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EDITORIAL
Nossa prova de fogo
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temporada 2015, que começa agora, promete ser muito vibrante, pois, além de anteceder os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, teremos os Jogos Pan-Americanos em Toronto, no Canadá. Ao lado da tradicional batalha que Cuba, Brasil, México e Canadá travam pelo segundo lugar na classificação geral, a competição nos permitirá avaliar o trabalho que vem sendo feito para 2016. Toronto será a prova de fogo para os dirigentes das 42 modalidades inscritas nos jogos continentais. Nunca os governos federal e estadual investiram tanto no esporte, e chegou a hora de conferir se este investimento produzirá o resultado que todos nós esperamos. E já que estamos abordando o tema do olimpismo, destacamos que nesta edição superamos todas as nossas marcas e incluímos em nosso editorial o taekwondo, modalidade esportiva que faz parte do programa olímpico. A partir de agora os taekwondistas e fãs deste esporte terão na Revista Budô um canal direto com técnicos, atletas e profissionais envolvidos com esta modalidade. E para não perder o gancho dos jogos, publicamos matéria com a cobertura completa do excelente desempenho da equipe brasileira na seletiva realizada em Aguascalientes (México), onde a seleção brasileira obteve 100% de aproveitamento. Com isso o taekwondo verde e amarelo vai a Toronto com equipe completa e em busca de muitas medalhas. O taekwondo brasileiro está em grande ascensão e a probabilidade subirmos várias vezes no pódio é muito grande. Outra modalidade que chegará muito forte aos Jogos Pan-Americanos é o karatê. A seleção brasileira levará sete atletas que lu-
tarão muito pelas medalhas em disputa. Recentemente o Brasil recuperou a supremacia continental nesse esporte, e vai ao Canadá com uma equipe fortíssima, com grande probabilidade de obter várias medalhas. O judô desembarcará em Toronto com time completo e certamente será a modalidade de luta que trará maior número de medalhas na bagagem, já que apenas Cuba fará frente ao time brasileiro em diversas categorias. Estados Unidos e Colômbia deverão dar algum trabalho, mas será algo bastante pontual. O campeonato pan-americano que acontecerá entre 24 a 26 de abril, em Edmonton (Canadá), será uma prévia do que acontecerá no mês de julho em Toronto. Com menor tradição e menos adeptos no País, a luta olímpica tem apenas duas atletas classificadas para os jogos: Aline Silva, 75 kg, e Gilda Oliveira, 63 kg. Mas a comissão técnica brasileira espera classificar ao menos 14 lutadores na seletiva que haverá nos dias 24 a 26 abril, no Chile. Todavia, o retrospecto verde e amarelo no continente não nos permite sonhar com muito mais que um ou dois ouros nesta modalidade. Nós, que acompanhamos o desempenho dos atletas das chamadas artes marciais, acreditamos que o Brasil obterá um resultado histórico em Toronto. Juntos, judô, karatê e taekwondo deverão apresentar um crescimento na ordem de 35% no número de medalhas, em comparação com as obtidas em Guadalajara, em 2011. Quanto às demais modalidades, contamos que cada um faça a sua parte.
O editor
EXPEDIENTE
Revista de Judô e Esportes de Combate
Editor e Diretor Paulo Roberto Pinto de Souza paulobudo@gmail.com Diretora Executiva Daniela Lemos Daniela.lemos@terra.com.br Conselho Editorial Mauzler Paulinetti Luiz Fernandes de Araújo Júnior José Jantália Flávio Bang Ivon da Rocha Dedé Redator N. T. Mateus – Mtb 10.864 Direção de Arte André Siqueira Assistente de Produção Geisa Guedes Web Site Artur de Oliveira Colunistas Fernando Malheiros Filho Guaraci Ken Tanaka Wagner Vettorazzi Consultores Técnicos Luiz Alberto dos Santos – Judô Walmir Zuza – Karatê Carlos Negrão – Taekwondo Colaboradores Mário Manzatti - FPJ Walter França – CBJ Carla Sofia Flores - TKD Revisão Nilton Tuna Fotografia Marcelo Kura – Capa Paco Lozano – Europa Marcelo Lopes – São Paulo Geraldo de Paula – Internacional Valter França – CBJ Daniel Ferrentini – Rio de Janeiro Erik Teixeira Paulo Pinto – Brasil Departamento Comercial Daniela Mendes de Souza revistabudo@gmail.com Assinatura www.revistabudo.com.br/assine Impressão e Acabamento Gráfica Kaygangue – Palmas (PR)
A REVISTA BUDÔ é uma publicação trimestral da Global Sports Editora Ltda. Rua Henrique Julio Berger, 855 – Conj. 102. – Caçador (SC) 89500-000 – Fone (49) 3563-7333 Tiragem desta edição 11.500 exemplares Opiniões e conceitos emitidos em matérias assinadas não são de responsabilidade do editor. Direitos reservados © 2015 Global Sports editora Ltda. Impressa no Brasil – Printed in Brazil www.revistabudo.com.br
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NESTA EDIÇÃO Vestindo judogi Grand Prix da Shihan, Jean Madeira foi fotografado por Paulo Pinto com câmera Nikon D800 e lente EFX 24-70mm f/2.8L
4 Editorial 6 Sumário 8 Bicampeão mundial busca o ouro dos Jogos Pan-Americanos 16 Secretário prioriza inclusão pelo esporte 24 Mente de Predador 26 CBK inova e promove fórum nacional 32 Taekwondo vai aos Jogos Pan-americanos com time completo! 36 Brasil alcança recorde de medalhas em Toronto 46 Paulistas expressam apoio a ministro e ao secretário de Esporte 54 FPK promove etapa classificatória do Campeonato Paulista 72 Superintendência de Esporte de Goiás apoiará o Grand Prix feminino 74 Takeshi Miura Ippons aos 72 anos 80 CBK realiza seletiva sênior 88 São Paulo tem 14 novos Kodanshas 98 Ponto de Vista - Por que falar judô tradicional ou judô moderno? 100 Mário Sílvio de Oliveira Manzatti - Um campeão nos bastidores 120 Ministro visita complexo esportivo em São Paulo 136 Com novo delegado regional FPJ anuncia planos para 2015 1 40 Enfoque - Mindfulness, o zanshin do Budô 1 42 Jean Madeira abre credenciamento técnico da FPJ 1 48 Dirigentes do judô visitam novo secretário de esportes 1 49 Um golpe de solidariedade 1 50 Seminário foca a padronização da arbitragem 156 SESI é campeão da Copa São Paulo Aspirantes 1 62 SESI Bauru sobra nos tatamis em torneio da Centro-Sul 1 66 Informativo da 12ª Delegacia Regional de Judô (Mogiana) 168 Jean Madeira recebe dirigentes do karatê paulista 1 69 Esporte social em São Vicente ganha importante apoio
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Spider quer disputar olimpíadas no taekwondo
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Pinheiros é bicampeão da Copa São Paulo
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Presidente Prudente vence paulista kids e sênior
Grand Slam define seleções para 2015
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A Daedo Internacional possui produtos e serviços específicos para artes marciais olímpicas e não olímpicas, homologados e aprovados por federações internacionais como World Karate Federation (WKF), e World Taekwondo Federation (WTF). Com produtos distribuídos em mais de 100 países, a Daedo é líder mundial na inovação do Sistema Eletrônico de Proteção e Pontuação para TAEKWONDO – PSS DAEDO, popularmente conhecido como coletes eletrônicos utilizados nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, e Rio 2016.
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Homologada e aprovada pela
WorldBudô Taekwondo Federation WTF Revista número 13 / –2014
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Bicampeão o ouro dos Pan POR
PAULO PINTO I Fotos GERALDO DE PAULA
Entre as muitas medalhas de ouro conquistadas por Douglas Brose, bicampeão mundial e tricampeão pan-americano de karatê, ainda falta uma: a dos Jogos Pan-Americanos. E é essa que ele pretende buscar em Toronto, em julho.
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Interview -Douglas Brose
mundial busca Jogos - Americanos
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Interview -Douglas Brose
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le tem duas medalhas de ouro em campeonatos mundiais de karatê, conquistadas em 2010 e 2014, além de uma de prata (2012) e outra de bronze (2008). Provavelmente nenhum karateca em atividade subiu no pódio tantas vezes, e sempre na mesma categoria de peso (-60 kg), o que demonstra sua excepcional qualidade. Ele acaba de conquistar o tricampeonato pan-americano, disputado em março em Toronto. Nessa competição a equipe brasileira conseguiu 15 medalhas, número que poderá aumentar significativamente em 2016, quando a disputa será realizada no Brasil. Atual capitão da seleção brasileira, Douglas Brose chegará ao Canadá em julho com dois bronzes conseguidos em edições anteriores dessa competição, no Rio de Janeiro e em Guadalajara. E dizer que ele se prepara intensamente para arrebatar o ouro inédito seria chover no molhado. Além de cuidados com a alimentação, a saúde e o preparo físico, a rotina de Douglas compõe-se de treino, muito treino, sempre na companhia de Lucélia Ribeiro, que não é apenas sua esposa, mas também treinadora e colecionadora de medalhas conquistadas na época em que ainda competia. Mas essa rotina não é estranha para quem pisou pela primeira vez nos tatamis aos 7 anos, foi campeão brasileiro e chegou à seleção nacional aos 13 e recebeu a faixa preta aos 15. Nascido em
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Cruz Alta (RS), Douglas começou a praticar karatê já em Florianópolis (SC), onde vive há 22 anos. Atleta e empresário, formado em educação física, Douglas foi duas vezes medalhista de ouro em campeonatos sul -americanos, outras duas em Jogos Sul-Americanos, e conquistou diversos títulos em torneios e eventos de porte, na Europa e nas Américas. Está há dez anos na seleção brasileira, passando pelas categorias infanto-juvenil, juvenil e júnior antes de integrar a equipe adulta. Nesta entrevista o maior atleta do karatê brasileiro fala de seus planos, de seu treinamento para a competição e de sua vida pessoal. Avalia o desenvolvimento da modalidade no País e garante: aos 29 anos, ainda tem muita lenha para queimar nos tatamis. Conquistar o ouro dos Jogos Pan-Americanos, a única medalha que ainda não possui, é seu maior objetivo? Sim. Minha principal meta para este ano é esta medalha, que é a única que falta na minha coleção. Mas ainda te-
nho muita lenha para queimar e quero ainda mais medalhas em campeonatos mundiais, para gravar definitivamente o nome do karatê do Brasil na história da World Karatê Federation (WKF). Você é um dos karatecas mais rápidos do mundo? É difícil dizer se sou o mais rápido, mas também busco isso no meu treinamento. Muitos outros atletas e técnicos dizem que tenho essa qualidade, mas acredito que seja uma mistura de velocidade e tempo exato de ataque. Em nosso esporte não adianta ser rápido, mas partir no tempo errado – isso faz parecer que o lutador está lento. Mas se ele consegue iniciar o ataque no tempo exato, o golpe fica mais rápido ainda. Quem foi o professor que o transformou nessa máquina de conquistar títulos e medalhas? Comecei o karatê numa academia perto da minha casa, e dois meses depois, por obra do destino, o professor Eduardo Porchat, vindo de São Paulo, www.revistabudo.com.br
conseguiu introduzir a modalidade na escola onde eu estudava, em Florianópolis. Então, saí da academia e comecei a praticar na escola. Ele foi meu primeiro sensei, mas muitos outros professores me ajudaram na minha carreira nos últimos anos. Aprendi muito com os professores Milton Francisco, José Carlos de Oliveira (Zeca), Geraldo de Paula e Abdias Dias. Mas foi em 2004, quando conheci minha esposa Lucélia Ribeiro, hoje a técnica mais experiente da seleção brasileira, que senti uma grande diferença em minha trajetória esportiva. Quando a conheci, ela ainda atuava como atleta, e isso foi essencial, pois, por ainda estar competindo, não só me passava uma visão técnica, mas entendia perfeitamente o que eu estava sentindo e ia sentir. E me mostrava como podia melhorar. Isso teve fundamental importância para todos os meus resultados. Até hoje participo de algumas aulas do meu primeiro professor e tenho contato com todos os ou-
tros, que ainda contribuem muito para o meu karatê. Sempre serei grato a todos eles. Hoje, como me dedico 100% às competições, é Lucélia que trabalha ao máximo para que eu evolua cada vez mais. Ela estuda cada luta que faço, assiste a meus vídeos, analisa meus erros e acertos, tudo isso para montar meus treinamentos e estratégias que me levam a superar as barreiras nas competições seguintes. Qual é seu tokui-waza? O kisami-zuki é a minha técnica favorita. Você flutua quando luta, ou é impressão de quem vê as fotos e os vídeos? Tento ser o mais leve durante a luta, e se isso me faz parecer voar é ótimo. Na verdade, faço uma preparação física muito forte e específica para lutar, o que me dá condições de estar sempre preparado para “voar” nos tatamis. “O nível de concentração e o espírito de luta me diferenciam, dos meus oponentes.”
Existe um planejamento para sua carreira? Sempre sonhei grande, sempre disse a todos que queria e iria ser campeão mundial, mas na verdade minha meta pessoal sempre foi fazer história no karatê do Brasil e do mundo. E com muito trabalho e dedicação consegui. Planejamento de minha carreira agora? Simples: continuar fazendo história, tentar ser o melhor do mundo pelo maior tempo possível, fazer o que nunca ninguém conseguiu fazer, ajudar ao máximo o karatê do Brasil a ser conhecido e a produzir outros campeões mundiais, fortalecendo cada vez mais o nome da modalidade e quiçá um dia estarmos nos Jogos Olímpicos. O que o diferencia de seus oponentes? Acredito que o nível de concentração e o espírito de luta me diferenciam, como sempre me diferenciaram, dos meus oponentes. Tempo, visão, rapidez, estado mental, antecipação, acertar pontos vitais e machucar o oponente – o que é determinante na vitória? Acredito que todas estas características são importantes e determinantes para a vitória, se usadas no momento exato. Mesmo que o karateca não possa machucar o seu oponente, pelo nosso regulamento, há momentos na luta em que é preciso ser mais lutador do que atleta. O oponente pode querer machucar-me; tenho de evitar isso e, se necessário, machucá-lo. Não podemos esquecer de que, apesar de estarmos numa competição com regras, ainda se trata de karatê, e karatê é uma luta. Você e a Lucélia treinam juntos? Ela bate legal? Sim, desde 2006 treinamos juntos diariamente. E, sim, ela
Douglas com o filho e companheiro de viagem, Daniel Brose
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Interview -Douglas Brose
Douglas concentrado na área de aquecimento
bate muito forte, mais do que muitos atletas da minha categoria. Qual é a sua rotina de treinamento? Eu treino diariamente, faço treinos físicos, técnicos, estratégicos e táticos, todos distribuídos de acordo com meus objetivos e em função das próximas competições durante minha semana. Quem são os profissionais de sua equipe de apoio? Estou cercado de profissionais que contribuem muito para minha carreira. São eles: Lucélia Ribeiro, técnica e psicóloga; Eduardo Porchat, técnico; Irineu Loturco, preparador físico; Camila Brito, nutricionista; Marcos Almeida, médico (mas tambem me ajuda muito como psicólogo); Marcos Vinicius, fisioterapeuta; e Abdias Dias, uma espécie de guru espiritual. A modalidade vive um momento novo. Você atribui essa transformação à mudança na gestão da CBK? Essa nova gestão modificou muitas coisas dentro do
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Lucélia Ribeiro a esposa e técnica do bicampeão mundial
karatê brasileiro, que ficou mais transparente e acessível para todos, o que motivou a volta de antigos karatecas e a permanência de outros que poderiam ter saído. Tudo isso colaborou para voltarmos a ter excelentes resultados em nível continental. Esta mudança na gestão também contribuiu em suas conquistas? Associo minha trajetória esportiva e meus resultados às pessoas que contribuíram com meu karatê e à minha dedicação pessoal. Mesmo com a antiga gestão da CBK eu já tinha conquistado três medalhas em competições internacionais – um ouro, uma prata e um bronze –, além dos jogos mundiais. Eu sempre soube que estava num esporte amador, em que o atleta tinha de pagar quase todos os custos para viajar, porém, sempre tratei o karatê e me tratei como profissional. Fui independente, dediquei-me ao máximo aos treinamentos, procurei os melhores profissionais que pudessem me ajudar, busquei apoios para continuar competindo e chegar onde estou. Ao contrário de muitos que perdem tempo reclamando e se justificando, eu simplesmente levantei a cabeça e fui à luta, pois aprendi cedo que
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Ricardo Aguiar e Douglas discutindo aspectos técnicos antes de um combate
o tempo passa e a única pessoa que poderia me impedir de conquistar meu sonho era eu mesmo. O que pode ou deve ser feito para alavancarmos ainda mais o karatê no Brasil? Acredito que a massificação da modalidade e o apoio financeiro são as principais ferramentas para alavancarmos o karatê brasileiro, principalmente no alto rendimento. Quando falo de apoio financeiro, não se trata de pagar salário aos atletas, pois sei que nossa realidade ainda está um pouco longe disso, mas que pelo menos eles não tenham mais nenhum custo. Hoje há muitos karatecas que não participam de seletivas ou de campeonatos nacionais, ou nem se interessam em fazer parte da seleção brasileira, pois sabem que não terão condições financeiras para custear as viagens e competições. Qual é o papel do karatê na sociedade atual? É muito importante. Tenho acompanhado e visitado muitos projetos sociais e vejo a grande transformação que o karatê pode fazer na vida de uma pessoa. Espero que cada vez mais consigamos apoiar bons projetos para que formem não somente atletas, e sim pessoas do bem, pois essa é a principal filosofia do karatê: a formação do caráter.
Quem é o Douglas no dia a dia? Ultimamente meus dias são divididos em trabalhar muito em minha empresa, a Arawaza Brasil, treinar e brincar com meu filho e minha esposa. Durante quase todos os fins de semana estou em viagem para seminários ou competições. Quando desligo, procuro ficar com minha família, comer churrasco e, se houver tempo, praticar kitesurfe. O que você gostaria de dizer aos nossos leitores? Gostaria de agradecer a todas as pessoas que me apoiam e torcem por mim, e que esta matéria na Budô, revista tão conhecida e tão prestigiada, possa mostrar um pouco mais da minha carreira e, principalmente, quem eu sou. Muitas pessoas me conhecem somente das competições e, dependendo do resultado, gostam ou não de mim. Mas o que posso dizer é que sou uma pessoa simples, que teve um sonho e resolveu correr atrás dele. Trabalhei muito para ter o que tenho, sofri muito, mas não gosto de fazer alarde disso. O mais importante, o que mais me orgulha, é que nunca precisei prejudicar ninguém para alcançar meus objetivos. Por isso, todas as noites coloco minha cabeça no travesseiro e durmo tranquilamente para treinar outra vez no dia seguinte. Oss
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Olimpíadas Rio 2016
Spider quer disputar Olimpíadas no taekwondo
Carlos Fernandes e Anderson Silva
O presidente da CBTKD acha possível a participação de Anderson Silva, mas ele terá de enfrentar algum tipo de seletiva
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POR
N.T. MATEUS I Fotos EVELYN RODRIGUES
possibilidade de ter Anderson Silva representando o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016 agrada à Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD). A entidade reconhece que uma parceria com o ex-campeão do UFC pode ser benéfica para os dois lados, mas qualquer acerto depende de conversas entre o presidente da entidade, Carlos Fernandes, e o atleta. Anderson pesa 84 kg e na seleção brasileira o atual titular na categoria (até 87 kg) é Lucas de Oliveira. A CBTKD deixa claro, por meio tanto do dirigente quanto de seu diretor técnico, Alexandre Lima, que o Spider precisará disputar processo seletivo interno para conquistar uma vaga nos Jogos Olímpicos de 2016. “Independentemente de qualquer tipo de acordo que eu venha a ter com ele, o processo seletivo é indispensável, claro. O Anderson vai ter de mostrar que está preparado para participar”, disse Carlos Fernandes. A forma
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como Anderson competiria pela vaga não está definida. O atleta iniciou sua trajetória nas artes marciais no taekwondo, cujos golpes costuma usar nas lutas de MMA. O taekwondo é esporte olímpico desde 2000 e a única medalha do Brasil na modalidade foi conquistada por Natália Falavigna em 2008, na China. Para 2016 a seleção tem quatro vagas garantidas porque os jogos se realizam no Brasil. Outras quatro podem ser conquistadas pela posição dos brasileiros no ranking.
Fama não garante vaga Em entrevista a jornais de circulação nacional, Fernandes admitiu que “Anderson é uma referência nacional”, mas que precisa ter um encontro pessoal e conhecer os planos do lutador antes de estudar o assunto. “Assim que pisar em solo brasileiro ele vai encontrar-se comigo para conversarmos sobre essa possibilidade”, explicou. Anderson Silva já demonstrou interesse
pelos Jogos Olímpicos do Rio 2016 quando se tornou embaixador do esporte em 2012. No ano seguinte, porém, com as duas derrotas para o americano Chris Weidman e toda a polêmica recente sobre o doping, o assunto ficou meio esquecido. “Não existe nada certo”, reiterou Alexandre Lima. “Na categoria dele, nós podemos preencher quatro vagas (duas no masculino e duas no feminino). Só que nós não vamos favorecer o atleta, quer seja Anderson ou qualquer um que queira participar efetivamente. Caso venha a ser formalizado esse interesse e fechada a parceria, ele vai participar normalmente do processo seletivo interno, segundo critérios da federação.” Guilherme Dias, que foi medalha de bronze no mundial de 2013, na categoria até 58 kg, é hoje o principal nome do taekwondo brasileiro. No ano passado, porém, ele não pôde participar da seletiva para o campeonato por exceder o peso de sua categoria. Como ocupa atualmente a 12ª posição no ranking mundial, Dias não tem condições de assegurar a vaga olímpica, a menos que receba um convite da CBTKD.
Doping será objeto de consulta O ex-campeão dos pesos-médios foi flagrado por doping antes e depois da luta contra Nick Diaz no UFC 183, em janeiro deste ano. Seu julgamento está marcado para maio e prevê-se que o lutador seja suspenso por um período de nove meses a dois anos. O diretor técnico da CBTKD explicou que, mesmo com regulamentos diferentes, o caso deve ser levado à Agência Mundial Antidoping (WADA), caso haja um acerto com Anderson. “Em princípio, o doping apontado pela comissão americana não é levado em consideração pela WADA”, disse Lima. “Mas até agora ele não teve a punição efetivada. A partir do momento que tiver, faremos uma consulta formal à WADA para ver a situação dele. Entendemos que não haveria ligação, mas a consulta é necessária.”
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Matéria de c apa
Secretário O novo secretário de Esportes, Lazer e Juventude de São Paulo, Jean Madeira, promete priorizar os projetos de inclusão social, mas sem esquecer o esporte de rendimento. POR
N.T. MATEUS
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I Fotos REVISTA BUDÔ e ERIK TEIXEIRA
esde jovem Jean Madeira dedicou-se a projetos que usam o esporte para resgatar jovens em situação de risco e afastá-los das drogas. É esse currículo, acredita, que levou o governador do Estado a escolher seu nome para comandar a Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude. Vereador licenciado na capital paulista, ele afirma que suas metas não são políticas e que todas as modalidades encontrarão escancaradas as portas de seu gabinete. “Nossa equipe técnica está bastante empenhada em analisar projeto por projeto, tanto aqueles que são convênios diretos quanto os beneficiados por incentivos”, diz o secretário nesta entrevista. Um de seus objetivos é instalar dojôs sociais em todo o Estado, como forma de reduzir a violência. E isso implica valorizar os professores e promover de fato as artes marciais.
Como chegou aos tatamis e tornou-se professor? O judô faz parte da minha vida desde a infância. Meu pai José Raimundo, conhecido como sensei Chacal, 3º dan, foi o pioneiro do judô na Baixada Fluminense, além de professor de jiu-jitsu e luta livre – fez até telecatch, na extinta TV Excelsior do Rio. Minha mãe
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prioriza inclusão pelo
esporte foi campeã carioca de judô e participou de várias competições. Mas a modalidade envolve quase toda a família: tios, tias, primos... O judô foi fundamental na minha vida me ensinou a ser um ser humano melhor, a respeitar os mais velhos, as autoridades, os professores, a própria vida. Vendo a dedicação dos meus pais, já na faixa verde sabia tudo de judô, lia muito e sabia o nome de todos os golpes. Conhecia coisas próprias de faixa preta de 1º e 2º dan, admirava os kodanshas, e já dava aulas desde a faixa verde. Ainda no Rio de Janeiro, cheguei a montar um projeto envolvendo mais de seis academias, com aproximadamente 1.200 judocas. O judô foi importante na minha formação de cidadão, filho, irmão, marido e pai. Esta relação com o esporte despertou a vontade de trabalhar com projetos sociais e jovens? Sim, totalmente. Lá atrás meu pai já fazia um judô inclusivo para impedir que meus amigos caíssem na marginalidade e se envolvessem com coisas erradas, principalmente drogas. Ele levava a molecada para o tatami e fazia o papel de professor, amigo, médico e pai. Exigia que estudassem e nos exames de graduação verificava os boletins e as carteirinhas de frequência. Ele não deixava ninguém ir para casa de kimono para evitar brigas – quem brigasse na rua não podia frequentar as aulas. Foi assim que percebi que esse era o caminho e aos 17 anos comecei meu trabalho na periferia, para onde levei não só o judô, mas
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diversas modalidades, como basquete, vôlei, karatê e capoeira. Espelhado em meu mestre, conseguimos desenvolver um trabalho muito bonito não apenas no Rio, mas na Bahia e em São Paulo, liderando mais de 300 mil jovens. E levamos o trabalho para o mundo: 2 milhões de jovens participaram de nossos projetos nas áreas de esporte, lazer, recreação, cultura, cidadania e prevenção às drogas. Nesses 20 anos de trabalho com jovens em projetos sociais, sou muito grato a Deus, aos meus pais e ao judô por ter sido essa disciplina fundamental em minha vida. Você é conhecido por criar a campanha Juventude Contra o Crack. Poderia falar mais sobre esta iniciativa e o resultado prático obtido antes mesmo de ingressar na política? Desde os 17 anos eu não sei o que é ter um sábado, domingo ou feriado para mim. Abdiquei de minha juventude em prol de outros jovens. Eu presenciei em muitas comunidades como o tráfico operava para aliciar pessoas que nunca tinham usado drogas. Achei revoltante a forma como isso ocorria e decidi trabalhar mais nos projetos de prevenção. Foi quando surgiu esse projeto, além de outros, como o Crack, tire essa pedra do caminho e o Futebol driblando o crack, todos contra essa pedra maligna que destrói a vida dos jovens. Meu trabalho veio conquistando militantes e atraindo a participação de atletas e artistas da Rede Record. Tudo isso antes de 2012, quando fui eleito vereador. Queremos agora alcançar as escolas da rede pública.
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Matéria de c apa Em que momento decidiu candidatar-se a vereador por São Paulo? O meu trabalho despertou o interesse do meu partido, primeiro para liderar o PRB Juventude, no qual me esforcei muito para atrair a atenção dos jovens, promover a conscientização do voto e outros tantos projetos. Isso levou a direção do partido a me convidar para disputar as eleições e as pessoas acreditaram nas minhas ideias e propostas e assim fui eleito. Nos dois anos em que estive na Câmara honrei o compromisso que assumi de lutar contras as drogas; hoje sou vereador licenciado. Acredito que, enquanto estive no Legislativo da maior cidade do País, consegui implantar projetos e atingir boa parte dos meus objetivos Como recebeu o convite do governador Geraldo Alckmin para assumir a Selj? O PRB é um partido que cresceu muito, aumentando sua bancada de oito para 21 representantes na Câmara dos Deputados, deixando de ser nanico e conquistando uma posição atuante no cenário político nacional. Quando surgiu a oportunidade de assumir a pasta estadual de Esporte, meu nome foi cogitado devido ao meu conhecimento e meus 20 anos de trabalho com os jovens, considerando-se que não se tratava apenas de esportes. O governador aos poucos foi tomando ciência do meu currículo e entendeu, depois de muita conversa, que eu era a pessoa ideal para comandar a secretaria. O que os desportistas paulistas podem esperar desta nova gestão? Primeiro que não quero que chamem a Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude de Selj, eu quero que seja a casa do atleta e esportista, é lá que ele têm de ir e se sentir à vontade. Quero que os esportistas de São Paulo saibam que existe ali uma porta que foi escancarada para atendê-los, e são eles que nós temos que ouvir, pois estão o tempo todo envolvidos com as modalidades. Fui colocado neste cargo para isso, eu quero que o esportista de São Paulo saiba que ele tem lá na secretaria alguém que fala e entende a linguagem dele. E estamos lá também para ajudar seus pais, clubes, federações, ligas sindicatos e líderes co-
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munitários. Quero muito, ainda, contar com o apoio das parcerias público-privadas (PPPs). Não vai haver empecilho com sigla partidária, eu não fui chamado pelo meu partido e pelo governador para fazer política partidária, e sim para fomentar o esporte, o lazer, e cuidar de mais de 11 milhões de jovens. E é isso que já estamos fazendo. De que forma pretende democratizar verdadeiramente o acesso aos recursos da secretaria? Na verdade, são poucos recursos. Hoje temos um orçamento limitado porque o País passa por um momento de crise econômica e o Estado também, mas vamos tentar valorizar projetos que de fato vão chegar a quem de direito, ou seja, crianças e jovens na periferia. Mas não vamos esquecer do esporte de rendimento. Nossa equipe técnica está bastante empenhada em analisar projeto por projeto, tanto convênios diretos quanto os beneficiados por incentivos. A lei de incentivo fiscal é um reforço que nos ajuda muito a pulverizar a atividade esportiva. Nossa equipe analisará os projetos de forma que várias modalidades olímpicas e não olímpicas possam ser beneficiadas, o que, automaticamente, vai contemplar o maior número possível de cidades. Estou falando de um plano de médio, curto e longo prazo. Cheguei agora e trabalho com o orçamento atual, mas tenho o ano inteiro para trabalhar junto ao governador e a Assembleia Legislativa para obter ajuda por meio de emendas parlamentares e, acima de tudo, tentar conseguir que 1% da arrecadação do Estado se destine a atividades esportivas. O governador é médico, sabe o bem que a prática esportiva faz, então, conto com o apoio dele, dos deputados e prefeitos. Temos de fazer uma ação conjunta para que o esporte avance de fato no Estado.
Como pretende promover a inserção social estando à frente da Selj? Eu vejo a Selj como uma excelente ferramenta de inclusão social porque acredito que, quando investimos no esporte, isso se reflete em outras áreas, como saúde, desenvolvimento social, segurança pública, educação e cultura. Então, o melhor investimento é o que se faz na prática esportiva. Vamos fazer com que com os programas que
já temos e projetos que recebemos sejam replicados até atingirem as 645 cidades paulistas. Esse é o objetivo do governador: descentralizar e fazer com que todo o Estado de São Paulo seja beneficiado e agitado. E a secretaria vai usar muito bem os recursos que de fato beneficiem quem de direito. O judô tem sido o esporte com maior número de medalhas olímpicas conquistadas para o Brasil. A secretaria pretende desenvolver projetos específicos para a modalidade? Não só para o judô, mas para todas as modalidades praticadas num dojô, pois valorizo muito o ambiente que foi tudo na minha vida, a minha base. Acredito que quando se coloca um dojô numa comunidade logo haverá menos violência, pois ali a criança vai aprender judô, karatê, jiu-jitsu, taekwondo, capoeira, ou simplesmente praticar uma atividade física. Nosso intuito é implantar dojôs sociais em todas as cidades, valorizar senseis, e promover de fato as artes marciais. Não desmerecendo as demais modalidades, mas, querendo ou não, a prática que veio do Oriente trouxe junto uma doutrina, disciplina, filosofia de vida. Assim como o lema da bandeira do Brasil, queremos que as crianças vivam de forma ordenada, só assim conseguiremos avançar. Temos conversawww.revistabudo.com.br
O treinamento constante faz com que Jean Madeira mantenha a pegada
do muito com as federações paulistas de karatê, de judô, de taekwondo e de jiu jitsu, além das ligas de capoeira, para que juntos possamos implantar nas cidades e nas periferias esse dojô social para atender às crianças. Tenho prova de que esse é um instrumento de proteção contra as drogas e a marginalidade e todos os senseis com quem tenho conversado seguem a mesma linha de raciocínio. Como pretende incentivar o crescimento da prática esportiva? Nós trabalhamos com exemplo e referência – prova disso é que estou lhe concedendo esta entrevista de kimono. Hoje em dia, porém, quando vamos a uma comunidade, vemos que muitos jovens olham o traficante como um ídolo a ser seguido. No entanto, nós temos um Diego Hipólito, um Eder Jofre, e grandes heróis do esporte. Heróis são também os mestres e professores de educação física, que estão escondidos e precisamos mostrá-los, chegando até eles por meio de convênios e projetos. De que maneira vamos fazer isso? Precisamos fazer com que a criança venha a ter o atleta e esportista como exemplo na sua vida, canalizando a força dessa criança para o esporte. No Brasil a paixão é o futebol, todo mundo joga bola. Mas não tem só isso, gente! Precisamos www.revistabudo.com.br
pegar esses grandes heróis que temos exemplos de superação, e torná-los referência para nossos jovens. Para isso conto com as associações, federações, instituições e com todos os amantes do esporte – e com a mídia porque não adianta fazer tudo bonito, se isso não for mostrado. Então, conto com todos que estão envolvidos com o esporte, inclusive clubes, que tenho visitado bastante e notado que eles são os responsáveis por uma grande parte das medalhas conquistadas em mundiais, porque investem bastante no esporte de rendimento. É dessa forma, com o conjunto de ideias, informações e ações que pretendemos alcançar nossos objetivos. O Esporte Social foi inserido em sua pasta neste ano. Como pretende usar esta nova ferramenta? Em conjunto com o governador Geraldo Alckmin e o secretario do Planejamento, avaliamos que a melhor forma de divulgar e disseminar a atividade esportiva para todo o Estado seria por meio do Esporte Social, um programa que beneficia crianças e adolescentes. Montamos uma equipe técnica para receber as demandas e desde que assumimos muitos prefeitos e secretários municipais nos procuram com vários projetos nessa linha. É uma grande fer-
ramenta que vamos usar e divulgar em todas as cidades de São Paulo. De que forma espera aumentar os recursos para sua pasta? Primeiro, é preciso mostrar. E eu quero mostrar ao governador que chegamos para trabalhar. Quanto mais ele acreditar e investir no esporte, mais resultados nós vamos mostrar. Cada projeto que é aprovado pela secretaria, e recebe aprovação do governador, é monitorado. Eu fiscalizo o plano de trabalho que me foi apresentado, quero saber se de fato as crianças estão recebendo o kit lanche e o que tem dentro dele, se o número de ambulâncias que consta no projeto está de acordo, se a comunicação visual é adequada, se a quantidade de atletas, medalhas e troféus corresponde ao que foi prometido. Quero mostrar ao governador que estou fazendo isso, e convencê-lo de que o governo de São Paulo pode trabalhar para ampliar o nosso orçamento para que possamos de fato aumentar as atividades, fomentando o crescimento do esporte em todo o Estado. Quero deixar o governador tranquilizado e confiante com a minha gestão. E digo isso com muita propriedade porque, não importa a que hora eu vá dormir, às 7 da manhã já estou de pé. Não atendo somente na secretaria, mas também atendo às pessoas por meio de e-mail e das redes sociais. A Revista Budô número 15 / 2015
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Matéria de c apa cisam de fato ter referência, que pode ser chamado de herói ou de ídolo, alguém para quem eles olhem e digam: “Quero ser igual a essa pessoa”. Então, vamos escolher crianças e jovens que são exemplos e vamos colocá-los em evidência, para que se tornem referência.
Governador Geraldo Alkmin cumprimenta Jean Madeira em sua posse
secretaria não é só do esporte, ela é do lazer e da juventude, e se eu quero falar a linguagem dos jovens tenho de estar ligado na rede. É isso que quero levar ao governador. Não desmerecendo gestão nenhuma, minha equipe e eu estamos aqui para trabalhar. Qual é a prioridade de sua pasta, hoje? Fazer com que o esporte seja essa grande ferramenta de inclusão social e de prevenção às drogas; conquistar grandes títulos em São Paulo, ampliando o número de medalhas; estimular o esporte de alto rendimento e ampliar os centros de excelência. É um trabalho árduo, mas graças a Deus tenho uma equipe muito boa. E temos ainda os funcionários de carreira, muitos técnicos e grandes profissionais com os quais eu conto para de fato
fomentar o esporte em todos os níveis. Alguns estão na secretária há mais 35 anos, são a experiência da casa, e se todos se dedicarem atingiremos nossos objetivos. Pretendemos também fazer a coordenadoria da juventude avançar porque temos mais de 11 milhões de jovens no Estado de São Paulo. Estamos trabalhando para levar esporte, lazer, educação, saúde, entretenimento, tecnologia e informação para todas as cidades, sem distinção de tamanho. Mas ninguém faz nada sozinho e eu preciso do apoio de todas as demais secretarias. Você não acha que a juventude do nosso País é carente de ídolos? Quero que novos Diego Hipólito, Eder Jofre, Maguila venham a surgir. Já estamos organizando um trabalho muito bonito no pugilismo usando a imagem de nossos lutadores. Nossos jovens pre-
Esporte e religião podem contribuir na formação dos jovens e de uma sociedade mais justa? Eu sou fruto disso. Sempre pratiquei esporte, e aos 17 anos me converti. Associei o esporte à religião, que eu chamo de fé, força espiritual, e ela me ajuda muito. Quando as minhas forças no dojô acabam devido às perseguições que sofremos, às punhaladas e às injustiças pelas quais passamos, tenho de recorrer a outra força maior, que é a força espiritual. Toda criança, todo ser humano precisa muito praticar esporte e ter fé para motivá-lo. Precisa saber que, quando acorda e a vida não esta tão boa, pode superar as dificuldades. Como num dojô: enquanto não se tomou o ippon e os minutos não acabaram, ainda há esperança. Quando já não há força humana, entra o recurso de Deus, no qual buscamos força para caminhar e dar a volta por cima. Isso vale para quem quer abandonar um vício e restaurar sua família ou ficar curado de uma enfermidade, porque é possível sim, por meio da força espiritual, mudar e dar uma guinada na vida profissional e até econômica. A fé move montanhas. Eu acredito muito no esporte e na fé porque sou fruto dessas duas vertentes. Qual é a sua pretensão ou meta política, hoje? Eu nunca tive pretensão politica, aos 17 anos comecei a me dedicar aos jovens e desde lá me mantenho comprometi-
José Raymundo da Silva, o sensei Chacal e Ivete Madeira da Silva, pais de Jean Madeira, em foto de 1981
Jean Madeira com atletas da APAJA de Atibaia
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A MARCA DA CONQUISTA
Renan Tsutsumi
Campeão Pan-americano 2012 – México Campeão Brasileiro 2012 Campeão Paulista 2012 Campeão Paulista Estudantil 2012 Campeão da Copa Cidade de Sâo Paulo 2012 Campeão do Torneio Paulistano 2012 Campeão Brasileiro Regional 2011 Campeão da Copa São Paulo 2011 Campeão Paulista Inter-regional 2010
é atleta do Círculo Militar de São Pauloe aluno do sensei Fernando P. Catalano Calleja. Para treinar ou competir Renan veste sempre o judogi Grand Prix da Shihan.
LOJA DA FÁBRICA Rua Bento Vieira, 69 – Ipiranga – São Paulo (SP) Fone (11) 2215-6589 – shihan@shihan.com.br www.revistabudo.com.br
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Matéria de c apa
Vanessa Madeira e Jean Madeira
do com ações sociais. Nunca tive uma meta política, sempre me dediquei ao ser humano, com trabalhos de combate às drogas, esporte e educação. Muitas pessoas não sabem, mas só na área de educação nós fizemos um vestibular social em todo o Brasil, com a participação de mais de 20 mil pessoas, e com esta ação mais de 12 mil estudantes ingressaram na universidade por meio do Fies. Foi então que recebi um convite do PRB para liderar a juventude do partido, sem abandonar meus trabalhos sociais. Foi quando surgiu a ideia da candidatura, fui eleito com boa votação. Quando meu partido teve a oportunidade de comandar a pasta, meu nome foi indicado e o governador achou interessante entregá-la a um judoca faixa preta, esportista, um vereador cujas emendas sempre se destinaram ao esporte. Mas eu ia a todos os eventos, fiscalizar se de fato os recursos eram bem empregados, e vou continuar fazendo isso. Então, não tenho pretensão política. Quero fazer muito bem aquilo que me foi confiado e, se é fomentar o esporte, é o que vamos fazer. Qual é a principal missão e atribuição das artes marciais na sociedade atual? A importância é total. Por isso queremos valorizar cada sensei. Estive recentemente no credenciamento téc-
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nico realizado pela Federação Paulista de Judô, do qual participaram mais de mil professores faixas pretas, para mostrar que eles têm de ser valorizados porque são educadores. Quando digo sensei, refiro-me àquele que ama ensinar, porque isso é um dom. Muitos faixas pretas sabem para si e para competir, poderiam até ser excelentes técnicos, mas nunca formadores, pois isso exige passar adiante os ensinamentos de Jigoro Kano. O papel das artes marciais, e não só do judô, é valorizar o ser humano, ensinado a disciplina de que a nossa sociedade precisa. Hoje em dia o aluno não respeita o professor dentro de sala de aula, e em casa não respeita os pais; ou seja, não respeita ninguém e nem a si mesmo. Então, a arte marcial tem papel fundamental para disciplinar os nossos jovens. Eu invejo a forma como os orientais se comportam. Meu pai me ensinou deste jeito, e ele era mineiro. Não precisava gritar ou alterar a voz, bastava apenas um olhar. Porque ele me ensinou a respeitar os mais velhos, a mim mesmo e a ser um cidadão de bem, e é isso que o budô fomenta. Em sua análise qual será o maior legado dos Jogos Olímpicos 2016? Tenho observado que a preocupação do ministro George Hilton, também é a nossa: o legado, aliás, a mesma que
existia antes da Copa do Mundo. O fato é que todas as modalidades olímpicas estarão em evidência, e o nosso intuito é aproveitar esse espírito olímpico e despertar em nossas crianças o desejo de praticar outros esportes, e não apenas o futebol. As Olimpíadas vão passar, mas queremos que o espirito olímpico continue nas escolas. Precisamos fazer com que os professores de educação física, pelos quais temos muito respeito, sejam nossos parceiros. Tanto o ministro quanto eu queremos despertar nossas crianças para a prática esportiva, e os órgãos de governo, em todos os níveis, devem fazer sua parte por meio de investimentos. Soubemos que pretende competir no mundial máster, na Holanda. Esta informação procede? Não só procede, como é o que eu quero. Estou treinando duas vezes por semana, mas passei por duas cirurgias recentemente, e o meu treino no momento é bem básico, mas estou me esforçando cada dia mais, porque não quero parar. Se fosse competir hoje seria na categoria pesado, mas meu objetivo é eliminar peso e chegar no meio-pesado. Na verdade, nunca fui competidor, sempre fui um bom professor, e agora me bateu essa vontade de competir em função de ver todo mundo competindo, um momento propício, em função das Olimpíadas.
“Ser jovem é nunca deixar de sonhar” Jean Madeira da Silva, que assumiu a Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo em 5 de janeiro deste ano, nasceu em 11 de fevereiro de 1977 em Belford Roxo, mas foi criado em Nova Iguaçu, também no Rio de Janeiro. No judô tem o grau de shodan (faixa preta) e seu tokui -waza é o uchi-mata. Teve como primeiro professor seu próprio pai, José Raimundo, mais conhecido como sensei Chacal. Seu ídolo nos tatamis é Jigoro Kano. Casado, evangélico, diz que a fé é tudo. Filosofia de vida: “Ser humilde, nunca perder o foco e o objetivo, fugir da arrogância, ser sempre cordial e alegre, nunca deixar nada e nem ninguém abatê-lo e nunca perder o crédito e o amor pelas pessoas. Ser jovem é nunca deixar de sonhar”.
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Ensaio
Mente de predador Por
FERNANDO MALHEIROS FILHO I Foto REVISTA BUDÔ
É difícil explicar para o cérebro que o ato de golpear deve estar impregnado de simplicidade e naturalidade.
N
ão, não estou sugerindo que passemos a dilacerar os adversários com garras e dentes, até porque se trataria de atitude instintual, justamente o contrário do raciocínio que pretendo desenvolver. Refirome ao comportamento de muitos dos principiantes na prática da arte marcial, notadamente o karatê-dô, que tenho a honra de lecionar. Percebi, ao longo dos anos, que a maior dificuldade para o desenvolvimento útil dos movimentos no praticante – mesmo os mais avançados – é a contenção (contratura) quando da execução do ato de golpear, que não aparece quando os mesmos praticantes são chamados a executar outros atos não “agressivos”, como entregar a mão para um cumprimento ou apanhar um objeto qualquer. É difícil explicar para o cérebro que golpear (em todos os sentidos que se possam emprestar à palavra e ao gesto) deve estar impregnado da mesma simplicidade e naturalidade. O gesto deve ser genuíno e espontâneo como os demais que praticamos diariamente no curso da vida, e não com o esforço redobrado, e por vezes estafante, do exercício condicionado. Disso resulta que o gestual marcial, para os praticantes que se iniciam na arte, e mesmo para a maioria dos mais endurecidos pelo treinamento, aparenta rigidez, artificialismo, forçamento e, principalmente, ineficiência. Pus-me a pensar sobre a origem
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dessa maneira de agir e logo encontrei predador: meticulosa, hábil, certeira, as diretrizes educacionais de contentecnicamente desenvolvida por geração à agressividade, pelo menos física, ções, uma máquina de matar. Sem sobressalto, faz apenas cumprir as regras a impregnar no genoma humano – no que lhe foram ensinadas pelos que o quanto a cultura é realmente capaz de antecederam, e pelos microscópicos fazê-lo – esse comportamento contido, caminhos dos genes. É rigorosamente uma das matrizes mais significativas da eficiente. hipocrisia. Esse o diferencial a ser compreendiÉ certo que não poderíamos seguir do e, depois, posto em prática pelo ininos matando (embora a matança continue) e deveríamos dar cobro à guerra ciante e vivido intensamente pelo praticante maduro. Na execução de seu ato, como solução para os conflitos, mas esse o predador não dispõe de juízo moral esforço civilizatório – ainda sem resultado, como se sabe – não poderia explicar sobre dilacerar sua presa; apenas o faz todo o comportamento que percebi nos com a expertise que a evolução lhe concedeu. Valores são fruto da reflexão, do iniciantes. pensamento sofisticado, e é justamente Ocorreu-me que deveríamos dispor, em nossos mais por isso que devemos profundos extratos debruçar-nos sobre o genéticos, de formas comportamento in“Valores são dividual em busca da de agir que nos foram fruto da reflexão, verdade. impostas pela evolução, esse magnetismo Essa verdade, que do pensamento darwiniano que nos se persegue com o sofisticado e é conduz a partir das cirtreinamento, vai semcunstâncias ambienpre depender da pujustamente por tais. Como sabemos reza dos gestos em isso que devemos – pelo menos a parte seu propósito técnico. da humanidade que É preciso limpar-lhes a debruçar-nos sobre crê na ciência –, dessujeira evolutiva deicendemos dos símios xada por milhares de o comportamento e, provavelmente, de anos em que fomos individual em busca presas indefesas. Agir símios de pequeno porte, tão intensacomo predador, mais da verdade.” mente ainda experido que tudo, significa mentamos as sensabuscar o gesto puro e ções da presa ante o predador. Inúmeros imaculado pelas incertezas existenciais, são os mecanismos que residem em nós, e para isso é necessário plantá-lo nos patamares mais profundos da natureza do verdadeiros fósseis evolutivos, que relembram situações letais e a reação posser: uma transformação, esse o propósisível ante elas. to da prática continuada. A presa não tem técnica; faz o que Assim como podemos criar o movimento limpo por meio do esforço e da pode para não se transformar em alimento do predador. Foge desesperadadeterminação, também é possível promente, tem o cérebro inundado de horduzir o pensamento puro, objetivo defimônios (especialmente adrenalina), para nitivo da arte de lutar. É preciso desconfiar daqueles que movimentar a máquina ósseo-muscular pensam em lutar pela sobrevivência, como na tentativa de sobreviver, frequentemente sem resultado quando o predador as presas. Para esses tudo é justificável, é hábil, rápido e feroz. A presa sobrevive afinal é a vida que estaria em jogo. Para o pela quantidade de membros da espécie predador, apenas mais um refeição. e não por sua habilidade em desfazer-se Fernando Malheiros Filho do predador; desespera-se, usando toda é professor de karatê-dô, a energia disponível na fuga. Se não for historiador e advogado, especialista apanhada, pode até morrer de exaustão. em direito da família e sucessões. Outra, muito diversa, é a atitude do
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1º Fórum Nacional de K aratê
CBK inova e promove 1º Fórum Nacional de Karatê POR
PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ
De 30 de janeiro a 1º de fevereiro a Confederação Brasileira de Karatê realizou o 1º Fórum Nacional de Karatê, evento que discutiu a conjuntura atual da modalidade no País e apontou caminhos com base num modelo moderno e transparente de gestão.
Danilo Haun e William Car
Lucélia Ribeiro
doso
Ronni Vonn Vieira, Ennio Cardoso e
Douglas com o filho Daniel
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Luiz Carlos Cardoso com todos dirigentes estaduais que estiveram no evento
Hércules Queiroz
Brose
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O
encontro inédito contou com a presença de dirigentes nacionais e estaduais, diretores técnicos, de arbitragem e administrativos, provenientes de 25 Estados. O Fórum Nacional de Karatê realizou-se no auditório do Brisa Tower Hotel, em Brasília (DF), e compreendeu diversas palestras. O que há no topo do mundo. Como chegar lá, teve como palestrante o bicampeão mundial Douglas Brose. Por meio de uma leitura atual e dinâmica, Douglas falou sobre sua trajetória nos tatamis e apontou novos caminhos no preparo de atletas para o alto rendimento. William Cardoso, diretor técnico da CBK, apresentou o relatório técnico de 2014 e os regulamentos da seletiva nacional, do campeonato brasileiro e do circuito open nacional. O dirigente finalizou sua exposição dissertando sobre o ranking brasileiro e o programa Bolsa Atleta federal.
No segundo dia os trabalhos foram iniciados com importante palestra sobre direito esportivo, ministrada pelos doutores Irazer Gadelha Brito e José Eduardo Marzagão. Na sequência houve a palestra Aspectos técnicos, proferida por Ricardo Aguiar, técnico da seleção brasileira e da FPK. Para boa parte dos espectadores a exposição feita pelo técnico paulista foi um dos pontos altos do encontro. www.revistabudo.com.br
Outra palestra que recebeu inúmeros elogios foi Regulamento de arbitragem, na qual Celso Rodrigues avaliou e dissecou todas as mudanças promovidas recentemente pela World Karate Federation (WKF). No campo científico, o professor Danilo Haun apresentou excelente pesquisa sobre a utilização do karatê adaptado para habilitação esportiva de pessoas com deficiência. Danilo é mestre em educação física e coordenador da Fundação José Silveira, com sede em Salvador, na qual desenvolve um trabalho de habilitação esportiva por meio do karatê adaptado para deficientes físicos e intelectuais, atuando em várias partes do País. Para Haun, este trabalho proporciona a contrapartida social do esporte. “Para a instituição José Silveira a iniciativa deve ser destacada no aspecto de inclusão social. A partir do momento em que uma confederação abre suas portas para inclusão de atletas com deficiência temos um ganho incalculável no sentido social. Além de ser um projeto pioneiro, estamos trazendo para o meio esportivo aquele grupo que antes estava à margem e isso traz resultados não só para eles, mas para outros atletas também, no sentido de exemplo de superação.” O professor Luiz Carlos Cardoso falou sobre os Programas para exames de
faixa, uma iniciativa que prevê a unificação dos exames de faixa em todo o País. O último palestrante foi Heraldo Simões, que falou sobre cursos de especialização.
Avaliação dos participantes
Carlos Magno, coordenador de seleções de São Paulo – Acho que o fórum teve enorme relevância e contamos com a participação de pessoas importantes no cenário de nossa modalidade. Todos nós temos muito que aprender, e os palestrantes conseguiram transmitir informações valiosas no tocante a técnica, competição e arbitragem, que recentemente sofreu mudanças. Gostei muito das conotações utilizadas quanto ao crescimento das seleções, com ênfase na categoria sênior. A palestra sobre a evolução do treinamento com conceitos das competições internacionais foi extremamente didática e de grande valia para todos. A comissão técnica paulista certamente utilizará estas informações. João Soares de Alencar Neto, presidente da Federação de Karatê do Estado do Piauí – Minha avaliação é 100% positiva, porque o fórum foi muito amplo e abrangeu todas as áreas do karatê: ensino, metodologia, arbitragem e graduação. Todas as áreas foram cuidadosamente exploradas por palestrantes exRevista Budô número 15 / 2015
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1º Fórum Nacional de K aratê tremamente competentes. Gostei muito e vamos tentar levar o fórum para nosso Estado. As palestras que mais chamaram minha atenção foram as dos professores Ricardo Aguiar e William Cardoso, muito elucidativas. Achei o formato do encontro perfeito, e cabe a cada dirigente que aqui esteve levar o que viu para seu Estado. Joílson Ferreira de Moraes, presidente Federação de Karatê do Estado de Goiás – O fórum pode ser avaliado como um marco no karatê brasileiro. A partir desse momento poderemos traçar metas porque abordamos vários aspectos que englobam o karatê. Falamos sobre técnica, gestão e karatê social e esportivo. Penso que estamos fazendo história por meio da parceria entre a CBK e a Universidade Estadual do Ceará, ofertando curso para aqueles que buscam capacitação. Nossa avaliação é extremamente positiva. Como dirigente, fiquei surpreso com o avanço na questão de formação do atleta, e parabenizo os professores Aguiar e Lucélia pelo teor técnico da palestra apresentada por ambos. José Carlos de Oliveira, segundo diretor técnico da Federação de Karatê do Paraná – Minha avaliação desse encontro foi ótima. Além das palestras com conteúdo excelente, pudemos expor nossas opiniões com tempo e sem atropelos. A diversidade de temas interessantes certamente contribuirá para o crescimento técnico e estrutural do karatê. Vejo a possibilidade de aprimorarmos ainda mais este evento e fazermos fóruns melhores anualmente. As palestras técnicas foram muito interessantes, mas a demonstração interessante do William Cardoso no sentido de produzir estatísticas dos nossos resultados foi o que mais me agradou, pois este trabalho terá efeitos práticos importantíssimos. Outro tema que me agradou muito foi a questão da legislação esportiva. Fomos muito felizes por encontrar uma pessoa tão capacitada
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na área. O doutor Irazer Gadelha está ampliando nossos horizontes e mostrando a importância de fazermos a coisa certa e com amparo na lei. Paulo José Muniz, presidente Federação de Karatê de Mato Grosso do Sul – Foi tudo bastante proveitoso e pudemos esclarecer muitas dúvidas. Vamos levar estas informações para casa e certamente melhoraremos o karatê em nosso Estado. Viemos a Brasília com vários diretores, e tivemos um aproveitamento muito bom nas áreas técnica, administrativa e de gestão. Todas as palestras foram excelentes, mas as apresentadas por Ricardo Aguiar e Douglas Brose chamaram minha atenção. Durci Nascimento, presidente da Federação Catarinense de Karatê – Além de superar todas as expectativas, o 1º Fórum Nacional do Karatê surpreendeu a todos pela qualidade e o conteúdo apresentados. O tema da pós-graduação no karatê foi extremante interessante, mas do que eu mais gostei foi a explanação do Ricardo Aguiar, que falou sobre a formação dos atletas. Foi uma palestra muito interessante e didática. Ronaldo Seráfico, presidente da Federação de Karatê de Rondônia – A principal característica deste fórum foi a renovação. Estamos sob a administração do professor Luiz Carlos, e por si só este fato aponta novos tempos para a modalidade e oferece motivação para dirigentes estaduais e toda comunidade, no sentido de podermos debater aspectos técnicos e administrativos. Acima de tudo este encontro é uma ação inovadora, já que esta integração e a troca
de experiência não existiam antes, e foram muito positivas. Levaremos esta experiência para os Estados, e tornaremos nosso trabalho muito mais profissional. A palestra do Brose chamou mais minha atenção porque, como ex-atletas, temos uma visão diferenciada do papel das federações e do apoio que devemos oferecer aos atletas. A palestra sobre a arbitragem também foi superimportante. Já o professor Ricardo Aguiar expôs uma visão técnica e prática que certamente será referência para todas as federações. Wanderlei Machado de Oliveira, técnico da seleção catarinense de karatê – Tudo isso foi muito positivo e os temas abordados agregaram muito conhecimento. Este momento de descontração e troca de conhecimento entre professores e dirigentes é extremamente importante para o c re s c i m e nto do karatê. Gostei muito das palestras apresentadas pelos professores William Cardoso e Ricardo Aguiar. Minha sugestão é manter o foco, o mesmo formato, e quando muito agregar alguns temas. Washington Melo, presidente da Federação Amazonense de Karatê – Após muito tempo acompanhando o karatê, esta foi a primeira vez que presencio uma iniciativa como esta, e vou usar uma frase que explica bem o que sinto: “Cheguei aprendendo, estou aprendendo e vou embora com vontade de aprender muito mais”. O fórum foi um sucesso absoluto, no qual foram debatidos temas de várias esferas, desde a área jurídica até a área técnica, e só me resta parabenizar a diretoria da CBK por esta importante iniciativa. A palestra que mais me chamou a atenção foi a da área jurídica. Como dirigentes, temos obrigação de conhecer e exercitar as leis e normas do desporto nacional, mas infelizmente só corremos atrás quando o problema já aconteceu. www.revistabudo.com.br
Neweton Antônio de Lima, diretor técnico da Federação Mineira de Karatê – Acho que foi dado um primeiro passo para pontuar problemas e precariedades de nossa modalidade. Acima de tudo este encontro revela a predisposição da atual diretoria em proporcionar informação e a procura de desenvolvimento. Esta iniciativa indica um caminho a ser percorrido. Só me resta afirmar que a cúpula do karatê brasileiro busca avançar e que nossos dirigentes estão de parabéns. Sou profissional da educação física e já trabalhei com diversas modalidades, e o que mais me chamou a atenção aqui foi a importância dada à questão técnica do alto rendimento. Não podemos mais nos comportar como amadores, e neste sentido a palestra do Ricardo Aguiar me deixou muito tranquilo e satisfeito. Ele deixou claro que professores e técnicos de karatê preocupam-se com a formação técnica, e para mim esta foi a maior conquista deste fórum. Se nós temos a intenção de tornar o karatê um esporte olímpico, não podemos mais ficar com aquela mentalidade de 20 ou 30 anos atrás. Já existe espaço para o empirismo. Aldo Lubes, presidente da Federação de Karatê do Paraná – Minha avaliação é que foi uma iniciativa muito boa e deverá ser mantida e aprimorada. Dou nota 8 para esta primeira edição. Gostei muito da palestra do professor Heraldo, que falou sobre o curso de capacitação dos professores. Gostei também do trabalho exposto por Douglas Brose e da palestra sobre direito esportivo, apresentada pelo doutor Irazer Gadelha. José Carlos de Oliveira, presidente da Federação Paulista de Karatê – Minha avaliação é superpositiva, já que, além de reunir os dirigentes do karatê nacional, o evento mostrou a necessidade de nos aproximarmos para discutir problewww.revistabudo.com.br
mas que muitas vezes são comuns e para buscarmos saídas que beneficiem todos os Estados. Como sugestão, acho que a CBK deve investir maciçamente na difusão da questão jurídica. Os presidentes têm de saber como e de que forma as coisas podem ser feitas na área administrativa, e nisso eu incluo a questão da captação de recursos em nível municipal, estadual e federal, pois estamos muito atrasados neste setor. Na área técnica penso que a CBK pode criar um treino padrão e levar os técnicos da entidade aos Estados ou regiões do País, para padronizarmos o karatê. Se fizermos isso, estaremos criando uma identidade para o karatê do Brasil.
Palestrantes avaliam evento Além de elogiar a CBK pela iniciativa, Ricardo Aguiar espera que esta primeira edição do fórum estabeleça a cultura da informação. “A criação deste evento foi uma ideia excelente e espero que seja o primeiro de muitos, já que a aceitação foi muito boa. Os temas abordados foram atuais e de extrema relevância. Não podemos mais recuar e temos de caminhar para frente, porque com este tipo de ação fomentamos uma série de ideias e pensamentos. A união de informações proporciona esta troca e uma transmissão gigantesca de dados e experiências.” O técnico ribeirão -pretano explicou sucintamente qual foi o teor de sua palestra. “Minha palestra foi composta de sugestões e indicadores técnicos e, quando falamos isso, estamos falando de certo método de treinamento, não de um treinamento padronizado, mais para que as pessoas saibam que na CBK existe um método de treinamento catalogado que é seguido pela divisão de base e pela divisão de adulto. Isso permite que técnicos e dirigentes estaduais tenham consciên-
cia daquilo que será trabalhado. Como exemplo citei que o atleta de seleção é um atleta tipo exportação, e tem de ser um karateca diferenciado, pois no exterior enfrentará atletas diferenciados, seja em pan-americano, sul-americano ou premier league, nos quais as necessidades são diferentes das nossas. Digo sempre que as federações são responsáveis por alimentar a seleção brasileira com bons atletas e nós somos responsáveis em transformar estes karatecas em atletas tipo exportação.” Para William Cardoso, diretor técnico da CBK, o 1º Fórum Nacional do Karatê atingiu todos os objetivos propostos. “Um fato marcante foi a enorme receptividade dos dirigentes estaduais, que trouxeram rep re s e nt a nte s de atletas, professores e árbitros, e isso demonstra que as federações abraçaram a ideia. Mas o melhor indicativo desta receptividade foi que havíamos planejado apenas este primeiro fórum, no qual discutiríamos as ações para 2016. Não havia planejamento de outro evento para o ano que vem, e antes mesmo que este encontro terminasse começaram as especulações sobre a eventual realização da edição de 2016. Até o término do fórum este pensamento era quase unânime. Isso acontece sem sabermos quem fará a gestão da CBK a partir de 2017, e o fórum projeta as ações para a temporada seguinte. Avaliamos isso como um fato bastante positivo, pois é algo que começamos a construir, e a comunidade está conseguindo deixar o lado pessoal, a vaidade e o ego de lado. Estão pensando de fato no crescimento do karatê e vindo ao encontro dos objetivos de nossa gestão, que visa a fortalecer e fomentar o karatê em todos os sentidos. Em minha avaliação esta foi nossa maior conquista e significou o fechamento do fórum com chave de ouro. Pudemos confirmar o envolvimento e o comprometimento de todos com o crescimento do karatê nacional.” O dirigente cearense falou sobre os propósitos da palestra apresentada. “Para explicar minha palestra tenho de falar primeiro do relatório técnico de Revista Budô número 15 / 2015
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1º Fórum Nacional de K aratê 2014 apresentado aos participantes do fórum, que foi fundamentado em dados concretos, resultado de ações promovidas na temporada passada. Com base nestes dados pudemos traçar uma estratégia para ações de 2015, alicerçados nos resultados das seletivas, campeonatos brasileiros, ranking nacional, circuito open nacional e o Bolsa Atleta. Com estes dados pudemos estabelecer as ações para esta temporada, mas já focando um olho em 2016, porque entendemos que o planejamento prévio é o grande trunfo da boa gestão. Com toda esta informação em mãos, pudemos cruzar todos os dados em busca de números que apontassem não só o melhor caminho, mas a estrada mais segura no sentido encurtar nossa jornada para estarmos entre os seis maiores países no karatê mundial, e tenho certeza de que os dirigentes gostaram do que viram.” Celso Rodrigues, diretor de arbitragem da CBK, elogiou a abrangência do evento. “Em minha avaliação este encontro foi sensacional, começando pelo bicampeão mundial Douglas Brose; depois tivemos o excelente trabalho apresentado por William Cardoso, Ricardo Aguiar e o presidente. Nós nunca tivemos isso antes. Gostei da palestra que apresentei sobre a arbitragem e acho que fui muito feliz em minhas colocações. Fiquei surpreso com a reação das pessoas, que gostaram e elogiaram minha apresentação. As mudanças nas regras visam sempre à questão olímpica e elas acontecem sempre. Com elas o karatê está ficando mais limpo porque a regra antiga permitia muita agarração, e ficava muito parecido com o judô. A nova regra deixou o karatê mais dinâmico e os atletas podem colocar melhor os golpes. Espero que as regras fiquem assim até 2020, pois o Japão está pleiteando a inclusão do karatê nos jogos de Tóquio, e precisamos definir muito bem as regras para esse evento.” Irazer Gadelha Brito, presidente do Superior Tribunal Desportivo da CBK, enalteceu a iniciativa dos dirigentes da entidade. “Minha avaliação é a melhor
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possível. Nossa diretoria está no caminho certo ao promover estes esclarecimentos. Durante os três dias de seminário houve muitas dúvidas, principalmente no que diz respeito à legislação esportiva. O fórum esclarece e traz luz para aqueles que administram o karatê brasileiro, os presidentes das federações. Estes dirigentes levarão para seus Estados todas as informações e buscarão adequar-se ao que a legislação esportiva exige.” Gadelha pontuou que muitos dirigentes ainda não se atualizaram. “Pelo tipo de perguntas feitas e dúvidas apresentadas, percebemos nitidamente que o karatê brasileiro ainda está nos primórdios em termos de legislação esportiva. Como exemplo cito a questão dos estatutos. A grande maioria de entidades estaduais ainda não os adequou ao que pede a legislação civil que passou a vigorar em 2002. Vejo a necessidade de fazermos fóruns e encontros para serem debatidos temas específicos e assim podermos sanar dúvidas definitivamente. Gostaria de ter ajudado mais, porém o tempo não permitiu muita flexibilidade.” O professor Heraldo Simões detalhou a palestra sobre a pós-graduação para professores de artes marciais. “Estabelecemos um convênio entre a Universidade Estadual do Ceará e a Confederação Brasileira de Karatê, de caráter técnico e pedagógico, que visa à promulgação do saber. A primeira proposta é um curso de especialização coordenado por mim, com especialização em artes marciais, esportes de combate e lutas. Esta especialização já foi ofertada a duas turmas e agora firmamos este convênio com a CBK, cuja proposta estabelece cursos em vários Estados e em parceria com as federações que tenham interesse e atendam ao caderno de encargos da UEC. Vejo enormes possibilidades, já que com este formato as federações oferecerão cursos de especialização validados por uma
universidade estadual, no caso a UEC, e os alunos não terão de deslocar-se para outros Estados para se especializarem. O curso é aberto para qualquer pessoa que seja graduada, e oferecerá duas opções: especialização e aperfeiçoamento. O principal objetivo é capacitar os professores da CBK.” Na avaliação de Luiz Carlos Cardoso, presidente da CBK, o principal objetivo do encontro foi oferecer o maior conhecimento possível aos dirigentes e professores envolvidos no processo. “Nossa meta principal neste primeiro fórum nacional de karatê era expor e discutir ideias que fomentem maior desenvolvimento possível de nossa modalidade. Buscamos fazer um novo planejamento para o futuro do karatê no Brasil.” Para o dirigente nacional a grande lição do fórum nacional é que ele já deveria ter acontecido antes. “A grande lição que tirei desse encontro foi a de que está mais de dez anos atrasado. Esta poderia ter sido a décima ou vigésima edição. A ciência e a pesquisa caminham lado a lado com a prática esportiva, e a nossa proposta é justamente trazer para o karatê a pesquisa científica, o profissionalismo e todas as variantes mercadológicas que hoje impulsionam as demais modalidades esportivas. Demos o primeiro passo, mas ele foi dado com mais de uma década de atraso.” O dirigente finalizou avaliando o encontro. “Solicitamos a todos os dirigentes estaduais que viessem a Brasília acompanhados de um representante dos professores, um representante dos atletas e um representante dos árbitros. Ao todo reunimos mais de 70 dirigentes e superamos as expectativas. Atingimos todos os objetivos traçados, e o sucesso desta primeira edição nos permitirá fazer um planejamento muito mais ambicioso para o fórum de 2016.” www.revistabudo.com.br
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Jogos Pan-Americ anos 2015
Taekwondo
vai aos Jogos Pan-Americanos
com time completo! POR
CARLA SOFIA FLORES I Fotos MASTKD
Após o excelente desempenho da equipe brasileira na seletiva realizada no México, na qual obteve 100% de aproveitamento, o taekwondo verde e amarelo vai a Toronto com uma equipe completa e em busca de várias medalhas.
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A
seleção brasileira de taekwondo obteve excelente resultado na seletiva pan-americana realizada em Aguascalientes (México) nos dias 12 e 13 de março, conquistando vagas nas oito categorias que serão disputadas nos Jogos Pan-Americanos, em julho, em Toronto (Canadá). E o Brasil brilhou já no primeiro dia da seletiva, conquistando as quatro vagas que estavam em disputa, com Íris Tang Sing (-49 kg), Júlia Vasconcelos (-57 kg), Guilherme Dias (-58 kg) e Henrique Precioso (-80 kg). No primeiro dia de competição uma luta foi suficiente para os atletas brasileiros atingirem o objetivo, já que, com as vitórias obtidas no primeiro confronto, nenhum brasileiro teve de passar pela repescagem. Íris foi a brasileira que venceu com placar mais elástico, ao derrotar a adversária jamaicana por 11 a 1. Júlia Vasconcelos, única atleta que não ficou de bye, saiu vitoriosa do seu primeiro confronto contra a boliviana Glória Bustamante, com o placar de 7 a 3. Guilherme Dias venceu o adversário costa-riquenho por 8 a 3, enquanto Henrique Precioso garantiu a vaga de sua categoria vencendo o atleta da República Dominicana por 8 a 5. No segundo dia de disputa o time brasileiro apresentou o mesmo desempenho e fechou com o 100% de aproveitamento. A primeira vaga veio da categoria +80 kg, com Lucas Ferreira, que venceu o adversário de Aruba por 7 a 3. Gustavo Almeida obteve a classificação da categoria -68 kg vencendo o peruano Peter Lopez por 9 a 7. Josiane Lima (-57 kg) e Raphaella Galacho (+67 kg) conquistaram vaga por meio da repescagem. Em sua última luta, a titular da categoria -57 kg venceu a adversária equatoriana por 4 a 0, enquanto Raphaella Galacho construiu um placar bastante elástico, vencendo a oponente venezuelana por 11 a 2. Para o técnico Fernando Madureira, o resultado premiou o esforço e o comprometimento de toda a equipe. “Minha leitura é que o nosso time foi a Aguascalientes extremamente focado. Os atletas sobraram em determinação e comprometimento. Todos nós sabíamos da importância deste resultado, e felizmente obtivemos 100% de aproveitamento. Voltamos para casa com a sensação do dever cumprido e agora é treinar para chegar a www.revistabudo.com.br
Toronto com a equipe mais unida e focada na conquista das medalhas que o taekwondo brasileiro busca.” Aguascalientes recebeu atletas vindos de 28 países e 23 conquistaram vaga para os jogos de Toronto. Apenas quatro países conquistaram vagas nas oito categorias que serão disputadas na competição: Brasil Estados Unidos, Colômbia e México. Cuba arrebatou sete vagas, enquanto Argentina, Venezuela, República Dominicana e Porto Rico garantiram seis. Guatemala e Chile ficaram com cinco vagas, enquanto Honduras e Peru ficaram com três. Aruba, Jamaica e Uruguai somaram duas vagas, enquanto Costa Rica, Equador, Nicarágua, Panamá, Suriname, Trinidad e Tobago e Ilhas Virgens conquistaram apenas uma vaga. Com o mapa dos jogos desenhado e com as equipes definidas, as comissões técnicas do taekwondo de todo o continente americano terão agora, 120 dias para preparar atletas e traçar estratégias que levem seus lutadores ao pódio da competição continental de maior importância nas Américas.
trução de uma equipe competitiva. Acredito que o trabalho feito na CBTKD com o apoio da Petrobras, nossa patrocinadora, e em parceria com as equipes pessoais de cada atleta da seleção brasileira, foi fator
Técnica faz prognósticos para o Pan Carmem Carolina enfatizou as parcerias que propiciaram a conquista de 100% das vagas. “O resultado obtido em Aguascalientes é fruto de um trabalho que vem sendo realizado em longo prazo. Estamos colhendo frutos de uma empreitada iniciada três anos atrás. Na verdade, o apoio que estamos tendo, permitindo que atletas viajem para fora frequentemente e realizem todo este intercâmbio técnico, é fator decisivo neste processo. A seleção brasileira está competindo constantemente com os melhores taek wondis tas do mundo, e isso é superimportante na consRevista Budô número 15 / 2015
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Jogos Pan-Americ anos 2015 determinante na obtenção desse resultado expressivo e inédito. Vamos a Toronto com uma equipe completa e teremos oito oportunidades para medalhar para o taekwondo e para o Brasil.” Após a conquista inédita de todas as vagas, Carmem Carolina mostrou-se otimista e confiante. “Na última Olimpíada só conseguimos uma medalha de bronze, com o atleta Márcio Venceslau, no até 58 kg. Penso que nos Jogos Pan-Americanos temos chance de conquistar ao menos quatro medalhas. Pelo menos metade da equipe deverá subir ao pódio, e embora pareça muito fácil conquistar um resultado desses, não é tão simples assim.” A técnica rio-clarense finalizou citando as principais forças do taekwondo pan-americano. “O México é a principal potência da modalidade em nosso continente. Mundialmente falando, eles estão muito fortes em todas as classes e categorias de peso. São uma potência mundial e não apenas continental. Há anos vêm fazendo um trabalho muito bom, e esperamos bater de frente com eles. O número 1 hoje é o México, mas pretendemos pôr fim à hegemonia dele. Temos vários atletas que já venceram mexicanos, porém sabemos que será uma luta muito dura. Os EUA possuem alguns atletas que se destacam, mas o Brasil está muito forte e vivemos um momento de crescimento técnico e estrutural. Com exceção do Canadá, que possuía as oito vagas por ser anfitrião, estamos entre os cinco primeiros das Américas. A Colômbia também está muito forte no feminino.”
Classificação oficial para os Jogos Pan-americanos Feminino -49Kg.
ARG (Argentina) - Jennifer Navarro ARU (Aruba) – Monica Pimentel BRA (Brasil) – Iris Tang Sing COL (Colômbia) – Ibeth Camila Rodriguez CUB (Cuba) – Yania Aguirre Crespo DOM (R. Dominicana) – Candelária Martes GUA (Guatemala) – Elizabeth Z. Gordillo JAM (Jamaica) – Cyriesse Hall MEX (México) – Jannet Alegria Peña PER (Peru) – Lizbeth Julissa D. Canseco PUR (Puerto Rico) – Victoria Stambaugh USA (Estados Unidos) – Charlotte Craig
-57 Kg.
ARG (Argentina) – Celina Proffen BRA (Brasil) – Josiane Lima E Lima CHI (Chile) - Maria Jose Jara COL (Colômbia) – Doris Esmid Patino Marin CUB (Cuba) – Yamicel Nuñez Valera DOM (R. Dominicana) – Disnansy Polanco GUA (Guatemala) – Coralia Lucia Sandoval MEX (México) – Paulina Armeria PAN (Panamá) – Carolena Carstens PER (Peru) – Belen Costa USA (Estados Unidos) – Cheyenne Lewis VEN (Venezuela) – Adriana Martinez
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-67 Kg.
ARG (Argentina) – Alexis Arnoldt BRA (Brasil) – Julia Vasconcelos CHI (Chile) – Patricia Figueroa COL (Colômbia) – Katherin D. Portacio CRC (Costa Rica) – Katherine Alvarado CUB (Cuba) – Daima Villalon Cisnero ECU (Equador) – Iris Carvallo HON (Honduras) – Yosselyn Molina MEX (México) – Victoria Heredia PUR (Puerto Rico) – Brieanna Hernandez USA (Estados Unidos) – Paige Pherson VEN (Venezuela) – Adanys Cordero
+67 Kg.
BRA (Brasil) – Raphaela Galacho COL (Colômbia) – Jessica Paola Bravo CUB (Cuba) – Frislaidis Martinez DOM (R. Dominicana) – Katerin Rodríguez HON (Honduras) – Keyla Avila MEX (México) – Maria Rosario Espinoza PUR (Peru) – Crystal Weekes USA (Estados Unidos) – J. Galloway
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Masculino -58 Kg.
ARG (Argentina) – Lucas Guzman ARU (Aruba) – John Jairo Maduro BRA (Brasil) – Guilherme Dias COL (Colômbia) – Harold D. Avella Patino DOM (República Dominicana) – Luisito Pie GUA (Guatemala) – Francisco Jose P. Matias MEX (México) – Carlos Ruben Navarro NCA (Nicarágua) – Danilo Castillo PER (Peru) – Luis Oblitas Toledo PUR (Puerto Rico) – Joan Nuñez USA (Estados Unidos) – Logan Gerick VEN (Venezuela) – Mario Leal
-68 Kg.
BRA (Brasil) – Gustavo Almeida CHI (Chile) – Ignacio Morales COL (Colômbia) – Miguel Angel Salas CUB (Cuba) – Miguel Angel Aguiarn GUA (Guatemala) – Andres Rio Nevado MEX (México) – Saul Gutierrez Macedo PUR (Puerto Rico) – Luis Colon SUR (Suriname) – Tosh Van Dyk TRI (Trinidad y T.) – Dorian Alexander URU (Uruguai) – Federico G. Gomez USA (Est. Unidos) – Terrence Jennings VEN (Venezuela) – Edgar Contreras
-80 Kg.
ARG (Argentina) – Sebastian Crismanich BRA (Brasil) – Henrique Moura CHI (Chile) – Elias Robles COL (Colômbia) – Neider Lozano Ruiz CUB (Cuba) – Jose Angel Cobas Del Valle DOM (R. Dominicana) – Daniel Hernández GUA (Guatemala) – Guillermo R. Gonzalez HON (Honduras) – Miguel Ferrera MEX (México) – Rene Lizarraga PUR (Puerto Rico) – Elvis Barbosa USA (Estados Unidos) – Steven Lopez VEN (Venezuela) – Javier Medina
+80 Kg.
ARG (Argentina) – Martin Sio BRA (Brasil) – Lucas Ferreira CHI (Chile) – Leonardo Zamora COL (Colômbia) – Moises Efrain Tavera CUB (Cuba) – Rafael Yunier Castillo DOM (Rep. Dominicana) – Víctor Félix ISV (Ilhas Virgens) – Douglas Townseno JAM (Jamaica) – Kenneth Edward MEX (México) - Misael Lopez Jaramillo URU (Uruguai) – Braian Edward Elliot USA (Est. Unidos) – Stephen Lambdin VEN (Venezuela) – Carlos Rivas
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29º Campeonato Pan-Americ ano de Karatê
Brasil alcança recorde de medalhas em Toronto Subindo 15 vezes ao pódio, a seleção brasileira finalizou a 29ª edição do Campeonato Pan-Americano de Karatê Adulto com recorde histórico de medalhas. POR
PAULO PINTO I Fotos GERALDO DE PAULA
A
competição organizada pela Federação Pan-Americana de Karatê (PKF) contou com 37 países inscritos: Antígua, Argentina, Aruba, Bahamas, Barbados, Belize, Bermudas, Bolívia, Brasil, Canadá, Ilhas Cayman, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Curaçao, República Dominicana, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Martinica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, Santa Lúcia, Suriname, Trinidad e Tobago, Estados Unidos, Uruguai e Venezuela. A seleção brasileira de karatê foi a Toronto com uma delegação composta por 39 membros: 27 atletas, cinco técnicos, um fisioterapeuta, três árbitros, dois dirigentes e um repórter fotográfico. A expressiva conquista de medalhas ratificou o excelente trabalho
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desenvolvido por professores de todo o País em parceria com a comissão técnica brasileira. Foram três ouros, três pratas e nove bronzes, que resultaram no crescimento de 36% no número de medalhas conquistadas nesta competição. As medalhas obtidas em Toronto garantiram o vice-campeonato geral para a seleção brasileira, que ficou atrás apenas da Venezuela, que somou quatro ouros, três pratas e dois bronzes. O Equador ficou na terceira colocação, com dois ouros, duas pratas e três bronzes.
Supremacia sul-americana A presença de três países sul-americanos no pódio evidenciou a supremacia da América do Sul na modalidade. Se olharmos no quadro geral de medalhas, veremos que sete países sul-americanos figuram entre os doze primeiros classificados, enquanto dois países da América do Norte figuram em quarta e décima colocação.
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29º Campeonato Pan-Americ ano de Karatê Adulto - Toronto 2015 Centro-americanos e caribenhos conquistaram apenas três postos. Na avaliação de William Cardoso, o alto nível técnico do karatê sul-americano é fruto de um trabalho contínuo. “Esta supremacia continental deve-se ao trabalho permanente desenvolvido pelos países do nosso continente já há algum tempo. Todo este empenho potencializa a disputa nas competições sul-americanas e, consequentemente, nas pan-americanas.”
Medalhistas As medalhas de ouro foram conquistadas por Douglas Brose, no kumitê individual -60 kg; Wellington Barbosa, no kumitê individual +84 kg; Natália Brozulatto, Valéria Kumizaki, Isabela Rodrigues e Érica Santos, no kumitê equipe. Já as medalhas de prata vieram por meio de Alisson Bruno Sobrinho, no kumitê individual -75 kg; Érica dos Santos, no kumitê individual -61 kg; Wellington Barbosa, Marcos Paulo Andrade Silva, Alisson Bruno Sobrinho, Milton de Souza Menezes, Vinicius Rezende Figueira, Douglas Santos Brose e Edemilson Gutz dos Santos, no kumitê equipe.
Os medalhistas de bronze foram: Edemilson Gutz Santos, kumitê individual -60 kg; Luiz Victor da Rocha Barros, kumitê individual -67 kg; Alberto Azevedo, kumitê -84 kg; Bianca Mafra, kumitê -68 kg; Valéria Kumizaki, kumitê -55 kg; Fernanda Pacheco, kumitê +68 kg; no kata equipe feminino, Noelle Praxedes Felipe, Nicole Yonamine Mota e Bruna Peterossi Martins; e no kata equipe masculino, Williames Souza Santos, Eric Matheus Nascimento e Frederico da Silva Rocha.
Jogos Pan-Americanos Além das 15 medalhas conquistadas em Toronto, a seleção brasileira atingiu seu objetivo de classificar mais atletas para os Jogos Pan-Americanos, programados para julho, na mesma cidade canadense, e com isso a seleção brasileira de karatê levará sete atletas para lutar por medalhas.
Dragan Kljenak, presidente da Federação Canadense de Karatê, Luz Carlos Cardoso, presidente da CBK e André Davanzo, diretor da Valve World
Douglas e Daniel Brose
Os técnicos Ricardo Aguiar, Lucélia de Carvalho e Diego Spigolon discutindo estratégias
Toda a equipe brasileira em Toronto
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À esquerda o árbitro Antônio Hércules de Queiroz atuando na competição
Após 26 anos Brasil sediará Pan-Americano sênior No dia 17 de março, durante a Assembleia Geral da Confederação Pan-Americana de Karatê, o Brasil foi eleito sede do próximo Campeonato Pan-Americano sênior. Além de ser uma importante conquista, a escolha é um marco para o karatê brasileiro, pois esse evento ocorreu no Brasil pela última vez em 1990, no Rio de Janeiro. Após vibrar com a importante conquista, Luiz Carlos Cardoso, presidente da CBK, explicou que a cidade que sediará o evento ainda será definida pela diretoria da CBK e dirigentes estaduais. “O Brasil não recebia um pan-americano sênior há quase 30 anos e sediar esta competição será de extrema importância no processo de massificar a nossa modalidade. Sobre a definição da sede, primeiro vamos estudar todas as propostas das cidades que se candidatarem, e depois tentaremos obter a maior visibilidade possível para o evento que reunirá os maiores karatecas do nosso continente.” www.revistabudo.com.br
Equipe brasileira O selecionado brasileiro desembarcou em Toronto com os seguintes atletas: Noelle Praxedes Felipe, Nicole Helena Yonamine Mota, Bruna Peterossi Martins, Christian Pontes Tavares, Eric Matheus Alcântara Nascimento, Frederico da Silva Rocha, Aline Souza de Paula, Beatriz Mafra, Geovana Santos Fracaro, Valéria Kumizaki, Maike Steffen Machado de Oliveira, Érica Carla Castro dos Santos, Natália Ribeiro Hilário Brozulatto, Bianca Mafra, Isabela dos Santos Rodrigues, Fernanda Juma Soares Pacheco, Williames Souza Santos, Edemilson Gutz dos Santos, Douglas Santos Brose, Vinicius Rezende Figueira, Luiz Victor da Rocha Barros, Milton de Souza Menezes, Alisson Bruno Santana Sobrinho, Marcos Paulo Andrade Silva, Alberto da Conceição Azevedo, Diogo Arthur Coelho Machado e Wellington Rodrigues Barbosa. A comissão técnica foi formada por Lucélia de Carvalho Ribeiro, Ricardo Miguel Aguiar, Diego Spigolon, Simone Hatsumi Yonamine Mota e Ubirajara Rangel da Silva. Antônio Hércules de Queiroz, Celso Rodrigues e João Lisita Neto foram os árbitros da equipe verde e amarela, que contou ain-
da com o fisioterapeuta Alexandre Badan Collucci; Geraldo Gilberto de Paula, repórter fotográfico; William Carlos Cardoso do Nascimento, diretor técnico; e Luiz Carlos Cardoso do Nascimento, presidente.
Dirigente comemora resultado William Cardoso começou avaliando a vice-liderança geral. “Fomos a Toronto focados no tricampeonato, mas não conquistamos o título por uma medalha de ouro a menos. Vencemos três das seis finais que disputamos e a derrota do kumitê equipe masculino para a Venezuela (nossa concorrente direta pelo título) fez a diferença na contagem geral de medalhas de ouro. Mas nossa avaliação foi muito positiva, pois agora a equipe voltará a Toronto para os jogos muito mais motivada e aguerrida.” Para o diretor técnico da CBK, a conquista de 15 medalhas foi extremamente impactante. “Com relação às medalhas obtidas, o Brasil ficou bem à frente dos demais concorrentes, pois a campeã Venezuela obteve apenas nove, e o Equador, sete. Isso comprova o excelente aproveitamento dos nossos atletas, principalmente ao compreender que foram
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29º Campeonato Pan-Americ ano de Karatê Adulto - Toronto 2015
Pódio do -60Kg
disputadas apenas 18 categorias. Nós só não subimos ao pódio em três.” O dirigente finalizou lembrando que o Brasil foi a Toronto com uma nova safra de atletas, que em breve estará pronta para maiores desafios. “Nossa equipe é formada por atletas muito novos, e dos 27 que foram ao Canadá, 13 têm menos de 23 anos; oito, 24
ou 25; e apenas seis, de 26 a 29 anos. Podemos afirmar que nesta seleção está a nova safra do karatê brasileiro. Em pouco tempo estaremos recuperando definitivamente a hegemonia continental. Lá atrás este objetivo havia sido traçado para 2016, quando sediaremos esta competição. Posso até estar enganado, mas após o próximo ano dificilmente uma seleção das Américas sobrepujará o Brasil.”
Bicampeão mundial faz balanço positivo Bastante rodado e extremamente experiente, Douglas Brose conhecia seus adversários e foi a Toronto com uma estratégia traçada que o levaria ao ouro, e mais uma
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vez tudo deu certo. “Neste último pan-americano consegui manter bom desempenho, tornando-me tricampeão das Américas. Eu já conhecia todos os adversários que iria enfrentar e por isso cheguei ao koto bastante confiante. Mas isso não deixou a competição mais fácil. Felizmente tudo deu certo e atingi o objetivo, que era somar mais um ouro para o Brasil. Agora é focar os jogos e treinar muito.” Douglas Brose aposta no sucesso do time em 2016. “No geral a equipe brasileira conseguiu bons resultados, principalmente com a classificação de mais três atletas para os Jogos Pan-Americanos. Agora chegaremos a Toronto em julho com a possibilida-
Luiz Carlos Cardoso defendendo a candidatura do Brasil para sediar o Campeonato Pan-Americano sênior 2016
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Diego Spigolon da últimas dicas a Natália Brozulatto
de de voltar para casa com três medalhas a mais. Lamentavelmente ainda cometemos erros básicos, perdemos algumas lutas nos detalhes, que devem ser corrigidos até o fim de junho. Olhando um pouco mais adiante, a diretoria da CBK conseguiu vencer a disputa e o Brasil será sede do Campeonato Pan-Americano adulto em 2016. Este é um grande desafio e uma importante conquista. Agora temos de focar o preparo de uma equipe fortíssima que garanta o título para o Brasil. A nova gestão da CBK tem mostrado enorme capacidade de alavancar a modalidade e, sem dúvida alguma, a realização do pan no Brasil projetará ainda mais o karatê do Brasil, dentro e fora do País.”
QUADRO DE MEDALHAS Colocação
País
Ouro
Prata
Bronze
Total
1
Venezuela
4
3
2
9
2
Brasil
3
3
9
15
3
Equador
2
2
3
7
4
Estados Unidos
2
1
1
4
4
R. Dominicana
2
1
1
4
4
Colômbia
2
1
1
4
7 8 9 10 11 12
Peru México Chile Canadá Cuba Argentina
1 1 1 0 0 0
1 0 0 3 2 1
3 5 2 2 4 3
5 6 3 5 6 4
Medalhas DO Brasil nos últimos anos Ano
Local
Medalhas
2012
Manágua/Nicarágua
6
2013
Medellín/Colômbia
8
2014
Lima/Peru
11
2015
Toronto/Canadá
15
Brasil nos Jogos Pan-Americanos 2015
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Douglas Brose
Kumitê Masc.
-60kg
Marcos Paulo
Kumitê Masc.
-84kg
Wellington Barbosa
Kumitê Masc.
+84kg
Aline de Paula
Kumitê Fem.
-50kg
Valéria Kumizaki
Kumitê Fem.
-55kg
Natália Brozulatto
Kumitê Fem.
-68kg
Isabela Rodrigues
Kumitê Fem.
+68kg
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29º Campeonato Pan-Americ ano de Karatê Adulto - Toronto 2015 Brasil campeão no kumitê equipe feminio
Brasil vice-campeão no kumitê equipe masculino
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Ricardo Aguiar destaca a força da equipe
Para o coordenador técnico da seleção, o Brasil foi vitorioso. “Fomos vice-campeões gerais, e nos mantivemos entre os três primeiros colocados nas Américas. Queríamos vencer e chegar ao tri, mas batemos recorde na conquista de medalhas. Algumas pessoas disseram que o Brasil levou pau da Venezuela, mas isso não procede. Não concordo com este pensamento, porque tivemos baixas e todos os países evoluíram muito. Temos de lembrar que ficamos 12 anos sem ganhar um titulo pan-americano, e que fomos vitoriosos em 2013 e 2014. É claro que todos queriam vencer e ser tricampeões consecutivos, mas sabemos que isso depende de uma série de fatores, e infelizmente em função de umas baixas que tivemos, com lesões de atletas, acabamos sendo superados. Mas ficamos abaixo do time venezuelano por uma medalha de ouro apenas, não foi nada absurdo.” O técnico ribeirão-pretano destacou que todo o time está focado na conquista de medalhas em Toronto. “Foi muito bom acontecer essa situação, pois a partir de agora todos ficarão mais atentos com o nível dos demais países, e refiro-me sobre tudo ao comportamento tático dos nossos atletas. Há lutas que taticamente devem ser mais burocráticas, mesmo que isso demande placares menos expressivos. Está faltando um pouco mais de estratégia para os nossos lutadores, e acho que isso fez enorme diferença, principalmente contra a Venezuela, a campeã geral, que possui atletas tecnicamente inferiores, mas que vão para a luta com funções estratégicas muito bem definidas. Após dois anos de trabalho nossos atletas estão começando a entender nossa proposta. Penso que foi um resultado positivo e, olhando por outro ângulo, serviu para sairmos da zona de conforto, pois estamos prestes a encarar os Jogos Pan-Americanos, uma competição importantíssima que se realiza a cada quatro anos. Um resultado desses faz com que todos fiquem mordidos e aumenta a motivação para chegarmos a Toronto com um time mais forte para dar o troco.” Ricardo Aguiar finalizou pontuando a importância dos jogos. “Com relação aos Jogos Pan-Americanos, este é um evento importantíssimo, que envolve o Comitê Olímpico Brasileiro, e precisamos deixar a nossa marca, ratificando a hegemonia que possuímos no continente. Temos sete atletas classificados e todos em plena condição de medalhar. Todos são experientes e têm bagagem em competições internacionais. Antes dos jogos teremos duas competições que servirão como preparação: a etapa da Premier League, em São Paulo, e o sul-americano, no Chile. Tenho certeza de que os nossos atletas vão a Toronto muito bem preparados.”
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Em janeiro iniciamos o planejamento do ambicioso projeto que prevê a realizaçãoda 10ª edição do Grand Prix Feminino de Judô, maior competição interclubes do Brasil, em Goiânia. Esta ação inédita fará com que pela primeira vez na história este certame seja realizado fora do eixo Sul-Sudeste. Com o apoio do Governo do Estado de Goiás, Secretaria de Educação, Cultura e Esportes de Goiás, Prefeitura de Inhumas e parceiros da iniciativa privada, realizaremos a 10ª edição do Grand Prix Feminino e inscreveremos Goiás definitivamente, na rota dos principais eventos do judô nacional. Estamos determinados em receber da melhor forma possível, os representantes dos maiores clubes de judô do Brasil, bem como as maiores judocas do País e algumas das principais atletas do mundo. Tenham certeza que surpreenderemos inovando e promovendo a maior edição do Grand Prix Feminino de Judô.
Em novembro Goiânia será a capital brasileira do judô feminino e Goiás espera vocês de braços abertos!
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Paulistas expressam apoio a ministro e a secretário Dirigentes das principais entidades esportivas do Estado de São Paulo promoveram encontro de apoio aos novos mandatários do desporto nacional e paulista. POR
PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ e MARCELO LOPES
George Hilton
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de Esporte Aurélio Miguel, George Hilton, Cézar Roberto Granieri, Jean Madeira e Mauzler Paulinetti
Jean Madeira, José Carlos de Oliveira e George Hilton Jean Madeira, Celso Gabriel, George Hilton e Aurélio Miguel
Cleber do Carmo, George Hilton e Rubens Pereira
Andréia Jofre, Eder Jofre e Marcel Jofre
Emerson Fittipaldi e Francisco de Carvalho Filho
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E
m jantar promovido por entidades paulistas, o ministro George Hilton e o secretário estadual Jean Madeira apresentaram suas propostas para o esporte. O encontro ocorreu no dia 3 de março, em São Paulo, e foi coordenado por Mauzler Paulinetti, vice-presidente da Fupe e especialista em marketing esportivo. Marcaram presença no evento dirigentes de entidades classistas, presidentes de clubes, associações, academias, profissionais de educação física, de marketing, da saúde e gestão, além de atletas e ex-atletas, entre eles os campeões mundiais Emerson Fittipaldi (Fórmula 1), Eder Jofre (boxe), Diego Hipólito (ginástica) e os campeões olímpicos Fofão (vôlei) e Aurélio Miguel (judô). A mesa de honra foi composta por Marcos Pereira, presidente nacional do Partido Republicano Brasileiro (PRB); George Hilton, ministro do Esporte; Jean Madeira, secretário de Esporte, Lazer e Juventude de São Paulo; Gilmaci Santos, deputado estadual (PRB); Souza Santos (PSD) e Aurélio Miguel (PR), vereadores paulistanos; e Emerson Fittipaldi, bicampeão mundial da Fórmula 1 e presidente do Conselho Superior de Esportes da Fiesp. Na abertura, dirigentes expressaram apoio e desejaram sucesso ao ministro e ao secretário, entre eles Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp); José Jorge Farah Neto, presidente do Sindicato das Entidades de Administração do Desporto no Estado de São Paulo (Seadesp); Cézar Roberto Leão Granieri, presidente do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sind-Clube); Gilberto José Bertevello, presidente do Sindicato das Academias do Estado de São Paulo (SEEAATESP); e José Antônio Martins Fernandes, o Toninho, presidente do Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Estado de São Paulo (SINPEFESP). Mauzler Paulinetti enfatizou o apoio aos novos gestores e a necessidade da coesão em torno da expansão do esporte. “Procuramos fazer algo inédito, reunindo os representantes do segmento, para unidos prestarmos apoio a George Hilton e Jean Madeira. Discordamos veementemente de todo o movimento gerado por alguns setores da mídia em torno da indicação de Hilton para o ministério. Não podemos julgar ninguém sem antes darmos oportunidade de atuação. São Paulo contribui sobremaneira no desempenho do desporto como um todo, seja na gestão, seja no rendimen-
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Aurélio Miguel
Rinaldo Martorelli
Jean Madeira, Eder Jofre e George Hilton
Emerson Fittipaldi
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Gilmaci Santos
Eliana Maraca, George Hilton e Edelmar Branco
José Antônio Martins Fernandes
Fofão, Mauzler Paulinetti e João Márcio
Jean Madeira
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to ou na pujança da indústria esportiva, que gera milhares de empregos. O esporte não é apenas futebol e o desporto olímpico. Temos mais de 80 modalidades que não podem ficar à margem desse processo. Precisamos e pleiteamos apenas ser ouvidos, e damos este primeiro passo no sentido de ouvi-los e estreitar a relação em prol do desenvolvimento do esporte no País.” Paulinetti reafirmou os votos de confiança. “Este é um momento de união para, entre outras coisas, repetirmos nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos o sucesso da Copa do Mundo. Estamos certos de que essa nova gestão contribuirá em muito para esse novo desafio. Estamos aqui hoje para dar a George e Jean o nosso voto de confiança.” Emerson Fittipaldi explicou que segue na luta pelo esporte, porém em outras esferas. “As pessoas não sabem, mas continuo atuando como presidente do Conselho Superior de Esporte da Fiesp. Neste novo setor da entidade incentivaremos o esporte e a prática esportiva por meio do Senai e dando oportunidade para as futuras gerações de atletas que representarão o Brasil. O João Paulo Diniz inaugurou um centro para atletas de alta performance em Santo Amaro, que é uma coisa de Primeiro Mundo. Assim como ele, muita gente trabalha pelo desenvolvimento do esporte em nosso País, e esse é o nosso legado. Meu sonho como brasileiro e esportista é que nas Olimpíadas de 2024 o Brasil obtenha ao menos o mesmo número de medalhas que a Austrália e figure entre as quatro maiores potências esportivas do mundo. E esse é um desafio para todos nós e para o senhor, ministro. O que temos de fazer, façamos agora.” Fittipaldi desejou boa sorte a George Hilton e a Jean Madeira, citando Nelson Mandela ao dizer que o esporte tem o poder de mudar o mundo, e lembrou que até o pugilista norte-americano Mike Tyson revelou-se fã de um esportista brasileiro, o boxeador Eder Jofre. O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, disse que o partido quer deixar “uma marca histórica de boa gestão” no esporte brasileiro. Ele defendeu o diálogo como forma de convergir em busca de soluções para o setor. Ao lembrar os ataques sofridos logo após o anúncio de Hilton como ministro, Marcos Pereira disse que “a chegada do partido para gerir o esporte despertou receio de algumas entidades”, mas que Hilton já foi elogiado por aqueles que, no início, o atacaram. O mesmo ocorreu com Madeira, destacou Pereira, Revista Budô número 15 / 2015
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mas afirmou que “as críticas sucumbiram ante o novo ritmo de gestão” implementado por ambos.
“Vamos fazer uma revolução democratizando o esporte, desde o alto rendimento até a base, nos menores municípios do País.” O vereador Aurélio Miguel desenhou o quadro do esporte do País e sugeriu a criação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) em prol do esporte. “Caro ministro, todos nós sabemos que o esporte vive de colaboradores, de pires na mão e de favores. Os dirigentes do nosso País parecem ignorar que o esporte é de fundamental importância na formação das crianças e adolescentes. Para mudar esse quadro temos de mobilizar todos os esportistas, as bancadas do PRB e do PR, para tentar colocar uma PEC destinando 1% do orçamento da União para Estados e municípios fortalecerem o esporte. Hoje o orçamento da cidade de São Paulo faz isso graças a nossa luta na Câmara Municipal. O orçamento na do município para o esporte é R$ 500 milhões, enquanto o de todo o Estado não chega a R$ 250 milhões, algo inaceitável. Precisamos unir esforços para transformar tudo isso em realidade.” O ministro Hilton declarou-se preparado para a função ao defender a criação do Sistema Nacional do Esporte. Para ele, a aprovação desse projeto no Congresso Nacional garantirá que os investimentos no setor nas esferas nacional, estadual e municipal não sofrerão contingenciamento nem serão prejudicados pela substituição dos gestores. “Vamos fazer uma revolução no esporte no Brasil. Vamos democratizar o esporte, desde o alto rendimento até a base, nos menores municípios do País”, garantiu Hilton. Mais cedo, o ministro se havia encontrado com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ocasião em que propôs ao Estado sediar os Jogos Olímpicos Universitários (Universíades). Já o secretário Madeira, que acompanhou a visita do ministro a Alckmin, deve preparar o projeto para sediar as Universíades e apresentá-lo ao governador. Em sua fala durante o jantar, o secretário disse que “escancarou as portas” da pasta às federações e entidades, e que a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude transformou-se na casa do atleta.
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Souza Santos
Cézar Roberto Granieri
Eder Jofre e Emerson Fittipaldi
Marcos Pereira
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Gilberto Bertevello
José Jorge Farah Neto
Madeira aproveitou para apresentar sua equipe de trabalho, e lembrou que atenderá a todos indiscriminadamente. “Muitos dos senhores que aqui estão nunca tinham sido recebidos pelos secretários anteriores, e a nossa gestão pretende ouvir todas as propostas; queremos conhecer todas as iniciativas de fomento esportivo. Nesta noite viemos para trabalhar, e por mim tiraria essas mesas de jantar e despacharíamos aqui mesmo”, disse, arrancando aplausos do público. O ritmo de trabalho e o comprometimento em ouvir têm chamado atenção neste seu início de gestão.
Dirigentes esportivos avaliam encontro
Marcos Afonso, Jean Madeira, José Antônio Martins Fernandes e George Hilton
Mauzler Paulinetti
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Na visão de José Carlos de Oliveira, presidente da Federação Paulista de Karatê, a ação inusitada confirma a força de São Paulo. “Esta é a primeira vez que realizamos um evento desta envergadura com as presenças de ministros e secretários de Estado. Acredito que o caminho é esse mesmo, pois esta aproximação é de fundamental importância na condução da gestão esportiva, e ações como esta ratificam a força e o peso de São Paulo no cenário esportivo nacional.” Para Francisco de Carvalho Filho, vice -presidente da Confederação Brasileira de Judô, este encontro consolida a imagem do secretário de Esporte do Estado de São Paulo. “A participação de George Hilton neste encontro mostra o envolvimento dele com o segmento e ratifica a abertura que está dando para todos buscarem o alinhamento entre o ministro e o secretário estadual de Esporte. Minha leitura é que a vinda do ministro a São Paulo ratifica seu apoio ao Jean Madeira, que sem dúvida saiu extremamente fortalecido do evento.” Mauzler Paulinetti explicou como se organizou o encontro. “Minha avaliação é superpositiva e a ideia do encontro foi do grupo de líderes das entidades classistas. A proposta era demonstrar nosso apoio à atual gestão. Isso foi crescendo, e no fim juntamos 16 entidades em torno dessa proposta. No primeiro momento foi difícil adequar as agendas, mas felizmente todos cederam e o encontro acabou acontecendo.” Para o dirigente, os dois lados foram ouvidos e todos os objetivos foram atingidos. “Na prática nosso jantar superou todas as expectativas porque Revista Budô número 15 / 2015
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tanto o Hilton quanto o Madeira conheceram as lideranças do esporte em nosso Estado. Além de aferir nosso apoio, eles nos ouviram. Queremos ser ouvidos sem esperar resultados imediatos. Eles também foram ouvidos e gostamos do que nos foi dito. Esta foi uma ação inédita e jamais havíamos recebido um ministro ou um secretário de Estado. Nossa proposta é estabelecer uma aproximação que gere contrapartida para os dois lados”, concluiu Paulinetti.
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Apoiadores do evento
10 8 1 - George Hilton, Geisa Guedes e Jean Madeira 2- Geisa Guedes, Marina Teixeira, Lívia Gaudino, Vanessa Madeira, Margareth Pereira e Gorete Cecílio Oliveira 3 - George Hilton, Diego Hipólito e Jean Madeira 4 - Ovacionado Eder Jofre agradece a homenagem prestada 5 - Cézar Roberto Granieri, George Hilton e Emerson Fittipaldi 6 - Jean Madeira, George Hilton, Souza Santos e Marcos Pereira 7 - Alessandro Puglia, Jean Madeira, Francisco de Carvalho e George Hilton 8 - Yeo Jin, George Hilton e Yeo Jun 9 - Lívia Gaudino e José Carlos 10 - Clara Coelho 11 - Geisa Guedes, George Hilton, José Ibnayih e Vitor Sampaio
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Entre as entidades que apoiaram o evento estão o Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo (Sapesp), Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sind-Clube), Conselho Regional de Educação Física de São Paulo (Cref 4 SP), Sindicato das Entidades de Administração do Desporto no Estado de São Paulo (Seadesp), Sindicato das Academias do Estado de São Paulo (SEEAATESP), Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Estado de São Paulo (SINPEFESP), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH), Associação Brasileira da Indústria do Esporte (Abriesp), Sistema Abimaq, Associação Brasileira de Marketing Esportivo, Fupe, Fenapefi, Sitrefesp e Ufeesp. O encontro teve apoio do chefe da representação do Ministério do Esporte em São Paulo, Marcelo Rigotti. www.revistabudo.com.br
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3ª Etapa Classific atória FPK
FPK promove etapa classificatória do
campeonato paulista POR
PAULO PINTO I Fotos ERIK TEIXEIRA
A terceira das quatro etapas classificatórias para as finais do campeonato paulista de karatê contou com a participação de aproximadamente 800 atletas.
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Lívia Galdino dá boas-vindas aos atletas inscritos
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3ª Etapa Classific atória FPK
A
Federação Paulista de Karatê (FPK) realizou em 7 de março a terceira etapa classificatória do campeonato paulista para as classes sub 10, sub 12, sub 14, cadetes, júnior, sub 21, sênior e máster. A competição, que abrangeu disputas de kata e shiai individual, realizou-se no Ginásio Mauro Pinheiro, em São Paulo (SP), e já definiu vários karatecas que participarão das finais em que acontecerão em abril. A diretoria de eventos da FPK prevê que mais de 1.600 atletas disputarão, além das medalhas, vagas na seleção paulista. A cerimônia de abertura reuniu várias autoridades, entre as quais Lívia Galdino da Cruz, secretária adjunta de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo; José Carlos Gomes de Oliveira, presidente da FPK; Pedro Hidekasu Oshiro, vice-presidente; Ivon da Rocha, diretor financeiro; Carlos Tsutiya, diretor adjunto de graduação; Nelson Mitsuo Higa, diretor de arbitragem; Ailton Bichara Grilo, diretor adjunto de arbitragem; José Gilmar Janini, diretor adjunto
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de eventos; Carlos Magno, coordenador de seleções; Walmir Zuza, diretor técnico; e José Marcondes, técnico da seleção paulista.
Apoia o karatê paulista
Secretária elogia qualidade do evento Em sua primeira participação em eventos da FPK, Lívia Galdino da Cruz, secretária adjunta de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo des-
tacou a qualidade do certame e a disciplina dos karatecas. “Estou realmente impressionada com a qualidade desta competição. É um evento grandioso, que contou com a participação maciça de atletas e a presença de inúmeros pais. Um fato que me impressionou muito foi a organização e a disciplina dos karatecas Percebemos que são jovens comprometidos e disciplinados, como exige a tradição das artes marciais. Os jovens inseridos nestas modalidades esportivas são diferenciados e se transformam em excelentes cidadãos.” Lívia Galdino finalizou comentando os mecanismos que apontam boas gestões. “Estamos escutando atletas, dirigentes e professores, cruzando informações e colhendo dados que indiquem as gestões que estão promovendo crescimento técnico e gerando a contrapartida social que a nossa administração visa a atingir em todo o Estado de São Paulo. É claro que a secretaria busca resultados que coloquem São Paulo no degrau mais alto dos pódios nacionais, mas entendemos que o desporto social é de funda-
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mental importância na construção de uma sociedade menos desigual.”
Dirigente comemora novo momento Para José Carlos, o karatê é uma excelente ferramenta de transformação social. “Nossa avaliação deste evento é superpositiva. Tivemos um número de atletas bastante expressivo, algo em torno de 800 karatecas, o que representa cerca de 4 mil pessoas no ginásio, e é isso que gera a credibilidade que a FPK busca. Estamos reescrevendo a história
do karatê em São Paulo, e sabemos que temos potencial para crescer e melhorar muito mais. Caminhamos progressivamente visando a atingir todo o potencial que o karatê possui, no sentido de transformar crianças e jovens que buscam melhor qualidade de vida.” Otimista com a nova gestão na SELJ, o dirigente enalteceu a democratização dos recursos disponibilizados pela entidade. “Tivemos a honra de receber Lívia Galdino, a secretaria adjunta de Esporte do Estado de São Paulo. Vivemos um momento de enor-
A karateca Giovana Santiago fez o juramento do atleta, com Lívia Galdino e José Carlos
me expectativa, já que pela primeira vez temos a oportunidade de contar verdadeiramente com o apoio do governo paulista. Jean Madeira, o novo secretário, está escutando os dirigentes e dedica a todos o mesmo tratamento, coisa que jamais existiu. Vivemos um momento de total democracia no tocante aos recursos disponibilizados, e acreditamos que com o tempo esta mudança resulte em maior apoio àqueles que fomentam verdadeiramente o desporto educacional, social e de alto rendimento em nosso Estado.”
Zeca externa a alegria de receber a representante da secretaria no evento
Parte dos árbitros que atuaram no certame
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5ª ediç ão da Copa São Paulo de Judô
Pinheiros
é bicampeão da Copa São Paulo Realizada em três dias e reafirmando a condição de maior competição de judô das Américas, a quinta edição da Copa São Paulo recebeu 257 agremiações provenientes de 17 Estados e enfrenta agora seu maior desafio: a internacionalização. POR
PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ
A
Federação Paulista de Judô (FPJ) realizou de 20 a 22 de março a 5ª Copa São Paulo de Judô, evento que abre oficialmente o calendário da modalidade no Estado e proporciona grande intercâmbio técnico para os judocas das seguintes classes no shiai: sub 11, sub 13, sub 15, sub 18, sub 21, sênior e máster. A disputa de kata abrangeu nage-no-kata, ju-no-kata, katame-no-kata, kime-no-kata e kodokan-goshin-jitsu. Como na temporada passada, a competição desenrolou-se em 12 áreas montadas no Ginásio Poliesportivo Municipal Adib Moysés Dib, em São Bernardo do Campo, mas apresentou grande evolução na questão organizacional, consolidandose como o maior certame do judô pan-americano. Cerca de 3 mil judocas representaram 257 associações vindas do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Rondônia, Ceará, Tocantins, Rio Grande do Norte, Goiás, Pará, Maranhão, Espírito Santo, Pernambuco, Distrito Federal, Sergipe e São Paulo. A disputa por
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medalhas começou no dia 20, com nageno-kata, katame-no-kata, ju-no-kata, kimeno-kata e kodokan goshin jitsu. Na sequência vieram as disputas do shiai na classe máster. No segundo dia ocorreram as competições das classes sub 11, sub 13 e sênior. Todos os ingredientes que compõem os principais eventos promovidos pelo judô bandeirante estiveram presentes nesta edição da Copa São Paulo, o que levou os dirigentes paulistas a concluírem que chegou o momento de abrir o torneio para os países vizinhos. “Quando se projeta um evento com 3 mil atletas”, disse o vice-presidente da CBJ, Francisco de Carvalho, “temos de reformular toda a logística existente e criar novos conceitos. E esta edição foi a mais harmoniosa de todas, pois houve mais tempo para os lutadores e menos atropelos. Acredito que hoje podemos convidar as principais escolas da Argentina, Chile, Uruguai e Colômbia, que apresentam um judô desenvolvido e em expansão. Aos poucos poderemos abrir o leque para, quem sabe em dois ou três anos, receber judocas de todo o continente.”
Paulo Wanderley Teixeira
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Jean Madeira e Francisco de Carvalho Filho
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Alessandro Puglia
Eduardo Pinho, Ton Pacheco, Francisco de Carvalho, Paulo Wanderley Teixeira e Carlos Eurico Pereira
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Apresentação do grupo de Taikô Kiendaiko
Cerimônia de abertura Na sempre tão esperada cerimônia de abertura houve uma brilhante apresentação de taikô feita pelo grupo Kiendaiko, que mais uma vez emocionou a plateia, além da distribuição de brindes para os atletas e o público. O grupo de taikô Kiendaiko foi fundado em 2006 na Associação Cultural Nipo-Brasileira de São Bernardo do Campo (Bunkai SBC). O grupo é composto por aproximadamente 35 integrantes, crianças e adultos, e se apresenta em festivais e eventos corporativos. A cerimônia de abertura contou com significativa presença de autoridades esportivas e políticas, o que comprova toda a tradição da Copa São Paulo de Judô. Entre os presentes estavam Paulo Wanderley Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ); Francisco de Carvalho, vice-presidente da CBJ; Alessandro Puglia, presidente da FPJ; Jean Madeira, secretário estadual de Esportes; José Alexandre Pena Devesa, secretário de Esportes de São Bernardo do Campo; Georgton Pacheco, presidente da Federação de Judô do Tocantins;
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Eduardo Pinho, presidente da Federação de Judô do Pará; Carlos Eurico Pereira, presidente da Federação de Judô do Rio Grande do Sul; Yusuke Nakayama, vice-cônsul do Japão no Brasil; Takashi Sasaki, supervisor de marketing esportivo da Dentsu Brasil; Takanori Sekine, presidente do Kodokan Judô do Brasil; José Jantália, vice-presidente da FPJ; e Emílio Moreira, diretor de graduação da Federação Maranhense de Judô. Vários medalhistas olímpicos compareceram à cerimônia de abertura, entre eles Rogério Sampaio, ouro em 1992; Douglas Vieira, prata em 1984; Carlos Honorato, prata em 2000; e Henrique Guimarães, bronze em 1996. Os ex-atletas da seleção brasileira Soraya André e Edelmar Branco Zanol também compareceram ao certame. Nos três dias de evento 53 professores kodanshas estiveram na competição, além dos delegados regionais Osmar Aparecido Feltrim, Cléber do Carmo, Raul de Mello Senra Bisneto, Wilmar Terumi Shiraga, Celso de Almeida Leite, Argeu Maurício Oliveira Neto, Joji Chiba Kimura, Jiro Aoyama, Rogério Sampaio, Júlio César Jacopi e Takeshi Yokoshi. Marcaram presença também Mau-
ro Roberto Bassoli, chefe de esportes de alto rendimento de São Bernardo do Campo; Ricardo Ozaki, delegado adjunto da 7ª DRJ; Luciano Antônio da Silva, secretário de Esporte, Cultura e Turismo de Cajuru; Márcio André Filho, delegado adjunto da 2ª DRJ; e Sueli Marasquini, da SELJ de São Paulo. Paulo Wanderley Teixeira enalteceu o novo secretário de Esportes. “Parabenizo o Jean Madeira por estar prestigiando e participando do maior evento do judô brasileiro. Você é judoca com atestado de faixa preta emitido pela comissão de graduação da CBJ, mas desejo que faça história no judô paulista da mesma forma que fez seu pai na Baixada Fluminense. O Estado de São Paulo sempre foi a locomotiva de nossa modalidade no País, e contando agora com um faixa preta à frente da SELJ, certamente se desenvolverá muito mais.” O mandatário do judô nacional também deu uma boa notícia aos dirigentes paulistas. “Recentemente uma revista publicou que o judô será o carro chefe do esporte na Olimpíada de 2016, da mesma forma que São Paulo é o carro chefe do judô brasileiro. E, em reconhecimento à grande contribuição do judô paulista à modalidade de todo o País, assinarei hoje o convênio de doação de 450 peças de tatamis, que totalizarão 900 metros quadrados, para o Centro de Excelência do Ibirapuera, local que constantemente recebe treinamentos da seleção brasileira e de quase todas as delegações estrangeiras que vêm ao Brasil.” DT1 Jean Madeira destacou a importância da prática esportiva na infância. “O governo do Estado de São Paulo apoia todas as vertentes do esporte, incluindo prefeituras e secretarias municipais, para juntos fortalecermos o desporto em todo o Estado. Parabenizo as crianças que aqui estão competindo, pois certamente serão jovens que
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crescerão respeitando os pais, os mais velhos e seguindo os preceitos do judô. Peço aplausos para os pais por serem incentivadores da prática do judô, modalidade que forma bons cidadãos, preparando-os para a vida. Agradeço também a todos os faixas pretas pelo excelente trabalho que desenvolvem por nossa modalidade.” A cerimônia foi encerrada com a homenagem feita pela diretoria da FPJ ao professor kodansha ku-dan (9º dan) Shuhei Okano, presidente de honra do Instituto Kodokan no Brasil. Nos anos 1970 ele foi técnico da seleção brasileira de judô, e Puglia falou sobre a distinção. “Sensei Okano é um ícone do judô paulista e fizemos esta homenagem buscando dar luz à sua importante contribuição no desenvolvimento de nossa modalidade.” Antes de rolar o shiai, a garotada recebeu kit com material esportivo presenteado pela Federação Paulista de Judô e pela Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo. Foi aquela festa.
Uma competição cada vez melhor Imaginar uma competição com 3 mil atletas antes da criação da Copa São Paulo era algo inimaginável, e temos de admitir que os primeiros certames realizados em São Bernardo foram bastante tumultuados. Mas por meio da experiência adquirida nas quatro edições anteriores, o departamento técnico da FPJ finalmente conseguiu adotar um formato que contempla uma competição ágil, dinâmica e extremamente interessante. Acima de tudo a Copa São Paulo é um evento que favorece a base e os jovens que buscam crescimento técnico, e os 3 mil judocas que se espremeram na área de aquecimento não têm do que reclamar sobre o
nível técnico e o intercâmbio que o evento mais uma vez ofereceu. Vimos categorias de peso do sênior com mais de 60 inscritos, e esta troca de experiências é de fundamental importância. Nas classes sub 11 a sub 18 estavam judocas vindos de todas as regiões do País. Atletas que foram a São Paulo em busca de conhecimento e intercâmbio. Por tudo que ouvimos nos três dias de disputa, a maioria dos jovens competidores adoraram a competição. O evento agradou e atingiu seu principal objetivo, que é contribuir com o desenvolvimento técnico dos atletas de todo o País. Nas classes sub 21 e sênior o quadro foi ainda melhor, pois jamais havíamos visto tantos atletas do topo e com passagem na seleção brasileira disputando medalhas nesta competição. Foi extremamente gratificante acompanhar os combates e as disputas por uma vaga no pódio por atletas que geralmente disputam campeonatos brasileiros, torneios grand prix ou vagas na seleção. Definitivamente a Copa São Paulo adquiriu status e importância entre as principais escolas e atletas do Brasil. Desejamos
e esperamos que a diretoria técnica da FPJ saiba aproveitar o ganho e o gancho produzidos nesta quinta edição da Copa São Paulo, e que com isso crie maiores atrativos para um evento que tende a ser o início da temporada para todos os atletas que aspiram a prosperar nos tatamis.
Esporte Clube Pinheiros fatura o bicampeonato Das 257 equipes participantes, apenas 175 chegaram ao pódio. Na contagem geral o Esporte Clube Pinheiros foi o grande campeão, somando 66 pontos. A equipe com maior investimento do judô brasileiro conquistou nove medalhas de ouro, cinco de prata e seis de bronze. O São João Tênis Clube/Apaja foi vicecampeão, totalizando os mesmos 66 pontos, mas com um ouro a menos. A equipe atibaiense obteve ainda seis pratas e oito bronzes. A terceira colocação coube à Sociedade Esportiva Palmeiras, equipe tricampeã da Copa São Paulo de 2011 a 2013, que nas duas últimas edições não manteve o retrospecto. O time alviverde conquistou 19 me-
Alessandro Puglia, Jean Madeira e Paulo Wanderley unidos em prol do desenvolvimento do judô paulista
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5ª ediç ão da Copa São Paulo de Judô
Maurício O ippon de Ageo
dalhas, sendo seis ouros, três de prata e dez de bronze. Na quarta colocação ficou o Esporte Clube Osasco/Yanaguimori, uma das mais tradicionais escolas da cidade, que totalizou 42 pontos com cinco medalhas de ouro, cinco de prata e dois de bronze. Esta quarta colocação evidencia o excelente trabalho desenvolvido pelo sensei Massanori Yanagmori, 8° dan. A forte equipe do SESI-SP, que no ano passado conquistou a terceira colocação, nesta edição ficou em quinto lugar com três ouros, cinco pratas e nove bronzes. Em sexto lugar tivemos uma das mais tradicionais equipes de judô do Rio Grande do Sul, o Grêmio Náutico União, a melhor colocada entre as agremiações fora do Estado de São Paulo. E para garantir este grande resultado o time gaúcho conquistou cinco medalhas de ouro, três de prata e quatro de bronze.
Dirigentes avaliam a competição José Alexandre Devesa, secretário de Esporte de São Bernardo, destacou a tradição da cidade em sediar grandes eventos.
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hi-mata na sem
ifinal
“A Copa São Paulo é uma competição de grande magnitude que se qualifica a cada ano. Para São Bernardo é um grande prazer receber este torneio do judô brasileiro, pois estamos na rota dos grandes eventos esportivos, seja atletismo, seja judô, futsal ou karatê. Isso faz parte do DNA de nossa cidade e é motivo de orgulho para o prefeito Luiz Marinho e para toda a administração.” Para Georgton Pacheco, presidente da Federação de Judô do Tocantins, este é o principal torneio da América do Sul. “Viemos a São Bernardo com 12 judocas e como atleta minha avaliação do evento é excelente. Em minha chave no máster havia 12 competidores, fiz quatro lutas e fui campeão. Fred conquistou a medalha de prata no peso leve do M3. Agora, como dirigente, penso que este é o maior campeonato das
Américas. Nem Estados Unidos e Canada fazem um campeonato com tal tamanho e qualidade. São Paulo tem esta condição, por ser o berço do judô brasileiro, receber outros Estados e promover uma competição gigantesca. Torço para que continuem promovendo o evento que todos os anos abre a temporada do judô com chave de ouro.” Paulo Wanderlei Teixeira lembrou que São Paulo deu origem ao judô brasileiro. “A realização de uma competição com 3 mil atletas neste Estado não é novidade. Estamos falando de São Paulo, e assim como o judô é o carro chefe das Olimpíadas entre todos os esportes, São Paulo é o carro chefe do judô dentro do Brasil, não tenha dúvida. O berço de nossa modalidade é São Paulo e o judô está arraigado na cultura deste Estado e só nos resta comemorar.”
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Progressão pedagógica do
JUDÔ
Carlos Eurico Pereira da Luz, presidente da Federação de Judô do Rio Grande do Sul, reiterou os laços de amizade entre o judô paulista e o gaúcho. “Esta é minha primeira oportunidade na Copa São Paulo, que por sua magnitude oferece grande aprendizado para dirigentes de qualquer Estado. Viemos aqui porque temos muito a aprender com o judô paulista, que é outro mundo dentro do judô brasileiro. Para nós é uma honra poder participar desta competição gigantesca. Na verdade, o pessoal da federação gaúcha já esteve aqui em edições anteriores, aprendendo e levando parte desta experiência para nosso Estado. Muito daquilo que fazemos hoje aprendemos com a FPJ e por intermédio do sensei Chico, antes, e hoje o Alessandro. Eles sempre apoiaram o desenvolvimento do judô gaúcho, e se hoje estamos onde estamos, agradecemos o apoio de nossa coirmã, a Federação Paulista. É uma honra e um prazer enorme estar aqui acompanhando esta competição magnífica.” Para Francisco de Carvalho, chegou o momento de internacionalizar a competição. “A Copa São Paulo tem repercussão cada vez maior e o próximo passo é receber outros países. Ela não é classificatória para nenhum outro evento, mas é o primeiro certame do calendário em que muitos atletas que mudaram www.revistabudo.com.br
de peso ou classe vêm conferir o nível técnico. Recebemos Paulo Wanderley, presidente da CBJ, Yusuke Nakayama, vice-cônsul do Japão, e Jean Madeira, secretário de Esportes de São Paulo, e atribuo a presença significativa de autoridades ao número expressivo de atletas e Estados inscritos no certame. Hoje temos um secretário de Esportes com grande afinidade com o judô, e fizemos questão que viesse ao evento para que pudesse avaliar a importância dele no cenário nacional da modalidade. Se, apesar de todos os cortes que estão ocorrendo nos governos em todas as esferas, o secretário conseguir manter o que a SELJ tem repassado à FPJ, certamente continuaremos crescendo a passos largos.” Emílio Moreira, presidente da comissão de graduação da Federação Maranhense de Judô, reafirmou o orgulho dos maranhenses de poderem participar da Copa São Paulo. “É o maior evento da América Latina, e o Maranhão estar presente é de suma importância no sentido organizacional e técnico.” D6 Eduardo Pinho, presidente da Federação Paraense de Judô, destacou o grande intercâmbio técnico. “Para nós que viemos lá do Pará, a Copa São Paulo é um evento que serve também como ensinamento e aprendizado. É uma com-
Pensando em facilitar o trabalho daqueles que, verdadeiramente, se interessam pelo aprendizado da essência do Judô Kodokan, o professor Paulo Duarte compilou as principais informações técnicas extraídas dos grandes mestres para elaborar este trabalho. Um dos maiores formadores de atletas para o judô de alto rendimento do Brasil, Paulo Duarte resume aqui a essência desta obra. “Neste livro, disseco alguns golpes no modo kihon, cujo intuito é apresentar uma progressão pedagógica que, segundo meu entendimento, deverá proporcionar um desenvolvimento harmonioso na prática do judô. Para tal, repito, ousei modificar a ordem das técnicas do Gokyo, por entender que elas devem ser treinadas obedecendo a uma ordem de dificuldade mais rigorosa.”
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5ª ediç ão da Copa São Paulo de Judô petição grandiosa, que proporciona grande conhecimento técnico aos seus participantes. Estamos satisfeitíssimos em participar de mais esta edição da competição.” Alessandro Puglia destacou a seriedade da equipe da FPJ. “Todos nós da FPJ nos surpreendemos a cada edição da Copa São Paulo, e isso passa por todos os setores do evento. Atletas, delegações, personalidades na abertura, público nas arquibancadas e principalmente o nível técnico da competição. Acho que tudo isso é o retorno do trabalho sério que a diretoria da FPJ vem fazendo.” O dirigente paulista comemorou a parceria com a CBJ. “Minha aproximação com o presidente da CBJ ocorreu quando assumi a presidência da FPJ, e nossa relação vem-se estreitando. A CBJ se sensibilizou com o trabalho que estamos fazendo e com a parceria que desenvolvemos. Sempre recebemos atletas da seleção e de outros países, agora teremos o pessoal do Instituto Kodokan de Tóquio, que fará um treinamento de kata. Solicitei tatamis novos ao Paulo, pois este é um material essencial para o Centro de Excelência, que abriga o treinamento de todos os atletas do alto rendimento que vêm a São Paulo. O presidente da CBJ foi sensível ao nosso pedido, e hoje firmamos o convênio que propiciará 900 metros quadrados de piso para o dojô do Ibirapuera.” Puglia finalizou comemorando o sucesso desta edição. “Tenho certeza de que o secretário de Esportes e demais autoridades ficaram impressionados com o tamanho da copa, o maior evento de judô da América
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Latina, que já é tradicional e mostra a força do judô paulista fomentando também o judô nacional.”
Campeão olímpico destaca a necessidade de retomar o judô técnico O campeão olímpico Rogério Sampaio falou sobre o gigantismo do evento. “Fico muito feliz em ver este enorme contingente de atletas competindo neste que é o maior torneio do calendário anual da Federação Paulista de Judô. Esta competição ratifica a força do judô que, apesar dos grandes resultados internacionais, nunca se afastou de seu principal propósito, que é ser utilizado como suporte educacional. Quem sabe daqui a alguns anos alguns desses judocas estejam representando o Brasil em torneios internacionais.” Avaliando o formato do evento, o campeão olímpico falou sobre a importância do intercâmbio técnico. “Por ser uma copa, os atletas da base têm a oportunidade de observar atletas do alto rendimento lutando, e isso é muito interessante. Eventos com esse formato permitem que jovens judocas vejam o desempenho dos adultos, o que, além do aprendizado, serve como incentivo e estímulo para continuarem se aprimorando.” Rogério enfatizou a necessidade de retomada do judô técnico. “O judô brasileiro passa por um momento em que devemos nos aproximar mais do desenvolvimento técnico, e nos afastarmos daquele judô que tem como único e grande objetivo o resultado. O resultado é a consequência daquilo que apresentamos na competição, e quando o colocamos
como objetivo primordial nos distanciamos do judô técnico. Sempre há tempo para corrigir erros e nos aproximarmos do caminho que achamos ideal para o judô brasileiro, e acho que é isso que temos de fazer.”
Judocas da base avaliam competição A participação de atletas do alto rendimento nesta edição da Copa São Paulo foi surpreendente, mas entendemos que este é um evento que favorece a base. Com base nisso, ouvimos judocas sub 11 e sub 13, que avaliaram a competição. O carioca Gabriel Falcão Lira, do Projeto Brasil Vale Ouro, cuja gestão técnica é feita pelo Instituto Reação, aprendeu judô com seu pai, sensei Peterson Salvador Lira, mas hoje é aluno do sensei Marcelo Almeida, o Moscão. Seu tokui-waza é o seoi-nage e já na estreia o judoca fluminense vibrou muito com o ouro conquistado. “Gostei muito da competição, que é bem diferente de tudo que havia
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disputado. É muita gente competindo, fiz muitas lutas e conheci muitos judocas novos. Estou muito feliz por ter sido campeão leve no sub 13.” Eloísa de Oliveira Ferreira, campeã do ligeiro no sub 11, comemorou muito a vitória. “Sou aluna dos senseis Vanessa e Ney, da Associação de Judô Kyoei. Meu tokui-waza é o koshi-guruma e já disputei esta competição diversas vezes, mas, além de conhecer muita gente nova, gosto de estar aqui porque é muito emocionante.” Bronze no meio -pesado do sub 11, Andriele Alexandra Atanásio, da Academia Nintai de Cordeirópolis, é aluna dos senseis Ivonildo e Vera, tem no ipponseoi-nage seu tokui -waza e gostou muito do ritmo da competição e do tamanho do evento. Para o judoca potiguar Enrico Barbosa Furtado, esta foi uma experiência inédita. Campeão meio-médio do sub 11, ele defende o Judô Clube Nagashima, de Natal (RN), é aluno do sensei Alexandre, e tem no ura-nage seu tokui -waza. “Esta foi a minha primeira experiência na Copa São Paulo, e estou gostando muito. Há muita gente, mas é bastante organizada e pude fazer muitas lutas e aprender muito. Se Deus quiser vamos voltar no ano que vem.” Kaillany Valentim Cardoso conquistou o bicampeonato no meio-leve do sub 13. “Meu tokui-waza é o-soto-gari, e sou aluna dos senseis Cristina e Marcos Mercadante, da Associação Adrearmas de São Vicente. Esta é minha terceira vez neste evento. É um dos torneios mais emocionantes em que já competi.” www.revistabudo.com.br
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5ª ediç ão da Copa São Paulo de Judô
Marianna Heidrich, do Ateneu Barão de Mauá de Ribeirão Preto, foi campeã meio-leve do sub 11, e para chegar ao ouro venceu três lutas por ippon. Aluna do professor Rogério Quintela, tem no o-goshi seu tokui-waza. “No ano passado fiquei com o bronze e treinei muito para chegar ao ouro. Gosto muito da Copa São Paulo, porque é uma competição com qualidade e ótimo nível técnico. O que eu mais aprecio nela é a grandeza, com pessoas de todo o País elevando ainda mais
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a competitividade entre os atletas. Só não gosto da falta de manutenção dos banheiros e da disposição das áreas. É muito difícil achar a área certa para lutar e os professores não conseguem acompanhar seus atletas.” Para o jovem judoca maranhense Lucas Marques, lutar na Copa São Paulo foi uma experiência inesquecível. “Minha categoria é o -40 kg do sub 11 e meu tokui-wa-
za é o-goshi. Sou aluno do sensei Emílio Moreira e estou estreando nesta competição. Gostei muito de tudo que vivenciei aqui e espero voltar muitas vezes.” Maria Luíza Martins foi a campeã do meio-pesado no sub 11. “Meu tokui -waza é o-goshi e sou aluna dos senseis Alberto, Danusa e Rodrigo, da SEDUC Praia Grande. Esta é a minha quinta vez na competição e sou pentacampeã. Quero participar sempre, pois é um torneio emocionante.”
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JUTSU
A arte oculta no karatê
O livro Jutsu - A Arte Oculta no Karatê, do sensei Vinício Antony, revela as origens técnicas do karatê, além de minuciar todo o processo evolutivo pelo qual essa técnica passou em suas três grandes mudanças, até tornar-se o mundialmente conhecido esporte de combate. Frente à premente necessidade de mudar mais uma vez para sobreviver no futuro, torna-se imprescindível conhecer o passado da arte!
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5ª ediç ão da Copa São Paulo de Judô
Inácio Hirayama e Valdir Melero
Atletas e secretário aprese
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nta
Paulo Wanderley e Paulo Duarte
ídos ndo camisetas e kits distribu
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Rubens Pereira, Jean Madeira e Nélson Onmura
Carlos Honorato, Elton Fieb
ig e Douglas Vieira
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José Jantália, Douglas Vieira, Alessandro Puglia, Henrique Guimarães, Carlos Honorato, Paulo Wanderley, Francisco de Carvalho, Jean Madeira e Cleber do Carmo
Shuhei Okano, Jean Madeira, Alessandro Puglia, Paulo Wanderley e José Alexandre Pena
Daniel Dell’Aquila, Sadao Fleming, Uishiro Umakakeba, Reiko Okano, Shuhei Okano e Jean Madeira
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5ª ediç ão da Copa São Paulo de Judô o 10 primeir
s s colocado Prata Bronze
Pontos Ouro 6 5 9 66 SP – s iro he 8 Pin be 6 8 01 Esporte Clu 66 – SP ja pa /A be 10 Clu is 3 6 02 São João Tên 49 SP 2 ortiva Palmeiras – 5 5 03 Sociedade Esp 42 uimori – SP ag Yan 9 / o asc Os 5 3 04 E. Clube 39 4 SP 3 5 05 SESI – 38 – RS ião 4 Un co uti Ná o 4 4 06 Grêmi 36 ira A Hebraica - SP 2 sile Bra ão iaç 1 soc 6 07 As 35 l Clube - SP óve 5 tom Au to 1 Pre 5 08 Rio 33 SP 3 zes SMEL/Chiao Cru 3 gi Mo 4 09 32 Clube
ação - RJ 10 Instituto Re
Pódios das edições anteriores Pódio em 2011
1º - Sociedade Esportiva Palmeiras 2º - Esporte Clube Pinheiros 3º - Rio Preto Automóvel Clube 4º - Tênis Clube São José dos Campos 5º - Seduc Praia Grande 6º - ADPM São José dos Campos
Pódio em 2012
1º - Sociedade Esportiva Palmeiras 2º - Esporte Clube Pinheiros 3º - Minas Tênis Clube 4º - Seduc Praia Grande 5º - São João Tênis Clube 6º - ADPM São José dos Campos
Pódio em 2013
1º - Sociedade Esportiva Palmeiras 2º - Rio Preto Automóvel Clube 3º - Esporte Clube Pinheiros 4º - SESI - SP 5º - A.B. A Hebraica 6º - Associação Marcos Mercadante
Pódio em 2014
1º - Esporte Clube Pinheiros 2º - Instituto Reação 3º - SESI - SP 4º - Mogi das Cruzes Judô 5º - Rio Preto Automóvel Clube 6º - São João Tênis Clube/APAJA
Professore kodanshas na Copa São Paulo 2015 Shuhei Okano Paulo Wanderley Teixeira Francisco de Carvalho Filho Takanori Sekine Celestino Seiti Shira Raul de Mello Senra Bisneto Orlando Satoro Hirakawa Antônio Rizzardo Rodrigues Odair Borges Massanori Yanagmori Sadao Fleming Mulero Gerado Siciliano Kanefumi Ura Valdir Melero Luis Alberto dos Santos Takeshi Nitsuma Paulo Roberto Duarte Rubens Pereira Douglas Vieira Hissato Yamamoto Nelson Hirotoshi Onmura Alessandro Puglia Pedro Jovita Diniz Dante Kanayama Antônio Honorato de Jesus Osmar Aparecido Feltrim
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Josino Francisco de Souza Paulino Tohoru Namie José Gomes de Medeiros Uichiro Umakakeba Belmiro Boaventura da Silva Wagner Vettorazzi Milton Trajano da Silva Galileu Paiva dos Santos Jiro Aoyama Roberto Luis Fuscaldo Milton Ribeiro Correa Luiz Sérgio Ferrante Alcides Camargo Rioiti Uchida Oscar Hitoshi Ogawa Emilio Moreira Carlos Burgos Wilmar Terumi Shiraga Rogério Sampaio Takeshi Yokoshi Sergio Luis Bin Ivo Pereira do Nascimento Rogério Sampaio Cardoso Paulo Rogério Padovan Leandro Alves Pereira Nelson Shigueki Koh
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Equipes que pontuaram 1º Esporte Clube Pinheiros 2º São João Tênis Clube/Apaja 3º Soc. Esportiva Palmeiras 4º Esp. Cl. Osasco/Yanaguimori 5º SESI - SP 6º Grêmio Náutico União 7º Assoc. Bras. A Hebraica de SP 8º Rio Preto Automóvel Clube 9º Mogi Cruzes Smel/Chiao 10º Instituto Reação 11º Assoc. Marcos Mercadante de Judô 12º ADPM-Reg. SJC 13º SEDUC - Praia Grande 14º Sec. Esp. Lazer de São Jose do 15º Assoc. de Judô Rogério Sampaio 16º Assoc. de Judô Hinodê 17º Judô Clube Mogi das Cruzes 18ºUNIMES-Univ. Metrop. Santos 19º Judô na Faixa Team 20º Academia Calasans Camargo 21º Associação de Judô Kyoei de Suzano 22º Clube Paineiras do Morumby 23º Assoc. Amigos Judô de Itapira 24º Assoc. de Judô de Bastos 25º A D Santo André 26º Judô Lemanczuk - PR 27º PWF Lutas 27º Assoc. de Judô Budokan Peruíbe 28º Mato Grosso 29º A D Ateneu Mansor 30º AADSB/Projeto Judô Olímpico 31º Associação Esportiva Guarujá 31º Ateneu Barão de Mauá 31º Sogipa - RS 32º ADREARMAS 33º Assoc. Moacyr de Judô 34º Associação de Judô Vila Sonia 35º São Paulo Futebol Clube 36º I.D. Cul. I. Paulista Shoshichi C 37º Associação Desportiva Itapema 37º Associação Registrense de Judô 38º A. D. São Caetano/Proj. Viver Bem 38º Sport Club Corinthians Paulista 39º Secr. Mun. Esp. e Lazer Francisco Morato 40º Associação de Judô Araçatuba 40º Brasil Vale Ouro 40º Associação Shiroma Judô Def. Pessoal 41º Associação de Judô de Divinolândia 41º Academia de Judô Taboão SBC LT 41º Associação Kiai Kam 42º Academia de Judô Piçarras 43º C. R. Flamengo 43º Judocas de Cristo Missão Inter. 43º SESC - Tocantins 44º Associação Pessoa de Judô 45º Associação de Judô Fênix 45º Associação dos Serv. Públicos Mun. Ca 45º Academia Edinho Company 45º Associação Uchi-Mata de Judô 45º Clube Internacional de Regatas 45º Associação Judô Cho do Kan Itanhaém 45º Associação Cult. Esp. de Tucuruvi 45º Associação Hirakawa de Judô 45º Dojo Centro de Treinamento 45º Associação de Judô Kenshin 46º Grêmio Recreativo Barueri 47º Associação Yamazaki de Judô de SJ 47º Meikyô - Núcleo de Atividades 47º Dir. de Esp. e Recr. Mun. de Itupeva 47º SEMEL Lins/Morimoto 47º Associação Desp. e Cult Fabrica de Ca 47º A. J. Morimoto Lins 47º Associação Desportiva Indaiatubana 47º Associação Itapetininga Kodokan 47º Associação de Judô Aleixo-MF 47º Judô Clube Nagashima 47º Sociedade Morgenau 47º Associação Sobrinho 47º Academia Dojo Harai Goshi 47º Associação Arruda de Judô 47º Academia Líder 47º Associação Judô Trajano Center 47º Clube Sem. de Cult. Artística 47º Clube de Regatas Tumiaru 48º Associação de Judô Ichikawa 48º Academia de Judô Morada do Sol 48º Bauru Judô Clube 49º Secr. Mun. Esp. Lazer de Sertãozinho
49º Liga de Judô do Litoral 49º Centro Esportivo de Ourinhos 49º Associação de Judô Alto da Lapa 49º Ômega Academia 49º Associação Matsumi de Judô e Karate 50º Associação Judô Nery 51º Associação de Judô Mongaguá 51º Associação Mirai de Judô 51º Academia Heisei de Judô 51º SME - Penápolis 51º Academia Equilíbrio 51º ADC Santana Pedreira 51º Associação Atl. Botucatuense 51º Associação Cult E Esp. Irmãos Ribas 51º Bushikan-Dojo 51º Sind. Ser. Pub. Mun. São Sebastião 51º Associação Limeirense de Judô 51º Espaço Marques 51º Clube Atlético Bioleve 51º Associação de Judô Previato 51º Rio de Janeiro 51º Recreio da Juventude 51º Projeto Judô Bope 51º Judô Clube Nippon 51º Academia Corpo Arte 51º Ad. Guerra - SESI Tocantins 51º Associação Colossus de Judô 51º Centro Treinamento Meninos de 51º Associação de Judô Guararapes 51º Sociedade Harmonia de Tênis 51º Associação de Judô Vila Santa Isabel 51º Clube Rec. de Suzano Judô Terazaki 52º Associação Judô Belarmino 52º Associação Itapirense de Judô 52º Associação Mercival de Judô 53º ADES Equilibrium 53º Ribeirão Pires FC /ADRP 53º Birigui Perola Clube 53º Associação Bushidô Pais e Amigos 53º Associação Judô Kimura 53º Academia Mura 53º Associação de Judô Hombu Budokan 54º Pirituba F C 54º Judô Arashiro 54º SESI - SP 54º Judô Makoto 54º Associação Ed. Esp. Nintai 54º SESI -SP 54º Colégio Jean Piaget 54º Grêmio Recr. Serv. Mun. de Cubatão 54º C A Bandeirantes 54º Academia Águias do Judô 54º A. D. Bandeirantes Sorocaba 54º Secret. Mun. Esp. Lazer Amparo 54º Associação de Judô Yama Arashi 54º Associação de Judô Fernandes 54º Estação Conhecimento 54º Bom Jesus 54º Judô Clube Heisei Kan 54º Associação Masters de Judô 54º Associação E. E. C. Okinawa do Ipiranga 54º Nunes Associação Esp. de Cacoal 54º Palmas Judô Clube - TO 54º Associação Judô Santa Cruz do Sul 54º BNB Clube 54º Clube A. Taboão da Serra 54º Academia de Judô Ação 54º A Desp. Centro Olímpico 54º Associação Resgate da Nação 54º Vila Souza Atlético Clube 54º Associação de Judô de Mauá 54º Associação de Judô de Piquete 54º AMEA - Autarquia Mun. Esp. Ass. 54º Projeto Pelicano 54º Associação Cult. e Esp. de Pompeia 54º Secr. Mun. de Esp. e Lazer de Birigui 54º Associação Cult. Nipo Bras. Vila Carrão 54º Sec. de Esportes e Lazer de Sa 54º A. C. E. Amigos do Vila Rica 54º Sec. de Esportes de Franco da Rocha 54º Projeto de Judô de Rubiácea 54º Projeto Pequeno Davi 54º Clube Atlético Juventus 54º Anhembi Tênis Clube 54º Associação de Judô Kanayama 54º Clube Esportivo da Penha 54º Associação de Judô Messias
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Tom Pacheco, Henrique Guimarães, Odair Borges,Francisco de Carvalho Filho e Jean Madeira
Jean Madeira, Argeu Mauricio Neto e Francisco de Carvalho
José Jantália
Paulo Pinto, Tom Pacheco, Elton Fiebig e Raul Senra
Yusuke Nakayama, Shuhei Okano e Takashi Sasaki
Mais uma vez Fernando Catalano promoveu entretenimento ao público que lotou o poliesportivo de São Bernardo
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Pódio dez primeiro colocadas
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GRAND PRIX 2015
Superintendência de Esporte de Goiás apoiará
Grand Prix feminino POR
PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ
Em entrevista à Revista Budô, Júnior Vieira, superintendente executivo de Esportes de Goiás, falou sobre as prioridades de sua pasta e assumiu o compromisso de apoiar a décima edição do Grand Prix feminino, devido à consistência do projeto apresentado pela Federação Goiana de Judô.
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atural de Brasília e nascido em 8 de setembro de 1970, Júnior Vieira é o novo superintendente executivo de Esportes da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes de Goiás. Mostrando conhecimento da pasta recém-assumida, Vieira explicou como chegou ao cargo. “Em minha infância joguei basquete e hoje minhas filhas são karatecas, e uma delas faz parte da seleção goiana. Há mais de 16 anos participo da administração do governador Marconi Perillo, na qual ocupei vários cargos. Fui presidente da Empresa de Transporte Urbano de Goiás e diretor da Agência Goiana de Transportes e Obras; na área do esporte, fui diretor do autódromo internacional de Goiânia. Neste novo mandato o governador convidou-me para cuidar do esporte, e fizemos a junção com educação e cultura na mesma secretaria. Esta ação faz parte da proposta de redução de custos, pois antes tínhamos 21 secretarias e hoje estão reduzidas a dez. Acredito que dessa forma faremos um trabalho mais compacto e abrangente.” Confiante e empreendedor, Júnior Vieira revelou quais serão as diretrizes de sua administração. “Assumi o cargo há 20 dias, mas o nosso principal objetivo é a inclusão social das crianças por meio do esporte. Pretendemos tirar as crianças das ruas com a educação de ensino integral, em que os jovens passarão o dia todo na escola e o esporte será uma grande ferramenta de desenvolvimento e socialização. Temos de incentivar nossas crianças a praticarem esporte, e o faremos dentro das escolas. Já temos toda a estrutura física de ensino e para realizarmos este trabalho precisamos apenas de educadores físicos devidamente preparados e capacitados.” Para levar estas ações adiante, Júnior Vieira conta também com a parceria do governo federal. “Em conjunto com o Ministério do Esporte, traremos recursos para a construção de mais equipamentos e praças esportivas. George Hilton, ministro do Esporte, desenvolveu um projeto chamado Praça da Juventude, que vem ao encontro de nossas expectativas. Ele envolve uma área de 7.000 m², um ginásio coberto com quadras oficiais e toda a infraestrutura para prática esportiva. Já apresentamos esta proposta ao governador Marconi Perillo, que está determinado em levar isso para 100 municípios de Goiás. Nossa vinda para a superintendência tem como principal objetivo fomentar a iniciação das crianças no esporte. Além de tirá -las das ruas e das drogas, a prática www.revistabudo.com.br
Victória Vieira, campeã pan-americana de karatê
Júnior Vieira e Luiz Fernandes de Araújo Júnior
esportiva educa e forma melhores cidadãos. Nossa principal meta é difundir a cultura do esporte em todos os níveis. Em breve o governador inaugurará o Centro de Excelência Esportiva em Goiânia, que deverá ser referência nacional. É uma área maravilhosa, que abrigará várias modalidades olímpicas e não olímpicas, e quem sabe teremos algum atleta goiano formado nele na próxima Olimpíada.” Na visão do gestor goiano, o esporte social e o de rendimento demandam políticas específicas e distintas. “Entendo que o Estado tem o dever de fomentar o esporte em todas as suas instâncias. O esporte de rendimento precisa ser assistido pelo Estado devido à sua abrangência e complexidade. Já o esporte social demanda maior investimento, pois é ele que pode contribuir na construção de uma sociedade melhor. Estados Unidos e Cuba são as duas maiores potências esportivas do nosso continente e, paradoxalmente, o primeiro é o País mais rico das Américas, enquanto o segundo é um dos mais pobres. Certamente nestes países foram desenvolvidas políticas públicas totalmente distintas para o esporte, mas ambos atingiram seus objetivos e se firmaram como potências esportivas. O esporte educa, fortalece o caráter do indivíduo, forma cidadãos melhores e colabora sobremaneira no desenvolvimento social. Não podemos deixar de usar esta importante ferramenta, e nesse sentido esportes como o judô, karatê, taekwondo, jiu-jitsu e demais modalidades marciais são de enorme importância.” Júnior Vieira finalizou reiterando a importância de modalidades de luta na formação das crianças. “Sempre fui adepto das modalidades coletivas, como basquete e o futebol, mas por meio de minhas duas filhas conheci um pouco do universo das chamadas artes marciais. Confesso que hoje sou fascinado por estas práticas esportivas, pela gigantesca contribuição no desenvolvimento e na socialização de seus praticantes. Com apenas 10 anos minha filha
já foi campeã brasileira e pan-americana. Por meio desta prática esportiva os horizontes dela se expandiram e hoje ela consegue relacionarse com pessoas de todos os níveis socioculturais, e eu tenho o maior orgulho disso. Acima de tudo, o karatê e o judô são fundamentais na disciplina e no respeito ao próximo. O comportamento de minhas filhas mudou e hoje elas são muito mais comprometidas com tudo que fazem e assumem. Cresceram em todos os sentidos.”
GP feminino terá apoio do governo de Goiás Em paralelo à entrevista concedida à Budô, o superintendente de esportes de Goiás recebeu a visita de Luiz Fernandes de Araújo Júnior, vice-presidente da Federação Goiana de Judô, que foi apresentar o projeto de realização do Grand Prix feminino de judô em Goiânia, e Júnior Vieira gostou do que viu. “É sabido que no universo do judô o projeto Social de Judô Inhumas é referência em nosso Estado. Não é um projeto criado para angariar recursos. Muito ao contrário, o Júnior põe dinheiro no projeto. Estive lá no ano passado e fiquei bastante emocionado, pois a Organização Atitude Social de Inhumas atende até crianças com deficiência psicológica. O Júnior é um idealista do esporte, e já o conheço há muitos anos. Começamos juntos em 1987, na UDR Jovem. Conheço toda a sua família e sei que é uma pessoa com excelente caráter. Queria ter uns dez gestores esportivos como ele em nosso Estado. Seu trabalho está inserindo Goiás no circuito nacional do judô, e conquistando cada vez mais credibilidade para esta modalidade. Podem ter certeza de que o governo de Goiás apoiará esta iniciativa. O Júnior já foi recebido por José Eliton, nosso vice-governador, e por meio da Secretaria de Esportes vamos apresentar o projeto. Acredito que esta será a melhor edição do Grand Prix feminino de judô realizada em nosso País.” Revista Budô número 15 / 2015
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Kodanshas do Brasil
Ippons aos 72 anos
Depois de 47 anos sem competir, sensei Takeshi Miura não teve medo de disputar o mundial máster de Málaga. Não trouxe medalha, mas recuperou a alegria e a vontade de competir.
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aulista de Cafelândia, nascido em 30 de novembro de 1942, ainda criança Takeshi Miura mudou-se com a família para Mauá e aos 12 anos deu os primeiros passos no judô. Faixa vermelha desde 2000, foi provavelmente o único kodansha 9º dan no mundial de Málaga, no ano passado. Filho de japoneses, como muitos dos mestres de sua geração, tem profunda admiração por Jigoro Kano e acumula qualidades como desapego, simpatia, sinceridade, cordialidade e honestidade. Além de ser ótimo cozinheiro e arriscar-se a pintar alguns quadros. Enfim, um homem de bem com a vida. Quando começou no judô e por quê? Em 1954, por influência do meu amigo Nabor, que me convidou para conhecer uma academia em Ribeirão Pires. Tive o privilégio de conhecer os professores Hikari Kurachi, Massayoshi Kawakami e outros nomes lendários da Budokan que visitaram o local. Depois o clube fechou e eu fui para Mauá, mas continuei com meu primeiro professor, Teruyuki Endo, que já morava em Mauá na época. Eu estudava em Santo André, chegava em casa às 18 horas, pegava meu kimono e ia para a academia. Foi quando comecei a enfrentar os grandões que iam lá. E sabe qual era minha vantagem? Comecei a treinar de esquerda. Eu não era canhoto, mas como todo mundo era destro, comecei a dar trabalho para os mais graduados. Apanhava muito, mas de vez em quando surpreendia e jogava um deles. Em 1959, quando morava em Capuava com meus avós, participei da primeira competição, em Mogi das Cruzes. Acordei às 5 horas da manhã e fui viajar, pensando que a competição era juvenil porque eu era faixa verde na época. Aí me disseram que eu ia entrar no dangai, que era até marrom. Por incrível que pareça, fui jogando o pessoal, contabilizando nove adversários. Na final derrotei um jovem chamado Terahata e ganhei minha faixa marrom.
Quando chegou à academia com a faixa marrom, o que seu professor falou? Não falou nada, porque na academia eu continuava faixa verde. Quem promovia lá era o professor. Continuei treinando e em 1960, como estudava na Escola Técnica Getúlio Vargas, no Brás, comecei a frequentar uma academia que ficava em cima do Cine Piratininga. Lá comecei a fazer amizades e conheci o professor Ken Hiramatsu, que era sobrinho do Yasuichi www.revistabudo.com.br
“Havia uma caixa na casa do sensei Ninomya coberta com um jornal e enquanto conversávamos ele se abaixou e deu um peteleco no papel. Um rato caiu duro. Ele tinha uma percepção fora do normal, uma espécie raio-X nas mãos e nos olhos.” Ono. Participei de vários torneios da academia Ono, e numa dessas competições conheci o professor Lacerda, que me convidou para treinar com ele. Ele me dava alimentação, eu dormia na casa dele, colaborava na limpeza da academia e ajudava a dar aulas para a garotada. Fiquei lá de 1960 a 1963, e nesse período consegui ser campeão paulistano, paulista e brasileiro faixa marrom. Ainda não havia categoria de peso e cheguei a enfrentar adversários com 145 kg. Em 1962 fui campeão paulistano faixa preta 1º dan, vice campeão paulista e campeão brasileiro de 1º dan. Em 1963 fui campeão paulista e naquela época começou a existir a divisão por peso, em função dos jogos pan-americanos, para os quais não consegui me classificar. Mas fiz parte da equipe de São Paulo no campeonato brasileiro de Minas Gerais e fui campeão por equipe nessa competição, quando machuquei o joelho ao enfrentar um atleta de 125 kg. Como foi sua saída de São Paulo? Eu estava no saguão do hotel, ainda engessado, conversando com o presidente das federações de Brasília, do Rio de Janeiro e outras pessoas, quando comentei
sobre a minha vontade de me transferir para Belém do Pará, onde morava um amigo que era sargento da Aeronáutica. O pessoal falou que não valia à pena, que lá não havia emprego, e a conversa morreu. Em novembro de 1963 o coronel Mont Serrat, de Brasília, ligou e disse que queria me levar para lá. Meu professor, Lacerda, achou que era uma boa oportunidade, pois teria um emprego. Cheguei a Brasília em 25 de janeiro de 1964, fui ser funcionário do Tribunal Federal de Recursos e no dia 23 de março já era para estar efetivado. Mas estourou a revolução em 31 de março, e o Castello Branco proibiu qualquer tipo de nomeação. Mesmo assim fiquei no tribunal até 1971, quando pedi exoneração e fui ser professor de judô na Fundação Educacional. Veja só: hoje poderia estar melhor financeiramente, mas são escolhas que fazemos na vida. Como foi seu desempenho nas competições? Em 1964 disputei o campeonato brasiliense 2º dan, os campeonatos de peso leve e absoluto e fechei o ano com chave de ouro. No campeonato brasileiro, em Brasília, fui vice-campeão de 2º dan e campeão brasileiro por Brasília, já no peso leve. Eu havia sido convidado justamente em função desse campeonato brasileiro e eu dei a Brasília o primeiro titulo nacional em todos os esportes, e internacional também, porque fui campeão pan-americano em 1967 em Winnipeg, Canadá. Em 1965 operei o joelho, mas em 1966 voltei a competir e fui campeão brasileiro peso leve em Minas Gerais. Nesse mesmo ano houve um confronto em Belo Horizonte, e um companheiro que foi comigo, o Eli Sassaki, estava acima do peso dele. Então, nós trocamos: ele foi campeão no meu peso e eu no peso médio. Como sou muito humilde, me inscrevi no absoluto e ganhei também, lutando com atletas conhecidos de mais de 140 kg. Nesse mesmo ano fui campeão no triangular Brasil-Uruguai-Argentina, no qual ganhei as etapas Rio de janeiro e Belo Horizonte no peso leve. Em 1967 ganhei todas as eliminatórias da minha categoria, viajei para os jogos pan-americanos de Winnipeg e fui campeão. Fiz seis lutas com porto-riquenho, argentino, cubano, mexicano e enfrentei na final um norte-americano. Em seguida veio o campeonato mundial em Salt Lake City, em Utah, Estados Unidos, mas infelizmente perdi a primeira luta Revista Budô número 15 / 2015
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Kodanshas do Brasil
Miura jogando o canadense
para um australiano e saí fora. Houve depois o torneio da amizade entre continentes, e nós do Brasil fomos vice-campeões. Em 1968 participei do campeonato brasileiro, mas perdi para o Umakakeba. Em 1969 eu casei e um mês depois sofri um acidente de carro, fraturei o frontal, levei mais de 60 pontos no ombro, além de várias escoriações. Foi então que parei de competir. Até 1970, quais foram os maiores judocas que viu competir? O maior de todos foi o Lhofei Shiozawa. Ele era um bailarino, um artista, fantástico. Nunca vi ninguém, nem japonês, fazer o que ele fazia. Muitas vezes ele até não ganhava, mas tinha uma habilidade nas pernas que valia a pena ver, treinando ou competindo. O outro atleta era o Ishii, meio massudão, mas muito eficiente. O Massayuki Kawakami já estava no fim da carreira quando comecei a acompanhá -lo, mas era muito bom também e dava gosto ver suas lutas. Sua origem foi na Budokan? Comecei na Budokan e depois fui para o Lacerda, que pertencia ao Ono. Mas sempre fui Budokan de coração, porque uma coisa que admirava nos torneios da Budokan era o velhinho Ryuzo Ogawa, que ficava ajoelhado em posição de seiza durante a competição inteira. Ele só olhava, ficava como se fosse Jigoro Kano, fantástico. Quando chegou, quem dava aula em Brasília?
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O pioneiro foi o Michiio Ninomya, e quando cheguei a equipe de Brasília já era fortíssima. Fui muito bem recebido e morei na casa dele por três meses. Ele era totalmente kamikaze e só falava japonês; foi embora para o Japão sem falar português. Era uma alma espetacular, fez escola aqui em Brasília e tudo que existe aqui foi o Ninomya que construiu. Vou contar uma história incrível: havia uma caixa na casa dele coberta com um jornal e enquanto conversávamos ele se abaixou e deu um peteleco no papel. Um rato caiu duro. Ele tinha uma percepção fora do normal, uma espécie raio-X nas mãos e nos olhos. Aliás, ele curou muita gente, porque também praticava acupuntura. Quando cheguei aqui ele já era kodansha 6º dan e morreu no Japão com 8º dan. Quando chegou a Brasília, só existia a escola dele? Não, já havia o professor capitão Albano Augusto, que tinha vindo de Minas Gerais, o Olegário, o Mauro, que era médico. E fui muito bem recebido aqui por todos eles. Na minha vida inteira não me lembro de ter sido mal recebido em nenhum lugar.
J. Huntley de o-soto-gari
Peguei a faixa preta em 1961 porque fui campeão brasileiro na faixa marrom. Quando fui campeão brasileiro 1º dan me deram o 2º dan, em 1962. Em 1964, o 3º, e depois de uns anos, o 4º e o 5º dan. Quando se tornou kodansha? Não lembro, só sei que o Júlio Adnet foi kodansha na minha frente, mas depois ele se desgraçou com a arbitragem lá na China e o cassaram. Você recebeu seu akai obi do Paulo Wanderley? Sou faixa vermelha 9º dan desde 7 de dezembro de 2000, e todas as minhas graduações foram outorgadas pelo professor Joaquim Mamede. Entre seus alunos, quais se projetaram mais? Fenelon, de Cuiabá (hoje o filho dele, o David Fenelon, está lutando por aí); o Mário Tranquilini, que foi campeão pan-americano na Argentina; e o Eli Sasaki, que também foi campeão pan-americano. Esses se projetaram em nível internacional.
A partir de 1970 você passou apenas a ensinar? Quantos faixas pretas formou? Sim, passei apenas a ensinar. Não tenho ideia de quantos atletas formei. Acho que foram mais de 300. Tive alunos inclusive que já são kodanshas, uns 20 mais ou menos.
Tirando o período em que esteve dentro do shiai-jo, quais atletas se destacam? Nestes últimos 40 anos os atletas que mais me impressionaram foram Aurélio Miguel, Rogério Sampaio, Carlos Cunha, Carlos Honorato e Paulo Duarte. O Paulo Duarte é uma pessoa que tem um nome importante no cenário nacional e teve uma passagem comigo em sua vida. O reverencio hoje como professor e formador que é. Um gigante.
Como aconteceu sua evolução na graduação e chegou ao ku-dan?
Quais as três principais escolas que conheceu? Fora a Miura, é claro. www.revistabudo.com.br
Hoje o judô no Brasil vive muito de projetos sociais. Mas eles têm um espaço muito pequeno porque a maioria dos alunos não tem condições de participar das competições e acaba desistindo. Já na camada social abastada, os jovens parecem não querer saber de nada, nem de estudar, porque têm tudo. Claro, há muita gente da classe média que vem à academia treinar, mas não visando a competir, e sim conquistar saúde e bem-estar. Resumindo: em termos de competição, estamos numa encruzilhada. Acho que deveria haver uma grande revolução no esporte nacional, não só no judô, mas em todas as modalidades. O País vai receber as Olimpíadas, e o que foi, está ou será feito? O que vamos levar disso tudo? Nada. Ou, por ser aqui, talvez o Brasil aumente o número de medalhas.
Do passado, Yasuichi Ono, Ryuzo Ogawa e Hikari Kurachi, até a década de 1960. Após esse período, Massao Shinohara, Fuyo Oide e Paulo Duarte. Você começou no judô aos 12 anos. Olhando para a sua trajetória nesses 60 anos: valeu a pena? Falar que valeu a pena é muito pouco. O que eu seria? Um catador de batata, de tomate? Hoje sou uma pessoa conhecida no meio do judô por causa desta filosofia do respeito que mantenho até hoje. Tudo que aconteceu na minha vida é pura magia, desde a minha infância até hoje. O judô é a minha grande família. Quer coisa melhor do que isso? Você está completando 50 anos de Brasília, valeu a pena vir para cá? Sim, estou completando 50 anos aqui e é minha segunda casa; foi onde tudo aconteceu. Já na federação paulista, na qual fui campeão paulista e brasileiro de 1960 a 1963, não há nada sobre isso. O que te encanta mais na filosofia de Jigoro Kano? O benefício mútuo, o bem-estar. Se a humanidade empregasse 10% da filosofia do judô, iriam diminuir muito esse racismo, essas brigas religiosas e políticas. O judô, queiramos ou não, poda um pouquinho a vaidade e o egoísmo da pessoa. Não há como o indivíduo só derrubar, ele também cai e tem de levantar. Então, acaba acontecendo o que eu vejo no dia a dia dessa grande família. Não sei qual www.revistabudo.com.br
Sensei Miura com a esposa Waléria Miura
“Judô é saúde e longevidade e quem faz judô não tem tempo para se queixar da vida.” religião tem mais seguidores do que os judocas que seguem Jigoro Kano. Quantos milhões de pessoas no mundo são judocas porque o judô é único? Não é igual ao karatê, que tem um monte de estilos e modalidades de disputa. O judô é único: o judô de Jigoro Kano. Não há o que tirar e nem acrescentar. E ele deixou uma porta aberta para quem quiser recriar em cima, porque nunca disse “é isto aqui e acabou”. Em que o judô pode contribuir para tornar a sociedade atual menos alienada?
Existe uma saída? A palavra é educação. Na minha infância e juventude o ensino era de primeiríssima qualidade, tanto na escola privada quanto na pública. Eu estudei numa escola profissionalizante, a Getúlio Vargas, que era excelente. Mesmo sendo filho de agricultores, tive uma formação sólida. Hoje o padrão de ensino é lastimável. Você é da época em que havia seletivas, e hoje existe o ranking. Como avalia esta forma de escolha de atleta s? Hoje é tudo pontuação, e quem já estiver na equipe leva vantagem. Acho que a cada ano deveria começar tudo do zero. Ou seja, iria para a seleção quem disputasse provas e demonstrasse qualidade. Hoje não há chance de renovação. Quem já está continua, e quem não participa de competições não soma pontos. Resumindo, há atletas que estão na seleção brasileira há quase 20 anos. Ou o Brasil não tem novos talentos, ou alguma coisa está muito errada. Nunca houve tanto investimento nas seleções, e onde estão os novos destaques? O único talento de verdade é o Chibana. O resto é fruto de força e da escola europeia. O Brasil vai muito mal, obrigado. Felizmente temos esperança no judô feminino. Revista Budô número 15 / 2015
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Kodanshas do Brasil Acha que o judô esta crescendo ou encolhendo? O judô continua crescendo, e pode ser que tecnicamente melhore agora com a mudança de regras. Com relação ao judô brasileiro, o masculino caiu muito; em compensação, o feminino cresceu muito. É um paradoxo, talvez porque não houve renovação. Quem sabe colocar uma idade limite resolveria? Não vou citar nomes, mas acho que tem gente com quase 40 anos na seleção brasileira. Mas, se tirarmos os mais velhos, como vamos ficar? É preciso abrir espaço para quem está chegando. Se os novos não tiverem oportunidade, nunca chegarão lá. Até pangaré pode crescer e evoluir, desde que haja determinação, garra e muita força de vontade. Veja como o Baby vem crescendo e subindo degraus, lentamente. Agora ele pôs na cabeça que vai baixar o peso, e se ele acreditar vai conseguir sim. Ele tem judô de sobra para isso. Você vê nos projetos uma saída para esta falta de novos talentos? Hoje o judô cresce, como já havia dito, graças aos projetos sociais. Mas a partir de um determinado ponto não há continuidade, pelo fato de esse trabalho cus-
tar caro. E não só o judô, isso vale para o taekwondo, karatê e demais esportes. No meu entender, deveriam funcionar em três estágios: no primeiro, dar dinheiro para o professor formar os projetos sociais, ganhando para cuidar daquela comunidade; na segunda etapa os professores seriam pagos para dar continuidade ao projeto; e no terceiro, o professor receberia para dar continuidade até o alto rendimento. Você vive do judô hoje? Sou aposentado pela Secretaria de Educação e dou aulas aqui no dojô; hoje tenho 100 alunos aproximadamente. Como você foi parar no mundial máster, em Málaga, depois de 40 anos sem competir? Estava conversando com meu aluno Fernando Soares, e falei: “Queria ver você lutando lá no campeonato mundial porque você só consegue ser vice”. Estava apenas brincando, mas no dia seguinte ele me apareceu com a passagem e disse: “Sensei, consegui a passagem, mas você vai ter de ficar lá uns 15 dias”. Como a passagem já estava garantida, os demais alunos se cotizaram para assumir as despesas com alimentação, hospedagem e seguro. E lá fui eu.
Você resolveu lutar por conta própria ou eles exigiram? Por conta própria. Já que eu ia viajar para ver o Fernando, disse para ele me inscrever. Ele acabou indo com o sobrinho, e foi fantástico. Como foi a experiência, e o que achou da estrutura? A organização, antes da competição, deixou muito a desejar, principalmente pelo que eles cobram de cada inscrição, que são 150 euros, e por desrespeito aos preceitos do judô, que são educação, gentileza etc. Com relação à competição, acho que os árbitros têm de estudar mais, pois mesmo com o vídeo replay estão cometendo erros grosseiros. Levei umas dez bicudas no tornozelo de um japonês, e quanto mais ele me dava chutes, mais eu era punido. E na primeira luta como foi? Na primeira luta peguei um canadense e foi um milagre. Após 47 anos sem disputar um mundial e sem me preparar, ainda tive uns probleminhas com o peso. Além disso, várias coisas influem, como noites mal dormidas devido ao fuso horário, mudança de alimentação e o próprio stress da competição. Na primeira luta com um canadense, joguei-o de ippon ashi-guruma; na segunda perdi para um austríaco. Na terceira luta eu suspendi o cara e caí para trás; marcaram ippon, mas eu nem questiono. A quarta luta sim, foi quando o japonês me deu um monte de chutes. Ele não fez nenhum movimento de braço, só chute e mais nada. Cada bicuda que ele dava era uma dor muito forte, e além de tudo isso o arbitro me punia: tomei dois shidos e perdi. Esse japonês foi o campeão da categoria só dando bicudas. Mas para mim o melhor foi o judoca do Cazaquistão. Pelo regulamento e na minha análise, eu deveria ter subido ao pódio, mas subiram só três. Se tivesse treinado e se preparado, poderia ter ido melhor? Não, porque não se trata de treinamento e sim de participação frequente em competições internacionais. Quem foi com você a Málaga? Fernando de Melo Brito da Silva, Heitor Luiz Batista de Melo, Hisao Fujimoto, Fernando do Espirito Santo Soares e Jairo Queiroz.
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Você tem acompanhado os mundiais de judô? Acha que tecnicamente o judô melhorou ou piorou? Assisti apenas às finais do mundial do Rio de Janeiro, no ano passado. Mas acho que o judô, tecnicamente, piorou muito. Acabou. Talvez melhore um pouco agora, com a aplicação das novas regras.
Várias pessoas defendem que, para competir, o atleta tem de ter um pouco de maldade. Você concorda? Não, não deve haver nada de maldade dentro do coração e, sim, a vontade e a determinação em vencer. Discordo completamente dessa teoria. A maldade pode até estar implícita no ser humano, mas não na luta, que tem de ser limpa.
Qual é seu tokui-waza? Sou de uma época em que um judoca precisava de muitas armas para o combate, e eu usava muito o-soto-gari, ashi-guruma, utsuri-goshi, o-uchi-gari e seoi-otoshi. Mas o meu preferido é o-soto-gari.
Qual foi a conquista que mais o marcou? Foi a minha primeira conquista, na qual ganhei a faixa marrom que foi minha mola propulsora. O restante veio de acréscimo.
A experiência do mundial valeu? Com certeza, não há coisa melhor, pela sensação de me sentir vivo. Até uns tempos atrás eu estava satisfeito porque continuo fazendo o que me agrada. Mas esta competição reacendeu uma chama, e, se houver possibilidade, vou novamente no ano que vem. Mas vai preparar-se mais e treinar? Não, vou do mesmo jeito que fui agora, porque em 47 anos perdi a regularidade de treinamento e a obrigação de treinar. Mas a maioria que está por aí continua treinando e competindo.
Quem foi seu grande professor? Dois foram muito importantes para mim: o sensei Endo e o Lacerda formaram a minha base, assim como o Michiio Ninomya, que considero um grande mestre e me ajudou muito. O Ken Hiramatsu também foi muito importante em minha formação. Qual o maior judoca que já conheceu, como exemplo de vida e caráter? Não vou falar de um judoca em si, mas sim do meu pai. Ele foi o maior exemplo de ser humano e a pessoa que mais me impressionou. Ele não foi judoca, era fotógrafo. Qual o maior dirigente que conheceu?
Joaquim Mamede, meu amigo. Numa certa passagem, numa reunião, disse para ele: “Tudo o que o senhor está falando aí é contra o judô”. E ele respondeu: “Miura, você está certo, mas eu sou assim”. Qual foi a maior alegria que o judô lhe ofereceu? Meus filhos, e minha vida também porque Deus me deu duas oportunidades. A primeira quando sofri um acidente de carro e a segunda quando minha pressão subiu muito numa cirurgia do cotovelo. Mas estou aqui vivo. E vivo a alegria da vida, porque judô é saúde e longevidade. Em Málaga havia um senhor de 88 anos na competição; na minha categoria, M9, eram mais de 50, sendo cinco no meu peso. Quem faz judô não tem tempo para se queixar da vida. Chegamos aqui de manhã para treinar cheios de problemas e descarregamos tudo. Duvido que alguém treine judô e saia carregado de problemas, deixa tudo no dojô. E nem por isso o dojô fica poluído, é sempre um espaço saudável e com excelente astral. Aqui temos o projeto Cresça com seu filho, no qual os pais, avós e tios treinam junto com os jovens. E também os heróis da madrugada, a turma que vem treinar às 7 horas da manhã. É só alegria.
Miura com uma das turmas de sua escola
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SELETIVA ADULTO - CBK
CBK
realiza seletiva POR
PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ
A Confederação Brasileira de Karatê deu o pontapé inicial da temporada, promovendo uma competição para o alto rendimento que definiu a seleção brasileira que disputará os campeonatos pan-americano e sulamericano desta temporada.
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C sênior
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om o apoio da Federação Catarinense de Karatê (FCK) e da Fundação Municipal de Desportos de Blumenau, a diretoria técnica da Confederação Brasileira de Karatê (CBK) realizou a etapa final da seletiva nacional para a classe sênior. Realizada nos dias 17 e 18 de janeiro, no Ginásio S.R.E. Ipiranga, em Blumenau (SC), a disputa definiu os 18 atletas que integrarão a seleção brasileira: dois representantes do kata individual masculino e feminino; seis karatecas que comporão as equipes do kata masculino e feminino e dez atletas que disputarão o kumitê individual no masculino e no feminino.
Fundamentada no regulamento de formação da seleção brasileira sênior para a temporada 2015, esta convocação definiu o time que disputará os campeonatos pan -americano e sul-americano desta temporada, em Toronto (Canadá) e Viña del Mar (Chile), respectivamente. Com sete atletas classificados nesta seletiva, Santa Catarina é o Estado com maior número de representantes no grupo. Bahia e Rondônia ficaram em segundo com quatro e o Distrito Federal em terceiro com dois, enquanto São Paulo qualificou apenas um atleta. Para William Cardoso, diretor técnico da CBK, a seletiva atingiu todos os objetivos traçados, e com isso o Brasil vai a Toronto com uma equipe muito forte e bastante técnica. “Esta seletiva superou as expectativas, a começar pelo número de inscritos: 120 atletas, que disputaram 12 vagas individuais e seis vagas por equipe. O nível técnico foi muito superior ao da seletiva de 2013. Ficou explícito que os atletas hoje se preparam muito mais e que existe grande preocupação por parte daqueles que buscam uma vaga na seleção. Em 2014 houve grande evolução técnica, e nesta edição nos deparamos com a enorme quantidade de atletas que utilizaram o campeonato brasileiro realizado em outubro, no Distrito Federal, como preparação para esta seletiva. Isso mostra a determinação destes karatecas em brigar por uma vaga na seleção brasileira.”
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SELETIVA ADULTO - CBK
Marcos Paulo, Carlos Magno e Érica Santos
Ricardo Aguiar, Diego Spigolon e João Carlin
Avaliação dos técnicos Para os técnicos do kumitê, o Brasil irá ao Canadá com o melhor que existe na atualidade. Ricardo Aguiar enfatizou o resultado positivo das últimas temporadas. “Em virtude do nosso retrospecto nos dois últimos pan-americanos, nos quais fomos campeões, temos de saber tirar proveito disso, pois nenhum país vai querer estar na mesma chave que a seleção brasileira. O Brasil estará muito bem representado pelo grupo que saiu desta seletiva e pelos atletas que já eram primeiros titulares e vêm treinando muito forte dentro e fora do Brasil. Não podemos esquecer que o campeonato pan-americano deste ano será uma prova de fogo em função dos Jogos Pan -Americanos. A maior parte dos atletas que se classificaram aqui é bastante experiente e já vinha batendo na trave há algum tempo, o que nos dá a certeza de que chegaremos a Toronto com uma equipe fortíssima.” João Carlin enfatizou a experiência dos atletas classificados e a mudança de postura dos karatecas brasileiros. “Todos os atletas classificados aqui possuem muita experiência. São lutadores que vêm buscando uma vaga já há algum tempo e vinham chegando perto. De qualquer forma, é o futuro do karatê
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As irmãs Mafra
do Brasil que está chegando, e de forma bastante determinante. O karatê do Brasil atravessa uma fase muito boa e vive uma forte transição. Os atletas estão com uma visão distinta e realizando um intercâmbio enorme. Isso se reflete diretamente na qualidade, na velocidade e na estratégia de combate dessa nova geração, e isso é de fundamental importância. Acredito que neste ano bateremos nosso próprio recorde de medalhas.” Diego Spigolon enfatizou o comprometimento e o profissionalismo dos atletas da seleção brasileira. “Acho que fizemos uma boa seletiva, sem grandes surpresas, e o resultado em si abre grandes perspectivas. Quase todos possuem experiência e acho que temos um grupo muito bom nas mãos. Somos bicampeões pan-americanos e vamos para o Canadá com a responsabilidade de trazer o tricampeonato. Um dia antes da competição haverá o qualifier para os Jogos Pan-Americanos 2015, no qual seis atletas brasileiros disputarão uma vaga. São eles: Natália Brozulatto, -68 kg; Maike Steffen, -61 kg; Aline de Paula, -50 kg; Vinícius Figueira, -67 kg; Milton Menezes, -75 kg; e Marcos Paulo Andrade, -84 kg. Nossa proposta é dar uma atenção especial a estes atletas, já que a nossa expectativa é de que eles se classifiquem e, com isso, o Brasil possa disputar os Jogos Pan-Americanos com uma equipe completa. Nossos atletas hoje possuem enorme comprometimento com a seleção brasileira e todos nós da comissão técnica estamos otimistas com o desempenho da equipe.” Eurico Schopchaki, de Itajaí, técnico de kata da seleção e coordenador técnico de Santa Catarina, tem certeza de que o Brasil vencerá no Canadá. “A expectativa é grande porque a diretoria da CBK tem feito um excelente trabalho, e internacionalmente temos grande representatividade. Estou certo de que ainda vamos melhorar muito mais e conquistar muitos títulos nos eventos que estão por vir, e Toronto é o nosso primeiro objetivo.” www.revistabudo.com.br
Wanderley Machado de Oliveira e Luiz Carlos Cardoso
Sensei Caio Márcio mais uma vez classificou vários atletas para a seleção
Vencedores da seletiva falam da expectativa Luiz Inácio Lima Júnior, da Associação Unikan de Pojuca (BA), foi o primeiro colocado no kata. Aluno do sensei Luiz Inácio de Lima e praticante do estilo shotokan, o experiente atleta baiano fez parte da seleção brasileira em 2012 e 2013. Campeão ibero-americano e brasileiro em 2014, Luiz Inácio quer manter-se no topo. “Estou classificado para o pan-americano, e a minha expectativa para esta temporada é muito positiva. A primeira etapa foi vencida, conseguindo classificar-me para Toronto e Chile, pois quero fechar o ano muito bem posicionado no ranking e com isso chegar bem no próximo ano.” Luís Victor da Rocha, da Associação Instituto Global de Karatê, de Itajaí (SC), foi campeão do kumitê -67 kg e percorreu um longo caminho para chegar à seleção sênior. “Meu tokui-waza é kizami-zuki e entre 2003 e 2005 fiz parte da seleção nas categorias de base. Afasteime e retornei em 2009, mas estive na seleção apenas em 2011. Por vários anos bati na trave e finalmente atingi meus objetivos e acredito que tenho condição de brigar pelo ouro no pan e no sul-americano. Sou campeão pan-americano e sul-americano nas categorias de base, pentacampeão brasileiro, campeão universitário, e campeão dos Jogos Abertos em São Paulo e Santa Catarina.” Bianca Mafra, 22 anos, da Associação Blumenau de Karatê, do sensei Wanderlei de Oliveira, comemorou seu segundo ano na seleção brasileira. “Estou desde o ano passado na seleção sênior, na qual obtive um quinto lugar em kumitê, no pan-americano. Este ano pretendo chegar à final e poder disputar o primeiro lugar. Por muitos anos estive na CBKI, pela qual fui campeã mundial e pan-americana.” www.revistabudo.com.br
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Associação
Urumakan
de Lutas Marciais Fundada em 1971
Shihan Jackson da Silva
Pioneiro do karatê-dô tradicional no DF Criador do Kodomô (Sistema pedagógico de karatê infantil)
8º Dan - Karatê Tradicional 4º Dan – Karatê Shorin-ryu
Sensei Jackie Rambell Sho-dan
SCLN 116 Bloco C Lojas 53/65 – Asa Norte Brasília – DF
Telefone: ( 61) 3373-2552 e-mail: jackyenrambel@gmail.com
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Ramon Rocha também defende a Associação Instituto Global de Karatê, de Itajaí (SC), e foi campeão do kumitê +84 kg. Aluno do sensei Manuel Santana, Ramon usa uma sequência de golpes com kizami-zuki, giako-zuki, mawashi e ura -mawashi. “Esta foi minha terceira convocação consecutiva para a seleção sênior, e tive de fazer quatro lutas, obtendo três vitórias e um empate. No ano passado fui campeão pan-americano no Peru, e este ano pretendo repetir esta conquista. Quero participar das demais competições e ser campeão em todas.” Para fazer sua estreia na seleção sênior, Noelle Praxedes Felipe teve de vencer quatro disputas no kata. Atleta da Associação Hayashi-ha, de Jaboticabal (SP), e aluna do sensei Paulo Mota, Noelle é um dos grandes destaques da shitoryu, na atualidade. Em seu currículo ostenta um bronze no sul-americano de 2012, o vicecampeonato no sul-americano de 2013, e o ouro no sul-americano e no pan-americano de kata equipe em 2014. Após a conquista da vaga, Noelle falou de sua expectativa para esta temporada. “Vamos para o Canadá e para o Chile focados na vitória e vamos com o objetivo de mostrar por que o Brasil é bicampeão continental. Até o nosso embarque treinarei muito e estarei mais bem preparada que nas edições anteriores.” Alberto da Conceição Azevedo, aluno do sensei Caio Márcio, da Associação ACMK de Brasília, teve de esperar oito anos para atingir seu grande objetivo. “Após treinar e me preparar por oito longos anos, finalmente conseguiu chegar à seleção sênior. Antes, é claro, estive por três anos nas seleções de base, e atingir esta meta foi muito gratificante. Meu maior objetivo sempre foi disputar mundiais da classe sênior e estarei sempre treinando muito por este objetivo. Este ano disputarei o mundial sub 21 e, de quebra, já estou classificado para o pan-americano adulto. Meu tokui-waza é o uraken e com ele já conquistei o sul-americano, um pan-americano e um bronze no mundial da Malásia. Vou a Toronto focado no ouro, e se Deus quiser atingirei este objetivo.” www.revistabudo.com.br
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SELETIVA ADULTO - CBK
Geovana Santos Fracaro, da Associação Blumenau de Karatê, é aluna do sensei Wanderley de Oliveira e fará sua estreia na seleção sênior. Seus principais golpes são o giako-zuki e o mawashi-zuki. Campeã sul-americana e detentora de vários títulos nacionais, Geovana foca agora o ouro pan-americano e bons resultados nas demais competições desta temporada. “Esta será minha primeira vez com o time adulto e esperei muito para chegar aqui. Agora vou preparar-me para chegar muito bem em Toronto, aonde vou em busca do ouro.” Alisson Bruno Santana Sobrinho é outra fera da ACMK de Brasília e venceu a seletiva no kumitê -78 kg. Nascido em 15 de junho 1994, Alisson estreou na seleção de base em 2009, quando ainda competia no infanto-juvenil. Sua primeira medalha internacional foi o bronze sul-americano conquistado aos 14 anos. Em 2011 foi vice-campeão sul-americano, já no pan-americano de 2012, disputado em Cancún, ganhou a medalha de bronze. Em 2014 foi campeão sul-americano na Bo-
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Atletas classificados para os campeonatos pan-americano e sul-americano de 2015
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lívia, onde fez três finais. “Fui campeão sul-americano e fiz três finais, sendo campeão no individual e no equipe e vice-campeão no open. Só não disputei o pan-americano porque não tive patrocínio. Estou muito feliz porque consegui me classificar e a expectativa agora é a melhor possível. Estamos treinando firme, pois o objetivo para 2015 é disputar o pan-americano e o sul-americano na classe sênior, nos quais pretendo dar muito trabalho aos meus adversários.” Érica Carla Castro defende a Associação Clube Recreativa Ribeirão Preto e tem no giako-zuki seu tokui-waza. Após seis anos na seleção, ficou fora dela em 2014, mas voltou e agora foca seu preparo no desafio continental. “Sou campeã pan-americana, tricampeã sul -americana e brasileira, e meu principal objetivo nesta temporada é ser campeã no Canadá e manter o titulo de campeã brasileira, e tenho treinado muito para atingir este objetivo.” Fernanda Juma Soares é mais uma atleta da ACMK muito bem preparada pelo sensei Caio Márcio. Hoje ela defende Itajaí (SC), e seu golpe preferido é o kizami-zuki. Campeã sul-americana e brasileira, Juma concentra sua atenção nos Jogos Pan-Americanos. “Meu objetivo principal é ser campeã pan-americana, disputar os Jogos Pan-Americanos e vencer.” Denílson Santos, da Associação Alto Vale de Karatê, de Rio do Sul (SC), mantém-se pelo terceiro ano consecutivo na seleção principal e já foca o mundial da Áustria. “Minha expectativa nesta temporada é o pan-americano, mas já estou focando o mundial que se realizará daqui a dois anos.” Beatriz Mafra, da Associação Blumenau de Karatê, comemorou a escolha de uma entidade muito mais séria. “Minha expectativa para esta temporada é enorme. Após um ano na CBK, participando em várias competições, sei que tenho condição de vencer e isso só depende de mim. Recebo muito apoio e estou muito confiante. Era filiada na CBKI, pela qual fui tricampeã mundial, hexacampeã brasileira consecutiva no kumitê e no kata e campeã pan-americana. Senti enorme diferença na transição devido à seriedade dos dirigentes da CBK, e mesmo com a grande dificuldade em conquistar títulos eu estou satisfeita e sei que ocuparei meu espaço.” www.revistabudo.com.br
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Graduações FPJ - 2014
São Paulo tem 14 novos
kodanshas POR
PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ e MARCELO LOPES
Promovendo uma cerimônia emblemática e diferenciada, a Federação Paulista de Judô outorgou faixas para judocas ranqueados do hachi-dan (8º dan) ao shodan (1º dan) e aos judocas examinados em novembro. Celestino Seiti Shira, 8º dan
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Parte dos kodanshas e faixas pretas graduados
Yoshiyuki Shimotsu, 7º dan
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Umeo Nakashima deixa sua mensagem aos novos faixas pretas paulistas
Francisco de Carvalho Filho
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Graduações FPJ - 2014
Alessandro Panitz Puglia
A
cerimônia de entrega realizou-se em 28 de fevereiro, no Teatro Municipal de Mauá. No evento foram outorgadas faixas pretas e promoções de faixas para 129 judocas graduados por ranqueamento e para os 259 judocas aprovados em 1º de novembro pela banca examinadora da FPJ. Os judocas aprovados por ranqueamento marcaram presença e receberam a nova faixa e diploma chancelados pela Federação Paulista de Judô (FPJ) e pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Alessandro Panitz Puglia, presidente da FPJ, cumprimentou os judocas que obtiveram nova graduação. “Parabenizo e desejo sucesso a todos os professores e faixas pretas que obtiveram esta nova graduação.” Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da CBJ, destacou a importância e a responsabilidade dos professores graduados e de todos que ostentam uma faixa preta de judô. “Desejo que esta outorga de faixas signifique o início de nova caminhada na vida de cada judoca que hoje está recebendo o sho-dan. Para aqueles que estão sendo promovidos a san-dan até hachi-dan, peço que se lembrem da contrapartida que cada um de vocês deve oferecer para o judô e a sociedade. Como judocas nosso aprendizado nunca cessa, da mesma forma que temos a obrigação de fazer a devida transmissão de tudo aquilo que aprendemos com nossos professores para aqueles que estão chegando e serão os futuros judocas. Esta é nossa missão. Em nome da Confederação Brasileira de Judô agradeço o empenho de cada um dos senhores, pois entendo que são vocês a mola propulsora de nossa modalidade.” O professor Antônio Carlos Mesquita foi
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Orlando Satoro Hirakawa, 8º Dan, recebendo o no-obi do professor kodansha Sadao Fleming Mulero
o mestre de cerimônia e a mesa de honra foi composta por dirigentes, políticos e professores kodanshas, entre os quais Argeu Maurício Neto, Joji Kimura, Valdir Melero, Gerardo Siciliano, Josino Francisco de Souza, Fábio Gonçalves, Antônio Honorato de Jesus, Francisco de Carvalho Filho, Rubens Pereira, Alessandro Panitz Puglia, Sadao Fleming Mulero, Francisco Aguiar Garcia, Antônio Takashi Sasada, Cláudio Calasans Camargo, Akira Hanawa, Yassunobu Osako e Jiro Aoyama. Todos os integrantes da mesa participaram ativamente da cerimônia de outorga, que marcou o início de uma nova fase na trajetória dos mais de 378 judocas do Estado de São Paulo que receberam nova graduação. Os professores kodanshas Celestino Seiti Shira, 8º dan; Umeo Nakashima, 8º dan; e Yoshiyuki Shimotsu, 7º dan; foram convidados a transmitir aos demais graduados a responsabilidade que demanda um faixa preta de judô e a importância da manutenção constante do exemplo de conduta e retidão. Esta foi a maior outorga de faixas por ranqueamento realizada até hoje pela FPJ e CBJ. Fora os 14 novos faixas pretas 6º dan, seis professores kodanshas foram promovidos a 7º dan, quatro a 8º dan e um a ku-dan. Além da graduação dos kodanshas, 104 judocas receberam nova graduação, o que revela o bom momento na relação entre as entidades de administração estadual e nacional. É importante ressaltar que o professor kodansha Michiharu Sogabe recebeu a mais alta graduação, o 9º dan (ku-dan), porém a entrega de seu obi vermelho ocorreu uma semana antes, durante o credenciamento técnico paulista realizado em São Caetano do Sul.
Professores avaliam a nova graduação
Celestino Seiti Shira, 8º dan – Completando 60 anos nos tatamis e contribuindo significativamente para o desenvolvimento do judô de Santo André e região, sensei Shira enfatizou a necessidade da manutenção da transmissão. “Receber esta graduação é muito significativo e gratificante, mas, até por ser uma graduação muito alta, ela aumenta sobremaneira nossa responsabilidade em repassar os ensinamentos que recebemos. Espero poder contribuir sempre no desenvolvimento do judô, mas acima de tudo almejo colaborar na edificação de uma sociedade melhor e mais harmoniosa, pois acredito que o judô tem esse poder.”
Orlando Satoro Hirakawa, 8º dan – Um dos maiores formadores de atletas para o alto rendimento, Satoro Hirakawa fez www.revistabudo.com.br
Parte dos professores graduados
história instituindo em São José dos Campos uma das principais escolas de judô do Estado de São Paulo. Ao receber o 8º dan, ratificou sua devoção a Deus e o comprometimento com o judô. “Esta sensação é inexplicável e acho que é coisa de Deus. Se dissesse que não almejava esta graduação, não estaria sendo sincero, mas nunca sonhei chegar tão longe. Meu principal objetivo sempre foi praticar e treinar, mas Deus felizmente me deu algo muito maior. Aliás, Deus sempre nos dá algo muito grande e inesperado. Não tenho palavras para externar minha felicidade e prefiro apenas dizer muito obrigado aos meus alunos, amigos e dirigentes por mais esta importante deferência.”
Umeo Nakashima, 8º dan – Um dos principais professores da região de Campinas e responsável pela formação de centenas de faixas pretas, em poucas palavras o professor Umeo expôs a síntese dos 60 anos vividos nos tatamis. “Esta graduação completa o ciclo de tudo aquilo que estamos realizando na vida. Quando uma pessoa recebe maior graduação, não se trata apenas de uma simples promoção. É a possibilidade de continuarmos ensinando e transmitindo tudo aquilo que sabemos, e essa é a nossa grande responsabilidade.” www.revistabudo.com.br
torna maior a nossa obrigação de aprender e devolver estes ensinamentos, fazendo a devida transmissão de tudo que aprendemos. Esse é o nosso legado, esta é a verdadeira missão de todos os professores.”
Shoshichi Chiba, 7º dan – Acumulando 60 anos de experiência nos tatamis, tendo formado dezenas de professores da mais alta estirpe no interior do Estado de São Paulo, o proeminente professor kodansha de Barretos revelou grande emoção no momento da outorga do shichi-dan. “Este é um momento de muita emoção e alegria. A mensagem que deixo a todos os professores é lembrar que quanto mais sabemos, mais humildade e respeito devemos expressar diante do próximo. Dessa forma seguimos nossa missão como homens e, principalmente, como judocas.”
Yoshiyuki Shimotsu, 7º dan – Referência no judô da região do Alto Tietê, o professor kodansha de Mogi das Cruzes enfatizou a manutenção do aprendizado e do ensino do judô. “Quanto maior é a graduação ostentada por um judoca, maior é a sua responsabilidade. Cada graduação obtida
Nelson Hirotoshi Onmura, 7º dan – Com 45 anos nos tatamis, Onmura foca agora a formação de bons cidadãos. “Esta nova graduação possui muitos significados, e um dos mais importantes é a responsabilidade de repassar os ensinamentos que recebemos e assim formar campeões para a vida. Essa é verdadeiramente a nossa missão.”
Edison Koshi Minakawa 7º, dan – Para o destacado árbitro internacional, foram momentos de grande emoção. “Estou extremamente emocionado porque esta é a realização de um grande sonho. Desde jovem parava e olhava para meu pai e até mesmo Revista Budô número 15 / 2015
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Graduações FPJ - 2014 para outros professores pelos quais nutríamos grande admiração. Eram todos portadores dessa graduação e ficávamos admirando e sonhando em um dia poder alcançar o mesmo estágio, até que esse momento chegou. Sinceramente falando, não tenho como definir o que sinto neste momento, mas estou imensamente feliz.”
Luís Yoshio Onmura, 7º dan – Para o medalhista olímpico, o 7º dan demanda e exige maior empenho na difusão do judô. “No meu caso específico, o maior significado desta faixa é trabalhar arduamente pela difusão do judô.”
Takeshi Yokoti, 6º dan – Aluno do professor kodansha Anderson Lima, e com 42 anos nos tatamis, o delegado da 16ª DRJ destacou que agora a responsabilidade aumentou. “Esta é uma de minhas maiores conquistas no judô, pois este é o sonho de todo judoca. Mas agora a responsabilidade aumentou, pois entendo que cada professor kodansha se torna um representante do Instituto Kodokan perante a sociedade, e com isso a nossa responsabilidade aumenta muito mais. Estou bastante emocionado e muito feliz.”
Sérgio Luís Bin, 6º dan – Para o judoca ribeirão-pretano, obter o 6º dan é a realização de um grande sonho. “Acho que esta
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graduação é o reconhecimento por tudo que produzi nestes 45 anos lutando pelo desenvolvimento de nossa modalidade. Hoje é um dia muito especial em minha vida e estou muito feliz.”
cante receber a graduação tão almejada, e vejo nisso um estímulo a mais para darmos continuidade aos ensinamentos do mestre Jigoro Kano e nos tornarmos exemplos de conduta.”
Isaburo Suto, 6º dan – Com mais de 65 anos nos tatamis e extremamente emocionado, sensei Suto vibrou com esta importante conquista. “É muito gratificante e posso classificar esta graduação, tão sonhada e esperada, como um presente oferecido pela vida. Sinto-me feliz e realizado, e devo isso ao apoio dos amigos e ao reconhecimento por muitos anos de trabalho.”
Sérgio Barrocas Lex, 6º dan – O sensei do interior paulista expressou a honra por receber a faixa de kodansha. “Além da grande honra que sinto, esta graduação é a realização de um sonho antigo, que resume minha história e trajetória nestes 35 anos nos tatamis. Estou muito feliz e emocionado.”
Wilmar Terumiti Shiraga, 6º dan – O delegado da 5ª DRJ previu o início de uma nova etapa. “Fiquei mais nervoso do que quando fui nomeado delegado regional, mas penso que junto com esta nova graduação nós recebemos a incumbência de nos tornarmos referência de conduta, em que cada ação demanda maior responsabilidade, discernimento e comprometimento. Este é um divisor de águas e estou preparado para este desafio.”
Rubens Massashi Nakazawa, 6º dan – Somando 40 anos nos tatamis, Nakazawa pretende continuidade à proposta deixada pelo sensei Kano. “É muito gratifi-
Sidnei Paris, 6º dan – Para o delegado regional da 8ª DRJ, a nova graduação é sinônimo de maior responsabilidade. “Completei 45 anos nos tatamis, e além do orgulho e felicidade por atingir este objetivo, receber minha faixa coral significa maior comprometimento e responsabilidade em difundir os ensinamentos deixados pelo sensei Jigoro Kano.”
Sílvio Tardelli Uehara, 6º dan – Para o novo kodansha paulista, a nova graduação demanda maior responsabilidade. “Tenho 41 anos de judô, e alcançar o 6º dan impõe a todos nós maior responsabilidade em honrar e difundir a disciplina do judô.” www.revistabudo.com.br
Marcelo Hirono, 6º dan – Na avaliação do sensei ribeirão-pretano, a outorga do roku-dan é o reconhecimento do trabalho desenvolvido nos 44 anos nos tatamis. “A figura do kodansha é muito importante no sentido de nos possibilitar repassar os ensinamentos que recebemos a todos que praticam judô na Mogiana, uma
região extremamente carente de professores e kodanshas. Entendo que este é um reconhecimento pelo trabalho realizado durante muitos anos, e espero que esta outorga motive os professores de nossa região a seguirem adiante.”
vibrou com a qualificação de kodansha. “Estou muito emocionado e sem palavras para expressar minha alegria e felicidade. O judô é uma grande família, na qual estamos cercados de amigos e de possibilidades infinitas.”
Nelson Shigueki Koh, 6º dan – Após 50 anos de vivência nos tatamis, sensei Koh
Rodrigo Guimarães Motta, 6º dan – Destacado judoca da classe grand máster,
Judocas examinados pela FPJ Aprovados para Sho-dan
Adílson Galhardo Alessandra Gonçalves Oliveira Alessandra Pereira Cardoso Alessandra Rocha Fernandes Alex França Melo Alexandre Ricardo Nardi Alexsandro de Oliveira Amílcar Key Kimura Ana Paula da Cunha Anderson Luiz Gonçalves Anderson Nilson Mariano André Luis de Oliveira André Luiz Estela Damasceno André Luiz Gonçalves dos Santos Uchoa André Luiz Zanobia André Nascimento Silva Cataneo André Pasqual Silva Scavarielo Andrey Henrique Reimberg de Souza Andrey Júnior Ferreira Angélica Maria da Silva Aníbal Prieto Mejia Júnior Anne Caroline Barbosa Silva do Carmo Anne Karoline Alves de Macedo Arthur Eduardo Santos de Almeida Arthur Liberman Beatriz Nery Soranz Breno Alessi dos Reis Almeida Breno Augusto Pietrobon Barense Bruno Borsani Marthes Bruno da Silva Rodrigues Bruno de Oliveira Bruno Mendes Moreira Cainã Cuellas Costa Caique Matheus Franco Marques Camila Vieira Carlos Alexandre Toth Carlos Andre Ribeiro Durvalino Carlos Henrique Ishikawa Ribeiro Carolina Cirino Caroline Farias Docado Celso Yasuo Takeda Christiano Maura Claudio Augusto Muniz Costa David Aparecido Zufi Júnior Débora Nascimento Débora Shinoda Diego Júnior Ribeiro de Azevedo Diego Manoel Douglas Moreira Camargo Edgar Toshiyuki Kawakita Edson Donizetti Bertolli Edwin Kitch Taves Ellen Aparecida de Oliveira Emerson Eisaku Tanahara Emiliano Tarsis Torres de Oliveira Emilio Nishiyama Ennio Varela de Souza Eric Arcas Kita Gonçalves Eron Egen Domingues Fabiano Aparecido Cavalcanti Silva Fabiano Bazzo Missono Fábio do Carmo Campos Fábio Mendonça de Jesus Felipe Freire de Vito Felipe Gruc Zyman Felipe Kenzo Pereira Nakamura
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Felipe Masaharu Ishizava Felipe Rivas Hadzic Fernando dos Reis Oliveira Fernando Fernandes Barbosa Fernando Tavolaro de Castro Flavia Aparecida de Camargo Paiva Flavia Naomi Ando Flavia Rodrigues da Cruz Flaviane Caroline Marques Sanches Flavio Tadeu Bacic Francisco Alisson Alves Camargo Gabriel Cipriano de Sá Gabriel Dias Oliveira Gabriel Naotaka Fujigaki Kinoshita Gabriella Patrício Argentini Geraldo Evandro Papa Filho Geraldo Fazzi Neto Gibson de Almeida Costa Giovani Fiuza Giancoli Giovanna Leticia de Oliveira Silva Guilherme Chiovatto Amaral Guilherme Correa Giberti Guilherme Daud Ronchi Guilherme Gomes Dória Guilherme Nogueira Martinatti Hamilton Alves da Cruz Heber José Torres Henrique Toledo Aranega Iago Dias de Carvalho Igor Galvão Gomes Antunes Igor Santiago Conde Ivete Carolina de Moraes Santos Jadiel Batista da Silva Jânio Correa de Araújo Filho Jessica Neves Miranda Osório Jessica Roberta Teles Jessica Sisa Martins Carvalho Joao Luiz da Silva Joao Pedro Porto João Victor dos Santos Silva Joao Vittor Oliveira José Antonio Gomes Neto José Luis Amorim Júnior José Ricardo Fernandes Bravim José Rodacoski Filho José Rodrigues Neto Juliano Ribeiro Lagares Júlio Cesar Rodrigues Kauan Henrique Cabrine Kawe Billard Gomes Kim Watanabe Hayakawa Laís Parolo Lawrence Lagos de Luna Junior Leonardo de Carvalho Luna Leonardo dos Santos Leticia Ribeiro Bailon Silva Lincoln Keiiti Kanemoto das Neves Lucas Fugikawa Santos Lucas Humberto Lopes da Silva Lucas Moroni Camargo Cramolichi Lucas Queiroz Godoy Lucas Takeshi Tengan Lucas Zanchetta de Melo Antônio Luccas Nerath Figueiredo Luciana Previdelli Garavello Luciano Alves Luis Cesar de Castro Ribeiro
Luis Guilherme Félix da Silva Luiz Gustavo Constante de Oliveira Marcelo André Franchini Marcio Augusto Boruchowski Marco Aurélio da Silva Pedrosa Marcos Eduardo Eisencraft Marcos Roberto Merlin Filho Maria Paula Firmino Morais Mariana Mayumi Minakawa Mariana Santiago Possari Marina Gabrielle Gomes Batista Marinaldo Andrade de Souza Mario Antônio de Carvalho Matheus Girardi Matheus Storti Monteiro da Rocha Mauricio Batista Mauricio Ferraz Ferri Moacir Donizete Augusto Natasha Bauer Gomes de Godoy Odila Natalia de Aquino Otto Fernando Pinho dos Santos Patrícia Nakabayashi Moriya Paulo Marcos Figueiredo Fontana Pedro Iemma Meira Pedro Lopes de Paula Pedro Luiz Navarro Pedro Passero F. de Barros Toledo Pedro Rogner Pedro Vicenzo Deo Malaquini Rafael Alexandre Chiquito Sacchi Rafael Bondezan de Freitas Rafael Cafalchi Ramos Rafael Luiz Laturraghe Rafael Peres Ferreira Rafael Rodrigues Francisco Rafael Venturoso Capelozi Raphael Coutinho Renan de Meneses Renato Tortorelo Araújo Lourenço Ricardo Inoue Ricardo Kazumi Noda Richardson Bruno J. M. Silva Ridemar Hideyoshi Matsumoto Rilton Luiz Peres Robert Francisco Furlan Cardoso Rodney Guilherme Rodrigo Henrique Lisboa Rogerio Scucuglia Andrade Rubia Lombardi Alboreto Sarah Sheila Alves Tassinari Sérgio Gasulla Bouza Shigueo Yamada Conceição Oliveira Sidnei André de Carvalho Júnior Sidnei Prado de Oliveira Sidnei Flávio Martins Suzel Libel Tais Bitencourt Ferrante Tamara Oliveira Moraes Thiago Santos da Silva Tiago Landim de Sousa Tony Jean Mantovani David Vagner Pereira da Silva Valeria Alhambra Rocchetti Valtencir Colombo de Moraes Valterli Avona Victor Yudji Nakaharada Kokubo Vinicius Malveze
Vinicius Narcísio Mery Curtolo Virginia Crema Santos Wedja Pereira dos Santos William Varela de Souza Willian de Camargo Yasuo Vicente Kanashiro Yuri Mestrinel Hoeppner Zeynon Nascimento Nunes
Aprovados para Ni-dan
Agenor Garcia Júnior Alberto Hideo Hassano Ana Carolina Pereira da Silva Beatriz Helena dos Santos Carlos Alberto Pereira Carlos Alexandre Dionizio Cleber Clemente de Lima Diego Viger Granjeiro Eiki Inui Elenilda Pereira Ferraz Eliandro de Siqueira Elvis Nobuyoshi Tashiro Eudes Gabriel do Nascimento Felipe César Marcelino Coutinho Fernando Haenni Infante Gilberto Ferreira de Oliveira José Mauro Martinez de Medeiros Marcelo Shimada Maurício Daniel Teixeira de Souza Mauricio Ferreira Marcondes Machado Mauro Gabriel Teixeira de Souza Natalia da Silveira Torres Nathalia Abolis Penna Rafael Nunes de Souza Raphael Lins de Magalhães Raquel Gardini Sanches Palácio Renan Bueno da Silva Robson Tadeu Tainah Camila Coelho Vanessa Cristina Billard Willian Arruda Araújo
Aprovados para San-dan
Danilo Henriques Ferreira Fabio de Camargo Santos Francis Minoru Endo Ura Grace da Silva João Manoel Costa da Rocha Leandro Tomé Correa Leonardo Cassab Antunes de Oliveira Leonardo Luís Vendrame Luís Cláudio de Andrade Assis Marcelo Guimarães Salvador Marcus Vinícius Silva Flora Nélson Eishin Ueti Sérgio Kazuo Noda Ulisses de Godoy Wilson Shinoda
Aprovados para Yon-dan Ediwaldo Antônio Fazzolari Glauber Diniz Aragão Sidney Massayuki Fukayama Wellington Centeno Gadelha
Aprovados para Go-dan Régis Cândido da Silva
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va graduação s, 5º dan, recebeu a no Alexander José Guede drea Berti, que foi promovida a 4º dan junto com a esposa, An
Francisco Carlos Alves, 5º
dan
Odovaldo de Mello, 5º dan Antônio Carlos Guedes, 5ª dan
Washington Sumie
Aoike, 5° dan
Paulo César Rossi, 4º dan Marco Antônio da Costa, 4º dan
Motta expressou grande alegria pela conquista do 6º dan. “É uma honra muito grande receber esta graduação, e penso que é a coroação de todos esses anos aprendendo, treinando, ensinando e dedicando-me à nossa modalidade. É uma alegria ainda maior estar aqui com meu sensei que está recebendo o 7º dan e demais amigos que também estão sendo graduados.” Alexander José Guedes, 5º dan – “Estou nos tatamis há 37 anos, e penso que este é um momento muito importante porque, acima de tudo, estamos representando nossos senseis. De alguma forma estamos perpetuando o trabalho que no passado foi iniciado por eles. Dois dos meus professores já faleceram, e entendo que devemos assumir a responsabilidade de repassar aos mais jovens tudo que aprendemos com nossos antepassados. Essa é a essência do judô e é também o nosso legado.”
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Odovaldo de Mello, 5º dan – “Levo mais de 50 anos nos tatamis e, além do reconhecimento por tudo que fizemos nesse período, esta graduação é um incentivo para continuarmos em nosso trabalho e em nossa luta árdua pelo desenvolvimento do judô em nosso Estado e em nosso País.” Paulo César Rossi, 4º dan – “O judô resume a história de minha vida. Formeime em educação física, posteriormente montei minha academia em Ribeirão Preto, e estou nesta estrada há 42 anos. Hoje minhas filhas felizmente me ajudam muito no dojô. Há dois anos sofri um AVC, e aos poucos estou voltando. Fiquei muito feliz em receber esta graduação e parabenizo meus colegas Bim e Marcelo por estarem recebendo a faixa de kodansha. É muito bom estar vivo e junto com todos vocês
Celso Tochiaki Kano, 4° dan
Samuel Bastos Lope
s, 4º dan
Andrea Berti, 4º dan – “Esta graduação é o reconhecimento de todo um trabalho, e agora temos maior responsabilidade ainda em aprender mais, ensinar mais e fazer muito mais pelo judô.” Carlos Eduardo Honorato, 3º dan – “É uma conquista enorme, que representa o início de um novo ciclo. O san-dan aumenta a nossa responsabilidade e enfatiza a necessidade de aprender mais para poder ensinar mais.” Daniel Andrey Hernandes, 3º dan – “Estou há 30 anos nos tatamis e como atleta muitas vezes nós não avaliamos a importância de receber uma graduação. Mas com o passar dos anos vamos aprendendo a importância de nos tornarmos professores. Esta outorga é também um reconhecimento por nosso trabalho, e isso me deixa muito feliz.” www.revistabudo.com.br
Carlos Eduardo Honorato, 3º dan Daniel Andrey Herna
Denílson Loureiro, 3º dan
Thiago Valladão Fer
nandes, 3º dan
Alberto Nunes, 2º dan Carlos Alber to de Oliveira Ardito, 2º dan
Diego Borges Ferrante, 2º dan
Flávio Augusto Honorato, 2º
Flávio Augusto Honorato, 2º dan – “Estou há 31 anos nos tatamis e recebo esta nova graduação com grande honra. Ela aumenta nossa responsabilidade e permite que tenhamos a humildade de aprender cada vez mais.”
agradecer a todos pelo apoio e reconhecimento.”
Marcelo Costa Camargo, 2º dan – “Levo 25 anos nos tatamis e acho que foi uma longa caminhada, porém, como judoca, entendo que essa caminhada está apenas começando e aumentando a nossa responsabilidade em aprender e ensinar cada vez mais.” Rogério Zeferino, 2º dan – “Vivo há 36 anos nos tatamis e esta graduação representa uma honra e uma conquista muito grande. Por meio do judô estou conseguindo superar este momento difícil que atravesso nesta luta contra o câncer, e só tenho de www.revistabudo.com.br
ndes, 3º dan
dan
Marcos Paulo Tebaldi, 1º dan – “Tenho 32 anos de vivência nos tatamis, e esta graduação é algo que sempre almejei. É o sonho de uma vida inteira, mas acima de tudo é uma homenagem que faço ao sensei Kodama, meu professor que já faleceu, e ao sensei Hanaoka, que até hoje nos apoia. Devemos acreditar sempre em nossos sonhos, pois são eles que projetam nossas vidas e permitem que nos tornemos aquilo que somos.” Bruna dos Santos Marques, 1º dan – “Estou nos tatamis há 16 anos e receber o sho-dan é uma emoção muito grande. Estava na faixa marrom há quatro anos, e o grande estimulo para chegar até aqui foi sempre o meu pai,
Argeu Maurício e Alessandro Puglia entregam de ni-dan a Marcelo Costa Camargo
certificado
sensei Bethoven, da Baixada Santista. Ele sempre me apoiou e sempre sonhou formar uma filha faixa preta. Desde os quatro anos de idade ele começou a me preparar para este momento. É muita emoção e hoje sinto a sensação do dever cumprido. Pai, obrigado por tudo!” Adib Bittar Júnior, 1º dan – “Levo 21 anos nos tatamis e é um honra muito grande obter o sho-dan. É a conquista de um ideal e uma emoção enorme. Não tenho palavras para definir.” Alexandre Mendes da Cunha, 1º dan – “Estou há 45 anos nos tatamis e receber o sho-dan é algo inexplicável. Mas para mim significa manter a chama acesa e nunca desistir dos nossos sonhos.”
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Rogério Zeferino, 2º dan
Bruna dos Santos Ma
Ísis Sampaio Oliveira França, 1º dan
Adib Bittar Júnior, 1º dan
rques, 1º dan
Ulisses de Godoy, 3º dan
Ew
Marcos Paulo Tebaldi, 1º dan
Suzana Nakabayashi Moriya, 2º dan
Patrícia Nakabayashi
Grace da Silva, 3º dan
reira, 2º dan er ton Ribeiro Pe
Moriya, 1º dan
Lista Ranqueados 2014 Aprovados para Sho-dan
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
96
Adib Bittar Júnior Alan de Souza Galvão Alexandre Shinji Imamura Alexandre T. Oliveira Allan Pirelli Barbosa Biffi André Fernando Jacomin Blenda Maria Martins Breno Marconato Rossetti Bruna dos Santos Marques César Eduardo Oyamada Cleide Aparecida Leite Danilo Lozano Dante Mautoni Neto Diogo Pereira Martins Edson Bustos Eliane Carvalho Sabino Erik dos Santos Euclides Cândido Reiner Fabiano Francisco Coltro Fabio Bennaton Bassetti Felipe de Andrade Todaro Fernando Xavier Miranda Franz Zimmerhansl Gabriel Sponton Fogaça George B. Gretschischikin Graciliano Santana Neto Guilherme Andrade Todaro Guilherme Enrico Paronitti Gustavo Gambuggi Pugina Gustavo Mathias Hélio Guengi Itto Isis Sampaio Oliveira França João Carlos Miguel Júnior Lucas Dias Araújo Luciano da Conceição Luis Augusto dos Santos
1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Manoel B. de Vasconcelos Marcelo Rodrigues da Silva Márcio Mattar de Almeida Márcio Mecatti Marcos Paulo Tebaldi Paulo Luciano F. Schimidt Paulo S. Albuquerque Paulo Sérgio Craveiro Rafael Cury Schonfelder Rafael Ricardi Irineu Raphael Federicci Franco Reinaldo Toshistugu Oshiro Rinaldo Antônio S. Santos Rodrigo Zimmerhansl Rogival Lopes Matos Filho Rubiana Lopes Cury Rudnei dos Santos Marques Sandro Alberto França Sérgio Luis Muras Tavares Sérgio Luiz. C. O. Machado Sérgio Vicentin Modanez Vicente Paulo Kannebley Wandel F. Buzoni Ferreira Willian Rosa de Lima
Aprovados para Ni-dan 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
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Alberto Nunes S. Júnior Ana Paula Ribeiro Parpinelli Benedito Ferreira Santos Bruno Bohm Pasqualoto Carlos Alberto O. Ardito Danilo Takashi Aoike Décio Antônio Gonçalves Diego Borges Ferrante Ellen Cristina F. Sampaio Ewerton Ribeiro Pereira Fabiana Santos de Oliveira
1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 1º 2º 2º 2º 2º 2º 2º 2º 2º 2º 2º 2º
72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82
Flávio Augusto Honorato Jose Alfredo Olívio Júnior Marcelo Costa Camargo Marcelo Filik Marcos André C. Sabino Nathalia O. Mercadante Roberto Fernando Bicudo Robson Lozano Rodrigo T. de Vasconcelos Rogerio Zeferino Suzana Nakabayashi Moriya
2º 2º 2º 2º 2º 2º 2º 2º 2º 2º 2º
Aprovados para San-dan 83 84 85 86 87 88 89 90
Alexandre de Souza Gaspar Áureo Satoru Nishimura Carlos Eduardo Honorato Daniel Andrey Hernandes Denílson Moraes Lourenço Renato Gomes Camacho Ricardo Pereira dos Santos Thiago Valladão Fernandes
3° 3° 3° 3° 3° 3° 3° 3°
Aprovados para Yon-dan 91 92 93 94 95 96 97 98
Andrea Berti R. Guedes Celso Tochiaki Kano Douglas Montel de Mello José Francisco Bezerra Marco Antonio da Costa Paulo Cesar Rossi Renato Mazzoni Samuel Lopes Bastos
4° 4° 4° 4° 4° 4° 4° 4°
Aprovados para Go-dan 99 Alexsander José Guedes 100 Antônio Carlos Guedes 101 Francisco Carlos Alves 102 Odovaldo de Mello
5° 5° 5° 5°
103 Vicente de Paula Oliveira 104 Washington Sumie Aoike
5° 5°
Aprovados para Roku-dan 105 Alexandre Almeida Garcia 106 Isaburo Suto 107 Jose Raimundo da Silva 108 Marcelo Hirono 109 Nelson Shigueki Koh 110 Roberto Forte Katchborian 111 Rodrigo Guimarães Motta 112 Rubens Massashi Nakazawa 113 Sergio Barrocas Lex 114 Sergio Luis Bin 115 Sidnei Paris 116 Silvio Tardelli Uehara 117 Takeshi Yokoti 118 Wilmar Terumiti Shiraga
6° 6° 6° 6° 6° 6° 6° 6° 6° 6° 6° 6° 6° 6°
Aprovados para Shichi-dan 119 Edison Koshi Minakawa 120 Luis Yoshio Onmura 121 Nelson Hirotoshi Onmura 122 Rioiti Uchida 123 Shoshichi Chiba 124 Yoshiyuki Shimotsu
7° 7° 7° 7° 7° 7°
Aprovados para Hachi-dan 125 Celestino Seiti Shira 126 Massanori Yanagmori 127 Orlando Satoro Hirakawa 128 Umeo Nakashima
Aprovados para Ku-dan 129 Michiharu Sogabe
8° 8° 8° 8° 9°
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Sensei Isaburo Suto, ladeado pelos amigos Takashi Sasada
Francisco de Car
Fábio Gonçalves e Antônio
a, Takeshi Yokoti e valho, Umeo Nakashim
Marcos Tebaldi e
Alessandro Puglia
esposa
Argeu Maurício com Marcelo Camargo e Edson
Sílvio Tardelli Uehara, Sérgio
Lex, Francisco de Carvalho e Rod
Bustos
rigo Mot ta
Uma delegação composta por mais de 30 alunos foi a Mauá prestigiar Orlando Satoro Hirakawa
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Ponto de Vista
Por que falar
judô tradicional ou
judô moderno? POR
WAGNER VETTORAZZI
I Fotos PAULO PINTO
Neologismos e modernismos não cabem quando falamos sobre a essência daquilo que foi criado por Jigoro Kano. O judô competitivo não corresponde a 1% do universo total da modalidade. Existe enorme inversão de valores, e não podemos admitir que o business esportivo ofusque a essência, da mesma forma que esta deve restringir-se ao âmbito das inter-relações e conceitos.
T
udo que se vê de modernidade no judô são as coisas aplicadas à competição, com maior incidência, portanto, em suas regras, como acontece também em relação a outras modalidades esportivas. Entre tanto, o judô não é como os outros esportes. O objetivo maior do judô não é a competição, é a formação do homem. Infelizmente, temos visto muitos professores especializando-se no judô, mas somente em técnicas e regras voltadas à competição. Isso não é errado. O errado é esquecermos a verdadeira origem do judô, e pior, a renegarmos, passando a valorizar somente a competição. Kano sensei classificou o judô em três níveis: básico, intermediário e superior.
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A competição aparece nos níveis básico e intermediário, porém é no nível superior que ele nos deixou a maior importância do judô, e o nível superior pede que usemos nossa energia em benefício da sociedade. Representar seu clube ou associação, representar seu país e ganhar uma competição é algo maravilhoso, mas temos de entender que buscar o judô de nível superior, tal qual o pensamento de Kano sensei, significa trabalharmos a base do judô por meio de seus fundamentos, utilizando para isso seus princípios fundamentais e assim procuramos formar homens e mulheres com valores éticos e morais. Os atletas, os grandes campeões, devem ser formados como consequência desse trabalho. Quando ensinamos judô por meio da competição deixamos para trás a maior essência que o judô possui, que é a riqueza que habita seus fundamentos, porque é por meio deles que consegui-
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mos trabalhar ensinando valores para a vida, conseguindo mostrar e aplicar o judô fora do dojô. Os Jogos Regionais e Jogos Abertos são um grande exemplo disso. Vemos um nível de competição muito acirrado, mas alguns valores do judô simplesmente não existem. O ritsu-rei antes de cada luta é feito de qualquer jeito, e muitas vezes nem é lembrado. O judogi segue especificações técnicas da FIJ, mas fora do shiai-jo é visto apenas como uma roupa de competição, sendo trajado de qualquer forma. A faixa é utilizada para amarrar outras coisas e muitas vezes é jogada aos cantos. Vemos judocas lutando com os pés sujos, porque chinelo é algo que não
é cobrado, então não se faz necessário. Recentemente, assistindo a um Grand Slam pela TV, vi alguns competidores fazerem o ritsu-rei com as pernas abertas e saírem sem faixa do shiai-jo em razão do resultado negativo de suas lutas. A crítica não é à competição e ao seu mundo particular. Minha crítica é por rotularem isso como judô moderno. O judô é algo único, não existe tradicional ou moderno. Modernas são as regras de competição que têm sido alteradas para tornar o judô mais dinâmico e não permitir que perca a sua beleza com relação às suas técnicas. O principal do judô é tudo aquilo que pertence ao nível superior, e isso jamais mudará. Wagner Vettorazzi é professor kodansha 6º dan; formado em educação física e psicologia; pós-graduado em educação; diretor técnico da 9ª DRJ; avaliador dos exames de graduação da CBJ.
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Interview - Mário Sílvio de Oliveira Manzatti
Um campeão nos bastidores Ele nunca pisou num tatami para lutar. Mas o judô é a sua vida e poucos conhecem a FPJ por dentro como ele. Precisa de alguma coisa? Não se acanhe. Mário Manzatti está sempre disposto a atendê-lo. POR
C
Paulo pinto I Fotos revista budô
omo jornalistas, há 21 anos frequen-tamos o circuito do judô paulista e convivemos com uma figurinha carimbada e rara no cenário esportivo de São Paulo: Mário Manzatti, o faz tudo da FPJ. Simpático, simples, educado e, acima de tudo, extremamente comprometido com suas responsabilidades. Alguém que no futuro será lembrado não por sua obra, e sim por sua eficiência. Alguém que não manda fazer, mas que faz e compartilha, sempre com humildade e muita sinceridade, cada momento vivido, seja na FPJ com os companheiros de batalha, seja com os amigos nas horas de folga. Paulista de Guararapes, ele trabalha para a Federação Paulista de Judô há 25 anos, praticamente metade de sua vida. E chegou quase por acaso, respondendo a um anúncio de jornal, sem imaginar que faria parte e seria testemunha dos bons e maus momentos da entidade. Naquela época, o presidente era Yakihiro Watanabe. O próprio Mário nos conta, a seguir, como foi sua trajetória.
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O que você fazia quando começou sua caminhada no mundo do judô? Quando comecei, era auxiliar de escritório e motorista. A FPJ tinha duas sedes: o Centro de Aperfeiçoamento Técnico (CAT), na rua Airosa Galvão, e a secretaria, na rua Germaine Burchard. Quais eram os diretores mais atuantes na época? Shineiti Mito, vice-presidente; Takeshi Saito, diretor técnico; e o sensei Hiroshi Yamamoto, diretor de arbitragem. O professor Miguel Suganuma também era muito atuante naquela época. Com quais dirigentes você já trabalhou? Primeiro, com o sensei Yakihiro Watanabe. De 1990 a 1992, com Osvaldo Hatiro Ogawa, que teve seu mandato interrompido por uma intervenção. O Sérgio Adib Bahi, que na época era presidente da União Pan-Americana e Sul-Americana, foi nomeado interventor. Depois de três meses o professor Francisco de Carvalho Filho assumiu interinamente e em 1993 foi eleito pela primeira vez dirigente da entidade. Agora o presidente é Alessandro Puglia. www.revistabudo.com.br
Qual dos presidentes foi o mais austero? E o mais empreendedor? Sempre me dei bem com todos, mas diz a lenda que o sensei Watanabe fez a gestão mais rígida da FPJ. Comigo, porém, ele sempre foi uma pessoa cordial e muito simpática. O Chico foi o mais empreendedor, com certeza! Quais os fatos mais marcantes? Para o judô, o fato mais marcante ocorrera havia pouco quando eu cheguei: a medalha de ouro do Aurélio Miguel, em 1988, nos Jogos Olímpicos de Seul, que deu grande alavancada na modalidade. Em nível de estrutura, quais foram as principais mudanças ocorridas na FPJ? Tirando a aquisição de tatamis sintéticos que temos hoje, acho que foi a confecção de carteirinhas digitais; antigamente nós as fazíamos na máquina de escrever. O Chico comprou os primeiros tatamis em 1997 – os de palha eram muito complicados, davam muito trabalho para transportar e montar, faziam muita sujeira, e provocavam alergias e rinite. Não há nem comparação com os tatamis sintéticos. Você acha que havia mais competitividade no judô? Sim, antigamente o judô era muito mais técnico, havia mais praticantes e mais entusiasmo do público. Hoje já não há mais o mesmo atrativo. Lembro daquelas seletivas homéricas, mas não foi só o formato que mudou. Antes havia muita gente técnica e competitiva, e hoje acabou tudo isso. Quando você começou na FPJ havia mais japoneses competindo e ensinando? Acho que não mudou muito. O que mudou é que antes eles tinham mais poder e participação na gestão. Hoje estão mais afastados. Em todos esses anos quais professores se destacaram mais? Os professores Nobuo Suga, Messias Rodarte Correa, Massao Shinohara, Miguel Suganuma, Mário Matsuda, Mateus Sugizaki, Francisco de Carvalho Filho e Ikuo Onodera. Além do Sérgio Bahi, que foi uma pessoa que me www.revistabudo.com.br
ensinou muita coisa dentro da federação e em minha vida pessoal. Foram professores que marcaram presença, principalmente, por exercer alguma forma de liderança. E na área técnica, quais professores se destacaram mais? Um deles não está mais em São Paulo, o Floriano de Almeida, que se mudou para Belo Horizonte. Outro grande professor marcante foi Mário Matsuda, que devido a problemas de saúde está afastado. Mas ele trabalhou muito pelo desenvolvimento do judô paulista e realmente deixou saudades. Outras referências são Jun Shinohara e Chiaki Ishii.
co do judô e do kata sempre estiveram acima de tudo para ele. Qual sensei era o mais engraçado? O professor Nobuo Suga. Ele sempre contava muita piada, era alegre e transmitia alegria. Todos à sua volta sempre estavam rindo. Muita gente fala que você é “‑o cara” e que sem você a FPJ pararia. O que você diz sobre isso? Eu não costumo ficar fantasiando muito. Penso que não existem pessoas insubstituíveis. Sou apenas mais um que está no grupo, ajudando a federação. Faço tudo com amor e vontade. Por isso talvez as pessoas falem bem de mim. O que lhe agrada mais no judô? O que mais me agrada são as amizades que consegui fazer. Com certeza devo ter alguns inimigos, porque todo mundo tem, mas graças a Deus acho que consegui mais amigos que inimigos. O que mais o incomoda no judô? É às vezes tentar fazer alguma coisa para melhorar e não conseguir.
Competência, comprometimento e simpatia, são algumas virtudes deste vencedor
Em sua análise, qual foi o professor que fez o trabalho mais significativo ou emblemático? Indubitavelmente foram os senseis Nobuo Suga e Mário Matsuda. Não tenho palavras para defini-los em termos de dedicação e comprometimento. O sensei Suga sempre foi aquele elemento unificador e apaziguador. Sempre tive a sensação de que ele era o kodansha de todos os professores, e sem a menor dúvida sempre foi respeitado e reverenciado por todos. Já o professor Mário Matsuda é o maior exemplo de dedicação e amor ao judô que observei em todos esses anos. O desenvolvimento técni-
E o que o irrita mais no judô? Falta de comprometimento de algumas pessoas, porque muitas vezes nos matamos para fazer as coisas e outras pessoas, que poderiam estar fazendo o mesmo, não fazem absolutamente nada. Isso acaba gerando um stress desnecessário. E o que mais o decepciona no judô? É ver as pessoas serem descartadas. É a ingratidão que vemos às vezes com pessoas que deram a vida pelo judô e de uma hora para outra são esquecidas, não são prestigiadas, homenageadas e nem ao menos lembradas. Isso é frustrante, pois percebo o judô como algo eminentemente humano e dependente da relação humana. Isso me chateia muito. Como avalia o momento atual da FPJ? Vivemos um novo momento e, como o próprio Chico fala, o Alessandro é uma pessoa jovem e assumiu a presidência com todo o gás. Torço para Revista Budô número 15 / 2015
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Interview - Mário Sílvio de Oliveira Manzatti que ele consiga alcançar seus objetivos e possa melhorar o que já foi feito pelos presidentes que o antecederam. Torcemos para que ele faça um bom mandato, pois sabemos que é uma tarefa difícil e complicada. Todos nós que estamos no grupo temos de torcer para que as coisas deem certo. Como você vê o momento do judô como um todo? Acho que o judô está crescendo e evoluindo, mas ainda falta muito para a modalidade ter maior visibilidade e espaço na mídia. O que o judô representa em sua vida hoje? O judô é o alicerce de minha vida. Além de ser meu trabalho e sustento, é claro. É aquilo que eu sei fazer, e acho que vou aposentar-me aqui, pois já estou numa idade em que ninguém vai me querer (risos), nem minha mulher. Mas, mesmo dividindo meu tempo entre o judô e a família, tenho muito amor e orgulho em fazer meu trabalho aqui.
Você vê o judô atual como uma família? Apesar de haver algumas discórdias dentro do ambiente, para mim o judô é minha segunda família. No passado houve mais união, superação e compreensão entre todos. Espero que um dia aqueles tempos voltem. Qual foi o momento mais tenso desses 25 anos na federação? Com certeza foi quando houve a intervenção. Não sabíamos o que aconteceria, e para nós, funcionários, sobrava aquela tremenda expectativa. Mas sobrevivi. Aliás, sobrevivi a essa e a muitas tempestades mais. Você já se imaginou aposentado e fora do judô? Não, e nem quero pensar nisso. Eu sempre falo que vou parar porque já estou numa época em que até já poderia aposentar-me, mas não me vejo fora do judô: pelas amizades que fiz, porque o judô é uma família e é meu ópio, meu vício! E você acha que morre disso?
O pior de tudo é que acho que só saio daqui dentro do caixão. Quais benefícios o judô lhe proporcionou? Ele me deu o suporte para ter constituído minha família, que são minha esposa Vilma Lúcia e meu filho João Vítor. A família da gente é tudo. Seu vínculo com a FPJ interferiu em sua vida familiar? Sim, não posso mentir. Às vezes dá uns problemas lá em casa porque vivo montando e desmontado eventos, viajando por todo o Estado de São Paulo, e eles vivem praticamente sem mim. Volta e meia minha mulher diz que minha primeira paixão é o judô e depois é ela. Mas sabe que é mentira, pois ela é a primeira com certeza. O judô é apenas “a outra”. Queira ou não, ela está nesta vida de judô comigo. Qual delegado regional é o mais amigo do Mário Manzatti? Todos são amigos e queridos, mas os mais próximos mesmo são o Raul Senra, de Tupã, e o Mazinho, de Fernan-
Quem o conhece não poupa elogios Se para Mário Manzatti o melhor dos seus 25 anos de judô são os amigos que colecionou, para quem convive com ele, no ambiente de trabalho e fora dele, a amizade é plenamente correspondida. Para provar isso, reunimos alguns depoimentos. Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da CBJ O Mário é um funcionário que esteve ao meu lado durante todo o tempo em que estive à frente da federação. É uma pessoa extremamente fiel e comprometida com o trabalho. É de uma responsabilidade ímpar. Entrou na federação para ser motorista e chegou a um grau quase de presidente, mas não porque o empurraram ou por meio do voto, e sim por capacidade de realização e trabalho. É uma figura importantíssima, e um dia a FPJ vai sentir sua falta, porque é uma pessoa que está sempre pronta para o que der e vier, em todos os sentidos. Quero que o Mário tenha um reconhecimento por tudo que fez como, aliás, vocês da Budô estão fazendo. Quero cumprimentá-los pela iniciativa, porque é muito fácil fazer matéria com o secretário de Esportes, com o presidente da República ou com o governador do Estado. Difícil é fazer com quem trabalha e realmente tem mérito.
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Alessandro Puglia, presidente da Federação Paulista de Judô Em poucas palavras, defino o Mário Manzatti como uma das engrenagens da federação. Para ser sincero, se perdêssemos o Mário hoje, perderíamos certamente mais de 50% de toda a movimentação produzida pelo nosso staff.
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dópolis. Eles são gente boa demais e tenho a maior afinidade com ambos. E presidente, qual deles foi mais amigo seu? Não jogando confete, e independentemente de estar trabalhando com ele há mais de 20 anos, o único dirigente que foi meu amigo mesmo foi o Chico, sem desmerecer nenhum dos outros. Em tudo na vida existem interesses políticos e pessoais, mas o Chico tem um carisma enorme e sabe cativar as pessoas. Sabe também detoná-las melhor do que ninguém, mas tem uma vivência enorme e sabe puxar as pessoas para o seu lado. Eu admiro muito isso, além da confiança. Eu confio muito nele, da mesma forma que sei que ele confia em mim. Qual o professor kodansha mais amigo? Todos são muito queridos, amigos, mas um sensei pelo qual tenho um carinho especial é Massao Shinohara. Qual foi a maior lição que o judô lhe deu até hoje?
Ensinou-me que, quando se consegue um amigo, é preciso conservar essa amizade. E a cooperação com as pessoas. Unir-se a elas para alcançar o bem comum, porque ninguém faz nada sozinho nesta vida. Qual sua maior motivação para seguir adiante cada dia? A esperança de conseguir alcançar meus objetivos dentro ou fora do judô e as amizades que conquistamos a cada dia. Há tantos anos dentro do judô, nunca teve vontade de treinar? Se disser que não, estarei mentindo. Mas não foi por falta de convites, porque quando entrei o professor Shigueto Yamazaki me convidou insistentemente para treinar e aprender. Mas não consegui ter tempo de me dar este luxo. Durante a semana estou no departamento administrativo e nos fins de semana, nos eventos. O pouco tempo que sobra tenho de dedicar à família. Vendo você de kimono, será que
Raul Senra Bisneto, delegado da 4ª Delegacia Regional Alta Paulista Se o Chico do Judô se considera o grande articulador do judô paulista, perdeu, playboy! O shihan da articulação, educação, presteza, dedicação, e um tremendo cara legal, chamase Mário Manzatti. Há décadas ele é o responsável direto por tudo e por todos dentro da Federação Paulista de Judô. Espero que os que estão à frente da FPJ hoje reconheçam e prestigiem a mola mestra da entidade. Essa homenagem é muito justa – e até um pouco tardia – e para todos que já têm uma quilometragem grande dentro do judô paulista. Por tanto sugiro que todos fiquem de pé e reverenciem esta figura sincera e notável, pois o Mário Manzatti é o cara!
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você não almeja uma faixa preta? Não, para mim o judô está dentro do coração e nas atitudes; a faixa preta não diz muita coisa para mim. Conheço muitas pessoas fora do judô que são mais judocas que muitos professores por aí. Amam o judô e se dedicam a ele sem jamais ter vestido um judogi. Quem é seu maior amigo na estrutura do judô? Dentro da secretaria, o Toninho. Quando cheguei, em 1989, ele já estava aqui e até hoje mantemos esta amizade devido à proximidade que temos. Mas existem duas figuras muito importantes neste contexto. Uma é a Angélica Mayumi, uma pessoa especial e muito querida. Por incrível que pareça, a outra pessoa de quem aprendi a gostar, e admiro muito hoje, é o Gerardo Siciliano. Vejo nele muitas qualidades, como a sinceridade e a honestidade. O resto são pequenos detalhes de sua personalidade, é claro. Você comemorou o jubileu de prata na FPJ. E no casamento, você também chega lá?
Argeu Maurício de Oliveira Neto, delegado da 3ª Delegacia Regional Centro-Sul O Mário Manzatti é como um irmão que está sempre pronto a nos ajudar. Como dizemos aqui no interior, um verdadeiro pé de boi, que não tem hora para atender às nossas necessidades. Está sempre com seu telefone à disposição de todos, e não importa quem. Basta ser da FPJ. Tenho um carinho muito especial por ele, pois o Mário sempre está disponível e quase nunca diz não. Quando assumi como delegado regional e me perdia para achar os lugares dos eventos, o Mário era o GPS que sempre me orientava. E até hoje orienta, quando preciso de alguma informação ou ajuda. Acho que ficaria falando um dia inteiro sobre estes 20 anos de convivência, mas sucintamente posso afirmar que o Mário Manzatti representa a eficiência e a cordialidade na FPJ.
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Interview - Mário Sílvio de Oliveira Manzatti Com certeza, minha esposa é meu alicerce. Apesar de ser pequena, o seu coração é enorme. Mesmo sabendo que sempre estou em dívida com ela, a Vilma preenche todos os espaços existentes em minha vida e é uma companheira exemplar. E vamos ficar velhinhos juntos; ela é a mulher da minha vida. Falando em espaços, houve algo que, se pudesse, mudaria ou faria diferente? Sim. Se eu pudesse voltar teria vivido mais a infância do meu filho João Vítor. Em função do judô não pude acompanhar seu crescimento, mas quando estou junto dele, hoje, procuro dar toda atenção que lá atrás não pude dar. Sei que o tempo não volta, e o que ficou para trás não pode ser mudado, mas procuro olhar para frente e tentar corrigir minhas falhas, inclusive com a minha esposa. Qual é sua expectativa no tocante à sua vida? Olha, por incrível que pareça, eu quero é fazer aquilo que fiz nos últimos 25 anos. Quero continuar colaborando até quando for útil e me quiserem no grupo. Muitas coisas passam em nossas vidas, mas
minha vontade mesmo é ver o judô de São Paulo forte, vibrante, conquistando títulos importantes e ocupando cada vez maior espaço na sociedade. Fora do âmbito administrativo, quais foram as pessoas com quem manteve maior afinidade? Se eu fosse relatar aqui, certamente consumiríamos centenas de páginas, mas prefiro homenagear uma família em nome da qual agradeço e homenageio todas as famílias do judô. São os Noma: sensei Antenor, Alcimara, Rodrigo, Romina, Rômulo e Rafaela. Eles sempre foram muito amigos, e os primeiros que visitaram o João Vítor, quando ele nasceu. Se você tivesse o poder de fazer algo para alavancar o judô, o que faria? Como falei anteriormente, o judô não forma somente um atleta. Ele forma um cidadão. Então acho que obteria do governo mais incentivo para a prática do judô nas escolas públicas. Isso certamente contribuiria, e muito, para a formação de melhores cidadãos e alavancaria ainda mais a modalidade. Uma criança que pratica um esporte como o judô dificil-
Cléber do Carmo, delegado da 12ª Delegacia Regional Mogiana Não dá para falar da Federação Paulista de Judô e não citar o Mário Manzatti, já que a nossa relação é muito grande e constante. A delegacia nos força a isso porque são muitas solicitações, pedidos e deveres que temos de atender, e nos falamos quase diariamente. Sua resposta é sempre rápida e pontual, acho que o HD do Mário nunca se esgota, pois com toda sua elegância e um sorriso sempre aberto nos atende de maneira ímpar, tanto no dia a dia quanto nos eventos em que sempre trabalhamos muito. Na parte pessoal, conheço bem o Mário, pois nas horas de folga ou fim de expediente muitas vezes tivemos momentos ótimos no restaurante Marijo, onde trocamos confidencias do dia a dia. Ele é um pai de família exemplar, uma pessoa de uma lisura explicita e, sem dúvida, um grande amigo. Resumindo, o Mário é um kodansha sem nunca ter praticado judô.
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mente cairá no mundo das drogas e na marginalidade. Qual foi a coisa em que o judô mais marcou em sua vida? Quando falo de judô, refiro-me às pessoas que estão envolvidas com o esporte, e um fato muito significativo é que quando estamos dentro do judô nós nunca estamos sozinhos. Se chegarmos a uma cidade estranha e lá houver um professor de judô, podemos ter certeza de que não estaremos só. Se houver um problema, esta pessoa nos ajudará imediatamente. Dentro do judô ainda existe essa união. Qual a mensagem que você deixa para os atletas, professores e dirigentes do judô? Com relação aos atletas, que eles continuem na batalha e não desistam, apesar das dificuldades. Para os professores, que mantenham o trabalho que beneficia não só o esporte, mas também a sociedade. E para os dirigentes, que voem cada vez mais alto com relação aos objetivos, para o judô ter cada vez mais visibilidade e espaço na mídia, porque ainda hoje o que manda no esporte brasileiro é o futebol.
Osmar Aparecido Feltrim, Mazinho, delegado da 6ª Delegacia Regional Araraquarense Falando primeiro como delegado regional, o Mário é o maior parceiro que nós temos dentro da Federação Paulista de Judô. Absolutamente tudo que nós precisamos resolver e todas as pendências que surgem passam diretamente por ele. Ele é o nosso porto seguro na FPJ. Agora, como amigo e falando de coração, não da boca para fora, o Mário é um amigo que está onde nós estamos e nunca nos decepciona ou deixa mágoa. Estando ou não ao nosso lado, ele sempre está presente. É uma pessoa diferenciada e um amigo que todos nós consideramos muito.
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Campeonato Paulista Kids e Sênior
Presidente Prudente vence paulista kids e sênior POR
PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ
Final eletrizante do paulista kids e sênior de karatê define as seleções que representarão São Paulo no Campeonato Brasileiro Zonal do Grupo II, que se realizará em Foz do Iguaçu.
José Carlos de Oliveira
Parte da equipe dos oficiais de arbitragem da FPK na competição
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A
Jean Madeira
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Federação Paulista de Karatê (FPK) realizou nos dias 4 e 5 de abril o Campeonato Paulista de Karatê Kids e Adulto. Aproximadamente 1.200 atletas vindos de 127 agremiações participaram da competição que, além de determinar os campeões paulistas destas categorias, definiu os atletas que vão compor as seleções que representarão o Estado no Campeonato Brasileiro Zonal do Grupo II, de 24 a 26 de abril, em Foz do Iguaçu (PR). A cerimônia de abertura registrou significativa presença de autoridades esportivas e políticas, o que comprova a força e a tradição deste certame. Entre os presentes estavam José Carlos Gomes de Oliveira, presidente da FPK; Jean Madeira, secretário estadual de Esportes; Jorge Manuel Marques Gonçalves, presidente da Associação Portuguesa de Desportos; Pedro Hidekasu Oshiro, vice-presidente da FPK; Nélson Mitsuo Higa, diretor de arbitragem da FPK; Ailton Bichara Grilo, diretor adjunto de arbitragem da FPK; Ivon da Rocha Dedé, diretor financeiro da FPK; Paulo Romeu da Silva, diretor de eventos da FPK; Carlos Tsutiya, diretor graduação; Carlos Magno Baptista, coordenador geral da equipe técnica; Valmir Zuza da Cruz, diretor técnico da FPK; Renato Afonso, vice-presidente de esportes amadores e olímpicos da APD; Sérgio Takamatsu, diretor do departamento de projetos sociais da FPK; Ivaldo José da Silva, técnico de kata da seleção brasileira; José Marcondes e Cleverton Chagas, técnicos de shiai da seleção brasileira; e os professores João Paulo Ornelas, Julian Alves, José Gianini, Fábio Aranha, Edvaldo Arruda, Eli Gomes, Andréa Vieira e Geraldo de Paula, ex-atleta da seleção brasileira e repórter fotográfico da CBK. Em seu pronunciamento na cerimônia de abertura, José Carlos de Oliveira deu boas-vindas a todos. “Este é um momento muito especial para todos nós e em especial para vocês, que aqui estão buscando uma vaga no pódio desta competição. Agradeço aos pais e lembro que também já fui atleta, e por centenas de vezes meus pais me trouxeram aos eventos e ficaram torcendo por mim. Agradeço a presença de todos vocês que aqui estão hoje lutando conosco, para fazer com que o karatê de São Paulo fique ainda mais forte. Em nome de toda a diretoria da FPK agradeço a presença Revista Budô número 15 / 2015
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Campeonato Paulista Kids e Sênior do judoca Jean Madeira, o secretário estadual de Esportes do Estado de São Paulo, que veio conhecer nosso trabalho e a nossa modalidade. Aproveito para desejar boa sorte ao secretário e reitero que toda a comunidade do karatê está torcendo pelo sucesso dele e de toda a sua equipe na SELJ.” Jean Madeira agradeceu as palavras do anfitrião e prometeu acompanhar com maior atenção o desempenho dos atletas da FPK no cenário nacional e internacional da modalidade. “Agradeço o convite feito pelo sensei Zeca e a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido por toda a diretoria da entidade, bem como árbitros, professores, técnicos e atletas filiados à FPK. Alguns de vocês já sabem que sou judoca e que minha formação se deu nos tatamis, mas estou extremamente impressionado pela seriedade e a qualidade do trabalho apresentado por todos vocês. Lembro que os senseis Gichin Funakoshi e Jigoro Kano, criadores do karatê e do judô, foram contemporâneos e se ajudaram mutuamente no sentido de promover o crescimento de ambas as modalidades. O karatê e o judô são modalidades coirmãs, e quero que todos vocês saibam que nossa gestão na Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude foca unicamente o fomento do esporte, da prática esportiva social e de alto rendimento. Estamos de portas abertas para todos aqueles que vivem para o esporte e afirmo que desenvolveremos todos os esforços para contemplar os atletas desta entidade que obtiverem resultados com programas de incentivo, como o Bolsa Talento Esportivo.”
Inovação e qualidade Como ocorre tradicionalmente, a diretoria de eventos da FPK não poupou esforços e criatividade na preparação de um cenário diferenciado e acolhedor, para receber os atletas que foram ao Canindé em busca de medalhas e vagas na seleção paulista desta temporada. E com muito bom gosto os responsáveis pelo evento decoraram as dez áreas de luta com painéis temáticos que transformaram o ginásio da Portuguesa num pedaço do Japão. Entre os painéis estavam
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o Monte Fuji, um dos maiores símbolos do país do sol nascente, toris, cerejeiras, templos e até o secular navio Kasato Maru, marco da imigração japonesa no Brasil. Paulo Romeu da Silva falou sobre este trabalho. “Buscamos inovar para não ficar apresentando uma coisa repetitiva. A nossa proposta é dar uma quebrada naquela decoração que vínhamos apresentando, buscando fazer algo diferente e criar um ambiente mais agradável para os atletas sentirem-se mais à vontade e descontraídos na competição.” Mesmo com o elevado número de karatecas inscritos o certame apresentou organização impecável e excelente volume nas lutas. A atuação imprescindível dos 69 árbitros permitiu que o evento transcorresse rapidamente. Na avaliação de José Carlos de Oliveira, este ano será um divisor de águas para a modalidade. “Este será um ano muito especial para o karatê e colheremos os frutos do trabalho que estamos desenvolvendo há tempos. Chegamos a este nível de gestão a custo de muito suor, determinação, honestidade e competência. Em maio sediaremos a Premier League, competição que pela primeira vez será realizada fora da Europa. Em julho teremos os Jogos Pan-Americanos, maior evento continental do Comitê Olímpico Internacional (COI). O desporto amador passa por um novo momento no Estado de São Paulo, e a nossa leitura é que daqui por diante apenas as entidades que trabalhem eficazmente na expansão do esporte social e do alto rendimento serão assistidas. Estamos tranquilos porque a nossa diretoria possui este perfil. Temos compromisso com o desenvolvimento social, e nossos atletas estão inseridos nos eventos de maior relevância no Estado, no Brasil e no mundo.”
José Carlos e Jean de mãos dadas pelo desenvolvimento do karatê paulista
Geraldo de Paula e Pedro Antônio de Paula
Impressionado com a consistência do trabalho de toda a equipe técnica da FPK, Jean Madeira beija o emblema da entidade em reverência ao comprometimento dos karatecas paulistas
Alto índice técnico Nas dez áreas montadas estiveram atletas de todos os níveis, desde os que estreavam em finais do paulista até os mais experientes, como Érica Santos e Marcos Paulo Andrade Silva, que acabam de voltar de Toronto, no Canadá, onde conquistaram medalhas e vaga para os Jogos Pan-Americanos. Na contagem geral de pontos a equipe da Secretaria Municipal de Presidente Prudente foi campeã geral, conquistando 18 medalhas: nove de ouro, cinco de www.revistabudo.com.br
Jorge Manuel Gonçalves, José Carlos de Oliveira e Jean Madeira
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Campeonato Paulista Kids e Sênior prata e quatro de bronze. Inscrevendo 50 atletas na competição, o time da Alta Sorocabana obteve ainda três quartos lugares e quatro quintos lugares, exibindo seu alto nível competitivo. Em segundo lugar ficou a forte equipe de Guarulhos, que inscreveu 20 atletas e conquistou 12 medalhas: sete de ouro, três de prata e três de bronze. Levando 59 atletas a São Paulo e inscrevendo a maior equipe no certame, a Academia Hisatugo de Karatê, de Araçatuba, ficou em terceiro lugar na classificação geral, conquistando 11 medalhas: cinco de ouro, três de prata e três de bronze. Para as três primeiras colocadas chegarem aos degraus mais altos do pódio tiveram de passar por confrontos que reuniram 127 equipes de todo o Estado de São Paulo. E é justamente este intercâmbio gigantesco que proporciona o alto índice técnico que o karatê paulista demonstra.
Zeca e Moisés Casimiro
Medalhistas no pan-americano Entre os atletas presentes estavam dois gigantes dos tatamis na atualidade. Érica Santos e Marcos Paulo, que há menos de 20 dias regressaram de Toronto, onde disputaram o campeonato pan-americano, mesmo trazendo medalhas na mochila fizeram questão de brigar por medalhas no paulista. Para Érica Santos o pan-americano justificou todo o sacrifício e dedicação. “Vivemos uma experiência fantástica no pan-americano. No individual fiz quatro lutas e perdi a final para uma equatoriana, e fiquei com a medalha de prata. Mas na competição por equipes fomos campeãs. A final foi contra o Equador e pude dar o troco. Fiz mais três lutas e venci todas. Foi fantástico e acredito que
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Equipe Gold Team com sensei Ricardo Goldkorn, Iranildo Cavalcanti da Silva, Rogério Bernardes, Danilo Delfino, Mariana Dorigatti, Rodrigo Penna, José Rodrigues Magalhães Filho, Leandro Henrique Camargo e Daniel Vieira
Juliana Sampaio
A campeã pan-americana Érica Santos deixou sua marca conquistando o ouro no kumitê individual
Após conquistar a vaga para os Jogos Pan-Americanos Marcos Paulo foi a São Paulo em busca da vaga na seleção paulista
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o resultado premiou o esforço e a dedicação que o nosso preparo demanda.” Mesmo assim, Érica fez questão de brigar por uma medalha no campeonato paulista. “Costumo dizer que a vida é constituída de etapas, e o campeonato paulista é uma etapa fundamental em nosso preparo. É aqui que nos classificamos para o brasileiro zonal e seguimos subindo até chegar à seleção. É um ritual mesmo e faz parte do nosso trabalho. O campeonato paulista é uma competição muito forte, e é bom para treinarmos e estarmos sempre em atividade. Os pontos aqui conquistados valem para o ranking nacional, o que torna a competição ainda mais importante.” Marcos Paulo Andrade Silva foi a Toronto e conquistou uma vaga para disputar os Jogos Pan-Americanos no -84 kg. Federado pela Academia Resistência/Fupes/Home Life e aluno dos senseis Carlos Magno e Paulo Bartolo, falou sobre esta importante conquista. “Terminei o ano passado em primeiro lugar no ranking nacional, e isso me possibilitou ir ao Canadá e buscar uma vaga nos jogos. Foram três lutas, e na primeira, contra a Guatemala, passei tranquilo. Depois peguei um karateca da Nicarágua e ganhei de 5 a 4, e este foi o combate mais pegado. Na final peguei um norte-americano e venci por 4 a 0. Até agora ainda não caiu a ficha e ainda estou assimilando a importância da medalha que disputarei em julho. Os jogos se realizam a cada quatro anos e dificilmente um atleta consegue disputar mais que duas edições, pois ninguém consegue ficar tanto tempo no topo.” O atleta santista falou sobre o preparo para esta competição. “Estou totalmente focado nos jogos. No mês que vem teremos a Premier League aqui no Brasil e nela estarão vários atletas classificados para os jogos, em minha categoria. Em junho teremos o campeonato sul-americano no Chile, e seis dos oito classificados em minha categoria também estarão lá. Aproveitarei essas competições para avaliar erros e acertos nos confrontos com meus principais adversários, já que a força do karatê pan-americano está na América do Sul. Não regressarei a Toronto por um bom resultado apenas, vou em busca do ouro para o karatê e para o Brasil.” Mesmo trazendo a medalha de praRevista Budô número 15 / 2015
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Campeonato Paulista Kids e Sênior ta de Toronto, Marcos Paulo foi ao Canindé em busca de medalhas. “O pan -americano veio logo após a disputa classificatória para os jogos, mas não fui muito bem. No individual perdi de 6 a 5 para um chileno, mas no equipe fiquei com a medalha de prata. Fiz questão de vir competir aqui porque o Estado de São Paulo é muito forte. O paulista é uma competição fortíssima, e aqui certamente elevamos nosso nível técnico. Prova disso é que não medalhei. Vou a Foz do Iguaçu porque estava pré-classificado.”
Árbitro carioca muda-se para São Paulo Moisés Casimiro de Albuquerque, árbitro WKF nível A com décadas de experiência na arbitragem, mudou-se para o karatê paulista, e afirma que veio em busca de maior aprendizado. “Vim a São Paulo em busca de crescimento pessoal e desenvolvimento profissional, já que a nossa modalidade goza de enorme tradição e prestígio, aqui. Também vim para São Paulo porque a nossa modalidade aqui é tratada de forma muito mais profissional, e este evento é prova disso. Estamos numa fase final do campeonato paulista de apenas duas classes, e nos deparamos com uma competição gigantesca, maior até que um campeonato brasileiro. Os atletas aqui também são muito mais qualificados, e vim para aprender. Afinal, quanto mais técnico for o atleta, mais o árbitro aprende. O nível da arbitragem é excelente e a relação entre os nossos colegas é muito boa. Fui muito bem recebido e estou sendo muito bem tratado. Aliás, desde que cheguei só tive surpresas positivas, pois todas as pessoas envolvidas no karatê paulista possuem um nível altíssimo. Seja professor, seja árbitro, dirigente ou atleta, a comunidade toda possui excelente qualidade.”
Secretário surpreendese com evento Jean Madeira elogiou o trabalho desenvolvido no campeonato. “Quero iniciar parabenizando o sensei Zeca e a diretoria da FPK pela qualidade apresentada na competição. Em todos esses anos, jamais havia visto uma estrutura
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KATA ADULTO e organização como estas em eventos de luta. Logo que entramos fomos envolvidos pelo clima de competição e pelo ambiente exótico montado para o campeonato. Outro fato marcante foi a beleza dos atletas com seus karategis impecavelmente alinhados. O volume de pessoas envolvidas nos tatamis, na organização e nas arquibancadas impressiona de verdade. O que temos de fazer é tomar tudo isso como exemplo. Isso é o que eu chamo de fazer muito com pouco. Esse é o segredo da FPK, porque quem quer fazer bem feito não arruma desculpa, vai lá e faz. E dou parabéns ao Zeca.” Para o secretário paulista, os aspectos filosóficos são o grande diferencial do karatê. “Contemplar disputas de kata e shiai kumitê é fascinante. O karatê possui uma proposta filosófica com grande conteúdo, e ver essas crianças perfiladas, fazendo o juramento do atleta e dando exemplo de comprometimento e civismo, é a coisa mais linda do mundo. É nisso que eu acredito, assim como os pais e as pessoas que estão envolvidas neste processo acreditam no poder transformador de modalidades como o karatê e o judô. Uma criança que aos 6 anos é levada a um dojô certamente será mais educada e disciplinada. Poderá até tornar-se um atleta, mas certamente será um bom cidadão e um ser humano diferenciado.” Comprometendo-se em desenvolver esforços que possam contemplar os karatecas com recursos do Bolsa Talento Esportivo, o secretário anunciou parceria por meio de programas de incentivo ao esporte. “É este comprometimento que nós, da SELJ, e o governo do Estado buscamos: parcerias com entidades como a FPK no sentido de expandir cada vez mais a modalidade. Vamos estudar a possibilidade de contemplar os karatecas com o Bolsa Talento Esportivo. Já iniciamos com a federação um projeto que envolve mais de 4.500 crianças, no qual de imediato 3 mil serão contempladas com o karategi. Este é o primeiro passo de uma parceria que visa a inserir crianças na prática esportiva. Aquilo que couber à SELJ nesta parceria com a FPK nós faremos, e caminharemos juntos, seja fazendo um o-soto-maki-komi ou um giako-zuki. O que buscamos é compor e caminhar para que o trabalho seja feito da melhor forma possível.” www.revistabudo.com.br
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Pódios
Mesmo com dificuldades dirigente comemora sucesso Em seu balanço final José Carlos de Oliveira comemorou o sucesso da competição. “O evento foi muito bom e superprodutivo. Mesmo com todas as dificuldades encontradas na área estrutural conseguimos atingir nossos objetivos. Neste ano ainda não fomos contemplados com o apoio do Estado e nem do município, e mesmo assim conseguimos realizar um evento diferenciado. As pessoas gostaram muito, principalmente os atletas, que adoraram o novo formato. Para nós isso é o mais importante, já que a nossa meta é agradar ao nosso público, que são os atletas e os professores. Sacrifícios teremos sempre, não é fácil e sabemos disso, mas foi um prazer muito grande saber que nossa proposta atendeu às expectativas.” Otimista, Zeca espera reciprocidade dos órgãos governamentais. “A presença de um secretário de Estado é algo sem precedentes e esperamos que as parcerias que se estão desenhando com a SELJ se concretizem. Os professores ficaram muito felizes com a presença dele, e o comentário geral é que ele é uma pessoa do bem. Minha comunidade nunca havia tido contato com um secretario estadual, e como temos milhares de filiados em todo o Estado, muitos tiveram a oportunidade de falar com ele, tirar fotos e se aproximar pela primeira vez de um titular da pasta do esporte. Ele transitou e conversou com atletas, familiares, árbitros e professores. Esta aproximação abriu um leque muito grande na comunidade, e fez brotar a esperança de finalmente os karatecas do alto rendimento serem contemplados com o programa Bolsa Talento Esportivo.” O dirigente finalizou destacando a necessidade de maior apoio aos atletas do alto rendimento. “Apesar de não estarmos nos Jogos Olímpicos, fazemos parte do circuito olímpico, representando o Brasil nos Jogos Pan-Americanos e Sul-Americanos, competições promovidas e realizadas pelo Comitê Olímpico do Brasil. Tínhamos de ser mais oportunizados porque temos atletas muito bons, campeões pan-americanos, sul-americanos e até medalhistas mundiais, que não são reconhecidos. Não pedimos nada para nós, e sim para os atletas, que se dedicam ao esporte e representam o Brasil sem receber nada em troca.”
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Campeonato Paulista Kids e Sênior Classificação individual Kata Sub08- 6/7 Fem. 6º Kyu a 4º Kyu 1º Marina Garcia - Dias 2º Sara Evelyn de Sá - Teotônio Kata Sub08- 6/7 Fem. 3º Kyu e acima 1º Julia de Oliveira - Kami Kata Sub08- 6/7 Masc. 6º Kyu a 4º Kyu 1º Pedro G. S. de Araújo - Kami 2º Luiz Ambrósio - Ocauçu 3º Gabriel Santana - Ken In Kan 3º Daniel Caetano - Dias Kata Sub08- 6/7 Masc. 3º Kyu e acima 1º Ruan Aronchi - SEJUL/Cras 2º Levi Brandão - Brandão Kata Sub10 - 8/9 Fem. 6º Kyu a 4º Kyu 1º Giulia M. do Nascimento - Bonsai Jyuku 2º Alessandra F. de Paula - Unidos 3º Thaina Miranda - Kime Dojo 3º Marina da Silva - M. do Tiete Kata Sub10 - 8/9 Fem. 3º Kyu e acima 1º Ana Carolina Kamaguso - Assis 2º Sophia de Oliveira - Subaru 3º Bianca Aronchi - SEJUL/Cras Kata Sub10 - 8/9 Masc. 6º Kyu a 4º Kyu 1º Davi Ariel Lemos - Uke/Fae 2º Victor Hugo de Oliveira - R. Oliveira 3º Gabriel Flores - Quirino 3º Bruno G. de Almeida - Uke/Fae Kata Sub10 - 8/9 Masc. 3º Kyu e acima 1º Emanoel Lobo - Guarulhos 2º Henry Souza - Palmeiras 3º Bruno S. Martins - Hisatugo 3º Henrique dos Santos - Askan Kata Sub12 -10/11 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu 1º Isadora Turcheti - Acak 2º Leticia Carlquist - Resistência 3º Raphaella Arias - Resistência 3º Carol Nunes - Kiyomizu Kata Sub12 -10/11 Fem. 2º Kyu e acima 1º Beatriz da Silva - Kami 2º Jessica de Matos - Kami 3º Bianca Silva - Hortolândia 3º Alanis de Castro - Muniz Kata Sub12 -10/11 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu 1º Eric V. Ruiz - Guarulhos 2º Enzo de Oliveira - Seido Kan 3º Rafael Saporito - Seido Kan 3º Guilherme B. Martins - Shitsuke Kata Sub12 -10/11 Masc. 2º Kyu e acima 1º Enzo Konozoe - Seido Kan 2º João Pedro Itavo - Hisatugo 3º Cauã dos Santos - SESI Santos 3º Rafael de Paula - Educando Kata Sub14-12/13 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu 1º Naomi Yanase - Kakaton 2º Amanda de Oliveira - SEMEPP 3º Michele Santos - Caraguá 3º Mariana Rodrigues - Kakaton Kata Sub14-12/13 Fem. 2º Kyu e acima 1º Khetillyn Caruso - SESI Santos 2º Sabrina Hayashi - Santo André 3º Iara L. Trugilo - SEMEPP 3º Rebeca Torquato - Yoshimura Kata Sub14-12/13 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu 1º Matheus Nonato - SEMEPP 2º Vitor P. A. Teixeira - Guarulhos 3º Renan Baldan - Acak 3º Fábio Tonetti - Cl. São João Kata Sub14-12/13 Masc. 2º Kyu e acima 1º Gabriel Kamaguso - Assis 2º Gabriel K. Hara - Muniz 3º Lucas Nascimento - Kime Dojo 3º Enrico Mietto - Uirapuru Kata Cadetes -14/15 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu 1º Victoria Alves - Mckan 2º Isabelle Carriel - Ornaghi 3º Vitoria Paixão - Santo André 3º Sabrina Fini - Shidokan Kata Cadetes -14/15 Fem. 2º Kyu e acima 1º Nayara N. de Paula - Muniz 2º Giovanna Mello - Guarulhos 3º Kevellin Martins - SEMEPP 3º Tainá Pereira - Uke/Fae Kata Cadetes -14/15 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu
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1º Vitor R. Calvo - Guarulhos 2º Lucas Tristão - Kiyomizu 3º João Victor L. Barbosa - Guarulhos 3º Victor Andrade - Mckan Kata Cadetes -14/15 Masc. 2º Kyu e acima 1º Felipe M. F. Agra - SESI Santos 2º Bruno Militão - Santo André 3º Gustavo Zani - Kiyomizu 3º Pedro Neres - Gomes Kata Sênior -16 e ac Fem. 6º Kyu a 3º Kyu 1º Laryssa Santana - Kiyomizu 2º Gabriela Honorio - S. Parnaíba 3º Beatriz Maccari - S. Parnaíba 3º Kelly Almeida - S. Parnaíba Kata Sênior -16 e ac Fem. 2º Kyu e acima 1º Geovanna Santiago - Medicina USP 2º Carolina de Lima - Yoshimura 3º Bruna R. Baiocchi - Kami 3º Luana Bueno - Resistência Kata Sênior -16 e ac Masc. 6º Kyu a 3º Kyu 1º Alexandre Borges - Mizuho Dojo 2º Caio Santos - Kaizen 3º Fabio Santos - Kaizen 3º Leandro Alves - S. Parnaíba Kata Sênior -16 e ac Masc. 2º Kyu e acima 1º Marco Aurélio de Sá - Sport Way 2º Allan J. de Souza - Seikan 3º Alison Nonato - Kuroshio 3º Lucas Argolo - Kuroshio Kata até 05 Anos Fem. 1º Jamilly de Matos - Kami Kata até 05 Anos Masc. 1º Gustavo Rocha - CGE 2º Ronaldo Rodrigues - Kami Kata Equipe Sub 8/10 Fem. 6º Kyu e acima 1º - Kami - Kami Kata Equipe Sub 8/10 Masc. 6º Kyu e acima 1º - Uke/Fae - Uke/Fae 2º - Hisatugo - Hisatugo 3º - SEESP Poá - SEESP Poá 3º - Kami - Kami Kata Equipe Sub12/14 Masc. 6º Kyu e acima 1º - Hisatugo - Hisatugo 2º - L. Paulista - L. Paulista 3º - Yoshimura - Yoshimura Kata Equipe Sênior Fem. 6º Kyu e acima 1º Guarulhos - Guarulhos 2º Hisatugo - Hisatugo 3º Mckan - Mckan 3º Resistência - Resistência Kata Equipe Sênior Masc. 6º Kyu e acima 1º Gaviões Gaviões 2º Nindokan Nindokan 3º Resistência - Resistência 3º Uke/Fae - Uke/Fae Shiai Sub10 - 8/9 Fem. Absoluto 1º Giulia M. do Nascimento - Bonsai Jyuku 2º Laiza da Silva - SEMEPP 3º Luiza A. de Jesus - Keninkan Cub 3º Anna Dantas - Akasc Shiai Sub10 - 8/9 Masc. Absoluto 1º Bruno S. Martins - Hisatugo 2º Henrique dos Santos - Askan 3º Pedro Henrique Gomes - Nindokan 3º Francisco Mendes - Akasc Shiai Sub12 -10/11 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -30kg 1º Isadora Turcheti - Acak 2º Giulie Soares - Recanto 3º Ana Clara Murata - Sucena 3º Laura S. Silva - Akasc Shiai Sub12 -10/11 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -35kg 1º Lais Botelho - Hisatugo 2º Sabrina Santos - Unidos 3º Ana Laura Gomes - M. do Tiete Shiai Sub12 -10/11 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -40kg 1º Ana Julia Caldeira - SEMEPP 2º Bianca Hindrikson - R. Pacheco 3º Thaina Carito - Seido Kan 3º Ana Beatriz S. Mees - Yoshimura Shiai Sub12 -10/11 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -45kg 1º Victoria Pereira - Gladiators 2º Emily C. Santana - Unidos 3º Giulia Cipriano - Praia Grande
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3º Karolaine Santos - Subaru Shiai Sub12 -10/11 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -50kg 1º Leticia Vitiello - Gladiators 2º Mikaely Martines - Teotonio 3º Chlôe Girard - Kensho 3º Maria Eduarda Nascimento - SESI Santos Shiai Sub12 -10/11 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu +50kg 1º Priscila Kethellyn - Subaru 2º Beatriz Dias - Dias 3º Stefany Souza - Caraguá 3º Fiorella Nascimento - Bonsai Jyuku Shiai Sub12 -10/11 Fem. 2º Kyu e acima -30kg 1º Bianca Silva - Hortolândia 2º Beatriz da Silva - Kami Shiai Sub12 -10/11 Fem. 2º Kyu e acima -35kg 1º Ana Luísa Nogueira - Dojo Bertioga 2º Anna Carolina Azevedo - Cl. São João 3º Jessica de Matos - Kami Shiai Sub12 -10/11 Fem. 2º Kyu e acima -40kg 1º Anny Cassiano - Maracai 2º Maria Heloisa Bertolin - Dias 3º Alanis de Castro - Muniz Shiai Sub12 -10/11 Fem. 2º Kyu e acima -45kg 1º Ana Beatriz da Silva - Teotônio 2º Amanda Sayuri - Dojo Bertioga Shiai Sub12 -10/11 Fem. 2º Kyu e acima +50kg 1º Caroline dos Santos - Dias Shiai Sub12 -10/11 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -30kg 1º Bernardo F. Nania - Aranha 2º Marcelo Benites- Jauense 3º Júlio Cesar Rodrigues - Acak 3º Heitor Barbosa - Ourinhos Shiai Sub12 -10/11 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -35kg 1º Matheus Nogueira - T. da Serra 2º Diego Rosa - Askan 3º Alexandre Paschoal - Soke 3º Gustavo N. Pereira - Mizuho Dojo Shiai Sub12 -10/11 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -40kg 1º Eduardo Thiaki - Gomes 2º Lorenzo Pietro - Resistência 3º Jean P. Brasil de Souza - Shidokan 3º Caique Couto - T. da Serra Shiai Sub12 -10/11 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -45kg 1º Eric V. Ruiz - Guarulhos 2º Jose Leandro Manjaterra - Bonsai Jyuku 3º Miguel Gutierrez - Gladiators 3º Tiago Veigas - Cl. São João Shiai Sub12 -10/11 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -50kg 1º Diego C. dos Santos - Yamato 2º Leonardo Dias - Shidokan 3º Vitor Dantas - Palmeiras 3º Vinicius Venditi - Guarulhos Shiai Sub12 -10/11 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu +50kg 1º Luiz Otavio Alves - Shidokan 2º Luigi Mercado - C. E. V. Curuça 3º Andrew Tayssuke - K. P. Todos 3º Guilherme Moreti - Akasc Shiai Sub12 -10/11 Masc. 2º Kyu e acima -30kg 1º Jose Mauricio Portela - Praia Grande 2º Cauã dos Santos - SESI Santos Shiai Sub12 -10/11 Masc. 2º Kyu e acima -35kg 1º Enzo Konozoe - Seido Kan 2º Luis Felipe Visoto - Ourinhos 3º Murilo de Souza - Dias 3º Yago Valente - Hisatugo Shiai Sub12 -10/11 Masc. 2º Kyu e acima -40kg 1º Rafael de Paula - Educando 2º Thiago Sentti Mendes - Akasc 3º Thales Delamura - Hisatugo 3º Vinicius Narciso - Dojo Bertioga Shiai Sub12 -10/11 Masc. 2º Kyu e acima -45kg 1º Felipe Meula - Dias Shiai Sub12 -10/11 Masc. 2º Kyu e acima +50kg 1º Allan Pessoa - Brandão Shiai Sub14-12/13 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -35kg 1º Ana Luiza Barbosa - Ourinhos 2º Sarah dos Santos - Hortolândia 3º Tamires Marques - CPP/Wada Shiai Sub14-12/13 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -40kg 1º Sofia Roque - Hisatugo 2º Laura Pedrogão - Guarulhos 3º Emily Lisboa Freire - SESI Santos 3º Bruna da Silva - SEMEPP Shiai Sub14-12/13 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -45kg
1º Amanda de Oliveira - SEMEPP 2º Michele Santos - Caraguá 3º Agatha Ap. de Sá - Muniz 3º Giovana Olivera Rossi - Guarukai Shiai Sub14-12/13 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu +45kg 1º Fernanda Pires - Muniz 2º Maria Eduarda Galvão - Keninkan Cub 3º Lídia Paizam - Amparo 3º Bruna Ferreira - Kaizen Shiai Sub14-12/13 Fem. 2º Kyu e acima -35kg 1º Deborah da Silva - R. Oliveira 2º Isis Barbosa - SEMEPP Shiai Sub14-12/13 Fem. 2º Kyu e acima -40kg 1º Sthefany Schedenffeldt - Kyodo Kai 2º Iara L. Trugilo - SEMEPP Shiai Sub14-12/13 Fem. 2º Kyu e acima -45kg 1º Giovana Trugilo - SEMEPP 2º Barbara C. Cruz - SESI Santos 3º Giovanna Silva - Kensho 3º Franciele da Silva - Jauense Shiai Sub14-12/13 Fem. 2º Kyu e acima +45kg 1º Mariana Lopes - Seikan 2º Laura Bellini - Acak 3º Anna Laura Prezzoti - Hisatugo 3º Giulianni Andreotti - Kuroshio Shiai Sub14-12/13 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -35kg 1º Diego Santos - Unidos 2º Yuri P. Benedito - Conchas 3º João Pedrolo - Kaizen 3º Daniel Ismael de Sá - Teotonio Shiai Sub14-12/13 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -40kg 1º Matheus Nonato - SEMEPP 2º Pedro Henrique Mesquita - Shidokan 3º João Vitor Olivetto - SEMEPP 3º André Lima Rocha - Kyodo Kai Shiai Sub14-12/13 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -45kg 1º Julio Cesar S. Filho - Cl. São João 2º Lucas da Silva - Vinhedo 3º Rafael Silva - Kaizen 3º Kainã Felipe - Ourinhos Shiai Sub14-12/13 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -50kg 1º Pedro H. R. Fernandes - P. A. Cidadão 2º Guilherme Sandri - Kaizen 3º Vitor P. A. Teixeira - Guarulhos 3º Jose Augusto Matos - Mario Moraes Shiai Sub14-12/13 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu +50kg 1º Pedro dos Santos - Keninkan Cub 2º Gabriel H. Pino Santos - Hisatugo 3º Álvaro G. de Souza - K. P. Todos 3º Danilo dos Santos- Amparo Shiai Sub14-12/13 Masc. 2º Kyu e acima -35kg 1º Gabriel Brandão - Brandão 2º Bruno Poleti - Kyodo Kai Shiai Sub14-12/13 Masc. 2º Kyu e acima -40kg 1º Cleildo M. da S. Junior - P. A. Cidadão 2º Allan da Silva - Unidos 3º Carlos Henrique - Kensho 3º Max Piva - Dojo Bertioga Shiai Sub14-12/13 Masc. 2º Kyu e acima -45kg 1º Gustavo Fernandes - SEMEPP 2º Jose Vitor Alves - Louveira 3º Leonardo Zeller - Subaru 3º Guilherme Ferreira - Subaru Shiai Sub14-12/13 Masc. 2º Kyu e acima -50kg 1º Marcos Roberto Oshiro - Clube 2004 2º Lucas Nascimento - Kime Dojo 3º Daniel Arruda - Kenko 3º Wesley dos Santos - Ken In Kan Shiai Sub14-12/13 Masc. 2º Kyu e acima +50kg 1º Lucas Vieira - Gladiators 2º Gabriel Vieira - Gladiators 3º Pedro Henrique Amaral - Budo Kan 3º Jackson Moreira - Seikan Shiai Cadetes -14/15 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -47 Kg 1º Nicoly Silva - SEMEPP 2º Ester Barbosa - Teotônio 3º Priscila Ferreira - C. E. V. Curuça 3º Jaqueline Camargo - Hisatugo Shiai Cadetes -14/15 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -54kg 1º Maria Julia dos Santos - SEMEPP 2º Lannyara Senner - Dojo Bertioga 3º Erika Cerqueira - Subaru 3º Ana Carolina da Silva - Kenko
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Shiai Cadetes -14/15 Fem. 6º Kyu a 3º Kyu +54 Kg 1º Victoria Alves - Mckan 2º Nathalia Mota - S. Parnaíba 3º Thaina Silva - SEMEPP 3º Anna Luiza Lima - SEMEPP Shiai Cadetes -14/15 Fem. 2º Kyu e acima -47 Kg 1º Brenda Eduarda de Sá - SEMEPP 2º Kevellin Martins - SEMEPP 3º Leticia Garcia - SESI Santos 3º Maria Paula Freitas - Mckan Shiai Cadetes -14/15 Fem. 2º Kyu e acima -54kg 1º Ana Julia Piazaroli - Subaru 2º Bruna - Muniz - Soke 3º Maria V. Fernandez - Mckan 3º Giovana Guedes Cesar - SESI Santos Shiai Cadetes -14/15 Fem. 2º Kyu e acima +54 Kg 1º Paula B. de Morais - Conchas 2º Gabriela Fortes - Resistência 3º Dayane S. - Gomes - SESI Santos 3º Ana Beatriz Pitanga - SEMEPP Shiai Cadetes -14/15 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -52kg 1º Matheus Cebrian - Soke 2º Renato Baldan Jr - Acak 3º Mikael Freitas - SEESP Poá 3º David Valdez - C. E. V. Curuça Shiai Cadetes -14/15 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -57kg 1º Kysller Balduino - CPP/Wada 2º João Gabriel Cruz - Hisatugo 3º Tiago M. da Silva - SEJUL/Cras 3º Anthony Pina - Kaizen Shiai Cadetes -14/15 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -63kg 1º João Vitor Marques - Hisatugo 2º Hyago Arataki - Bonsai Jyuku 3º Brendon de Andrade - Hortolândia 3º Matheus Garutti - S. Parnaíba Shiai Cadetes -14/15 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -70kg 1º João Victor L. Barbosa - Guarulhos 2º Victor Andrade - Mckan 3º Luis Henrique dos Santos - CPP/Wada 3º Mateus Brasão - Okinawa Shiai Cadetes -14/15 Masc. 6º Kyu a 3º Kyu +70kg 1º Kaue A. Silva - Guarulhos 2º Matheus Diotto - Hisatugo 3º Victor Gabriel - Ourinhos 3º Vitor R. Calvo - Guarulhos Shiai Cadetes -14/15 Masc. 2º Kyu e acima -52kg 1º Álvaro M. Mendonça - SESI Santos 2º Patrick Gireli - SESI Santos 3º Frank W. Furtado - SESI Santos 3º Breno Coimbra Libori - Quissi Shiai Cadetes -14/15 Masc. 2º Kyu e acima -57kg 1º Isaac Moreira - K. P. Todos 2º Pedro Gabriel Santana - Unidos 3º Igor Kenji - Gomes 3º David Silva - Kensho Shiai Cadetes -14/15 Masc. 2º Kyu e acima -63kg 1º Guilherme G. Silva - SESI Santos 2º Marcus Vinicius de Morais - Kenko 3º Jose Augusto Netto - Ourinhos 3º Kaue Ludovico - SEESP Poá Shiai Cadetes -14/15 Masc. 2º Kyu e acima -70kg 1º Jhonatan Felix - Shinshukan 2º Tiago Zavarizzi - Hisatugo 3º Giovanni F. Salgado - P. A. Cidadão 3º Luis Henrique Barbosa - Mckan Shiai Cadetes 14/15 Masc. 2º Kyu e acima +70kg 1º Kauan Leme - SEJUL/Cras 2º Thiago Chaguri - Conchas 3º Pedro Neres - Gomes 3º Gabriel Hondo - Budo Kan Shiai Sênior Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -50kg 1º Maria Joedna de Jesus - C. E. V. Curuça Shiai Sênior Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -55kg 1º Laryssa Santana - Kiyomizu 2º Giovana D. Borba - F. Piracicaba 3º Jessica Silva - S. Parnaíba 3º Gabriela Silveira - Kuroshio Shiai Sênior Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -61kg 1º Isabela Rossi - Hisatugo 2º Vanessa Amorim - Indaiatuba 3º Danielle Magalhães - Gomes Shiai Sênior Fem. 6º Kyu a 3º Kyu -68kg 1º Gabriela Honório - S. Parnaíba
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2º Vivian Horing - Vinhedo 3º Mariana Figueiredo - Indaiatuba 3º Aline da Silva - Mario Moraes Shiai Sênior Fem. 6º Kyu a 3º Kyu +68kg 1º Maria Silva - Hitsuji 2º Josiane da Silva - L. Paulista 3º Daiane Benfica - T. da Serra 3º Geisa de Oliveira - Caraguá Shiai Sênior Fem. 2º Kyu e acima -50kg 1º Luana Bueno - Resistência 2º Rafaela G. Miguel - Hisatugo 3º Jessica Fonseca - Kensho 3º Beatriz Salvador - Hisatugo Shiai Sênior Fem. 2º Kyu e acima -55kg 1º Gabrielle Sepe - CPP/Wada 2º Natasha Kussano - Resistência 3º Camila Medeiros - Muniz 3º Maria J. Farias - Indaiatuba Shiai Sênior Fem. 2º Kyu e acima -61kg 1º Erica C. C. dos Santos - Soke 2º Stephani de Lima - Soke 3º Mayra - Hisatugo - Hisatugo 3º Marina Antonio- Jauense Shiai Sênior Fem. 2º Kyu e acima -68kg 1º Deise Oliveira de Carvalho - Mckan 2º Juliana Fraschetti - Jauense Shiai Sênior Fem. 2º Kyu e acima +68kg 1º Giovana Liberatori - T. da Serra 2º Carolina Ramalho - Resistência 3º Mariana Ferreira - Hortolândia 3º Debora Prado - S. Parnaíba Shiai Sênior Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -60kg 1º Lucas Profeta - S. Parnaíba 2º Luis Henrique Pallone - Quirino 3º Guilherme Bionde - Assis 3º Adriano Araujo - Vinhedo 5º. Leonardo de Oliveira - Shitsuke Shiai Sênior Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -67kg 1º Carlos Santos - Kaizen 2º Victor Tannous - Soke 3º Alexandre Borges - Mizuho Dojo 3º Rafael Bezerra - Indaiatuba Shiai Sênior Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -75 Kg 1º Fabio Santos - Kaizen 2º Acendino Alves - S. Parnaíba 3º Alexandre da Silva - Keninkan Cub 3º Douglas Aguiar - Morais Shiai Sênior Masc. 6º Kyu a 3º Kyu -84kg 1º Thiago Santos - Kaizen 2º Caio Santos - Kaizen 3º Thiago Scodeler - Gomes 3º Michael Candeias - Mckan Shiai Sênior Masc. 6º Kyu a 3º Kyu +84kg 1º Fernando Monteiro - Gomes 2º João Felix - S. Parnaíba 3º Leandro Soares - S. Parnaíba 3º Alex dos Santos - Indaiatuba Shiai Sênior Masc. 2º Kyu e acima -60kg 1º Douglas Ramos - Subaru 2º Rafael Campos - Unidos 3º Rogerio Watanabe - Castro 3º Andrew Vicente - Resistência Shiai Sênior Masc. 2º Kyu e acima -67kg 1º Felipe Rocha - Resistência 2º Fernando Hisatugo Jr - Hisatugo 3º Olímpio da Silva - S. Parnaíba 3º Thiago J. Kai - Acak Shiai Sênior Masc. 2º Kyu e acima -75 Kg 1º Willians Quirino - Quirino 2º Hernani Verissimo - Sport Way 3º Hélio H. Pereira Neto - SESI Santos 3º Douglas Brito - Lions Club. Shiai Sênior Masc. 2º Kyu e acima -84kg 1º Júlio Cesar da Silva - Nindokan 2º Eduardo de Oliveira - Primavera 3º Allan Vicente - Clube 2004 3º Maycon Sendy - Portuguesa Shiai Sênior Masc. 2º Kyu e acima +84kg 1º Rafael Martins - S. Bernardo 2º Fabiano H. Pardo - Sport Way 3º Samuel Cruz - Resistência 3º Rafael Inácio Mota - Resistência
Classificação por associações 1º SEMEPP 2º Guarulhos 3º Hisatugo 4º Kami 5º Sesi Santos 6º Kaizen 7º Dias 8º Mckan 9º Subaru 10º Resistencia 11º S. Parnaíba 12º Soke 13º ACAK 14º Gladiators 15º Bonsai Jyuku 16º Teotônio 17º Muniz 18º Seido Kan 19º Kiyomizu 20º Brandão 21º Gomes 22º Sejul/Cras 23º CPP/Wada 24º UKE/FAE 25º T. da Serra 26º Assis 27º P. A. Cidadão 28º Unidos 29º Shidokan 30º Dojo Bertioga 31º Conchas 32º Sport Way
33º Hortolândia 34º Ourinhos 35º Keninkan Cub 36º C. E. V. Curuça 37º Quirino 37º Nindokan 39º Cl. São João 40º Kyodo Kai 41º Seikan 42º R. Oliveira 43º K. P. Todos 44º Mizuho Dojo 45º Clube 2004 46º Praia Grande 47º Kakaton 48º Educando 49º S. Bernardo 49º Medicina USP 51º Aranha 52º Yamato 52º Hitsuji 54º CGE 55º Maracai 56º Gaviões 57º Shinshukan 58º Santo André 59º Jauense 60º Vinhedo 61º ASKAN 62º L. Paulista 63º Caraguá 64º Kime Dojo
65º Indaiatuba 66º Yoshimura 67º Kenko 68º Palmeiras 69º AKASC 70º Ocauçu 71º Primavera 72º Recanto 72º R. Pacheco 74º Ornaghi 75º F. Piracicaba 76º Louveira 77º Kensho 78º Kuroshio 79º SEESP - Poá 80º Amparo 81º M. do Tiete 82º Budo Kan 83º Ken In Kan 84º Sucena 85º Castro 86º Mario Moraes 87º Lions Club. 88º Uirapuru 89º Shitsuke 90º Morais 91º Okinawa 91º Portuguesa 93º Quissi 94º Guarukai 95º Barra Funda 96º Liga de KRT
96º Mizukan 98º Nishikawa 98º Ippon 98º Jumirim 98º Makoto 102º Samuray 102º TK Karate 102º Uke Sports 102º Cambuci 102º PROKAE 102º Ken Yu 108º Bonfim 108º Zenbu Kai 108º P. do Futuro 108º Oliveira 112º Wado Ryu 112º V. Galvão 112º Inst. Koi Fit 112º A. de Campos 112º Marilia 112º R. Watanabe 112º Falcões 112º Camilo 112º Shitokai 112º Hatha 122º Tatsujin 123º Country Club 123º Dracenense 123º Acqua Center 126º Shureikan 127º I. A. Zaggo
Oficiais da arbitragem Renato José Alves Everton Santos Carlos da A. de Jesus Caio Lucio Pereira Alexander Sita Paulo Daniel Vidal Sergio Minoro Misaoka Gilmar Gianini Waldenilson Roberto Souza Fabricio Ventura Lucas Mitsuo Higa Ricardo M. Gonçalves Jair Donadoni Jr. Hugo G.S de Araújo Jackson da Silva Pedro T. Kochi Luã de M. S. dos Santos Luis Arthur Amaral José Cezário do Prado Juan Carlos V. F. de Villani José Áureo Domingos Marcos Vinícius O. Domingos Jorge Alberto Lopes Marcos Vinícius O. Domingos Paulo Yukio Cubo Mario Moraes Lima Paulo Renato Costa Wagner dos Anjos Gerson Araújo José M.S. Brandão Edmilson José Santana Allan de Jesus Pessoa Ivon da Rocha Dedé Simone Reis Ângela Maria da R. Dedé Fátima Ornelas
Laís Guerra dos Santos Thais Bispo de matos Marco Antônio Pereira Hélio de Oliveira Araújo Carlos Tsutiya Nelson Mitsuo Higa Ailtom Bichara Grilo Danilo da Silva Fernando Luis Vicenzi Alexandre M. D. Baptista Antonio Pedro V. da Silva Alcimar R. de Souza Ana Acácia F. Matos Antônio Gonçalves Anderson R. Machado Aparecido Rosa André Vacaro Allison Monteiro Cintia Nakamura Claudinei P. do Nascimento Deusdete de Souza Faria Gerson Kengi Ágata Gilson Everaldo Felipe Heitor Paneta Hélio Gomes de Souza José Francisco Monteiro Kevin Freita Marcos Kamaguso Jamaigo Marlene da Silva Monteiro Moisés Cassimiro de Albuquerque Marcelo Orlando aparecido da Silva Takashi Shigeeda Wolnei R. Silva
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Ministro visita complexo esportivo em São Paulo
Marcelo Fuzita da ippon em George Hilton
POR
PAULO PINTO
I Fotos ERIK TEIXEIRA
O ministro do Esporte, George Hilton, esteve em São Paulo no dia 23 de março para conferir as condições do Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera, que precisa de grande reforma.
O
conjunto ocupa uma área aproximada de 100 mil metros quadrados em zona nobre de São Paulo e compreende o Ginásio Geraldo José de Almeida (Ginásio do Ibirapuera), o Estádio Ícaro de Castro Mello, onde ficam o campo de futebol e a pista de atletismo, o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo, o Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro e o Palácio do Judô.
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O Ginásio do Ibirapuera é um marco para a cidade de São Paulo. É nele que se realizam os maiores espetáculos culturais e esportivos do Estado. Construído há mais de meio século, até hoje é visto como uma arena moderna e capaz de abrigar eventos internacionais. Possui vestiários para atletas e capacidade para 11 mil espectadores com total estrutura para proporcionar conforto ao público, im-
prensa e personalidades. Entretanto, toda esta estrutura inaugurada em 25 de janeiro de 1957 demanda ampla reforma devido aos quase 60 anos de existência e ao uso contínuo de suas dependências. Acompanhado por uma comitiva comandada por Jean Madeira, secretário de Esporte de São Paulo; Rodrigo Venâncio, diretor do complexo; e Marcelo Rigotti, chefe da rewww.revistabudo.com.br
presentação do Ministério do Esporte em São Paulo, o ministro visitou o ginásio, a pista de atletismo, e os locais destinados à prática de judô e natação. Em reunião antes de conhecer o complexo, o ministro ouviu do secretário de Esporte de São Paulo um pedido de ajuda para reformar a pista de atletismo e demais setores do complexo que demandam reforma. O ministro foi recebido com grande atenção por alunos e professores do Centro de Excelência de Judô, vestiu um judogi e, em tom de otimismo, pediu para que os judocas treinem cada vez mais. Entre os professores estavam Yuri Barbosa, Uishiro Umakakeba, Henrique Guimarães (bronze nos Jogos de Atlanta de 1996) e Francisco de Carvalho, vice-presidente da CBJ. “A visita do ministro ao complexo esportivo e, em especial, ao Centro de Excelência do Judô é muito positiva. Além de participativo e atencioso, ele mostrou que quer trabalhar de verdade pelo desenvolvimento do esporte.”
pernas para o ar. Vou me preparar melhor, e na próxima eu dou o troco.” George Hilton destacou que a parceria entre União, Estados e municípios é fundamental para o crescimento do esporte no Brasil. “É importante
Francisco de Carvalho
essa integração do Ministério do Esporte com as entidades que coordenam praças esportivas, como o Ibirapuera. Vamos ajudar na revitalização de alguns espaços, mas é bom fazermos uma parceria pensando na base, na formação de novos atletas. Isso será fundamental para que se dissemine a prática esportiva no Brasil. São Paulo dispõe de grandes espaços, e queremos que isso ocorra em outros Estados”, defendeu o ministro. Para Francisco de Carvalho, o ministro está sensível às necessidades do desporto. “Reputo o sucesso desta ação ao Jean Madeira, secretário de Esporte de São Paulo. Ele levou o ministro a outros espaços,
Filho e George Hilton
“É bom fazermos parcerias pensando na base e na formação de novos atletas.” De kimono entre os judocas sobre os tatamis do Ibirapuera, George Hilton ensaiou entrar no treino e acabou sendo projetado por Marcelo Kenji Fuzita, judoca da seleção paulista sub 21, que jogou o ministro de o-goshi. Sorrindo o ministro comentou a destreza do judoca. “Ele foi muito rápido, nem bem encostei nele e já estava de
Jean Madeira, George Hilton, Francisco de Carvalho, Gilmaci Santos, Marcelo Rigotti, Wellington Moura, Alex Costa de Lima, Lívia Galdino da Cruz, Yuri Barbosa, Uishiro Umakakeba e Henrique Guimarães falam com atletas do Centro de Excelência
Atletas, dirigentes e autoridades posam para foto
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Yuri Barbosa, Alessandro Puglia, Francisco de Carvalho, George Hilton, Jean Madeira, Uichiro Umakakeba, Henrique Guimarães e Rodrigo Venâncio
como a pista de atletismo, mas fez questão de trazê-lo ao Palácio do Judô. Isso reforça nosso pensamento de valorizar as pessoas que prestigiam e ajudam a modalidade. Não é só a ajuda financeira que conta, pois certas atitudes repercutem muito mais. Levar o ministro ao Centro de Excelência possibilitou a aproximação e o diálogo da autoridade máxima do desporto no nosso País com uma geração de judocas que está despontando, e isso certamente repercutirá positivamente para os jovens atletas da seleção e de todo o Estado. O ministro, por sua vez, demonstrou extrema sensibilidade, desprendimento e muita vontade de estar próximo e fomentar a prática esportiva. Mesmo não sendo judoca, mostrou que já conhece um dos pilares de nossa modalidade que é aprender a cair e levantar, pois reagiu muito bem ao ippon que recebeu do Fuzita. Na verdade aquilo foi uma brincadeira e ele foi extremamente cortês e simpático participando com desprendimento, quebrando totalmente o protocolo. Acima de tudo o ministro mostrou que é um grande esportista. Após sua visita estamos bem mais esperançosos de que o ministério ajude a SELJ reformar o Constâncio Guimarães, um dos principais equipamentos esportivos do Estado, que demanda reforma urgente.” Na avaliação de Jean Madeira, os objetivos da visita foram alcançados. “Para todos nós da secretaria é uma grande honra receber o ministro em São Paulo, poder mostrar a ele o complexo esportivo do Ibirapuera e o Palácio do Judô, colocar um kimono nele e ensaiar um randori (treino) com os atletas. Esta interação mostra a proposta da
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gestão atual, que prevê a interação entre o governo federal, Estados e municípios. Tenho certeza de que o ministro ficou bastante impressionado com a atuação do Chico do Judô, vice-presidente da Confederação Brasileira, que em parceria com o Alessandro Puglia faz a gestão da modalidade com enorme competência.” Para Alessandro Puglia, presidente da FPJ, o encontro fortaleceu os laços de amizade entre a FPJ e as entidades governamentais. “Esta aproximação nos dá uma visão do que pode acontecer daqui por diante. Independentemente do que já está sendo feito, o judô crescerá mais ainda porque eles estão vendo o trabalho que fazemos. O secretário também está se empenhando muito para fortalecer os laços com a FPJ, e tudo isso é mais um estímulo para seguirmos adiante.” Hilton despediu-se agradecendo a oportunidade de estar com a elite do judô paulista. “Temos a percepção de que devemos apoiar de forma integral todos os projetos, não apenas os do judô, mas de todas as modalidades. Desejamos que isso seja um indutor na formação de crianças e tenho certeza de que daqui sairão grandes campeões. Atletas que serão fomentadores do judô no Brasil. O governo entende que deve democratizar a prática esportiva em todo o País e certamente precisaremos de vocês para que o judô chegue às regiões mais carentes do Brasil. Devemos aproveitar este ciclo olímpico, no qual o judô figura entre as principais modalidades. Sabemos disso, temos um grande projeto traçado na preparação de atletas de judô e não iremos
parar aqui. Queremos disseminar o judô e contamos com vocês como estimuladores dessa proposta. Podem contar conosco e com o Ministério do Esporte porque para nós a prática esportiva não representa apenas a conquista de medalhas, ela é sinônimo de saúde e qualidade de vida. Vemos no judô um indutor do desenvolvimento humano e da inclusão social, e parabenizo a todos pela escolha desta nobre arte.” Para Henrique Guimarães, a visita ao Centro de Excelência aponta o crescimento da modalidade. “Este encontro mostra a importância do judô no cenário esportivo e comprova o empenho do secretário junto ao ministro, no sentido de melhorar ainda mais a nossa modalidade. Estou certo de que com todo esse empenho vamos melhorar nossa estrutura e a da FPJ. Ficamos felizes por perceber que estas pessoas estão olhando para o judô.” Jean Madeira finalizou explicando as parcerias com o Ministério do Esporte. “Após a visita ao Constâncio Vaz, levamos o ministro até a secretaria, onde apresentamos o local que será cedido ao Marcelo Rigotti, representante do ministério em São Paulo, que terá um espaço para atender na SEJL. Queremos trabalhar em sintonia e em comum acordo com o governo federal, por meio do Ministério do Esporte. Nossa proposta é receber os representantes dos governos municipais, e com isso o esporte crescerá ainda mais em nosso Estado. Não faremos uma gestão que beneficie algumas siglas partidárias. Atenderemos a todos de forma equitativa, visando ao fomento do esporte e nada mais.”
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Confederação Brasileira de karatê FAK - Federação Alagoana de Karatê
Presidente Jadgilson T.de Oliveira Av. João Davino, 445 – Sl. 302 - Ed. São João - Maceió – AL karate.fak.alagoas@hotmail.com
FAK - Federação Amapaense de Karatê
Presidente Geyse Arruda Passagem José Barbosa, 115, Infraero 1 - Macapá – AP Tel. (96) 91546025 geysoramos@gmail.com
FAK - Federação Amazonense de Karatê Presidente Washynton Luis Carneiro de Melo Rua Santa Helena, 802 - Betânia - Manaus – AM Tel. (92) 93391407 – 8212-7419 www.fak.org.br
FBK - Federação Baiana de Karatê
Presidente Antônio Carlos Negreiro Praça Castro Alves - Palácio dos Esportes, sala 107 Salvador – BA Tel. (71) 33210083 www.fbk.org.br - fbk@fbk.org.br
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Presidente: Abdias Cordeiro Dias SRPN – Gin. Cláudio Coutinho Comp. Aquático - Sala AI 12 – Brasília - DF Tel. (61) 3327-1216 www.karatedebrasilia.org.br - fckdfkarate@gmail.com
FCK - Federação Cearense de Karatê
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FEK - Federação Espírito-santense de Karatê
Presidente João Espirito Santo Av. João Felipe Calmon, 723 – Centro - Linhares – ES Tel. (27) 99637222 – 33714941 - 32641422 contato@fgk.com.br - fgk@fgk.com.br
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Presidente Joílson Ferreira Moraes Al. Couto Magalhães, QD.88 Lt.15 - Setor Pedro Ludovico - Goiânia – GO Tel. (62) 3942 6029 - 9619 6217 www.fekaego.com.br - fakaego@hotmail.com www.revistabudo.com.br
FKEM - Federação de Karatê do Estado do Maranhão Presidente Joaquim Pedro Almeida Ribeiro Rua das Hortas, 17 – Centro - São Luiz – MA Tel. (98) 88859688 www.budokanma.com.br - budokanma@hotmail.com
Federação de Karatê do Mato Grosso
Presidente Gentil Apolinário de Souza Rua Arnaldo Estevan, 1215 – Centro - Rondonópolis – MT deltakarate@ibest.com.br - karatefkemt@hotmail.com
Federação de Karatê Mato Grosso do Sul Presidente Paulo José Muniz Rua do Touro, 130 – Vila Nhanha (Guanandizão) Campo Grande - MS Tel. (67) 3346-4300 - fkmsoficial@gmail.com - fkms@ brturbo.com.br
FKR - Federação de Karate de Rondônia Presidente: Ronaldo Seráphico Patrício Rua Enrico Caruso, Bairro Aponiã - Porto Velho - RO Tel. (69) 9982-5507 e 8104-8335 www.karaterondonia.com.br federacaokaraterondonia@gmail.com
FEKTO - Federação de Karate do Tocantins
Presidente: Jocivaldo Dias Cardoso QDR 210 S AVE LO 05 - N 16 LT 01 CS 03 – Palmas - TO Tel. (63) 9212-1335 e 8426-1335 www.karate-to.com.br - ftkika@gmail.com
FMK - Federação Mineira de Karatê
Presidente João Carlos Godoy Av. Olegário Maciel, 311 – sala 206 – Centro - Belo Horizonte – MG Tel. (31) 32010114 www.fmk.org.br - minaskarate@bol.com.br
FPRK - Federação Paranaense de Karatê Presidente Aldo Lubes Rua Marechal Deodoro, 51 - sala 810 - Curitiba – PR Tel. (41) 32241059 - 99620187 fprk@fprk.com.br - www.fprk.com.br
FPK - Federação Pernambucana de Karatê
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FKEP - Federação de Karatê do Estado do Piauí
Presidente Fabricio Pimentel Soares Rua Jonatas Batista 852 – Centro Norte - Teresina - PI Tel. (86) 8838-5568 - 9955-8890 karatedopiaui@hotmail.com
FKERJ - Federação de Karatê do Estado do Rio de Janeiro Presidente Juarez Silva dos Santos Rua Garibaldi s/n - Centro - Duque de Caxias – RJ Tel. (21) 3842-4429 – 3248-3455 - 3046-8713 www.fkerj.org - secretaria@fkerj.com.br
FNK - Federação Norte-rio-grandense de Karatê Presidente Márcio Oliveira Lima Rua Antônio Farache, 1854 - A - 201 - Bairro Capim Macio - Natal – RN Tel. (84) 8813-4883 – 9698-7234 www.fnk.org.br - marciolima@supercabo.com.br
FGK - Federação Gaúcha de Karatê
Presidente Celso Piaseski Rua Gonçalves Dias, 700 - Ginásio da Ginástica - Porto Alegre – RS Tel.(51) 32316670 - contato@fgk.com.br - www.fgk. com.br
FRK - Federação Roraimense de Karatê
Presidente Oberlan Jones Avenida Getúlio Vargas, 7155 - São Vicente - Boa Vista – RR - 69303-472 Tel. (95) 36264677 - 91190320 - 81005808 karate.frk@gmail.com - oberlanj@gmail.com
FCK - Federação Catarinense de Karatê Presidente Durci da S. Nascimento Rua Bateias, 701 – Bairro Fátima - Joinville – SC Tel. (47) 3028-3926 – 3028-3946 - 9974 6148 9111 0603 www.fckarate.com.br - akan.durci@gmail.com
FPK - Federação Paulista de Karatê Presidente José Carlos de Oliveira Rua dos Estudantes, 74 sala 45 - São Paulo – SP Tel. (11) 38879880 - 38876493 www.fpk.com.br - karatefpk@uol.com.br
FSK - Federação Sergipana de Karatê Presidente Cristóvão José Bittencourt da Silva Av. Francisco José da Fonseca, 418 - Aracajú - SE Tel. (79) 32512957 – 99622938 fsergipekarate@yahoo.com.br
FKEPA - Federação de Karatê do Estado do Pará Presidente Pedro Yamaguchi Avenida Almirante Barroso 5.492 - Castanheira Bairro Souza - Belém – PA Tel. (91) 32313049 – 9981-8899 Karatedopara@hotmail.com
FPBK- Federação Paraibana de Karatê Presidente Antônio Carlos da Costa Nascimento Rua Santa Catarina, 444 – Liberdade - Campina Grande – PB carlinhodokarate@hotmail.com
Confederação Brasileira de Karatê
Presidente Luiz Carlos Cardoso do Nascimento Sede Rua Pedro Rufino, 40 Sala A Varjota – Fortaleza CE - 60175-100 Fones (85) 3048-6855 / 9792-3451 / 8883-9257 cbkarate.blogspot.com.br - karatecbk@uol.com.br Revistawww.karatedobrasil.org.br Budô número 15 / 2015 123
Grand Slam de Taekwondo 2015
Grand Slam seleções para POR
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PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ
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define 2015 Técnicos e dirigentes com
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o novo agasalho da seleção
C
om o apoio da Prefeitura de Betim e do Governo do Estado de Minas Gerais, a Confederação Bra sileira de Taekwondo e a Federa ção de Taekwondo de Minas Gerais realizaram o Grand Slam de Taekwo ndo 2015. Mais de 350 atletas das classes cadete, júnior e sênior reuniram-se de 27 a 29 de março no Poliesportivo Divino Braga, em Betim (MG), em busca de vag as nas sele ções que representarão o Bra sil nas competições continentais e mu ndiais desta temporada. Marcaram presença nos tata mis as delegações do Rio de Janeiro , Goiás, Bahia, São Paulo, Paraíba, Mato Gro sso, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Acre, Distrito Federal, Amapá, Rio Grande do Nor te, Pará, Pernambuco, Amazonas , Maranhão, Alagoas, Sergipe, Piauí, Espírito Santo, Paraná, Roraima, Rondônia, Cea rá e Minas Gerais. Assistiram à cerimônia de abertura várias autoridades políticas e esportivas, entre as quais Carlaile Ped rosa, prefeito de Betim; Ricardo Sapi, secretá rio adjunto de Esportes de Minas Gerais; Carlos Fernandes, presidente da Confed eração Brasileira de Taekwondo; Lécio Mizael, pre sidente da Federação de Tae kwondo de Minas Gerais; José Santos, vice -presidente da CBTKD; José Leal, secretá rio geral da CBTKD; Valdemir Medeiros, superintendente executivo da CBTKD; Paulo Roberto Zoroastro de Souza, vice -presidente do STJF da CBTKD; Fernando Madureira, presidente da Federação de Taekwondo do Paraná; Eurípedes Coelho , presidente da Federação Goiana de Tae kwondo; Fábio Ronin, presidente da Fed eração Cearense de Taekwondo; Thoma s Azevedo, presidente da Federação de Taekwondo da Paraíba; Itac y Camargo, presidente da Federação de Taekwondo do Acre; e Eduardo Santos, presidente da Federação de Taekwondo de Pernambuco. Completaram a mesa de hon ra Paulo Dias, diretor executivo da Dae doo Brasil; Carmen Carolina, técnica da seleção feminina; José Alexandre, coo rdenador técnico da CBTKD; Jadir Fialho Figueira, super visor técnico de arbitragem da CBTKD; Rosano Diniz, coordenador da seleção cadetes; Rivanaldo Freitas, coo rdenador da
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Grand Slam de Taekwondo 2015 2016 com chances reais de medalhas. Nosseleção juvenil; Danilo Malafáia, assistente técnico da CBTKD; Júlio Maciel, técnico sa diretoria trabalha para que esse sonho da seleção adulta; professor Costa, coorse torne realidade. Tenho certeza de que a seleção formada aqui contribuirá decidenador de artes marciais de Betim; Milton Ywama, Nélson Miyamoto e Dinamar sivamente para que isso aconteça”, disse Teixeira, coordenadores de arbitragem da Fernandes. CBTKD; membros da diretoria da FTKDMG Durante a cerimônia de abertura foi e professores de taekwondo que são aluapresentado oficialmente o novo agasaLécio Mizael nos da Academia Brasileira de Treilho da seleção brasileira para 2015, e os professores de nadores do taekwondo que COB. são alunos da Em seu Academia Brasipronunciamento Carlos leira de TreinaFernandes dores homenaenalteceu o gearam Carlos trabalho da Fernandes entreequipe mineira gando-lhe uma e o apoio das placa personalientidades gozada. Houve tamvernamentais. “Estamos satisbém apresentaCarlos Fernandes e Ricardo Sapi feitíssimos com ção de ginástica o trabalho deacrobática pelos Patrocinadora oficial da alunos da prosenvolvido por Seleção Brasileira de Taekwondo toda a equipe fessora Adriana mineira na reClara Freitas, do programa Viva alização deste esporte, viva melhor, de Betim. O grupo evento, e ficamos muito felizes por de jovens acrobatas fez excelente aprerealizar esta competição em Minas Gerais, um dos Estados de maior trasentação e arrancou muitos aplausos dos taekondistas. dição em nossa modalidade. Quero parabenizar o professor Lécio MiProfessores que são zael, presidente da FTKDMG, pelo Congresso técnico Brasileira alunos da Academia menaho excelente desempenho à frente da recebeu mais de 100 de Treinadores (COB) ndes geando Carlos Ferna entidade. Faço um agradecimento participantes especial à Prefeitura de Betim e à No dia 27 realizou-se o congresso técSecretaria de Estado de Esportes e da nico, no qual, além das palestras, houve o Juventude de Minas Gerais pelo apoio credenciamento e a pesagem dos atletas prestado na realização do Grand Slam, de todas as classes e categorias de peso. um dos eventos mais importantes do A mesa de trabalho foi composta por calendário esportivo da CBTKD.” José Santos, vice-presidente da CBTKD; O presidente da CBTKD finalizou José Leal, secretário geral da CBTKD; Valparabenizando os demir Medeiros, superintendente execuCarlos Fernande s atletas inscritos e tivo da CBTKD; Matheus Gomes, gerente expressou sua alede operações técnicas do Comitê Rio 2016; Carmen Carolina, técnica da seleção gria por constatar feminina adulta; Fernando Madureira, téca evolução técnica da modalidade em nico da seleção masculina adulta; Rosano sua gestão. “SintoDiniz, coordenador da seleção cadete; Rime honrado por ver vanaldo Freitas, coordenador da seleção que o taekwondo juvenil; Lécio Martins Mizael, presidente brasileiro está no da FTKDMG; Milton Ywama, Nélson Miyacaminho certo, e moto e Dinamar Teixeira, coordenadores obtendo conquistas de arbitragem da CBTKD. cada vez mais exO encontro foi aberto por Lécio Martins Mizael, que deu boas-vindas a todos. “Em pressivas no âmbiAlunas de ginástica acrobá tica do programa Viva esp orte, viva melhor, de Bet nome de toda a diretoria da FTKDMG agrato internacional. Só im assim chegaremos a deço à confederação brasileira por acre-
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ditar em nossa proposta e permitir que realizássemos este importante evento em Minas Gerais. Desejo boa sorte a todos e que tenham boa estada em nosso Estado.” Contando com presença superior a 100 técnicos de todo o País, Matheus Gomes falou sobre a organização da Olimpíada e explicou como serão a organização e a programação do taekwondo nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O gerente de operações do COB também falou sobre as instalações que serão utilizadas pela modalidade na Vila Olímpica e o calendário de competição do taekwondo. Outro ponto importante do congresso foi a apresentação feita por Paulo Dias, diretor executivo da Daedoo Brasil, patrocinadora do taekwondo brasileiro. Dias apresentou aos técnicos de todo o Brasil o agasalho da seleção brasileira 2015, que apresentou várias novidades.
um ouro no júnior masculino em competições internacionais, e eu quero ser o primeiro a realizar esta façanha”, afirmou o atleta da região Sudoeste do Paraná. A acreana Liriel Feitosa, agora titular na categoria -44 kg do cadete, também realizou um sonho em sua jovem e promissora carreira. “Comecei no taekwondo com 3 anos, mas só a partir de 2011 é que levei os treinos a sério e com objetivo de ser atleta da seleção. Batalhei muito para estar aqui, e agora que cheguei quero aproveitar esta oportunidade ao máximo, pois até agora foi apenas um sonho realizado. Daqui para frente quero sonhar com os olhos bem abertos e com os pés no chão. Vou batalhar bastante para continuar aqui”, disse Liriel.
José Leal recebe agasalho de Paulo Dias
Seleções já têm objetivos traçados para esta temporada Os atletas que ingressaram na seleção brasileira em Betim já têm objetivos traçados e definidos para esta temporada. Nas categorias juvenil e cadete (que se renovaram quase totalmente), o foco é o Campeonato Pan-Americano. Em 2013, o Brasil obteve recorde de medalhas nesta competição, subindo ao pódio 24 vezes e classificando-se entre as três melhores seleções. No adulto, o primeiro grande desafio será o campeonato mundial, em Chelyabinsk, na Rússia, em maio. No mês de julho serão disputados os Jogos Pan-Americanos, para os quais o Brasil vai com força máxima, após ter conquistado todas as oito vagas em disputa, um feito memorável do time brasileiro. Um dos atletas que mostrou maior determinação no juvenil foi Fagner Dantas, de Saudade do Iguaçu (PR), cidade com apenas 5 mil habitantes. O paranaense de 15 anos, que se tornou titular na categoria -55 kg elogiou, o nível da competição e garantiu que representará o País muito bem no Campeonato Pan-Americano. “A mesma dedicação que tive para chegar até aqui e estar na seleção será mantida. Quero participar do pan-americano e trazer uma medalha para o Brasil. O Estado do Paraná ainda não conseguiu www.revistabudo.com.br
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Grand Slam de Taekwondo 2015 No cadete, a única atleta da seleção de 2014 que conseguiu manter-se no topo foi a potiguar Bruna Silva, que é a titular da categoria +59 kg. “No ano passado participei do mundial cadete, e esta foi a minha estreia em competições internacionais. Fiquei em sexto lugar, e este ano quero ir ao pan-americano e trazer a medalha para o Brasil.” alho Jadir Fialho Figueira recebe novo agas Do Rio Grande do Norte também Dias da seleção brasileira de Paulo veio Nívea Silva, de 17 anos. A jovem fez a dobradinha e conquistou pelo segundo ano consecutivo a titularidade na categoria -49 kg juvenil. Nívea também já tem experiência internacional visto que foi uma das atletas que representou o Brasil em Taipei, em 2014, mas não pretende baixar Ricardo Sapi a guarda. “No ano passado Carlaile Pedrosa participei do pré-olímpico juvenil e do mundial, e fui para a Coreia com a seleção para um treinamento promovido
pela CBTKD, muito importante para toda a equipe. Foram experiências únicas. Este ano eu quero ser campeã pan-americana e ganhar cada vez mais experiência, pois no próximo ano já mudo para o adulto e quero manter-me na seleção.” Para Isadora Lopes, segunda colocada no -49 kg do juvenil, a meta agora é treinar ainda mais. “Em 2013 fiz parte da seleção brasileira e conquistei o bronze no campeonato pan-americano, realizado no México. Minha equipe atual é a Associação Chapecoense de Taekwondo (ACT), e meu professor é o Adílio Alves. Nas lutas anteriores eu fui muito bem, mas na final travei e não consegui colocar meus golpes. Acho que foi mais o fator psicológico. A Nívea tem maior envergadura e boa postura na quadra. Vou ter de dar novo enfoque ao meu preparo, e futuramente vou reconquistar minha vaga na seleção brasileira. Meu foco agora é o campeonato brasileiro e vou prepararme para esta competição”, disse a atleta do Meio-Oeste catarinense, que ainda fa-
O cerimonialista Edgard Carlo
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Lances do Congresso técnico
Milton Ywama
Matheus Gomes
Pontuação hoje é definida exclusivamente pelo atleta
A tecnologia é o grande diferencial do taekwondo hoje, e segundo Paulo Daniel Dias, CEO da Dae do Brasil, isso modific ou a técnica e a tática da modalidade, que antes empregava coletes convencionais e tinha os pontos determinados pela intensidade do impacto e pelo som dos golpes. Agora tudo é feito por meio de um sistema de alta precisão. “Tiramos a subjetividade que antes recaía sobre o corpo de arbitragem, e hoje temos um esporte muito mais dependente da condição técnica dos atletas”, disse Dias. E o diretor geral da Dae do explicou: “O sistema separara a questão técnica, o movimento em si, da força. Os atletas que estão adaptados à técnica do movimento terão mais sucesso. Quem aplica muita força acaba sendo prejudicado, pois o simples bloqueio do braço já interfere, neutralizando a pontuação. O sistema é wireless (sem fio), e tem transmissores nas proteções que estão no colete. Qualquer impacto oriundo da meia (que possui pontos magnéticos) é transmitido para o computador e para os placares. O sistema é dividido em proteções e sistema de pontuação. A proteção consiste no colete, capacete e meia, sendo que esta última é de uso individual.” Dias falou sobre a importância da intensidade dos golpes. “A intensidade do golpe também conta, já que cada catego ria possui uma intensidade preestabelecida pela Word Taekwo ndo Federation (WTF). Esta classificação foi necessária porque uma criança não tem a mesma força de um adulto. Mas quero destacar que existem regiões da proteção que não contam ponto e o importante é saber onde chutar, para o lutador não ficar se desgastando a esmo nos combates.” O empresário finalizou lembrando que o novo sistema tornou o taekwondo independente e imparcial. “O fundamental em todo este processo é termos consciência de que hoje a pontuação é definida exclusivamente pelo atleta, que antes dependia dos árbitros que davam a pontuação no joystick . Hoje é o atleta que determina o seu resultado e isso represe ntou uma conquista enorme.”
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Paulo Dias exibe o novo aga
salho da seleção
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Grand Slam de Taekwondo 2015 lou sobre a equipe que a prepara para as competições. “Treino diariamente na Academia Fitness, de Caçador, meu preparador físico é o Juliano Vaz, meu treinador é o Daniel da Rocha; e o Fernando Macedo é o nutricionista.”
Proteto re s de cabe ça eletrô nicos
arbitragem da CBMilton Ywama, coordenador de tragem realizado arbi de so gres con TKD, participou do e falou sobre a principal em março pela WTF, no México, mudança para esta temporada. modificação e atua“As regras estão em constante um esporte olímpico, as lização. Como o taek wondo é base no principio da regras são alteradas sempre com a principal mudança integridade física dos atletas. Mas eletrônico. Com esta eça cab foi a adoção do protetor de das, pois teremos rápi s mai to mui o inovação as lutas serã combates. Hoje os técmenos interrupções durante os itação de contato no nicos não podem mais fazer solic e eletrônico, aconacet cap do peito e, com a introdução contato na cabeça.” tecerá o mesmo no tocante ao da CBTKD finalizou O coordenador de arbitragem dez destacando a necessidade da rapi mos na informação. “Nesta seletiva cria lizar atua foi que ita, uma situação inéd técso gres con do tro den os técnicos das dias 500 de os men a mos Esta . nico ação icip part Olimpíadas Rio 2016, e a entes dos técnicos, treinadores e dirig ter a os isam Prec vel. indí foi impresc de tido sen no l, síve pos rgia sine or mai ndiente o e facilitar o conhecimento os os mento das novas regras para tod tas.” atle os nte lme cipa prin , envolvidos
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Campeonato mundial na mira da seleção adulta
Isadora Lopes
Um dos estreantes da seleção, Davilani Cruz conquistou a titularidade na categoria -63 kg e foi considerado o melhor atleta da competição do adulto. Davilani, que há dois anos quase desistiu do taekwondo, não poderia estar mais feliz com esta reviravolta em sua carreira esportiva e já se sente preparado e motivado para representar o Brasil no mundial. “No ano de 2014, tinha o objetivo de ganhar o brasileiro e me classificar para o Grand Slam e consegui. Agora alcancei a titularidade e estou muito feliz com este resultado e por ser destacado como melhor atleta da competição. Minha próxima meta é a conquista do mundial, e espero poder disputar vários opens também ao longo do ano”, declarou o parceiro de treino da campeã pan-americana Íris Sing, que também renovou sua titularidade na categoria -46 kg. Íris, que na próxima atualização do ranking mundial deverá ficar como vice-líder, declarou que o Grand Slam foi um dos campeonatos mais difíceis do Brasil. “Esta vaga é muito importante e vale a participação no mundial, que este ano é o meu grande objetivo. Fiquei nervosa, não foi fácil, mas consegui atingir meu objetivo. Acredito que este ano o mundial vai estar ainda melhor, porque a maioria dos atletas está viajando e participando de opens, investindo cada vez mais neles e isso faz com que se desenvolvam e conquistem cada vez mais medalhas”, afirmou. Apesar de ser uma das favoritas para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a atleta de Itaboraí prefere não se antecipar e pensar numa etapa de cada vez. “Ainda falta muito até lá e eu vou trabalhando aos poucos, conquistando minhas vitórias até chegar lá e trazer a medalha”, acrescentou. O Grand Slam mostrou que a persistência é fundamental para a conquista de sonhos. Um grande exemplo disso foi a vitória da atleta catarinense Alessandra Trevisan que, depois de nove anos tentando a titularidade na seleção, finalmente conseguiu alcançar o que almejava e se conwww.revistabudo.com.br
fica mais difícil, pois o nível vem melhosagrou titular na categoria -53 kg. A atleta explicou que essa conquista ainda se torrando muito e eu vejo que daqui por diante muitos atletas vão destacar-se. nou maior por ter sido realizada num ano Antes dois ou três se destacavam. Hoje, tão determinante como 2015. “Sempre diversos atletive o sonho de participar de um tas ganham mundial, então é medalhas inmuito gratificante ternacionais ter conquistado e conquistam a vaga neste ano, espaço e isso em que terei a só agrega oportunidade de qualidade disputar a compeao nosso estição. A meta agoporte. Quanra é trazer uma to a mim, medalha.” estou muito feliz Quem já tem pela conquista da muita experiênvaga, pois é uma Patrocinadora oficial da honra ajudar noscia na seleção é Henrique Precioso País nesta busConfederação Brasileira de Taekwondo so, que represenca por medalhas e servir o Brasil”, ta o Brasil há seis disse o campeão anos e novamente mundial militar de 2014. conseguiu manter-se no topo do -74 kg. O Júlia Vasconcelos é mais uma atleta que atleta santista destacou, porém, que a selese mantém na seleção há bastante tempo. tiva interna para a vaga está cada vez mais Entrou na seleção júnior em 2009, e mancomplicada. “Cada ano que passa a disputa
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José Leal e Valdemir Medeiro
s no stand da CBTKD
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Grand Slam de Taekwondo 2015 tém-se como titular adulta desde 2010. Em sua avaliação 2015 é um ano em que não pode haver erros. “Quero medalhar nos Jogos Pan-Americanos e no mundial, para el za Mi terminar a temporada entre as três cio Lé Carlos Negrão e Itacy Camargo, primeiras colocadas no ranking mundial. Até 2016 não podemos errar em absolutamente nada. O trabalho está sendo muito bem feito dentro de casa e de forma muito séria. O que tivermos de fazer Fabrícia Aleixa, Naiara para chegar bem Silva de Oliveira, Carla Sofia Flo no ranking em 2016 Araújo, Sônia Carone e res, Julie Anne Dinamar Teixeira vamos fazer”, disse a vice-campeã pan -americana de 2014. Júlia destacou ainda a importância do patrocínio da Petrobras em sua carreira. “Eu, particularmente, não tenho dinheiro para viajar para todos os opens internacionais, e participar dessas competições é fundamental para nos mantermos no topo. Com a Petrobras patrocinando a CBTKD e apoiando a seleção brasileira, estou recebendo uma ajuda muito grande, que me permite viajar despreocupada financeiramente. Acho que a parceria entre a Petrobras e o taekwondo propiciou avanços gigantescos em nossa modalidade.” Atleta do Núcleo de Alto Rendimento (NAR) de São Paulo, após conquistar a vaga para os Jogos Pan
-Americanos, Lucas de Oliveira voltou ao Brasil lesionado, e em Betim acabou ficando em segundo lugar. “Sobre o resultado é assim mesmo. Todos nós estamos aqui fazendo uma luta que não depende apenas da gente. Mas valeu, estou como reserva e na verdade esta seletiva é mais para o campeonato mundial. Estou em 18º no ranking mundial e em 30º no ranking olímpico. Meu foco agora é ir para Ucrânia, Equador, Paraguai e Austrália, para em junho estar entre os dez primeiros do ranking mundial e entre os 20 primeiros colocados no ranking olímpico. Não está nada perdido e vamos para a luta.”
Negrão exalta foco e planejamento Na avaliação de Carlos Negrão, ex-técnico da seleção brasileira, o nível técnico do Grand Slam foi altíssimo. “O nível dos atletas brasileiros hoje é muito bom e este evento comprova isso. Nosso taekwondo cresceu em todos os sentidos e temos de preparar-nos muito bem para 2016, pois esta será a nossa maior chance de brilhar. Estaremos na maior vitrine esportiva midiática, e em nosso País. É uma oportunidade única, uma chance de ouro, e temos de nos unir, pois independentemente de técnico ou Estado, o importante é o Brasil conquistar medalhas olímpicas no taekwondo. Agora é trabalhar focado e com planejamento, com base nos três ou quatro melhores atletas de cada categoria. Minha sugestão é formar uma comissão de técnicos com critérios justos, dando condições para que estes atletas possam lutar nos opens,
Parte da arbitragem que atuou no Grand Slam
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para depois detectar qual deles se encaixa melhor no perfil olímpico. Pensando exclusivamente em Rio 2016, a nossa bandeira tem de ser o taekwondo sem fronteiras ou bairrismos, pois se obtivermos êxito todos nós seremos beneficiados. Caso contrário, todos nós perdermos juntos.”
Anfitrião avalia evento positivamente Lécio Mizael destacou a importância deste evento para o fortalecimento da modalidade no Estado. “Foi uma felicidade enorme receber um evento deste porte em Betim, pois o mesmo promoverá e fortalecerá ainda mais o taekwondo em Minas Gerais e em todas as esferas, desde o taekwondo social ao alto rendimento. Inscrevemos 17 atletas e classificamos cinco para a seleção. A torcida mineira agradeceu pelo evento ter acontecido em Betim. Estamos em clima de festa e comemorando esta grande conquista para o nosso esporte, o que vem consolidar o nosso crescimento. Só tenho a agradecer à CBTKD por toda a confiança”, disse o presidente da FTKDMG. Além de dirigente, Lécio Mizael também é técnico da seleção brasileira juvenil e finalizou avaliando o desempenho da diretoria técnica da CBTKD. “Nos últimos anos a nova CBTKD abraçou as equipes de base como jamais havia acontecido. Com isso experimentamos um crescimento gigantesco nestas classes. No último pan -americano juvenil, o Brasil ficou entre as três principais potências do continente, e trouxemos títulos inéditos para o País. Nos Jogos Olímpicos da Juventude conquistamos a medalha de ouro com Edival Marques. Neste ano formamos uma equipe nova, com renovação quase que total. Esses atletas vêm motivados e com certeza vão querer escrever novos capítulos na história do taekwondo. No que depender da confederação brasileira e da comissão técnica, daremos todo o apoio possível para que representem o País da melhor forma possível nos Jogos Pan-Americanos e continuem colocando o Brasil entre as grandes potências das Américas.”
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Classificação final Cadete Feminino -29Kg 1º Camile Strech (RS) - Titular -33Kg 1º Ana Paula Santos (DF) - Titular 2º Melanie Shanks (PR) - Reserva -37Kg 1º Gabriele Prestes (RS) - Titular -41Kg 1º Carolina Giovani (ES) - Titular 2º Giovanna Schardosin (PR) - Reserva 3º Ana Victória Oliveira – (RS) -44Kg 1º Liriel Feitosa (AC) - Titular 2º Ellen Bitencourt (SP) - Reserva 3º Thays Barbieri (PR) -47Kg 1º Evelyn Schutz (RS)- Titular 2º Natasha Silva (DF) - Reserva 3º Joana Deliberador (PR) -51Kg 1º Sandy Macedo (SP) - Titular 2º Vitoria Gomes (PA) - Reserva 3º Maria Mariá de Jesus- RJ -55Kg 1º Andressa Santana (RS) - Titular 2º Dayanne Soares (CE) - Reserva 3º Giovanna Aquino (MS) -59Kg 1º Ana Paula Morais (PR) - Titular +59Kg 1º Bruna Silva (RN) - Titular 2º Maria Eduarda Chagas (PR) - Reserva
Cadete Masculino -33Kg 1º Kallyl Santos (SP) - Titular 2º Flavio Augusto (SP) - Reserva 3º Gabriel Alves (SC) -37Kg 1º Ítalo Araújo (CE) - Titular 2º Kelvin Rockembach (PR) - Reserva 3º Rafael Magalhães (GO) -41Kg 1º Fabriel Santos (PB) - Titular 2º Gabriel Henrique (GO) - Reserva 3º Dhiogo Gomes (MT) -45Kg 1º Daniel Graciola (PR) - Titular 2º Richard Nascimento (RN) - Reserva 3º Diego Cordeiro (RJ) -49Kg 1º Breno Benfiques (ES) - Titular 2º Eduardo Copatti (RS) - Reserva
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-53Kg 1º Igor Dias (DF) - Titular 2º Lucas Pazino (PR) - Reserva -57Kg 1º Gabriel Fabre (SP) - Titular 2º Nathan Torquato (SP) - Reserva -61Kg 1º Leandro Santos (SP) - Titular 2º Lincoln Costa (MS) - Reserva -65Kg 1º Matheus Fidêncio (RS) - Titular 2º Mitchael Silva (RS)- Reserva +65Kg 1º Gustavo Bertin (RS) - Titular Juvenil Feminino -42Kg 1º Juliana Gomes (RJ) - Titular 2º Amanda Riebau (PR) - Reserva 3º Dhuly Generoso (RS) -42Kg 1º Danielle Oliveira (SP) - Titular 2º Thalia Cardoso (DF) - Reserva 3º Mariana Matioli (BA) -45Kg 1º Dangela Guimarães (GO) - Titular 2º Jessica Silva (PR) - Reserva 3º Laura Paiva (RN) -49Kg 1º Nivea Silva (RN) - Titular 2º Isadora Lopes (SC) - Reserva 3º Ângela Souza (PR) -52Kg 1º Kelly Locatelli (MT) - Titular 2º Ysslam Hammoud (SP) - Reserva 3º Endha Farias (MT) -55Kg 1º Thays Barbosa (RJ) - Titular 2º Jheisiele Dias (SP) - Reserva 3º Kamila Silva (ES) -59Kg 1º Maria Isabelly Pereira (PR) - Titular 2º Stephanie Forcin (SP) - Reserva 3º Raynara Silva (RN) -63Kg 1º Maria Alencar (RN) - Titular 2º Larissa Pirola (SP) - Reserva 3º Mickaele Musialowski (DF) -68Kg 1º Milena Guimarães (SP) - Titular 2º Fernanda Santos (DF) - Reserva 3º Francine Fortunato (PR) +68Kg 1º Raquel Gomes (RJ) - Titular 2º Victoria Morais (PE) - Reserva 3º Maithê Souza (RS)
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Juvenil Masculino -45Kg 1º Carlos Bezerra (SP) - Titular 2º Bruno Silva (GO) - Reserva 3º Alexandre Martinez (SP) -48Kg 1º Raphael Oliveira (MG) - Titular 2º Matheus Silva (GO) - Reserva 3ºThiago Martins (PE) -51Kg 1º Diego Silva (BA) - Titular 2º Lucca Iwama (PR) - Reserva 3º Rian Guimarães (PB) -55Kg 1º Fagner Dantas (PR) - Titular 2º Luis Santos (SP) - Reserva 3º Leonardo Caseiro (GO) -59Kg 1º Lucas Oliveira (RN) - Titular 2º Luiz Neto (DF) - Reserva 3º Yuri Godim (RJ) -63Kg 1º Vinicius Brunini (PR) - Titular 2º Peterson Santos (RN) - Reserva 3º Mauryc yo Lima (CE) -68Kg 1º Gabriel Silva (AP) - Titular 2º Anderson Schakofski (RS) - Reserva 3º Gabriel Silva (PR) -73Kg 1º Vitor Lima (CE) - Titular 2º Caio Nascimento (SP) - Reserva 3º Raphael Freitas (BA) -78kg 1º Juliano Adjuto (DF) - Titular 2º Guilherme Santos (RN) - Reserva 3º Matheus Borges (RS) +78Kg 1º Artur Coringa (RN) - Titular 2º Gabriel Guimarães (RS)- Reserva 3º Allif Souza (RJ)
Adulto Feminino -46Kg 1º Iris Sing (AP) 2° Valéria Santos (GO) 3º Camilla Bezerra (SP) -49Kg 1º Talisca Reis (PR) 2º Jamila Rodrigues (SP) 3º Fernanda Silva (RJ) -53Kg 1º Alessandra Trevisan (SC) 2º Geovana Bezerra (RS) 3º Bruna Idak (MG)
-57Kg 1º Talita Djalma (SP) 2º Josiane Lima (PA) 3º Leonor Lima (RS) -62Kg 1º Julia Santos (SP) 2º Clecia Albano (RN) 3º Barbara Novaes (DF) -67Kg 1º Paloma Lima (SP) 2º Milena Guimarães (SP) 3º Karem dos Santos (PA) -73Kg 1º Raiany Pereira (MG) 2º Raphaella Galacho (SP) 3º Nathassia Souza (MS) +73Kg 1º Hellorayne Paiva (RJ) 2º Gabriele Siqueira (SP) 3º Erica Ferreira (MG)
Adulto Masculino -54Kg 1º João Miguel Neto (PR) 2º Venilton Teixeira (AP) 3º Paulo de Melo (RN) -58Kg 1º Leonardo Moraes (SP) 2º Claudio Pecorari Junior (SP) 3º Alisson Sousa (RN) -63Kg 1º Davilani Cruz (AP) 2º Matheus Sampaio (BA) 3º Felipe Enju (PR) -68Kg 1º Gustavo Souza (SP) 2º Claudio Pecorari Junior (SP) 3º Diego Almeida (MG) -74Kg 1º Henrique Moura (SP) 2º Josyhenriqu Cruz (BA) 3º Johnatan Santos (SC) -80Kg 1º André Bilia (SP) 2º Diego Azevedo (DF) 3º Manoel Cunha Filho (PE) -87Kg 1º John Lee da Silva (PR) 2º Lucas Oliveira (ES) 3º Douglas Marcelino (PA) + 87Kg 1º Maicon Siqueira (SP) 2º Guilherme Felix (ES) 3º Felipe Vignoli (RJ)
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Revista Bud么 n煤mero 15 / 2015
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Reunião dos delegados regionais 2015
Com novo delegado regional FPJ anuncia planos para 2015 POR
PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ
E
m reunião realizada em 17 de janeiro, em São Bernardo do Campo (SP), a diretoria da Federação Paulista de Judô (FPJ) deu o pontapé inicial desta temporada, realizando a tradicional reunião dos delegados. Nesses eventos a diretoria técnica apresenta seu planejamento estratégico, define o calendário anual e são apresentadas e discutidas as inovações para a nova temporada. Marcaram presença no encontro os 16 delegados regionais e alguns tesoureiros das DRJs. Como sempre, o mestre de cerimônia foi José Jantália, vice-presidente da entidade, que fez a locução do encontro com enorme desenvoltura e perspicácia. A mesa de honra foi composta por Júlio Yokoyama, coordenador do Tribunal de Justiça Desportiva; Marcos Uchida, coordenador de eventos; Antônio Carlos Mesquita, coordenador da comissão disciplinar; Inácio Hirayama, contador; Luís Alberto dos Santos, diretor de cursos; Valdir Melero e Adib Bittar Dib, coordenadores fi-
Jiro Aoyama, novo delegado da 7ª DRJ
Mesa de honra
Edison Minakawa, coordenador de árbitros da FPJ
nanceiros; Joji Kimura, coordenador técnico; Hisato Yamamoto, representante dos professores kodanshas; Edison Koshi Minakawa, coordenador de arbitragem; Alessandro Puglia, presidente; José Jantália, vice-presidente; e Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da CBJ. Apresentando um breve balanço sobre 2014, Alessandro Puglia afirmou que o calendário deste ano demandará menos ajustes e será menos apertado. “Certamente teremos muito trabalho nesta temporada, mas será um ano muito mais tranquilo, já que não teremos a Copa do Mundo de Futebol no Brasil nem eleições majoritárias, eventos que ocuparam grande espaço em nosso calendário. Neste ano faremos pequenos ajustes, certamente erraremos menos e fecharemos a temporada com maior tranquilidade.” O ponto alto do encontro foi a entrega dos kits de automação para as delegacias regionais que ainda não possuíam equipamento para automatização dos placares de competições. Cada delegacia recebeu quatro notebooks e quatro TVs de LED.
Todos os participantes da reunião dos delegados 2015
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Alessandro Puglia Francisco de Carvalho Filho
Grandes conquistas em 2015 O coordenador técnico da FPJ e delegado regional das delegacias Central e da Capital, Joji Kimura, fez um balanço positivo de 2014 e mostrou bastante otimismo com esta temporada. “Em linhas gerais 2014 foi um ano muito difícil na questão da realização de eventos, por conta de um calendário apertadíssimo em função da Copa do Mundo de Futebol e das eleições, mas conseguimos realizar tudo que havia sido planejado e o balanço final acabou sendo bastante positivo.” Joji Kimura destacou os avanços na área da arbitragem. “Um grande feito da temporada passada foi a transformação e reestruturação do setor de arbitragem que, com a vinda do professor Edison Minakawa, obteve grandes avanços. Conseguimos atender a uma das maiores necessidade dos professores e árbitros que buscavam melhor referência neste setor, e com isso houve uma harmonização bastante interessante. É claro que sobraram muitas coisas para
Adib Bittar Dib
José Jantália
serem acertadas ainda neste ano, quando buscaremos não repetir algumas falhas apresentadas na temporada passada.” O dirigente finalizou prevendo uma
Luís Alberto dos Santos
fotes da mídia estarão voltados para os Jogos Olímpicos de 2016, e todos sabem que o judô é a modalidade que obtém sempre o maior número de medalhas nessa competição. Temos uma importante tarefa a ser cumprida, que é preparar os nossos atletas da melhor forma possível. Como coordenador técnico da FPJ entendo que a nossa prioridade é trabalhar com muita intensidade, mas com bastante critério e humildade, para atender às expectativas dos professores e atletas paulistas.”
Padronização da arbitragem
Apoia o judô paulista grande temporada. “Minha avaliação é que 2015 será um ano de conquistas importantíssimas. Acredito que teremos grande sucesso porque todos os holo-
Em entrevista à Revista Budô o professor kodansha Edison Minakawa, coordenador de árbitros da FPJ, fez um breve balanço do seu primeiro ano à frente do departamento de árbitros. “Nesse primeiro ano tentamos manter a mesma linha de trabalho desenvolvida pelo professor Dante Kanayama, mas buscamos mudar a mentalidade, principalmente no tocante ao convívio entre técnicos e árbitros. Procuramos também adotar um padrão
Joji Kimura Júlio Yokoyama Marcos Uchida
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Reunião dos delegados regionais 2015
Delegados e tesoureiros das delegacias regionais
de arbitragem desde a barranca do Rio Paraná até o litoral. Seguindo a mesma proposta apresentada no seminário internacional da FIJ realizado em Málaga, este é justamente o nosso principal foco para esta temporada. Penso que, com o apoio e a colaboração de todos, atingiremos este objetivo e falaremos a mesma linguagem.” O dirigente enfatizou que tem sido muito cobrado sobre atitudes deselegantes na área de combate. “Estamos
investindo muito na cordialidade entre técnicos e árbitros, e eu sou muito cobrado por isso. Nós, árbitros e técnicos, somos formadores de opinião e, enquanto não dermos exemplos no shiai-jo, não poderemos cobrar uma boa postura de ninguém.”
Novo delegado quer fomentar crescimento na 7ª DRJ Sudoeste Um fato marcante na reunião dos de-
legados desta temporada foi a nomeação do professor kodansha Jiro Aoyama, que é o novo delegado da 7ª DRJ. Destacado professor de Osasco, Aoyama substituirá o professor Nelson Koh, que comandou a delegacia Sudoeste nos últimos anos. Bastante otimista, Jiro Aoyama promete dar sequência ao trabalho que vinha sendo desenvolvido. O novo delegado é registrado na FPJ desde 1976, por meio da Associação Yanagmori de Judô, na qual treina até hoje. É japonês, formado em
Alessandro Puglia entregou os kits aos delegados que ainda não haviam recebido o material eletrônico
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Alessandro Puglia dá boas-vindas a Jiro Aoyama
educação física, kodansha 6º dan e acupunturista. Tem duas filhas e dois netos, está com 60 anos e há dez participa dos treinos de kata realizados semanalmente na Associação Vila Sônia de Judô. “Aceitei este desafio para dar sequência ao trabalho que vinha sendo desenvolvido pelo professor Nélson Koh”, afirmou. Ciente dos desafios, Aoyama vislumbra impor uma era de crescimento. “Vamos buscar melhorar tudo que possa ser melhorado. Atendendo à vontade da maioria dos professores de nossa DRJ e também para não fugir da raia, vi a necessidade de aceitar o convite feito pelo sensei Koh, e faremos de tudo para alavancar o judô em nossa região. Para isso espero contar com a participação dos professores, atletas e seus familiares. Tenho certeza de que juntos poderemos retomar o crescimento e ampliar nossa participação no cenário esportivo de nossa modalidade.”
Apesar da crise, coordenador financeiro está confiante Após o primeiro ano à frente da área financeira, Adib Bittar Dib, coordenador financeiro da Federação Paulista de Judô, está otimista quanto ao futuro da modalidade. “Este primeiro ano à frente do setor ofereceu-me maior visão e compreensão de toda a área financeira da entidade. Isso só aconteceu graças ao apoio recebido dos delegados e tesoureiros de todas as 16 delegacias regionais. Sobre esta temporada, sabemos que a economia brasileira passa por um momento bastante difícil, mas no âmbito da FPJ estamos esperançosos e muito confiantes.” www.revistabudo.com.br
Professores que formam a comissão de arbitragem paulista e são também árbitros internacionais: Marilaine Ferranti, Edison Koshi Minakawa e Takeshi Yokoti
Área de cursos obteve grandes avanços Outro setor que apresentou progressos significativos foi o departamento de cursos da FPJ, e o seu diretor, professor kodansha Luís Alberto dos Santos, falou sobre os êxitos obtidos. “Entendo que a maior conquista foi a autonomia oferecida às delegacias regionais na realização de cursos, pois havia delegacia que há mais de dez anos não fazia absolutamente nada. Os cursos nas DRJs são muito mais acessíveis, mais baratos, e otimizam o tempo dos participantes. O problema é contar com palestrantes devidamente preparados e capacitados. É por isso que exijo que todos sejam no mínimo san-dan, que possuam condições físicas e técnicas para fazer o treinamento de padronização e fiquem verdadeiramente à frente dos cursos. Antigamente o palestrante ficava falando e mandava os outros fazerem, e eu não acho isso adequado, pois acima de tudo estamos falando de cursos práticos. Até mesmo para darmos um bom exemplo, temos de chegar lá e mostrar como tudo deve ser feito. Hoje, cada vez mais delegacias promovem cursos, e os palestrantes estão muito mais bem preparados para fazer a transmissão. Nossa prioridade agora é melhorar o material pedagógico, que precisa ser mais abrangente e adequado às necessidades dos judocas que serão examinados.”
Uma temporada de inovações e crescimento Após o primeiro ano à frente da FPJ, Alessandro Puglia falou sobre as dificuldades e comemorou as conquistas. “O início da temporada passada foi muito complicado em função da transição da
equipe do Chico para a nossa. Por muitos anos eles ficaram à frente da entidade, mas era preciso renovar e felizmente as pessoas compreenderam esta necessidade. Aos poucos fomos superando as adversidades e conseguimos atender às expectativas da comunidade. Tivemos apenas um problema no Campeonato Paulista sub 11 e sub 13, que não foi realizado numa arena adequada, mas neste ano vamos resolver esta questão dando prioridade a este evento.” Puglia finalizou enumerando os indicadores positivos. “Crescemos em todos os sentidos. Realizamos um exame de graduação que bateu todos os recordes, houve aumento expressivo de federados e a expectativa é fazer um trabalho melhor que o de 2014. No âmbito de parcerias houve uma importante mudança na SELJ, que tem agora um judoca à sua frente, e esta mudança é bastante significativa.”
Otimismo com mudanças no comando da SELJ Francisco de Carvalho aposta na expansão da parceria com o governo do Estado de São Paulo. “O ano passado foi muito complicado para o esporte como um todo, em função da Copa do Mundo e da eleição, mas com a ajuda de todos delegados e professores conseguimos executar plenamente o nosso calendário. Ainda é cedo para estabelecer parâmetros, mas aparentemente as perspectivas para 2015 são um pouco melhores, pois o Jean Madeira, o novo secretário de Esportes é judoca e espero que as pessoas que tenham identificação com o judô sejam mais sensíveis às necessidades de nossa modalidade e, em especial, às dos atletas.” Revista Budô número 15 / 2015
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Enfoque
Mindfulness
O zanshin do budô
A arte de manter o estado de atenção plena, sem deixar nada para trás e sem levar nada para frente. Por
GUARACI KEN TANAKA I Foto ARQUIVO FERJKT
A
ntes de iniciar a leitura, que tal pensar em algumas questões? Qual seria o propósito de treinar tantos anos uma arte marcial? Muitos almejam poder, reconhecimento, medalhas, patrocínios, títulos, enquanto outros buscam qualidade de vida, filosofia de vida, saúde, atividade física. Qual a diferença entre esses dois tipos de praticantes? Em qual perfil você se enquadra? Por quê? Afinal, conseguiu chegar a alguma conclusão? Este processo de questionamentos e divagações é responsável por grande parte do nosso dia a dia; a toda hora estamos arrumando um motivo para nossas ações, e perdemos muito tempo com isso. Em contrapartida, durante a execução de um exercício no dojô isso geralmente não acontece. Tudo depende do estado atencional do momento; à medida que o exercício vai-se tornando mais relevante, sua atenção aumenta proporcionalmente. Com ela, outros fatores, como julgamentos ou emoções, podem ou não estar associados. Estudos de potencial evocado realizados na UFRJ, como os dos PhDs Pedro Ribeiro e Bruna Velasques, propõem que transtornos psiquiátricos, como ansiedade e depressão, diminuem o tempo de reação na execução de tarefas, assim como na tomada de decisão. Deste modo, esses fatores associados à tarefa afetam o desempenho do dia a dia de forma significativamente importante. O fato de não estar atento a essa situação tende a ampliar o ciclo vicioso, que só será percebido após uma lesão ou doença.
Zanshin: o estado consciente Zanshin (残心) é um termo japonês que, para variar, é de difícil tradução, mas remete ao estado de consciência ou atenção relaxada. Literalmente, reconhece-se como mente remanescente. Assim como explicado na Revista Budô n° 12, os significados japoneses estão mais para relatos de experiência do que
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qualquer outra coisa, portanto, por mais que na prática se entenda o zanshin, sua descrição ainda se torna complicada, ainda mais se for dada por algum mestre oriental. De modo geral, as artes marciais japonesas (karatê, judô, aikidô, iaidô, kendô, kyudô) desenvolvem esse estado o tempo todo. Na prática, é o estado de atenção após desferir um golpe, mesmo mortal (ikken hissatsu), livre de pensamentos ou julgamentos, porém atento ao exato momento. Esta postura propiciará uma (re)ação “automática”, caso necessário (mikiri). Se durante esse momento ocorrer qualquer tipo de pensamento (emoção, julgamento, devaneio), a resposta será mais lenta e poderá colocar em risco sua saúde. Desenvolver esse estado envolve treinamento constante, e essa manutenção é de extrema importância, principalmente nos dias de hoje, em que a quantidade de informação que recebemos passa despercebida e nos torna cada vez mais desatentos e es-
quecidos. O zanshin não deve permanecer apenas após o golpe, como é limitadamente entendido, mas sempre que estiver realizando uma tarefa, ou seja, o tempo todo. Um dos momentos em que esse estado não aparece em praticantes iniciantes é durante a apresentação de um kata, quando o pseudo zanshin só aparece após o início (hajime) até o final (yame) e depois simplesmente desaparece, como se o momento mais importante fosse a apresentação. Já para praticantes experientes que treinam há um bom tempo, cada vez mais o zanshin permanece e, o mais importante, é que está imperceptível, o que torna a resposta mais eficiente. Isso acontece inclusive fora do dojô, onde dificilmente situações complicadas aparecem de surpresa. O fato é que esse estado se dá de forma indireta, o que exige maior tempo de prática, principalmente de combate; portanto, a intenção deste artigo é mostrar que é possível aumentar a capacidade de desenvolvimento desse estado mental até mesmo fora do treinamento. Isso fará com que cada movimento se torne único e que sua continuidade independa do seu desejo – simplesmente acontece. Nesse modelo filosófico não existe conceito ou teoria, apenas a prática e a vivência propiciarão o entendimento e a importância do zanshin, e – por que não? – do mikiri. Para praticantes mais avançados se faz necessário concentrar mais no estado mental do que na técnica em si, pois devido ao treinamento repetitivo o corpo já aprendeu; a mente agitada, porém, torna o corpo lento. Já para praticantes iniciantes a repetição será fundamental, principalmente para desenvolver o esforço e a persistência (hitotsu, doryoku no seichin o yashinau koto), se preocupando muito com a técnica e a consciência dos movimentos e suas aplicações.
“Hoje é a vitória sobre o você de ontem, amanhã é a vitória sobre os homens inferiores.” Miyamoto Musashi
Segundo o shihan Tasuke Watanabe (9° dan ITKF), o estado de alerta do zanshin faz parte do espírito do samurai. Nunca relaxar, nem mesmo com o adversário derrotado. Isso demonstra que esse processo não é diretamente treinável, porém a prática regular promove um aprendizado que já não exige tanto uma concentração direta, pois a resposwww.revistabudo.com.br
ta simplesmente acontece. Por incrível que pareça, fazemos isso o tempo todo, como, por exemplo, quando aprendemos algo novo. O estado inicial de aprendizagem exige muita concentração, entretanto, quando a ação já está aprendida e “banalizada”, agimos automaticamente, o que requer um nível mais baixo de atenção. Particularmente, acredito que esse processo não precisa ser de forma indireta, podemos ter o controle de tudo aquilo que já está automatizado, melhorando as respostas de forma funcional, sem que nos cause problemas. Nossos padrões atuais demonstram o quanto somos reativos, pois, se o resultado é bom, ficamos felizes, e se não for, ficamos com raiva. Esses extremos são importantes para podermos ter a capacidade de avaliar melhor, porém na maior parte das vezes somos indiferentes ao que acontece à nossa volta. Tornar esse processo consciente e direcionado nos deixa mais no controle da situação.
Mindfulness e a explicação neurobiológica do zanshin Os processos filosóficos do budô são aceitos apenas pelos praticantes, mas para o público leigo isso acaba parecendo uma espécie de exagero ou até fanatismo. Além disso, outro problema é que até mesmo entre praticantes existe discórdia quanto às definições. Isso fica claro quando professores (mestres) de países diferentes apresentam tais ensinamentos e cada praticante interpreta do jeito que é mais conveniente. Os conceitos vão amadurecendo à medida que a prática vai-se tornando mais condicionada. Neste processo de aprendizado é que entra a neurociência, com o objetivo de criar modelos capazes de fazer qualquer um conseguir replicá-los de forma semelhante. Desde o fim da década de 1980, o pesquisador Jon Kabat-Zinn estuda o processo neurobiológico da meditação, particularmente o chamado mindfulness. Segundo ele, mindfulness é definido como o estado mental que tem o objetivo de manter a atenção estritamente ao momento presente, livre de qualquer julgamento e emoção, com uma atitude de abertura e aceitação. Atualmente, muito se pesquisa sobre o assunto e este processo de atenção plena (zanshin) possui grandes vantagens para a manutenção da saúde. A prática de mindfulness pode ser dividida de duas formas: a que funciona como treinamento, na qual a atenção no momento presente é facilitada por uma âncora ou um objeto de foco (respiração, partes do corpo, movimento) e, à medida que ocorram devawww.revistabudo.com.br
neios, gentilmente se volta a atenção a essa âncora. Com o treinamento regular esse processo de dispersão ou desatenção diminui cada vez mais. Outra forma, que é a prática de mindfulness propriamente dita, ocorre quando cada sensação, pensamento, percepção são focados momento a momento, sem a necessidade de se manter atento a um objeto específico. Cada um tem seu funcionamento neurobiológico distinto, o que faz com que o processo de aprendizado se consolide de forma sequencial, levando a uma “automatização” das ações. Este desenvolvimento ocorre em virtude da formação de novas conexões neurais (neuroplasticidade) e até mesmo da formação de novos neurônios (neurogênese) na região do hipocampo (memória), favorecendo o desencadeamento da potenciação de longo prazo (LTP – Long Term Potentiation). Isso demonstra que a capacidade de se manter focado é de extrema importância para definir que tipo de aprendizado se consolida.
“Não siga as ideias dos outros, mas aprenda a ouvir a voz interior de si mesmo. Seu corpo e mente ficarão claros e você compreenderá a unidade de todas as coisas.”
Prof. Rogério Quintela da C. Silva Faixa Preta Ni-dan
Corpo Discente da Academia Brasileira de Treinadores
Comitê Olímpico Brasileiro
Mestre Dogen
Entender o funcionamento do nosso corpo e de nossa mente é essencialmente importante para termos uma vida repleta de saúde, livre de doenças e até mesmo de qualquer problema que possa afetar nossas vidas. O grande desafio é transferir toda a técnica aplicada no dojô para o dia a dia. De que adianta um atleta ganhar todos os títulos mais importantes do planeta e, no primeiro problema de saúde, perder por ippon contra si mesmo? O propósito deve ser claro e acessível para que os objetivos possam ser alcançados, sem isso nada terá importância, inclusive a vida. Guaraci Ken Tanaka é Fisioterapeuta, Especializado em Acupuntura, Traumato Ortopedia e Neurociências, Pesquisador dos efeitos neurológicos da meditação (UFRJ). www.acupunturatanaka.com.br
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Credenciamento Técnico
Jean Madeira abre
credenciamento técnico
POR
A
PAULO PINTO I Fotos MARCELO LOPES
proximadamente 900 professores e técnicos de judô do Estado de São Paulo marcaram presença no credenciamento técnico, evento que reúne e credencia professores e técnicos que atuam nas competições de cada temporada. O encontro foi realizado no dia 21 de fevereiro, no auditório do Teatro Paulo Machado de Carvalho, em São Caetano do Sul (SP), e os palestrantes foram os professores Joji Kimura, diretor técnico e delegado regional da FPJ, que fez várias sugestões e propostas para a área técnica; Sadao Fleming Mulero, professor kodansha, que discorreu sobre aspectos históricos do judô; e Douglas Vieira, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (1984) e atual técnico da seleção brasileira sub 21. Douglas apresentou palestra intitulada Técnico ou torcedor, cujo foco central foi
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da
FPJ
O judoca e secretário de Esporte, Lazer e Juventude de São Paulo prestigiou a edição de 2015 do credenciamento técnico do judô paulista e, pela primeira vez, falou aos professores de sua modalidade como secretário de Estado.
mostrar sua experiência como técnico dentro e fora do shiai-jo e falou também sobre a importância da relação do técnico com o atleta e o árbitro. Marilaine Ferrante e Takeshi Yokoshi, membros da comissão de arbitragem da FPJ, expuseram o resultado prático do seminário de arbitragem promovido pela Federação Internacional de Judô (FIJ) no mês de janeiro, em Málaga, que teve como principal objetivo debater e padronizar as atuais regras do judô.
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Francisco de Carvalho Filho
Alessandro Puglia
Jean Madeira
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Credenciamento Técnico
Severo Oliveira
Várias autoridades políticas e esportivas marcaram presença na abertura do evento, entre as quais Jean Madeira, judoca e secretário de Esporte Lazer e Juventude do Estado de São Paulo; Severo Oliveira, secretário de Esportes de São Caetano do Sul; Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da CBJ; Alessandro Puglia, presidente da FPJ; Joji Kimura, coordenador técnico da FPJ; José Jantália, vice-presidente da FPJ; e Luís Alberto dos Santos, coordenador de cursos da FPJ. Vários delegados regionais e dezenas de professores kodanshas de todo o Estado marcaram presença, ratificando a importância e a relevância deste evento.
Faixa vermelha Em paralelo ao credenciamento houve a outorga de 9º dan ao professor kodansha Michiharu Sogabe, que recebeu de Jean Madeira o certificado emitido pela Confederação Brasileira de Judô. Sensei Sogabe recebeu seu obi vermelho de Alessandro Puglia e, visi-
Marilaine Ferranti
velmente emocionado, falou da importância desta graduação à Revista Budô. “Em minha trajetória nos tatamis primei sempre pela retidão, a boa conduta e a manutenção dos princípios que regem nossa modalidade. Estou muito feliz e espero que esta faixa vermelha motive muitos jovens a trilharem o verdadeiro caminho do judô.”
Balanço positivo Em sua avaliação do encontro, Alessandro Puglia enfatizou que o grande desafio é impulsionar o desporto social sem perder o foco do rendimento. “A cada ano o credenciamento cresce mais, fica mais rico em informação e conteúdo. Nossa proposta não é promover um evento que apenas mapeie professores e técnicos, e sim oferecer conteúdo e conhecimento aos professores e técnicos paulistas. Todos os palestrantes transmitiram aquilo que sabem para os técnicos do nosso Estado, e esperamos melhorar ainda mais este encontro em futuras edições.
Douglas Vieira
José Jantália
A vinda do secretário de Esportes foi uma benção de Deus, e vemos nitidamente no Jean Madeira a presença da filosofia do judô, pela forma como se expressa e se dirige às pessoas, e as pessoas que têm esse espírito enxergam a necessidade dos demais. O judô é transformador e se tivermos condições reais de trabalhar o aspecto social da forma como o professor Jean coloca, com muita propriedade, sem perdermos o foco do alto rendimento, certamente teremos um ganho enorme nos contextos social e esportivo. Este é o grande desafio.”
Uma filosofia e um estilo de vida Na avaliação de Jean Madeira, o credenciamento técnico amplia a visão dos professores. “Acredito que ninguém saiba tanto que não possa aprender e nem saiba tão pouco que não possa ensinar. Como judoca avalio que este evento foi mais que um ippon. Ver esse teatro lotado
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Jean Madeira e Paulo Duarte
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Wagner Vettorazzi, Alessandro Puglia, Eduardo Dantas Bacellar, Jean Madeira e Severo Oliveira
com quase mil professores e formadores de atletas é algo gigantesco. Para o atleta ter valor seu formador tem de estar muito bem preparado, e é esta a proposta deste encontro. A diretoria de cursos da FPJ está de parabéns e a SEJEL está de mãos dadas com esta entidade na realização de eventos como o que vimos aqui hoje. Saio maravilhado, porque aprendi muito sobre o judô raiz, sua origem e história. Em sua essência o judô é muito mais que uma simples modalidade olímpica e um esporte. É uma filosofia e um estilo de vida que, por praticar desde a infância, me ajudou e ajuda muito até hoje. Acredito que muitos professores sairão daqui renovados e mais fortalecidos para levar este estilo de vida para os cidadãos paulistas. Se Deus quiser estarei aqui no próximo ano entre os professores e tenho certeza de que vou aprender muito mais.” Jean Madeira finalizou exaltando o credenciamento técnico paulista. “Fiquei
Foto3 Jean Madeira e Gerardo Siciliano
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honrado com o convite feito pelo sensei Chico, porque este é um encontro efetivamente grandioso. Senti-me em casa, pois fui criado e formado nos tatamis. O judô contribuiu sobremaneira em minha formação como homem, chefe de família, pai, esposo e bom cidadão. Por isso agradeço a todos os professores pela oportunidade de estar aqui e acompanhar o credenciamento técnico paulista. Fazendo uso das palavras do professor Chico, repito que o judô é muito mais que um esporte, é um estilo de vida. Não forma apenas atletas, mas cidadãos de bem e fundamentados na boa conduta. Recebi a missão de fomentar o esporte em São Paulo do governador Geraldo Alckmin, e não poderia deixar de iniciar esta jornada entre os meus colegas dos tatamis, e reitero o desejo de viabilizar o maior crescimento possível ao judô e ao desporto paulista. Contem comigo e com o governo do Estado.”
Jean Madeira e Francisco de Carvalho Filho
Ippon para o desporto paulista Em seu balanço final Francisco de Carvalho Filho comemorou a outorga do 9º dan ao sensei Sogabe e expressou a felicidade por ver hoje um judoca ocupando o mais alto posto do desporto paulista. “O credenciamento técnico em si cumpriu sua proposta com palestras interessantíssimas, como as proferidas pelos professores Douglas Vieira e Sadao Fleming. A outorga do 9º dan ao professor Sogabe era uma aspiração antiga de nossa diretoria de graduação. Mas o ponto alto desse encontro foi o primeiro contato oficial do professor Jean Madeira com a comunidade judoísta. É muito gratificante saber que o desporto de São Paulo tem hoje à sua frente um gestor formado nos tatamis. Um homem criado por uma família de judocas e que foi educado sob os preceitos criados por Jigoro Kano. Tenho certeza de que, assim como o judô, todo o desporto paulista sairá vitorioso com a sua gestão.”
Douglas Vieira, Henrique Guimarães, Jean Madeira, Alessandro Puglia e Carlos Honorato
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Credenciamento Técnico
Cleber do Carmo e Jean Madeira
Jean Madeira e Rubens Pereira
Vice-campeão olímpico mostrou uma nova abordagem na relação entre atletas e técnicos Douglas Vieira dissertou sobre sua palestra e avaliou aspectos do judô atual. “Meu principal foco foi mostrar a experiência que acumulei como técnico dentro e fora do shiai-jo. Busquei ajudar na relação do técnico com o atleta e o árbitro, além de discutir algumas funções do técnico e do atleta, dentro e fora da área de luta. Minha maior preocupação é com a formação educacional, atlética e, principalmente, moral do atleta dentro e fora dos tatamis. Os resultados vêm como consequência de um trabalho em conjunto entre técnico, atleta, família e também de uma grande participação dos árbitros.” O treinador da seleção de base enfatizou a importância do intercâmbio no desenvolvimento técnico das novas gerações. “Percebemos hoje certa homogeneidade no judô
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brasileiro, com os paulistas ocupando menor espaço nos pódios. Credito esse fenômeno à facilidade de comunicação existente hoje. Devido ao trabalho desenvolvido pelos meios de comunicação as distâncias encurtaram muito. Outro ponto importante é o investimento que vem sendo feito por instituições particulares e ou governamentais, mais os incrementos dos clubes e projetos sociais. Estas ações oferecem um intercâmbio técnico gigantesco. Nosso esporte tem mais visibilidade hoje, e todos estes fatores proporcionaram maior desenvolvimento em todas as regiões do Brasil. Outro fator preponderante é a troca de experiências entre professores e técnicos, que trabalham hoje com equipes multidisciplinares e interdisciplinares que, certamente, aumentam as possibilidades de melhores resultados.” Formado em educação física e mestre em neurofisiologia, Douglas Vieira acumula hoje diversos cargos e funções. Além do trabalho que desenvolve na seleção brasileira de base,
Douglas é vice-presidente da Federação do Desporto Escolar do Estado de São Paulo e supervisor de judô do Club Athletico Paulistano. O vice-campeão olímpico finalizou enfatizando fundamentos importantes da iniciação. “Dentro da iniciação das crianças e das habilidades básicas e motoras, o professor tem de passar por todo um processo. Não podemos qualificar uma criança sem termos resolvido sua habilidade motora, pois ela poderá até fazer um o-soto-gari, ippon-seoi-nage ou um koshi-guruma, mas estará apenas imitando golpes e movimentos. Quando for necessário criar algo que demande estas habilidades, não vai saber, não terá base para se desenvolver tecnicamente. A criança precisa fazer muito ukemi, rolar, cair, levantar, sair, voltar, rolar e brincar, pois só assim aprenderá a criar situações de ataque, defesa e contra-ataque. Sem uma base sólida não existe crescimento, e a nós professores cabe a responsabilidade de prever e trabalhar estes aspectos.”
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Jean Madeira entrega certificado ao sensei Sogabe
Outorga de Faixa Vermelha
Francisco de Carvalho Filho, Miguel Suganuma, Jean Madeira, Michiharu Sogabe e Alessandro Puglia
Francisco de Carvalho Filho, Jean Madeira, Michiharu Sogabe, Alessandro Puglia, Calasans Camargo, Leandro Alves Pereira e Ant么nio Roberto Coimbra
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Secretaria de Esporte, La zer e Juventude do Estado de São Paulo
Jean Madeira exibe a camiseta da FPJ
Dirigentes do judô visitam novo secretário de Esportes Dirigentes foram à SELJ mostrar ao novo secretário os projetos desenvolvidos em parceria com secretaria e os resultados obtidos pelos judocas paulistas.
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mpossado no dia 5 de janeiro, Jean Madeira, atual secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, recebeu a visita dos principais dirigentes do judô paulista. O encontro ocorreu no dia 15 de janeiro e dele participaram Alessandro Panitz Puglia, presidente da Federação Paulista de Judô; Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô; e Jean Madeira, o secretário recém-empossado. Para o dirigente paulista, a vinda do novo secretário fortalecerá o deporto do Estado de São Paulo. “Conheci o secretário Jean Madeira e coloquei a Federação Paulista de Judô à disposição da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, para que juntos possamos traçar novos projetos em parceria. Com isso ganham o Estado e o esporte”, declarou Puglia.” Na visão de Francisco de Carvalho Filho,
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PAULO PINTO I Fotos ERIK TEIXEIRA
lho, Rafael Silva, Jean Henrique Guimarães, Francisco de Carva Puglia e Lívia da Cruz andro Aless a, Fuzit Kenji elo Marc ira, Made
Os judocas Jean Madeira, Alessandro Puglia e Francis co de lho falam sobre o momento da modalidade no Estado Carvade São Paulo
a posse de Jean Madeira representa um novo ciclo no desporto paulista. “A Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude sempre exerceu papel determinante no fomento e aprimoramento esportivo em nosso Estado, mas a posse de Jean Madeira – um judoca com grande conhecimento do cenário esportivo – deverá promover maior dinâmica na relação entre o governo do Estado, entidades de administração e esportistas como um todo.” Confiante, Jean Madeira reiterou a disposição de manter as parcerias existentes, e também de abrir as portas da SELJ para todos esportistas. “A Federação Paulista de Judô é um dos maiores parceiros de nossa pasta e desenvolveremos esforços no sentido de manter todos os convênios firmados com a entidade. Concomitantemente, manteremos o foco no sentido de ampliar o número de modalidades atendidas por nossa secretaria.”
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JUDÔ SOCIAL
Vera Naves, vice- presidente da RTE Rodonaves, prof. Rogério Quintela e Edilson Guerra, diretor da Rodonaves Corretora de Seguros
Vera Naves, Edilson Guerra e Camila Nogueira fazendo a entrega dos kimonos para as crianças
Um golpe de solidariedade
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á 22 anos à frente da Equipe de Judô Barão de Mauá, o professor Rogério Quintela sempre ajudou pontualmente algumas pessoas que se tornaram acadêmicos brilhantes e profissionais de sucesso. Entre eles estão o bicampeão pan -americano Tiago Bastos, o médico Antônio Adnor e o engenheiro Felipe Riul. Baseado nesta gratificante experiência, Quintela idealizou o projeto Judô - Um Golpe de Solidariedade, buscando ajudar um número ainda maior de jovens promissores, e o principal objetivo dessa iniciativa é utilizar o judô como ferramenta na formação educacional, física e moral de centenas de crianças.
Fundamentos e propostas do projeto O judô é considerado pela Unesco a atividade mais completa no desenvolvimento das relações humanas. • É o esporte com maior número de medalhas olímpicas brasileiras, totalizando 19, e será o carro-chefe do Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016. www.revistabudo.com.br
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PAULO PINTO I Fotos SÉRGIO NOGUEIRA
• O projeto atenderá a cerca de 310 crianças de 4 a 15 anos em dois núcleos: Creche Alvorada, em Ribeirão Preto (160 crianças), e Casa da Criança, em Cravinhos (150 crianças). • Todos os judocas participarão gratuitamente de duas aulas semanais, com duração de uma hora cada aula. • O projeto contará com um coordenador técnico, professor Rogério Quintela, os professores Sílvio Firmino e Evandro Marineli, a psicóloga esportiva Cheila Casagrande e o auxiliar técnico Bruno Marques. Para o professor Quintela, a proposta principal desta iniciativa é contribuir para a formação de bons cidadãos. “Este projeto visa a colaborar com centenas de pais na educação dos seus filhos. Faremos o acompanhamento do comportamento deles na escola e do convívio destes judocas com a sociedade. Nossa proposta é formar cidadãos de verdade.” O professor ribeirão-pretano destacou os
parceiros desta importante iniciativa. “Acreditamos na integridade do Homem por meio do esporte, e para podermos concretizar este projeto contamos com o patrocínio incondicional da RTE Rodonaves Transporte e Rodonaves Corretora de Seguros na Creche Alvorada. A empresa subsidiará os tatamis, kimonos dos atletas e folha de pagamento dos profissionais envolvidos.” Membro do corpo discente da Academia Brasileira de Treinadores do Comitê Olímpico do Brasil, Quintela comunga do pensamento de que cada um deve fazer a sua parte. “Nós, brasileiros, temos o péssimo hábito de atribuir ao governo a culpa de todos os nossos problemas, sejam eles pessoais ou coletivos. Meu pensamento é que todos nós somos responsáveis por aquilo que acontece no País. Enquanto houver este isolacionismo social e esta irresponsabilidade coletiva, o Brasil não vai melhorar. Este projeto é a nossa pequena contribuição no sentido de proporcionar inserção social por meio do esporte. Se cada um fizer a sua parte, em poucos anos o Brasil deixará de ser um País destroçado pela corrupção, e poderá tornar-se uma nação de verdade.” Revista Budô número 15 / 2015
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Arbitragem FPJ 2015
Seminário foca a Marilaine Ferranti, Edson Minakawa e Takeshi Yokoti
Mantendo os procedimentos adotados pela Federação Internacional de Judô (FIJ) para esta temporada, a diretoria de arbitragem da Federação Paulista de Judô dá ênfase aos temas mais contraditórios da arbitragem atual e prioriza a padronização em todo o Estado.
Luis Catalano Caleja, Shigueto Yamazaki e Francisco de Carvalho Filho
Alessandro Puglia e Shigueto Yamazaki
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Luis Catalano Caleja, Shigueto Yamazaki, Francisco de carvalho Filho, Takeshi Yokoti e Marilaine Ferranti
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padronização da
arbitragem POR
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Arbitragem FPJ 2015
Edson Minakawa, Edna Pioker, Marilaine Ferranti, Kanefumi Ura, Alcides Camargo, Gilson De Viti e Luiz Alberto dos Santos
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Federação Paulista de Judô realizou o seminário de arbitragem 2015, um dos principais eventos do início da cada temporada. Compareceram vários delegados regionais, mais de 20 professores kodanshas, coordenadores de arbitragem e 172 árbitros de todo o Estado. O encontro, realizado no dia 7 de fevereiro no Teatro Municipal de Mauá, contou com a presença de alguns dos maiores experts da arbitragem internacional, entre os quais os professores Dante Kanayama, Luís Catalano Caleja e Shigueto Yamazaki. Estiveram presentes também Alessandro Puglia, presidente da FPJ; Francisco de Carvalho, vice-presidente da CBJ; e Luís Alberto dos Santos, diretor de cursos da FPJ. Destinado aos árbitros estaduais, regionais, nacionais, internacionais e aspirantes FIJ, o credenciamento de arbitragem discute sempre as eventuais inovações estabelecidas pelo departamento de arbitragem da Federação Internacional de Judô (FIJ), no início da temporada. A direção dos trabalhos e a transmissão das novas normas internacionais foram feitas pelo professor Edison Minakawa, árbitro internacional FIJ A e coordenador de arbitragem da FPJ, que foi auxiliado pelos professores Marilaine Ferranti e Takeshi Yokoti, membros da comissão de arbitragem paulista. Na avaliação do professor Edison Koshi Minakawa, os dirigentes da FIJ estão no caminho certo. “Desde que a atual diretoria assumiu, vimos uma constante preocupação em resgatar o verdadeiro judô e dar mais dinâmica aos combates. Estas mudanças vêm ao encontro dos interesses da modalidade, no sentido de nos firmarmos como esporte olímpico. Existe a preocupa-
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ção de que o judô tenha cada vez maior espaço e visibilidade na mídia internacional e, principalmente, que o público e telespectadores em geral fiquem admirados com a nossa técnica e vejam o judô como um esporte interessante.” Sobre as mudanças, o coordenador da arbitragem paulista esclareceu que este ano a FIJ mudou de postura. “Na verdade este ano não houve nenhuma mudança. Foram anunciadas futuras mudanças, mas elas só serão colocadas em prática após a Olimpíada de 2016. O departamento de arbitragem decidiu reforçar e sedimentar alguns conceitos para não gerar dúvida um ano antes dos Jogos Olímpicos. Tanto é que, no seminário internacional realizado em Málaga, o principal foco foi dirimir as eventuais dúvidas e a busca de um padrão global.” Para Marilaine Ferranti, coordenadora de arbitragem paulista, a interação entre árbitros e coordenadores foi excelente. “Este
seminário foi bem dinâmico e os professores buscaram interagir o tempo todo. Tenho a impressão de que todos querem se atualizar e atender às necessidades impostas pelo nosso departamento. Não querendo desmerecer a arbitragem dos demais Estados, São Paulo tem uma arbitragem bem qualificada, e em linhas gerais a atuação dos nossos árbitros é de altíssimo nível.” No tocante à atuação da coordenação de arbitragem, Marilaine afirmou que o departamento vive uma nova era. “Penso que a atuação da coordenação de arbitragem está sendo muito proveitosa. A união com o Edison e o Takeshi tem somado no sentido de fazermos rapidamente a transmissão para todos os árbitros do Estado de São Paulo. O professor Minakawa é muito atuante e constantemente participa do circuito internacional, e com isso ele traz todas as novidades da arbitragem mundial e sempre estamos nos atualizando. Dessa forma podemos passar estas informações com maior clareza e impor certa padronização em São Paulo. Nosso principal objetivo é falarmos todos a mesma linguagem para maior entendimento de todos, e acredito que faremos um bom trabalho em 2015.” Takeshi Yokoti, também coordenador de arbitragem, enfatizou a necessidade de reciclar e padronizar a arbitragem. “O seminário de hoje priorizou a padronização da arbitragem estadual. O Edison e a Marilaine estiveram em Málaga participando do seminário internacional da FIJ e não houve mudança. Lá foram discutidas várias ações e eles trouxeram todas as informações que refletem a preocupação da entidade mundial com a padronização da arbitragem.”
Dante Kanayama, Marilaine Ferranti, Shigueto Yamazaki, Luis Catalano Caleja e Takeshi Yokoti
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Yokoti finalizou lembrando que o número elevado de eventos oferece maiores possibilidades aos árbitros bandeirantes. “Devido a uma série de fatores e conjunturas, a arbitragem de São Paulo sempre está um passo à frente. A agilidade no repasse das informações é muito importante, e o fato do nosso diretor estar sempre arbitrando em eventos internacionais e participando de clínicas facilita a nossa interação. Com isso o Estado de São Paulo acaba tendo o privilégio de receber as informações em primeira mão, mas o diferencial é estar pondo tudo em prática imediatamente. A enorme quantidade de eventos faz com que a arbitragem paulista seja cada vez mais atualizada e eficaz.” Fazendo uso de recursos de vídeo e com o auxílio dos judocas Renata Pati e Guilherme Minakawa, o professor Edison fez ampla explanação sobre as recentes orientações da FIJ, e inovou abrindo espaço para que os árbitros espectadores sanassem eventuais dúvidas, no final de sua exposição. No enceramento todos os árbitros receberam certificado de participação, uma nova gravata personalizada e escudo com o brasão da FPJ que farão parte do uniforme e especificarão a graduação de cada árbitro paulista nas classes regional, estadual, nacional e internacional.
Presença ilustre O seminário de arbitragem desta temporada contou com a presença de um dos maiores ícones da arbitragem mundial, o professor kodansha 8º dan Shigueto Yamazaki. Detentor de um currículo invejável, sensei Yamazaki tornou-se árbitro FIJ A em
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Francisco de Carvalho Filho, Alessandro Puglia, Marcos Uchida e Joji Kimura
1974, e atuou em mais de 15 finais olímpicas. Em 1976, na Olimpíada de Montreal, fez seis finais e foi eleito o árbitro número 1 daquela edição dos jogos. Afastado do cenário já há muito anos, o professor Yamazaki surpreendeu os velhos amigos e avaliou o evento positivamente. “O seminário foi muito bom mesmo. O sensei Minakawa está fazendo excelente trabalho, trazendo muitas informações e sanando muitas dúvidas. O trabalho dele tem sido de fundamental importância.” O renomado árbitro internacional finalizou comemorando a oportunidade de aprender um pouco mais. “A arbitragem de judô mundial tem evoluído muito desde a minha época, e estou muito feliz por estar aqui revendo amigos e árbitros, mas acima de tudo por poder aprender um pouco mais. Tudo isso é muito bom para nosso judô”, disse Shigueto Yamazaki.
Árbitros, professores e dirigentes avaliam encontro Na avaliação de Alessandro Puglia, a comissão de arbitragem realizou um grande seminário. “A cada ano nos preparamos mais e pensamos em todos os detalhes. Ë muito importante que todas as pessoas que estiveram no seminário saiam confiantes daqui, mesmo porque são eles que irão multiplicar em suas regiões todo o conhecimento recebido aqui.” Para o dirigente paulista, o fato de não haver mudanças nas regras ajudará, sem dúvida alguma, a melhorar o padrão da arbitragem estadual. “Mudanças constantes acabam gerando insegurança nos árbitros, principalmente agora que estamos na véspera dos Jogos Olímpicos. Acredito que este ano teremos uma arbitragem mais confiante e padronizada.” O seminário de arbitragem manteve o mesmo índice de crescimento da temporada passada, e para o dirigente este desempenho reflete a qualidade do trabalho desenvolvido por toda a equipe da FPJ. “É verdade, este ano nós mantivemos um crescimento de inscrições próximo a 20%, e para nós este é um indicador do crescimento de nossa modalidade em São Paulo, associado à seriedade e à organização do departamento técnico e arbitragem de nossa entidade.” Puglia explicou que o material será disponibilizado a todos os árbitros paulistas. “Este ano nós inovamos e classificamos os árbitros em suas respectivas categorias. Já há algum tempo tínhamos este objetivo e finalmente deu certo. Entregamos certificados para os árbitros, além de uma gravata Revista Budô número 15 / 2015
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Arbitragem FPJ 2015 personalizada e um escudo que contêm a classificação de cada um. Esta foi uma ação inédita que deverá estender-se para as 16 delegacias regionais. A proposta é identificar, mapear e classificar todos os árbitros paulistas. Após esta etapa manteremos o foco na tão sonhada padronização desta importante área”, disse o dirigente. Paulo Pi, professor e árbitro de Atibaia - 15ª DRJ, deu nota máxima ao seminário de arbitragem 2015. “Em primeiro lugar quero enfatizar que achei a mudança feita no departamento de arbitragem muito boa e oportuna. O trabalho do professor Edison Minakawa é muito didático e com isso ele nos transmite todas as informações com extrema facilidade e clareza.
Esta edição do seminário foi nota 10 e penso que estamos no caminho certo para melhorar ainda mais a arbitragem do Estado de São Paulo.” O renomado professor Aílton José Pereira Calado, de Penápolis - 5ª DRJ, destacou a importância deste workshop da arbitragem paulista. “Vejo enorme importância neste seminário, pois por meio da exposição do sensei Minakawa recebemos todas as orientações e inovações impostas pela Federação Internacional de Judô. É um evento de altíssimo nível e muito proveitoso, já que sairemos daqui sem as tradicionais dúvidas que afligem técnicos, professores e até mesmo parte dos árbitros. Muito bom mesmo.”
Árbitros brasileiros participam de seminário da FIJ Dez árbitros brasileiros tiveram a oportunidade de participar do seminário de arbitragem promovido pela Federação Internacional de Judô (FIJ), nos dias 30 e 31 de janeiro, em Málaga, na Espanha. O evento teve como objetivo debater e padronizar as regras do judô, conforme explicou o professor José Pereira, gestor nacional da arbitragem, em seu blog. O Brasil esteve representado pelos árbitros André Mariano dos Santos (DF), Carlos Alberto Barreto (RN), Edilson Hobold (PR), Edison Mi-
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nakawa (SP), Jeferson Vieira (RJ), Laedson Lopes (RN), Leonardo Stacciarini (GO) e Marilaine Ferranti (SP), além do professor José Pereira. Robnelson Ferreira, gestor técnico nacional e de eventos, acompanhou a delegação durante os quatro dias de permanência na Espanha. A programação do seminário contou com estudos e discussões teóricas, análise de vídeos e exemplos práticos, em que os árbitros tiveram a oportunidade de trocar o uniforme formal pelo judogi.
Sensei Marcos Mercadante, de São Vicente - 11ª DRJ, exaltou a importância da padronização na arbitragem. “Acho este encontro superpositivo. O professor Minakawa é um ícone do judô, uma pessoa bastante atualizada e com enorme capacidade didática para transmitir o curso. Penso que a padronização da arbitragem é de fundamental importância e dará outro rumo ao nosso trabalho.” O professor kodansha Pedro Jovita Diniz, de São Bernardo - 9ª DRJ, exaltou o audiovisual apresentado no evento. “O seminário foi muito bom e tudo nos foi passado com muita clareza. Se os árbitros assimilarem e aproveitarem tudo o que foi passado, daremos um passo enorme na arbitragem do nosso Estado. Não houve muitas novidades, o que ajudará bastante na padronização dos trabalhos. O ponto alto do encontro foram as imagens apresentadas para fazermos avaliação dos golpes mais usados nas competições. Esse recurso foi muito ilustrativo e didático, e acredito que esta ação trará enormes progressos. Por meio desta visualização pudemos avaliar com maior precisão o que está sendo feito lá fora, já que a sincronização de nossa arbitragem com a internacional vai ao encontro dos interesses dos atletas brasileiros que disputam eventos do exterior.” Mário Chibana, da 1ª DRJ - Capital, prognosticou grandes avanços na arbitragem nesta temporada. “O seminário foi muito proveitoso e acho que a padronização é um grande passo. A facilidade com que o sensei Edison transmite as informações é impressionante. Todo o contexto deste seminário será de grande valia para que os nossos árbitros possam realmente entender e arbitrar da forma correta. Isso fará com que 2015 seja um ano de muitos avanços e um ano nota 10.” www.revistabudo.com.br
A árbitra Edna Pioker, da 14ª DRJ, natural de Registro, enfatizou o entrosamento da nova coordenação de arbitragem. “Com relação à mudança nas regras, este ano foram poucas, mas o seminário foi muito bem planejado e elaborado. A nova diretoria está muito entrosada e ajustada. O trabalho está sendo feito no sentido de orientar e favorecer a atuação dos árbitros de todo o Estado. Esperamos que em curto prazo a arbitragem paulista evolua ainda mais. Mesmo sendo referência em todo o Brasil, ainda temos muito que evoluir, e a agilidade no repasse das informações é fundamental nesse processo.” Celso de Almeida Leite, delegado da 15ª DRJ, destacou o crescimento de inscritos. “Numa avaliação administrativa, tivemos um aumento entre 10% e 15% no número de inscritos. Mas meu balanço é positivo porque muitas delegacias farão seminários em suas regiões, e estes números ainda aumentarão significativamente. Em minha delegacia, por
exemplo, no ano passado tivemos em torno de 220 inscritos e neste ano certamente vamos superar esta marca, e isso deve ocorrer em todas as delegacias. Esta grande presença mostra o interesse dos professores e árbitros em se atualizar e prestar um trabalho mais uniforme para toda a coletividade do judô paulista.” Para Cléber do Carmo, delegado da 12ª DRJ Mogiana e coordenador de Centro de Excelência de Judô de Ribeirão Preto, a palestra refletiu a qualidade da atual coordenação de arbitragem paulista. “Sinto que a comunidade do judô está feliz e acreditando nas propostas do sensei Edison Minakawa, o novo coordenador de arbitragem da FPJ. Ele é um árbitro jovem com expressão mundial e, acima de tudo, extremamente carismático, que aos pouco vem conquistando novos árbitros e resgatando outros que estavam distantes. Com uma palestra dinâmica e pontual, que demonstra criatividade em passar informações, consegue extrair do grupo o seu máximo. Nossa arbitragem está muito bem representada e este seminário ratifica minha afirmação. Tudo aqui é de primeira qualidade, um lugar amplo, climatizado e com equipamentos da melhor qualidade.
Esta diretoria está inovando e isso nos motiva muito. Penso que estas iniciativas vêm ao encontro dos anseios de todos os professores e judocas paulistas.”
Oficiais de mesa Em paralelo ao seminário de arbitragem houve o curso de padronização de oficiais de mesa, evento que está em sua terceira edição. Fernando Ikeda, coordenador de oficiais de mesa da FPJ, fez sua avaliação. “Está havendo uma evolução progressiva neste segmento da arbitragem. Estamos atingindo nossos objetivos e vemos hoje um trabalho bem mais homogêneo em todo o Estado. Todas as 16 delegacias regionais recebem o mesmo material e são atualizados simultaneamente. Com este trabalho uniforme sendo desenvolvido em todas as regiões, estamos formando e capacitando todos os oficiais de mesa com o mesmo padrão.”
Árbitros inscritos Adriano Alves Coelho Ailton José Pereira Calado Alcides Camargo Aldemar de Almeida Júnior Alessandro Santiago Santos Alex Kendy Yamashita Alexandro de Freitas Allan de Souza Silva Andaluza Marin Ricardo Calvo André de Camargo André Luís Gomes de Moraes Aníbal da Costa Torres Júnior Antônio Balduíno Silva Antônio Carlos L. Bustamante Antônio de Souza Neto Antônio Honorato de Jesus Aristides de Souza Filho Arthur de Mello Reis Zumbano Belmiro Boaventura da Silva Bento Emanoel Aleixo Bruno Rogério Carlos Alberto Previato Carlos A. Quintino Santos Carlos Correa de Godoy Carlos Renan Rocha Camilo Celestino Seiti Shira Celso Tochiaki Kano Claudia Sclaffani Cláudio Toshiyuki Murayama Cléber do Carmo Creito Kokei Nakamura Daniel K. Gonçalves Pereira Daniel Teles Menezes Denison Soldani Santos Djalma Terto de Sales
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Douglas Wilson Duarte Edilson José da Silva Edison Pires Duarte Edna Pioker de Lima Edson Silva Barbosa Eduardo Kitadai Eduardo Melato Neto Eliandro de Siqueira Elton R. Carvalho da Silva Eudes Gabriel Nascimento Evandro Luiz Simões Everson Freitas Campante Fábio de Souza Gadelha Fábio Oliveira Nora Fabricio de Gandra Fidelis Felipe Freire de Vito Fernando Ferreira de Souza Flávio Henrique Chapela Francisco Carlos Alves Gabriel Cipriano Gabriela Fernandes Costa George Erwin T. A. Oliveira Gilberto Ferreira de Oliveira Gilson de Vito Gilson Tavares de Souza Gustavo Roberto Torino Hamilton Silva Harley Barbosa do Amaral Henrique Fernandes Costa Hissato Yamamoto Horácio R. Pissarra Silva Hugo Almeida Pinto Idson de Souza Lima Igor Takashi Abe Pezzoli Jadenir Rosa da Silva
Jair Nunes de Siqueira Jefferson Queiroz Celestino Jéssica P. Motta Jiro Aoyama João David de Andrade João Manoel Costa Rocha Jorge Souza Lima José Antônio Marques José C. Araújo Palmeira José Celso Silva Júnior José Devam Ramos Kanefumi Ura Katsuhiko Komura Kendi Yamamoto Laryssa T. Magalhães Leandro Alves Pereira Leandro Macieirinha Lima Leandro Said da Costa Leandro Tomé Correa Leonardo Arashiro Leonardo Cassab Oliveira Leonardo Luís Vendrame Leonardo V. Montanher Leonardo Yamada Leônidas Ismael Machado Lilian Dias dos Santos Luciana S. Takayama Luiz A. Nunes de Moraes Luiz Carlos Eugênio Brígida Marcelo A. Correia da Silva Marcelo Neri Fontes Márcio Toshio Suzuqui Marcos Paiva Mercadante Marcos Fernandes Marcos Reginaldo Souza
Marcus Michelini Maria C. Amorim Antunes Mariana Bergliomini Dao Marilaine Ferranti Antonialli Mário Koji Chibana Mário Lima Santos Matheus de Cillo Arantes Maurício André Cataneo Maurício M. Machado Maurílio Cesário Michael Reyne Mendes Michel Santos Aguiar Moisés Augusto Rodrigues Murani Gomes Naomi Shinoda Natália da Silva Torres Nelson Eishin Ueti Nilson de Jesus Souza Orlando Silva Santos Osmar Mitsuo Kato Paulino Yoshio Kumagae Paulo F. Alvim Muhlfarth Paulo Roberto Ferreira Pedro Dezanetti Filho Pedro Jovita Dinis Pedro Luiz Fernandes Pedro Ribeiro da Cruz Priscila Kazue Asano Rafael Lazareff Pereira Rafael Rossi Raony Cassab César Renato Gomes Camacho Ricardo Eiji Ozaki Ricardo Feola L. da Silva Ricardo Pereira Santos
Robertha G. A. Yamashita Roberto Fernando Bicudo Roberto Moisés Dutkiewcz Roberto Tadeu dos Santos Roberto Tokozima Robson Foriato Jota Rodolfo Mathias Rodrigo César S. Capelucci Rogério de Moraes Rosânio Coelho Gonçalves Rosilene Dourado Rubens Massashi Nakawa Rúbia Renata Fabre Sandro Marcelo dos Santos Sérgio Iamada Sérgio Matos do Nascimento Sidney Massayuki Fukayama Takeshi Nitsuma Tiago Agostinho Leal Leite Tomio Takayama Ulisses de Godoy Vicente Rodrigues Cardozo Victor Lucas Oikawa Garcia Vinicius de Almeida Grassi Vinicius Rodrigues Erchov Wagner Tadashi Uchida Walmir Barbosa Silva Wiliam Arruda Araújo Wilmar Terumiti Shiraga Wilson Faria Wilson Shinoda Wlademir Rodrigues Bikelis
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Copa São Paulo Aspirantes de Judô 2015
SESI é campeão da Copa São Paulo Aspirantes Um dos destaques da edição deste ano foi a realização simultânea da 1ª Copa de Judô para Todos, disputada por judocas com necessidades especiais. POR
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PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ
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Federação Paulista de Judô realizou no dia 28 de março a Copa São Paulo Aspirantes de Judô, evento que proporciona grande intercâmbio técnico para os judocas que estão até na faixa verde. Como na temporada passada, a competição de 2015 desenrolou-se em 12 áreas montadas no Ginásio Poliesportivo Municipal Adib Moysés Dib, em São Bernardo do Campo, e apresentou grande evolução na questão organizacional. Cerca de mil judocas representaram 95 associações provenientes das 16 delegacias regionais do judô paulista, e lutaram bravamente pelas medalhas em disputa. Mais uma vez a cerimônia de abertura contou com a brilhante apresentação de taikô feita pelo grupo Kiendaiko, que emo-
cionou a plateia e recebeu muitos aplausos. Houve também distribuição de brindes para atletas e o público. O grupo de taikô Kiendaiko foi fundado em 2006 na Associação Cultural Nipo-Brasileira de São Bernardo do Campo (Bunkai SBC), e é composto por aproximadamente 35 integrantes, crianças e adultos, e se apresenta em festivais, eventos corporativos, esportivos e festivos. A cerimônia de abertura registrou significativa presença de autoridades esportivas e políticas, entre as quais Francisco de Carvalho, vice -presidente da Confederação Brasileira de Judô; Alessandro Puglia, presidente da FPJ; Jean Madeira, secretário estadual de Esportes; Henrique Guimarães, medalha de bronze na Olimpíada de Atlanta em 1996; e os delegados regionais Osmar Aparecido Feltrim, Cléber do Carmo, Wilmar Shiraga, Sidnei Paris, Celso de Almeida Leite, Argeu Maurício Oliveira, Joji Chiba Kimura, Jiro Aoyama e Júlio César Jacopi. Marcaram presença também Mauro Roberto Bassoli, chefe de esportes de alto rendimento de São Bernardo do Campo; Cleuder de Paula, coordenador da juventude da SEJL; Leandro Elias, assessor do secretário de Esportes; e Felipe Reis, atleta e campeão do judô para todos. Prestigiaram o evento 21 professores kodanshas, entre eles Osmar Aparecido Feltrim, Paulo Roberto Duarte, Francisco de Carvalho, Gerado Siciliano, Luís Alberto dos Santos, Takeshi Nitsuma, Rubens Pereira, Hissato Yamamoto, Nelson Hirotoshi Onmura, Alessandro Puglia, Pedro Jovita Diniz, Antônio Honorato de Jesus, Belmiro Boaventura da Silva, Paulino Tohoru Namie, Galileu Paiva dos Santos, Jiro Aoyama, Milton Ribeiro Correa, Alcides Camargo, Rioiti Uchida, Sidnei Paris e Wilmar Terumi Shiraga. Mais uma vez José Jantália, vice-presidente da FPJ, foi o mestre de cerimônias, enquanto a locução do evento ficou a cargo do professor Fernando Catalano, que com extrema competência estabeleceu grande interação com os espectadores. A diretoria da FPJ prestou homenagem
ao secretário de Esportes, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, que recebeu um quadro com medalhas de campeonatos paulistas.
SESI é campeão geral A fortíssima equipe do SESI, que hoje é capitaneada pela unidade de Bauru, foi campeã geral desta edição. E para chegar ao título a equipe comandada pelo experiente professor Marinho Esteves somou 29 pontos, conquistando quatro medalhas de ouro, duas de prata e três de bronze. Em segundo lugar ficou a equipe da Secretaria de Esportes de Franco da Rocha, que somou 28 pontos ao conquistar cinco medalhas de ouro e três de bronze. Já em terceiro lugar ficou o time da Academia de Judô Morada do Sol, de Poá, que também somou 28 pontos com quatro medalhas de ouro, uma de prata e cinco de bronze. O Judô na Faixa Team, de Sorocaba, chegou em quarto lugar, com 27 pontos, conquistando quatro medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze. O quinto lugar foi ocupado por duas equipes: SEDUC Praia Grande e SESI-SP, que somaram 21 pontos com duas medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze. Confira abaixo as dez primeiras equipes na contagem geral de pontos.
Apoia o judô paulista
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ão Classificaç ão ç por associa 1º SESI-SP da Rocha rtes de Franco 2º Sec. de Espo do Sol a ad or Judô M 3º Academia de am Te 4º Judô da Faixa
5º SESI-SP Grande 5º SEDUC-Praia Judô Piçarras de ia em 6º Acad EL /Chiao SM 7º Mogi Cruzes i ua Ag A/ 8º DERL ãos Ribas e Esportiva Irm 8º Assoc. Cult. e ub Cl tebol 9º São Paulo Fu e de Judô cos Mercadant 10 º Assoc. Mar
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Copa São Paulo Aspirantes de Judô 2015 Copa São Paulo de Judô para Todos Em paralelo à Copa São Paulo Aspirantes foi disputada a 1ª Copa de Judô para Todos, competição para atletas com necessidades especais, e o evento mostrou o potencial destes judocas. O torneio ofereceu a numerosos judocas com deficiências e necessidades especiais a oportunidade de participarem de um evento oficial da modalidade. O projeto experimental foi organizado pela FPJ, cuja diretoria acredita que o convívio das pessoas portadoras de deficiência com o esporte aumenta a autoestima e melhora a qualidade de vida. Aproximadamente 30 judocas de várias faixas etárias deram exemplo de vida e mostraram todo o potencial que possuem.
Alessandro Puglia, Felipe dos Reis, Jean Madeira, Rogério dos Reis e Francisco de Carvalho
Dirigentes avaliam a competição Jean Madeira, secretário de Esporte do Estado de São Paulo, destacou a importância do judô inclusivo. “O que mais chamou atenção neste evento foi a realização da Copa de Judô para Todos. Tivemos a cobertura da Rede Record e do R7, que assim como eu tiveram a oportunidade de contemplar a grandiosidade da socialização que o judô proporciona a crianças e jovens com deficiência. No fim das disputas vimos estes atletas se abraçando, sorrindo e algumas chorando de felicidade, e isso não tem preço. É o que digo quando precisamos também do esporte e do judô inclusivo, e parabenizo a diretoria da FPJ por esta importante iniciativa.” Francisco de Carvalho enfatizou a importância do evento para as categorias de base. “A Copa São Paulo Aspirantes está em sua terceira edição, e antes esta classe fazia parte da Copa São Paulo, mas o evento cresceu tanto que tivemos de desmembrá-lo e mesmo assim tivemos aqui, aproximadamente, mil atletas. Além da enorme possibilidade de intercâmbio, esta competição permite que todos se avaliem tecnicamente, e para a base isso é muito importante.” Para Alessandro Puglia, o judô é uma modalidade sem fronteiras. “Esta competição abre o calendário esportivo para essa categoria, e neste ano tivemos mais de mil atletas competindo. A grande novidade foi a disputa do Judô para Todos, que prova que o judô é um esporte sem fronteiras e um instrumento de inclusão social. As crianças especiais que aqui es-
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Campanha de prevenção à hepatite
Francisco de Carvalho Filho
Jean Madeira exibe quadro de medalhas presentado pela FPK
Cleuder de Paula
Equipe de Jean Madeira
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Leandro Suzart, Francisco de Carvalho, Jean Madeira, Alessandro Puglia, Henrique Guimarães e Mauro Bassoli
Atletas do judô para todos
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tiveram foram inseridas na competição, e acho que foi o grande legado desta edição.” Na avaliação de Celso de Almeida Leite, delegado da 15ª DRJ, o judô paulista vive um momento de expansão. “Há uma semana recebemos cerca de 3 mil atletas, entre kata e shiai, e hoje tivemos mais de mil competindo. Estes números superaram os índices de 2014 em mais de 20% e mostram que as competições estão agregando cada vez mais atletas. O Judô para Todos está promovendo a inclusão de um segmento de jovens que antes ficavam à margem das competições oficiais. Reservamos uma área de luta para eles, mas todos passaram pelo mesmo processo dos demais atletas, desde a pesagem até a premiação. Tiveram uma participação no mesmo processo dos demais judocas, respeitando, é claro, o formato de competição deles. Nossa equipe deu todo o suporte para este evento, que certamente é uma proposta a mais dentro do judô e para o judô.” Henrique Guimarães enfatizou a importância de inserir as crianças no ambiente da disputa. “Este evento é de fundamental importância no sentido de fomentar e massificar o judô e os eventos da FPJ. Para que as crianças interajam entre si é muito importante que desde cedo possam participar desse ambiente de competição. Um fato marcante hoje foi a participação das crianças especiais. Isso mostra que o judô tem essa responsabilidade e faz sua contribuição social.” Mauro Roberto Bassoli destacou o crescimento do torneio. “Esta é uma competição que cresce a cada ano. A Copa São Paulo é o maior evento de judô do Brasil, e a Secretaria de Esportes de São Bernardo está de portas abertas para receber a modalidade, pois acreditamos que é um grande instrumento de formação e inclusão. Prova disso foi a competição realizada simultaneamente, na qual vimos crianças e jovens especiais participando e interagindo de forma magnífica.”
Jean Madeira destaca a importância da presença dos pais naRevista competição Budô número 15 / 2015
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Classificação por associação 1º SESI - SP 2º Sec. de Esportes de Franco da Rocha 3º Academia de Judô Morada do Sol 4º Judô da Faixa Team 5º SESI - SP 5º SEDUC - Praia Grande 6º Academia de Judô Piçarras 7º Mogi Cruzes SMEL/Chiao 8º DERLA / Aguai 8º Assoc. Cult. e Esportiva Irmãos Ribas 9º São Paulo Futebol Clube 10º Assoc. Marcos Mercadante de Judô 11º Judô Clube Mogi das Cruzes 12º SEMEL de Sertãozinho 12º SESI - SP 13º Clube Internacional de Regatas 14º Associação de Judô Mongaguá 14º ADPM-Reg. SJC 14º Assoc. Judô Cho do Kan Itanhaém 15º Associação de Judô Aleixo-MF 16º ADUC- Assoc. Desp. União da Coma 16º A. C. e Amigos do Vila Rica 17º SESI - SP 17º Clube Paineiras do Morumby 18º A. D. Ateneu Mansor 19º Academia Mura 19º Associação Desportiva Indaiatubana 19º Associação Hortolandense de Judô 19º Associação Judô 9 de Julho 19º Associação Itapirense de Judô 20º Associação Limeirense de Judô 20º Associação de Judô Vila Sonia 21º Ômega Academia 21º Secretaria de Esportes de Taubaté 22º SME - Penápolis 22º Grêmio Rec. Serv. Mun. de Cubatão 22º Associação de Judô Carvalho 22º Fundação Esportiva Matonense 22º Associação de Judô Trajano Center 22º Sec. Mun. de Esportes de Caieiras 22º Performance Academia 22º Projeto Pelicano 22º Paranapanema Judô Clube 22º Associação Judô Hombu Budokan 22º Assoc. Cult. Esp. Rec. de Tupã 23º AADSB/Projeto Judô Olímpico 23º IDCULI Paulista Shoshichi Chiba 23º Clube Esportivo da Penha
24º Pirituba Futebol Clube 24º ADES Equilibrium 24º SEMEL Lins/Morimoto 24º Liga de Judô do Litoral 24º Associação Hirakawa de Judô 24º Esp. Cl. Osasco/Yanaguimori 24º Judocas de Cristo Missão Inter 24º Associação Matsumi de J. e Karatê 24º Circulo Militar de São Paulo 25º Academia Calasans Camargo 25º Clube Atlético Taboão da Serra 25º SEAS – Sec. Assistência Social 25º KG Judô kan Boituva 25º Projeto Pequeno Davi 25º Clube R. de Suzano Judô Terazaki 25º Associação de Judô Araçatuba 26º Academia de Judô Adriana Bento 26º Bushikan-Dojo 26º Associação de Judô Alto da Lapa 26º A. Shiroma de Judô e Defesa Pessoal 26º Associação Resgate da Nação 26º Associação de Judô de Mauá 26º Acre Clube 26º Associação Moacyr de Judô 27º Associação Mirai de Judô 27º A. Yamazaki de Judô de S. J. Campos 27º SESI - SP 27º ADREARMAS 27º A. Desp. e Cult Fábrica de Campeões 27º Associação Esportiva Guarujá 27º Judô Torres 27º APAJUSVO - A. Pais e Amigos do Judô 27º Associação de Judô Ichikawa 27º Associação de Judô Budokan Peruíbe 27º Grêmio Recreativo Barueri 27º Club Athletico Paulistano 27º Assoc. Cult. e Esportiva de Tucuruvi 27º Escola Mun. de Judô Mauro Sakai 27º Judô Pires 27º Associação Registrense de Judô 27º CAMP - SBC 27º Assoc. Cult. Nipo Bras. Vila Carrão 27º Sec. Mun. Esp. Pref. Est. Turística 27º Sociedade Esportiva Palmeiras 27º Instituto Sensei Divino Budokan 27º Clube Atlético Juventus 27º Clube de Regatas Tumiaru
Equipe de fotografia do projeto “Galera do Click”
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Jean Madeira e Henrique Guimarães premiando atletas da classe judô para todos
Para Cleuder de Paula, coordenador da juventude do Estado de São Paulo, o judô é ferramenta de transformação social. “Fico feliz por participar deste certame, e vejo que o esporte é fundamental para a formação dos nossos jovens. O judô tem muito a oferecer, pois além de ser uma referência esportiva no alto rendimento, é ao mesmo tempo uma ferramenta importantíssima de transformação e inclusão social. Foi extremamente gratificante presenciar crianças e jovens especiais interagindo e participando de um evento esportivo dessa magnitude e penso que o caminho é esse mesmo.” Para Rogério Duarte dos Reis, técnico e pai de Felipe dos Reis, atleta da seleção brasileira de judô para todos, os atletas especiais são iguais aos judocas regulares. “Essa edição da Copa São Paulo tem como grande marco a inclusão. Queremos mostrar que somos iguais e essa abertura que a FPJ nos deu é muito importante, pois na verdade estes jovens são iguais a todos. Meu filho Felipe Reis já foi campeão na Holanda e no Rio de Janeiro, além de bronze na Itália: é um atleta de ouro. A primeira coisa que ele fala quando acorda é “bom dia papai”. A segunda é perguntar: tem treino de judô, hoje? Ele treina muito e também participa das competições regulares e da aula para crianças.”
Campanha de prevenção à hepatite Pódio judô para todos
Pódio com as equipes classificadas
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No transcurso do evento da FPJ, a Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite (ABPH) desenvolveu uma importante ação visando a esclarecer e dar maiores informações ao público sobre os riscos e sintomas das hepatites B e C. Nas dependências do ginásio, os voluntários da ABPH convidavam as pessoas para realizar um teste que, além de rápido e fácil, era gratuito e apresentava resultado em poucos minutos. A hepatite é uma doença que quase sempre não apresenta sintomas, e por isso é conhecida como assassina silenciosa. O contágio é causado por um vírus que provoca inflamação no fígado, e estimase que milhões de pessoas são portadoras da doença sem saber disso. Para obter maiores informações sobre a hepatite e como evitar o contágio, consulte a página do ABPH no facebook: www.facebook.com.br/hepatites Revista Budô número 15 / 2015
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2ª Copa Dr. Valdomiro Mandaliti
SESI Bauru
sobra nos tatamis em torneio da Centro-Sul POR
C
PAULO PINTO
I Fotos MAIKON SAHARA
om o apoio do SESI Bauru e da Advocacia Mandaliti, a equipe da 3ª Delegacia Regional Cento-Sul da FPJ promoveu a 2ª Copa Dr. Valdomiro Mandaliti de Judô, certame que abriu o calendário esportivo na região. A competição realizou-se no dia 8 de março no ginásio de esportes do SESI e contou com a participação de 540 judocas de 26 equipes vindos de várias regiões do Estado de São Paulo para disputar medalhas do mirim até o máster.
Sensei Bento
com a equipe
Argeu Maurício Neto, delegado regional, explicou porque o evento leva o nome de um advogado. “O dr. Valdomiro Mandaliti foi um grande advogado que chegou à presidência da subseção da OAB de Bauru. Acima de tudo ele foi um dos maiores incentivadores do judô de nossa região, e sempre viu a modalidade como ferramenta de inserção e transformação social. Hoje ele já não está entre nós, mas seus filhos Rodrigo e Reinaldo Mandaliti mantêm o escritório de ad-
de Judô Aleixo
Equipes finalistas
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Os professores Artêmio, Argeu, Clóvis, Pedro, Valter, Shiraga, Bento, Átila, e Roberto compuseram a mesa de honra
Argeu Maurício
Artêmio Caetano
Clóvis Cavenaghi
Senseis Clóvis, Artêmio, Dener e Argeu
Argeu, Clóvis, Pedro e Valter (Gordo) ambos coordenadores do SESI
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2ª Copa Dr. Valdomiro Mandaliti vocacia da família e fazem questão de preservar a tradição criada pelo pai no apoio ao judô.” A cerimônia de abertura reuniu autoridades políticas e esportivas, entre as quais Artêmio Caetano Filho, vereador de Bauru; Clóvis Cavenaghi, diretor do SESI SP para a região de Bauru; Argeu Maurício Oliveira Neto, delegado da 3ª DRJ; os professores Bento da Associação de Judô Aleixo de Jaú, Pedro e Valter, coordenadores do SESI; Átila Castro, secretário adjunto da 3ª DRJ; e os professores kodanshas Jorge Siqueira, de Pederneiras; Walmir Terumiti Shiraga, de Guararapes; e Roberto Fuscaldo, de São José do Rio Preto. Dois ícones do judô da região foram homenageados durante a cerimônia de abertura: Clóvis Cavenaghi, diretor do SESI Bauru e principal responsável pela vinda da equipe de rendimento sesiana à cidade, e o professor kodansha e vereador de Bauru Artêmio Caetano, um dos maiores judocas da região Centro-Oeste do Estado, que até hoje defende São Paulo e o Brasil em competições másteres. Para Clóvis Cavenaghi, este foi um evento memorável. “Esta segunda edição da Copa Dr. Valdomiro Mandaliti apresentou crescimento significativo no número de inscrições, mas o fato relevante foi a qualidade técnica, dando força a um evento que futuramente poderá ser preparatório para a Copa São Paulo, um termômetro do trabalho desenvolvido na pré-temporada. Minha leitura é que a 3ª DRJ realizou um evento memorável.” O dirigente sesiano finalizou agradecendo a homenagem recebida. “Fiquei muito honrado pela lembrança do trabalho que realizamos no judô de Bauru, nos anos 1970. Na verdade, o sensei Artêmio e eu estamos conseguindo apoiar os judocas desta geração, que exibem um judô forte, moderno e de resultado. Nossa criançada está com perfil de atleta, mostrando muita competitividade. Agradeço a toda a equipe da 3ª Delegacia Regional e em especial ao nosso delegado, Argeu Maurício.”
Time sesiano sobrou nos tatamis Somando 31 medalhas de ouro, oito de prata e 12 de bronze, o SESI Bauru foi o campeão geral da competição. Havia em disputa 93 ouros, e a equipe liderada pelo sensei Marinho Esteves nadou a braçadas, conquistando 33% deles, mas, por ser a anfitriã, os dirigentes entregaram o troféu de campeão geral para a Associação Bushidô de Judô, que ficou na segunda colocação. O resultado expressivo ratifica a liderança do time sesiano no cenário do judô paulista, no qual é superado apenas pelo Esporte Clube Pinheiros, que ainda detém a liderança estadual no sub 21, sub 23 e no adulto. Apesar de ter conquistado sete medalhas de ouro, a forte equipe da Associação de Judô Aleixo de Jaú foi vice-campeão geral, totalizando 68 pontos.
Anfitrião comemora crescimento Argeu Maurício comemorou o sucesso desta segunda edição. “Este evento foi uma grata sur-
presa para todos nós. Aumentamos o número de inscrições em 30%, mas a evolução técnica foi o maior ganho desta edição. Não tenho dúvida de que conseguimos atingir a qualidade em organização e premiação a que os judocas paulistas estão acostumados.” Para o dirigente botucatuense, competições desse tipo suprem a carência de intercâmbio dos judocas do interior. “Esse evento atende às necessidades dos atletas que buscam mais experiência e crescimento técnico, na medida em que propicia treinamento para campeonatos classificatórios e para as fases finais do campeonato paulista.” O delegado regional finalizou agradecendo o apoio recebido dos amigos que abraçaram a competição. “Tenho muito a agradecer ao Clóvis Cavenaghi, que está sempre colaborando e sendo o porto seguro da nossa delegacia. Agradeço também à Advocacia Mandaliti, que sempre acreditou nos eventos de judô e os apoiou. Agradeço a toda a equipe da 3ª DRJ, sem a qual nada seria possível. Que venham agora os eventos do nosso calendário e mais 20 edições deste certame. Muito obrigado a todos.”
Classificação geral por associação
A equipe campeã geral do SESI
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Senseis Jorge Siqueira e Leandro Macieirinha Alves Lima com atletas da equipe de Pederneiras
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INFORMATIVO - 12ª Delegacia Regional de Judô (Mogiana)
Centro de Excelência de Ribeirão Preto inicia segundo ano a todo vapor POR
PAULO PINTO I Fotos ARQUIVO
centro está sob o comando do sensei Cléber do Carmo. Também trabalham com a equipe, que tem 40 rapazes e 20 moças, os senseis Sérgio Bin, Terêncio Neto e Carlos Evangelista. Para 2015 as expectativas de Carmo são boas, e um dos motivos é que o novo secretário de Esportes de São Paulo tem vivência no esporte. Empossado em janeiro, Jean Madeira é faixa preta e filho de judocas. Na Copa São Paulo deste ano Cléber do Carmo viu o secretário acompanhando as disputas e notou toda a alegria de Madeira por estar próximo ao judô. “Enche-nos de orgulho Cleber do Ca rmo e Jean M saber que um judoca adeira ocupa um cargo tão importante no cenário esportivo. Acredito que Jean vá fazer muito pelo esporte de São Paulo, pois segue uma das máximas criadas por Jigoro Kano, o Jita Kyoei, Desenvolvido em parceria com a princípio que enfatiza a importância da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventu- solidariedade humana para o melhor de de São Paulo, Prefeitura de Ribeirão bem-estar individual e universal”, disse Preto e Federação Paulista de Judô, o Carmo, que é faixa preta, 5º dan.
Comandado pelo sensei Cléber do Carmo, projeto realizado em parceria com o governo do Estado, prefeitura de Ribeirão e FPJ atende a 60 jovens da região. Com o objetivo de formar cidadãos e incentivar a prática esportiva, o Centro de Excelência de Judô de Ribeirão Preto iniciou sua segunda temporada
atendendo a 60 jovens das categorias sub 15, sub 18 e sub 21, que treinam diariamente em dois períodos no Ginásio Gavino Virdes, a Cava do Bosque.
Uma parceria de sucesso no interior de São Paulo
Associação de Judô Kiai-kan
A Associação de Judô de Divinolândia até há pouco tempo não era conhecida no judô estadual, e menos ainda no nacional, mas desde 2012 ganhou uma parceria de grande valia, com o retorno do judoca Danilo Pietrucci, que estava no judô de Minas Gerais e voltou para São Paulo. Posteriormente houve a mudança de Elton Quadros Fiebig, atleta e técnico renomado, para Poços de Caldas (MG), e começou ali uma união em prol do judô que renderia muitos frutos para uma região que há muito estava esquecida pelo judô paulista. Desde 2009, ano de sua fundação, a entidade já se destacava nas categorias infantis. Nos últimos anos os dois técnicos já acumulam vários títulos conquistados em campeonatos paulistas, brasileiros e inter-
A Associação de Judô Kiai-kan de Franca nasceu há 22 anos, idealizada pelo saudoso sensei Marcos Antônio Bigi em parceria com os amigos e amantes do judô francano Carlos Alberto Zacarias de Oliveira e Luzia Lourenço de Souza Oliveira. Assim formou–se o trio que nutria grandes sonhos em torno do judô. Infelizmente seu grande idealizador não pôde vivenciar a concretização de seu sonho, mas seus amigos seguiram adiante. Com intuito de oferecer maior qualidade de vida a crianças, adolescentes e jovens de Franca e região, a Associação Kiai-kan de Judô vem desenvolvendo importante trabalho na área social e fazendo história no campo esportivo. No decorrer destes 22 anos, sob comando dos técnicos Zacarias, Luzia e
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nacionais, como o pan-americano, que teve a participação brilhante de Felipe Gerônimo, e o Campeonato Mundial Máster, no qual Fiebig sagrou-se campeão. Em 2014 o Judô de Divinolândia participou de todas as finais de campeonato paulista, obtendo medalhas no sub 11, sub 13, sub 15, sub 21 e sub 23, além do ouro no Torneio Beneméritos do Brasil, na classe sub 21, e o bronze na sub 15. O trabalho dos últimos anos foi consagrado pela instalação do Centro de Excelência do Judô em Divinolândia, do qual os professores Luís César Merli, Elton e Danilo são os responsáveis técnicos. Com esta importante conquista o trabalho que vinha sendo feito com alunos da cidade se expandiu e envolve atletas de toda a região.
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Dalton Romeu, a Associação Kiai-kan obteve prêmios nas categorias de base em competições oficiais da Federação Paulista e Confederação Brasileira de Judô, Jogos Regionais, Jogos Abertos, Jogos da Juventude, Jogos Abertos Brasileiros, no qual conquistou espaço até no cenário internacional, obtendo medalhas em certames sul-americanos e pan-americanos. A Kiai-kan conquistou a confiança dos parceiros, e hoje tem o apoio da Prefeitura de Franca e FEAC, desenvolvendo um trabalho importantíssimo na base, atendendo a 650 crianças em situação de risco. O projeto Talentos do Futuro funciona na sede da associação, onde jovens treinam duas vezes ao dia em dias da semana, acompanhados por uma equipe multidisciplinar.
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Associação Batataense de Judô
Akatsuki Judô Ribeirão Preto Sem dúvida alguma o ano de 2015 ficará marcado para sempre na memória dos professores, alunos e ex-alunos da Associação Akatsuki de Judô, de Ribeirão Preto. Após 42 anos de existência, a associação se reuniu para celebrar a promoção do sensei Marcelo Hirono a faixa preta 6º dan, motivo de enorme alegria e satisfação para todos que fazem parte desta história. O novo professor kodansha ribeirão -pretano foi o precursor da associação, desenvolvendo por todos estes anos a
filosofia de fazer de sua equipe uma verdadeira família, pregando em suas aulas o conceito de fraternidade, respeito e disciplina, o que permitiu a continuidade e o crescimento de uma escola que se destaca por ser uma das maiores do interior do Estado de São Paulo. Representada pelos professores Terêncio Barberio, Olegário Parente, Carlos Sato, Felipe Zanetti, Diego Liberato e Tiago Liberato, hoje a Associação Akatsuki conta com dez polos de atuação e aproximadamente 600 alunos inscritos.
Ipanema Clube
Mais conhecido em Ribeirão Preto como o gigante dos Campos Elíseos, o Ipanema Clube é sem dúvida o maior clube recreativo da cidade, com mais de 8 mil titulares. Sua adminis-
Em 10 de junho de 1971 foi fundada a Associação Batataense de Judô, entidade que por muitos anos teve à sua frente o saudoso sensei Jesus Gonçalves Beirigo, que foi e sempre será o pilar desta instituição. Por intermédio dele formaram-se não só grandes atletas, mas grandes homens e cidadãos que se tornaram médicos, juízes, professores, engenheiros e advogados entre outros profissionais que hoje auxiliam a população em inúmeros serviços.
Atualmente a Associação Batataense de Judô atende a aproximadamente 250 crianças, das quais 150 por meio do projeto Judô Batatais, que neste ano será ampliado com a abertura de mais um núcleo para atendimento de 50 crianças. Este projeto é realizado em parceria com a Prefeitura de Batatais, Secretaria Municipal de Esporte e membros da iniciativa privada. A diretoria da Associação Batataense de Judô agradece ao prefeito Eduardo Oliveira, ao vice-prefeito José Paulo Fernandes e ao secretário de Esportes Juliano Carneiro pelo empenho e dedicação a este projeto, bem como aos colaboradores, professores, pais e alunos, “por fazerem parte desta instituição que até hoje mantém os mesmos princípios ensinados por nosso patriarca sensei Beirigo na formação de pessoas comprometidas com o bem-estar e benefícios mútuos.”
Escola de Judô de Sertãozinho tração é semelhante à de uma cidade. Um de seus maiores atrativos é o departamento de judô, que sob o comando do sensei Cléber do Carmo, faixa preta 5º dan, desde 1995 oferece aos associados um judô de alto nível, formando até os dias de hoje mais de duas dezenas de faixas pretas e destacando-se sempre nos tatamis do País. Um grande exemplo é a atleta Sibilla Faccholli, que hoje faz parte da seleção brasileira e já conquistou vários títulos estaduais, nacionais e internacionais. Outro marco da importância da agremiação é a Copa Ipanema Clube de Judô, um dos maiores eventos do interior paulista na modalidade, que este ano promoverá a 19ª edição.
A Escola de Judô de Sertãozinho é mantida pela prefeitura, tendo a Secretaria de Esportes como executora. Criada em 2010, desde a sua fundação é comandada pelo sensei Cléber do Carmo, que tem como colaboradores os senseis Décio Gonçalves e Guilherme Chagas. A escola atua em quatro polos: o Clube Mogiana, o Patinódromo e o
CT Docão para o alto rendimento, com 150 metros de tatamis sintéticos, e um núcleo no distrito Cruz das Posses. Hoje o projeto atende a 250 crianças, adolescentes e adultos em diversas graduações. É entidade oficial e filiada à Federação Paulista de Judô e à Confederação Brasileira de Judô, participando de todos os eventos oficiais e amistosos.
Associação Francana de Judô
Associação de Judô Corpore Sano
Somando 45 anos de trabalho, dedicação e amor à modalidade criada por Jigoro Kano, a Associação Francana de Judô é a mais tradicional entidade esportiva de Franca, formando bons atletas e excelentes cidadãos desde 1970. Desde os anos 1980 a associação é dirigida pelo professor Pedro Batista Xavier, que é 4º dan e
A Associação de Judô Corpore Sano é filiada à Federação Paulista de Judô e à Confederação Brasileira de Judô desde 1993. Comandada pelo sensei Cléber do Carmo, conta com o apoio dos professores Carlos Eduardo, Lucas do Carmo, Tadeu Santa Vica e Thiago Santa Vica. O dojô da Corpore Sano trabalha dentro da filosofia japonesa de forma-
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atualmente conta com o apoio da professora Paula Souza Alves Sales Xavier. A Associação Francana de Judô marca forte presença na região por meio do projeto Judô/Restinga/ Francana, sediado na cidade de Restinga. A diretoria da Associação Francana convida você a fazer parte da tradicional família de judocas.
ção global; já na área competitiva a escola promove treinamentos diários em dois períodos e preparação física para a equipe de competição. Para 2015 a entidade aprovou um projeto de alto rendimento na esfera federal e conta com o patrocínio da TGM, empresa do segmento de turbinas sediada em Sertãozinho, Suporte Rei, Gold Meat e Vila Atlética de Cajuru.
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Secretaria de Esporte, La zer e Juventude do Estado de São Paulo
Jean Madeira recebe dirigentes do karatê paulista
N
o dia 21 de janeiro, José Carlos de Oliveira, presidente da Federação Paulista de Karatê, e Célio René, subsecretário de esportes do Distrito Federal, foram recebidos por Jean Madeira, o novo secretário de Esportes do Estado de São Paulo. Os ex-atletas da seleção brasileira de karatê foram à Secretaria de Esportes, Lazer e Juventude apresentar o trabalho desenvolvido pela diretoria da entidade em todo o Estado e reforçar os laços da tradicional parceria com o governo estadual. Em uma conversa que durou quase duas horas, Jean Madeira, faixa preta de judô, mostrou que é profundo conhecedor das necessidades do esporte e dos esportistas, e numa atitude inédita abriu as portas do gabinete para ouvir toda a comunidade esportiva. Jean Madeira ficou impressionado com força, a tradição e a história que a FPK construiu em 40 anos de atividade. “Parabenizo os dirigentes do karatê paulista pela representatividade que a entidade possui em todo Estado. O número de filiados é surpreendente, bem como a qualidade dos eventos promovidos e a seriedade na condução dos projetos sociais. Percebemos que o desenvolvimento desta modalidade é fruto de uma gestão moderna, transparente e dinâmica.” Durante o encontro Jean Madeira externou enorme prazer em receber os colegas esportistas. “Fico muito feliz por receber o Zeca, pois ele é o grande representante dos karatecas espalhados pelo Estado de São Paulo. É uma pessoa séria e será nosso parceiro na difícil jornada na administração do esporte em nosso Estado. Ele veio acompanhado por um grande amigo, o Célio René, um companheiro de partido que, além de ter sido atleta da seleção brasileira, entende muito de esporte e nos apresentou ideias excelentes. Esta é uma dupla que eu quero por perto até o fim desta caminhada”, disse Jean Madeira. Para Célio René, o esporte de São Paulo não poderia estar em melhores mãos. “O Jean é uma pessoa especial, conhece o esporte e é um homem de caráter. Tenho certeza de que ele trabalhará muito pelo desenvolvimento do esporte e defenderá os interesses dos atletas. É do tipo de pessoa que se empenha, se dedica e cobra resultados. Por isso está cercando-se de
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O novo secretário de Esportes do Estado de São Paulo recebeu José Carlos de Oliveira, presidente da FPK, e o karateca Célio René, subsecretário de Esportes do Distrito Federal.
uma equipe forte e comprometida em fazer o melhor pela comunidade esportiva de São Paulo”, disse o subsecretário de Esportes de Brasília. Jean Madeira mostrou enorme interessado em apoiar os projetos da FPK em 2015 e deixou claro que as portas de seu gabinete estarão sempre abertas para o diálogo e para receber os atletas do karatê e demais modalidades. “Quero que a secretaria seja a casa do atleta, que eles vejam esse espaço como um lugar que os apoia e ouve seus pedidos. Todos os desportistas podem estar certos de que faremos o possível para atender a todos Fonte IMPRENSA FPK I Fotos ERIK TEIXEIRA da melhor forma possível”, prometeu o novo secretário paulista. Na avaliação de José Carlos, o encontro ficará marcado como um divisor de águas em sua gestão. “Até hoje nenhum secretário de Esporte havia aberto as portas da SELJ para dirigentes, atletas e profissionais da área. Além de nos receber prontamente, o Jean Madeira é partidário do diálogo, e quando chegamos à secretaria conhecemos uma pessoa receptiva, que nos dá a certeza de que daqui por diante as coisas serão diferentes. Pela pri, no né e Lívia Galdi Jean Madeira, Célio Re meira vez em décadas senti de verdade que o José Carlos de Oliveira, edifício da Secretaria de Esportes, Lazer e Jusecretária adjunta ventude é a casa dos atletas, dirigentes e qualquer pessoa relacionada ao desporto. Para nós da FPK foi muito importante poder contar com a presença do Célio René, que é colega de partido e amigo do novo secretário. Esta reunião ratificou que o nosso trabalho está sendo muito bem feito, e que temos força para colaborar no desenvolvimento do karatê paulista e do esporte de São Paulo como um todo. José Carlos de Oliveira, Jea A disponibilização desse espaço inédito n Madeira e Célio René oferecido pelo novo secretário estreita os laços de nossa gestão com a administração estadual. Sem dúvida alguma esta aproximação impulsionará ainda mais nossa modalidade e nossos projetos, o que certamente propiciará maiores benefícios para nossos filiados”. No encerramento do encontro Jean Madeira foi presenteado com a medalha comemorativa de 40 anos da Federação Paulista de Karatê, publicações especializadas com a cobertura dos diversos eventos da entidade e informativos de todos os projetos da FPK que Jean Madeira exibe a medalha comemorativa ao quadragésimo estão em andamento. aniversário da FPK www.revistabudo.com.br
ESPORTE SOCIAL
Esporte social em São Vicente ganha importante apoio POR
N.T. MATEUS I Fotos ERIK TEIXEIRA
O
esporte social é uma valiosa ferraaceitar que sigla partidária seja empecilho menta na busca de oportunidades para fomentar o esporte. “Quando recebo Encontro entre o vereador para tirar crianças e jovens das ruas. E alguém aqui, nunca pergunto qual é o seu vicentino Roberto Rocha São Vicente ganhou um importante partido, mas quantas pessoas serão benealiado neste trabalho: o secretário esficiadas. O governador Geraldo Alckmin e o secretário estadual de tadual de Esportes, Jean Madeira. Na última pediu para fomentar o esporte nas 645 ciEsportes, Jean Madeira, semana, ele esteve reunido com o vereador dades. É isso que vamos fazer.” vicentino Roberto Rocha, em São Paulo, O secretário também ressaltou seu renderá importante apoio quando trataram do assunto. compromisso de transformar a secretaria Na verdade, mais do que políticos, o estadual de Esportes. “Como judoca e desà prática esportiva no encontro uniu dois esportistas, já que Jean portista, assumi o desafio de transformar município. Madeira é judoca e Roberto Rocha é karaa SELJ na casa dos atletas paulistas. teca – ambos faixas pretas e Quero que todos os esportistas com forte trabalho voltado vejam esse espaço como um lugar ao incentivo à prática de esque os apoia e ouve seus pedidos. portes ao longo de suas vidas. Podem estar certos de que faremos “Foi um encontro muito de tudo para atender a todos da proveitoso. O secretário Jean melhor forma possível.” Madeira mostrou-se muito Fundamentado em princípios solicito e atencioso com as democráticos, Jean Madeira pronossas necessidades e promepõe novo formato de gestão e teu ajudar São Vicente com o aponta um novo ciclo para o desapoio do Estado. Nosso objeporto bandeirante, atendendo a tivo é trazer mais modalidades todos com equidade e de forma e eventos para nosso municíimparcial, assegurou o vereador. pio, com programas realizados pelo governo estadual”, disse Mais aliados Rocha. O time das artes marciais fiPara o vereador, o fato de Jean Madeira e Roberto Rocha cou mais forte no encontro com a o secretário ser um esportista presença de Chico do Judô, facilita essa busca por apoio. vice-presidente da Confe“Nós, que somos desse meio, saderação Brasileira de Judô; bemos o quanto o esporte é imJosé Carlos, presidente da portante para tirar nossas crianças Federação Paulista de Karado caminho errado, das drogas e tê; e Paulo Di Nizo, presidenda violência, e transformá-las em te da Federação Paulista de pessoas do bem, grandes cidadãos. Kung Fu. São Vicente é uma cidade carente e O vereador Roberto Roganhamos um grande aliado nesta cha salientou a importância questão”, ressaltou. da presença de dirigentes Nem o fato de o município ser esportivos no encontro. governado por partido de opo“É muito importante ter o sição à legenda do governo estaapoio de amigos e dirigentes dual vai dificultar a implantação de no nosso trabalho em prol ações para a população carente. Robe rto Roch a, Paul o Di Nizo, Chic do esporte social. São Viceno do Judô, Jean Mad eira, José Carlo s de Olive ira e Segundo Rocha, o próprio se- Mes tre Lope s te só tem a ganhar”, finalizou cretário de Esportes afirmou não o parlamentar. www.revistabudo.com.br
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primeira página do anúncio duplo da FPK
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3ª Ca pa – Anúncio FPK + Aba
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4ª Capa Centro de Excelência + Aba
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