo do tempo. Outro nicho de mercado atendido pela Furukawa é o dos Sistemas de Transportes Inteligentes (ITS – Inteligent Transport Systems) que começa a ser explorado. Para os novos contratos de Concessão de Rodovias e Ferrovias é exigência do Governo Federal a construção de dutos paralelos para a passagem de fibra óptica. A Solu-

ção Óptica Furukawa para Rodovias, também em destaque no Futurecom, é um sistema de infraestrutura baseado na tecnologia GePON Industrial para interligar os serviços de comunicação e controle que pretendem melhorar a segurança à população nos trechos concedidos, concentrando o fluxo de veículos das grandes regiões produtoras com elevada movimentação de veículos leves e pesados. “Trata-se de um setor que investe constantemente e a solução óptica da Furukawa chega para viabilizar a implantação dos ITS, que incluem o monitoramento integrado de todos os setores de uma rodovia, como os painéis de mensagens, radares, pedágios inteligentes, contadores de veículos, telefonia via call Box e controles de segurança em CFTV, entre outros”, explica Saito.

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“Nós vamos crescer mais do que o Brasil” comemora Hélio Graciosa, presidente do CPqD. O centro vai fechar o ano com crescimento de 15% no faturamento, um total de 225 milhões de reais, contra 192 milhões de reais em 2011. O executivo compara a taxa de crescimento do CPqD com a prevista para a economia brasileira que, segundo o Fundo Monetário Nacional (FMI), será de 1,5%. Embora com oscilações entre o desempenho das diversas empresas (spin-offs e participações) que compõem o chamado ‘lado comercial’ do universo abrangido pelo CPqD, seu crescimento tem sido ininterrupto desde o período 2010/2011, quando o centro decidiu mudar a forma de trabalhar seu portfólio. “Nós concentramos nossas ofertas na demanda do mercado e também amadurecemos as linhas mestras de nossos produtos, de modo a melhorar nossa capacidade de concorrência”, diz o presidente do CPqD. Esta espécie de enxugamento do cardápio de serviços foi contundente. Nos anos recentes, reduziu-se a oferta de produtos/serviços de 183 itens para 34. De acordo com Graciosa, este esfor-

Cloud e segurança integram as soluções da Dimension Data

ço se refletiu em maior velocidade no atendimento a seus clientes. Também foi levada a cabo a melhoria de processos de produção, para que a capacidade de entrega esteja em concordância com a capacidade de produção. Das empresas que integram o universo do CPqD, apenas uma deve sofrer processo de consolidação no ano que vem, ou seja, a WxBR, criada para atender ao mercado de WiMAX. De qualquer forma, a expectativa para este braço do CPqD passa a ser otimista, já que será ele a atender a demanda a ser criada com o LTE, adotada pelas operadoras como a tecnologia de próxima geração. Assim, o crescimento negativo (de 4 milhões de reais) deste ano será modificado para um faturamento positivo, da ordem de 20 milhões de reais no ano que vem. Durante a Futurecom 2012, o CPqD anunciou parceria com a RouterBox Company, do Paraná, com vistas a fortalecer presença no universo dos pequenos provedores de internet e de serviços de telecom. Pelo acordo, a solução CPqD MyNet será integrada ao software de gestão e automação da RouterBox ISP, que associa módulo

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CPqD cresce mais do que o Brasil

HÉLIO GRACIOSA, DO CPQD: “Nós concentramos nossas ofertas na demanda do mercado e também amadurecemos as linhas mestras de nossos produtos, de modo a melhorar nossa capacidade de concorrência”

financeiro e de contabilidade, firewall, controle de QoS e configuração personalizada, entre outros recursos. O myNet usa o modelo de negócios de cloud computing, onde o cliente paga uma licença mensal para utilizá-lo e foi um dos produtos/serviços mais bem sucedidos do CPqD em 2012. Também foi anunciado um contrato entre o CPqD e a empresa gaúcha TSM Antennas de fornecimento de tecnologia visando a fabricação e comercialização de antenas 100% nacionais nas faixas de 3,5 GHz e 4,9 GHz. Os produtos são fruto do projeto Radiofrequência para Redes Sem Fio Banda Larga Aplicadas à Segurança Pública, desenvolvido pelo CPqD com apoio do Fundo Nacional para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel). A antena de 3,5 GHz foi projetada para aplicações na área de cidades digitais e a de 4,9

A Dimension Data também decidiu prestigiar seus parceiros durante a Futurecom 2012. A provedora de soluções de planejamento, desenvolvimento, suporte e gerenciamento de infraestruturas de TI, concentrou em seu estande parceiros como Cisco, Riverbed e Fortinet. “Estamos entre os mais atuantes integradores desses fabricantes. Conseguimos reunir os melhores produtos

GHz tem foco nas aplicações dedicadas à segurança pública - polícia, bombeiros, defesa civil, entre outros. As novas antenas são adequadas para uso em sistemas de rádio com tecnologia MIMO (multiple-input and multiple-output) em redes móveis de quarta geração (4G), baseadas em IP. Os rádios MIMO utilizam múltiplas antenas tanto no transmissor como no receptor, de modo a melhorar a qualidade e o desempenho da comunicação. O CPqD fez ainda novas apresentações com NFC (Near Field Communications), tecnologia na qual é especializado como integrador de soluções, provedor de serviços e homologador/ certificador de dispositivos e soluções. O interesse do mercado brasileiro recai nas aplicações financeiras (e-wallet) e para venda de bilhetes diante do mercado que se abre com a proximidade dos Jogos Mundiais no Brasil.

do mercado com uma oferta de serviços diferenciada”, afirma Ana Cerqueira, diretora de vendas da Dimension Data. A área de serviços é uma das principais apostas da empresa para crescer 40% localmente este ano no País e o portfólio da empresa traz plataformas multimarcas e inclui desde equipamentos e serviços para redes até colaboração, virtualização, cloud e segurança.

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Wi-Fi é confiável até em sala de aula O Wi-Fi é a rede preferida para a conexão móvel à internet, inclusive via smartphones. E mesmo sendo em casa onde a maioria dos usuários acessam a internet, eles almejam dispor de acesso Wi-Fi em todos os lugares que frequentam. Estes são dois dos resultados de estudo “O que os consumidores querem do Wi-Fi”, conduzido pelo Cisco Internet Business Solutions Group (IBSG) no Brasil e apresentado na Futurecom 2012. Em comparação ao acesso via redes de celular (2G/3G), 71% dos consumidores pesquisados no Brasil consideram que o Wi-Fi oferece melhor velocidade. Menor custo e melhor performance para aplicações através do Wi-Fi foram atributos destacados por 61% dos pesquisados. Já 53% acreditam que

o acesso Wi-Fi é mais confiável e fácil de usar. A oferta pela operadora do serviço móvel de acesso gratuito a uma rede de hotspots Wi-Fi foi considerada extremamente ou muito importante para manter o cliente fiel por 83% dos entrevistados. Um percentual de 69% muito provavelmente mudaria de provedor para ter acesso Wi-Fi gratuito. Para o diretor de estratégia para Operadoras do Cisco IBSG no Brasil, Luiz Lima, a pesquisa confirma a relevância estratégica que o Wi-Fi pode ter para as operadoras. “Os resultados da pesquisa indicam que podemos estar próximos de uma "Nova Mobilidade", onde Wi-Fi e redes móveis estejam integradas e indistinguíveis para o usuário

de dados móveis. O Wi-Fi representa uma grande oportunidade para provedores de banda larga fixa fidelizarem seus clientes e ganharem receitas adicionais. Para as operadoras móveis, além do diferencial competitivo, o Wi-Fi se apresenta como uma excelente alternativa para o escoamento de uma parcela do crescente tráfego de dados, o chamado Wi-Fi offload”, destaca. A Cisco também enfatizou a Sala de Aula Digital, solução integrada baseada num único dispositivo móvel que oferece conectividade, colaboração, computação e gestão de conteúdo. O Cisco Edge 300 é um dispositivo instalado na sala de aula que oferece ponto de acesso para rede Wi-Fi; conectividade de rede local; Bluetooth; controle de

lousa digital interativa; recursos de áudio-vídeo (caixas acústicas, microfone, câmera, monitores de vídeo, teclado, entre outros). Também disponibiliza videoconferência entre professores especialistas, alunos ou grupos remotos. Foram estabelecidas parcerias com empresas locais para desenvolvimento de aplicação, conteúdo pedagógico e outros dispositivos de uma sala de aula digital integrados ao Cisco Edge. No estande a solução funcionava com softwares da MSTech e Metasys; lousas digitais, projetores e câmeras eram da Smart, Promethean e E-beam (Luidia). Outras alianças devem ser desenvolvidas nestas áreas de gestão escolar e sistemas de gestão de aprendizagem.

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Na Ruckus, Wi-Fi e small cells se complementam O ponto alto da participação da Ruckus Wireless durante a Futurecom 2012 foi o anúncio de que a Oi já emprega e aprova sua solução ZoneFlex Smart Wi-Fi, num serviço Wi-Fi hotspot de alcance nacional. A Oi adotou a solução para complementar sua rede móvel existente, aumentando a capacidade de áreas urbanas de alto tráfego, quando os dados podem ser direcionados para a infraestrutura de Wi-Fi de classe de operadora. “Há um forte potencial de aumentar a penetração e a integração de serviços de telecomunicação no Brasil, e nós encaramos o Wi-Fi como uma tecnologia estratégica nesse sentido”, disse Pedro Ripper, diretor de Inovação e Novos Negócios da Oi. A operadora encara o Wi-Fi como tecnologia complementar à oferta existente de serviços móveis. A Oi implantou o ZoneFlex em locais como lojas do McDonalds, Starbucks, aeroportos, hotéis, centros de negócios e outros locais públicos. A Oi está também usando outro produto Ruckus, Wi-Fi Smart, para oferecer serviços de Wi-Fi gerenciados a negócios de pequeno e médio porte em todo o Brasil. Também durante a Futurecom 2012, a Ruckus Wireless anunciou o SmartCell, primeiro sistema sem fio de células pequenas heterogêneas para operadoras. O objetivo do equipamento é expandir a capacidade das redes sem fio, aumentar cobertura e abrir oportunidades para a criação de novos serviços.

Sua função é eliminar os gargalos de acesso a rádio, ao backhaul e aos recursos de infraestrutura causados pelo grande volume de dados das redes. A estratégia vem ao encontro da expansão do mercado de small cells no País. Dados da In-Stat estimam que, até 2015, as vendas globais de equipamentos de células pequenas atinjam 14 bilhões de dólares, com a venda de metrocélulas externas, registrando um crescimento anual composto de 248% durante os próximos cinco anos. Embora a introdução do LTE na rede macrocelular deva oferecer auxílio parcial, os volumes de tráfego crescem além da capacidade econômica das operadoras de acrescentar capacidade. “A questão não é se as operadoras devem implementar a tecnologia Wi-Fi ou celular em células menores, elas precisam dos dois sistemas. Ao localizar as células pequenas mais próximas do assinante, as operadoras podem reduzir o custo de transportar cada bit e também melhorar a capacidade sem fio. Os usuários devem acessar a rede aproveitando taxas de dados muito maiores, e podem entrar e sair da rede com mais velocidade, usando menos capacidade de rede em termos de espectro e tempo”, diz Selina Lo, presidente e CEO da Ruckus Wireless. SELINA LO, DA RUCKUS WIRELESS: “A questão não é se as operadoras devem implementar a tecnologia Wi-Fi ou celular em células menores, elas precisam dos dois sistemas Foto: Divulgação

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Ericsson aponta crescimento de datacenter como crucial na 4G A Ericsson foi o grande vencedor de 4G, entre os fornecedores de infraestrutura. Entre as operadoras de telefonia móvel com atuação no País, a Oi foi a única que (ainda) não anunciou a fabricante sueca como uma das provedoras primárias das suas redes LTE. Com isso, a expectativa de novos negócios é otimista. “Já observamos em outros países onde instalamos LTE que o aumento do uso de dados é quase instantâneo. Nos EUA, por exemplo, os assinantes de LTE já respondem por 6% do tráfego de dados da MetroPCS”, indica Jesper Rhode, head de P&D e Inovação da Ericsson América Latina. Para suportar este aumento de dados, a primeira providência é reestruturar a arquitetura das redes, de modo a suportar o consumo de dados via dispositivos móveis com telas de alta resolução. “Não adianta aumentar só a capacidade da banda larga e manter as redes atuais”, garante o executivo. Assim, sugere o redesenho de todo o modelo de armazenamento de conteúdo e destaca o trabalho dos vendors de telecom de pensar junto com as operadoras como distribuir esta avalanche de conteúdo.

“Está prevista, inclusive, a sobrecarga dos cabos submarinos que fornecem atualmente conteúdo do resto do mundo para a América Latina. Assim, para deslocar parte deste conteúdo que hoje chega até nós dos EUA e Europa será necessária uma redistribuição do armazenamento, o que significa a aquisição de novos data centers”, avalia Rhode. Segundo ele, a redistribuição do conteúdo em termos geográficos tem que partir do próprio centro de distribuição, ou seja, do data center. A ampliação do storage das operadoras, inclusive, permitirá, sob a ótica da Ericsson, gerenciar melhor seus contratos com provedores over-the-top (OTTs). O executivo aponta que a virtualização é apenas uma parte dos serviços que a operadora pode fornecer às OTTs. “Ela também pode servir como canal de cobrança, importar conteúdo de IPTV e incluir funcionalidades de uma loja de aplicativos no set top box instalado no cliente final. Quando a operadora tem tudo isso, ela cria uma maneira melhor de gerenciar o cliente, segmentando-o para programas de marketing e vendas, por exemplo” sugere Jesper.

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Amdocs: de quem é o cliente? Para que a guerra pelo cliente disputada entre operadoras, provedores de serviços over-the-top (OTT) e fabricantes de dispositivos se transforme, pelo menos em parte, em colaboração é preciso que haja uma mudança de postura da parte das operadoras. É o que revela pesquisa global realizada pela Amdocs e divulgada durante a Futurecom 2012. Entre os três contendores, as operadoras são as menos dispostas a ‘dividir’ o cliente. Um percentual de 60% delas afirma que, em todos os contratos de parceria, o cliente pertence a elas, contra 13% dos fabricantes de dispositivos e 14% dos fornecedores de serviços OTT, como os transmissores de vídeo, por exemplo. De qualquer forma, as operadoras encaram as provedoras de OTT

cada vez mais como parceiras e fonte potencial de inovação. De acordo com a pesquisa, 70% das operadoras veem as OTTs como parceiras em potencial e não como ameaça e 64% como empresas inovadoras. “Isto demonstra que a OTT é uma realidade e passa a integrar a estratégia das operadoras”, pondera Nelson Wang, VP da Amdocs Brasil. O executivo acrescenta que a OTT, por sua característica agnóstica, na nuvem, dispõe através da operadora de um canal seguro de biling e repasse de pagamentos. Já a operadora, ao manter o canal com o cliente, agrega valor ao próprio negócio e ao da OTT. “É preciso recordar que todo um universo de aplicações surge através das OTTs”, acrescenta ele. Os números são, de fato, surpreendentes: em 60 segundos, 25 bilhões de vídeos são postados no Youtube, são enviados 168 milhões de emails, 13 mil aplicativos são baixados e 370 mil minutos são utilizados em chamadas no Skype, o que prova que o OTT

é uma facilidade já aceita e absorvida pelo usuário final. A melhoria da experiência do usuário final é um dos pontos-chave dos próximos serviços a serem entregues pelas operadoras, no País, com o advento do 4G. “Teremos tecnologia LTE e fibra criando demanda por banda larga que, por sua vez, cria mercado para G-PON e fibra na ultra banda larga. É preciso criar novos negócios para as operadoras que ofereçam experiência diferenciada ao usuário final de longo prazo e, não, temporária”, prevê Wang. Para o executivo, o setor já compreende que é vital a criação de novos modelos de negócios, num mercado em que já se fala no provimento de combos 7 play (e-health) e 8 play (casa conectada), em ambiente máquina-a-máquina (M2M). “Não é mais a conectividade que está em jogo, mas a omni convergence, ou seja, a criação de aplicações disponíveis o tempo todo e acessadas por um ser pensante, o usuário, capaz de escolher o que quer”, aposta Wang. Foto: Divulgação

Em 60 segundos...

...25 bilhões DE VÍDEOS SÃO POSTADOS NO YOUTUBE

...168 milhões DE EMAILS SÃO ENVIADOS

...13 mil

APLICATIVOS SÃO BAIXADOS

“O que prova que o OTT é uma facilidade já aceita e absorvida pelo usuário final”, diz Nelson Wang, VP da Amdocs

...370 mil

MINUTOS SÃO USADOS EM CHAMADAS NO SKYPE.

Fonte: Amdocs

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QoS para empresas sem estrutura própria de TI O QoS Monitor, ferramenta voltada a pequenas e médias empresas que não possuem área própria de TI para gestão de equipamentos de rede foi um dos destaques do Grupo Binário, durante a Futurecom 2012. De acordo com Thales Cyrino, diretor de serviços da empresa, a solução permite o monitoramento de elementos como incidentes, mudanças, configuração e SLA.

“Também é possível avaliar a saúde de seu parque tecnológico em tempo real, garantindo a disponibilidade dos recursos de TI”, completa ele. Por meio de um pagamento mensal, o cliente pode personalizar um pacote de soluções nos seis módulos disponíveis, de acordo com as necessidades da empresa. Em um painel de controle, o cliente pode visualizar os gráficos de disponibilidade, o status dos equipamentos, os principais incidentes do período e relatórios gerenciais detalhados. “A solução é dire-

THALES CYRINO, DIRETOR DE SERVIÇOS DA BINÁRIO: "É possível avaliar a saúde de seu parque tecnológico em tempo real, garantindo a disponibilidade dos recursos de TI".

cionada a todo o mercado, a empresas que possuem de um a 100 elementos de rede e não sabem como lidar com esses equipamentos”, explica Cyrino.

Apenas o primeiro módulo – de incidentes – foi lançado durante a Futurecom. Os demais estão previstos para chegar ao mercado em 2013.

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Qualcomm se alia a parceiros no mercado de smartphones

RAFAEL STEINHAUSER, DA QUALCOMM: “Há dez anos, a indústria celular brasileira era uma exportadora importante. Está na hora de retomar esta posição”

TOA promete entrega do serviço em uma hora Em menos de um ano de Brasil, a Toa Technologies, fundada em 2003, nos EUA, tem o que comemorar. Afinal, num prazo de 10 meses, o Brasil passou a responder por sete dos 25 clientes da companhia em todo o mundo. Entre eles, a GVT, cuja parceria foi anunciada durante a Futurecom 2012. A

Ativa parceira das iniciativas de inclusão digital do governo federal, a Qualcomm apresentou vasto leque de soluções que adotam o celular como ferramenta principal para acesso à banda larga. “Há dez anos, a indústria celular brasileira era uma exportadora importante. Está na hora de retomar esta posição”, asseverou Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para a América Latina. A estratégia da fabricante é incentivar operadoras a destacar o celular de 3G e 4G como o dispositivo ideal para acesso em banda larga, por suas características de preço, simplicidade de uso e, sobretudo, capilaridade, já que a banda larga via rede celular atinge três mil municípios ou 90% da população brasileira. Com este objetivo, a Qualcomm anunciou pelo menos seis modelos de smartphones a serem lançados até o final do ano em parceira com Semp Toshiba, Positivo e CCE. Estes fabricantes desenvolveram smartphones com chips Snapdragon de

operadora de telecomunicações adquiriu a solução ETAdirect da TOA, para automação de força de trabalho. O objetivo é interligar os funcionários móveis distribuídos em 136 cidades brasileiras e aumentar a eficiência em campo e no backoffice. Yuval Brisker, cofundador e CEO da TOA, diz que a meta da companhia é incentivar seus clientes a adotarem o cloud computing na prestação de serviços aos seus usuários, em todo lugar. Com a flexibilidade fornecida na nuvem, é possível criar produtos e serviços que tenham o usuário final como meta, de modo a ganhar em competitividade. “Não importa se

dois e quatro núcleos, que rodam sistema operacional Android. Para agilizar o tempo de mercado dos dispositivos, a Qualcomm cede não apenas os chips, mas toda a arquitetura e, no caso da CCE, o design do aparelho. No estande da Qualcomm no Pavilhão de Exposições do Riocentro foi apresentado um dos aparelhos topo de linha com chip Qualcomm – o Windows Phone 8 Samsung Ativ S que ainda não foi lançado em nenhum lugar do mundo. Mas os primeiros smartphones da nova família a chegarem ao mercado brasileiro são os CCE Mobi SM55 e SD90, com dual SIM, para conectividade 3G, Wi-Fi e GPS, câmera de 2 e 5 MP, cartão de memória de 4GB e G-sensor. No caso da Semp Toshiba, os dois primeiros modelos são os smartphones STI CS35G e CS45G, equipados com Snapdragon 51. No primeiro a tela é de 3,5 mm e, no segundo, de 4 mm. Os aparelhos têm dois chips e câmera traseira de 5MP, e sistema operacional Android 2.3. Steinhauser citou a pesquisa de opinião sobre mobilidade feita pela revista Time, em colaboração com a Qualcomm, junto a cinco mil pessoas em sete países (EUA, Brasil, China, Índia, Coreia do Sul e Reino Unido). Entre outras constatações, o estudo revela que 51% dos entrevistados preferem seu celular ao computador ou laptop. No Brasil, 92% dos entrevistados consideram seu celular um aparelho “útil”. Entre as aplicações mais usadas entre os brasileiros estão informações sobre transporte público (68%); assistir TV (67%); e chegar a uma festa (61%). Quanto à vida profissional, 57% dos brasileiros consideraram que o celular trouxe maior rapidez às suas decisões.

o serviço é de telefonia, eletricidade, banda larga, eletrônica de consumo ou livros. Nossas soluções automatizam tudo o que precisa ser entregue em casa, no escritório, em qualquer lugar. Garantimos a entrega, em 98% dos casos, num prazo inferior a uma hora”, enfatiza o executivo. Para que este objetivo seja atingido é crucial a escolha das parcerias. No momento, a TOA se encontra em franco processo de expansão no País por dois motivos principais. Em primeiro, vem o aumento do poder de compra do brasileiro atrelado a uma evolução de suas exigências por qualidade do serviço/produto e no atendimento. Em

seguida, surge a demanda das próprias companhias em busca de soluções na nuvem que acelerem seus negócios, o que inclui o universo das pequenas e médias empresas e o suprimento do mercado que se abre com a iminência dos Jogos Mundiais, a serem realizados no País em 2014 e 2016. O ETADirect utiliza tecnologia de reconhecimento de padrões baseado em tempo e análise preditiva para oferecer gestão de campo. As soluções são baseadas em nuvem e integráveis às soluções existentes de CRM e ERP. A TOA possui escritórios na Europa, América Latina e Austrália, além da sede, situada em Ohio (EUA).

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Google Apps com requintes de UCC A solução OpenScape Fusion for Google, que integra recursos de UCC (Unified Communications and Colaboration) ao Google Apps Suite foi um dos destaques da Siemens Enterprise Communications. Aplicativos do Google para empresas, como email, calendário e documentos, ganham funcionalidades de comunicações corporativas unificadas. No Brasil, esta nova oferta da Siemens tem disponibilidade imediata, independentemente da infraestrutura de comunicação existente e em uso pelo cliente Google Apps. Com o OpenScape Fusion, recursos como número único, voz, presença, mobilidade e conferência são

JOSÉ FURST, DA SIEMENS ENTERPRISE COMMUNICATIONS: Negociação com parceiros para oferta da solução Openscape no modelo de nuvem privada ou pública

incorporados diretamente à interface do usuário do Google Apps. O conjunto de funcionalidades do Openscape UC, combinado com aplicativos Google tais como Google Mail, Google Calendar e Google Drive, enriquece a experiência do usuário e aumenta sua produtividade. José Furst, vice-presidente de marketing e canais para a América Latina da Siemens Enterprise Communications

informou que a companhia está em negociação com parceiros para possibilitar a oferta da solução Openscape no modelo de nuvem privada ou pública. Desse modo, empresas podem optar por sua implantação internamente ou adotar o modelo em nuvem, como ocorre com todas as demais aplicações do Google, abrindo opções flexíveis para empresas de variados tamanhos e segmentos.

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eu acredito... Por Felipe Dreher | fdreher@itmidia.com.br

Trabalhar em uma companhia chamada “software”... é bem melhor do que trabalhar em uma companhia que se chama hardware. Quando não desempenha suas funções como CEO... descanso. Pratico esporte, passo um tempo com minha família e amigos. É o que se precisa fazer, caso contrário, não conseguirá cumprir suas tarefas com CEO. Marcas culturais conferem um ar austero ao CEO da Software AG. Com um ritmo calmo em sua fala, frases diretas e pouca cerimônia, o alemão Karl-Heinz Streibich não se priva de responder todas perguntas que lhe são feitas. Enquanto o executivo conversava com a CRN Brasil sobre sua visão de negócios, outros profissionais da companhia explicavam a estratégia de abraçar o ecossistema de canais para cerca de 30 revendas da empresa. A provedora ingressa em um modelo indireto para atingir um mercado considerado de grande potencial e ainda não explorado.

Você se considera um sujeito calmo...quando vejo pessoas engajadas e apaixonadas que dão o máximo de si. O atual contexto econômico global está... em diferentes estágios de dificuldade. A Europa, exceto a Alemanha, vive uma crise. Enquanto alguns países estão em crise, outros vivenciam taxas muito altas de expansão de suas economias. Isso gera diferentes oportunidades para empresas como a nossa. Suas prioridades como líder são...ter foco; possuir a capacidade de gerenciar a participação das pessoas para fortalecer a forma como desempenham suas funções; e estar alinhado com as previsões do grupo de gestão para que eles saibam para onde vamos e como. Tecnologia na mão dos usuários é...chave. Há milhares de anos, a humanidade evoluiu a partir do uso de recursos tecnológicos. A tecnologia é a extensão física das capacidades dos seres humanos. Aplicada nas empresas, consegue estender as capacidades de processos, medindo eventos de uma maneira como nunca foi possível anteriormente. Essa habilidade sistêmica de aplicar métricas é algo nunca visto antes. E isso muda... praticamente tudo. A forma de fazer negócios, os padrões de consumo, a interação entre as pessoas, o jeito como educaremos nossas crianças. Tudo isso a uma velocidade jamais vista. As mudanças recentes nos times de executivos da Software AG significam...crescimento mais rápido em receita para todo o ecossistema. Todas as mudanças miraram esse objetivo.

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Para vocês, o Brasil representa...no momento, a quarta maior receita que temos. Trata-se de um mercado-chave. E o País é importante na estratégia da Software AG devido à... situação de seu mercado. Se não estivermos prevendo errado, o contexto permanecerá bastante positivo por aqui, com taxas de crescimento interessantes. Depois de superar a meta de tornarse uma empresa de 1 bilhão de euros, o objetivo agora é...crescer muito mais rápido que o mercado cresce, mas sem estabelecer esses números de 2 bilhões ou 3 bilhões... isso é chatice. Se você tivesse uma revenda, para fechar uma parceria com a Software AG, pediria...produtos, suporte, um mercado claro para entrar e lucratividade. A TI mais impressionante no momento é...a tecnologia disruptiva de gestão de dados, por permitir que os clientes façam, em tempo real, coisas que não tinham a capacidade de fazer anteriormente.

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Em dez anos você estará... Não sei. Provavelmente não serei mais CEO da Software AG nesse meio tempo. Tenho 60 anos agora. Mas não dá para dizer que estarei aposentado porque não sinto que estou cansado. Possivelmente estarei fazendo alguma outra coisa. 35

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A Philips do Brasil tem muito orgulho em fazer parte da história de sucesso da IT Mídia. A IT Mídia se destaca por promover, de forma ativa, a saúde no país, contribuindo para criar oportunidades e novos caminhos. Vitor Rocha CEO Philips Healthcare Latam

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Nestes 15 anos de existência a IT Mídia tornou-se uma referência na valorização do profissional e do próprio setor de Tecnologia da Informação, identificando, questionando e influenciando tendências. Atinge de forma competente um público fundamental nas definições que suportam as estratégias corporativas de TI, compartilhando opiniões, experiências e cases de destaque nos diversos segmentos de mercado. É protagonista de eventos diferenciados, que além de conectarem a comunidade de TI, proporcionam um ambiente descontraído para networking e negócios. Fabio Faria Diretor de Tecnologia da Informação Votorantim Industrial

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Conexão CRN Brasil

O novo chefe de Por Adriele Marchesini | amarchesini@itmidia.com.br

Com um passado de 21 anos na HP, Bruce Klein assume o lugar antes ocupado por Keith Goodwin, que anunciou aposentadoria em meados de 2012, e promete unificação, proximidade com parceiros e mais rentabilidade, com foco em pequenas e médias empresas

canais da Cisco T rinta anos na indústria de tecnologia da informação. Vinte e um dedicados à HP. Oito à Cisco. Mas foi nas últimas semanas, em sua recém-iniciada jornada de “ouvir e aprender” que Bruce Klein, mais novo líder global de canais da Cisco, entendeu o que o mercado de vendas indiretas precisa: estar mais próximo do fabricante para compreender como atender ao crescente cliente de médio porte e a pescar as oportunidades em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. As próximas semanas serão corridas para o recém-nomeado líder da Worldwide Partner Organization (WWPO). A posse oficial se deu em 1º de agosto, mas Klein já havia sido anunciado como o sucessor de Keith Goodwin – que se aposenta após servir à companhia por 13 anos – há 60 dias.

Em pico de atividade na sua turnê de ouvidoria, o Rio de Janeiro esteve no roteiro de Klein na segunda semana de setembro, quando concedeu entrevista exclusiva à CRN Brasil via tecnologia de telepresença (a redação da revista fica em São Paulo). Os próximos destinos de Klein eram Califórnia, Arizona, Vietnã e Portugal. Tudo isso para colher informações com centenas de parceiros globais e voltar com uma lição de casa desafiadora: não somente manter os 80% da receita vindos de forma indireta, como também garantir que seu ecossistema de parceiros aumente a rentabilidade com ofertas mais inteligentes. Além disso, é preciso corresponder às expectativas da rede, acostumada com o estilo “mente aberta” e “bom ouvinte” de Goodwin. E é neste ponto que voltamos ao início do texto, quando foi citado que estar próximo

dos canais é parte essencial do sucesso nessa nova empreitada pela qual passa o setor de TI, mais focado em serviço e menos no produto em si. A resposta inicial para melhores ofertas combinadas com mais proximidade entre Cisco e parceiros é o chamado Partner Plus, apresentado no início deste ano durante o Cisco Partner Summit e que é uma evolução do Partner-Led, que já tem um ano. “Nós sabemos qual é a área em branco. Em vez de o parceiro ir para o mercado às cegas, diremos a ele quais são os clientes em potencial”, contou Klein, frisando que este modelo abrange clientes do chamado middle market, que, para a Cisco, compreende empresas com até mil funcionários. Até então, nada diferente do que já havia sido anunciado no evento, realizado em San Diego (Califórnia, EUA). Mas o executivo

garante que em um piloto realizado nos Estados Unidos, os componentes desse programa – que vão desde sistema integrado de PNL com inserção de dados pela fabricante a acesso ao Partner Helpline, para auxílio técnico – fizeram com que os participantes do teste tivessem “aumento de crescimento na margem de receita muito maior do que os demais”. Quando questionado sobre qual havia sido esse número, o executivo preferiu não abrir detalhes. “Não quero ir para números, porque eles podem ser interpretados de maneiras diferentes, mas garanto que eram muito maiores. Fizemos um piloto que funcionou e vamos levar isso para uma escala global neste ano. Vai começar neste trimestre no Brasil, mas não sei especificar por quais parceiros, isso é algo que ainda está em estudo.”

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O passado na HP Antes de entrar na Cisco, em 2004, Klein havia trabalhado por 21 anos na HP, exercendo funções ligadas a parceiros e ao setor público. “Quando eu deixei a HP, ela era parceira da Cisco. Não senti que ía para um concorrente e, caso sentisse, não faria isso. Quando eu estava na HP, a cultura da companhia realmente mudou. Ela era muito centrada em parceiros. De repente, passamos a atuar de forma direta em alguns casos e isso gerou muita confusão. Quando a Cisco me chamou, eu decidi ir conversar por causa dessa mudança. Depois das entrevistas, notei que era uma grande oportunidade. Eu fui para a HP por causa da cultura, e enxergava na Cisco uma cultura que me estimulava, com John Chambers [CEO da Cisco] havia muito trabalho, mas esse trabalho era no foco certo: o consumidor e os parceiros. A transição não foi fácil. Foram 21 anos em uma companhia. Tive que criar minha própria marca, porque ninguém lhe conhece lá dentro. Mas foi a melhor mudança que já fiz em minha vida. Esta é uma grande empresa, com uma ótima cultura e eu estou adorando cada dia lá. E isso já faz oito anos”.

Serviços

Com a intenção de aumentar a rentabilidade dos parceiros em serviços, a Cisco promete criar programas específicos para essa área. Klein não deu detalhes sobre novidades, mas relembrou a unificação feita recentemente dos 47 programas diferentes para essa área, dentro do Cisco Partnerts Services Program, e a chegada do conceito de Smart Services – nos quais os parceiros detectam problemas futuros em redes e já apresentam ao cliente a solução antes de o erro acontecer – ao Brasil e ao resto do mundo em 2013.

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Conexão CRN Brasil Canais

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O estilo Klein Pai de três filhos – um já casado, uma garota recém-formada como professora e um rapaz que cursa faculdade –, Klein precisa se dividir a cidade onde mora com a esposa (Washington DC) e a Califórnia, onde está seu escritório. Apesar dos vaivéns, a proposta inicial, de unificação, é tida como primordial no dia a dia tanto de sua família, quanto de sua equipe interna. Neste último ponto, o esforço é diário. “Primeiramente, temos de promover o plano de três anos, então, nos comunicamos muito, temos muitas reuniões”, introduziu. Nada disso seria novidade em uma corporação, se não fosse pelo objetivo central que Klein garante introduzir em seu time: mais uma vez, falamos de unificação. “Eu gosto muito de lidar com gente. Me certifico de que todos saibam como dependemos uns dos outros na organização. Criamos um objetivo comum e quais as atividades individuais que precisamos seguir para atingi-los. Eu faço com que o time trabalhe unido como se fosse um, que cada um saiba as atividades do outro para entender a dependência da equipe como um todo. Eu gosto muito de trabalhar com pessoas, motivar, inspirar, unir o grupo, garantir que as pessoas se apaixonem pelos seus objetivos”, contou. Ainda no trato com pessoas está a conexão com os parceiros. Quando anunciou sua aposentadoria, Goodwin e Cisco foram alvos

de diversos comentários do mercado, todos positivos, porém preocupados. Em reportagem publicada na CRN EUA, vários canais comentaram a insegurança que a mudança traria, exatamente pelo fato de o executivo sempre estar próximo da rede de revendas, ouvindo e colocando em ação os projetos. Entre as palavras utilizadas para descrevê-lo, estavam “mente aberta”, “bom ouvinte”, “empatia”e “estabilidade”. Klein garante que não há motivo para insegurança, pois ele tem muito em comum com seu antecessor. “Somos muito parecidos em muitos aspectos. As pessoas dizem que eu sou um bom ouvinte, e sempre busco olhar as coisas de uma perspectiva maior, não somente para pedaços da história. Sou autêntico e transparente: meu jeito de agir é como eu ajo dentro e fora dos negócios. Eu confio nos outros e gosto que eles confiem em mim. Não sou uma pessoa que olha para títulos e hierarquias. Eu gosto de ouvir o que os outros têm a dizer sobre o que precisa ser feito e o porquê. Sou aberto, transparente, bom ouvinte eestou disponível para compartilhar o que podemos fazer juntos. Para mim, parceria está baseada em confiança. E digo isso para as pessoas que trabalham comigo e para os meus parceiros: podem acreditar que falarei em nome deles”, categorizou. A herança de Goodwin, portanto, não será desperdiçada.

A companhia quer garantir que façamos investiO ano fiscal da companhia foi encerrado em mentos nesses locais – e nós fizemos recentemenmeados deste ano. Portanto, para a Cisco, 2013 te no Brasil [o inesquecível 1 bilhão de dólares, já começou. Com um novo executivo e um ano anunciado no início deste ano] – para captar o inteiro pela frente, são prometidas mudanças nas mercado”, definiu. Claro que no Brasil, o rol de estratégias de canais da companhia, sempre com oportunidades contempla os tão falados Copa a promessa de maior integração. O primeiro do Mundo, Olimpíadas, Pré-Sal e Petrobras, trabalho é elaborar um plano de negócios para além dos setores de telecom e provedores de seros próximos três anos. Com base nisso, vão se viços. Além destes, o executivo verificou ainda, desenrolar outros quatro movimentos-chave. O na primeira reunião com um parceiro brasileiro, oportunidades na primeiro deles se refere a área de bancos e novos liderança. “Atualmente Guia-mestra do modelos de negócio somos considerados pela trabalho de Klein promovidos por cloud CRN [norte-americaLiderança em computing, que traz na] um dos dez melhoprograma de uma demanda diferenres programas de canais canais: “Queremos ser te para a companhia da indústria. Queremos considerados o melhor” na aproximação com o ser considerados como Aumento de receita parceiro, a fim de ofero melhor”, garantiu. O do canal: “Uso da tar pacotes tanto para segundo ponto – que inteligência de mercado da hardware quanto para está intimamente ligado Cisco a favor do parceiro” software. “Vejo uma ao primeiro – é promooportunidade tremenver aumento na receita, Consistência global: “Visando alta da de evoluir o prograo que é possível unindo integridade em canais” ma. Não digo mudáparceiros à inteligência -lo completamente, de mercado da fabricanInovação: “Em busca porque temos valoreste. “A terceira é a que eu de oferta competitiva para -chave que são imporsinto como mais imporfincar pé no cliente” tantes, mas evoluir, à tante para os parceiros: medida que o mercado estamos criando um programa de consistência global visando alta in- muda. Como exemplo está sair da venda sotegridade”, pontuou, indicando, mais uma vez, mente de produtos e focar em soluções. Nossos a forte tendência de unificação. Por último, é parceiros estão fazendo isso, olhando para novos manter estratégias de inovação para apresentar modelos de nuvem. Estou muito ansioso para coofertas competitivas a seu ecossistema de canais, locar em prática”, argumentou. Como sempre, a que consiga, por consequência, fincar os pés e mensagem, portanto, não é a de agregar parceiros, mas de melhorar os resultados daqueles que fechar negócio no cliente. “Uma das principais estratégias da Cisco já estão inseridos no contexto Cisco. “Não vou é aumentar nossa participação em países emer- buscar concorrente para meus parceiros. Quero gentes, e o Brasil está entre os mercados centrais. que eles tenham margens melhores.”

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Distribuição

A companhia quer se focar na área de distribuição, que roda cerca de 13 bilhões de dólares. “Queremos aproveitar a forma como eles podem nos ajudar com o middle market. Ainda não temos detalhes em distribuição. Mas muitos estão olhando em ser um agregador de cloud computing, construindo a cloud e ofertando aos parceiros que atendem. Nossa ideia é garantir que a tecnologia utilizada para isso seja da Cisco”, indicou. Outro ponto de interesse para a empresa são os conhecimentos dos distribuidores em suppply chain, que podem ser aproveitados para a forma como são feitos os negócios entre a fabricante e seu ecossistema.

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10 dicas Por Jennifer Bosavage, CRN EUA | Tradução: Erika Joaquim

para iniciar uma empresa de

TI de sucesso Iniciar um negócio é assustador. Principalmente se você está contando com os lucros para pagar as contas. Começar uma empresa pode ser uma experiência desgastante, mas também gratificante, tanto financeira, quanto emocionalmente. A seguir estão as 10 dicas dos empresários da lista dos Next-Gen 250 de como obter mais recompensas e controlar a ansiedade.

01 Tenha uma base de clientes para começar. Geralmente, isto significa trabalhar por fora para desenvolver o negócio, ao mesmo tempo em que você tem um trabalho em tempo integral. “Sempre organize sua base de clientes ou você problemas antes do que deveria”, disse Matt Lombardi, fundador da Atlantic Metro Communications, de Parsippany, New Jersey.

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2. Não é todo mundo que sabe ganhar dinheiro. A escolha de um sócio para investir no negócio deve ser tão estratégica quanto qualquer outra escolha. Este conselho não é fácil de seguir, pois quando uma empresa está apenas começando, principalmente na fase de sua concepção, é difícil recusar dinheiro. Entretanto, muitos empreendedores acabam se arrependendo dos primeiros parceiros à medida em que vão crescendo. “Eles devem analisar seus sócios tanto quanto eles próprios estão sendo analisados – quais são suas conexões; quantas portas podem abrir; como podem ajudar a encontrar pessoas etc”, disse Aric Brandy, CEO da Agosto, de Minneapolis, Minnesota. “Alinhe suas expectativas de como seus sócios devem ajudar no crescimento de seus negócios e fazer com que eles se fidelizem a você.”

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Procure maneiras de ter mais trabalho com menos recurso. Isto não significa ser preguiçoso; é o oposto. Por exemplo, Henry Park iniciou a 3GC Group, em Los Angeles, em 2004, mas foi só no final de 2006 que contratou um vendedor dedicado em tempo integral.

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Tenha cuidado na hora de contratar. Astros do rock raramente resolvem alguma coisa. Quando os negócios atingirem um certo tamanho, precisam de pessoas talentosas para alcançarem um outro nível. “Muitas vezes, vejo as empresas perceberem uma fraqueza na equipe – de vendas, marketing, operações, etc – e resolvem o problema contratando alguém com o currículo de rock star”, disse o empresário. “Parece ser uma solução simples e milagrosa para resolver uma área que o dono da empresa não se sente confortável em gerenciar. Cometi este erro e raramente isso resolve alguma coisa.” Ao invés disto, construa uma equipe. Os colaboradores devem completar uns aos outros. E Bandy complementa: não devem ter medo de alguém talentoso e que não seja famoso ainda. Esse é um grande erro que empresas já estabelecidas cometem frequentemente. Considere primeiro competência, capacidade e habilidade para se encaixarem na sua equipe e depois disto analise o currículo.

Lidere. Ninguém gosta de trabalhar ou fazer negócios com alguém que parece perdido. Entretanto, nem todos os empresários nasceram líderes. Para aqueles que buscam direcionamento, Park recomenda ler o livro de Dave Logan “O executivo e sua tribo” (Tribal Leadership, em inglês). “Adoro esse livro, porque quando comecei, precisava de pessoas com a mesma visão que eu tinha e com a capacidade de ampliar essa visão. Agora, vejo isso como algo muito valioso. Você deve se perguntar: ‘Eles têm os mesmos valores que eu?’ Há muitas pessoas capazes lá fora. Mas, acima de tudo, é igualmente importante ter os mesmos valores, por exemplo, em termos de trabalhar de forma ética, ter tempo com a família e honestidade.”

Foque primeiramente em sistemas. A tecnologia é a base dos negócios de uma revenda. Uma empresa de sucesso deve se certificar de que tem uma infraestrutura de tecnologia forte e estável desde o início. Não ter que se preocupar se as coisas vão funcionar ou não economiza dor de cabeça e dinheiro posteriormente, e isto é uma grande vantagem. Frequentemente, os iniciantes terão um grande parceiro, que é fundamental para levar o sucesso da empresa. Se a infraestrutura de TI não for suficiente para as necessidades de um grande cliente, isto pode levar ao fim da revenda. Park encontrou um grande parceiro, a Covad, que funcionava como um braço efetivo de vendas da 3GC, colocando os serviços da revenda como parte do pacote de hardware. Os VARs devem encontrar parceiros que venderão suas soluções e depois se certificarem de que aquilo pode ser implementada de forma confiável e econômica.

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Certifique-se de que as necessidades do cliente são atendidas. Não importa o que está desenvolvendo ou vendendo, você é um provedor de soluções. Isto significa que seu negócio é prioritariamente desenvolver relacionamentos pessoais. “Nossos clientes são tudo”, disse Park. “Sempre estamos em contato com eles para ver o que precisam, informamos a eles das novidades e mudanças. Quando os clientes procuram uma nova tecnologia, queremos ser os primeiros caras que eles procuram.” Quando eles se sentem importantes para as revendas, tendem a buscar aquele VAR para projetos futuros.

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Aproveite a nuvem. Cloud coloca startups no jogo. “Você consegue ter escalabilidade, flexibilidade agilidade e foco no que realmente importa para o seu negócio: o negócio em si”, disse Vincent W. Mayfield, CEO da Bit-Wizards, de Fort Walton Beach, Flórida. “Ninguém começa uma empresa com um monte de ativos de TI. Daqui a pouco, data centers privados serão um luxo que nem as empresas da Fortune 2000 poderão pagar. A nuvem é um equalizador para pequenos e médios negócios. Dá a toda pequena empresa a capacidade de ter uma infraestrutura global que de outra forma nunca seria possível de adquirir.

Entenda a linha tênue entre o corte e o sangramento. Empreendedores como Park investem em novas tecnologias. Eles forjam relações na área de capital de risco, encontram as bordas das novidades e pesquisam essas questões sob um prisma de gestão e finanças. Esse tipo de investigação profunda é fundamental para encontrar pontos onde sua empresa poderá oferecer diferenciais. O executivo explica que é melhor resolver as questões na área “de corte”, estancando o sangramento, do apenas “secando o sangue que jorra das feridas” por meio de abordagem ou posicionamento mal realizado.

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Entenda de finanças. Tenha um bom conhecimento financeiro ou traga alguém que tenha. É recomendável que esta pessoa, ao mesmo tempo em que esteja se adequando à sua equipe, também analise o negócio de forma diferente que você. Uma perspectiva diferente ajuda a identificar alguns pontos que podem se transformar em grandes obstáculos no meio do caminho. “Se o cara que você trouxer for exatamente igual a você, então você enfrentará os mesmos problemas e não vai conseguir identificar outros”, disse Park. “Não tenha medo de ver as coisas de forma diferente.” “É importante conhecer suas forças – e não se esquecer de suas fraquezas. Como Mayfield alertou: ‘Identifique o que você não conhece; admita que você não sabe e busque ajuda’.”

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reportagem |

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fábrica de tecnologia

Gustavo Mac Fadden, diretor comercial da i9 User Experience

Reportagem Patricia Joaquim | pjoaquim@itmidia.com.br

Cesar Gon, CEO da Ci&T

Condução do Debate Felipe Dreher | fdreher@itmidia.com.br

Berço da criatividade

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Fotos: Ricardo Benichio

Rogério Oliveira, presidente do conselho consultivo da Resource

Monica Herrero, CEO Brasil da Stefanini

-A tecnologia vive um período de ebulição. Enquanto isso, o Brasil busca seu espaço no cenário global. Em meio a transformações, o IT Mídia Debate traz líderes de peso para discutir os processos produtivos empregados nas fábricas de software

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reportagem |

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or um lado, vivemos o renascimento da tecnologia. Ela não está apenas embrenhada nas mais profundas esferas corporativas, como chegou à mão das pessoas em dispositivos cada vez mais poderosos. Vivemos um admirável mundo novo. Contudo, esse mundo não é perfeito. Quando adentramos nas camadas de produção de sistemas, vislumbramos o outro lado da moeda que, em muitas situações, traz estampada a imagem de um período pré-industrial. Tanto que ainda hoje, muitas vezes, a criação de uma solução tecnológica se dá em moldes de “linha de produção”, trazido pelo modelo proposto por Henry Ford.

O tema é desafiador para as empresas de TI: afinal, como alinhar as fábricas de tecnologia com o momento em que a tecnologia se torna cada vez mais ativa nas relações pessoais e empresariais? Como reduzir o abismo entre as requisições, os problemas a serem solucionados, a demanda do cliente e o que é efetivamente entregue? O que inovação (não) tem a ver com hierarquia? O que os novos compradores que emergem dentro das empresas afetam nessa relação e de que forma a computação na mão do usuário impacta o desenvolvimento de novas ferramentas? Não queremos apenas incitar dúvidas, mas resolver alguns pontos dessa equação. Para tanto, o IT Mídia Debates de outubro trouxe nada menos que Cesar Gon, CEO da Ci&T; Monica Herrero, CEO Brasil da Stefanini; Rogério Oliveira, ex-presidente para a América Latina da IBM e membro do conselho da Resource; e Gustavo Mac Fadden, diretor-comercial da i9 User Experience, para encontrar algumas respostas.

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Fotos: Ricardo Benichio

o modelo fordiano de fazer a coisa. Focamos no dilema de como formar a mão de obra que falta e não olhamos a capacidade do que já temos. Formar mais 2 milhões de pessoas é uma solução do passado. Uma revisão quase transacional de ambiente de legados. Não é isso que vai atender às expectativas da sociedade e tirar o potencial das tecnologias que estão surgindo. Chegou a hora de revisar o papel do profissional de TI.

Este é mais um registro importante para a história da TI, onde a análise do direcionamento estratégico e até governamental de países como Índia e China determinaram os atuais – e já ultrapassados – modelos de produção de tecnologia. Acompanhe os principais pontos da discussão realizada em uma manhã de outubro e que pode virar uma fagulha para um debate mais profundo e continuado. Cesar Gon, CEO da Ci&T – A tecnologia vive o pico da experiência do usuário. A exemplo disso temos Apple, Goo-

gle e Amazon. A sociedade percebeu que seu uso pode gerar impactos políticos e sociais. Quando eu olho de dentro da indústria de TI para fora, esta é a ponta do iceberg. Quando eu olho de dentro para dentro, a grande indústria de TI corporativa virou uma senzala intelectual. Temos pessoas com extrema capacidade de resolver problemas mas, me parece, enjauladas nas famigeradas fábricas de software. Cunhadas pela grande demanda da década de 90, capturamos a forma indiana de offshore. Vivemos hoje a idade das trevas da computação, com

Rogério Oliveira, presidente do conselho consultivo da Resource e ex-presidente para a América Latina da IBM – O mundo é altamente instrumentalizado, temos 100 mil transistores por pessoa no planeta. São 8 bilhões de pessoas. A tecnologia está em mais coisas que possamos imaginar! Um automóvel tem mais de 100 mil linhas de código de software. A capacidade de conectividade e as novas tecnologias trazem a tecnologia para a vida das pessoas sem que elas percebam. Companhias não existem sem tecnologia, dependem dos seus processos automatizados de forma profunda. Esse lado é o que dispara a senzala que o Cesar Gon levantou. Os legados que ele citou têm bilhões de dólares em investimentos. A manutenção disso é que faz automação das pessoas nos processos de TI. E o modelo financeiro levou à terceirização maciça. Acredito que vai haver uma troca dos legados ao longo do tempo, vão entrar soluções empacotadas e uma maneira mais leve de fazer sistemas e isso vai abrir a porta para empresas de nichos que têm controle sobre um domínio. O Brasil é reconhecido pela tecnologia bancária. Aqui todos sabem manter um sistema bancário, mas o conhecimento da arquitetura como um todo ninguém tem. Hoje você terá dificuldade

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em encontrar uma empresa que possua um frame de uma área complexa do banco. Por isso é que elas têm dificuldades de manter esta meia verdade. Estamos melhorando, mas ainda longe do nível que gostaríamos de estar. Monica Herrero, CEO da Stefanini no Brasil – O mercado tem de parar de olhar a forma de fazer sistema vertical. Empresas têm legados. E para o cliente mudar, você tem que mostrar onde pode agregar. Por isto, todos falam sobre alinhar a TI ao negócio. Tem de mostrar ganho. O Brasil tem algumas pontas de inovação interessantes. Por outro lado, tem que estimular os desafios para a equipe – e sair da senzala. Não desafiamos as pontas. Precisamos ver outros segmentos onde a tecnologia é diferencial. Se a gente

“O Brasil tem algumas pontas de inovação interessantes. Por outro lado, tem que estimular os desafios para a equipe – e sair da senzala” Monica Herrero, CEO da Stefanini no Brasil

não conseguir estar alinhado e levar valor, continuaremos sendo a senzala. Gustavo Mac Fadden, diretor-comercial da i9 User Experience – Na ponta de tudo você tem o usuário do sistema que não sabe o que tem atrás daquilo. O que se ouvia muito na implementação de uma tecnologia é que o problema era de quem a usava. Mas é necessário olhar essa ponta e aperfeiçoar o trabalho para ele. Cesar Gon, CEO da Ci&T – Qual o ambiente ideal para fazer uso da tecnologia? O de negócios, que é altamente ágil? Na ponta de tecnologia há uma dinâmica extremamente rápida do que se pode fazer. Há uma relação financeira. Esta-

mos próximos de comprar, a mil dólares, a capacidade de processamento do cérebro humano. Mas não tem software capaz de explorar toda essa capacidade. Estamos longe do ambiente criativo que possibilite isso. Todo mundo sabe como vai ser o hardware no futuro, com números bastante precisos, mas ninguém tem a mínima ideia de como vai ser o software dadas as possibilidades criativas. Enquanto isso, temos dois ambientes se movimentando: o tecnológico e o de negócios. E aí criamos, neste cenário, ciclos de aprendizado extremamente longos, em que o usuário tem, em média, 7 níveis hierárquicos para chegar até quem resolve o problema dele. A senzala intelectual está longe do usuário. Por isso vemos ciclos enormes para desenvolver um projeto que vai gerar muito pouco aprendizado dadas as dinâmicas desses contextos.

“Temos de criar times de alta performance e um ciclo de aprendizado em uma velocidade diferente da que temos hoje. Tem de haver um propósito compartilhado onde todos querem a mesma coisa. O bem estar e o futuro da humanidade depende da tecnologia para resolver os enormes problemas de sustentabilidade”. Cesar Gon, CEO da Ci&T

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Na base de quebrar o processo está o repensar a indústria: será que faz sentido um departamento de TI? Faz sentido uma fábrica de software? Que valor real estas estruturas estão gerando? Não pergunto isto pelo CIO e nem pelo fornecedor, mas sim pela sociedade como um todo. O movimento tem de ser mais rápido e objetivo. Precisamos discutir como vamos criar um ciclo menor, se não, ele não vai criar competência e domínio. Não estou falando que vamos deixar de cuidar dos legados, estou dizendo que é preciso cortar a grama. Não se faz só paisagismo. Porque o que ocorre hoje não é um ambiente de inovação. Quando

a ordem é top down, se alguém tem uma visão não pode usá-la. Temos de criar times de alta performance e um ciclo de aprendizado em uma velocidade diferente da que temos hoje. Tem de haver um propósito compartilhado onde todos querem a mesma coisa. O bem estar e o futuro da humanidade depende da tecnologia para resolver os enormes problemas de sustentabilidade. E isto passa por questionarmos o valor das coisas hoje. Rogério Oliveira, presidente do conselho consultivo da Resource - O primeiro dogma que existe é que não existe solução tecnológica para problema gerencial. E o que acontece

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hoje é porque há um problema estrutural. Afinal, como os donos do processo permitem que mais pessoas tenham acesso? As tecnologias disruptivas são um tsunami. As ondas planas são longas e chatas. Quando é um tsunami há uma demanda louca do mercado. Cesar Gon, CEO da Ci&T – Há uma complexidade intrínseca de reproduzir a capacidade criativa humana. Não vai ser em algumas décadas que vamos produzir um computador que pinta igual ao Picasso. É ingênuo pensar assim. Quase tudo é problema gerencial. Não é uma crítica ao indivíduo, mas ao modelo. A Índia foi a pioneira e isso se reproduziu e se padronizou. Só que já está ultrapassado. Tem de se olhar o potencial da tecnologia hoje. Felipe Dreher, mediador – Onde está sentado o CIO hoje nas empresas? Cesar Gon, CEO da Ci&T – Na maioria, este cara é o porteiro. Ele só fala não para as inovações que não pode ver. O novo só não vai acontecer na área de TI das empresas. Ele sempre fala: “vamos segurar, vamos esperar”. A questão social também vai impulsionar esta mudança. A nova geração está antenada nisso! Teremos impactos gigantescos sobre o que é entender o consumidor.

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Gustavo Mac Fadden, diretor comercial da i9 User Experience – Para ter foco na inovação é preciso liberdade para a equipe e autonomia.

“A gente sonha que o Brasil vai fazer inovação nos laboratórios controlados pelas empresas. Quem inventou o PC foi a inovação e não o empreendedorismo.” Rogério Oliveira, membro do conselho da Resource

Rogério Oliveira, membro do conselho da Resource – O conceito de inovação é diferente de invenção. A história está cheia de pessoas com projetos individuais que levaram à invenção. A inovação, por definição, é um processo coletivo. Há inovação no produto, no processo e no modelo de negócio. E tudo cai no modelo tecnológico. De novo: o problema é gerencial. O empresário brasileiro é autocrático. Quem toma decisão é a cúpula. Então é difícil ver inovação. A gente sonha que o Brasil vai fazer inovação nos laboratórios controlados pelas empresas. Quem inventou o PC foi a inovação e não o empreendedorismo. A atitude dos gestores é que define o nome do jogo. É uma ditadura no processo, o modelo não permite que se faça de maneira estruturada e produtiva. Eu acho legal quando um funcionário vira seu sócio, mas isso é raro. Monica Herrero, CEO Brasil da Stefanini - Na vida há evoluções e melhorias. Tem um histórico para ser sustentado. O desafio é propor o novo. O CIO, na verdade, sai da área de

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tecnologia e fica diretamente na de negócio. Eles entendem o negócio da empresa. Aplicando TI, ganham espaço. Nosso grande desafio é entender a necessidade da ponta. E é um papel que não é só do CIO e sim de todos nós. Muito da inovação vem da produção. Temos de envolver todo mundo na mesma iniciativa, para não acabar tendo pessoas que não veem importância no processo. Além disso, somos corresponsáveis pela nova geração. Temos de saber o que eles gostam e como atraí-los. Estela Bernardes, da IBM – Mas como reter ou atrair profissionais? Cesar Gon, CEO da Ci&T – Eu não consigo ver a TI separada da produção. Vamos levar para a ponta o poder. Acredito em times de alta performance. A atratividade tem a ver com a TI ser menos hermética. Monica Herrero, CEO Brasil da Stefanini – Na Stefanini, para o desafio de reter talentos, o primeiro ponto é comunicação. Todos têm de saber o que está acontecendo dentro da empresa. Rogério Oliveira, membro do conselho da Resource – Tem um estudo que mostra um fenômeno de pessoas que tem ideias novas, empreendem, constroem suas empresas e passam a ser vítimas do processo de destruir o espírito inovador. E começam a ter que resolver problemas estruturais. Os mecanismos para que isto perdure são imensos.

“Para ter foco na inovação é preciso liberdade para a equipe e autonomia.” Gustavo Mac Fadden, diretor comercial da i9 User Experience

Cesar Gon, CEO da Ci&T – Nosso modelo de negócio é voltado à inovação. Nosso modelo de negócio é resolver modelo de negócio. O colaborador tem de ter senso de propósito compartilhado. A Ci&T tem 1,7 mil pessoas, menos de 5% saem da empresa. Isso não é mágica. É senso de propósito compartilhado e autonomia. Rogério Oliveira, membro do conselho da Resource – A grande oportunidade no Brasil não está nas empresas, está dentro do governo como cliente. A área mais atrasada no Brasil é o governo, com segurança, educação, saúde, administração, logística etc... Cesar Gon, CEO da Ci&T – Precisamos começar a Renascença na indústria de TI.

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NESTE MÊS...

Por Adriele Marchesini | amarchesini@itmidia.com.br

...A TIVIT APRESENTOU A NOVA LÓGICA DE SEU DATA CENTER Uma das leis da física mais conhecidas é ATUAL a de que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Alguns dizem que ela não vale para usuários de transporte público de megalópoles, mas existe outro ambiente no qual ela perde, aos poucos, seu efeito, com um empurrãozinho do avanço da tecnologia amparado por cloud computing. Estamos falando de data centers. “Atualmente, a disponibilidade de energia elétrica é muito mais restritiva do que o espaço”, esclareceu Fabiano Droguetti, diretor de tecnologias e soluções da Tivit. O executivo recebeu a CRN Brasil para uma visita a um dos três sites que a companhia mantém no Brasil, o de São Paulo. São 15 mil metros quadrados de ambiente. “Eu tenho três petabytes de dados armazenados aqui. À medida que a demanda for aumentando, eu compro mais hardware”, justificou. E é neste ponto que a maior capacidade dos servidores adaptados à nuvem só faz com que o

espaço seja um problema menor do que há dez anos. “Este servidor aqui” – introduziu, apontando para uma caixa preta de aproximadamente dez centímetros de altura por 40 de comprimento – “serve um cliente. Quando falamos de cloud computing, o mesmo servidor consegue atender 30”, explicou, alegando que quanto menor e mais capacidade tem o equipamento, mais energia ele consome. “O hardware não é o mais importante. O mais importante é o serviço agregado a ele”, contou. Cerca de 20% dos data centers da Tivit estão adaptados à nuvem. “Se compararmos com dois, três anos atrás, não havia praticamente nada. A tecnologia explodiu nos últimos anos”, adicionou, sem detalhar, contudo, quando o parque estará totalmente adaptado ao sistema de cloud. “Não temos uma meta porque temos que seguir a tendência do mercado”, ponderou. A companhia é dividida em três verticais: Sistemas Aplicativos, Business Process Outsourcing (BPO) e Negócios de Ter-

Foto: Divulgação

ão Paulo re fiscal, de TI. As

Fabiano Droguetti, da Tivit: “O hardware não é o mais importante. O mais importante é o serviço agregado a ele”

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ceirização de Infraestrutura de TI (ITO), sendo que a ITO abriga data centers, servidores, storage, backup, cloud computing e ofertas “as a service” em geral. De 2011 para 2012, a unidade avançou 23%, contra média de 17% da corporação, que também engloba as vertentes de sistemas e aplicativos e BPO. Para este ano, a taxa de avanço estimada é de 11% a 12%.

Sede

Fotos: Divulgação

Hoje, cerca de 20% dos data centers da Tivit estão adaptados à nuvem, em comparação a índices nulos de dois ou três anos atrás

GARGALO ESTRUTURAL Se espaço físico não é mais um fator determinante para data centers, eletricidade é. O serviço de readequação de fontes é totalmente automatizado, mas sempre controlado por uma central comandada por humanos. Disponibilidade é um fator essencial para a manutenção dos serviços, o que está intimamente ligado à capacidade de as máquinas operarem ser interferência. Em 2009, por exemplo, o apagão nacional gerado pela queda da usina hidrelétrica de Itaipu, compartilhada com o Paraguai, não maculou o índice de 100% de disponibilidade, segundo a própria companhia. A Tivit se compromete a 99,999% de operância em seus data centers de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas o índice até hoje não foi atingido. Ou seja, 100% de disponibilidade desde então. Quando a fonte de energia acaba, entra em campo um compartimento recheado com baterias do tipo chumbo-ácidas, capazes de atuar por 25 minutos com 1,5 MVA – o suficiente para abastecer uma cidade de 25 mil habitantes pelo mesmo período de tempo. Assim que as baterias são acionadas, os geradores se ligam automaticamente em cerca de um minuto e meio – ou seja, há tempo suficiente para que a energia produzida in house chegue antes de o esforço das baterias acabar. Inclusive pela necessidade de produzir eletricidade própria, a Tivit opera, diariamente, por três horas à base de geradores, aproveitando o período de pico, que vai das 17h30 às 20h30, que tem a energia mais cara. Segundo Droguetti, esta é também uma forma de economia, já que durante esse intervalo de tempo, o produto da distribuidora costuma ser mais caro exatamente por conta da alta demanda. Por mais que haja sempre preocupação com o cliente, o executivo relembra que a equipe possui papel principal no dia a dia da empresa. Com atualmente 26 mil funcionários, a companhia aposta em planos de carreira e desenvolvimento profissional para garantir a baixa rotatividade de profissionais e alta performance dos departamentos. O tempo médio de permanência na casa é de sete anos, ao menos na área liderada pelo executivo. “O primeiro fator que motiva é não haver barreiras. A organização só existe para botar ordem no caos. Mas não há barreiras de diálogo”, prometeu.

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...A RIM APONTOU SEU PRÓXIMO DISPARO

O que tem no BB10 Fotos: Hartmann Studios

A NOVA ARQUITETURA DO BB10 Reconquistar o espaço perdido para os rivais dentro das empresas é apenas o primeiro passo desejado pela canadense com o BB10. A companhia vislumbra o sistema operacional, baseado na plataforma QNX, como um integrador multidispositivo no futuro. “Queremos fazer do BlackBerry 10 o verdadeiro ponto de convergência da mobilidade. Ele introduz um passo para a verdadeira computação móvel. Foi nisso que baseamos a plataforma, em uma arquitetura totalmente nova. Acreditamos em computação móvel e na grande oportunidade que ela nos traz”, adicionou Frank Boulben, CMO. Confira alguns fatos sobre o produto:

Por Adriele Marchesini | amarchesini@itmidia.com.br

OUTRA BASE DE PROGRAMAÇÃO: esta não é uma informação inédita, mas deve ser lembrada. A base de construção do BB10 não é o Java, linguagem das versões anteriores. O sistema é criado em cima do QNX, tecnologia comprada pela empresa canadense há cerca de dois anos;

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CAPACIDADE MULTITAREFA, COM O HUB: assim como as companhias aéreas, o BB10 também possui um hub no qual são distribuídos seus outros voos – ou experiências. Na área principal do smartphone ficam os aplicativos em uso naquele momento. Por ser multitarefa, não precisa fechar um programa para abrir outro, como ocorre com o BB7 e outros sistemas operacionais. Com isso, a RIM decretou o…

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…FIM DO BOTÃO HOME, GRAÇAS AO FLOW: Flow, ou fluidez, é a capacidade de navegar pelos aplicativos ao mesmo tempo, sem prejuízo de desempenho. Portanto, o hub armazena os serviços utilizados pela pessoa, que passa de um programa a outro sem se importar por onde começou ou terminou. Com isso, o botão Home, que faz o papel do “in” e “out”, torna-se desnecessário;

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FRAMES QUE SÃO PROGRAMAS ATIVOS: quando se fala em hub, multitarefa e Flow, é importante en-

BLACKBERRY 10: nova plataforma operacional da companhia – que promete não ter ligação alguma com versões anteriores – foi o grande tema do BlackBerry Jam 2012

Não é de hoje que reorganizações internas tomam conta da Research in Motion. ALVO No início do ano a companhia deixou a estratégia de ter dois comandantes, quando Mike Lazaridis e Jim Balsillie renunciaram às suas posições de Co-CEOs, em janeiro. Quem assumiu foi o então COO, Thorsten Heins. E o foco nas operações, de uma forma muito mais leve e centrada no usuário, ditam o caminho da companhia com o aguardado BlackBerry 10. Esqueça tudo o que você já viu sobre o sistema operacional da marca. Não há nada de semelhante entre a versão atual, o BB7, e o futuro ditado pelo conceito multitarefa que a nova geração de combinado dispositivo/software promete. Seria justo dizer que o BB10 é muito mais esperado pela RIM do que pelo próprio mercado. O sucesso da plataforma, dizia-se pelos corredores do BlackBerry Jam – evento mundial realizado pela empresa no fim

de setembro em San Jose (Califórnia, EUA) –, pode ser a última bala da empresa para garantir seus próximos anos de operação. A plataforma já foi aprovada pelos desenvolvedores. O grande desafio agora é de marketing. É convencer usuários e empresas, encantados com Android e iOS, de que o velho BlackBerry pode ressurgir com um novo sex appeal. O objetivo maior é ser, para os próximos anos, o que o iPhone da Apple foi nos últimos cinco. A pergunta é, como? Lazaridis e Balsillie dividiram o comando da empresa por duas décadas. Tudo estava bem, até que um bichinho chamado consumerização fez com que iPhones e toda sorte de smartphones com Android tomassem o mercado corporativo, antes dominado pela companhia. Eles foram trazidos pelos próprios funcionários, em um movimento de Bring Your Own Device, pelo inegável apelo de facilidade no manuseio. Dados do Gartner mostram que a RIM teve re-

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Thorsten Heins, antigo COO e atual CEO da empresa ressaltou a nova cultura da Research In Motion, muito mais voltada ao open source

BBM mais i n t e r at i vo: falando mais um pouco de BBM, não é segredo para ninguém que este é um dos principais diferenciais dos produtos RIM atualmente. Com isso, o sistema de mensagens gaha uma cara nova, parecida com a do Hub, na qual o usuário vêm thumbs simultâneos da área de grupos, mensagens, fotos, etc;

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Durante a abertura do encontro, foi exaltada a capacidade multitasking da plataforma

Evento contou com a participação de milhares de parceiros da companhia

BBM hiperconectado: foram confirmadas APIs que permitem conexão de websites, games e outros aplicativos dentro do serviço de mensagens;

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Alec Saunders, vice-presidente de Foram feitas demonstrações ao vivo do Relações com Desenvolvedores fez questão novo sistema de mostrar tom mais “amigável” com comunidade open source ao apresentar o BB10 dução em novas vendas mundiais de smartphones no acumulado no ano passado, passando de 3,1% para 2,9% do mercado. “Há uma nova cultura na RIM, uma nova energia voltada para a comunidade de desenvolvedores”, bradou Heins na abertura do BlackBerry Jam Americas, para milhares de participantes. O BB10 chegará ao mercado no primeiro trimestre de 2013, cerca de nove meses atrasado em relação ao prazo inicial, que previa para meados de 2012. O enfoque da apresentação, entretanto, foi tanto para desenvolvedores, quanto para usuários corporativos. Se, de um lado, Heins admitiu que a empresa não estava perto do ecossistema de programadores no passado, por outro, frisou que “este tempo acabou” e não perdeu tempo em ressaltar os conhecidos atributos de segurança dos produtos da marca, que são maximizados, segundo o executivo, pelo recurso Balance.

Já conhecida, a aplicação isola completamente as atividades pessoais e corporativas do usuário no mesmo dispositivo. Desta forma, o funcionário não pode copiar uma informação que esteja em sua área corporativa e encaminhar para um e-mail pessoal, por exemplo. Cada atividade da vida do usuário, seja do lado pessoal ou profissional, é isolada. “Colaboração, compartilhamento e segurança, com BlackBerry Balance e Enterprise Service. Por que essas coisas importam? Porque é fantástico para os CIOs, porque resolve muito dos problemas de segurança”, afirmou. Aliados à ferramenta Mobile Fusion, que recentemente agregou a gestão de dispositivos móveis com iOS e Android, a companhia espera bater de frente com o processo de consumerização. Desta forma, a companhia promete, de um lado, uma interface de usuário mais simples e, do outro, a força da marca em segurança. “O poder do Byod é

Fotos: ficou bem claro que a RIM quer conquistar o usuário final. Com a tecnologia de reconhecimento facial e edição de frames, é possível editar o rosto das pessoas nas fotos: num retrato com várias pessoas, caso haja alguma de olhos fechados ou fazendo caretas inapropriadas, por exemplo, é possível isolar este rosto e selecionar outros momentos de captura da imagem, feitos antes de a foto ser batida. Como disse um executivo da empresa, é possível “criar um momento que, de fato, nunca existiu”;

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Dois em um: também já apresentada pela RIM em outras oportunidades, a tecnologia Balance isola completamente a área pessoal da corporativa dentro do mesmo aparelho. Portanto, caso assim determinem as políticas de TI, o usuário não pode copiar informações da empresa para seu email pessoal, por exemplo. Ele usa ambas as áreas simultâneamente, sem precisar fazer login e logout de uma para a outra. “Isso resol-

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Foto: Adriele Marchesine

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ve boa parte dos problemas do CIO”, disse o CEO da fabricante, Thorsten Heins; Hardware secreto, chip secreto: sem novidades ainda. A companhia apresentou um novo modelo a desenvolvedores, o Dev Aplha B, que tem tela totalmente touchscreen, câmera de oito megapixels e outras especificações secretas. A RIM não quis informar, por exemplo, quantas cores tinha o dispositivo, mas indicou que o BB10 não funcionaria bem em aparelhos BB7 ou menores porque a experiência do usuário não seria satisfatória. Além da ausência de touch em boa parte dos aparelhos anteriores, pode-se imaginar que um chip mais simples seria um limitador para o novo sistema. Será que vem por aí um quad-core, como Galaxy SIII?

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NFC: Desenvolvedores já podem pensar em aplicativos adaptados à ainda pouco utilizada tecnologia de Near Field Comunication. Vale lembrar que o recém-lançado iPhone 5 não veio com a solução;

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Rede fechada entre os dispositivos: o sistema BB10 vem com a capacidade de conectar os dispositivos em uma rede privada virtual. Ou seja, pequenos ambientes de nuvem do ecossistema BlackBerry. A tecnologia já foi construída para o IPv6, o mais novo protocolo de internet. A companhia pensa, então, em integrar cada vez mais os aparelhos – hoje smartphones e tablets, mas, no futuro, serão carros, geladeiras e outros;

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Nova App World: para ganhar atratividade com o consumidor final, que se converge no corporativo, é preciso ter uma loja de aplicativos com mais opções do que os apenas 105 mil apps disponíveis na versão atual. Quando do lançamento da nova plataforma, a RIM permitirá a compra de filmes, músicas, séries de TV, en-

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Evangelista da RIM, o brasileiro Demian Borba (de verde) fechou empresa milionária de TI e abandonou cargo de professor na Universidade da Califórnia pelo BB10. “Ele vai mudar o mundo”, diz.

O apoio que vem do open source O brasileiro Demian Borba levava uma vida idealizada por muitos compatrioatitude tas, especialmente aqueles que buscam na tecnologia uma forma de crescer profissionalmente e – por que não? – mudar o mundo: com menos de 30 anos, tinha uma empresa de TI em San Diego que faturava quase um milhão de dólares por ano. Morava em um dos estados norte-americanos mais cobiçados e dava aula na universidade da Califórnia. Há cerca de um ano largou tudo. Dispensou seus 30 funcionários e foi se tornar empregado novamente. Para o espanto de muitos geeks, que veem o futuro através dos produtos da Apple e do Google, a empresa escolhida foi a RIM. “Eu não tomaria essa atitude se não tivesse certeza de que o BlackBerry 10 vai mudar o mun-

do”. Um dos evangelistas do produto, Borba repete o discurso de seus colegas e garante que não tem ligação alguma com as versões recentes, que vão até o BB7. A base utilizada para a produção de cada um é, por si só, bem diferente: enquanto antes utilizava o Java como base para o sistema operacional, a tecnologia por trás é um combinado de QNX com C++, que já vem no tablet Playbook. “Chegamos ao limite do Java”, contou. “São plataformas completamente diferentes. O BB10 já tem três anos de desenvolvimento, estamos apenas lapidando agora”, detalhou. A proposta não é criar um novo sistema para celular, mas uma plataforma. “O BB10 é um sistema operacional robusto para preparar o BlackBerry para os próximos 10 anos. O objetivo é rodar telefone, tablet, computadores, carros…”, disse. Apesar disso, o

uma realidade que o CIO abraçou. Mas segurança, privacidade e proteção de dados ainda são uma dor de cabeça para o gestor de TI”, completou. Advogados É neste momento que entra o francês Frank Boulben. Ele tem um árduo, e importante, trabalho pela frente. Contabilizando 20 anos de experiência na área de tecnologia, com forte especialização na indústria de rede sem fio – ao atuar em empresas como Vodafone e Orange –, o executivo está há cerca de três meses como CMO da RIM. Com o lançamento da plataforma BlackBerry 10, que promete “revolucionar a forma como o homem interage com a máquina”, está nas mãos de Boulben a última tacada para acertar, de uma vez, o departamento de TI, com o CIO ao centro. Mas os tempos mudaram. E, claro, não é somente este público que

a companhia quer angariar com a novidade, mas o de pessoas que sejam multitarefa, hiperconectadas e queiram as coisas resolvidas de forma rápida. São as chamadas “BlackBerry People”, que podem ser executivos, mães e adolescentes. É a nova RIM. “Não é apenas um novo smartphone, é uma experiência diferente. É um mercado onde as pessoas querem ver inovação. O BB10 é a próxima onda de inovação nos smartphones. Vamos retomar a liderança”, garantiu Boulben. “Eu me juntei à RIM porque acredito muito no produto. Para mim, a única forma de ter sucesso é apresentar uma linha diferente de ofertas. Não conseguiremos algo com cópia”, classificou Boulben. “A forma como hoje interagimos com aplicativos foi criada há cinco anos pela Apple e, depois, copiada pelo Google e Android. Não faremos isso.” Com o departamento de marketing em mãos há três meses, além de visitar 30 operadoras ao

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Foto: Adriele Marchesine

Alec Saunders dá boas-vindas a desenvolvedores e jornalistas no primeiro dia do BlackBerry Jam

Os post-its carregam respostas de desenvolvedores à pergunta: por que desenvolver para BB10? O amor à plataforma QNX, na qual o produto foi construído, é um dos motivos apresentados executivo pontuou não haver planos de a RIM migrar a produção para novos hardwares, mantendo o ciclo fechado de sistema + dispositivo que conhecemos hoje com smartphone e tablet. O executivo garante que tudo mudou na RIM a respeito do ecossistema de desenvolvedores. Por muitos anos conhecida como empresa fechada ao mercado open source, a canadense abre os braços para a comunidade de programação. Além de permitir que aplicativos Android sejam portados para a App World, a companhia preparou para o BB10 kits de desenvolvimento (SDKs) para que o desenvolvedor não precise mudar a linguagem com que está acostumado. Portanto, HTML5, Adobe Air, C++ são apenas alguns dos exemplos de bases liberadas para desenvolvimento. A ideia é deixar o profissional confortável E a comunidade open source presente no evento estava de acordo. “Estamos trabalhando com protótipos do BB10 há mais de um ano, e é impressio-

nante a rapidez com que está evoluindo. Em termos de qualidade, ele está parelho com Android e iOS, disse Ezequiel Damico, cofundador da Rock And Roll Game Studio. Segundo o especialista, a plataforma tem uma grande oportunidade de ser a melhor do mercado, já que não é tão fechada quanto o iOS, da Apple, e nem tão aberta quanto o Android, do Google. “Ela tem um equilíbrio interessante que entrega o melhor dos dois mundos”, comentou. “Eu amo o BB10, não apenas gosto”, disse Gadi Manor, CEO da Nobex Inc, que atua há 12 anos no mercado de desenvolvimento. Segundo o executivo, de forma geral, apesar das particularidades, as plataformas existentes hoje no mercado são bem parecidas. Para ele, a diferença-chave entre cada uma delas é o nível de integração entre sua aplicação e o sistema operacional, aplicações nativas e outros apps terceiros. “Eu colocaria BlackBerry no topo, seguido por Android e, muito atrás, iOS”, comentou.

redor do globo e ficar as últimas semanas praticamente sem dormir por conta da agenda, o executivo compreendeu que o problema em torno da RIM e da comunicação, hoje, se foca em estratégia, e não em pessoas. “Nos últimos três meses unifiquei a organização, que estava totalmente fragmentada. É mais fácil mudar a organização do que mudar as pessoas”, comentou. A RIM conta, ainda, com o “boca a boca” para angariar novas contas. Com 80 milhões de clientes ao redor do mundo, dois milhões a mais do que no ano passado, a companhia conta com CIOs, celebridades e profissionais de renome em sua lista de fregueses, e a ideia é que eles venham a público defender a marca. “Queremos colocar o produto nas mãos desses ‘advogados’”, explicou, com o intuito de posicionar essas pessoas como defensores da marca. O executivo informou, ainda, que o orçamento de ma-

rketing da companhia aumentou consideravelmente, mas não especificou o valor. Sobre a Microsoft e seu Windows 8 configurando-se como principal rival da empresa na mobilidade corporativa, o executivo foi direto: “Todos os players estão se aproximando”, disse, adicionando, contudo, que não existe hoje qualquer empresa que seja verdadeiramente uma competidora da canadense na oferta móvel. “O que vemos no mercado é uma base instalada grande de Blackberry Enterprise Servers. Colocamos muito no esforço de desenvolvimento do BB10 para que ele fosse o melhor para empresas. Ainda temos a melhor segurança fim a fim e, quando falamos em CIO, somos a melhor solução pensada para segurança”, enfatizou. “E com o BB10, queremos consolidar isso. Queremos ser experts em computação móvel.” *A jornalista viajou a San Jose a convite da RIM

tre outros, dentro do seu sistema. Além disso, a companhia promove hackatoons para garantir que haja apps suficientes dentro do ambiente quando ele vier a público; O que futuro aguarda: evangelista de desenvolvimento da empresa, o brasileiro Demian Borba deixou claro que a ideia do produto não é ser somente um sistema operacional para smartphones, mas uma plataforma móvel que abranja diversos outros dispositivos. Entre eles, tablets (claro!), computadores e carros, tudo em um ambiente integrado. Vale lembrar que o QNX já está hoje em mais de 60% dos carros inteligentes. Um indicativo importante de ultraconectividade;

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Físico e virtual: a ideia da empresa é combinar hardwares que tenham teclados físicos e virtuais, para que o usuário tenha a experiência assertiva, de acordo com suas necessidades. Quanto tempo será que o físico dura? Para smartphone pode estar com os dias contados. Mas fica a pergunta: para o que a RIM se prepara com um teclado físico? Façam suas apostas.

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VEJA MAIS: http://itweb.com.br/especial/ blackberry-jam-americas-2012/

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NESTE MÊS...

Por Adriele Marchesini | amarchesini@itmidia.com.br

...A SYMANTEC OFICIALIZOU SEU TRABALHO LOCAL COM

HARDWARE A fabricante anunciou oficialmente a CHEGADA chegada de seu primeiro hardware de back-up ao Brasil e América Latina, o Appliance 5000 Series, durante a sexta edição do Symantec Vision, em 10 de outubro. O produto já estava extraoficialmente no mercado há cerca de um mês, período no qual quatro clientes brasileiros investiram 30 milhões de reais na novidade. Com investimento anual de 80 milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento, o que representa 15% da receita total, a companhia colocou o produto à disposição do mercado internacional há cerca de um ano e meio. “Demoramos um tempo para trazer ao Brasil porque não o faríamos enquanto não tivéssemos uma rede de suporte madura”, explicou Wagner Tadeu, vice-presidente da companhia para a América Latina. O executivo, que era responsável pelas operações no Brasil até passar o bastão para Vicente Lima no início deste ano, não teve medo em detalhar o nome dos clientes que iniciaram o projeto de forma piloto: Itaú, Itaú BBA,

Wagner Tadeu, da Symantec Primeiros usuários do hardware de back-up ja investiram 30 milhões de reais na solução desde sua chegada ao mercado, em meados de setembro

Vivo e Algar. Lima detalhou que por meio de uma parceria com a NCR, responsável por suporte, é possível atender a chamados em períodos que variam de meia hora a quatro horas, dependendo da região do país onde o cliente estiver. “A logística de suporte é algo complexo. Temos SLAs que precisamos cumprir”, comentou Lima, completando a explicação dada por Tadeu sobre a demora da chegada do produto ao mercado nacional. O executivo não soube precisar quantos parceiros já fornecem o hardware para vendas aos clientes. O produto é voltado para empresas de grande porte, mas a expectativa é trazer o algo similar, já disponível no mercado internacional, voltado às empresas de pequeno e médio portes. “Estamos verificando a possibilidade de produzi-lo no Brasil, porque as taxas de importação representam 100% do preço final”, completou Tadeu. O produto marca a primeira iniciativa de hardware da Symantec no mundo, indicando uma nova estratégia e fôlego de atuação em uma companhia que teve sua história marcada na oferta de softwares.

Foto: Divulgação

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NESTE MĂŠS...

Lauro Vianna, da Itautec

Foto: Ricardo Benichio

vendas por canais cresceram 80% entre 2010 e 2011 e estĂŁo perto dos 20% da receita total da fabricante

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Sobre Lenovo + CCE

Por Haline Mayra | hmayra@itmidia.com.br

...A ITAUTEC FALOU SOBRE DOIS ANOS DE RELACIONAMENTO MAIS ESTREITO COM CANAIS Os 230 servidores feitos sob medida para o JUNTOS data center da Locaweb em 2011 servem de ilustração para o que a Itautec vê como uma de suas grandes vantagens competitivas: a flexibilidade para atender ao cliente. O exemplo é citado por Lauro Vianna, há dois anos diretor da unidade de computação corporativa da fabricante nacional de computadores. No projeto para a fornecedora de hosting e soluções de cloud computing, a Itautec foi solicitada a desenvolver máquinas com características técnicas específicas para aumentar a densidade de armazenamento de dados do cliente, que conquistou ganho de tempo na montagem da estrutura, economia e velocidade de processamento. “Somos uma empresa tipicamente nacional, pisamos no barro aqui, nascemos aqui. Quando sentamos na frente do cliente e buscamos entender o desafio dele, sabemos do que estamos falando. Não podemos nos abalar pela flexibilidade e agilidade que empresas globais sonham em oferecer. Isso é um grande cardápio que vai se afunilando à medida que se regionaliza. Na Itautec eu tenho flexibilidade de descer o elevador e conversar sobre novas oportunidades. Consigo dar respostas aos meus clientes que os internacionais não conseguem”, dispara Vianna, dissidente de grandes multinacionais, como HP e IBM. A reação vem em resposta à observação a respeito do “tipão” conservador da companhia do grupo Itaúsa, que fica baseada num edifício na Avenida Paulista, com elevadores que ainda utilizam ascensorista e que

serve um simpático cafezinho de bule a quem visita sua sede. Contrapondo o perfil conservador com a demanda indiscutível por inovação, pergunto a Vianna qual o posicionamento da fabricante nesse sentido. Ele reforça justamente a vantagem da nacionalidade. “O nosso grande valor agregado passa por sermos nativos, num país de dimensões continentais, com transporte precário. À medida que nos adequamos a isso, mostramos o nosso valor. Os servidores da Locaweb foram desenvolvidos de forma customizada pra eles oferecerem cloud computing. Nos diferenciamos por entender a diversidade do País.” Mas a conversa também tinha o intuito de mostrar como tem sido a relação da marca com o canal de revendas, com o qual não mantém tradição comparável à de seus concorrentes. Veterano de mercado e sem intenção de ocultar o passado de relacionamentos superficiais com canais, Vianna resume que os dois anos que soma de casa foram dedicados a estruturar este relacionamento. “Consolidamos a atuação de forma mais coerente, com a criação da diretoria de computação pessoal, que se relaciona com os varejistas, e a de computação corporativa, que lida com os demais canais – VARs, distribuição, integração.” Nesta estrutura montada para oficializar as vendas indiretas, o executivo menciona programas de suporte, regras claras para o relacionamento e a criação de um portfólio para venda exclusiva pelos canais. As medidas trouxeram, segundo ele, uma resposta mais coerente e bem sucedida na lida com vendas indiretas.

No que tange a produtos, ele lembra da antiga estratégia de pouca customização e tentativa de aproveitamento de uma única tática para públicos corporativos e domésticos. Agora, a realidade é diferente na Itautec, que, em seu plano de revitalização encabeçado pelo CEO Mario Anseloni, hoje, prioriza o cuidado específico com cada público. Tentando traduzir em números como este relacionamento com vendas indiretas evoluiu, Viana menciona um avanço de 80% na receita via canais entre 2010 e 2011. “Deste ano não posso te falar”, emenda. Nesse período referido, ele informa que a participação dos parceiros na receita da área de computação corporativa foi de 20%. Hoje, além de seus distribuidores Agis, Alcateia, Pauta e SND, a Itautec se relaciona com cerca de 20 a 30 integradores e seus 3,7 mil pontos de serviço próprios ao longo do País. Vianna não descarta a adição de até mais dois distribuidores, com foco em “cobrir o mercado, sem canibalizar.” Pé atrás com tablets - Apesar de ter colocado modelos de tablets no ano passado, a Itautec saiu do trabalho com esses dispositivos, cujo alvo eram as corporações. Mais uma vez franco, Vianna reconhece a polarização de competidores, com a Apple na liderança e, mais recentemente, Microsoft e Google lançando suas próprias iniciativas. “A nossa postura, é de repensar o mundo de tablets. Estamos avaliando os próximos movimentos. Mas não vamos trabalhar com canal nessa área, por ora.”

“A posição da CCE é muito mais forte no varejo e a Lenovo deve querer usar isso para se fortalecer nessa área. Estamos de frente a mais um concorrente. A Lenovo é uma empresa que lidera inúmeros mercados no mundo todo e olha para o Brasil como um mercado estratégico. Isso nos estimula e coloca mais intensidade no desejo de competir nesse mercado.

Windows 8 chegando “A primeira onda é muito mais voltada à computação pessoal. O mundo corporativo tem processo mais lento de adoção. O canal vai ver oportunidades, já que atende a empresas menores que até se comportam como consumidores finais. E por isso seu foco tem que ser observar o comportamento do cliente.”

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Antes da TI

Ricardo Castro, da Camargo Corrêa: "Raro um fornecedor sentar aqui com a lição de casa feita. Ele quer empurrar a meta dele”

Gap da comunicação entre cliente e fornecedor

Por Patricia Joaquim | pjoaquim@itmidia.com.br

pesadelo nos negócios

O fornecedor reclama que não é escutado, o cliente reclama que ninguém tem interesse por suas dores. Seguindo a máxima de que o cliente sempre tem razão, veja quais as principais queixas deles - os CIOs 68 outubro 2012 www.crn.com.br

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2011/2012 QUAIS ASSUNTOS VOCÊ GOSTARIA QUE OS FORNECEDORES PRIORIZASSEM AO OFERECER UM PROJETO OU SOLUÇÃO? O grau de adequação da solução proposta à empresa e ao segmento de mercado em que atua

2011 2012

60,23% 55,76%

Os benefícios que podem ser esperados da implementação da solução proposta

2011 2012

59,09% 50,12%

Algum grau de comprometimento do fornecedor com os resultados esperados pela implementação da solução

2011 2012

45,45% 57,18%

A capacidade técnica e a disponibilidade de profissionais competentes para implementar a solução

2011 2012

44,32% 48,71%

As vantagens do produto/serviço em termos de desempenho, durabilidade e confiabilidade

2011 2012

32,95% 26,12%

Os requisitos técnicos, funcionais e organizacionais para ter sucesso na implementação da solução proposta

2011 2012

23,86% 21,88%

A visão futura da evolução da solução proposta - P&D, investimentos, novas versões

2011 2012

21,59% 21,18%

As necessidades de suporte à solução implementada e os custos de manutenção dessa solução

2011 2012

12,50% 19,06%

Foto: Ricardo Benichio

De acordo com o estudo “Antes da TI, a estratégia” de 2012, realizado pela IT Mídia, quando os CIOs das 500 maiores empresas do Brasil foram questionados sobre quais assuntos eles gostariam que os fornecedores priorizassem ao oferecer um projeto ou uma solução para a companhia, 58% deles responderam que justamente desejavam um alto grau de comprometimento do fornecedor com os resultados esperados. Para tanto, é preciso entender qual é a necessidade do cliente. Como fazer isso? Ouvindo seu cliente, oras!

Fonte: IT Mídia Estudos

S

abe papo de maluco? Aquele em que você pergunta “A” e a pessoa responde “C”? Você sabe que o sujeito mal te escutou. Ele estava fechado em seus próprios pensamentos, armado em suas próprias conclusões, anos luz de estar disponível para te escutar. Isso acontece muito no relacionamento entre pessoas que convivem muito, como naqueles casamentos confusos. E acontece muito entre fornecedores de tecnologia e clientes. “É uma decepção. O cara insiste tanto para marcar uma reunião, conseguimos um horário e aí ele chega aqui e tenta vender a solução dele para

um problema que não temos”, conta Paulo Fernando Rodrigues, diretor de TI do Makro, que resolveu procurar um canal que ofertasse à companhia uma solução de MDM (mobile device management). “O fornecedor chegava aqui e queria empurrar o produto dele. Ninguém sequer perguntava do que estávamos precisando”. Depois de três meses explicando qual era a necessidade da corporação e a confecção de um documento oficial com as solicitações do Makro, algumas empresas de TI os abordaram com propostas mais consistentes. “Ainda assim, eles respondem coisas que a gente não pergunta. Coisa de maluco”, relata Rodrigues.

Ricardo Gomes de Castro, CIO do Grupo Camargo Correa, também clama por maior proximidade com o fornecedor. A companhia possui parceiros estratégicos para a área de Telecom, redes, ERP, software de colaboração e outsourcing de data center. “Estas parcerias se estabelecem e são de longo prazo. Mas tem de estar baseada no ganha-ganha”. Assim como Rodrigues, Castro enxerga que as metas de venda do fornecedor acabam atrapalhando o desempenho na venda consultiva. “O mínimo que se espera é que eles conheçam nosso negócio, quem somos, onde atuamos e o que queremos enquanto objetivo da empresa. Raro um fornecedor sentar aqui

com a lição de casa feita. Ele quer empurrar a meta dele”, aponta.

Ninguém casa pensando em se separar. Ninguém fecha um contrato pensando em romper Em cada uma das áreas citadas pelo executivo, há tipos de problemas específicos de relacionamento. “Pode ser angustiante você fechar um ERP e meses depois sentir que ele não se adequa, como prometido. Ou então, você perceber que o fornecedor que faz outsourcing para sua empresa começa a melhorar visivel-

Antes da TI, a Estratégia é um estudo anual realizado pela IT Mídia com líderes de TI das mil maiores empresas do País

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Antes da TI Foto: Divulgação

Foto: Ricardo Benichio

Gonzalo Esposto, DA UNILEVER: "O grande desafio é a disponibilidade de recursos no mercado. O mercado brasileiro está aquecido e os grandes fornecedores competem pelos mesmos recursos”

Paulo Fernando Rodrigues, Makro: “O fornecedor chegava aqui e queria empurrar o produto dele. Ninguém sequer perguntava o que estávamos precisando”

mente o trabalho quando o contrato está acabando”, afirma Castro. As empresas maiores se dão ao luxo de ter mais tempo para escolher o fornecedor. “Aqui no Makro um projeto pode demorar até três meses para ser fechado. Para não corrermos riscos depois”, conta Rodrigues. Os benefícios que uma solução traz têm de estar evidentes e a vontade de resolver eventuais problemas também. Quando a Camargo Corrêa optou por colocar seu correio eletrônico na nuvem, o fornecedor apontou que, por um final de semana, os colaboradores ficariam sem email em seus smartphones. Não conformada, a companhia insistiu que isto não seria viável para sua operação. E diante da não resolução da questão, acionou o board lá fora. “Enfim, eles resolveram o problema e ninguém ficou sem acesso aos emails. Tudo é uma questão de boa vontade. Falta proatividade”.

Velocidade Para Gonzalo Esposto, CIO Américas da Unilever, em geral, o nível de comprometimento dos fornecedores que a companhia tem é classificado como

excelente. “Temos estabelecido parcerias em longo prazo em contratos nos quais o risco é compartilhado. Porém, sempre tem espaço para melhorias. Um maior foco em redução de custos e o aporte de ideias ‘fora da caixa’ tanto para controlar custos quanto para introduzir novas tecnologias que agreguem valor ao negócio são, e sempre serão, áreas nas quais a relação pode melhorar”, revela, ao afirmar que embora seus parceiros estejam sempre disponíveis, “o ponto a discutir não é a flexibilidade, mas a velocidade dessas adaptações que deve melhorar muito”.

Ouvidos atentos para os menores Castro, do Makro, aponta um fato curioso: às vezes, a grande empresa de tecnologia não consegue atender tão bem quanto um pequeno (mas especialista) fornecedor. “É honesto falar que não pode te atender. O grande sempre tenta te convencer que consegue tudo. E não é bem assim. O chato é quando o cara vem com uma solução na nuvem, por exemplo, e você diz a ele que ele tem de mudar tudo para te atender, ele sabe que não vai conseguir fazer isso, mas mesmo assim quer se comprometer”.

A famigerada mão de obra de TI De acordo com os CIOs do Makro e da Camargo Corrêa, os profissionais ficam aquém do que esperavam. Para eles, os colaboradores mais especialistas têm nível bom, mas os que tratam de conteúdos mais básicos, como banco de dados ou emails, por exemplo, são mais frágeis. “Temos que reconhecer que para entregar projetos os fornecedores utilizam um mix de recursos que entrega uma boa média, mas também tem pessoas menos experientes. O grande desafio é a disponibilidade de recursos no mercado. O Brasil está aquecido e os grandes fornecedores competem pelos mesmos recursos”, diz Esposto.

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E foi assim que aconteceu

Por Patricia Joaquim | pjoaquim@itmidia.com.br

Um barril de A partir da implantação do sistema de gestão Totvs Manufatura, a vinícola Peterlongo conseguiu reduzir em 25% o custo mensal de frete para o transporte dos seus produtos

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Fotos: Divulgação

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assunto gera curiosidade. Há um encantamento em saber como é o processo de fabricação de um vinho. Muito além do roteiro de visitação turística, a franquia da Totvs no Rio Grande do Sul conhece bem este passo a passo. Também pudera. A região concentra o maior número de videiras no Brasil, bem como o maior número de vinícolas. Atenta a este nicho de mercado, o fornecedor se especializou no atendimento às fabricantes de espumantes, vinhos e sucos de uva das redondezas. Entre seus clientes do segmento, está a Peterlongo - única vinícola brasileira que pode chamar seu espumante de Champagne. Luis Sella, sócio-proprietário, era conhecido de um dos sócios da franquia Totvs no Rio Grande do Sul, Adilson Rossi. Sella - que em 1996 trabalhava para recuperar a vinícola de uma crise - procurou Rossi quando decidiu atualizar o sistema de gestão da Datasul. “Eles precisavam de um sistema integrado entre a gestão comercial, logística, manufatura e RH. Neste momento, atualizamos o SEM – ERP da Datasul – para uma versão do Totvs”, conta Luciano Poletto, diretor-comercial da franquia. A Totvs RS possuía também o conhecimento necessário para fazer as adaptações específicas para a

A franquia da Totvs no Rio Grande do Sul é uma fusão de todos os canais de distribuição da Totvs e empresas adquiridas por ela, como a Datasul. A matriz é em Porto Alegre e há uma filial na Serra Gaúcha. O papel da empresa é comercializar os produtos e soluções da Totvs e prover serviço de treinamento e consultoria no estado. Hoje, 330 pessoas compõem do time local

Champagne brasileiro Em 1913 Manoel Peterlongo, imigrante italiano, começava a dedicar-se ao sonho de produzir champagne no país que o acolhera, o Brasil. Naquela época, elaboravase a bebida conforme os ensinamentos do abade francês Don Perignon, ou seja, pelo método chamado Champenoise. Seguindo à risca este processo, Peterlongo iniciava a elaboração do primeiro champagne brasileiro e, em 1915, fundava o Estabelecimento Vinícola Armando Peterlongo S.A - o nome foi uma homenagem ao primogênito da família. A Peterlongo teve sua trajetória marcada por exemplos de pioneirismo e ousadia. Foi, por exemplo, a primeira vinícola brasileira a empregar mão de obra feminina e, na década de 30, com a instauração das leis trabalhistas, Armando foi o primeiro empresário da região a pagar o salário mínimo aos seus operários.

Com a excelente aceitação do produto no Brasil, a vinícola ampliou as vendas para o mercado externo. Em 1942, a Peterlongo faz sua primeira exportação para a rede de varejo Macy’s, em Nova York. A elegância do 1º Champagne do Brasil aliada ao seu alto padrão de qualidade, tornaram a marca Peterlongo obrigatória em solenidades oficiais, batismos de navios e aviões. A bebida estava sempre presente em banquetes oferecidos pelo governo Getúlio Vargas e foi elogiada até pela rainha da Inglaterra, Elizabeth, ao visitar o Brasil. Hoje, quase um século após sua fundação, a Vinícola Peterlongo é referência no cenário vitivinícola nacional e modelo de pioneirismo e de amor à cultura da uva e do vinho. Além da aceitação de seus produtos no mercado brasileiro, a Peterlongo vem conquistando cada vez mais a preferência do consumidor em diversos países. Atualmente, a marca Peterlongo está presente em países como África do Sul, Colômbia, Estados Unidos, Japão e Panamá.

vinícola. “No caso da indústria de bebidas e alimentos existe uma tratativa fiscal e tributária bem complexa. Além da sazonalidade grande do setor. O maior volume de venda é entre outubro e janeiro. Tem grande quantidade de venda, é o momento da safra principal e tem de haver disponibilidade e performance para atender aos clientes”, conta Poletto. Por estas razões é que o sistema tinha de estar totalmente adequado às necessidades de negócio. Caso contrário, o trabalho de Ricardo Morari, enólogo da Peterlongo e responsável técnico por todos os produtos (vinhos, espumantes e suco de uva) poderia ser prejudicado. O sistema o ajuda no controle dos ingre-

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E FOI ASSIM QUE ACONTECEU

RICARDO MORARI, enólogo da Peterlongo e responsável técnico por todos os produtos (vinhos, espumantes e suco de uva) e JOSÉ EMANUELI, administrador-geral da Peterlongo

dientes. Para elaborar um espumante é preciso ter, de forma precisa, quanto se usará de levedura, vinho e açúcar. Depois, tem a fase da produção ao engarrafamento (o uso da caixa, garrafa, rolha, gaiola) até chegar ao produto e ao preço final. “Tenho de saber a quantidade de uva que eu tenho e uma previsão de quanto vou transformar em vinho. Depois, o preço final é variável conforme as condições da produção, relatadas pelo nosso sistema”, revela.

NA PRÁTICA A partir da implantação do sistema de gestão Totvs Manufatura, a vinícola Peterlongo conseguiu reduzir em 25% o custo mensal de frete para o transporte dos seus produtos. A empresa trabalha com 30 transportadoras espalhadas pelo País. Essa tecnologia permite uma maior capacidade logística da produção da vinícola que é, em média, de 500 mil garrafas/mês. Ao todo, são 20 colaboradores que utilizam essa solução da Totvs. Segundo José Emanueli, administrador-ge-

ral da Peterlongo, o sistema da Totvs vai permitir uma maior visualização de controle. “Percebemos mais comando na área de TI, com informações de fácil acesso e interface simples. Qualquer pessoa consegue utilizar sem muitas dificuldades. Atualmente, o sistema financeiro da vinícola é todo automatizado com o banco”, frisa. O sistema da Totvs também poderá cooperar com a vinícola em relação às suas metas de expansão de mercado. No exterior, a proposta é inserir-se na Venezuela, com o produto Espuma de Prata; além de ampliar as vendas de bebidas na Colômbia. No Brasil, a Peterlongo pretende ter mais participação nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com a linha sucos e espumantes finos. A estimativa é crescer 50% a comercialização em 2012 nestas regiões. A produção também terá o acréscimo de 20% neste ano, incluindo os lançamentos de um novo champagne 750 mls, um Brandy e a bebida destilada Araq.

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CRN TECH

Samsung redefine o

“ULTRA”

com o ultrabook série 9

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Por Edward J. Correia, CRN EUA | Tradução: Erika Joaquim

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A INTEL PODE ATÉ TER FEITO AS ESPECIFICAÇÕES DO ULTRABOOK, MAS FOI A SAMSUNG QUE FEZ DELE UMA ESTRELA. PARA FALAR DO SUCESSO DO MOMENTO, NÃO BUSQUE NADA ALÉM DO ULTRABOOK SAMSUNG SÉRIE 9, UMA MÁQUINA FINA E LEVE QUE POSSUI TANTO ESTILO E RIQUEZA DE RECURSOS QUE SÓ UM EQUIPAMENTO ULTRA PORTÁTIL PODERIA TER

A

elegante série 9 é moldada em alumínio. A unidade de cor preta carvão com as bordas prateadas é atrativa, mas a cor escura tende a reter marcas de dedos. Por dentro, possui um teclado estilo chiclete e retroiluminado com teclas de função dedicadas para o brilho da tela e do teclado, saída de vídeo, alto-falante, ventoinha e Wi-Fi. Também tem uma tecla para aparecer a tela de easy settings da Samsung, que coloca oito painéis de controles principais e outras funções de sistema em apenas um local. Ficamos felizes que alguém finalmente teve essa ideia; isso simplifica a configuração do Windows e troubleshooting para os departamentos de TI e também para os consumidores.

O easy settings também fornece diversas funções apenas para Samsung, incluindo o modo fast boot, que em nossos testes reduziu o tempo do boot frio de incríveis 11,2 segundos para 10. Com um tempo de boot tão rápido, você pode ficar tentado a fechar o Windows o tempo todo. Mas desta forma você não utilizará a função da Samsung de acordar da hibernação rapidamente, que é de aproximadamente um segundo. A propósito, o ultrabook série 9 também acelera o encerramento do Windows para cerca de cinco segundos. Agora vamos aos pequenos detalhes. Da mesma forma que gostamos muito do Ultrabook XPS 13 da Dell, a abertura de sua tampa deve ser feita de forma muito cuidadosa e re-

quer duas mãos para abrir: uma para abrir a tampa e outra para segurar para baixo a base. A série 9 pode ser aberta com uma mão; sua abertura é correta e a base fica imóvel. E, assim como o equipamento em si, o fornecimento de energia da série 9 também é leve. A entrada da fonte de alimentação no ângulo reto é menos suscetível a danos acidentais, mas preferimos um conector magnético como o MagSafe da Apple para proteger o cabo, que pode ser chutado como uma bola de futebol. Por falar em notebooks da Apple, a série 9 de 13,3 polegadas é fisicamente parecida com as 13,3 polegadas do MacBook Air. A unidade da Samsung pesa 1,16 Kg. Isso é quase 186 gramas mais leve do que os 1,34

da Apple. O modelo da Samsung é irrisoriamente 1 milímetro mais fino do que o da Apple no seu ponto mais espesso 1,6 cm. O grande touchpad é tão sensível quanto o do Mac e suporta gestos multitarefas, que são documentados em seu painel de controle a la OS X do Mac.

O DESEMPENHO O Test Center da CRN EUA analisou o modelo NP900X3C série 9 da Samsung, que foi desenvolvido em um processador de terceira geração Intel Core i7 3517-U 2.39GHz Ivy Bridge com dois núcleos e quatro threads. O sistema foi equipado com 4 GB de memória DDR3 e um SSD de 128 GB, e rodou o Windows 7 Pro de 64-bit. O monitor LED HD com resolução

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de 1.600 x 900 pixels é classificado como tendo 400 nits de super brilho e é controlado por uma HD 4000 GPU altamente eficiente da Intel. Antes de rodar qualquer benchmark, nos certificamos de desinstalar todo e qualquer nagware. Na série 9, isto inclui Absolute Reminder, Amazon Kindle, CyberLink YouCam e Norton Internet Security e backup Online da Symantec. Não, obrigado. Depois de reiniciar, instalamos o Geekbench 2.3 da Primate Labs, rodamos os benchmarks de 64 bit cinco vezes e registramos a pontuação. Foi deste grupo que o resultado mais rápido apareceu. Depois ajustamos a configuração do Windows para o desempenho máximo e rodamos o Geekbench mais cinco vezes. Nenhum equipamento foi superior ao Geekbench do ultrabook série 9 da Samasung, cujo o resultado foi de 8,454. A unidade ofereceu 4,5 horas de bateria e continuamente rodava um vídeo com Wi-Fi, Bluetooth e todas as funções de economia de energia habilitadas. Assim como qualquer sistema ul-

trafino, o ultrabook série 9 da Samsung vem com poucas compensações físicas. O cabo Ethernet Gbit vem com um adaptador incluso e para conectar um monitor externo requer um adaptador micro HDMI. Possui duas portas USB, mas apenas a porta do lado esquerdo é full speed; a outra é USB 2,0. O lado direito também tem entrada para fone de ouvido e um leitor de cartão SD quatro em um; não possui unidade óptica. Todas as portas estão nas laterais; não há nenhuma na parte da frente ou atrás. Todos os LEDs estão na parte de dentro, então não há como checar a carga de bateria sem abrir a tampa. Mesmo o preço sendo um pouco salgado, de 1,699 mil dólares, o Test Center da CRN EUA recomenda o novo ultrabook série 9 da Samsung; é uma maravilha moderna e certamente recomendável para compradores buscando o estado da arte em desempenho e estilo. Quando as pessoas olharem para trás no ano de 2012, a Samsung certamente deve estar entre os inovadores de alta tecnologia.

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DAQUI PRA Lá, DE LA PRA Cá Red Hat contrata diretor de canais

Depois de deixar a área de canais da Adobe Brasil, Felipe Podolano assume como novo diretor de canais da Red Hat no País. O executivo será responsável por imprimir um modelo de gestão profissional à área de alianças da provedora de soluções open source. Sua meta reside em incrementar “participação de parceiros nas vendas totais da companhia”.

Cisco elege dois presidentes em meio a conversas de sucessão

A Cisco deu mais um passo em direção à esperada resposta sobre a sucessão de John Chambers com a nomeação de dois presidentes. A empresa disse que Gary Moore foi apontado como COO e presidente, uma posição que o torna responsável pelas operações e alinhamento dos recursos da companhia para suportar estratégias de longo prazo. A fabricante também anunciou Rob Lloyd como novo presidente de desenvolvimento e vendas. Hoje, ele atua como vice-presidente global de operações e vai ser substituído por Chuck Robbins, que estava tocando vendas na região Américas. Robbins, assim como Pankaj Patel, vice-presidente executivo e chief developer officer; e Wim Elfrink, vice-presidente executivo e chief globalization officer, vão se reportar a Lloyd.

Network1 tem diretor para automação comercial

Para fomentar os negócios da área de automação comercial, a Network1 acaba de contratar Dagoberto Bianchi como diretor comercial. Ele atuou nos últimos seis anos na fabricante Bematech, sendo seu último cargo o de gerente-geral de vendas via canais. Antes, passou por empresas do setor de energia e na Xerox do Brasil.

Silvio Freire deixa comando da Panduit Brasil

Foto: Ricardo Benichio

Silvio Freire não responde mais pela posição de country manager da Panduit no Brasil. O executivo desempenhava a função desde setembro de 2009. A informação da saída está em sua página de perf il na rede social LinkedIn. Ainda não há def inição sobre quem ocupará seu lugar a frente da operação brasileira da fabricante.

Ex- Oracle na SAP

A SAP Brasil anuncia a contratação de dois novos executivos de vendas que eram da Oracle. Leandro Baran assume como novo vice-presidente de vendas de inovação no lugar de André Petroucic, que não está mais na empresa. Baran estava há quatro anos na Oracle, onde atuava como diretor sênior de vendas para contas estratégicas no Brasil. Sandra Vaz, assume como vice-presidente de vendas para ecossistema e canais no lugar de Silmar El-Beck, que passa a ser diretor de alianças customer office. Sandra estava na Oracle há 15 anos, seu último cargo foi de vice-presidente de alianças e canais da companhia para a América Latina. De acordo com comunicado enviado à imprensa, os profissionais chegam à empresa com o objetivo de apoiar a estratégia de crescimento da SAP Brasil, ampliando a presença da empresa no mercado e reforçando o relacionamento com os parceiros e canais. Baran terá como principal desafio impulsionar a atuação da companhia dentro das cinco categorias estratégicas que envolvem inovação: aplicações, sistemas analíticos, banco de dados e plataforma tecnológica (incluindo SAP Hana), mobilidade e cloud computing. Para alcançar suas metas, usará sua experiência adquirida em 15 anos de atuação no mercado de TI. O executivo começou sua carreira em 1999 como consultor na J.I Barros & Associados, partindo na sequência para a MIPS Sistema. Entre os anos de 2001 e 2012, trabalhou em cargos relacionados à área de vendas em diversas empresas do setor de TI. Baran é formado em publicidade e propaganda pela Universidade Mackenzie e tem habilitação em marketing, pela mesma instituição. Sandra Vaz, que possui 20 anos de atuação no setor de TI, tem como meta reforçar o relacionamento com o ecossistema da companhia, ampliando a participação de vendas indiretas na receita total. “Seguimos em busca da especialização dos nossos parceiros, com foco em inovação, e aumentando a participação da SAP, incluindo seu novo portfólio, nos mais diversos setores e geografias”, reforça, por meio do comunicado. A executiva passou também por empresas como ABC Bull S.A Telematic e Cobra Computadores e Sistemas Brasileiros. É formada em análise de sistemas pela Universidade Mackenzie, pós-graduada em administração de empresas e marketing pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e possui MBA Executivo pela Business School de São Paulo, com extensão na Universidade de Toronto, Canadá.

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Foto: Magdalena Gutierrez

Papo Aberto

Inovar é preciso I

novar é uma ação que faz parte das premissas de 10 entre cada 10 empresas, mas que pouquíssimas conseguem, efetivamente, colocar em prática. Por que? Simplesmente porque inovar não é nada fácil. Para começar, o ato de inovar coloca as pessoas a repensarem seus processos e, como tal, as tira da zona de conforto. E é por isso que as novas gerações são tão criativas e inovadoras, pois tudo que não querem é cair numa rotina onde não há espaço para inovação. E qual a diferença entre criar a inovar? Criar é ter ideias e inovar pressupõe que estas ideias sejam colocadas em prática e passem a compor uma nova rotina. Mas antes disso acontecer há um caminho a ser seguido que passa pelos seguintes passos:

1

A venda da ideia internamente. Se a ideia não for comprada internamente ela não terá o apoio necessário para ser trabalhada e colocada em prática. Portanto, ela tem que estar muito clara e bem desenhada na cabeça de seu criador que deve ter em mente, também, o quanto sua ideia agrega de valor ao negócio da empresa.

2

Metas claras. Como inovar é colocar ideias em prática e como estas devem estar diretamente vinculadas à estratégia da empresa, elas devem ser viabilizadas por meio de metas claras a serem perseguidas pelo time envolvido.

3

A escolha do time. O grupo que irá trabalhar para colocar a ideia em prática deve acreditar

no projeto, o que aumentará o empenho de cada um. E motivação é fundamental.

4 5

Questione-se sempre. Reflita constantemente sobre o quanto seu projeto agrega de fato à empresa.

Registre cada passo. Todo o processo deve ser registrado, mesmo os passos que não deram certo. Lembre-se o caso do Post It, que nasceu de um projeto que falhou em seu objetivo e que havia sido colocado de lado, mas que tinha seu histórico registrado, o que permitiu seu aproveitamento.

6

Comemore os resultados. Cada passo deve ser comemorado e divulgado internamente. Esta é uma das mais importantes formas de reconhecimento. E, mais uma vez, motivação é fundamental num outro momento.

7

Cantinho dos inovadores. Inovação não é algo inerente a uns poucos privilegiados, todos podem criar e inovar. Portanto, não se deve separar um espaço e definir “Aqui se inova”, mas estimular que todos criem e busquem inovar e não apenas em tarefas excepcionais, mas em seu dia a dia. Afinal, como diz o título deste artigo, inovar é preciso.

Stela Lachtermacher Diretora Editorial IT Mídia stela@itmidia.com.br

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