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CONFERÊNCIA DE ABERTURA

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APRESENTAÇÃO

APRESENTAÇÃO

O ENGENHO E A CASA GRANDE: AS EXPRESSÕES DA CULTURA DE UM POVO

O Prof. Dr. e membro da Academia Brasileira de Letras Joaquim de Arruda Falcão proferiu a conferência de abertura da 12ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, que aconteceu às 15h, do dia 12 de agosto de 2019, no auditório do Museu Cais do Sertão. O tema abordado pelo professor levantou discussão interessante sobre a inclusão da literatura na categoria de patrimônio cultural imaterial. Ao destacar que Pernambuco sempre saiu na frente na democratização de seu patrimônio cultural, tomando como referência o legado deixado por Aloísio Magalhães, Joaquim Falcão fez uma proposta: registrar como patrimônio cultural imaterial dois livros, “Casa Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre, e “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto.

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Conferência de Abertura - Auditório É do Povo - Cais do Sertão Foto: Jan Ribeiro - Secult PE/Fundarpe

“São livros que nos interpretam e, mais além, nos explicam. O senhor de engenho e o retirante. A opulência e a sobrevivência. Magnífico ensaio histórico sociológico, e contundente poesia social. São os nossos extremos que ainda nos

fazem. Sem eles somos menos”, discursou, brilhantemente, o professor doutor. Polêmicas à parte, Joaquim Falcão lançou o desafio aos presentes, entre eles, o Secretário de Cultura de Pernambuco Gilberto Freyre Neto e o Presidente da Fundarpe, Marcelo Mendes Canuto. A programação de abertura contou ainda com os lançamentos dos livros:

Teatro em cena - tipologia dos edifícios e salas de espetáculos do Recife a partir

do século XIX, de Luiza Feitosa Andrada; Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Militares no Recife - a arte da Imagem, de José Luiz Mota Menezes; A casa de Oliveira Lima e os Conselhos do Estado de Pernambuco, de Terezinha Silva e O legado do Padre Henrique como patrimônio, de Terezinha Silva.

Joaquim de Arruda Falcão Foto: Jan Ribeiro - Secult PE/Fundarpe

O hall do auditório É do Povo recebeu a exposição comemorativa dos 10 anos da Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco e da conquista do 31ª Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, instituído pelo Iphan. A mostra, composta por 77 painéis adesivados em PVC, conta a trajetória do evento por meio de fotos, linha do tempo e relatos dos parceiros. A Exposição itinerante já foi montada na 19ª edição da Fenearte, na 29ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns, no Parque Dona Lindu, no Recife, e nos municípios do Brejo da Madre de Deus, no Agreste Central e Tamandaré, Zona da Mata Sul do Estado.

Apresentação da Confraria do Rosário Foto: Jan Ribeiro - Secult PE/Fundarpe

Um dos momentos emocionantes da festa de abertura foi a apresentação da irmandade Confraria do Rosário, do município de Floresta. Vestidos em azul e branco, os confrades se apresentaram ornados com manto, cetro e coroa, cantando e louvando Nossa Senhora do Rosário. A comunidade, formada por quilombolas, é símbolo de resistência negra há mais de 200 anos no Sertão de Itaparica. A Confraria do Rosário recebeu o Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco no ano de 2007. Ao final da apresentação os componentes, homens e mulheres, distribuíram doces e salgados típicos da região.

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