packing cosmética nº 107 - Ano XV - R$ 30,00
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MAIS DO QUE COR
NÍVEL INOVAÇÃO E SOFISTICAÇÃO MATURO
Ergonomia e beleza Ingredientes essenciais se alinham entre as para o segmento de embalagens de esmalte válvulas e pumps
TRILHA
Perfumes masculinos elevam o grau de qualidade da categoria
Indústria do aço mostra por onde crescer no mercado de aerossol
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Dia 4 de novembro sua estrela vai brilhar! Vem aí o 22º Prêmio Atualidade Cosmética Dia 4 de novembro, no Teatro Bradesco.
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Realização:
edição 107 ano XV
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FALANDO DE MARCA
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CATEGORIA
Com nova roupagem e aromas mais envolventes, linha Jequiti Vida é redesenhada e ganha novas versões de loções hidratantes para o rosto.
A opinião de manicures e consumidoras a respeito da ergonomia e da beleza das embalagens de esmaltes disponíveis atualmente.
Diante de um mercado que exige, acima de tudo, sofisticação, segmento de perfumes masculinos se mexe para atender a um público que é fiel e paga mais.
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WORKSHOP Perfumaria também foi o tema de mais uma edição do Workshop Atualidade Cosmética, que reuniu cerca de 90 profissionais de diversos elos da cadeia da categoria.
MERCADO
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Com o consumidor querendo excelência, inovação e sofisticação são palavras de ordem no mercado de válvulas e pumps, voltado para os cosméticos.
artigo Alguns destaques de itens cosméticos europeus em que a forma foi priorizada, visando destacá-los nos pontos de venda.
evento Abihpec divulga dados do primeiro semestre do setor de HPPC e premia os melhores fornecedores de diferentes cadeias.
MERCADO O aço quer conquistar mais espaço dentro do mercado de aerossol e a indústria deste segmento sabe por onde conseguir esse objetivo.
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EMPRESA
evento As inovações em embalagens para os mais variados segmentos do mercado cosmético, que foram apresentadas durante a 19ª edição da FCE.
Depois de assumir identidade no Brasil, Bemis fala sobre o mercado e acerca do objetivo de unificar a companhia em todo o mundo.
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painel
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Remédios para um ano ruim
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assada a Copa do Mundo no Brasil, o mercado de uma maneira geral espera que a ressaca não seja braba e que o ano possa, enfim, começar para muitos. É claro que esta realidade já era esperada por boa parte das pessoas que atuam nos mais variados segmentos. E no decorrer do período da principal competição de futebol no planeta – equivalente a um mês – confirmaram-se as más expectativas. Análises de especialistas dão conta que a indústria foi o setor mais prejudicado durante essa época, sobretudo pelos “novos feriados” implementados e pelos dias parados por conta das partidas, que obrigaram as fábricas das mais distintas áreas a mudarem sua jornada de trabalho e até a forçarem férias coletivas. Tudo isso afetou na produtividade e trará duros reflexos no fechamento do ano para as companhias. Mesmo diante deste cenário considerado por muitos como desolador, a máquina da produção não deve parar. Tampouco os investimentos, que precisam ser, mais do que nunca, certeiros. Nesta edição, em diversas oportunidades, você lerá as palavras “inovação” e, principalmente, “sofisticação”. Esta última tem estado na ponta da língua de todo o mercado, inclusive no de embalagens. Este é um ingrediente fundamental para diversos setores, devido aos anseios atuais dos consumidores. Estes, por sua vez, estão colocando este atributo em primeiro lugar na hora da compra de produtos de determinadas categorias. O melhor disso tudo é que eles estão dispostos a pagar mais por um item que seja sofisticado. Não ligam para valor nesta hora, como pode ser verificado dentro da Perfumaria Masculina, categoria esta que goza por possuir um ticket médio alto, já que os homens estão pagando mais para terem em seus perfumes esta tão falada
Presidente: José Luiz de Paula Jr. Publisher: Aûani Cusma de Paula Diretora: Sueli Cusma
qualidade. E muitas vezes o que a traz para um produto são os componentes de suas embalagens, como nas fragrâncias Malbec Supremo e #Urbano. Nestes dois exemplos, ambos foram lançados após uma profunda análise de como os consumidores se relacionavam com eles e suas embalagens. Nos casos, a análise serviu para trazer sofisticação. A percepção de como funciona a relação deste triângulo amoroso “produto/consumidor/embalagem” é primordial nos dias atuais. É ela que vai direcionar o desenvolvimento de novos itens e, por que não, o andamento dos negócios da empresa. Isso é o que fará a Cerviflan, que atua no segmento de embalagens para aerossol em aço. Após pesquisa encomendada junto ao Ibope com centenas de consumidores de desodorantes em aerossol, a fim de entender como eles se relacionavam com os materiais (aço e alumínio) que confeccionam as embalagens, a companhia obteve percepções interessantes e vai usá-las para conduzir seu incessante trabalho de difundir os benefícios do aço pelo mercado. Estes foram apenas alguns exemplos para mostrar o quão importante é conhecer o que de fato demanda seu consumidor. É claro que há percepções mais gerais, trazidas por consultorias especializadas que abordam o mercado de uma maneira mais genérica e que também podem lhe ajudar, mas somente análises aprofundadas e direcionadas ao perfil de seu público irão lhe auxiliar num entendimento completo. E, assim, encontrar caminhos para conseguir entregar sofisticação também se torna mais fácil. Boa leitura! Rafael Mendonça
Subeditor: Rafael Mendonça (rafael@cusmaneditora.com.br) Reportagem: Beatriz Ces (beatriz@cusmaneditora.com.br) Cinthia Jardim (cinthia@cusmaneditora.com.br) Design Gráfico: Eber F. Almeida Projeto Gráfico: Paola Santos Capa: Fotos Divulgação Gerente de Vendas: Eufrazio B. Lauton (lauton@cusmaneditora.com.br)
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Os artigos publicados nesta revista são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião de seus editores.
Somos a Papirus. Embalamos sonhos. Nosso papelcartão tem mais vida. Daí o nome Vita da nossa linha de produtos. Temos um selo verde que atesta tudo isto. Ele conta quanto de aparas usamos ou certifica as fibras virgens que vão nos nossos cartões brancos.
Quer saber mais da gente? Assista o nosso vídeo.
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Alto poder relaxante Para comemorar o sucesso da linha Botica, a Bio Extratus apresenta a linha Botica Lavanda para cuidados com o corpo, composta por: sal esfoliante corporal, creme hidratante, sabonete líquido e manteiga corporal. Elaborado com ativos naturais, os cosméticos possuem concentração de lavanda, que tem alto poder relaxante e é rica em antioxidantes. Outros ingredientes são o óleo de oliva; hydromanil; e tecnologia matriz 3D. O sal esfoliante possui rótulo em BOPP metalizado e laminação fosca da Maxcor; a tampa em PP e o frasco em PET da Inplavel.
Distribuição: drogarias, supermercados, perfumarias e salões de beleza. Preços: de R$ 17,78 (creme hidratante) a R$ 35 (sal esfoliante corporal). SAC: (31) 3855-3002. Site: www.bioextratus.com.br
Proteção para os pequenos A Kosmein, da RTK Indústria, apresenta o primeiro produto da marca voltado para o público infantil: a loção hidratante Suav-Derm, que protege a derme das crianças das ações climáticas responsáveis pelo ressecamento, conferindo toque suave, hidratação e suave perfume. Dermatologicamente testado o produto foi formulado para minimizar o surgimento de alergias. A loção contém Propilenoglicol, derivados de lanolina, silicone e ureia, substâncias de capacidade umectante, emoliente, lubrificante e hidratante. O frasco em PET é de fabricação da Vepakum e a válvula pump bico de pato preta de plástico DM é fornecida pela Master Pumps. Distribuição: lojas próprias. Preço: R$ 25. SAC: (61) 3380-3131. Site: www.farmacotecnica.com.br
Para não cair
Das águas do Pantanal
A linha de tratamento e cuidados capilares da Nouvelle, N Essenciale, conta agora com shampoo e condicionador hidratante que atuam como solução antiqueda. Os produtos, disponíveis em apresentação sem sal e com 300 ml cada, podem ser usados por homens e mulheres e foram desenvolvidos com uma formulação exclusiva enriquecida com a proteína Lupine, Midolo di Bambu e Jaborandi, ativos que auxiliam no combate à queda e melhoram o metabolismo celular. Shampoo e condicionador são em PEAD e de fabricação da Zandei; e a tampa em PP é de fornecimento da Rineplast.
A L'Occitane au Brésil lança linha de produtos cuja matéria-prima é a Aguapé, uma planta encontrada no Pantanal. Seu extrato foi usado na criação de oito produtos para cuidados diários com os cabelos e o corpo. A nova linha apresenta shampoo, condicionador e spray extrabrilho, além de água de colônia, loção corporal, e sabonetes nas versões líquido e em barra. As embalagens foram desenvolvidas por Olivier Baussan em parceria com Ronaldo Fraga. A tampa em PP da loção hidratante é fornecida pela Shyashin, o frasco em PET é de fabricação da Engratech e os rótulos, em PP, são da CCL label.
Distribuição: farmácias, perfumarias e drogarias. Preços: R$ 12,90 (shampoo) e R$ 13,90 (condicionador). SAC: 0800 021 9105. Site: www.nouvelle.com.br
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Distribuição: lojas próprias e farmácias. Preços: de R$ 11 (sabonete) a R$ 65 (água de colônia). SAC: 0800 171 272. Site: br.loccitane.com
MAIO/JUNHO 2014 • Packing Cosmética
A Globoplast desenvolve e produz bisnagas plásticas extrudadas de máxima qualidade, atendendo os segmentos Cosmético, Farmacêutico e Veterinário, Alimentício e Químico Industrial com fechamentos especiais e decoração em OFF Set, Silk Screen, Hot Stamping, Impressão em Alto Relevo e aplicação de Braille.
Over Shoulder - Impressão até o Ombro A Globoplast desenvolve em suas bisnagas plásticas o processo de acabamento com impressão Over Shoulder (impressão até o ombro). Mais sofisticação e personalidade para a embalagem. O processo de impressão até o ombro Globoplast possibilita o completo aproveitamento do tubo, garantindo assim a melhor qualidade da imagem e valorizando a apresentação e destaque do produto.
Bisnagas Plásticas Globoplast Multicamadas As Bisnagas Plásticas Globoplast Multicamadas (Coextrudadas) oferecem segurança e proteção ao produto. O Copolímero de etileno e álcool vinílico EVOH é a resina barreira mais eficiente contra agentes do ambiente externo como umidade, óleos e gorduras, vapores orgânicos, oxigênio e outros gases, preservando a integridade das características do produto durante todo seu ciclo de vida. O EVOH é introduzido na estrutura do tubo como uma camada central no processo de coextrusão, se unindo às camadas polares da estrutura por adesivos polímeros de alta compatibilidade. É altamente cristalino, apresenta alta transparência e brilho, boa resistência mecânica, elasticidade e alta resistência à abrasão.
CAMADA EXTERNA CAMADA ADESIVA EVOH CAMADA ADESIVA CAMADA INTERNA
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Oito benefícios A Payot acaba de lançar o BB Cream Payot que oferece oito benefícios em um só produto: FPS 25 - proteção contra os raios UVA-UVD; anti-idade – suaviza as linhas finas e de expressão; oil Free – controla a oleosidade; hidrata – proteção para o dia todo; uniformiza o tom da cútis; disfarce óptico – para cobrir e disfarçar imperfeições; toque suave; e cobertura natural, que conferem um acabamento aveludado, naturalmente colorido. A bisnaga em PEAD e PEBD e tampa em PP é da Embale Bisnagas; e o cartucho em triplex com aplicação em BOPP é da Gráfica Ycar. Distribuição: perfumarias e lojas de departamento. Preço: R$ 39,90. SAC: 0800 164 711. Site: www.payot.com.br
Hidratação antioleosidade Para completar sua linha Granaderma de categoria Oil Control, a Granado acaba de lançar o gel facial hidratante antioleosidade. Enriquecido com vitaminas do complexo B, aminoácidos e ativo derivado da ureia, o gel tem ação hidratante efetiva – sem deixar a pele com aspecto pegajoso ou com brilho. Seus ativos vegetais reduzem o tamanho dos poros e controlam o brilho, auxiliando na prevenção da acne. Com textura leve e não oleosa é rapidamente absorvido pela pele, deixando-a macia e com acabamento matte. Fórmula livre de fragrância, corantes e parabenos. A bisnaga, o bico e a tampa do gel são fabricados em PP pela C-Pack, enquanto o cartucho, em papelcartão, é fornecido pela Rainha Lescal. Distribuição: lojas próprias, farmácias e drogarias. Preço: R$ 28,50. SAC: 0800 940 6730. Site: www.granado.com.br
Óleo de argan nas unhas Apostando na saúde e beleza das unhas neste inverno, a Vicci Esmaltes lança a nova coleção Illuminare com óleo de argan e vitamina E na composição. O óleo, sucesso no tratamento de cabelos, hidrata e fortalece também as unhas. Já a vitamina protege, nutre e hidrata, além de atuar como antioxidante. A novidade apresenta cinco tons: Firenze, nude; Felicce, azul; Allegro, rosa cereja; Coraggio, marrom; e Libertá, laranja. O frasco em vidro comum, as tampas em PP e as cerdas de Nylon são importados da Itália pela Expak.
Distribuição: distribuição seletiva. Preço: R$ 9,90. SAC: (47) 3037-5455. Site: www.vicciesmaltes.com.br
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Remoção instantânea Pensando na saúde das unhas que se ressecam e se desidratam com o uso de removedores de esmaltes, a DNA Italy apresenta o Fast Remover. Formulado com ingredientes suaves que não danificam as unhas, o removedor age de maneira instantânea, retirando o esmalte em apenas alguns segundos e sem uso de algodão. Por contar com vitamina E, D-Pantenol e queratina, o produto, além de agir como removedor, fortalece as unhas, mantendo-as saudáveis. O frasco e a tampa em PP são de fabricação da Inplavel. Distribuição: farmácias, perfumarias e drogarias. Preço: R$ 10,80. SAC: (11) 2368-7067. Site: www.dnaitaly.com.br
MAIO/JUNHO 2014 • Packing Cosmética
painel
Congraf Embalagens adquire nova planta e amplia parque gráfico A Congraf iniciou em fevereiro, a reforma do prédio que fica localizado ao lado de suas atuais instalações, no bairro do Sacomã, em São Paulo. O novo galpão de 7.500 m² resultará numa significativa ampliação do estoque e da área destinada ao acabamento e logística dos produtos fabricados. A expectativa é que a partir de setembro de 2014, a indústria de embalagens já tenha disponível para suas atividades uma área total de 15.000 m², o que deve melhorar e aumentar ainda mais sua capacidade produtiva. O diretor industrial Sidney Anversa Victor Junior, afirma que esse foi um investimento que necessitou de estratégia e ousadia por parte da diretoria, num momento que não é apontado como ideal, uma vez que a economia não está favorável. Entretanto, esclareceu que surgiu como uma oportunidade irrecusável, e se mostrou confiante, pois na contramão do mercado, a empresa tem crescido. Sidney Junior ainda explica que o novo espaço será importante para dar continuidade ao gradativo avanço, potencializando os atendimentos e permitindo que a fabricante se consolide cada vez mais no fornecimento de grandes demandas de embalagens. “A Congraf cresceu bastante nestes últimos anos e já procurávamos um novo terreno para construir e mudar de planta. Como essa nova aquisição é do prédio que fica ao lado, vamos evitar o deslocamento dos equipamentos, o
que será excelente, pois a ampliação não afetará a nossa linha de produção e atendimento aos nossos clientes. Estamos conscientes de que esse é um investimento importante e que o retorno é de longo prazo, mas também estamos entusiasmados porque teremos a possibilidade de agregar novos serviços e clientes ao nosso portfólio”, declara o diretor.
DuPont Packaging Graphics apresenta nova chapa para impressão flexográfica DuPont Packaging Graphics apresenta a nova chapa para impressão flexográfica DuPont Cyrel FAST DFUV, projetada para atingir resultados superiores com o uso de tintas UV. As novas chapas visam melhorar a densidade de tinta em áreas de sólido, reduzir o desperdício, economizar tempo e custo em aplicações que envolvam substratos nobres, como etiquetas sensíveis a pressão, etiquetas autoadesivas, rótulos termoencolhíveis, entre outras. "A nova DuPont Cyrel FAST DFUV foi desenvolvida especificamente para a impressão banda estreita, que demanda uma chapa de alta performance para uso com tintas UV", revela John Chrosniak, diretor global de negócios da DuPont Packaging Graphics. "Em nosso contínuo processo de
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avanço em qualidade, produtividade e sustentabilidade para impressão flexográfica, esta nova placa é um excelente complemento ao nosso portfólio", completa. DuPont Cyrel FAST DFUV é uma chapa de processamento térmico que atinge a cor pretendida de forma rápida, com retículas suaves e sólidos intensos e sem comprometer o ganho de ponto, as altas luzes e a resolução. Diferentemente de outras chapas projetadas para impressão banda larga, a nova chapa Cyrel foi desenvolvida, especificamente, para banda estreita com setups mais rápidos, condições em que minimizar o desperdício é essencial para o processo, atingindo a cor pretendida quase que imediatamente.
maIO/JUNHO 2014 • Packing Cosmética
Coesia e Prodesign firmam parceria inédita no mercado de embalagens A Coesia, grupo italiano de empresas líderes no setor de máquinas de alta tecnologia, acaba de firmar parceria inédita com a agência Prodesign, referência em design e protótipo de embalagens. Com o acordo, as companhias passarão a oferecer projetos completos nas áreas de envase, acondicionamento e embalagem para os segmentos de bens de consumo, tabaco, cuidados com a saúde e eletrônicos. "É uma iniciativa pioneira no Brasil, já que une os serviços de design e desenvolvimento de embalagens com equipamentos e máquinas de alta tecnologia, oferecendo ao mercado soluções completas e inovadoras", explica Gustavo Melo, gerente de Marketing do Grupo Coesia. Segundo o executivo, os clientes poderão contar com as duas importantes vertentes dentro do seu processo de criação e desenvolvimento de embalagens, contribuindo para a assertividade e redução do retrabalho em seus projetos. Queremos viabilizar o lançamento de novos produtos em um menor espaço de tempo visando atender às necessidades dos consumidores e preencher as oportunidades do mercado sempre buscando sistemas e embalagens mais sustentáveis", afirma Melo. O foco da parceria é facilitar o processo criativo e industrial dos clientes, sendo a Prodesign responsável pela contribuição por meio de sua vasta experiência em confecção de protótipos realísticos impressos das embalagens e o Grupo Coesia com mais de 14 empresas focadas em soluções completas e inovadoras em máquinas e equipamentos para embalagens. Para Paulo Pereira, sócio-diretor da Prodesign, além da possibilidade do desenvolvimento de embalagens diferenciadas, a parceria vai proporcionar aos clientes a oportunidade de materializar a embalagem inovadora proposta. “Isso em forma de protótipo impresso funcional, podendo assim manusear e antever o produto que estará nas gôndolas dos supermercados e/ou lojas especializadas", explica Pereira. A Coesia prevê que os resultados da parceria cheguem já no segundo semestre desse ano, maximizando o objetivo de crescer dois dígitos em 2014. "Esperamos ser referência em soluções para o setor de embalagens no Brasil", completa Melo. O Grupo Coesia, que recentemente inaugurou uma nova unidade na cidade de Jundiaí, em São Paulo, em uma planta de 17 mil m² e uma área produtiva 40% maior, faturou mais de 1,4 bilhão de euros em 2013, com crescimento de 15% sobre 2012. Nos últimos cinco anos, a Coesia alcançou um crescimento global de 75% sobre o faturamento.
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Antilhas traz novidades na ABF Franchising Expo 2014 Em junho, a Antilhas participou da 23ª edição da ABF Franchising Expo, no Expo Centro Norte, em São Paulo, e apresentou as novidades da empresa ao setor de embalagens. Recentemente, a Antilhas adquiriu novas máquinas que permitem explorar texturas e substratos diferentes no mesmo produto, com elementos de diversos tipos. Os lançamentos advindos dessas máquinas destacam-se, principalmente, no mercado Premium, e foram destaque na feira. Um exemplo de embalagem é a caixa rígida e também embalagens com janelas e visores em 360º, que dão mais destaque, visão e interação aos produtos. Outra novidade que a Antilhas mostrou foi a sacola automática com fundo pounch que possui alta produtividade, qualidade, e é produzida com papel de baixa gramatura, tornando-a mais econômica. Apresentou ainda, sua ampla variedade de sacos, envelopes automáticos, sacolas com alças vazadas, entre outros. “Participar da feira é muito importante para nós, pois nos dá a possibilidade de fidelizar ainda mais nossos clientes e também a oportunidade de apresentar nossos diferenciais a novas marcas do setor”, afirmou Bruno Baptista, diretor Comercial da Antilhas. Na ABF Expo, a Antilhas também apresentou seu novo catálogo de acabamentos, que amplia a oferta de customização das embalagens dos clientes. São 12 lâminas, que possuem efeitos visuais em hot-stamping, baixo e alto relevo localizado, micro relevo, holografias, microtexturas, flocagem, inserção de elemento na embalagem, laminação, tecipaper, entre outras.
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Baumgarten lança guia de rotulagem em aplicativo durante a Fispal Tecnologia Durante a Fispal – Feira Internacional de Embalagens, Processos e Logística para a Indústrias de Alimentos e Bebidas, que ocorreu em junho, em São Paulo, a Baumgarten Gráfica apresentou além de 13 lançamentos das linhas de embalagem que desenvolve, o aplicativo sobre embalagem desenvolvido pela empresa: o “Guia Baumgarten de Referência em Rotulagem”. Com plataforma para uso em IOS e Android, bem como conteúdo com tradução em inglês e espanhol, o aplicativo reúne informações sobre os principais sistemas de decoração indireta de embalagens, ou seja, aqueles em que a impressão é feita em substrato e é aplicado no recipiente. É um material que tem como objetivo esclarecer as dúvidas mais comuns com que se deparam os clientes e as agências de design que trabalham para eles. “Este guia, portanto, destina-se não somente a sistematizar informações e práticas já conhecidas dos profissionais de desenvolvimento de embalagens, mas também a oferecer uma ferramenta importante para aqueles que, sem ser especialistas na área, realizam cotidianamente tarefas que possuem interseções com o assunto”, explicou Ronaldo Baumgarten Jr., diretor-presidente da empresa, que destaca ainda que este aplicativo é um recurso muito importante para ajudar os meios envolvidos a compreender que, pelo fato de embalagens e rótulos serem atividades complexas, que envolvem diferentes áreas da empresa, é preciso que a execução de projetos seja feita de forma criteriosa e com qualidade. Afinal, são insumos de produção que impactam os custos, mas que têm papel fundamental na criação de valor e no desempenho das vendas. Por isso, não podem ser vistos de forma estanque, e precisam ser sempre avaliados em função dos impactos gerados ao longo de toda cadeia de valor.
Estudo da MWV destaca a embalagem como componente chave no ritual de cuidados com a pele A MeadWestvaco Corporation realizou estudo global chamado Skincare Research & Insights Study, que revelou a função da embalagem na experiência sensorial durante cuidados faciais. O estudo explora o ritual de cinco passos que estão presentes na rotina do consumidor em seus cuidados faciais diários. E mostra que a embalagem do produto melhora a experiência sensorial de casa passo. O intuito do estudo é conhecer profundamente a função desempenhada pela embalagem na categoria skincare em mercados em todo o mundo. Pesquisadores da MWV conduziram 23 entrevistas etnográficas e 16 focus groups de duas horas, totalizando 120 participantes no Brasil, na China, na França, na Coreia do Sul e no Reino Unido para conhecer com mais profundidade os hábitos dos consumidores. O estudo revelou que os consumidores no segmento de cuidados com a pele não identificam os produtos pelo preço, mas sim pela experiência sensorial do ritual de cinco passos que eles devem proporcionar: limpar; umidificar e hidratar; renovar e iluminar; proteger; e base da beleza. Cada passo evoca uma experiência específica, e essas percepções e sensações da marca podem ser influenciadas pela
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embalagem. No passo Limpeza, uma experiência positiva é ampliada com uma embalagem que pode ser usada com somente uma mão, libera a quantidade adequada de produto e previne derramamentos. Em Umidificação e Hidratação, consumidores procuram também a dosagem controlada do produto e facilidade para guardá-lo. Em Renovação e Brilho, espera-se que os produtos nessa fase limitem o desperdício ao permitir que os consumidores os usem até a última gota, controlem sua dosagem e tenham eficácia científica. Em Proteção, os produtos que atendem a essa fase devem ser usados com somente uma mão, de fácil controle da quantidade despejada e ser portáteis para facilitar a reaplicação ao longo do dia. E em Base da Beleza, a embalagem deve ser limpa e higiênica – especialmente para prevenir o acúmulo de resíduos – e, preferencialmente, portáteis e seguras. "Na MWV, estudamos o modo como os consumidores interagem com a embalagem e a forma como nossos clientes estudam suas preferências com o conteúdo do interior. Por meio dos nossos estudos sobre os cuidados faciais, descobrimos quão profundamente está enraizado o ritual ao redor do globo. Entender o papel da embalagem nesta experiência emocional e sensorial é fundamental no modo como inovamos", diz Kristy Hooper, gerente global de Marketing, Cuidados com a Pele e Cosméticos da MWV.
maIO/JUNHO 2014 • Packing Cosmética
falando de marca
jequiti
Com mais delicadeza Em parceria com a agência de design Pellegrini Creatori e dos fornecedores Engratec, Calmar e Griff, linha Jequiti Vida ganha nova roupagem e aromas Beatriz Ces ainda mais envolventes
A
mais delicada e sensível das linhas da brasileira Jequiti está passando por um processo de reformulação de fragrâncias e embalagens. Já é possível encontrar os diversos itens que compõem o portfólio da linha Jequiti Vida, nos catálogos das mais de 200 mil consultoras de vendas da empresa, com as embalagens totalmente repaginadas e fragrâncias novas e surpreendentes. Além de relançar as embalagens e investir na inovação das fragrâncias, a empresa, que pertence ao Grupo Silvio Santos, aproveitou a oportunidade para acrescentar à Jequiti Vida uma linha de loções hidratantes para todos os tipos de pele do rosto.
horas de hidratação, o item também é hipoalérgico e está disponível na versão de 50 ml. Imagem nova Desenvolvido em parceria com a agência Pellegrini Creatori, o design das novas embalagens da mais tradicional linha de cuidados pessoais da Jequiti tem como marca registrada o uso de tonalidades leves e suaves, como o laranja, o verde e o lilás; além do branco, que reforça seu aspecto clean. Para desenvolver esse novo projeto, a Jequiti contou com o suporte de fornecedores como a Engratec, que forneceu com exclusividade os frascos de PE; da Calmar, que desenvolveu as válvulas em PP; e da
As loções faciais com FPS 15 contém textura hidratante, complexo VidaProgress, que reposiciona os componentes essenciais e formação de filme protetor, sendo hipoalérgico, tanto para pele normais, secas, mistas ou oleosas. Já o hidratante facial noturno, indicado para todos os tipos de pele, contém uma textura sedosa e mantém a hidratação natural da pele. O produto também conta com complexo VidaProgress. Com 48 16
versão anterior: embalagens antigas da linha Jequiti Vida.
Griff, responsável pelos rótulos. Todo o redesign das embalagens e o desenvolvimento das novas fragrâncias foram embasados em pesquisas quantitativas e qualitativas realizadas em 2010 com consumidores; sendo que a maior mudança pode ser observada nas loções hidratantes, que agora vêm em uma embalagem PET, possibilitando que o consumidor veja o produto – uma característica destacada como importante por consumidores na pesquisa – além da inclusão da válvula pump, adicionada para trazer mais praticidade. Ainda na categoria de loções hidratantes, Lásaro do Carmo Junior, presidente da Jequiti, conta que a empresa percebeu por meio da pesquisa, que era necessário investir em embalagens de maior volumetria, como as de 400 ml, uma vez que ela ainda é a de maior representatividade no mercado. “Para linha Vida, o foco tem sido muita perfumação e fragrâncias femininas, uma experiência em hidratação perfumada, assim direcionam todos os desenvolvimentos e a perpetuação de fragrâncias vencedoras da linha inovando em embalagens práticas e bonitas”, resume Lásaro. maio/junho 2014 • Packing Cosmética
Maquiagem: a nova cara do Brasil 12 de agosto, das 13h às 18h30
Inscreva-se
Na compra de 1 ingresso, ganhe uma assinatura semestral da Revista Atualidade Cosmética. Sobre o evento: Inovações, tendências e oportunidades de uma categoria que se reinventa para atender consumidoras mais antenadas, exigentes e independentes. Participe! PRÉ-PROGRAMA
12h45
Credenciamento e Welcome Coffee
13h20
Abertura dos Trabalhos e Mensagem de Boas Vindas - Aûani Cusma de Paula Publisher da Cusman Editora.
13h25
PAINEL: TENDÊNCIAS DA CATEGORIA DE MAQUIAGEM NO BRASIL Blanca Liane, diretora da Lexus Group Patrícia Geraldini, pesquisadora da Natura Margareth Utimura, diretora de conta da Kantar Worldpanel
14h35
PAINEL: EXPERIENCIAS NO PONTO DE VENDA. COMO
ESTAMOS LIDANDO COM UMA CONSUMIDORA CADA VEZ MAIS EXIGENTE? Vanessa Machado, gerente de categorias e inovação da Quem disse Berenice? Edilaine Godoi, diretora de e-commerce da Netfarma
16h20
PAINEL: OS DESAFIOS DA INOVAÇÃO EM MAQUIAGEM. ESTAMOS NO CAMINHO CERTO? Sonia Corazza, diretora técnica da Corazza Inteligência em P&D Cosmética
17h40
Espaço Adhespack Daniel Almeida, diretor executivo da Adhespack
PAINEL: MAQUIAGEM, MODA E CONSUMO. OS NOVOS CAMINHOS DA MAQUIAGEM PARA O BRASIL. Margot Takeda, sócia-diretora da agencia A10 Duda Molinos, maquiador e sócio da Lab. Duda Molinos Lenita Assef, jornalista especializada em moda e beleza
15h55
18h30
15h15
Espaço Colormix Bharat Adhia, da ECKART Effect Pigments
15h35
Coffee Break
Fim das atividades
Nomes confirmados até o dia 3/7/2014
* Programação sujeita à alteração
Local: Blue Tree Paulista - Rua Peixoto Gomide, 707 Informações: (11) 3392-2584 (com Raoni) | e-mail: raoni@cusmaneditora.com.br | www.cosmeticanews.com.br PATROCÍNIO
INICIATIVA INICIATIVA:
C R E A T I V E
S
A M P L I N G
REALIZAÇÂO REALIZAÇÃO:
categoria
esmaltes
Maiores prazeres nos menores frascos Os esmaltes já estão no topo da lista dos acessórios preferidos das mulheres brasileiras. Saiba o que pensam manicures e consumidoras sobre a ergonomia e a beleza das embalagens Beatriz Ces desse tipo de produto
É
incrível como algo tão pequeno pode trazer tanto prazer e satisfação a uma mulher. Na verdade, em seu caso, quanto menor melhor, menores são as chances de uma mulher enjoar e ele acabar sendo jogado para escanteio. Sim, estamos falando aqui dos esmaltes, um dos acessórios cosméticos mais amados e valorizados pelas brasileiras atualmente. Cientes dessa paixão nacional, a categoria tem estado no radar de investimentos das mais diversas empresas do setor, desde aquelas que já eram tradicionais no segmento – como Hypermarcas (com a marca Risqué), L’Oréal (com Colorama) e Mundial Impala – até outras que possuíam operações mais consolidadas em outros mercados como perfumaria e pele – como é o caso da paranaense O Boticário (com 18
Make B e quem disse Berenice?) e da carioca Granado. Tanto as marcas mais antigas quanto as mais novas encontram um mercado consumidor de esmaltes bastante diferente do que havia há alguns anos atrás, que demanda uma formulação com qualidade superior, um portfólio de cores cada vez maior e criativo e embalagens inovadoras e surpreendentes. Não só, este público tem visto cada vez mais valor nesse tipo de produto, ou seja, está disposto a pagar o dobro, às vezes o triplo do que pagava antigamente pelo produto. Nesse contexto, as marcas se esforçam não somente para melhorar suas formulações e lançar um grande número de coleções, mas também em evoluir e investir na qualidade de suas embalagens; reformulando maio/junho 2014 • Packing Cosmética
PUBLICITÁRIA tHALITA cARRIÃO: ela afirma que o que importa é a qualidade, mas que já comprou esmalte pela embalagem.
facilidade: tampas mais finas, como as dos esmaltes acima, são mais fáceis de manusear.
frascos e tampas e utilizando tecnologias mais avançadas de pincéis, que facilitam a aplicação e melhoram o acabamento na unha. Ergonomia versus beleza Quem lida com mercado de consumo sabe como é essencial um produto conseguir seduzir seu consumidor na gôndola e, para que isso aconteça, ele precisa ter uma embalagem atrativa, diferente, criativa, sofisticada. No caso dos esmaltes não é diferente, a embalagem é uma importante aliada da cor para cativar a consumidora que passa em um ponto de venda. “Na verdade, o que é a embalagem? É a cara do produto”, destaca Sueli Ribeiro, representante comercial da Baralan, empresa que fornece frascos, tampas e pincéis de esmaltes para o mercado cosmético; e ela ainda completa: “A consumidora vai até a prateleira e vê uma embalagem e uma cor que WWW.COSMETICANEWS.COM.BR
chama a atenção dela, é quase certo que ela vai levar o produto.” Os hábitos da publicitária de 27 anos, Thalita Carrião, que faz suas unhas em casa, além de confirmar a afirmação da profissional da Baralan também escancara algo muito importante: para marcas que acabam de ingressar no mercado, possuir uma embalagem bonita e com estilo é uma vantagem. “O estilo da embalagem conta bastante, mas o que define minha escolha é a qualidade. Mesmo assim, já comprei esmaltes de marcas pouco conhecidas por causa da embalagem”, conta. Já a estudante de Engenharia Ambiental de 22 anos, Beatriz de Brito Leite, afirma que se deixa levar pela cor, não pela embalagem, mas rechaça: “Também já deixei de comprar uma cor muito legal, pois desconfiei do produto que tinha uma embalagem feia.” Porém, não é só nas gôndolas que a embalagem é um chamariz de clientes. Sentadas de frente para suas manicures, as consumidoras arriscam testar uma marca nova, pois a embalagem lhes passa confiança. Pelo menos é o que dizem duas
profissionais consultadas pela Packing Cosmética. Riso Freire, de 56 anos e que trabalha como manicure na zona oeste de São Paulo desde que tinha 16 anos, explica que existem três fatores principais que levam suas clientes a escolher um esmalte: marca, embalagem e lançamento. Já Monik Ksenhuk, que possui 13 anos de experiência como manicure, afirma que o design da embalagem influencia suas clientes na hora de escolher uma cor. Entretanto, apesar do poder que um design criativo possui para atrair consumidoras, uma boa ergonomia é fator fundamental no desenvolvimento de uma embalagem de esmalte; e acertar o cálculo dessa complicada equação em que estão envolvidas variáveis como beleza e praticidade para os dois tipos de públicos dos esmaltes – manicures e consumidoras que compram para uso próprio – pode ser um pouco complicado. Equacionando beleza com praticidade Diferentemente de anos atrás, é possível identificar em uma ida a uma loja de cosméticos uma infinidade 19
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esmaltes
bonitas, porém mais difíceis de serem manuseadas. “Tampas pequenas e gordinhas, em que os pincéis são pequenos e não chegam até o final do frasco não são muito práticas”, coloca Riso Freire. Monik concorda com a colega de profissão. Para ela, as tampas maiores e mais retas, além de mais eficazes, também facilitam o manuseio.
tampas redondinhas: elas dão um toque especial à embalagem de esmalte.
de novos tipos de tampas que se diferenciam umas das outras por meio do tamanho, do formato, do volume e até mesmo da cor. Porém, apesar do toque especial que esses novos modelos têm dado ao produto, nem sempre elas são práticas e funcionais, tanto para as consumidoras que fazem suas unhas quanto para as profissionais.
ou em tubo são melhores”, afirma a educadora física, Samantha Rossi, de 27 anos, que faz suas unhas uma vez na semana. Já a arquiteta e designer de moda de 46 anos, Maristela Szarnobay, vai mais longe com seu descontentamento em relação às tampas dos esmaltes disponíveis no mercado. “Até hoje não encontrei uma marca que me dê o conforto, por exemplo, de deixar o vidro na
Apesar do poder que um design criativo possui para atrair consumidoras, uma boa ergonomia é fator fundamental no desenvolvimento de uma embalagem de esmalte As tampas mais volumosas, que possuem a mesma largura do frasco, são apontadas por consumidoras e manicures como embalagens muito bonitas, que chamam a atenção, mas que dificultam um pouco o manuseio do pincel. “Nunca tive dificuldades para fazer a unha por causa da tampa, mas as quadradas são mais desconfortáveis. As fininhas 20
mesa e apoiar sem o risco de colocar o pincel no vidro e ele não virar”, reclama ela. A opinião das profissionais está em sintonia com as das consumidoras quando o assunto é tampa. Para elas, as que são mais longas são mais práticas, enquanto que as menores e mais volumosas são mais
Papel fundamental de um bom pincel A qualidade da aplicação do esmalte também depende fundamentalmente dos pincéis. Apesar de ser o componente da embalagem que não contribui para a estética do produto, sua qualidade reflete diretamente no resultado final de sua utilização. “Eu já fiz unha em que o resultado não foi o esperado por conta do pincel, pois as cerdas eram uma maior que a outra, e na hora em que a gente vai passar o esmalte, ele faz umas listras na unha”, relata Riso. Pincéis que vêm com defeito, com poucas cerdas, duros, que não chegam até o final do frasco, são somente algumas das reclamações de algumas consumidoras em relação a este componente da embalagem. “Um pincel muito grosso dificulta a aplicação pois sobrecarrega a unha com excesso de esmalte”, opina a designer de 28 anos, Luana Limpo Jatobá. “Também há a dificuldade quando o fabricante coloca pincéis com defeito de fabricação, isso acontece bastante com esmaltes de algumas marcas”, relata. Thalita revela como deve ser o pincel de esmalte ideal, em sua opinião. “O pincel ideal não deve ser ‘duro’ nem ‘mole’, ele tem que ser firme e macio ao mesmo tempo. Modelos duros tiram o esmalte aplicado quando se passa a segunda mão, já o pincel muito mole não tem firmeza suficiente para aplicar o esmalte de maneira uniforme, necessitando mais aplicação e perda de produto”, explica. maio/junho 2014 • Packing Cosmética
Entretanto, a profissional da Baralan aparece para tranquilizar as consumidoras de esmaltes, dizendo que o mercado está se esforçando para sanar as eventuais falhas investindo em novas tecnologias. Em termos de pincéis, ela explica que o que há de melhor no mercado é o Big Brush, que possui 440 cerdas que conseguem cobrir a unha toda com uma só passada de mão. Outra inovação desse setor é o pincel com pontas arredondadas, também com 440 cerdas, que se diferencia do Big Brush pelo formato, tendo em vista que este último tem um formato mais reto. Outra companhia que tem consciência de que não é apenas o impacto na gôndola a missão das embalagens de esmaltes é a Zeviplast. A companhia conta com uma vasta expertise tanto no desenvolvimento de pincéis quanto de tampas. Atualmente, sua linha de tampas standard conta com 30 modelos, cujo a maioria é fabricada no formato cônico, visando facilitar a aplicação do esmalte. Entretanto, a empresa vive buscando tendências e procurando desenvolver modelos que aliem o visual à ergonomia. Quantos aos frascos, a Zeviplast possui uma linha de uma companhia indiana, a fim de atender a novos projetos e companhias que não têm acesso ao mercado de vidro. Influência do frasco Combinado com a tampa certa, um frasco pode fazer o sucesso de uma embalagem de esmaltes. Entretanto, a mesma ressalva feita às tampas deve ser considerada em relação aos frascos, em que estética e usabilidade devem andar de mãos dadas, e que uma embalagem deve ser, acima de tudo, prática. Como também aconteceu no mercado de tampas, as consumidoras brasileiras viram, nos últimos anos, um sem número de novos estilos de WWW.COSMETICANEWS.COM.BR
novos formatos: eles invadiram as gôndolas para atrair as consumidoras.
frascos para esmaltes aparecerem nas gôndolas das perfumarias, exibindo novas formas, volumetrias diversas, e tamanhos diferentes. Porém, a pergunta que não quer calar é a seguinte: na hora da aplicação, qual será a diferença? Para Samantha o formato do frasco é indiferente, pois ela diz que sempre encosta as mãos em uma superfície para fazer as unhas. Já Thalita acredita que os frascos com bases maiores e quadradas são melhores, pois se equilibram facilmente em qualquer superfície. Por sua vez, Beatriz conta que muitas vezes faz suas unhas em cima da cama ou no sofá, segurando os frasco entre os dedos, e os que possuem uma superfície mais lisa são mais difíceis de segurar. Inclusive, a consumidora dá uma ideia para as empresas de cosméticos: “Seria interessante se tivesse uma barriguinha ergométrica para encaixar os dedos, acho que até as manicures iam gostar.” As manicures são da mesma opinião de Samantha, ou seja, o formato e o volume do frasco não fazem muita diferença na hora de fazer a unha de uma cliente. O único ponto levantado
tanto por Monik quanto por Riso é a sobra do produto, seja porque o pincel é muito curto, ou porque a volumetria do frasco é um pouco grande e o esmalte acaba indo parar na lata do lixo. “Às vezes, jogo fora alguns esmaltes que estão novos, pois a cor não sai muito e acaba estragando”, conta Riso. A estudante de psicologia de 25 anos, Mayara Baldin, também vê mais vantagens nos esmaltes de volumetria menor. “Não gosto de embalagens que vêm com muito produto porque ele acaba ficando ruim ou eu enjoo da cor e desperdiço produto”, diz. Se pode concluir com toda essa discussão sobre uma das categorias que mais cresce no País que, quem quiser morder uma fatia significativa desse suculento bolo tem que encarar uma consumidora – seja ela a manicure ou a que compra para uso próprio – mais observadora e crítica em relação não somente à formulação e às cores, mas também às embalagens. Em relação a este último item, beleza e ergonomia são dois conceitos chaves que devem sempre andar juntos. 21
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perfumaria
Sofisticação masculina
O maior mercado de perfumaria do mundo está em amadurecimento e clama por sofisticação. Diante disso, o segmento de perfumes masculinos sai na Cinthia Jardim frente para atender a um público mais fiel e disposto a pagar mais
O
maior e mais efervescente mercado de perfumaria do mundo atingiu este patamar por inúmeros fatores. O hábito de se perfumar é uma característica de nossa cultura – principalmente nas regiões Norte e Nordeste do País; o aumento do poder aquisitivo das 22
classes C, D e E, já tão discutido; e um consumidor cada vez mais exigente, são alguns deles. Toda essa movimentação influenciou diretamente no consumo de perfumes e fez o Brasil posicionar-se no topo da lista de maiores consumidores de perfumes no mundo, passando países como China e França. Outra consequência foi de
tornar nosso mercado diversificado, afinal, temos uma indústria nacional forte e uma avalanche de produtos vindos de fora. Todo esse dinamismo e acesso a uma infinidade de perfumes apresenta-se de forma dialética: o consumidor com mais dinheiro pode comprar produtos mais maio/junho 2014 • Packing Cosmética
sofisticados e o mercado, percebendo este movimento, começa a investir em sofisticação. O Boticário, por exemplo, que, em comemoração aos dez anos de Malbec, foi estudar o consumidor do perfume para repaginar o clássico e percebeu essa tendência. “O que a gente vê cada vez mais no consumidor brasileiro é uma sofisticação e uma exigência de padrão internacional, no seu perfume tradicional”, corrobora Isabela Wanderley, diretora de Marketing da companhia. Essa tendência atinge diretamente as embalagens dos perfumes, que já se tornaram tão importantes quanto às fragrâncias que guardam. Por esse motivo, o segmento de válvulas e pumps cresce – impulsionado pela necessidade de customização das gigantes do mercado e da evolução natural das pequenas e médias empresas – e os estudos para o desenvolvimento de frascos e válvulas são cada vez mais elaborados. Tecnologia e beleza para se apresentar ao mercado topo da perfumaria. Alicerce para o otimismo Tanto investimento possui base concreta para o otimismo. De acordo com dados da Kantar World Panel, consultoria especializada na coleta e análise de dados sobre consumo em diversos países, mesmo com um panorama pouco favorável, que envolve o aumento da taxa de juros, do dólar e da inflação, o mercado brasileiro de fragrâncias, assim como o de cosméticos e higiene pessoal, mostra que não perdeu fôlego, e segue apresentando resultados positivos, tanto em valor, quanto em volume. Segundo o levantamento da Kantar, em 2013, a categoria apresentou um crescimento de 4% em termos de volume e de 17% em vendas ao consumidor. Segmentando-se a pesquisa com enfoque para o mercado de WWW.COSMETICANEWS.COM.BR
dez anos de malbec: marca de O Boticário chega a uma década de vida e com nova versão e embalagem.
perfumaria masculino, confirma-se a tendência apontada: retrai em volume impulsionado por perda de compradores e aumenta faturamento via preço médio. Ainda de acordo com o estudo, o aumento de preço de fragrâncias masculinas é o mais alto. O que explica, em parte, os dados da Kantar que indicam que o preço médio das fragrâncias subiu 13% em 2013, assim como o ticket médio, que aumentou 14%. Também segundo a consultoria, cresceu a procura por perfumes com preços acima dos R$ 75 no País, sendo que estes já são responsáveis por 46,8% do mercado em valor e 23,1% em volume; enquanto que, em 2010, esses números correspondiam a 10,9% e 26%, respectivamente.
Concorrência acirrando-se Os números positivos do mercado de perfumaria nacional, têm colocado o Brasil no radar de empresas que atuam no segmento ao redor do mundo e de empresários nacionais que possuem negócios consolidados em outras áreas. Jequiti, Mary Kay, Belcorp, Fuller, L’Occitane e Eudora são algumas das marcas que apareceram recentemente para brigar por um lugar na perfumaria nacional. No entanto, vale ressaltar que, apesar de essa entrada de novos players no mercado, a concorrência ainda situa-se um pouco acima. São as gigantes do mercado brasileiro que disputam palmo a palmo o segmento de fragrâncias. Natura e O Boticário, que detêm a maior fatia, possuem um diferencial imprescindível: conhecimento do consumidor brasileiro. Além disso, segundo Marselha Tinelli, gerente de perfumaria de O Boticário, a perfumaria nacional não deixa nada a desejar frente aos importados em termos de qualidade ou de variedade. “Ao contrário, utilizamos os mesmos recursos tanto de perfumistas quanto de matérias-primas que as grandes empresas estrangeiras. Mas com diferencial, entendemos muito bem as preferências e as necessidades dos consumidores brasileiros”, revela. Aberto à inovação, o consumidor brasileiro dinamiza o mercado. Assim, lançamentos constantes com estudo aprofundado do público-alvo e relançamentos com enfoque nas mudanças deste consumidor são fundamentais. Especialmente quando 23
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perfumaria
trata-se do público masculino, mais fiel à fragrância escolhida e mais exigente também. Por esse motivo, Natura e O Boticário fizeram importantes e ousados movimentos recentes em seus portfólios de perfumaria masculina. Natura, com o lançamento de #Urbano, e O Boticário, com o relançamento de Malbec, em comemoração aos dez anos do perfume. Oriundo das ruas O mais recente lançamento de Natura, #Urbano, traz um conceito inédito na perfumaria masculina da companhia. De acordo com Eduardo Albuquerque, gerente de Marketing da Perfumaria Masculina da empresa, o perfume nasceu para ser um clássico. Foram três anos de desenvolvimento de conceito e produto, com o objetivo de criar uma marca poderosa para o homem em um ambiente mais urbano. “Quando falamos da perfumaria masculina da Natura, dois grandes clássicos se destacam: o Kaiak e o Essencial. #Urbano vem para ser a terceira grande marca da perfumaria masculina Natura no Brasil”, aposta Eduardo. O perfume, inspirado na arte de rua das cidades brasileiras, foi desenvolvido num processo de cocriação entre a perfumista da Natura, Veronica Kato, John Gamba e Natasha Cote – os dois últimos da Givaudan. A fragrância de #Urbano tem personalidade marcante pela combinação do ingrediente inédito akigalawood, com um frescor aquoso inusitado e ousado pela mescla de notas frescas e herbais com toques de especiarias frias. Nas notas de saída: acorde aquoso, cardamomo, pomelo, mandarina, pimenta rosa e gengibre. Nas nota de corpo: akigalawood, lavanda, zimbro, noz moscada e alecrim. E nas notas de fundo: musk, cedro, patchouli e ambar. O akigalawood foi fruto de anos de 24
trabalho de inovação do time global de Ciência e Tecnologia da Givaudan e é resultado de um processo de tratamento biotecnológico do resíduo de um óleo aromático transformado em um ingrediente de alto valor olfativo para a perfumaria. A nova molécula foi patenteada pela Natura e é de uso exclusivo de #Urbano. Toda a criação da marca de #Urbano foi pensada a partir da relação das pessoas com as cidades. Nesse sentido, o conceito de sustentabilidade, cerne da companhia, ganha contornos mais específicos e foca nas relações humanas com o ambiente para além das matas e das florestas – como no projeto Natura EKOS –, alcançando a maneira com a qual as pessoas lidam com os problemas e as belezas das cidades; como ocupam seus espaços, física e artisticamente, e os relacionamentos advindos dessas ocupações. Em prol da arte O estopim para a concepção de #Urbano foi a percepção da Natura quanto à importância de provocar uma nova relação do consumidor com as cidades, mais saudável, mais sustentável. A partir daí, perceber também a importância da arte urbana no Brasil – reconhecida no mundo inteiro – foi o caminho natural. Sendo assim, para criar identificação direta com a marca, a empresa apostou no grafite. E o DNA dessa manifestação artística foi impresso nas embalagens de #Urbano pelos três grafiteiros convidados pela Natura:
querem uma fatia: marcas internacionais e perfumes nacionais de empresas especializadas em outros segmentos procuram aproveitar o bom momento da perfumaria brasileira.
Izu, Paulo Ito e Does, que criaram as artes estampadas nos frascos. A embalagem do produto instiga a ver além. Segundo a companhia, ao comprar o perfume, não se sabe qual das quatro artes virá no frasco. Somente após abrir o cartucho, fornecido pela Gonçalves, na cor cinza é que, através de um círculo vazado, sabe-se qual arte veio. “Este é um cartucho especial, diferente dos demais visto no mercado. Ele possui pontas picotadas e tem um furo no centro da parte frontal dele, que serve para espiar, porém não dá para ver o frasco. E quando se abre este cartucho, a primeira coisa que se avista é a arte”, considera Rômulo Zanderlan, gerente de Desenvolvimento de Embalagem. Todo o conceito por traz dos frascos e cartuchos foram de criação da agência parceria da Natura há muito tempo: a Inóbi. “A embalagem também traz um pouco dessa nossa relação com a cidade, porque a olhamos, mas não a vemos, de fato. É preciso prestar atenção para perceber o quão colorida ela é. Então maio/junho 2014 • Packing Cosmética
a embalagem fecha esse conceito provocativo de despertar o olhar do consumidor para algo que ele só saberá o que é, investigando”, exemplifica Eduardo. E, como isso já é parte do modelo de negócio da Natura, a embalagem de #Urbano tem um impacto ambiental menor. Os frascos fornecidos pela Wheaton, por exemplo, mais quadrados e com pontas arredondadas, têm utilização menor de vidro e, assim como em Kaiak, não há um componente extra, a tampa é o próprio pressionador da válvula, que é fornecida pela Albea. Logicamente que a sofisticação não foi esquecida pela Natura. Na visão de Rômulo Zanderlan, ela é um ponto muito importante dentro da perfumaria. “O fato de a válvula ser dessa maneira já é um passo interessante parar se sofisticar. E procuramos explorar as especificidades dos componentes para reforçarmos a decoração, pois a ideia é que todos os olhos estejam voltados para as artes. A embalagem é quase como se fosse um painel”, reitera o gerente. WWW.COSMETICANEWS.COM.BR
Nova versão de um jovem clássico Há dez anos, O Boticário lançava sua poderosa marca de perfumaria masculina, Malbec, que, atualmente, possui a maior penetração nos lares brasileiros, de acordo com a Kantar. Quando de seu lançamento, em 2004, O Boticário não imaginava que o perfume seria o mais vendido da companhia e do País. O sucesso é tamanho que Malbec está entre as dez fragrâncias mais vendidas pela casa de fragrância que a criou, a IFF, em todo o mundo. O que O Boticário sabe é que por mais marcante que seja uma marca de perfume, estamos falando do público brasileiro, ávido por novidades; e do público masculino que mudou ao longo desses dez anos e que quer reafirmar sua identidade como homem Malbec: masculino e sofisticado. “Quando um homem usa Malbec e ele deixa aquele lastro, deixa ali a sua marca e isso é identificado em pesquisas”, diz a gerente de perfumaria de O Boticário. A executiva lembra que, apesar do sucesso comercial, Malbec ainda não atingiu a sua curva de maturidade. “Nós estamos agregando público novo. Tem um público-alvo de personalidade, nossa marca penetra em jovens homens a partir dos 18 anos até homens mais velhos. A penetração vem crescendo ano a ano e como ainda é relativamente baixa, existe muito espaço não ativado para crescer com a marca”, completa Marselha Tinelli.
A importância de Malbec para a perfumaria brasileira vai além do sucesso comercial. Primeiro porque introduziu as fragrâncias amadeiradas à primeira divisão da perfumaria masculina, até então dominada pelas criações frescas e masculinas da família Fougére. Em segundo lugar, porque a marca brasileira trouxe uma inovação para a perfumaria mundial: o álcool vínico, uma criação patenteada pelo O Boticário que, ao mesmo tempo em que ajuda a composição a ficar mais redonda, garante ainda mais veracidade à proposta do perfume. “O briefing era bastante inspirador e o projeto inovador. Nós sabíamos o que não queríamos. Malbec não ia cheirar vinho. Mas ele tinha que traduzir o gestual do vinho e o universo dele. Vinho é sedução. E foi por esse caminho que seguimos”, explica o perfumista Napoleão Bastos Jr., criador da fragrância de Malbec. Marcante também pela embalagem Parte de uma reformulação geral, a embalagem de Malbec sofreu uma alteração muito além de comemorativa para a versão Supremo, alcançando um viés conceitual que passou tanto pela pesquisa do público do perfume, quanto pela referência ao inovador álcool vínico da fragrância. No que diz respeito ao homem Malbec, Isabela Wanderley revela que O Boticário foi a campo estudar seu consumidor para entendê-lo no que havia mudado, evoluído. “Ao falar com eles, descobrimos que amavam o frasco, gostavam da cor dele, mas achavam que poderia ser um pouco mais escuro, porque a fragrância é muito marcante”, conta Isabela. Outro ponto considerado foi a percepção da companhia de que os consumidores sempre perdiam a tampa de Malbec por carregá-lo na mochila, por exemplo. 25
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perfumaria
das ruas: lançamento de #Urbano, pela Natura, traz embalagens e cartucho diferenciados para enaltecer as artes utilizadas.
As novas válvulas spray são fornecidas pela MWV, por meio do seu negócio de Home, Health & Beauty. Segundo a companhia, para traduzir o conceito do produto, elevar a experiência do consumidor e contribuir para a fidelização com a marca, a MWV ofereceu ao O Boticário a válvula Melodie Clikit, visando proporcionar um spray luxuoso, com visual discreto e versátil. A Melodie Clikit é
Partindo para um olhar mais minucioso e conceitual, O Boticário percebeu que o frasco fazia pouca referência ao, como já dito, inovador ingrediente da fragrância do perfume. Aqui, a agência convidada para produzir a mudança da embalagem teve papel fundamental. Guido Dezordi, designer da Lumen Design, revelou que o projeto mostrou-se, desde
A tendência da sofisticação atinge diretamente as embalagens dos perfumes, que já se tornaram tão importantes quanto as fragrâncias que guardam entregue pré-montada para o cliente, reduzindo a complexidade de compra, simplificando o processo de fabricação e economizando tempo e recursos. “O sucesso da linha Malbec do O Botícário é um ótimo exemplo de como podemos trabalhar lado a lado com nossos clientes para oferecer tecnologia que brindem o mercado com soluções criativas e customizadas”, comenta Eduardo Scalese, diretor de Negócios da MWV. 26
o início, desafiador, por conta da força da marca Malbec e de seu público já estabelecido. O objetivo era renovar, mas preservar. Uma vez recebido o briefing que trazia, entre outras coisas, a explicação do desenvolvimento da fragrância Malbec a partir do vinho, a agência deu o start em seu trabalho e sugeriu ao O Boticário uma mudança que fizesse referência direta ao ciclo do vinho passando
pelos odres de madeira – referência direta também ao amadeirado da fragrância – até à concepção do vinho em si, que seria manifestado na nova cor do frasco – também fornecido pela Wheaton – mais escura, atendendo, inclusive, aos pedidos dos homens Malbec. Combinada à ideia do ciclo do vinho, deveria vir a sofisticação percebida na pesquisa de campo da companhia. “Malbec ganha um ombro metálico, um frasco mais robusto, com uma finalização mais bem feita. Na tampa, fomos buscar um sistema que fosse mais prático e, buscando inspiração no Quasar, a tampa e a válvula tornam-se uma única peça e o homem leva esse perfume na bolsa sem perder a tampa”, explica Isabela. De acordo com Guido, o anel metálico que a embalagem ganha é uma referência direta aos odres; o material na válvula traz uma textura de madeira – mas trata-se de uma resina plástica que faz essa imitação, por uma questão sustentável – que agrega sofisticação e valor a um perfume que se posiciona entre os mais elaborados e caros da perfumaria mundial. maio/junho 2014 • Packing Cosmética
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futuro
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mensagem
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automática valor
simulação
sobrevivência
Perfumaria em discussão Workshop sobre o mercado brasileiro de perfumaria realizado pela Cusman reuniu cerca de 90 profissionais de diversos elos da cadeia cosmética, para discutir os rumos da categoria. Como não poderia deixar de ser, o segmento de embalagem Beatriz Ces também esteve na pauta do evento
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o dia 6 de maio, o hotel Blue Tree Paulista, em São Paulo, novamente foi palco de uma bemsucedida reunião de importantes nomes do mercado cosmético brasileiro. Cerca de 90 profissionais, dos mais diversos elos da cadeia do mercado de cosméticos e higiene pessoal, compareceram a mais uma edição do Workshop Atualidade Cosmética, realizado pela Cusman; desta vez para discutir os rumos do efervescente e disputado mercado de perfumaria brasileiro. Sob o tema “Perfumaria: mercado e tendências”, o evento tinha o objetivo de levantar questões importantes sobre este mercado em que o Brasil já é líder mundial em vendas e volume; assim como servir como uma arena de discussão para detectar os desafios do mercado, suas oportunidades e suas especificidades. Para tal, foi montado um grupo de 28
palestrantes importantes e conhecidos no mercado, que compartilharam não somente dados, mas também suas experiências e impressões sobre este segmento. Margareth Utimura, diretora de conta da consultoria Kantar World Panel, abriu o evento expondo um panorama geral do atual mercado consumidor brasileiro, dizendo que o incremento de renda da população nos últimos dez anos, estimulou o consumo e beneficiou a indústria de higiene pessoal e beleza, que cresceu 13% no ano passado. “Na Kantar, dizemos que a cesta de personal care é o nosso termômetro, quando ela começa a ter um desempenho um pouco mais lento, é que a situação está bem grave”, disse ela, com o intuito de demonstrar a importância desse tipo de produto para o consumidor brasileiro independentemente da classe social.
Em seguida, um interessante painel que reuniu Olindo Cazervan Jr., gerente de marcas da RR Perfumes; Renata Aschar, especialista em perfumaria; e Chris Duarte, da MCF Consultoria especializada em marcas de luxo; tentou entender quais os motivos que fazem com que, ao contrário do que acontece em outros mercados, a perfumaria e a moda ainda não tenham se cruzado no País. O raciocínio dos três profissionais esbarrou na deficiência de canais de venda que distribuem itens de luxo e “masstige” no Brasil, além do próprio preconceito de varejistas e vendedoras em relação aos produtos nacionais. As pequenas empresas também tiveram espaço para contar seus cases de sucesso. Fanny Moreau, proprietária da Mon Absolu, empresa especializada em fragrâncias de nicho, falou um pouco sobre o trabalho da empresa e os desafios de maio/junho 2014 • Packing Cosmética
Patrocínio: C R E A T I V E
se conseguir fornecedores quando se é pequeno. Já Carmita Magalhães, perfumista da Firmenich; Verônica Kato, perfumista da Natura; Valeria Grossmann, diretora da Centdegres no Brasil e Claudia Ciszevski, head of frangrances da Avon Brasil, participaram de um painel para discutir a expansão internacional e a aceitação de fragrâncias produzidas no Brasil em outros mercados. A opinião das profissionais convergiu para o ponto de que a perfumaria brasileira possui uma assinatura muito própria, pois nossa cultura de perfumação deriva de uma cultura de banho, o que exige uma adequação olfativa tanto de empresas que querem atuar aqui, quanto as brasileiras que exportam, como é o caso da Natura. “Nós adaptamos nossos produtos, porém sem perder nossa assinatura olfativa”, acrescentou Verônica. Para discorrer sobre a temática dos canais de venda de perfumaria no País, o evento contou com a presença de Lázaro do Carmo Junior, presidente da Jequiti, que compartilhou a experiência da empresa no porta a porta, além de dar detalhes sobre o trabalho feito de distribuição de fragrâncias internacionais. Já Breno Salek, diretor de Marketing e Vendas de The Beauty Box, falou sobre a criação da loja que é o braço no varejo seletivo do Grupo Boticário, e como a rede – que pretende mexer com as estruturas do varejo de beleza no Brasil – tem se expandido. Por fim, Adilson Rato, perfumista da Firmenich; Magali Lara, da www.cosmeticanews.com.br
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A M P L I N G
Symrise; Napoleão Bastos, da IFF e Sandra Casagrande, da Givaudan, compuseram a mesa do painel que discutiu a diversidade nacional e desenvolvimento da perfumaria. A discussão começou nos primórdios da perfumaria brasileira, lembrando como a restrição de importações de matérias-primas foi fundamental para uma assinatura olfativa brasileira; passando pelos desafios enfrentados pelos perfumistas atuais e pelo acirramento da concorrência mesmo dentro das casas de fragrâncias. Os profissionais também falaram da importância da tecnologia e de uma nova tendência que vem se desenhando no mercado de fragrância: o de encontrar uma assinatura genuinamente brasileira para se diferenciar. universo das embalagens O universo da embalagem – essencial para trazer o consumidor para o mundo mágico da perfumaria – também foi debatido no evento. Barão di Sarno, sócio- fundador da Nódesign e Marselha Tinelli, gerente de perfumaria de O Boticário, se propuseram a responder à seguinte questão: a embalagem ainda é o calcanhar de Aquiles da perfumaria brasileira? Marselha disse que o mercado brasileiro de perfumaria caminhou muito nos últimos dez anos, entretanto, ela afirmou que as empresas de produto acabado estão um passo à frente das indústrias que fornecem matérias-primas. “Em muito pouco tempo nós caminhamos muito rápido, tanto na questão do design quanto também no material que utilizado nas embalagens. Só
que eu vejo que nós, fabricantes da indústria cosmética, caminhamos mais rápido do que os fornecedores de aSgente C embalagem; R E A T I então, V E A Mpoderia P L I N estar um passo à frente em relação a essa revolução, se não fosse às vezes o estrangulamento das opções”, expôs. De acordo com a profissional de O Boticário, o consumidor também está muito mais exigente e crítico do que há alguns anos atrás, não só em relação ao produto em si, como em relação às embalagens. Já Barão declarou que, de uns anos para cá, existe um maior entrosamento entre os diversos players da cadeia e os profissionais do design, sendo que, segundo ele, os fornecedores de embalagem possuem uma ideia diferente do que tinham dos designers há alguns anos atrás. “Os próprios fornecedores e fabricantes entendem o designer hoje como uma figura não só que cria, que faz um desenho artístico interessante, mas como alguém que tem um conhecimento técnico”, disse. Ainda no ambiente das embalagens, Tove Dalstrom, coordenadora de marketing da MWV – uma das patrocinadoras do evento – apresentou uma interessante pesquisa sobre o que irrita e agrada os consumidores de perfumaria em termos de válvula. Assim como a Adhespack, também patrocinadora do evento, que mostrou suas soluções em adesivos para catálogos de maneira interativa, dando a cada participante do evento uma revista que, conforme o palestrante apresentava a tecnologia, o público podia tocá-la, senti-la e cheirá-la. 29
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organização
futuro
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Equipe Wheaton
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Workshop
bom
performance útil grupo roteiro padrão mais resultados estudo
lugar
sustentabilidade
atual
performance
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método
válido atividade percurso habilidades programa
luz
teor
natural
contexto
real
significância
atuação
necessidades
automática valor
simulação
sobrevivência
Eufrásio Lauton e Milena Lima
Barão di Sarno e Marselha Tinelli
Auani Cusma, Rogério Rubini e Daniel Rubini
Eufrásio Lauton e Rodolfo Gonçalves
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Equipe Adhespack
Leticia Fernanda Leme e Tove Dahlstrom
Daniel Almeida e Lasaro do Carmo Junior
maio/junho 2014 • Packing Cosmética
Diferentes temas reunindo renomados profissionais e executivos para debater e contribuir com o desenvolvimento do mercado, por meio da troca de experiências e da interação entre alguns dos principais atores do setor no Brasil.
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MERCADO
VÁLVULA E PUMPS
Lado a lado com inovação e sofisticação O desempenho do mercado de válvulas e pumps está diretamente ligado ao desenvolvimento do mercado cosmético brasileiro. Em ambos, os atributos inovação e sofisticação são as palavras de ordem para um Cinthia Jardim consumidor que quer excelência
H
á alguns anos os olhos do mundo estão voltados para o Brasil. Para além dos eventos esportivos como Copa do Mundo e Olimpíadas, o País passou sem grandes sobressaltos pela crise econômica mundial em 2008 e, o mercado cosmético, há mais de uma década, apresenta índices de crescimento com dois dígitos. Nesse 32
sentido, dois fatores se destacam: a menor taxa de desemprego dos últimos 15 anos e a já tão sabida inserção de 40 milhões de pessoas no rol de consumidoras de uma “nova” classe C que segue sendo a mola propulsora da categoria. Após percebermos essa fatia gigantesca de novos consumidores, já conseguimos defini-la ainda que
inicialmente. O que o mercado cosmético tem percebido é que o consumidor brasileiro – independentemente da classe – está mais exigente e não se importa em pagar mais caro por um produto desde que ele entregue qualidade, esta, que começa pela embalagem. Para Sandra Finotti, gerente Comercial da Master Pumps, a internacionalização de nosso maio/junho 2014 • Packing Cosmética
mercado foi o maior impulsionador dessa busca por excelência por parte do consumidor. “Os consumidores movidos pela aparência das embalagens dos produtos importados, que hoje são de fácil acesso, tornaram-se mais exigentes”, afirma. A partir daí o que se percebe é uma mudança de mentalidade da indústria, que está investindo cada vez mais em tecnologia nas formulações, embalagens bonitas e componentes utilitários. Matériasprimas com sensoriais diferenciados ou com ativos que não podem entrar em contato com o ar, por exemplo, exigem válvulas que funcionem, ou os investimentos perdem-se. Para Eduardo Scalese, diretor da MWV no Brasil, o desenvolvimento da indústria cosmética caminha inseparavelmente ao da indústria da embalagem, especialmente no que diz respeito a válvulas. “O cliente que vai desenvolver um novo princípio ativo, automaticamente começa a desenvolver a válvula para preservar o produto. Um produto cosmecêutico, por exemplo, que tem alta tecnologia aplicada, demanda anos para seu desenvolvimento e a válvula precisa atender aos requisitos do produto”, explica Eduardo. Outro ponto importante do perfil do consumidor brasileiro relacionado ao desenvolvimento de válvulas é o seu gosto por customização. “Em outros lugares do mundo há válvulas ‘genéricas’, convencionais. No Brasil não é assim, porque o brasileiro gosta de produtos diferenciados. Por conta disso, as empresas do segmento gostam e precisam lançar produtos com frequência, o que faz com que a evolução do mercado no País seja muito rápida”, conta o dirigente da MWV. Um mercado cosmético dinâmico acelera os demais elos da cadeia e, em plena evolução, WWW.COSMETICANEWS.COM.BR
eduardo scalese e a coleção emotions of spray collection da mwv: China ainda é dona de parte substancial desse mercado.
válvulas para um hidratante corporal, sabonete líquido ou creme de cabelo deixam de ser “agregadores de valor” e tornam-se itens básicos. A médio prazo, levando em conta as características do mercado brasileiro, válvulas customizadas deverão ser a regra para quem quer continuar competitivo. Exemplo recente para compreensão da importância da válvula customizada foi a reformulação da linha Tododia, da Natura. A gigante brasileira foi a campo para compreender a rotina das mulheres e esse estudo permeou o desenvolvimento não só das formulações, mas também do formato dos novos dispensadores do hidratante corporal, fabricados pela Aptar B&H. O novo atuador dos dispensers possui uma base larga, por conta de as mulheres usarem a palma da mão para ativá-lo e não o dedo. As tampas do hidratante, fabricadas pela América Tampas e pela Aptar B&H, foram pensadas para impedir o vazamento do creme na bolsa das mulheres, afinal, elas passam, hoje, a maior parte do tempo em seus respectivos trabalhos.
Bons ventos trazem índices positivos De acordo com as empresas do segmento de válvulas e pumps, o mercado vai muito bem, obrigado. Isso por tudo aquilo que já foi dito – o mercado cosmético continua a crescer e o consumidor quer excelência. Sandra Finotti destaca a estabilidade do mercado com considerável ascensão nos últimos dois anos. “Nossas atenções estão voltadas para as constantes mudanças de comportamento do cliente final e tendências de perfumaria fina”, explica. Ambos os fatores citados pela gerente têm sido a causa de uma busca por válvulas que criem identidade da marca com o consumidor, o que invariavelmente inclui a customização do item. Adolfo Maier, gerente Comercial da Are também aposta na questão da sofisticação para explicar os bons ventos do setor. “Os grandes players do segmento são os que ditam as regras do jogo do mercado. Se eles lançam produtos mais sofisticados, o que inclui válvulas mais sofisticadas, todo o mercado cosmético brasileiro – que é gigantesco – vai atrás.” 33
MERCADO
VÁLVULA E PUMPS
dificuldade: Bio Extratus diz que há pouca diversidade de válvulas nacionais com preço acessível.
No entanto, se para grandes empresas customizar válvulas já é imprescindível, pode-se dizer o mesmo das pequenas e médias? Para um mercado que está em processo de amadurecimento e que, até pouco tempo atrás, via o item como um diferencial e às vezes dispendioso demais, a resposta é não. Há
as empresas investem na qualidade de seus produtos – tendência para o mercado de maneira geral –, elas precisam abandonar a tampa que não atende às especificações de garantia de que o produto não vai mudar a sua formulação e apostar em válvulas, ainda que “genéricas”. O passo seguinte é o desenvolvimento
“Os consumidores movidos pela aparência das embalagens dos produtos importados, que hoje são de fácil acesso, tornaram-se mais exigentes” Sandra Finotti, da Master Pumps
sim, ainda, um descompasso entre pequenas e médias e as gigantes da beleza quando é este o assunto. Adolfo Maier explica o tema a partir da perspectiva de que, para se desenvolver peças exclusivas, é necessário ter um setor especializado para esse desenvolvimento. Para Eduardo Scalese, essa verdade está em processo de mudança, uma vez que a partir do momento em que 34
de componentes específicos que criem identidade com a marca. Negócio da China? Válvulas e pumps no Brasil ainda esbarram na problemática do preço. Isso porque a maior parte dos componentes da produção dos itens é importada e os impostos sobre as transações comerciais são altos. Esse quadro favorece a importação das válvulas chinesas, em virtude da
desvalorização da moeda chinesa frente ao dólar e de sua produção industrial muito maior. De acordo com Eduardo Scalese, a China ainda é dona de uma fatia substancial desse mercado, correspondendo a 20 ou 30% do share. Quadro que, segundo os profissionais da área, tende a mudar em pouco tempo pela falta de um quesito básico: qualidade. Adolfo Maier afirma que a qualidade das válvulas chinesas é duvidosa. Scalese corrobora com essa afirmação e acrescenta que, às vezes, a escolha de uma válvula chinesa, ao invés de uma nacional, vem do desconhecimento do que se tem aqui no Brasil com preço acessível e melhor qualidade. “O mercado de válvulas chinesas aqui no Brasil é grande ainda, mas acho que nosso cliente médio tem convivido com a reclamação de vazamento da válvula e, às vezes, por falta de informação de que ele pode ter algo com melhor performance”, explica. As expectativas são animadoras, uma vez que o mercado que investe dia após dia em excelência no rastro do que quer o consumidor, não há de querer conviver mais com uma avalanche de reclamações em seu SAC por conta da válvula que não funciona ou deixa o produto vazar. Eduardo Scalese vê essa mudança de perspectiva do mercado como um processo. “Empresas de porte médio começam com produtos que eu chamo de ‘produtos não especificados’, primeiro, não usando a válvula, depois passando a usar a válvula chinesa e, como último passo, preocupada em oferecer qualidade e investindo imediatamente em uma válvula que atenda às especificações de seu produto.” No entanto, para o dirigente que revela que médias e pequenas maio/junho 2014 • Packing Cosmética
MERCADO
VÁLVULA E PUMPS
adolfo maier, da are: os grandes players ditam as regras do jogo no segmento cosmético. Se lançam produtos sofisticados, todo o mercado vai atrás.
empresas têm buscado a MWV para válvulas pensadas nos produtos que estão lançando, esse processo está lento demais. Sua justificativa para o fato é que falta comunicação do setor de válvulas com o mercado cosmético. Para Eduardo, produtores e desenvolvedores de válvulas precisam comunicar ao mercado as novas tecnologias do setor. Em um ambiente do tamanho do brasileiro, pequenas e médias empresas possuem grande relevância, eis uma demanda a ser atendida: comunicar para ganhar o mercado e comer o pedaço do bolo chinês. Do outro lado, as empresas reclamam da pouca diversidade de válvulas nacionais com preço mais acessível. Para Janaína Gomes, diretora Técnica da Bio Extratus, o custo das válvulas ainda é muito alto no Brasil. Por esse motivo e para não correr o risco de ficar sem os componentes – válvulas importadas possuem lead time maior e imprevistos acontecem com frequência na entrega dos materiais chineses –, a empresa 36
opta pelos dois caminhos: trabalha com empresas nacionais e com importadoras. O que há de novo debaixo do sol Como é o dinamismo do mercado de beleza em geral que dita o desenvolvimento do mercado de válvulas, deduz-se corretamente que novidades chegam constantemente nesse segmento. Porém, como já dito, no Brasil, essa “variedade” é oriunda de grandes clientes que customizam, logo, não acessível a todo o mercado. Para pequenas e médias empresas, a variedade em válvulas de preço acessível ainda é pequena, mas tende a crescer influenciada pelos mercados externos. No que diz respeito a novas tecnologias em válvulas e pumps, muito do que já vem sendo aplicado em dermocosméticos irá estender-se para cosméticos em geral por conta de fórmulas mais “desenvolvidas”. Eduardo Scalese conta que na Ásia,
Europa e Estados Unidos o Airless é tendência, uma vez que não permite a entrada de ar que, em contato com o produto, oxida-o. “Temos o grande sonho de que essa tecnologia chegue ao Brasil. Acho que o País precisa superar válvulas antigas com metal e componentes que prejudicam o produto”, afirma o dirigente. Outra tecnologia importante é o PureTech, já disponível no Brasil, que consiste em uma válvula que impede de o produto entrar em contato com qualquer componente metálico dentro dela, garantindo durabilidade maior. Para válvulas relacionadas a fragrâncias, o maior mercado de perfumaria do mundo não deve nada a ninguém e é pioneiro em inovações. No lançamento em edição limitada de Lady Lily, O Boticário desenvolveu junto à Aptar B&H, um vaporizador com o sistema on/off que impede o vazamento do produto. O processo, segundo Mauricio Carini, LATAM Beauty Market Development Manager da Aptar, teve dois principais desafios. Primeiro, resolver a questão técnica, já que todos os produtos conhecidos no mercado não tinham sistema de vedação. Segundo, como para a fabricação do vaporizador utiliza-se um sistema que envolve várias novas tecnologias, fez-se necessário criar uma cadeia robusta de abastecimento de componentes. Durante o Workshop Atualidade Cosmética, sobre Perfumaria, e, posteriormente, na FCE Cosmetique a MWV lançou sua coleção Emotion of Spray Collection atenta às necessidades de cada consumidor com vaporizadores em intensidade distintas. O desenvolvimento da coleção é resultado de um trabalho bem próximo aos clientes e, consequentemente, ao públicoalvo, reafirmando a importância da customização no mercado nacional que tende a expandir-se nos próximos anos. maio/junho 2014 • Packing Cosmética
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MERCADO
aço
A vez do aço Em busca de espaço no crescente mercado de aerossol, o aço quer difundir suas qualidades entre a indústria cosmética e o consumidor. Deste último, já tem o aval para se propagar... Pelo menos foi o que Rafael Mendonça mostrou pesquisa da Cerviflan
A
indústria, assim como todo o mercado, tem estado atento diante da ameaça de uma crise energética. E os possíveis impactos dela para a produção industrial seriam um pesadelo para qualquer companhia e para alguns segmentos, entre eles o de alumínio-primário, como foi reportado há algumas edições na revista Packing Cosmética. Dentro do mercado de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, este material é de suma importância, principalmente no segmento de aerossol, que ostenta números crescentes há anos. Mas, em paralelo com o crescimento desta demanda – sustentado pelo desenvolvimento da categoria Desodorantes, a procura por alumínio aumentou demasiadamente e o mercado sentiu isso. Sendo assim, o tempo de entrega de latas de alumínio por parte dos fornecedores saltou vertiginosamente. Este cenário se agravou nos últimos cinco anos e teve um capítulo bastante influente no início de 2012, com o fechamento da Tubocap. Ainda naquele ano, o mercado começou a 38
sofrer e precisou ter mais atenção com seus planejamentos, necessitando se programar para receber as latas com este tipo de material, em média, em 180 dias. Diante desta agitada realidade, outro mercado que se mexeu ainda mais foi o de fornecedores de latas de aço. Este material também tem boa
família aerossol da cerviflan: companhia crê que há espaço no mercado tanto para o aço quanto para o alumínio.
participação dentro do segmento de aerossol, mas ainda está longe de alcançar os números conquistados pelo alumínio. Para obter mais espaço, os fornecedores de aço sabem que a parte mais árdua deste trabalho deve ser feito junto à indústria cosmética e de higiene pessoal – falando especificamente acerca de desodorantes. Sustentando essa afirmação, está o fato de que para o consumidor final não há diferença entre um desodorante aerossol com lata de alumínio ou de aço. Pelo menos este foi o feedback obtido pela Cerviflan – que atua no segmento de embalagens para aerossol em aço – por meio de uma pesquisa que realizou recentemente. O estudo foi encomendado junto ao Ibope e realizado entre os dias 9 e 20 de setembro de 2013. Ele foi conduzido como pesquisa domiciliar, com aplicação de questionário estruturado. A amostra é representativa da população de São Paulo capital: 150 homens e 150 mulheres, entre 18 e 50 anos, das classes ABC. Na pesquisa, os consumidores foram confrontados com embalagens dos dois materiais: alumínio e aço. A intenção da Cerviflan foi saber maio/junho 2014 • Packing Cosmética
Lata de 45 mm de diâmetro e vicente lozargo filho: a embalagem de aço possui diversos atributos.
se estes consumidores conseguem notar a diferença entre os materiais; se a percepção de qualidade muda; e discorrer sobre quais são os aspectos objetivos e subjetivos nesse contexto. Apoio nos números O duelo entre a percepção da indústria e dos consumidores, na busca para conseguir espaço para o aço, é fundamentada pela Cerviflan pelos resultados obtidos na pesquisa. Segundo o estudo, nove em dez consumidores de desodorante em aerossol não têm preferência quanto à embalagem e dois terços desconhecem o material de que ela é feita. Na visão da companhia, mesmo o aço e o alumínio sendo os principais materiais utilizados mundialmente nas embalagens de produtos como desodorantes, spray para cabelo e espuma de barbear, no Brasil a maior parte dos fabricantes mantém resistência ao aço, inclusive aqueles que no exterior fazem uso dele. De acordo com a empresa, esses players argumentam que o consumidor perceberia mais valor no tubo de alumínio, que supostamente permitiria melhor acabamento e evitaria o enferrujamento, que estaria presente no aço. WWW.COSMETICANEWS.COM.BR
Os números que foram alcançados na pesquisa chamada de “Projeto Aerossol” mostram que há baixo conhecimento do público consumidor quanto ao material da embalagem. Dos participantes, 64% alegam não saber de que material é feita a embalagem de seu desodorante. E a grande maioria, 87%, declara não ter preferência nesse sentido. Já quando apresentados às embalagens com os materiais, alumínio e aço, 60% notam diferença entre as peças. Mas, quando informados dos materiais utilizados na fabricação dos tubos, a maior parte (70%) continua afirmando não ter preferência. Vicente Lozargo Filho, diretor-presidente da Cerviflan, observa que os resultados abrem um mar de possibilidades de negócio para a indústria do aço. “Sempre enfatizamos as vantagens que a embalagem metálica de aço oferece. Em primeiro lugar, a segurança, já que a embalagem de aço é, de fato, um verdadeiro cofre. A litografia é outro trunfo. Aliados à quadricromia, podemos reproduzir imagens, cores e tudo mais que os criadores desejarem. Aliás, essa revolução iniciou-se com a Cerviflan, primeira fabricante de embalagens a utilizar a cromia em suas
peças. Além disso, o lead time do aço é muito menor quando comparado ao do alumínio: 45 dias contra seis meses. E agora, com os dados da pesquisa Ibope, ganhamos outros argumentos bem fortes”, destaca. Trabalho a ser feito Como foi frisado anteriormente, o empenho da indústria do aço para difundir o material deve se voltar aos fabricantes de cosméticos. “Nosso principal desafio é convencer a indústria cosmética dessa opção. Devemos mostrar que o crescimento de seu negócio não pode ficar refém de um único tipo de embalagem (alumínio)”, sintetiza Vicente. O dirigente ainda reitera que, ao ouvir a parte mais importante da cadeia cosmética – os consumidores – e terem a confirmação de que não há rejeição nem diferenciação entre os materiais, prova que para eles o produto e seus atributos são muito mais importantes do que a embalagem propriamente dita. “Não há uma preferência do consumidor. O que há é uma disponibilidade maior da embalagem em alumínio nas prateleiras. Somos uma alternativa a este material, não um substituto”, contextualiza. 39
MERCADO
aço
Mesmo sabendo que é com a indústria que é preciso alinhar-se para que o aço passe a figurar mais no mercado, a Cerviflan sabe que também é preciso realizar uma propagação dos benefícios deste material junto aos consumidores. Isso também passa pela questão do entendimento acerca de como o aço se relaciona com a natureza. Nesta pesquisa, a maioria daqueles que mudaram de opinião com relação à preferência por uma embalagem ao tomar conhecimento de que os tubos testados eram feitos de materiais distintos citou “mais fácil de reciclar” como motivo. Outros dois fatores de preferência que surgiram somente após a revelação de que as peças em análise eram feitas de materiais diferentes foram: “ser menos prejudicial ao meio ambiente” e “ser reciclável”. “Isso prova que é preciso iniciar um intenso trabalho de divulgação sobre os benefícios do aço. É um material extremamente amigável ao meio ambiente; uma vez descartado, ele volta ao estado natural. O aço pode ser reciclado infinitas vezes, e sem perda de qualidade”, reforça Vicente. Para Antonio Carlos Teixeira Álvares, CEO da Brasilata, este trabalho deve ser realizado gradualmente. “No mundo inteiro existe a preferência para os tubos de alumínio, especialmente para desodorante. Porém, mesmo nos outros mercados, existem espaços para os tubos de aço, o que não ocorria no Brasil por falta de oferta dos diâmetros adequados”, acredita ele, se referindo aos tubos de aço nos diâmetros 45 mm e 52 mm, que são fabricados tanto pela Brasilata quanto pela Cerviflan e que, segundo ele, foram os grandes investimentos feitos recentemente neste segmento. Benefícios a propagar A questão da reciclagem, que tem peso cada vez maior em todos os mercados, também apresenta bons pontos que jogam a favor do aço. Vicente lembra que trata-se de uma 40
dados colhidos EM pesquisa da Cerviflan
64% 87% 60% 70% 93% 86% 15% 59%
alegam não saber de que material é feita a embalagem de seu desodorante; declaram não ter preferência entre o aço e o alumínio;
notam diferença entre as peças com os distintos materiais;
continuam afirmando não ter preferência após terem conhecimento do material; nunca tiveram problema com sua embalagem de aerossol. Quando acontece, está ligado à válvula; descartam sua embalagem no lixo comum;
dizem que descartam no lixo reciclável;
consideram a marca do desodorante importante;
Atributos para a escolha do desodorante em aerossol: “durar mais tempo” (67%), “não manchar a roupa” (62%) e “ter a fragrância que eu gosto” (51%)
68% dos homens e 59% das mulheres afirmam usar sempre a mesma marca Alguns itens citados a favor da embalagem em alumínio em relação a de aço:
mais bonita; mais leve; é maior; o metal é bonito e passa status; parece ser mais resistente / não quebram ou amassam facilmente; é mais fosca; gosto mais do acabamento no fundo da lata; e não tem a solda aparente/friso na lateral.
maio/junho 2014 • Packing Cosmética
embalagem 100% reciclável, incluindo o atuador e a válvula, que são feitos de aço. “Além disso, é facilmente separado de outros materiais através de eletroímã. Depois de reciclado, pode voltar a ser um eletrodoméstico, um carro ou até outra embalagem. Se uma lata de aço for acidentalmente jogada no meio ambiente, ela enferruja e volta à natureza sem agredi-la e na forma original: minério de ferro”, situa o dirigente. “O aço é o material mais reciclado do planeta, e o mercado é abundante, pois apenas 1,5% do consumo anual de aço no mundo é destinado à produção de latas e aerossóis”, emenda o dirigente da Brasilata. Procurando destacar as qualidades de uma embalagem produzida em aço, o diretor-presidente da Cerviflan ressalta que os itens fabricados com este material suportam pressões superiores a 18BAR, sem consumir mais materiais, e permite a decoração de seus rótulos com infinitas possibilidades. “Na metalgrafia – processo semelhante ao offset nos papéis –, imprimem-se as folhas de aço de forma plana para posterior conformação. Isso permite o uso da quadricromia, processo superior de impressão”, completa. Um ponto que ainda pode pesar contra as embalagens de aço é aquela imagem de um produto cujo o fundo da lata enferruja e cria uma desagradável marca em pias e assoalhos. “Existe a resistência ao fato de que os tubos de aço expostos nos banheiros que são ambientes quentes e úmidos estejam, com o tempo, sujeitos à oxidação do fundo”, confirma Antonio Carlos. Entretanto, ele enfatiza que a indústria do aço já solucionou este problema, ao oferecer o material (tanto o domo como o fundo) revestido com PET, justamente visando evitar a oxidação. “Vale lembrar que importantes empresas como a P&G (com a marca Gillette) já utiliza esse aço protegido em seus produtos”, exemplifica. WWW.COSMETICANEWS.COM.BR
de PET é absorvida no processo de fundição da embalagem para a produção de aço novo.” Suporte da cadeia O fato de disponibilizar ao mercado cosmético latas com diâmetro de 45 mm, é elogiado por Attila Almásy, gerente de Suprimentos da Aercamp, especializada em envase de aerossóis. “Realmente a Cerviflan tem feito um belo trabalho com a folha de flandres e se destaca como fornecedor no mercado de aerossóis cosméticos, pois não ficou na mesmice e inovou no diâmetro 45 mm, o mais usado atualmente no mercado. Sem falar na altíssima qualidade de impressão que estes novos equipamentos possuem”, sinaliza o profissional. Antonio Carlos, da brasilata: o aço é o material mais reciclado do planeta e seu mercado é abundante.
Vicente, da Cerviflan, reforça dizendo que o aço com PET pode ser confeccionado em várias alturas e diâmetros, e ainda conta com vantagem na decoração, por seu processo de impressão. Como esta solução apresentada vem sendo importada, os fabricantes reconhecem que ela possui um valor um pouco mais alto. “Desenvolvemos parceiros nessa área. Fomos os primeiros a trazer o aço revestido de PET da Alemanha. Hoje, temos parceiros também no Japão. Seu custo é mais alto, mas seu resultado é infinitamente superior. É o preço da inovação”, contorna. Antonio Carlos diz que esta tecnologia já está sendo utilizada pelos fabricantes brasileiros e informa que o aço já é fornecido laminado com PET, o que evita para o fabricante de aerossóis tenha a operação de envernizamento do aço comum. “Atualmente há um custo maior uma vez que o aço laminado com PET tem de ser importado. Mas lembro que não há nenhuma interferência na reciclagem, já que a micro camada
Para ele, o aço tem muito espaço para crescer no mercado cosméticos em aerossol, por se tratar de uma embalagem confiável, dentro das normas internacionais de qualidade, com impressão de embalagem impecável e de altíssima nitidez na imagem. “Um grande consumidor deste tipo de embalagem no nosso mercado é o hairspray, sendo quase 100% no mercado brasileiro, exceto por algumas empresas multinacionais que importam seus produtos em alumínio. Sempre que temos a oportunidade, mencionamos o aço para nossos clientes, mas como somos terceiristas, acatamos as ordens dos mesmos”, complementa Attila Almásy, que ainda recorda que o aço também é utilizado em embalagens de armazenamento não necessariamente em aerossol, como nas caixas de panetone. “O aço está em todos os mercados, basta saber explorá-lo.” “Graças ao crescimento do mercado de aerossol, há espaço para ambas as tecnologias, uma vez que o consumidor não rejeita nenhuma delas, como aponta a pesquisa que apresentamos. Nos Estados Unidos e na Europa, embalagens de alumínio e aço ocupam a mesma prateleira. No Brasil, há potencial para ocorrer o mesmo”, finaliza Vicente. 41
empresa
bemis
Hora de se restabelecer Após realizar a mudança do nome Dixie Toga para Bemis Latin America, visando a unificação ao redor do mundo, companhia fala sobre novidades, expectativas e sustentabilidade dentro do mercado Rafael Mendonça cosmético
A
identidade de uma empresa é construída ao longo de anos, conforme o trabalho realizado no mercado de atuação e o nível de relacionamento conquistado junto aos seus clientes e consumidores. Para realizar uma mudança de nome e logotipia, todo cuidado é pouco e a transição deve ser feita com parcimônia. Foi o que fez a Dixie Toga, que agora atende pelo nome de Bemis Latin America. A companhia, que atua nos segmentos de embalagens cartonadas, flexíveis, laminadas, rígidas e rótulos, em diferentes mercados, e também conta com unidades na Argentina, no Uruguai, no Chile e no México, realizou a transição definitiva do nome no Brasil em fevereiro deste ano e 42
almeja concretizar toda a mudança nesses outros países da América Latina até o final de 2014. A Bemis, uma das principais companhias de embalagens flexíveis dos Estados Unidos, detém o controle acionário da Dixie Toga desde janeiro de 2005, mas, assim como a Dixie, outras indústrias incorporadas pela Bemis ao redor do planeta continuaram usando seus logotipos, a fim de manter a identidade e a força da marca local. Entretanto, em 2012, o Grupo Bemis iniciou seus primeiros movimentos para unificar a companhia em todo o mundo. Foi nesse ano que aproveitaram para apresentar seus objetivos, estratégias e visão global única para todas as suas 74 unidades, localizadas em 11 países. No ano seguinte, a empresa
compartilhou seus novos valores centrais com as filiais e, em 2014, está migrando das antigas marcas para uma única logomarca global e unificada. Segundo a empresa, a nova identidade pretende enfatizar aos colaboradores e stakeholders da companhia que a Bemis é líder mundial no segmento em que atua. Na visão de Nelson Fazenda, presidente da Bemis Latin America, a unificação dos nomes ocorre em momento oportuno e irá ajudá-los muito, inclusive no fortalecimento de valores centrais, que foi o objeto de esforço global da empresa no ano passado. “Não estamos descartando nosso passado, estamos apenas dando mais um passo na consolidação da Bemis no mundo”, esclarece. O mandatário afirma ainda que o processo está acontecendo de maneira natural e tranquila. “Nesse momento, não podemos nos dispersar. É simplesmente uma nova forma de nos apresentarmos. Precisamos nos manter focados nos nossos objetivos, que são muito desafiadores”, considera. Estratégia alinhada Questionada no final do ano passado pela revista Packing Cosmética acerca das expectativas da companhia quanto ao ano que se iniciaria, a então Dixie Toga tinha consciência de que seria uma temporada sem boas perspectivas de crescimento para o País. Ainda assim, a empresa manteve a esperança de um bom ano, sustentado por lançamentos. maio/junho 2014 • Packing Cosmética
Segundo Márcia Rodrigues, gerente de Marketing da Bemis, o crescimento da companhia no primeiro trimestre de 2014 ocorreu dentro do previsto – em torno de 5%. “Já no segundo semestre, o mercado nacional se apresentou retraído por causa da Copa do Mundo. Esta situação também se manterá no terceiro trimestre, em decorrência das eleições. Mesmo assim, temos previsão de fechar 2014 dentro do planejamento da companhia”, avaliou. As oportunidades no ramo cosmético, na concepção da Bemis, estão nos mercados márcia rodrigues E teddy LALANDE: apesar de tubo e refis stand-up pouch das dificuldades de 2014, Bemis espera fechar o ano (SUP). “Há uma grande dentro do planejamento feito. demanda de consultas por parte de nossos clientes para estes dois tipos de embalagens. Pudemos confirmar de Marketing afirma que, com relação esta demanda também durante a aos stand-up pouches, o grande gargalo FCE. Muitas empresas estão ainda que se apresenta é com relação aos em fase de estudo, mas uma parte investimentos que os clientes precisam expressiva revela que estão investindo fazer em suas linhas de envase, na em equipamentos e desenvolvimento compra de equipamentos específicos, de novos produtos para entrarem no tanto para envase em Form Fill & Seal, mercado em 2015”, visualiza Márcia. como para envase Fill & Seal. “Esta questão dificulta um pouco a chegada O principal lançamento da empresa de novas tecnologias ao consumidor nesta edição da FCE foi o SkyBlue final”, resume ela. (foto), um blister rígido para o mercado de fármacos que não utiliza Atenção sustentável componentes clorados (PVC Free). Parte imprescindível dentro da “O impacto deste produto é com realidade de qualquer empresa, relação ao meio ambiente, pois é independentemente do ramo de sua um item eco-friendly e, além disso, atuação, a sustentabilidade exerce peso possui preços muito competitivos. Para forte sobre as decisões das companhias. o mercado de cuidados pessoais, No segmento de embalagem, a busca lançamos a mini bisnaga (foto) com não é apenas por soluções sustentáveis orifício de saída menor, de 1,5 mm de em sua cadeia, mas também permeia diâmetro, apropriado para a aplicação a procura por meios de como criar de produtos na área dos olhos, por uma embalagem diferenciada e que exemplo.” agregue valor ao mercado, ao mesmo tempo em que ajude a natureza. Teddy Quando perguntada a respeito de quais Lalande, gerente de Sustentabilidade são os principais gargalos enfrentados da Bemis, assegura que a empresa pela empresa nos segmentos em que está bem preparada para trabalhar as atuam no mercado cosmético, a gerente questões de sustentabilidade junto com WWW.COSMETICANEWS.COM.BR
os seus clientes, e garante que o primeiro e o principal assunto a avaliar são sempre as perdas de produto ao longo da cadeia e como melhorias na embalagem podem ajudar a eliminar estas perdas. “Não faz sentido tentar reduzir a embalagem em uma cadeia em que ela mesma ainda contribui para perdas de produto. Perdas estas que ainda são muito frequentes em muitas cadeias e cujos impactos econômicos e ambientais são muito significativos. No caso dos cosméticos, por exemplo, várias embalagens ainda dificultam ou até impossibilitam o uso do produto até o fim, apesar de serem itens muito valiosos, tanto em termos ambientais quanto econômicos. Outro exemplo bastante comum são os tubos de alumínio para cremes, um material que costuma rasgar e provocar perdas de produto, não apenas na cadeia de distribuição, mas também no consumidor final”, contextualiza Teddy. Para trazer à tona um exemplo de empresa que, segundo o gerente, valoriza e sabe trabalhar o tema sustentabilidade, ele cita a Natura e sua linha Sou, feitas em stand-up pouch. “Trata-se de uma linha inovadora, muito bem pensada e excepcionalmente leve, especialmente por não ser um refil. Além de favorecer o aproveitamento do produto até a última gota, este SUP da Sou usa 75% menos plástico que uma embalagem rígida convencional usaria”, exalta. Teddy ainda destaca que as maiores demandas por parte de clientes da Bemis na área de sustentabilidade dizem respeito a reduções de materiais na fonte, pegadas de carbono e avaliações de ciclo de vida completas, estudos de reciclabilidade e uso de novos materiais, insumos ou substratos, especialmente bioplásticos e plásticos biodegradáveis. 43
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A forma como diferencial Na Europa é cada vez mais comum encontrarmos embalagens diferentes em que a forma é privilegiada para destacar o produto no ponto de venda. Por Assunta Napolitano Camilo Conheça alguns destaques
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ncontramos nos pontos de vendas da Suécia uma novidade bem atraente. Trata-se de um sabonete líquido da marca bliw, cujo o formato lembra um sabonete em barra. Sem dúvida, é um produto que agrada àqueles que se ressentem de usar sabonete líquido por causa de sensação de “pegar fisicamente”. O formato é agradável, sua “pega” é ergonômica, e o visual, lindo. Não houve problema nem mesmo com a questão da exposição, já que os 44
sabonetes ficam bem acomodados em caixas de transporte projetadas para tal, e a exposição é realizada na própria caixa ou com as unidades soltas em cestas, similar ao que ocorre com os sabonetes tradicionais. O frasco “gostoso” de pegar e manusear, semelhante ao produto em barra, é produzido em PE e tem uma tampa de rosca em PP, que abre e fecha com um quarto de volta, de forma simples e intuitiva. A decoração também é clean e moderna, feita em serigrafia
com apenas três cores. Os fabricantes optaram pela utilização de um contrarrótulo autoadesivo na base para trazer as informações complementares. O segundo exemplo é de um shampoo da Jane Hellen, da sueca Hardford. O frasco também em PE possui tampa em PP translúcido, com destaque para as cores e a aplicação em rosa para contrastar com a tampa. A programação visual do rótulo chama a atenção pelo uso de diagonais e triângulos, acompanhando sua forma, também triangular até a tampa. Esta, com abertura total num sistema flip top, garante design diferenciado e bastante conveniência. A alemã Henkel inovou apresentando ao mercado a nova linha para cabelos da Schwarzkopf, a essence ULTÎME, em novíssimo formato. Apostaram em frascos retangulares com cantos arredondados. O formato gera economia no transporte e privilegia a comunicação na medida em que amplia o painel frontal e destaca a linha. maio/junho 2014 • Packing Cosmética
A modelo Claudia Schiffer dá o aval e é quem assina a linha com imagem da estampa do próprio rosto. Apesar da foto, a programação do rótulo é bem moderna e clean. Foi usado um rótulo e contrarrótulo único, do tipo no label look, que desaparece na decoração, embora tenham optado pelo sistema de impressão híbrido com flexografia e serigrafia. Além do formato delicado, o novo desodorante dusch das, da Unilever do Reino Unido, usou a nova tecnologia de supercompressão do produto num sistema aerossol, que possibilita ao frasco cerca da metade do tamanho para a mesma quantidade, economizando espaço e material (no caso, o alumínio). Com isso, a proposta é prática e ambientalmente atraente. A marca alemã Wellness & Beaty
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merece aplausos com seu novo produto, uma espuma de banho. A proposta é inovadora: a suave espuma com textura espessa e agradável e o aroma de cereja e rosas como componentes que acompanham um banho relaxante.
eficiência, serão as embalagens que permanecerão no futuro, afinal: Embalagem melhor. Mundo melhor!
O frasco em PET é elegantemente alongado e acinturado, em rosa suave e decorado com rótulo termoencolhível muito bem impresso num design simples e clássico, trazendo faixas de boxes de ton sur ton de rosas. A tampa, no mesmo tom de cor da base do rótulo, possui uma válvula pump que ativa a espuma de maneira prática e muito ergonômica.
Assunta Napolitano Camilo - Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade. Diretora do Kit de Referências de Embalagens e da obra Better Packaging. Better World.
As embalagens que apresentarem melhorias nos aspectos de decoração, design e segurança, forem mais leves, com formas atraentes e produzidas com mais
Mais informações e fotos dos produtos podem ser obtidas no site: www.clubedaembalagem.com.br.
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CONTEMPLADOS: vencedores posam com o troféu do Programa de Qualificação de Fornecedores 2014.
Os melhores da cadeia cosmética Abihpec premia as melhores empresas fornecedoras de diferentes elos da cadeia de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos e divulga dados Beatriz Ces sobre a performance do setor no primeiro semestre de 2014
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Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) reuniu diversos profissionais do setor na sede da FIESP, em São Paulo, para anunciar os melhores fornecedores da indústria, de acordo com o Programa de Qualificação de Fornecedores 2014; e também aproveitou a oportunidade para divulgar os números que revelam o desempenho do setor no primeiro semestre de 2014.
volume de venda já havia alcançando o patamar dos 7% em relação ao primeiro quadrimestre de 2013, fato que incentivou as empresas do setor a investirem na construção de novas fábricas.
De acordo com pesquisa realizada pela entidade, o período registrou crescimento de 11%, o que representou alta de 5,5% em relação ao primeiro semestre do ano passado. “Apesar do contexto econômico brasileiro pouco favorável, nosso mercado teve um bom desempenho este ano”, ressaltou João Carlos Basílio, presidente da entidade.
Na cerimônia também foi revelado que o segmento de HPPC já representa 1,8% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, sendo que ela prevê que esse número deva chegar aos 2% até 2016.
Ainda segundo os dados da Abihpec, somente até abril, o aumento do 46
A entidade prevê que o setor encerre 2014 com faturamento sem impostos (ex-factory) de R$ 42,6 bilhões, alta de 11,8% ante os R$ 38,1 bilhões da ano anterior.
Valorizando o trabalho intenso O 16º andar do famoso edifício da FIESP, na Avenida Paulista, também foi palco do Programa de Qualificação de Fornecedores 2014, em que foram
premiadas as melhores empresas parceiras da indústrias cosmética, que atuam nos mais variados segmentos. O programa que já está em sua sétima edição, foi criado para estimular boas práticas e servir como referência para empresas do setor. Entre os quesitos avaliados estão qualidade e desenvolvimento de produtos e serviços, atendimento comercial, entrega e assistência técnica. De acordo com Salvatore Privitera, da Embala Ideias – consultoria que atuou no Programa de Qualificação de Fornecedores 2014 em parceria com a Abihpec –, a nota média geral dos fornecedores foi de 8,2. “Isso mostra que eles ainda têm oportunidade de se aprimorarem e investirem ainda mais na qualidade de seus produtos, serviços, processos e atendimento. Hoje, o programa entrega aos participantes as notas e o feedback da indústria de maio/junho 2014 • Packing Cosmética
HPPC, mas no futuro a ideia é extrair sugestões dos clientes de pontos de melhoria para os fornecedores”, avaliou Privitera. Neste ano, 21 empresas receberam o selo de qualidade do programa, sendo que a Firmenich, uma das principais casas de fragrâncias do mercado, foi reconhecida como o Fornecedor do Ano. Ainda na área de Fragrâncias, também receberam o selo a Fav105, a Givaudan, a Robertet, a Symrise, além da própria Firmenich. No segmento de Ingredientes, Aquia, Brenntag, Cosmotec, D’Altomare, Focus Química, Oxiteno, Pic Química e VM7 foram reconhecidas. Nos Serviços, as empresas Ativa e Medcin conquistaram o selo; e, finalmente, no segmento de Embalagens, a Box Print, a Congraf, a Grossplast, a Kingraf, a Sigmaplasth e a Wheaton Brasil foram agraciadas.
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João Carlos dos Santos, gerente comercial da Congraf, disse que o reconhecimento da Abihpec para a empresa é muito importante, além de servir como um estímulo para crescer e investir cada vez mais. “Para a gente é muito gratificante receber esse selo e graças a Deus estamos acostumados a ganhar esse prêmio sempre. Estamos tentando duplicar nossa capacidade para que, no ano que vem, possamos receber mais um prêmio”, contou. Por sua vez, Décio de Oliveira Pinto, gerente comercial da Sigmaplasth, destacou que esta é a quinta vez que a empresa é escolhida por seus clientes como um de seus melhores fornecedores. “Isso é resultado de todo um esforço de toda a equipe da Sigmaplasth, desde o funcionário mais humilde até a presidência da empresa, que trabalham em prol do
bem de todos os nossos clientes”, declarou ele. Já Rodolfo Gonçalves, administrador de contas da área comercial, responsável pelas contas cosméticas da Box Print, ressaltou a importância da premiação para o reconhecimento de todo o investimento feito pela empresa durante todos esses anos, para suprir as necessidades dessa indústria que demanda suprimentos e serviços de muita qualidade. “Atualmente, a Box Print possui um trabalho muito focado na indústria cosmética e de higiene pessoal como um todo, então isso para nós é um trabalho árduo feito há anos, pois sabemos que esse é um mercado muito exigente e muito refinado”, explica o executivo, que completa: “Temos, há alguns anos, investido nesse segmento, que já representa 48% do nosso mercado, então essa certificação significa muito para nós”, concluiu.
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Novidades na palma da mão Com inovações em embalagens para os mais diferentes segmentos do mercado cosmético, a FCE Cosmetique 2014 possibilitou uma Cinthia Jardim experiência multisensorial aos seus mais de 17 mil visitantes
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ntre os dias 12 e 14 de maio, São Paulo recebeu a 19ª edição da FCE Cosmetique que movimentou o Transamérica Expo Center com novidades para o mercado cosmético em todos seus setores de produção. A principal plataforma de negócios da América Latina para
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a cadeia produtiva do segmento – junto à simultânea FCE Pharma – recebeu mais de 17 mil profissionais, entre fabricantes, fornecedores, distribuidores e revendas do País e do exterior. Mais de 500 marcas nacionais e internacionais, sendo 58 estreantes, estiveram em exposição em stands interativos e conceituais
que possibilitaram aos visitantes uma experiência multissensorial. Os bons números superaram as expectativas. “Estamos muito satisfeitos com os resultados conquistados nesta 19ª edição. Novamente, a FCE Pharma e FCE Cosmetique cumpriu o objetivo de conectar profissionais qualificados, compartilhar conhecimento e criar maio/junho 2014 • Packing Cosmética
experiências”, comentou Ligia Amorim, diretora geral da NürnbergMesse Brasil, empresa organizadora do evento. Paralelamente à área de exposições, o 27º Congresso Brasileiro de Cosmetologia também alcançou resultados significativos. Desenvolvido pela Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC), o evento contou com destacados palestrantes que apresentaram, para um público qualificado, palestras magistrais e técnico-comerciais, além de apresentações de trabalhos científicos e workshops sobre inovações do setor cosmético aos profissionais do setor. Outro projeto, o “Por Dentro dos Cosméticos”, proporcionou um circuito de soluções, inovações e tendências em matéria-prima. A Packing Cosmética esteve na feira para conferir os lançamentos e, assim, identificar as principais tendências em embalagens que serão vistas no mercado. Importantes empresas como: MWV, Wheaton, Aptar, www.cosmeticanews.com.br
Albéa, Mappel, Corel, Box Print, Embale, Incom, AB Plast e Antilhas, marcaram presença e mostraram seus lançamentos e portfólios já consagrados. Só acredito tocando Quem caminhou por entre os stands da feira este ano encheu os olhos e as mãos com as amostras de produtos e os conceitos criados para expô-los da forma mais atraente possível. Para Sérgio Damião, administrador de Contas da Box Print, a experiência sensorial no segmento de embalagens cosméticas é fundamental. “A FCE nos possibilita trazer nossos produtos e permite aos clientes tocar e sentir a textura, a grande responsável por seduzi-los”, afirmou. Para aprofundar essa experiência, a empresa, que participa do evento desde 2005, trouxe um catálogo “interativo” com seu portfólio. Seus produtos puderam ser tocados. Sérgio Damião revelou ainda que
os investimentos feitos para os lançamentos deste ano foram em acabamento, verniz e hot stamping. E o destaque ficou com a nova tecnologia em verniz texturizado com a qual se consegue uma série de efeitos sobre a embalagem; tudo para agradar os clientes com uma embalagem personalizada e que se destaque no ponto de venda. Quem também investiu este ano na experiência “touch” foi a Antilhas. O catálogo com os produtos trazido para a FCE é parte de um projeto maior que a empresa vem realizando junto aos seus clientes: um workshop focado em acabamentos para as áreas de Marketing e Suprimentos acompanhado dos produtos para serem vistos e tocados. A ideia é levar aos clientes inspiração no momento de criar a embalagem, mostrando o que pode ou não ser feito com determinado material. Nesse sentido, a FCE Cosmetique é uma excelente plataforma para a Antilhas, cujo 65% 49
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dos negócios estão direcionados para o segmento cosmético. “Esta é, para nós, a grande feira, principalmente pela possibilidade de contato direto com os clientes. O público que a feira nos traz é muito representativo”, afirmou João Élcio Luongo Jr., gerente de Vendas da Antilhas. Sem lançamento específico, a Incom apostou na feira para fortalecer o relacionamento com os clientes. Andreia Johansen, gerente Comercial de Marketing e Vendas da empresa, contou que a estratégia esse ano foi mostrar aos visitantes os cases de sucesso recente da Incom; como a tampa do relançamento de Kriska, da Natura, e a linha infantil Aviões, da AVON, cujas embalagens são de design e fabricação deles. Pensando na experiência sensorial do consumidor com a embalagem, a AB Plast, em parceria com a DuPont, apresentou a resina Elvaloy, um material com sensibilidade diferente ao toque, mais maleável, e que pode ser usada para produtos menos viscosos. Além disso, a empresa lançou uma nova linha de PET para hidratantes e sabonetes líquidos. Sidnei Pererira, gerente de Vendas da empresa, ressaltou a prospecção de clientes de fora do Brasil. “Esse ano foi ímpar pelo número de visitantes de outros países ao stand, com destaque para os da América do Sul”, declarou. A Embale apostou na mudança de cor das embalagens com base em pesquisas de tendências do exterior. Paulo Medeiros Jr., diretor Comercial, ficou satisfeito com o resultado na feira. “As novas cores foram elogiadas, o que prova o quanto uma simples mudança de cor pode ser impactante para o consumidor”, afirmou. Para Tove Dahlstrom, coordenadora de Marketing da MWV, a feira é uma vitrine ideal para os seus lançamentos serem vistos e experimentados desde 50
a primeira vez em que participaram, há 14 anos. Este ano, a companhia apresentou sua nova coleção de sprays: a Emotions of Spray Collection, composta por seis válvulas sprays para fragrâncias de luxo. O lançamento oferece às empresas a oportunidade de criar uma combinação ideal entre a fragrância e as válvulas, elevando a experiência do consumidor e a conexão com a marca. A nova linha apresentada em primeira mão no Workshop Atualidade Cosmética de Perfumaria, no dia 6 maio, pôde ser vista e tocada durante a FCE. Segundo Tove, a pré-apresentação trouxe resultados positivos. “Essa coleção nova de fragrâncias foi lançada recentemente neste Workshop. Aqui, na FCE, várias pessoas que foram ao workshop vieram para conhecer a coleção e experimentá-la”, declarou. No que diz respeito à feira, Tove mostrou-se satisfeita com a frequência no stand tanto de grandes clientes já fidelizados, quanto de pequenos clientes potenciais. “O mix de empresas que nos visitou foi bem interessante. Os principais clientes passaram, mas também vimos muitas empresas menores querendo melhorar sua produtividade e sua linha de produtos para um público brasileiro cada vez mais exigente”, finalizou. Para todas as áreas As inovações apresentadas em embalagens estiveram bem distribuídas e equilibradas por todos os segmentos do mercado cosmético. A Aptar trouxe para a perfumaria a Bomba Precious, com a tecnologia Long Time Spray, de alcance maior e pulverização melhor como diferencial. Para Skincare, a companhia apresentou as bisnagas com tubo, chamadas Beauty Tube. E, em parceria com a Grand Pack, o Cosm’in, um sachê que pode ser usado mais de uma vez, ideal tanto
para amostragem em revistas, quanto em kits para viagens. Seguindo a tendência do mercado mundial, a Wheaton apresentou novas técnicas e processos de decoração em vidro, como efeito pedra, pintura vertical – as pinturas de frascos são feitas na horizontal – e pintura termosensível – mudança de cor do vidro dependendo da temperatura do líquido colocado dentro do frasco. Para Vanessa Misquini, supervisora de Marketing da Wheaton, a feira serve, principalmente, para a companhia manter-se conectada ao mercado e estreitar relacionamento com os clientes. No segmento de maquiagem, a Albea lançou durante a feira o My Style, sua nova família de aplicadores de máscara composta por Mademoiselle, para volume extremo e alongamento; Signorina, para volume extra; Lolita, para volume e definição; e Miss, para curvamento extra e alongamento. A Corel também trouxe novidade nesse segmento com o Aplicador Inteligente, um aplicador de sombra cuja ponta não é de espuma, mas de um material similar ao silicone. “O principal diferencial desse lançamento está em transferir para a pele exatamente o que se pegou de pó, o que não acontece quando a ponta é de espuma”, explica Marcelo Pereira Nunes, diretor Comercial da Corel. Já a Bioplan-Mappel, terceirizadora de cosméticos com destaque para o segmento de dermocosméticos, proteção solar e produtos para bebês, aposta na feira para a prospecção de clientes novos. “A FCE é uma feira muito importante para a gente, inclusive, no sentido de mostrar a Mappel para quem ainda não a conhece como aquisição da francesa Bioplan e a possibilidade que isso nos dá de trazer inovação da França para o Brasil”, finalizou Suemi Fucatu, gerente de Projeto da companhia. maio/junho 2014 • Packing Cosmética