jeanete musatti uma exposição dentro de uma exposição an exhibition within an exhibition
o mundo do mínimo, de jeanete musatti
the minimal world of jeanete musatti
ricardo resende
ricardo resende
Parafraseando o crítico de arte norte-americano Arthur C. Danto, a arte de Jeanete Musatti “transfigura o lugar comum” das coisas¹, trabalha com situações de aparente banalidade, que não têm mais importância no dia-a-dia da sociedade contemporânea, e transforma-as em objetos de arte, em pequenas instalações, em arte em miniatura. As situações criadas nestes “ambientes” artísticos (fechados ou não em uma vitrine) representam eventos reais que habitualmente passam despercebidos por sua simplicidade, diante da tamanha ansiedade e quantidade de informação que envolvem a vida urbana contemporânea. A artista paulistana, neste gesto simples do acumular (colecionar) e acomodar seus pequenos “achados”, recolhidos em antiquários, nas casas da família, nas ruas das cidades, na areias das praias, nas matas que percorre, elabora uma cartografia de seu percurso, de sua existência, como pode ser observado no trabalho Estreito de Corintho,
Paraphrasing U.S. critic Arthur C. Danto, Jeanete Musatti’s art “transfigures the commonplace”¹, it deals with apparently banal situations that are no longer important in the daily life of contemporary society, and transforms them into artworks, small installations, or miniature art pieces. The situations created in these artistic “environments” (whether or not they are stored in showcases) represent real-life events that usually go unnoticed in their simplicity, due mainly to the great degree of anxiety and amount of information found in contemporary urban life. With her unpretentious gesture of bringing together (collecting) and combining small “found objects” that she picks up at antique shops, family homes, city streets, sandy beaches, and in the woods, the São Paulo artist creates a cartography
Estreito de Corintho - imaginando Epidaurus 2006 -- caixas plásticas, fotografia, vidro, areia, coral e figura de prata/plastic boxes, photograph, glass, sand, coral and silver figure -- 82,5 x 30 x ø 17,5 cm
de 2006. São fotografias dispostas em uma coluna fixada ao lado de uma “vitrine” sobre uma base que contém uma cena da história da humanidade. Vêem-se restos de dois templos e a imagem de uma estátua atolados na própria areia que os constituía, como a existência e a história da humanidade que se desfazem na passagem do tempo. Na coluna de fotografias é interessante observar uma única e micro estatueta colocada de costas a observar a paisagem vista na fotografia à sua frente. Seria uma maneira de se retratar a si mesma a observar, evidenciando a nossa insignificante escala diante do que se vê no mundo? A trajetória de Jeanete Musatti é um longo caminho contabilizado em mais de quarenta anos, uma carreira artística que tem seu cerne na observação e coleta destes pequenos objetos e suas transfigurações/releituras, com a posterior catalogação dos mesmos, conferindo-lhes um sentido museológico ao transformá-los em suas obras de arte. Seus trabalhos são a recriação de seu mundo interior ou para melhor localizá-los dentro de uma das categorias da arte, tais “ordenações”, tratam do que podemos denominar “paisagens interiores”, pequenas paisagens sublimes que exigem do observador um gesto de curvatura, uma quase reverência a estas pequenas janelas de sua alma e imaginação, que descortinam não para o mundo exterior, mas melhor, para dentro de si mesma. A ação da artista está em deslocar cenas da vida cotidiana para o espaço expositivo de vitrines, mostruários, caixas de vidro, sobre o tampo de uma mesa. Nada mais do que uma investigação e exposição do íntimo. Ao mergulhar o olhar neste mundo do mínimo de Jeanete Musatti, deparamonos com o silêncio essencial para a existência de uma obra de arte.
of her path and her own existence, as shown in the work Estreito de Corintho (Isthmus of Corinth), of 2006. Here she arranged photographs on a column positioned next to a “showcase” on a pedestal, containing a historical scene. This scene features the remains of two temples and a statue buried in the sand and debris that once constituted them, as if representing the existence and the history of humankind worn away by the passage of time. Interestingly, on the column covered with photographs, a picture presents a single micro
Sem título/Untitled 2008 -- instalação, fotografias, madeira e bronze/installation, photographs, wood and bronze -- 164 x 78 x 78 cm
O procedimento de constituição de arquivos, atualmente em voga na arte contemporânea, esteve presente na obra de Jeanete Musatti desde o início de sua carreira: a arte transformada em algo como um arquivo, um pequeno museu de curiosidades, um guardado da memória e das experiências vividas plásticas, estéticas ou sensoriais, o todo organizado de modo a constituir um campo artístico magnetizado, como podemos observar no trabalho sem título, de 2004/2008, em que organiza uma carcaça ou concha marítima dentro de
figurine photographed from behind that appears to be observing the scene in the subsequent photo. Would this be, perhaps, a way for the artist to portray herself as an observer, thereby revealing the insignificant human scale in face of world things? For more than 40 years, Jeanete Musatti has been building herself an artistic career around the observation and gathering of small objects, their transfigurations or re-readings, and their subsequent cataloguing with a view to conferring museological meaning on them as soon as she makes them into art pieces. Musatti’s works are recreations of her own inner world. To better assign them an art category, these “organizations” address so-called “interior landscapes”, i.e., small sublime landscapes that require that the viewer bows, nearly in reverential manner, before these minute windows of her soul and her imagination that open up to her inner self, rather than to the outside world. The artist’s action consists of displacing everyday life scenes into the exhibition space of showcases, displays, glass boxes, or tabletops. It involves nothing besides investigation and the exposure of intimacy. As our gaze delves into Jeanete Musatti’s minimal world, we come upon the silence that is so critically important for the existence of a work of art. The procedure of building archives that currently is a vogue in contemporary art has been part of Jeanete Musatti’s practice since the early days of her career, when she transformed art into a sort of archives, a small curio cabinet, a
Solitárias 2008 -- caixas de plástico contendo diversos materiais/plastic boxes with several materials -- 8 x 8 x 3,5 cm cada/each
um pequeno berço e duas silhuetas de pequenos pássaros postados lado a lado como a olhar para esta cena. Todos são feitos em metal fundido ou latão. Estes objetos arranjados, não importa o lugar ou a superfície em que estejam, são de uma intensidade plástica impressionantes. Nesta exposição, a artista os colocou em uma espécie de estante, com o fundo coberto por duas fotografias. Ambas têm um mesmo ninho em comum ou pêlos, que nos conduzem a idéia de um ninho de pássaros. A primeira foto traz uma estatueta de uma possível bailarina, daquelas que costumamos ver em caixinhas de música, emergindo dos fiapos que formam este abrigo. Divide o aconchego do lugar com algumas pedras. O outro ninho traz dois fósseis de conchas. Uma de caramujo e a outra é uma dessas que se encontra comumente nas praias. O resultado dessa “arrumação”, como acontece em muitos dos trabalhos da artista, faz surgir
memorabilia item or memento of lived experiences, whether they be sensorial or aesthetic; or yet the whole organized in such a way as to constitute a magnetized artistic field, as shown in the untitled work of 2004/2008. In this piece, the artist set up a carcass or seashell inside a miniature cradle and then she placed two silhouettes of small birds side by side, as if looking onto the scene. Everything here is made of cast metal or tin. Regardless of the place or surface on which the artist organizes these objects, their visual and sensorial impact on the viewer is always highly impressive. In the current exhibition, the artist has arranged her work in a stand with shelves, with two photographs lining its inside back panel. Both pictures show a same type of delicate structure made out of an entanglement of hair, which brings
Para Sigmund Freud 2008 -- vidro, plástico, acetato e ferro/ glass, plastic, acetate and iron -- 21 x 40 x 21 cm
uma atmosfera supra-real, algo fantasmagórica, como um jogo de memória assustador ou um pesadelo, apesar das figuras serem delicadas; dois pássaros que algo anunciam. Em outro trabalho que compõe esta mostra, o Delicadezas da Alma, de 2008, são várias e pequenas molduras que funcionam como caixas nas quais a artista cria uma cartografia na forma de cenas isoladas das delicadezas humanas. As cenas são compostas de pequenas imagens de figuras humanas, talvez da França de Luiz XV. O fundo é um emaranhado de linhas que criam um sentido organizado e em cores. Em alguns parecem tratar de uma representação de uma pintura expressionista gestual, uma quase pinturinha de ação.
to mind a bird’s nest. In the first photo, a figurine resembling a little music-box ballerina emerges from the hair strands that constitute the nest, which the figurine shares with a few stones. The other photograph shows two fossilized shells inside the nest: one is a snail’s spirally coiled shell and the other, an ordinary seashell. Like in many of the artist’s works, this “arrangement” spawns a somewhat phantasmagoric atmosphere that transcends realism, like a frightening memory game or a nightmare, albeit the delicate figures of the two heralding birds. In another work of this series, titled Delicadezas da Alma (Gentleness of the Soul), of 2008, many small picture frames serve as boxes inside which the artist creates a cartography of isolated scenes of human gentleness. Small human figurines that could be viewed as pertaining to France under King Louis XV attend these scenes against a background of intertwined lines that add color and a sense of organization to the work. On occasion these scenes seem to represent a gestural expressionist painting, a quasi miniature action painting.
----A tarefa de escrever um texto sobre Jeanete Musatti, depois do belo ensaio de Casimiro Xavier de Mendonça, que traça um minucioso percurso pela obra da artista, mais o texto competente da crítica de arte e historiadora Aracy Amaral, torna o meu trabalho árdua tarefa. Parece que tudo que o poderia ser dito já o foi. Depois de ler Casimiro Xavier de Mendonça, que merece aqui também ser lembrado por sua obra crítica, não vi outro
Writing on Jeanete Musatti in the wake of such authoritative essays as that by Casimiro Xavier de Mendonça, who delivered a fine and comprehensive description of the artist’s body of works, and that of art critic and historian Aracy Amaral, presents quite a challenge for me. As it seems, all that could be said about the artist’s work has been said. So,
caminho a não ser abordar e refletir sobre a problematização do uso da vitrine e dos espaços confinados para suas “pequenas arqueologias”, como a própria artista se refere à sua obra, neste texto publicado no livreto intitulado “Jeanete Musatti”, da editora “Ex Libris”. Colecionando ou simplesmente ajuntando dados (objetos) ou apenas vestígios (textos e imagens) de suas passagens pelo mundo, temos na história da arte recente Allan Kaprow na década de 60, Sophie Calle, nos anos 70 e mais um cem números de artistas daquelas e das gerações seguintes que se utilizam de vitrines, caixas, malas, sacos plásticos, bases ou estantes, como suporte para seus trabalhos. Marcel Duchamp, Arman, Christian Boltanski, Joseph Beuys, Damien Hirst, Jeff Koons, Rosângela Rennó, Farnese de Andrade, Nina Morais, Amélia Toledo, Arthur Bispo do Rosário, Nelson Leirner e os mais recentes brasileiros Carla Zaccagnini, Mabe Bethônico, Cláudia Sampaio, entre outros, levam a cabo este desejo de criar, como define Elisabeth Roudinesco, um “arquivo absoluto”: …“eu própria refleti sobre a questão do arquivo em psicanálise, a maneira de constituir um arquivo, a “relação trágica e inquieta”, como diz Derrida, que se pode manter com o arquivo, com o espectro do arquivo absoluto, com essa idéia louca segundo a qual podemos arquivar tudo.”² O procedimento “arqueológico” de acumular coisas já é antigo na história da arte, portanto. Muitos artistas criaram
Para Gaspar Friedrich - Gargano Puglia 2008 -- vidro, metal, pedra, fotografia e figuras de plástico/glass, metal, stone, photograph and plastic figures-- 17,5 x 32 x 20 cm
after reading Casimiro Xavier de Mendonça, who deserves special mention for his critical oeuvre, I saw no other path to follow except address and reflect on the problematization of the use of the showcase and other confined spaces destined for the artist’s “small archaeologies” – an expression in her own words, quoted in Mendonça’s “Jeanete Musatti” (São Paulo: Ex Libris, 1991). As collectors or mere gatherers of data (objects) or vestiges (writings and images) of their respective passages through the world, in the recent history of art we have Allan Kaprow, in the
Apia Regina 2006 -- caixas de plástico, fotografia, abelha de vidro e metal/plastic boxes, photograph, glass and metal bee -- 82,5 x 25 x 8 cm
ou criam esses “lugares comuns” com suas “coleções”, frutos de suas observações arquivistas. Seriam formas de tentar apreender ou “olhar o mundo através de um enquadramento”³, como escreve Bernadette Panek, na sua tese de doutorado, pesquisa a que recorro para pensar a
1960’s; Sophie Calle, in the 1970’s, and countless artists of said generations and thereafter who reflect on the problematization of the use of adopted display windows, showcases, suitcases, plastic bags, pedestals or shelves as supports in their work. Marcel Duchamp, Arman, Christian Boltanski, Joseph Beuys, Damien Hirst, Jeff Koons, Rosângela Rennó, Farnese de Andrade, Nina Morais, Amélia Toledo, Arthur Bispo do Rosário, Nelson Leirner, and the more recent Brazilian artists Carla Zaccagnini, Mabe Bethônico, and Cláudia Sampaio, among others, effectively render this desire to create an “absolute archive”, in the words of Elisabeth Roudinesco. “[…] I have reflected on the subject of the archive in psychoanalysis; on the way to organize archives, and on the ‘restless and tragic relation’ (in the words of Derrida) that one can have with archives, with the spectrum of the absolute archive, and with the crazy notion that we can record just about anything.”² The “archaeological” accumulation of things is an ancient practice in the history of art. Many artists have created these “commonplaces” with their “collections” that result from their archiveoriented investigations. These investigations would be attempts to apprehend or “to observe the world through a framing”³, as Bernadette Panek wrote in her doctoral dissertation, to which I resort to ponder the function of the showcase in Jeanete Musatti’s oeuvre -- not as a neutral and protected space, but as an unlimited space in which life fragments are viewed through accumulated and reorganized objects. Even when Musatti does not isolate the “scene”
Gargano Puglia 2008 -- cavalos-marinhos, pedras, bronze e caixa de madeira laqueada/seahorses, rocks, bronze and lacquered wood box -- 17,5 x 32 x 20 cm
função da vitrine na obra de Jeanete Musatti: não um espaço neutro e protegido, mas um lugar ilimitado onde se observa fragmentos da vida através dos objetos acumulados e rearranjados. Mesmo quando Musatti não isola a “cena” em uma vitrine ou caixa, deixando os objetos soltos no espaço, o fato de serem colocados e trabalhados como miniaturas ou recortes congelados de uma cena vivida, é uma forma de isolá-los do mundo dito real. A diferença de escala e o isolamento em si são formas de um distanciamento ou de representação da realidade. “Outro limite colocado pela vitrine pode ser a determinação de um campo isolado de ação. Desta maneira, o artista provoca a criação de um mundo autônomo,
in a window or showcase, letting objects loose in space, the fact that she appropriates them and works them as miniatures or frozen cutouts of a lived scene is a way to isolate them from the so-called real world. The difference in scale and the isolation itself are ways to represent the distancing from or the representation of reality. “The outline of an isolated field of action is another limit that the display window eventually poses. In this way, the artist stirs up the creation of an autonomous world with its own character, detached from the outside world, while delimiting and organizing elements so that they co-exist and, to a certain extent, relate within this same space.
Delicadezas da alma 2008 -- caixas de plástico, figuras de baquelite pintadas e fios de algodão/plastic boxes, bakelite figures and cotton threads -- 70 x 45,5 x 2 cm
de caráter próprio, independente do mundo exterior, delimitando e organizando elementos para que coexistam e, de certa forma, se relacionem nesse mesmo espaço. Ele constrói um pequeno mundo, cria situações específicas e praticamente nega influências externas. Propõe uma relação a fim de eternizar certas relações vizinhas apenas no interior dessa área.”4 Jeanete Musatti apreende o tempo nas suas vitrines. Ela parece ter o desejo de eternizá-lo através de objetos e situações museificados. As vitrines que abrigam cenas em miniatura, portanto, funcionam como congelamento ou concentrador do tempo. A obra de Jeanete Musatti é sempre ilusão ou a representação diminuída de uma realidade. Ao trabalhar com miniaturas ou apenas deslocando objetos, reduz o mundo a uma pequena escala. Desenhar, pintar, colar, colecionar, ajuntar são formas de querer dar sentido à própria vida. Jeanete Musatti é do mundo das pequenas coisas, um mundo em escala menor.
The artist builds a small world, creates specific situations, and practically rejects outside influences. He/she proposes a relation meant to eternalize certain relations that come together only in the interior of this space.”4 Jeanete Musatti captures time in her showcases. As it seems, her aim is to eternalize it through objects and situations turned into museum exhibits. Her cases containing miniature scenes serve to freeze and concentrate time. Jeanete Musatti’s art work is always an illusion or a greatly reduced representation of reality. While working with miniatures or simply displacing objects, she reduces the world to a minute scale. Drawing, painting, pasting, collecting, and organizing are ways to confer meaning on life itself. Jeanete Musatti belongs in the world of small things – a world in smaller scale.
endnotes
notas 1› Como Danto descreve no livro que leva o título que inspira as primeiras linhas
1› According to Danto’s description in the book “The
deste texto, “A transfiguração do Lugar comum”, uma coisa é uma coisa e não
Transfiguration of the Commonplace” that inspired the first few
tem outro sentido que não o de uma coisa que “como classe, não tem um “sobre-o-quê,”” é apenas uma coisa.
lines of this essay, a thing “is a thing, and things, as a class, lack aboutness just because they are things”.
2› ROUDINESCO, Elisabeth. A análise e o arquivo. Jorge Zahar Editor: Rio de Janeiro, 2001, pg. 8 e 9.
2› ROUDINESCO, Elisabeth. Original French title: “Analyse, L’Archive’. Translated herein from the Portuguese in A análise e o arquivo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001, p. 8-9.
3› PANEK, Bernadette. In: O espaço isolado da vitrine: espaço de autoria. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Artes, Área de Concentração
3›
Teoria, Ensino e Aprendizagem, Linha de Psquisa História da Arte, da Escola de
de autoria. Dissertation presented in the Graduate Program in
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, como exigência parcial
Art, with a focus on the theory, teaching and learning in the field
PANEK, Bernadette. In: O espaço isolado da vitrine: espaço
para obtenção do Título de Doutor em Artes, sob a orientação do Prof. Dr.
of Art History, at the University of São Paulo’s School of Art and
Domingos Tadeu Chiarelli. A pesquisadora dedica seu trabalho acadêmico à
Communications, as a pre-requisite for the doctorate degree in
análise da utilização da vitrine como espaço integrante da obra de arte.
Art under the guidance of Prof. Domingos Tadeu Chiarelli. The researcher has devoted her academic studies to the analysis of the
4› Ibidem.
use of the showcase as an integral part of the work of art.
4›
agradecimentos/thanks Miguel Chaia Augusto Livio Malzoni João Pedrosa
Tartaruga 2005 -- cristal de rocha e casco de tartaruga/quartz and turtleshell -- 42 x 14 x 32 cm
Ibidem.
texto/text ricardo resende
abertura/opening 27.11.2008 19 > 23h
produção/production teresa halfin fernanda engler
[capa/cover] Oxigênio 2007/2008 -- instalação de 36 caixas de plástico contendo diversos materiais sobre mesa de
exposição/exhibition 27.11 > 10.01.2009 seg/mon > sex/fri 10 > 19h sáb/sat 11 > 15h
fotografia/photography eduardo ortega
fórmica/installation of 36 plastic boxes with several materials on formic table -- 62 x 63,5 x 63,5 cm
projeto gráfico/graphic design tecnopop diagramação/design fernanda figueiredo assessoria de imprensa/press agent marcy junqueira
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tradução/translation izabel burbridge
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